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Caxumba Deyse

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Caxumba
Características Gerais
A caxumba, ou parotidite infecciosa, é uma doença viral aguda causada pelo vírus RNA do gênero Paramyxovirus. Nas crianças, é freqüente a apresentação da doença em surtos. A principal manifestação clínica é o aumento das glândulas salivares, especialmente a parótida, acompanhado de febre e dor à mastigação. Em aproximadamente um terço dos casos não ocorre hipertrofia glandular. Embora seja uma doença de evolução benigna, raramente pode haver complicações como meningite asséptica, encefalite e pancreatite; nos adultos, é mais comum a ocorrência de orquiepididimite, mastite e ooforite. A transmissibilidade ocorre por via aérea, pela própria saliva do indivíduo infectado ou por gotículas disseminadas. É uma doença endêmica em grandes centros, onde há aglomeração de pessoas, especialmente nos países que não adotaram a vacinação de rotina contra a caxumba. O período médio de incubação é de 16-18 dias. O diagnóstico é clínico-epidemiológico e o tratamento, sintomático. A medida preventiva mais eficaz contra a doença é a vacinação, a partir da aplicação das vacinas tríplice viral aos 12 meses e a tetraviral quando a criança completa um ano e três meses de idade. A ocorrência recente de surtos em pacientes previamente imunizados desperta o interesse para o conhecimento sobre os mecanismos envolvidos na aquisição da imunidade contra a doença e a real importância da vacinação rotineira contra a caxumba.
Genomas 
A forma do vírus é completamente irregular, variando de esféricos a filamentosos com diâmetro de 150 a 300 nm, sendo considerados pleomórficos. O envelope apresenta projeções na superfície, com espículas distintas de hemaglutinina e neuraminidase. O capsídeo é alongado e exibe simetria helicoidal, sendo o nucleocapsídeo filamentoso e com extensão que varia de 600 a 800 nm, dependendo do gênero.
 Os vírions são compostos de 30% de lipídios em relação ao seu peso e os mesmos estão localizados no envelope. Os vírions são sensíveis ao tratamento com solventes lipídicos, detergentes não iônicos, formaldeído, agentes oxidantes e calor.
 As proteínas constituem aproximadamente de 75 a 80% do peso da partícula, sendo estas estruturais e não estruturais, codificadas pelo genoma viral. Os carboidratos representados pelas glicoproteínas são encontrados no vírion e constituem 6% do seu peso seco. Os membros desta família contém no genoma uma molécula de RNA, de fita simples, linear, com polaridade negativa. Os vírions medem de 150 a 200 nm de diâmetro e de 1.000 a 10.000 nm em sua extensão.
Esses vírus se ligam aos receptores específicos localizados na superfície da membrana celular e entram na célula hospedeira via fusão do envelope viral, com a superfície da célula em um ambiente de pH neutro. Durante o seu ciclo biológico, os vírions têm uma fase extracelular e o capsídeo viral é envelopado, maturando-se naturalmente através da adesão com a célula hospedeira. A replicação do genoma ocorre de maneira similar aos outros vírus RNA, que possuem polaridade negativa. A transcrição, a síntese de proteínas e a replicação do genoma ocorrem no citoplasma da célula hospedeira. As glicoproteínas virais são sintetizadas e processadas como as glicoproteínas da célula. Os vírions maduros ligam-se a membra
Epidemiologia
Na avaliação da série histórica dos casos notificados no estado de 1984 a 2016 observa-se que, na década de 80, havia alta incidência da doença com ciclos de 2 a 4 anos. No final da década de 90 e na década de 2000 houve importante queda da incidência que aumentou apenas a partir de 2015, apresentando taxas maiores que nos anos pré implantação da vacina, conforme apresentado na figura 1. É provável que a baixíssima incidência no período de 1999 a 2014 seja decorrente da implantação da vacina tríplice viral (MMR- serviço privado) a partir de 1997 mas também devido à subnotificação, por não estar no elenco das doenças de notificação compulsória.
Figura 1 Taxa de incidência de caxumba e Cobertura Vacinal (tríplice viral), 1ª dose,  por ano, RS, 1984-2016
Observa-se uma mudança no perfil de ocorrência da doença (Figura 2), que acometia menores de 10 anos na era pré-vacinal e passa a apresentar maior número de casos com deslocamento da idade para adolescentes de 15-19 anos e adultos de 20 a 29 anos a partir de sua reemêrgencia em 2015.
 Figura 2 Distribuição dos casos notificados de caxumba por faixa etária e ano, RS, 1984-2016* 
Transmissão e Biossíntese viral
 É altamente infeccioso, pode-se contrair caxumba ao conversar muito próximo da pessoa infectada, por gotas de espirros, tosse, respiração em ambiente fechado ou por contato direto com a saliva (ex: beijo), por compartilhar utensílios como talheres, copos, pratos, etc. O vírus também pode sobreviver fora do organismo por algumas horas e, em seguida, ser transmitido após o contato caso a pessoa encoste nele e depois encoste, na mão, na boca ou no nariz. A pessoa infectada pode contaminar outros, entre aproximadamente seis dias antes do início dos sintomas até cerca de 9 dias após início dos sintomas. O ser humano é o único hospedeiro natural da caxumba. Isso quer dizer que só é possível contrair pelo contato com outra pessoa infectada, não sendo possível contraí-la de animais ou plantas. Saúde coletiva - DT
. O período de incubação (tempo até o início dos sintomas) pode ser 14 a 25 dias, em média de 16 a 18, sendo mais comum ocorrer entre 16 a 18 dias. O ser humano é o único hospedeiro natural da caxumba, isso quer dizer que só é possível contrair pelo contato com outra Pessoa infectada não é possível contraí-la de animais ou plantas. Os sintomas começam a aparecer apenas cerca de duas a três semanas depois do contagio. Saúde coletiva - DT

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