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5 - Evapotranspiração

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IRRIGAÇÃO: 
Água-solo-planta-atmosfera 
Robson Bonomo – UFES/CEUNES 
Eng. Agrônomo, D.S. Irrigação e Drenagem 
Evapotranspiração e 
Precipitação 
1 – Conceitos/Definições 
1 - Evapotranspiração 
Conceito proposto por Thornthwaite (1944) => expressa o 
conjunto da evaporação + transpiração. 
• Evaporação (Ev)  processo de passagem de um líquido do 
estado líquido para gasoso. Ocorrem nos oceanos, lagos, rios, do 
solo, e da vegetação úmida (orvalho e chuva interceptada) 
• Transpiração (T)  perda de água na forma de vapor pelas 
plantas, predominantemente pelas folhas, via estômatos. Ocorre 
em reposta a um gradiente de potencial da água (figura). 
 Evapotranspiração  processo simultâneo de transferência 
da água para a atmosfera por evaporação e por transpiração. 
1– Conceitos/Definições 
1 - Evapotranspiração 
• Evapotranspiração de referência (ETo)  quantidade de água 
que seria utilizada por uma extensa superfície vegetada com 
grama, com altura de 8 a 15 cm (IAF  3), em crescimento ativo, 
cobrindo totalmente a superfície do solo, e sem restrições hídrica. 
A ETo é um indicativo da demanda evapotranpirativa da atmosfera. 
A cultura de referência também pode ser alfafa. 
Definição FAO para ETo: grama com altura de 12 cm e 
coeficiente de reflexão (albedo) de 23%. 
1– Conceitos/Definições 
Obs. Baseado no boletin 56 da FAO 
1 - Evapotranspiração 
• Evapotranspiração de cultura [ETc = Etpc (evapotranspiração 
potencial da cultura)]  é a quantidade de água utilizada por uma 
cultura, em qualquer fase de seu desenvolvimento e sem restrição 
hídrica. Pode ser obtida a partir da ETo pela relação: 
 
 ETc = Kc ETo 
 
Kc é o coeficiente de cultura. O valor do Kc varia com as culturas e 
com as fases fenológicas. 
1– Conceitos/Definições 
1 - Evapotranspiração 
• Evapotranspiração real da cultura (ETrc)  é a quantidade 
de água realmente utilizada por uma superfície vegetada, com ou 
sem restrição hídrica. ETr  ETc. 
• Evapotranspiração de oásis (ETO)  é a quantidade de água 
utilizada por uma pequena área vegetada (irrigada) que é 
circundada por uma extensa área seca, de onde provém energia 
por advecção (transporte lateral de calor por deslocamento lateral 
da massa de ar), aumentando a quantidade de energia disponível. 
Saldo de radiação 
Temperatura 
Umidade relativa 
Veloc. do vento Com ou sem 
restrição hídrica 
Clima Cultura de 
interesse 
ETR 
1 - Evapotranspiração 
Extensão da área úmida 
Ko 
Área circundante seca 
(vegetação morta) 
Área circundante gramada 
Limite superior do Ko 
Evapotranspiração 
de Oásis (ETO) 
ETO = ETo * Ko 
Dados válidos para UR = 30%, U2m = 2 m/s, altura da 
vegetação úmida = 2m e IAF = 3. 
2 - Fatores que afetam a evapotranspiração 
1 - Evapotranspiração 
2.1 – Fatores climáticos 
 Radiação Líquida (Rn)  Principal fonte de energia para o 
processo de evapotranspiração. Depende da radiação solar incidente 
e do albedo. 
 Temperatura do ar  Ao longo de um dia o aumento da 
temperatura provoca um aumento no déficit de saturação, tornando 
maior a demanda evaporativa do ar. 
 Umidade relativa do ar  Atua em conjunto com a temperatura. 
Quando menor a UR maior a demanda evaporativa e, portanto, maior 
a ET. 
 Vento  Representa o transporte horizontal de energia de uma 
área mais seca para outra mais úmida (advecção). Remove também 
o vapor d´água do ar próximo às plantas para outras regiões. 
2 - Fatores que afetam a evapotranspiração 
1 - Evapotranspiração 
2.2 – Fatores da planta 
Espécie  Arquitetura foliar (distribuição espacial da folhagem), 
resistência interna da planta ao transporte de água, e aspectos 
morfológicos (número, tamanho e distribuição dos estômatos). 
Coeficiente de reflexão (albedo)  influência diretamente na Rn 
(BOC = Rg (1- ). Quanto mais escura maior Rn. 
Estádio de desenvolvimento (IAF)  Quanto maior a área foliar 
(IAF) maior será a superfície transpirante, e maior será o uso de 
água. 
Altura da planta  Plantas mais altas, mais rugosas interagem 
mais eficientemente com a atm em movimento extraindo mais 
energia do ar, aumentando a ET. 
Profundidade do sistema radicular  Sistema radicular mais 
superficial explora um volume menor de solo deixando a cultura mais 
suscetível a períodos de estiagem. Afeta a ETrc. 
2 - Fatores que afetam a evapotranspiração 
1 - Evapotranspiração 
2.3 – Fatores de manejo e do solo 
 
