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REVISÃO AV1 - DIREITO PENAL III

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Ana Carolina Silveira 
REVISÃO – DIREITO PENAL III 
Parte Especial 
A Parte Geral é constituída por um corpo de disposições genéricas, compostas por normas de 
aplicação da lei penal, da teoria do crime e da teoria da pena. Já na Parte Especial, estão 
contidos os crimes em espécie e suas sanções correspondentes, além de regras particulares ou 
mesmo exceções a princípios gerais, bem como normas explicativas. 
 O estudo da Parte Especial se faz a partir da decomposição dos delitos nos seus elementos 
constitutivos (Chave Mestra), que são: objetividade jurídica; sujeitos do delito; tipo objetivo; 
tipo subjetivo; consumação e tentativa; classificação do crime; ementas do tipo; pena; ação 
penal. 
1. DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 
CRIMES CONTRA A VIDA 
HOMICÍDIO – ART. 121 (pena - reclusão de 6 a 20 anos) 
 
O Código Penal adotou a terminologia homicídio para definir o delito de matar alguém, ou seja, 
a injusta morte de uma pessoa (vida extrauterina) praticada por outrem (destruição da vida 
humana). 
 
O homicídio se divide em: 
Tipo simples – homicídio simples; 
Tipos derivados – homicídio privilegiado; homicídio qualificado; homicídio doloso e homicídio 
culposo. 
 
 §1° PRIVILEGIADO : Há redução de pena 
São 3 tipos : 
- Relevante valor social. (Ex: Fogo na boate e alguém matam quem colocou fogo.) 
- Relevante valor moral. (Ex: Pai que mata o estuprador que violentou a filha.) 
- Domínio de violenta emoção. (Mediante provocação da vitima.) 
 
 §2° QUALIFICADO: 
 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; (SUBJETIVO) 
II - por motivo fútil; (SUBJETIVO) 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou 
cruel, ou de que possa resultar perigo comum; (OBJETIVO) 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou 
torne impossível a defesa do ofendido; (OBJETIVO) 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. 
(SUBJETIVO) 
 
AV1 
 FEMINICÍDIO : VI – Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (crime 
de gênero) (SUJETIVO) 
 
 HOMICÍDIO QUALIFICADO PRIVILEGIADO AFASTA A HEDIONDEZ 
 
 
§1° 
 
 
 §3° CULPOSO (pena – detenção de 1 a 3 anos) 
 
 §4° MAJORAÇÃO DA PENA (AUMENTO) – 1/3 (um terço) 
 
 §5° PERDÃO JUDICIAL 
 
 §6° MAJORAÇÃO DA PENA – 1/3 (um terço) 
 
 §7° QUALIFICADO + MAJORADO – 1/3 (um terço) 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência 
ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de 
vulnerabilidade física ou mental; 
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; 
 
 CLASSIFICAÇÃO 
Crime comum quanto ao sujeito, doloso ou culposo, de forma livre, instantânea, 
material, e de resultado. 
 BEM JURÍDICO : Vida (preservação da vida humana extrauterina, considerada a 
partir do início do parto). 
 
 SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa (crime comum), sozinho ou com o auxílio de 
alguém. 
 
 SUJEITO PASSIVO: Crime Comum, ser vivo, nascido de mulher. É preciso que a 
vítima esteja com vida ao tempo do cometimento da conduta, do contrário, a 
tentativa de matá-la configurará crime impossível (art. 17, CP). 
 
 ELEMENTO OBJETIVO: Matar Alguém, podendo ser utilizados meios diretos ou 
indiretos, ou mesmo meios psíquicos. Pode ser por ação (disparo de tiro, 
punhalada, envenenamento, estrangulamento), ou omissão (deixar de fornecer 
alimentos a um recém nascido, tendo a obrigação de fazê-lo). 
 
