Buscar

TCC Ensino Religioso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS – FACEL
CLÁUDIA REGINA DE PAULA
O ENSINO RELIGIOSO NA DIVERSIDADE DA RELIGIOSIDADE EM ESCOLAS
BELO HORIZONTE/MG
2017
INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS – FACEL
CLÁUDIA REGINA DE PAULA
O ENSINO RELIGIOSO NA DIVERSIDADE DA RELIGIOSIDADE EM ESCOLAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto IPEMIG / FACEL como requisito para Obtenção de título de pós-graduação na docência do Ensino Religioso.
BELO HORIZONTE/MG
2017
RESUMO
O presente artigo discute a importância do Ensino Religioso abordar o conhecimento das diferentes religiões professadas no mundo globalizado em que vivemos, uma vez que o ambiente escolar é o espaço privilegiado para promover o reconhecimento e a valorização da trajetória dos diferentes grupos sociais. Consideramos que os saberes abordados pela disciplina precisam ser pesquisados e contextualizados histórica e socialmente, ou seja, de modo interdisciplinar. A partir dessa perspectiva, destacamos que um dos grandes desafios para a educação é promover o respeito pelo outro como legítimo outro, sem o intento de homogeneizar as culturas, mas sim de celebrar a diversidade cultural.
ABSTRACT
	This article discusses the importance of Religious Education to approach the knowledge of the different Professed religions in the globalized world in which we live, since the school environment is the Privileged space to promote the recognition and appreciation of the trajectory of the different Social groups. We consider that the knowledge addressed by the discipline needs to be researched and Contextualized historically and socially, that is, in an interdisciplinary way. From this Perspective, we emphasize that one of the major challenges for education is to promote respect for Another as legitimate, without the intention of homogenizing cultures, but rather of celebrating the cultural diversity.
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Discutir a Pluralidade da Religiosidade nas escolas.
Objetivos específicos:
Avaliar as condições da diversidade religiosa;
Discorrer sobre o ensino em um país Laico;
Discutir intervenções apropriadas na diversidade religiosa.
INTRODUÇÃO
Vivemos um momento em que muito se discute a questão da multiculturalidade. Entretanto, a diversidade religiosa muitas vezes é tratada como um tabu no espaço escolar. Por isso, se evidencia a importância de oportunizar acesso ao conhecimento das diferentes religiões professadas no mundo globalizado em que vivemos, considerando que a intolerância religiosa promove diversos tipos de discriminação, que em muitas ocasiões podem levar a graves conflitos. Para viver democraticamente em uma sociedade multicultural é preciso conhecer e respeitar as diferentes culturas que a constituem. E o ambiente escolar é o espaço privilegiado para promover o conhecimento e a valorização da trajetória dos diferentes grupos sociais, pois só assim será possível superar atitudes de intolerância em relação às diferenças culturais. 
A relevância do Ensino Religioso no Ensino Médio se mostra ao analisarmos o mundo plural em que vivemos, onde tantos conflitos de projeção mundial são marcados por questões étnico-religiosas. Desse modo, o diálogo inter-religioso surge como um importante desafio na atualidade também para a educação. Portanto, consideramos que os saberes abordados pela disciplina precisam ser pesquisados e contextualizados histórica e socialmente dentro do espaço escolar. 
Nesse sentido, podemos observar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – mais especificamente no artigo 33 destaca a importância da temática referente à diversidade religiosa: 
O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental e assegura o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 
A partir da perspectiva da pluralidade percebemos que o panorama religioso apresentado em sua multiplicidade pode proporcionar o compartilhar de experiências e a riqueza de suas simbologias, o que evidencia as diversas faces do sagrado presente em nossa sociedade. Com essas considerações, podemos pensar a disciplina de Ensino Religioso como um espaço para a conversação acerca da diversidade cultural religiosa. Tendo em vista que a conversação trata da convivência, do entendimento, do colóquio, do sondar o próprio pensamento e o do outro através do ato ou efeito de conversar. E nesse contexto, podemos abrir espaços para as narrativas de diferentes formas de religiosidade presentes no ambiente escolar.