Espaçamento/densidade de plantio  Determina a competição 
intra-específica. Afeta a ETrc. 
Espaçamento menor: competição intensa por água com 
aprofundamento do sistema radicular. 
Espaçamento maior: sistema radicular mais superficial, 
porém maior aquecimento do solo e das plantas, além de uma 
circulação mais livre do vento entre as plantas. 
 
3 – Determinação da Evapotranspiração 
1 - Evapotranspiração 
A estimativa da evapotranspiração pode ser feita por métodos diretos 
ou métodos indiretos. 
 
3.1 – Métodos diretos de determinação da evapotranspiração 
 
3.1.1 – Método do controle da umidade do solo 
 
Consiste na medição da umidade de solo. 
 
 
 
• ET = água evapotranspirada entre duas sucessivas amostragens, 
dentro do intervalo de irrigação, em mm; 
• n = número de camadas; 
• M1i = Teor de umidade do solo da primeira amostragem, na enésima 
camada , % em peso; 
• M2i = Teor de umidade do solo da segunda amostragem, na enésima 
camada , % em peso; 
• Dai = densidade aparente da enésima camada, e, g/cm3; 
• hi = altura de cada camada, em cm. 
 
i i
n
1 i
2i1i h da 
100
M - M
 ET 


3.1.2- Lisímetro de drenagem (percolação) 
1 - Evapotranspiração 
Adequado para períodos longos. 
 
ET = P + I + AC – DP 
 
• ET = evapotranspiração no período, mm; 
• P = precipitação, mm; I = irrigação, mm; 
• AC = ascensão capilar (desprezível); 
• DP = drenagem profunda, mm. 
3.1.3 – Lisímetro de lençol freático constante 
 
 Trabalha com um lençol freático constante dentro do 
lisímetro. ET é função da água consumida. 
3.1.4 – Lisímetro de pesagem 
 
 Método padrão de determinação da ET. Permite da 
determinação da ET em períodos curtos (dia, hora). 
 Consiste em um tanque apoiado sobre uma balança. O 
conjunto fica dentro de um tanque externo (figura). 
 
1 - Evapotranspiração 
ET = M/S 
 
ET = evapotranspiração , mm; 
M = variação da massa do 
tanque, kg; 
S = área do tanque, m2. 
 
3.2 – Métodos Indiretos de determinação 
da evapotranspiração 
 
• Evaporímetros 
• Equações 
1 - Evapotranspiração 
3.2.1 – Equações para estimativa da evapotranspiração 
 
a) Método de PENMAN-MONTEITH 
 
Em 1948 Penman formulou uma equação para estimar evaporação 
combinando: 
Balanço de energia + transferência de massa 
“método combinado” 
A partir desta equação pesquisadores introduziram os fatores de 
resistência e estenderam a equação para superfícies vegetadas 
(ET). 
Distinguiram duas resistências: 
Resistência aerodinâmica (ra) 
Resistência da superfície (rs) 
1 - Evapotranspiração 
a) Método de PENMAN-MONTEITH 
1 - Evapotranspiração 
A figura acima mostra o conjunto de resistências que controlam o transporte de vapor para 
a atmosfera. A rs é o conjunto das resistências dos estômatos, cutícula e do solo. 
Resistência 
aerodinâmica (ra)  
descreve a resistência a 
troca entre a vegetação e 
o ar que se movimenta 
sobre a superfície 
vegetada. 
 