 ELEMENTO SUBJETIVO: Dolo, consistente na vontade consciente de matar. Pode 
ser direto (o agente quer o resultado) ou indireto (assume o risco de produzi-lo). 
 CONSUMAÇÃO: Com a morte da vítima, crime material. 
§2°, III 
§2° IV 
 TENTATIVA: uma vez que se trata de crime material, o homicídio doloso admite 
tentativa. 
 QUANTO A QUANTIDADE DE PESSOAS: Unisubjetivo. 
 GRANDE POTENCIAL OFENSIVO: Pena maior que 4 anos. 
 CABE TENTATIVA: Crime Plurissubsistente 
 CRIME COMISSIVO: Praticado por omissão (agente garantidor) 
 AÇÃO PENAL: Pública incondicionada, competindo ao júri seu julgamento. 
 
 CRIME HEDIONDO: O homicídio simples quando praticado em atividade típica de 
grupos de extermínio, ainda que cometido por um só agente (artigo 1º, I, 1ª parte, 
da Lei 8.072/90, com as alterações da Lei 8.930/94) é considerado crime hediondo. 
 
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO E AUXÍLIO AO SUICÍDIO – ART. 122, CP 
Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, 
se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. 
Parágrafo único - A pena é duplicada: 
Aumento de pena (FORMAS QUALIFICADAS) 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico; 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
 CLASSIFICAÇÃO 
 
 Bem Juridico  Própria vida 
 Sujeito ativo  Qualquer pessoa 
 Sujeito Passivo  Qualquer Pessoa 
 Tipo subjetivo  Dolo direto / Dolo Eventual 
 Consumação e tentativa  Morte / Lesão Grave 
OBS: Se for lesão leve, o fato é atípico. 
CAUSA DE AUMENTO 
 Motivo egoístico 
 Diminuir a capacidade de existência ou menor de idade. 
 
1. INFANTICÍDIO – ART. 123, CP 
Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Infanticídio é o homicídio praticado pela genitora contra o próprio filho, influenciada pelo 
estado puerperal, durante ou logo após o parto. Portanto, trata-se de uma espécie derivada do 
homicídio, na medida em que o núcleo de ambos é o mesmo: matar alguém. 
 CLASSIFICAÇÃO 
 
 Bem Juridico  Vida do próprio filho 
 Sujeito Ativo  Mãe em estado puerperal 
 Sujeito Passivo  recém nascido, próprio filho 
 Conduta Genitora mata o próprio filho durante ou logo após o parto. 
OBS: Estado puerperal, período o qual cronologicamente variável e impreciso durante 
o que se desenrola todas as manifestações involuntárias e de recuperação da genitália. 
 Elemento cronológico  durante ou logo após o parto 
 Elemento etiológico  Estado Puerperal 
 
2. ABORTO – ART. 124, CP 
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento 
Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
Aborto provocado por terceiro 
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de três a dez anos. 
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante. 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze 
anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave 
ameaça ou violência 
Forma qualificada 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em 
conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão 
corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a 
morte. 
 CLASSIFICAÇÃO 
 Bem Juridico  Vida Intrauterina 
Inicio da Gravidez  Nidação 
 
 Sujeito Ativo  Mulher Grávida 
Crime de mão própria (co-autor, artigo 126, CP) 
 Sujeito Passivo  Produto da Concepção 
Consentimento para o aborto: Mulher Gravida 
 Conduta  Mulher Gravida + meios químicos ou mecânicos 
 
