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Aps jogos e brincadeiras

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UNIVERSIDA PAULISTA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
ANA PAULA DIONIZIO
LUCIMARA APARECIDA RAMOS
SUELLYN SILVA CURCINO DOS SANTOS
O FAZ DE CONTA NA EDUCAÇÃO DA INFANCIA E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM 
(CANTINHOS PEDAGOGICOS)
São José dos Campos 
2014
Ana Paula Dionizio - B6017B-7 
Lucimara Aparecida Ramos - T15162-4 
Suellyn S Curcino dos Santos - B75630-6 
O FAZ DE CONTA NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM 
(CANTINHOS PEDAGÓGICOS)
Atividade apresentada como requisito parcial para aprovação em Pedagogiana disciplina Jogos e Brincadeiras apresentando á da Universidade Paulista – UNIP
Orientadora: Prof.ª Simone.
Pedagogia – 3º Semeste/Noite 
São José dos Campos
2014
INTRODUÇÃO
O tema estudado a cerca do desenvolvimento da aprendizagem na educação infantil, nos levou a uma reflexão sobre nosso modo de conceber a infância e como olhamos para a criança, pois acreditamos que, com base nesse modo de pensar e olhar é que ensinamos. As brincadeiras de faz de conta nas práticas pedagógicas servem como suporte ao processo de desenvolvimento da criança pequena, enfatizando a importância do período em que acontece a aquisição da linguagem, trazendo para a criança maior participação na comunicação com o mundo, ajudando-a estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração.
Este trabalho apresenta um estudo bibliográfico a cerca das práticas pedagógicas na educação infantil, onde apresentamos uma atividade prática, utilizando a feirinha como tema para o cantinho em sala de aula, sendo este um suporte ao planejamento escolar, com a função de dar suporte ao desenvolvimento da aprendizagem infantil, por meio das brincadeiras de faz de conta e atividades lúdicas. Reforçamos ainda,que a ludicidade é de suma importância para o desenvolvimento integral da criança, merecendo a atenção dos pais e educadores. 
A partir do livro “Como a criança pequena se desenvolve” (LIMA, 2.009 ,p.23), busca identificar uma metodologia, que considera o desenvolvimento da criança, a plasticidade do cérebro, a oportunidade de experimentar o movimento, a interação com a natureza ou com a música, levando a formação de sistemas, que vão apoiar aprendizagens futuras, incluindo as aprendizagens escolares, por isso sugerimos neste trabalho, os cantinhos pedagógicos, tendo este como objetivo principal, a recreação, mas acreditamos que a ação de brincar, contar e ouvir histórias vai muito além pois, por meio das brincadeiras podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolver diversas aprendizagens que ampliem o vocabulário, formam o caráter, e desenvolvem aafetividade e confiança nas nossas crianças, permitindo a elas, viver o imaginário. Esperamos que por meio desta proposta, os alunos de educação infantil desenvovam as relações de cooperação, solidariedade e ajuda no convívio com os outros, pela mediação do adulto (ex.: partilhando espaços, objetos e atenção etc.); desenvolvam função simbólica (ex.: criar histórias de faz-de-conta, usar a imaginação, a criatividade, conversar com amigos imaginários etc.), e conheçam e respeitem os diferentes papéis sociais existentes em seu grupo e na sociedade.
DESENVOLVIMENTO
Frente ao exposto sobre Educação Infantil, nosso grupo explicitou a questão sobre a relação do ambiente lúdico no processo de ensino e aprendizagem, como facilitador pedagógico. 
Em nosso trabalho apresentamos a proposta de cantinhos pedagógicos, cuidadosamente pensados e panejados para as crianças dentro das salas de aula de educação infantil, sendo estes modificados trimestralmente para que os alunos não percam o interesse pela aprendizagem pelas brincadeiras. Classificamos o lúdico como parte do desenvolvimento humano por ter como características a espontaneidade; ser funcional e com resultados de ensino-aprendizagem satisfatórios. O lúdico abrange atividades despretensiosas, descontraídas e livre de pressões, por isso ganhou relevo e importância como estratégia para construção do conhecimento. 
1-CONCEPÇÃO DO LÚDICO
As atividades lúdicas promovem o desenvolvimento do pensar da criança.
É a forma mais espontânea da criança entrar em contato com a realidade por meio do brincar, é uma prática inerente à natureza da criança, e é essencial para o desenvolvimento das habilidades desde os primeiros estágios do desenvolvimento infantil.
Toda uma brincadeira é uma imitação transformada, ou seja, são emoções e ideias de uma realidade anteriormente vivida.
Por meio do brincar, a criança constrói o seu espaço e estabelece relações entre o mundo real e a fantasia, podendo pensar, descobrir, viver e experimentar situações novas ou do seu cotidiano, que contribuem para o seu desenvolvimento social, cognitivo, afeto e motor.