Resistência da 
superfície, ou 
cobertura (rs)  
descreve a resistência do 
escoamento do vapor 
d´água através dos 
estômatos abertos, da 
superfície foliar total e da 
superfície do solo; 
Fonte: Sentelhas/Angelocci, 2009. Disponível em:http://ce.esalq.usp.br/aulas/lce306/aula8.pps 
a) Método de PENMAN-MONTEITH (FAO-56) 
1 - Evapotranspiração 
em que: 
 ETo - evapotranspiração de referência, mm d-1 (1,0 mm d-1 = 2, 45 MJ 
m-2 d-1); 
 Rn - saldo de radiação à superfície, MJ m-2 d-1; 
 G - fluxo de calor no solo, MJ m-2 d-1; 
 (es - ed) - déficit de pressão de vapor, kPa; 
  - declividade da curva de pressão de vapor de saturação, kPa oC-1; 
  - constante psicrométrica, kPa oC-1; 
u2 - velocidade do vento medida a 2 m de altura, m s
-1, 
 
)0,34u (1 
 )e (e u 
273 T
900
 )G R( 408,0
2
2 dsn




 


a) Método de PENMAN-MONTEITH 
1 - Evapotranspiração 
Observações: 
a) Constante psicrométrica (): 
  = 0,665x10-3 P 
b) Pressão atmosférica (P), quando valores medidos não estão disponíveis: 
 
 
 
em que, 
 P – pressão atmosférica, kPa; 
 Z – altitude local em relação ao nível do mar, m. 
c) Declividade da curva de pressão de vapor de saturação (): 
 
 
 
 
Em que, 
 - declividade da curva de pressão de vapor de saturação, kPa oC-1; 
T – temperatura do ar ((Tmax+Tmin)/2), oC; 
es – pressão de vapor de saturação, kPa. 
26,5
293
 Z0,0065 - 293
 101,3 





P
2
T 237,3
T 7,5
2 237,3) (T
 ] x10[0,6108 4098
 
237,3) (T
es 4098
 











a) Método de PENMAN-MONTEITH 
1 - Evapotranspiração 
Observações: 
d) Fluxo de calor no solo (G): 
 
• Para períodos diários a até 10 dias: 
 G ≈ 0 
 
• Para valores mensais: 
 
 G = 0,07 (Tmês, i+1 – Tmês, i-1) 
 
Ou, quando Tmês, i+1 não é conhecido: 
 
 G = 0,14 (Tmês, i – Tmês, i-1) 
em que, 
 G = fluxo de calor no solo (MJ m-2 dia-1) 
 Tmês, i = temp. med. do ar do mês i (
oC); 
 Tmês, i-1 = temp. med. do ar do mês anterior (
oC); 
 Tmês, i+1 = temp. med. do ar do mês posterior (
oC); 
 
a) Método de PENMAN-MONTEITH 
1 - Evapotranspiração 
Observações: 
e)Pressão de vapor 
* Equação de Tetens, com T (oC) e “e” em kPa: 






 Tar 237,3
Tar * 7,5
10 * 0,611 e
2
 minmax TT
ee
es 
2
100
 UR
 e 
100
UR
 e
 
max
Tmin
min
Tmax 
ea
Pressão de vapor de saturação (es): 
Pressão de vapor atual (ea): 
f) Correção da velocidade do vento a 2 metros de altura: 
 
 U2m = 0,748 U10m 
a) Método de PENMAN-MONTEITH 1 - Evapotranspiração 
Observações: Radiação 
Quando se dispõe de dados de radiação global (Qg) medida, o balanço de ondas longas 
(BOC) pode ser obtido através da seguinte expressão: 
 





