O ENSINO RELIGIOSO E A PLURALIDADE RELIGIOSA
Ao abordarmos o Ensino Religioso tanto no ensino particular, quanto no público o estudo dos fenômenos religiosos devem ser valorizados como patrimônio cultural e histórico da humanidade, enfatizando as diversas expressões e crenças religiosas. Para tanto, é preciso compreender que a religião é um aspecto constitutivo das diferentes culturas que permeia o tecido social, ou seja, não está à parte, mas sim faz parte integrante das culturas. 
Na abordagem pedagógica do ER (Ensino Religioso) o tema da diversidade tem se tornado um elemento central, constituindo o despertar do diálogo entre diferentes culturas religiosas que podem promover atitudes de respeito e compreensão da alteridade. Portanto, é importante lembrar que as religiões representam parte significativa da memória cultural e do desenvolvimento histórico das sociedades. 
Desse modo, a abordagem em torno da pluralidade religiosa precisa enfocar as diferentes religiões e não apenas um ou dois segmentos religiosos predominantes na sociedade ocidental. Com as pesquisas recentes realizadas na área do ER percebemos a necessidade da construção do respeito e da solidariedade na formação da cidadania. 
Compreender a diversidade é um dos aspectos mais importantes do exercício cidadão, por isso o ensino sobre a diversidade religiosa pode ser considerado um exercício de compreensão em relação ao mundo que nos cerca. Portanto, é importante enfatizar que o objetivo da promoção do diálogo inter-religioso não é a busca do consenso, mas sim do respeito às diferenças.
Com essa perspectiva o ER busca estudar e valorizar grupos minoritários, pouco conhecidos, que tantas vezes enfrentam preconceitos, tais como: os movimentos religiosos dos povos indígenas latino-americanos e africanos; religiões orientais; o espiritualismo, a “Nova Era”; as religiões afro-brasileiras como a umbanda e o candomblé. 
No contexto do diverso panorama religioso da atualidade é importante o estudo das religiões cristãs, judaicas, islâmicas, as centenas de igrejas evangélicas, pentecostais, neopentecostais e outras tantas manifestações religiosas. Portanto, se evidencia a necessidade de acesso a esses saberes para superar estereótipos e preconceitos. 
A pluralidade das tradições religiosas enriquece os estudos e investigações das religiões, como também se torna um desafio a uma compreensão do significado contemporâneo. Quando pensamos em propor um diálogo entre o que nos é familiar e o que nos é estranho, ocasionamos um esforço de trazer antigas questões para outros caminhos, olhares e abordagens. E para tanto, é necessário um trabalho interdisciplinar envolvendo os estudos das religiões com a História, a Antropologia, a Sociologia e a Arte.
 Ao identificar a religião como um fenômeno cultural, relacionada com os símbolos que nos identificam, desde as práticas tribais mais primitivas às formas ritualísticas mais elaboradas, podemos verificar a importância de estudos interdisciplinares nessa área. De acordo com Paul Tillich (1974.p.30), a linguagem da fé é a linguagem dos símbolos, o que evidencia a religião como uma produção simbólica, “aquiloque toca o homem incondicionalmente precisa ser expresso por meio de símbolos, porque apenas a linguagem simbólica consegue expressar o incondicional”. 
Por isso, os símbolos podem ser considerados uma relevante forma de expressão religiosa, considerando que o humano compreende e expressa sua fé no percurso do visível para o invisível. 
Os símbolos estão relacionados à identidade, por isso percebemos a importância de oportunizar a sua compreensão no espaço escolar, na vida e na convivência social. O estudo das diferentes religiões pode nos mostrar suas narrativas de origem, desenvolvimento do cosmos, do homem, do tempo e do espaço. Nesse sentido, Marilena Chauí (2000.p.298) considera que: 
A religião não transmuta apenas o espaço, mas também o tempo, dando-lhe a marca do sagrado’ afinal o tempo sagrado é uma narrativa...