Para Vygotsky, quando a criança brinca, sempre apresenta um comportamento além do habitual, do diário. É como se ela fosse maior do que é na realidade. “Ao desenvolver essas atividades, a criança facilita seu processo de aprendizagem, de desenvolvimento pessoal, social, motor, afetivo e cultural, de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento...” (VYGOTSKY apud ELKONIN 1998, p.116). 
É típico da infância o paralelo entre o mundo real e o imaginário, essa é a fase onde a criança expressa suas emoções por meio de jogos e brincadeiras. Através de seus personagens imaginários a criança atribui seus sentimentos nos brinquedos, para ela brincar é uma verdade, estimula a criatividade, e oportuniza a expressão a fantasia e capacita na representação simbólica de ações que são realizadas no dia-a-dia, como alegria, tristeza, medo e ansiedade onde esses sentimentos são expostos, tornando-se um processo fundamental no desenvolvimento da criança.
1.1-LÚDICO NA EDUCAÇÃO
O Referencial Curricular para a Educação Infantil, explica que quando utilizam a linguagem do faz de conta, as crianças enriquecem sua identidade, porque podem experimentar outras formas de se pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens. Na brincadeira, vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de convivência, assim como a elaboração de um sistema de representação de diversos sentimentos, das emoções e das construções humanas. Isso ocorre porque a motivação da brincadeira é sempre individual e depende dos recursos emocionais de cada criança que são compartilhados em situações de interação social. Por meio da repetição de determinadas ações imaginadas que baseiam nas polaridades presença/ausência, bom/mau, prazer/desprazer, passividade/atividade, dentro/fora, grande/pequeno, feio/bonito, etc., as crianças também podem internalizar e elaborar suas emoções e sentimentos, desenvolvendo um sentido próprio de moral e justiça.
Para o educador, a observação das interações infantis sugere que são diversos os temas de oposição, os quais tendem a mudar com a idade, como por exemplo, a disputa por um mesmo brinquedo, briga por causa de um lugar específico, desentendimento por causa de uma idéia ou sugestão, etc. Embora seja de difícil administração por parte do adulto, é bom ter em vista que esses momentos desempenham um papel importante na diferenciação e afirmação do eu.
 “Cabe ao professor a tarefa de individualizaras situações de aprendizagens oferecidas às crianças, considerando suas capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas assim como os conhecimentos que possuem dos mais diferentes assuntos e suas origens socioculturais diversas. Isso significa que o professor deve planejar e oferecer uma gama variada de experiências que responda, simultaneamente, às demandas do grupo e às individualidades de cada criança. (BRASIL, RCNEI, p.32)
1.2- O PAPEL DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA 
De acordo com RICHTER, vê-se no brincar
o espaço da criação cultural por excelência. Deve-se a Winnicott a reativação de um pensamento, segundo o qual o espaço lúdico vai permitir ao indivíduo criar e entreter a criança, em uma relação aberta e positiva. Brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social precisa, em se tratando da educação infantil.
 A criança é compreendida em seu desenvolvimento global, com ênfase nos aspectos biológico, psicológico e social e segundo Áries (1981, p100) é importante destacar a necessidade de se pensar uma concepção de infância que envolva e valorize a multiplicidade e a historicidade da criança, pensando nessa afirmação nos apoiamos nos interacionistas: Piaget, Vygotsky e Wallon para desenvolver o nosso trabalho.
Ao pensar no desenvolvimento, elaboramos uma metodologia que leva em conta o desenvolvimento das funções psicológicas, pensamos na criança capaz de entender a realidade, relacionando-se com ela, por meio dela, desenvolvendo-se espontaneamente, acreditamos na criança portadora de experiências importantes para o ponto de partida do ensino aprendizagem e que esta criança precisa do adulto como mediador de seus conhecimentos, destacando aqui o papel do professor na Educação Infantil.
A mediação do professor se faz à medida que suas ações buscam familiarizar a criança com significações historicamente elaboradas para orientar o agir das pessoas e compreender as situações e os elementos do mundo (Orientações Curriculares, 2007).
 A criança não é apenas um ser em constante desenvolvimento, que aprende de acordo com sua maturidade e relações sociais, é preciso considerar suas emoções, seus sentimentos, pois é por meio de suas emoções que a criança exterioriza seus desejos e suas vontades. Nesse sentido de acordo com Davis e Oliveira (1994, p.80), entende-se que Piaget, Vgotsky e Wallon concebem a criança como um ser ativo, atento, capaz de levantar hipóteses a respeito do ambiente onde vive,sendo que, ela é dotada de afetividade, cognição e motricidade.Diante dessas afirmações, optamos pela Pedagogia de Projetos, para alicerçar a nossa prática. Ao optarmos por esta prática, não nos esquecemos do que é inerente a esta faixa etária de seis anos: O brincar.
Por isso cabe ao educador preparar cuidadosamente o ambiente da sala de aula, incluindo os cantinhos no planejamento, pois estimula a imaginação das crianças, com isso desenvolve habilidades. As brincadeiras de faz de conta vão se tornando cada vez mais complexas acompanhando as fases do desenvolvimento infantil, promovendo o desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo tendo como principio compreender o mundo e as ações humanas nas quais estão inseridas no cotidiano. 