 
  0,35
Qso
Qg
1,35 e0,140,34 
2
TT
 4,903x10 - BOL a
4
min
4
max9
Sendo: 
Tmax = temp. máxima absoluta do ar durante o dia, K; 
Tmin = temp. mínima absoluta do ar durante o dia, K; 
ea = pressão atual de vapor da água, kPa; 
Qs = irradiância solar observada (MJ m-2 dia-1); 
Qso = irradiância solar para dias sem nuvens (MJ m-2 dia-1); 
T em kelvin = 273,16 + T em oC 
Qso = Qo (0,75 + 2x10-5 Z); sendo: Z = altitude local, m. 
O valor da irradiância solar para dias de céu claro (Qso), representa máximo de 
brilho solar esperado. 
1 - Evapotranspiração 
Fig. – Valores diários de ETo PM, para São Mateus, ES. 2014. 
ETo Soma anual = 1482 mm 
ETo Média diária= 4,1 mm/d 
Precipitação = 976 mm 
1 - Evapotranspiração 
Fig. – Valores diários de ETo PM, para São Mateus, ES. 2015. 
0.00
1.00
2.00
3.00
4.00
5.00
6.00
7.00
8.00
1
/1
/1
5
3
1
/1
/1
5
2
/3
/1
5
1
/4
/1
5
1
/5
/1
5
3
1
/5
/1
5
3
0
/6
/1
5
3
0
/7
/1
5
2
9
/8
/1
5
2
8
/9
/1
5
2
8
/1
0
/1
5
2
7
/1
1
/1
5
2
7
/1
2
/1
5
E
T
o
, 
m
m
/d
 
Datas 
ETo Soma anual = 1595 mm 
ETo Média diária= 4,4 mm/d 
Precipitação = 758 mm 
1 - Evapotranspiração 
Fig. – Valores diários de ETo PM, para São Mateus, ES. 2016. 
ETo Soma anual = 1531 mm 
ETo Média diária= 4,2 mm/d 
Precipitação = 744 mm 
1 - Evapotranspiração 
Fig. – Valores diários de ETo PM, para São Mateus, ES. 2017. 
Precipitação = 1263 mm 
Regiões Temperatura média diária 
Frio 
 10 oC 
Moderado 
20 oC 
Quente 
30 oC 
Trópicos e subtrópicos 
- Úmido e sub-úmido 
- Árido e semi-árido 
 
2 – 3 
2 – 4 
 
3 – 5 
4 – 6 
 
5 – 7 
6 – 8 
Regões temperadas 
- Úmido e sub-úmido 
- Árido e semi-árido 
 
1 – 2 
1 – 3 
 
2 – 4 
4 – 7 
 
4 – 7 
6 – 9 
Quadro - Valores médios de ETo (mm/d) para 
diferentes agroclimas (FAO 56) 
b) Método de HARGREAVES E SAMANI (Harg) 
1 - Evapotranspiração 
 
 
 
em que 
 ETo - evapotranspiração de referência, mm d-1; 
 Tmed - temperatura média, oC, [Tmed = 0,5 (Tmax + Tmin)]; 
 Tmax - temperatura máxima, oC; 
 Tmin - temperatura mínima, oC; e 
 Ra - radiação solar no topo da atmosfera, mm d-1. 
   ETo 0 0023 Ra Tmax Tmin Tmed 17 8 = , - 
1/2
 + ,
c) Método de THORNTHWAITE simplificado por CAMARGO 
(Camargo) 
1 - Evapotranspiração 
ETo = Ra T F 
 
em que 
 
 ETo - evapotranspiração de referência, mm d-1; 
 Ra - radiação solar no topo da atmosfera, mm d-1; 
 T – temperatura média, oC; e 
 F- fator de ajuste que varia com a temperatura média anual 
(Tm) do local. CAMARGO e PEREIRA (1990) apresentam os 
seguintes valores para F: F = 0,01 para Tm até 23 oC; F = 
0,0105 para Tm = 24 oC; F = 0,011 para Tm = 25oC; F = 
0,0115 para Tm = 26 oC; e F = 0,012 para Tm = 27 oC. 
Exemplo para São Mateus 
Latitude: -18º43’ , Longitude: 39º 51’ , altitude: 39 m, 
 Tma =23,8oC 
Dia 27/03/18 
Dados EMA 
Tmax = 30,3 (oC); Tmin = 21,8 (oC); Tmed = 25,3 (oC); URmax= 98(%) 
URmin= 62 (%); URmed =85 (%); Qg= 19,8 (MJ/(m2 dia)); Pressãomed = 101 kPa 
Precipitação =0,6 mm; Velocidade do vento U10 = 1,9 m/s 
 