No entanto, definir concreta e objetivamente o que significa religião é uma difícil tarefa em função do caráter polissêmico do termo. Costuma-se pensar essa definição como crença em Deus, espíritos, seres sobrenaturais, ou ainda, na vida após a morte. Muitas pessoas podem entender o conceito de religião diretamente relacionado com o nome de algumas das grandes religiões mundiais, como por exemplo o Cristianismo, Judaísmo, Hinduísmo, Budismo ou Islamismo. Entretanto, o significado de religião aqui tratado tem um sentido bem mais amplo.
A palavra religião originou-se da palavra latina religio, cujo sentido indicava um conjunto de regras, observâncias, advertências e interdições, sem fazer referência a divindades, rituais, mitos ou quaisquer outros tipos de manifestação que contemporaneamente, entendemos como religiosas.
Do ponto de vista de Durkheim (1996. P. 19, 20), Todas as crenças religiosas conhecidas, sejam simples ou complexas, apresentam um mesmo caráter comum: supõem uma classificação das coisas, reais ou ideais, que os homens concebem, em duas classes, em dois gêneros opostos, designados geralmente por dois termos distintos que as palavras profano e sagrado traduzem bastante bem. A divisão do mundo em dois domínios que compreendem, um, tudo o que é sagrado, outro, tudo o que é profano, tal é o traço distintivo do pensamento religioso: as crenças, os mitos, os gnomos, as lendas, são representações ou sistemas de representações que exprimem a natureza das coisas sagradas, as virtudes e os poderes que lhes são atribuídos, sua história, suas relações mútuas e com as coisas profanas.
O ENSINO RELIGIOSO NA GRADE ESCOLAR
De acordo com a LBD (Lei de Diretrizes e Bases Educacionais) as aulas de ensino religioso podem ocorrer normalmente nas escolas, desde que não sejam obrigatórias para os alunos e a instituição assegure o respeito à diversidade de credos e coíba o proselitismo, ou seja, a tentativa de impor um dogma ou converter alguém.
A questão da diversidade, outro item previsto na lei, também não é uma coisa simples de ser resolvida. Como garantir que todos os grupos religiosos - incluindo divisões internas e dissidências - sejam respeitados durante o programa em um país plural como o nosso? Dados do Censo Demográfico 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que 64,6% da população se declara católica, 22,2% evangélica, 2% espírita, 3% praticante de outras religiões e 8% sem religião.
Os professores devem estar preparados a lidar com as escolhas de cada um e com o respeito às opções dos outros. De que forma a escola deve assegurar que o professor responsável por lecionar Ensino Religioso não incorra no erro de impor seu credo aos estudantes, Ou que não aja de maneira preconceituosa caso alguém não concorde com suas opiniões. É fato que todos, educadores e alunos, têm o direito de escolher e exercer sua fé. Está na Constituição também. Não há mal algum em rezar, celebrar dias santos, frequentar igrejas (ou outros templos), ter imagens de devoção e portar objetos, como crucifixos e véus. Porém, em hipótese alguma, a escola pode ser usada como palco para militância religiosa e manifestações de intolerância. É bom lembrar que a mesma carta magna determina que o Estado brasileiro é laico e, por meio de suas instituições, deve se manter neutro em relação a temas religiosos.
Num cenário ideal, a moral trabalhada no ambiente educacional não tem a ver com a pregada pelas religiões. Educação e verdades incontestáveis não combinam. Enquanto os credos são dogmáticos e pautados na heteronomia, a escola é o lugar para a conquista e o desenvolvimento da autonomia moral. Isso quer dizer que crianças e adolescentes devem aprender e ser estimulados a analisar seus atos por meio da relação de respeito com o outro, compreendendo as razões e as consequências de se comportar de uma ou outra maneira. Bons projetos de Educação moral, que abrem espaço para questionamentos e mudanças de hábito, dão conta do recado. 
O BRASIL COMO ESTADO LAICO
Estado laico significa um país ou nação com uma posição neutra no campo religioso. Também conhecido como Estado secular, o Estado laico tem como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não apoiando ou discriminando nenhuma religião.
Um Estado laico defende a liberdade religiosa a todos os seus cidadãos e não permite a interferência de correntes religiosas em matérias sociopolíticas e culturais.