LESÃO CORPORAL NÃO É CRIME CONTRA A VIDADAS LESÕES CORPORAIS – ART. 129, CP 
Art. 129. - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de 3 
(três) meses a 1 (um) ano. 
• DOLO – ART. 129, CP 
• PRETERDOLOSO – ART. 129, §3°, CP 
• CULPA – ART. 129, § 6°, CP 
LESÃO CORPORAL LEVE 
 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. 
 Ação Penal condicionada a representação 
LESÃO CORPORAL GRAVE 
 I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 (trinta) dias; 
 II - perigo de vida; 
 III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
 IV - aceleração de parto: 
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos. 
 Ação Penal incondicionada 
LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA 
 I - incapacidade permanente para o trabalho; 
 II - enfermidade incurável; 
 III - perda ou inutilização de membro, sentido ou função; 
 IV - deformidade permanente; 
 V - aborto: 
 Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos. 
 Ação Penal Incondicionada 
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE (PRETERDOLOSO) 
 Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, 
nem assumiu o risco de produzi-lo: 
 Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. 
ART. 129, § 4° - DIMINUIÇÃO DA PENA 
 Em caso de injusta provocação ou por relevante valor social e moral, o juiz pode 
diminuir a pena de 1/6 a 1/3 
 Lesão Corporal Privilegiada 
ART. 129, 5° - SUBSTITUIÇÃO DA PENA 
 O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de 
multa: 
 I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
 II - se as lesões são recíprocas. 
ART. 129, § 6° - LESÃO CORPORAL CULPOSA 
 A pena vai depender da gravidade da lesão 
 CTB  Acidente de transito (Exemplo) 
 Ação Penal Condicionada a Representação 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO 
 Bem Jurídico  Integridade física ou fisiopsíquica da pessoa. 
 Sujeito Ativo  Qualquer Pessoa 
 Sujeito Passivo  Qualquer pessoa, salvo nas figuras previstas no § 1º, IV e 
§ 2º, V, nas quais deverá, obrigatoriamente, ser mulher grávida. 
 Tipo Objetivo  O núcleo do tipo é ofender (lesar, ferir) e pode ser praticado 
por qualquer meio (crime de forma livre), por ação ou omissão. 
 Tipo Subjetivo  O crime de lesão corporal admite tanto a modalidade dolosa 
– dolo direto ou eventual, isto é, a intenção de gerar a ocorrência do 
resultado – quanto a modalidade culposa. A vontade de causar lesão corporal 
é denominada animus laedendi. 
 Ação Penal: Condicionada e representada (a vitima tem até 6 meses pra 
entrar com a ação penal). 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: estará consumado com a efetiva ofensa à integridade física ou 
psíquica da vítima (crime material). Ainda que a vítima sofra mais de uma lesão, o crime será 
único. Admite-se tentativa. 
3. DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
CALÚNIA – ART. 138, CP 
Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. 
2º - É punível a calúnia contra os mortos. Exceção da verdade 
3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: 
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por 
sentença irrecorrível; 
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no número I do art. 141; 
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença 
irrecorrível. 
 CLASSIFICAÇÃO 
 Bem jurídico  Honra Objetiva 
 Sujeito Ativo  Qualquer Pessoa 
 Sujeito Passivo  Qualquer Pessoa 
Morto tem honra, Pessoa Juridica não tem honra. 
 Conduta  Imputar fato criminoso e sabidamente falso 
 Tipo Subjetivo  Dolo 
 Consumação e Tentativa  Consuma-se quando a ofensa chega ao 
conhecimento de terceira pessoa, não bastando o próprio ofendido. Admite-se 
a tentativa apenas se for praticado por escrito. 
 Ação Penal  Em regra, privada. 
DIFAMAÇÃO –ART. 139, CP 
Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
Exceção da verdade 
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público 
e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. 
 
 CLASSIFICAÇÃO 
 Bem Juridico  Honra Objetiva 
 Sujeito Ativo  Qualquer Pessoa 
 Sujeito Passivo  Qualquer Pessoa 
Morto não tem direito mas pode afetar a família 
 Conduta  Imputar fato determinado ofensivo a reputação, desde que não seja 
crime 
 Tipo subjetivo  Doloso 
 Exceção da Verdade  a exceção da verdade somente é possível se o ofendido é 
funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de sua função. 
Retratação: o querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou 
difamação, fica isento de pena. 
INJÚRIA – ART. 140, CP 
Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 
2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio 
empregado, se considerem aviltantes: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena correspondente à 
violência. 
3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou 
origem: 
Pena - reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. 
 CLASSIFICAÇÃO 
 Bem Juridico  Honra Subjetiva 
 Sujeito Ativo  Qualquer Pessoa 
 Sujeito Passivo  Qualquer Pessoa 
 Conduta  Ofensa a dignidade, ou o decoro da pessoa determinada 
 Tipo subjetivo  Doloso 
CALÚNIA – ART. 138 DIFAMAÇÃO – ART. 139 INJÚRIA – ART. 140 
Honra Objetiva Honra Objetiva Honra Subjetiva 
Terceiros tomam conhecimento Terceiros tomam conhecimento A própria pessoa toma 
conhecimento 
Imputa-se fato definido como 
crime 
Imputa-se fato ofensivo à 
reputação 
Atribuição de um defeito 
Precisa ser acusação falsa Não precisa ser acusação falsa Não precisa ser uma acusação falsa 
Comporta exceção da verdade Exceção da verdade apenas em 
caso de funcionário público 
Não há exceção da verdade. 
 
