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APS ÉTICA

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O aborto é um dos temas mais complexos em relação à bioética da atualidade. 	Pois engloba aspectos culturais, legais e religiosos. Quando falamos em aborto, podemos resumir em duas opções: pró- vida e pró-escolha. A pró- vida defende o direito do feto em viver. A pró-escolha por sua vez, defende o direito da mulher sobre seu corpo, dando à opção de dar ou não a luz. 
O grande X da questão está no seguinte questionamento: o que é pessoa com base no sentido moral? O feto/embrião se encaixa nesta definição? O feto não possui autoconsciência, por tanto não se enquadra no conceito de individuo. Mas se refletirmos, pacientes em coma ou em estado vegetativo também não teriam direito à vida. Para a igreja catolica a vida se inicia na fecudação, considerando um dos piores pecados, realizar o aborto. Ainda possui a questão do direto da mulher de escolher se interrompe ou não a gravidez. Um dos principais impecilhos desse argumento, é que a mulher pode optar por engravidar ou não por isso teria que assumir tal responsabilidade. Porém, se pensarmos na realidade de mulheres de baixa renda, a grande maioria não tem acesso aos anticoncepcionais, não possui uma renda familiar para sustentar muitos filhos, e também não possui renda para realizar o procedimento do aborto de forma segura.
O aborto de forma insegura e ilegal foi mundialmente reconhecido como uma questão importante na saúde pública. Vários fatores influenciam um aborto induzido, tais como desinformação, violência doméstica, desamparo do parceiro e familiares, baixa renda e escolaridade. O Ministério da Saúde determinou diretrizes que atendem mulheres grávidas provenientes de estupro e abortos legalizados. Ou seja, atualmente no Brasil é legal realizar o aborto somente nas seguintes situações: gestação ocasionado por estupro, o feto seja encefalo, ou coloque em risco a vida da mãe. A diretriz ainda permite, que os médicos têm o direito de negar a prática abortiva e consequentemente justificar sua decisão.
De fato este é um tema amplo, e sua discussão envolve diversos aspectos. Deve ser reavaliado não tanto só por meios legais, mas também culturais. Devemos pensar não só em nossa realidade, e sim na realidade de nossa sociedade e tomar decisões que seja benefica à todos.

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