Dados: NDA= ? ; DEc. Solar = 2,12 o; N = 11,90h; Qo(Ra) = 35,0 MJ/m2d; 
 
esTmax = 0,611 * 10
[(7,5*Tmax)/(237,3+Tmax)] = kPa 
esTmin = 0,611 * 10
[(7,5*Tmin)/(237,3+Tmin) = kPa 
Fornecido (para o balanço de radiação): 
 BOL = -3,0 MJ/m2d; 
 
ETo = 
 
a) Método do Tanque Classe A 
1 - Evapotranspiração 
 ETo = Kt Ev 
 
Em que: 
Ev – evaporação do tanque, mm/dia; 
Kt – coeficiente do tanque. Função dos dados meteorológicos da região (vento e 
umidade relativa) e do meio em que está instalado o tanque (tabelado). 
3.2.2 - Evaporímetros 
a) Método do Tanque Classe A 
1 - Evapotranspiração 
ETP = ECA * Kt 
O valor de Kt é fornecido por 
tabelas, equações, ou ainda 
pode-se empregar um valor fixo 
aproximado, caso não haja 
disponibilidade de dados de UR 
e U para sua determinação. 
Duas situações são 
consideradas para a obtenção 
do Kt. 
a) Método do Tanque Classe A 
1 - Evapotranspiração 
Vento 
(km/d) 
Bordadura UR 
<40% 40 a 70% >70% 
Leve 1 0,55 0,65 0,75 
(<175) 10 0,65 0,75 0,85 
100 0,70 0,80 0,85 
1000 0,75 0,85 0,85 
Moderado 1 0,50 0,60 0,65 
(175 a 425) 10 0,60 0,70 0,75 
100 0,65 0,75 0,80 
1000 0,70 0,80 0,80 
Quadro 01 – Valores do coeficiente do tanque Classe A, em 
função de dados meteorológicos da região e do meio em que ele 
está instalado (caso A) 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
1 - Evapotranspiração 
 ETc = ETo Kc 
 
Em que, 
ETc = Evapotranspiracão da cultura [mm d-1], 
ETo = Evapotranspiracão da cultura de referência [mm d-1], 
Kc = Coeficiente de cultura [admensional], 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
1 - EvapotranspiraçãoOs valores de Kc representam a integração de quatro características 
que distinguem a cultura da grama tomada como referência: 
 Altura da cultura  influencia na resistência aerodinâmica 
 Albedo () do solo e da cultura  Afeta o saldo de radiação 
líquida 
 Resistência do dossel da cultura  função da área foliar 
(número de estômatos), idade da folha, e controle estomatal; 
 Evaporação da superfície do solo  especialmente quando o 
solo está descoberto. 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
1 - Evapotranspiração 
Fatores que determinam o coeficiente de cultura 
 
Tipo de cultura  albedo, altura, propriedades das folhas e 
estômatos, propriedades aerodinâmicas; 
 
Clima  Kc médios são definidos para climas sub-úmidos: UR min 
> 45% e Vv média em torno de 2 m/s (calmo a moderado) 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
1 - Evapotranspiração 
Figura A – Valores típicos de Kc para diferentes tipos de cobertura do solo 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
1 - Evapotranspiração 
Figura B – Valores extremos de Kc esperados em função de variadas 
condições climáticas 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
1 - Evapotranspiração 
Figura C – Efeito da evaporação no Kc. A linha horizontal representa Kc 
quando a superfície do solo é mantida continuamente umedecida. A 
linha curva corresponde aos valores de Kc quando a superfície do solo é 
mantida continuamente seca, porém com umidade no solo para manter 
a transpiração sem restrição. 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
Figura D – Valores típicos de Kc para os quatro estádios de 
desenvolvimento 
Evaporação 
do solo 
Cobertura do 
solo 
Tipo de cultura 
UR 
Vento 
Tipo de cultura 
Data de colheita 
Estabele-
cimento 
Desenvolvimento 
Vegetativo 
Florescimento e 
Frutificação 
Maturação 
 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
Figura E – Estádios de desenvolvimento para diferentes culturas 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
Proposta do coeficiente de cultura duplo (Kcb + Ke) 
Kc = Kcb + Ke 
 