Henri Wallon (1879-1962), filósofo, médico, psicólogo e político francês, dedicou-se a compreender o psiquismo humano, voltando sua atenção a criança, acreditando que conhecendo seu desenvolvimento era possível ter acesso à gênese dos processos psíquicos. Buscou relacionar seus estudos sobre a evolução da criança com a educação. De acordo com Walton:
 
‘’o desenvolvimento da inteligência
 esta ligado ao desenvolvimento 
 da personalidade total’’
 (Wallon, 19.75 p.9)
2 – O CANTINHO PEDAGÓGICO
TEMA: HORT FRUT 
Público Alvo: Educação Infantil III
Com a intenção de despertar o interesse nas crianças pela aprendizagem, desenvolvemos um espaço dentro da sala de aula para que elas aprendam brincando, e de um modo divertido, construam seus conceitos e opiniões. A atividade escolhida permite que a criança estabeleça vínculos afetivos e amplie as possibilidades de comunicação e interação social, além de familiarizá-las com os números, leitura e alimentação saudável. 
O cantinho foi elaborado com caixas de madeira para formar as bancas, pano estampado como cobertura das bancas, frutas e legumes de plástico, sacolinhas para compras, cédulas de dinheiro fictícias, placas com nome do produto e preço, e calculadora.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE.
Em primeiro lugar elaboramos os combinados, onde poderiam brincar 5 crianças de cada vez, evitando ter muitas crianças no mesmo local, e que as crianças que utilizarem o material seriam responsáveis pela organização do espaço quando terminassem as brincadeiras.
Os alunos organizam as bancas, se divertiram, compraram vários produtos, calcularam o troco e o total das compras de diversas maneiras.
Conclusão
Conclui-se com este trabalho que os professores devem estar realmente compromissados com as crianças de educação infantil, no qual é uma das fases mais importante para o desenvolvimento e construção do sujeito.
Durante as compras, as crianças chegam à quantia cobrada de diferentes maneiras. Mas cabe ao professor observar como elas atuam, quais as dificuldades que surgem, e elaborar um planejamento adequado com a faixa etária e com o s níveis de dificuldade da turma. Na verdade, como explica Guarnieri (2005, p. 12):
“Considerando-se a relação teoria-prática, 
nota-se que a prática mediatiza a relação 
do professor com a teoria, o que implica
 um movimento de superação de adesão 
acrítica às teorias e aos modismos peda-
gógicos. A teoria, por sua vez, mediatiza
 a relação do professor com a prática,
 podendo possibilitar o movimento de 
superação de uma visão exclusivamente 
pragmática do trabalho docente”.
CONCLUSÃO
A escola tem papel fundamental na mediação das relações entre as crianças e
os diversos universos sociais nos quais interagem, possibilitando, assim, a criação de condições para que possam desenvolver capacidades ligadas à tomada de decisões, à construção de regras, à cooperação, à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesmo e ao outro, construindo relações sociais pautadas na ética e na democracia que respeitam as diferenças físicas, psíquicas, ideológicas, culturais e socioeconômicas de seus membros.
A utilização de jogos e brincadeiras no meio educacional propicia as crianças o aprimoramento de diversos conhecimentos de forma lúdica. Os educadores, precisam também estarem motivados com o lúdico, é preciso um conhecimento mais elaborado acerca do tema, para poder intervir nas brincadeiras das crianças. Contudo, faz-se necessário auxiliar a criança, de maneira sutil, para que brinque com diversos tipos de brinquedos.
Brincando a criança desenvolve potencialidades; compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua e cria. O brinquedo e a brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil, possibilitando a criança a desenvolver a sua inteligência, sua sensibilidade, habilidades e criatividade, além de aprender a socializar-se com outras crianças e com os adultos. 
De acordo com as afirmativas acima entendemos que é importante que estejamos atentos à formação social da criança desde a educação infantil, ou seja, o bebe recém-nascido já precisa receber cuidados especiais, para o seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e social, esses cuidados, portanto pode ser transmitido por meio das brincadeiras mais simples, porém direcionadas.
Referências
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. 
DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na educação. 2ª ed. São Paulo: Cortez,1994.
GUARNIERI, M. R. (Org.). Aprendendo a ensinar: o caminho nada suave da
docência. 2 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
LIMA, Elvira Souza. Como a Criança Pequena se Desenvolve 2ed. 2009, Sobradinho.
REVISTA, Nova Escola ( jul.2009, págs 86 á 88) Grandes Pensadores. 
RCNEI - Formação Pessoal e Social vol. 2 Brasília 1998 
RICHTER, Jean Paul, A criança e a cultura lúdica
VIGOTSKY, L.S. A Formação social da mente. 4º ed. S. Paulo,2.007: Martins 
WALLON, Henri. Psicologia da Educação
e da Infância. Lisboa, Portugal: Editorial Estampa, 1975.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551998000200007. Acesso em 08/05/2014 as 14:58h

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