 
 
 
 
 
4. DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL – ART. 146, CP 
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, 
por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a 
fazer o que ela não manda: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Aumento de Pena 
 Se reúnem mais 3 pessoas, ou já emprego de armas 
Aplicação da pena no caso de violência real 
 se do constrangimento resulta ofensa à integridade física ou à saúde da vítima, 
responderá o agente pelo constrangimento em concurso material com lesão corporal. 
 Exclusão da tipicidade 
 intervenção médica, sem consentimento do paciente, se justificada por iminente 
perigo de vida; 
 Coação exercida para impedir suicídio. 
 Ação Penal  Pública incondicionada 
AMEAÇA – ART. 147, CP 
Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-
lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação. 
Ação Penal  Pública condicionada a representação 
 Se o agente for funcionário público, no exercício de suas funções, pode ser abuso de 
autoridade (art. 3º da Lei4.898/65). 
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO – ART. 148, CP 
Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 Consuma-se no momento em que ocorre a privação; é crime permanente. 
Tentativa é admitida. 
Aumento de Pena 
 Haver especial relação entre agente e vítima (ascendente, descendente, cônjuge, 
companheiro) ou quando se trata de idoso (maior de sessenta anos); 
 Se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; 
 Se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias; se a vítima for menor de 18 
(dezoito) anos; ou for para fins libidinosos; 
 Se gerar grave sofrimento físico ou moral. 
 
 Ação penal  Pública incondicionada. 
REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA A DE ESCRAVO – ART. 149, CP 
Reduzir alguém a condição análoga à de escravo: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos. 
 CLASSIFICAÇÃO 
 
 Bem jurídico  Liberdade Pessoal 
 Sujeito Ativo  Qualquer pessoa 
 Sujeito Passivo  Qualquer Pessoa 
 Tipo Objetivo  Consiste na submissão total do sujeito passivo, suprimindo seu 
status libertatis. A vítima é forçada a sujeitar-se a uma situação atentatória aos 
seus mais básicos direitos. Não é necessário que a vítima seja transportada ou 
transferida de um lugar para o outro, nem que seja enclausurada, ou sofra maus-
tratos, desde que haja privações ao seu direito de ir e vir. Ocorre nas seguintes 
modalidades: 
1. Submissão a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva; 
2. Sujeição a condições degradantes de trabalho mediante restrição, por 
qualquer meio, de sua locomoção em razão de dívida contraída com o 
empregador ou preposto. 
 
 Figuras Equiparadas  é punível também quem: 
1. Cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o 
fim de retê-lo no local de trabalho; 
2. Quem mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de 
documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de 
trabalho. 
 Tipo Subjetivo  Dolo (Não há forma culposa) 
 Consumação e Tentativa  Consuma-se com a redução da vítima à condição 
análoga a de escravo e, como é crime permanente, é possível o flagrante enquanto 
durar a submissão. As figuras equiparadas se consumam no momento em que há o 
cerceamento ou apoderamento de documentos e objetos pessoais do trabalhador, 
com a finalidade especial de mantê-lo no local de trabalho. Admite-se a tentativa 
em ambas as hipóteses. 
Aumento de Pena 
 A pena será aumentada de metade, se o crime é cometido contra criança ou 
adolescente ou por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

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