Em que 
Kcb = coeficiente basal de cultura, 
Ke = coeficiente de evaporação de água do solo 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
Figura F – Curva generalizada para coeficiente de cultura único 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
Figura G – Curva generalizada para coeficiente de cultura duplo 
(Kc = Kcb + Ke) 
4- Evapotranspiração da Cultura (ETc) - Modelo FAO 
Quadro 2 – Definição das fases de desenvolvimento da cultura. 
Estádio de 
Desenvolvimento 
Caracterização do estádio Valor do Kc 
Inicial 
Vai da germinação até a cultura cobrir 10% 
da superfície do terreno, ou 10 a 15% do 
seu desenvolvimento vegetativo. 
0,2 a 1,0 
Secundário ou de 
Desenvolvimento 
vegetativo 
Vai do final do primeiro estádio até a 
cultura cobrir 70 a 80% da superfície do 
terreno ou atingir de 70 a 80% do seu 
desenvolvimento vegetativo 
Varia linearmente entre os 
valores do primeiro e 
terceiro estádio 
Intermediário ou de 
produção 
Vai do final do segundo estádio até o início 
da maturação, também denominado 
estádio de produção. 
0,9 a 1,25 
Final ou de 
maturação 
Vai do inicio da maturação até a colheita ou 
final da maturação 
Varia linearmente entre os 
valores do terceiro estádio 
e de 0,3 a 1,0 
Quadro 3 – Duração dos estádios de desenvolvimento para várias culturas 
(dias) 
• A duração dos estádios desta tabela são valores indicativos, mas poderão variar 
substancialmente de um local para outro e com a cultivar. 
• FONTE: Boletim 56 FAO 
Cultura Inicial 
(I) 
Desenvolvi
mento (II) 
Florescimento 
(III) 
Final 
(IV) 
Total 
Algodão 30 50 55 45 180 
Arroz 30 30 60 30 150 
Batata 25 30 45 30 130 
Feijão 15 25 30 20 90 
Milho (grão) 20 35 40 30 125 
Milho (grão) 30 40 50 30 150 
Milho (verde) 20 20 30 10 80 
Soja 20 30 55 25 130 
Sorgo 20 35 40 30 130 
Trigo (verão) 20 25 60 30 135 
Trigo 
(inverno) 
20 60 70 30 180 
Tomate 30 40 40 25 135 
Figura h - Valores de Kc para fase inicial em função da ETo do estádio inicial e 
freqüência de irrigação ou chuva 
Figura h - Valores de Kc para fase inicial em função da ETo do estádio inicial e 
freqüência de irrigação ou chuva (solo arenoso e chuva/irrigação > 40 mm) 
Quadro 03 – Coeficientes de cultivo (Kc) para culturas anuais e perenes 
Cultura 
Fases de desenvolvimento da cultura 
Período 
vegetativo 
total Inicial 
Desenv. 
da 
cultura 
Período 
interme-
diário 
Final do 
ciclo 
Na 
colheita 
Alfafa 0,3-0,4 1,05-1,2 0,85-1,05 
Algodão 0,4-0,5 0,7-0,8 1,05-1,25 0,8-0,9 0,65-0,7 0,8-0,9 
Amendoim 0,4-0,5 0,7-0,8 0,95-1,1 0,75-0,85 0,55-0,6 0,75-0,8 