Um país laico é aquele que segue o caminho do laicismo, uma doutrina que defende que a religião não deve ter influência nos assuntos do Estado. O laicismo foi responsável pela separação entre a Igreja e o Estado e ganhou força com a Revolução Francesa.
O Brasil é oficialmente um Estado laico, pois a Constituição Brasileira e outras legislações preveem a liberdade de crença religiosa aos cidadãos, além de proteção e respeito às manifestações religiosas, segundo o artigo 5º da Constituição Brasileira de 1988, onde está escrito:
“VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”
Contudo, a laicidade do Estado pressupõe a não intervenção da Igreja no Estado, e um aspecto que contraria essa postura é o ensino religioso nas escolas públicas brasileiras.
Nos países que não são laicos (teocráticos), a religião exerce o seu controle político na definição das ações governativas. Nos países teocráticos, o sistema de governo está sujeito a uma religião oficial. Alguns exemplos de nações teocráticas são: Vaticano (Igreja Católica), Irã (República Islâmica) e Israel (Estado Judeu).
Existe também o conceito de Estado confessional, em que o Estado reconhece uma determinada religião como sendo a oficial da nação. Apesar disso, não se deve confundir Estado teocrático com Estado confessional, porque no primeiro caso é a religião que define o rumo do país, enquanto que no segundo a religião não é tão importante como no primeiro, mas ainda assim tem bastante mais influência do que em um Estado laico.
	Contrariando a laicidade do Estado, as escolas têm manifestações de crenças:
66% ministram aulas de Ensino Religioso.
51% têm o costume de fazer orações ou cantar músicas religiosas. 
22% têm objetos, imagens, frases ou símbolos religiosos expostos. 
Fonte: Questionário Diretor Prova Brasil, 2011 (Adaptado).
 
PLURALIDADE RELIGIOSA: UM DESAFIO NAS ESCOLAS
Para promover debates sobre as diferentes religiões que se apresentam no mundo plural em que vivemos uma das questões centrais para discutir em nossas escolas é a formação do professor. Sabemos que são raros os professores de Ensino Religioso que possuem formação especializada nesta área do saber. 
Os professores que ministram essa disciplina provém geralmente de outras áreas do conhecimento. E essa falta de formação específica pode gerar problemas para a efetiva discussão do tema no panorama da pluralidade religiosa vividana contemporaneidade. Por isso, destacamos que o papel do E. R. é possibilitar o conhecimento das diferentes religiões e religiosidades. 
E a partir dessa perspectiva, promover uma ação transformadora capaz de garantir o respeito à diversidade, a pluralidade e o reconhecimento da importância de todas as tradições religiosas.
Nesse contexto, a escola pode ser o espaço para promover o reconhecimento da multiculturalidade religiosa, pois valorizar as diferentes crenças é um passo fundamental para o diálogo inter-religioso. Na medida em que aprofundamos o estudo sobre as religiões, podemos aumentar a compreensão das crenças individuais e superar as barreiras dos preconceitos, atitudes que constroem um mundo hostil e intolerante. Para tanto, se destaca a importância de promover o conhecimento das diversas expressões religiosas no espaço escolar. 
O grande desafio para a educação em nossos tempos marcado pela pluralidade religiosa é promover o respeito pelo outro como legítimo outro, em sua diferença e singularidade, sem o intento de homogeneizar as culturas, mas sim celebrar a diversidade cultural.
Sugestões para a Escola/Professor trabalhar sobre a diversidade religiosa:
Segue lista de filmes/documentários para auxiliar a Escola/Professor para trabalhar com a temática da diversidade religiosa:‘O pequeno Buda’ (1993) - enfoque ao budismo; ‘Os dez mandamentos’ (1956) - aborda o judaísmo; ‘A vida de Jesus Cristo’ (1996) - apresenta a temática do cristianismo; ‘Maomé, o mensageiro de Alah’ (1976) - apresenta o islamismo; ‘O Mahabharata’ (1989) – destaca o hinduismo; ‘Cafundó’(2005) – enfoque à realidade brasileira; ‘Santo forte’ (1999) - religiosidade no Brasil; ‘Lutero’ (2003) - reforma protestante; ‘Amistad’ (1997) aborda a cultura afro; ‘ Kundum’ (1997) - a História do 14º Dalai Lama - cultura chinesa; ‘A Missão’(1986) - cultura indígena e a catequização jesuítica; ‘O Auto da Compadecida’ (2000) - julgamento após a morte; a decisão entre o céu e inferno; ‘Chico Xavier’ (2010) - temática espírita, História das Religiões 1: catolicismo, religiões de pequenas sociedades, religiões afro-americanas (1999), História das Religiões 2; judaísmo, hinduísmo, protestantismo, mitos do mediterrâneo – Europa Filmes (1999).