Arroz 1,1-1,15 1,1-1,5 1,1-1,3 0,85-1,05 0,95-1,05 1,05-1,2 
Banana Tropical 0,4-0,5 0,7-0,85 1,0-1,1 0,9-1,0 0,75-0,85 0,7-0,8 
 Banana Subtropical 0,4-0,65 0,8-0,9 1,0-1,2 1,0-1,15 1,0-1,15 0,85-0,95 
Batata 0,4-0,5 0,7-0,8 1,05-1,2 0,85-0,95 0,7-0,75 0,75-0,9 
Beterraba açucareira 0,4-0,5 
0,75-
0,85 
1,05-1,2 0,9-1,0 0,6-0,7 0,8-0,9 
Cana-de-açúcar 0,4-0,5 0,7-1,0 1,0-1,3 0,75-0,8 0,5-0,6 0,85-1,05 
Cártamo 0,3-0,4 0,7-0,8 1,05-1,2 0,65-0,7 0,2-0,25 0,65-0,7 
Cebola Seca 0,4-0,6 0,7-0,8 0,95-1,1 0,85-0,9 0,75-0,85 0,8-0,9 
Cebola Verde 0,4-0,6 0,6-0,75 0,95-1,05 0,95-1,05 0,95-1,05 0,7-0,8 
Primeiro valor: com umidade elevada (UR min > 70%) e vento fraco (U < 5 m/s). 
Segundo valor: com umidade baixa (UR min < 20%) e vento forte (U > 5 m/s). 
Obs.: Abacaxi (EPAMIG/Janaúba) de 60 a 150 dias Kc = 0,5, de 150 a 300 dias Kc = 
0,7 e de 300 a 400 dias Kc = 0,5. 
Quadro 03 – Coeficientes de cultivo (Kc) para culturas anuais e perenes 
Cultura 
Fases de desenvolvimento da cultura 
Período 
vegetativo 
total Inicial 
Desenv. 
da 
cultura 
Período 
intermediár
io 
Final do ciclo 
Na 
colheita 
Citros Com tratos culturais 0,65-0,75 
Citros Sem tratos culturais 0,85-0,9 
Ervilha, verde 0,4-0,5 0,7-0,85 1,05-1,2 1,0-1,15 0,95-1,1 0,8-0,95 
Feijão Verde 0,3-0,4 
0,65-
0,75 
0,95-1,05 0,9-0,95 0,85-0,95 0,85-0,9 
Seco 0,3-0,4 0,7-0,8 1,05-1,2 0,65-0,75 0,25-0,3 0,7-0,8 
Girassol 0,3-0,4 0,7-0,8 1,05-1,2 0,7-0,8 0,35-0,45 0,75-0,85 
Melancia 0,4-0,5 0,7-0,8 0,95-1,05 0,8-0,9 0,65-0,75 0,75-0,85 
Milho 
Doce 0,3-0,5 0,7-0,9 1,05-1,2 1,0-1,15 0,95-1,1 0,8-0,95 
Grão 0,3-0,5 0,7-0,85 1,05-1,2 0,8-0,95 0,55-0,6 0,75-0,9 
Oliveira 0,4-0,6 
Pimentão verde 0,3-0,4 0,6-0,75 0,95-1,1 0,85-1,0 0,8-0,9 0,7-0,8 
Repolho 0,4-0,5 0,7-0,8 0,95-1,1 0,9-1,0 0,8-0,95 0,7-0,8 
Soja 0,3-0,4 0,7-0,8 1,0-1,15 0,7-0,8 0,4-0,5 0,75-0,9 
Sorgo 0,3-0,4 0,7-0,75 1,0-1,15 0,75-0,8 0,5-0,55 0,75-0,85 
Tabaco 0,3-0,4 0,7-0,8 1,0-1,2 0,9-1,0 0,75-0,85 0,85-0,95 
Tomate 0,4-0,5 0,7-0,8 1,05-1,25 0,8-0,95 0,6-0,65 0,75-0,9 
Trigo 0,3-0,4 0,7-0,8 1,05-1,2 0,65-0,75 0,2-0,25 0,8-0,9 
Uva 0,35-0,55 0,6-0,8 0,7-0,9 0,6-0,8 0,55-0,7 0,55-0,75 
5 - Evapotranspiração Real da Cultura (ETrc) 
ETrc = ETc Ks 
Sob condições normais de cultivo a umidade do solo não 
permanece obrigatoriamente próximo a capacidade de 
campo, havendo uma redução da ET em função da queda 
da umidade. Um dos modelos empregados para descrever 
esta redução foi proposto por Bernardo, na forma a 
seguir: 
1,0) (CTA Ln 
1,0) Ln(LAA 
Ks



Ks = coeficiente de umidade do solo (adimensional); 
Ln = logaritmo neperiano; 
CTA = capacidade total de água no solo, mm; 
LAA = lâmina atual de água no solo, mm. 
6 – Precipitação efetiva 
Pefetiva = Pocorrida – Escoamento Sup. – Percolação 
 
Fase de projeto: 
Métododo Serviço de conservação de solos dos EUA 
(manual de irrigação) 
 
Fase de manejo de irrigação: 
Balanço diário de água no solo 
25 Método US. Departament of Agriculture e Soil 
Conservation Service (USDA, SCS) conforme FAO, 1978 
 
Consiste na aplicação das Tabelas (1.14) a (1.16). 
Uso consumptivo = evapotranspiraçao da cultura (ETc) 
Continuação tabela 1.14 ... 
CAD fator CAD fator CAD fator 
10,0 0,620 31,25 0,818 70,0 0,990 
12,5 0,650 32,50 0,828 75,0 1,000 
15,0 0,675 35,00 0,842 80,0 1,004 
17,5 0,703 37,50 0,860 85,0 1,008 
18,75 0,720 40,00 0,878 90,0 1,012 
20,0 0,728 45,00 0,905 95,0 1,018 
22,5 0,740 50,00 0,930 100,0 1,020 
25,0 0,770 55,00 0,947 125,0 1,040 
27,5 0,790 60,00 0,963 150,0 1,060 
30,0 0,808 65,00 0,977 175,0 1,070 
Tabela 1.16- Tabela da multiplicação pelo factor SF entrando-se na 
tabela com o valor CAD 
A Tabela (1.14) e (1.15) foram feitas para d=75mm. Quando o valor for maior ou 
menor que 75mm tem-se que multiplicar por um valor obtido na Tabela (1.16) 
denominado SF. 
CAD: é a quantidade máxima de água que a planta pode extrair do solo 
SF: é o fator de redução ou aumento pois o valor padrão da tabela da SCS foi feito 
para AD=75mm. 
Mês ETc P Pef 
(tab 1.14) 
Corr 
(tab 1.16) 
Pef 
mm mm mm mm mm 
Jan 139 159 
Fev 132 89 
Mar 135 111 
Abr 106 80 
Mai 87 48 
Jun 67 35 
Jul 63 54 
Ago 69 54 
Set 76 66 
Out 98 126 
Nov 113 188 
Dez 135 190 
Ano 1220 1200 
EXEMPLO: Local: Linhares, ES (Lat. 14,4º ´S); Período: 1970-1990; CAD = 100mm 
OBS: AD = CAD = CTA 
7 – Precipitação provável (dependente) 
Quantidade mínima de precipitação com determinada 
probabilidade de ocorrência 
Nota: Em irrigação trabalha-se com a probabilidade de 75 ou 
80%, ou seja, Lâmina mínima de chuva que se pode esperar 
em três a cada quatro anos (75%) ou em quatro a cada cinco 
anos (80%) 
Determinação: 
• Dados históricos de precipitação 
• Análise dos dados (distribuição gama, cadeia de Markov, 
Kimbal, papel de probabilidade log-normal) 
Exemplo de valores de precipitação provável para 
a localidade de Sayonara (conceição da Barra, ES). 
Dados: 1990 - 2014 (Estação da DISA) 
Mês
Precipitação 
média (mm)
Precipitação 
(mm), com 75% 
probabilidade
JAN 128 58
FEV 82 33
MAR 151 63
ABR 107 68
MAI 54 18
JUN 54 20
JUL 66 31
AGO 68 24
SET 66 22
OUT 108 47
NOV 240 130
DEZ 174 103
TOTAL 1270 930

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