CONCLUSÃO 
O Ensino Religioso na escola sempre apresentará controvérsias, mas a controvérsia deveria ser vista também em outros aspectos. Primeiro vejo que a Laicidade do estado não pressupõe Ateísmo, a comunidade escolar é majoritariamente religiosa. É verdade que a escola não deve ser um espaço catequizador de nenhuma tradição religiosa e que não há como controlar ou até mesmo coibir esta pratica, mas seria a Escola um espaço “descatequizador”? Porque não vemos a mesma controvérsia na questão política e filosófica, será que sabemos quantos alunos tem sua fé questionada e até mesmo destruída por convicções filosóficas e políticas (dogmatizadas muitas vezes) impostas por professores em sala de aula? Qual maior risco na escola? Catequizar ou descatequizar? E porque ninguém questiona o que é feito em muitas aulas de História, Biologia, Sociologia e Filosofia? 
Se o pressuposto da liberdade é usado para coibir o Ensino Religioso não deveria ser muito mais defendido em relação às convicções filosóficas e políticas dentro da sala de aula se basear que nossos alunos vêm para escola “crentes” em sua fé? Se fizermos uma pesquisa de quantos alunos são catequizados em sala de aula comparados aos alunos que entram na escola “fiéis” e saem se declarando “ateus” qual será o resultado? O que ínsito é que a questão realmente é polêmica, mas vista apenas de um ponto de vista. Pra mim a escola não pode ser um espaço “catequizador”, mas também não pode ser instrumento de “descatequização”.
A experiência com o ensino religioso se deu de forma imposta pelo programa do projeto pedagógico, e os professores apenas tinham a disciplina como complemento de sua carga horária. Percebe-se que o prosetilismo religioso tanto da área católica como protestante prevaleceu. Então, tentamos extrair os conhecimentos recebidos dos alunos através dos projetos e atividades realizadas na escola e trabalhar no que for produtivo para a quebra dos dogmas ou paradigmas impostos.
REFERENCIAL TEÓRICO
 
TILLICH, Paul. Dinâmica da fé. São Leopoldo: Sinodal, 1974.
BRASIL, Ministério da Educação E Cultura. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 
DURKHEIM, E. As Formas Elementares da Vida Religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
PORTAL NOVA ESCOLA. Ensino Religioso Nas Escolas, disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/74/ensino-religioso-e-escola-publica-uma-relacao-delicada, acessado em maio de 2017.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil Brasileira de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm, acessado em maio de 2017.
Brasil: A Laicidade E A Liberdade Religiosa Desde A Constituição Da República Federativa De 1988. Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/brasil-laicidade-e-liberdade-religiosa-desde-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-rep%C3%BAblica-federativa-de-1988, acessado em maio de 2017.
Notas Etnográficas Sobre A Religiosidade Na Escola, disponível em: http://www.revistas.usp.br/ceru/article/view/89161, acessado em maio de 2017.
VIANNA, Marielle. Um convite para trabalhar com a literatura no cotidiano escolar. In. Fenômeno Religioso e Metodologias. KLEIN, Remi. WACHS, Manfredo. BRANDENBURG, Laude. (Orgs..), São Leopoldo: Sinodal, EST, 2009.
SILVA, Clemildo A. RIBEIRO, Mario B. Intolerância Religiosa E Direitos Humanos. Porto Alegre, Editora Sulina, Editora Universitária Metodista, 2007.

Mais conteúdos dessa disciplina