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17/10/2016 1 B6 -Piridoxina B7 e B8 - Biotina Profa. Nádia Fátima Gibrim Vitamina B6 ou piridoxina refere-se aos compostos: Piridoxol (álcool), Piridoxal (o aldeído) Piridoxamina (a amina). Piridoxol Piridoxamina Piridoxal Pode ser encontrada em alimentos de origem animal e vegetal: vísceras, carne de aves, atum, leite, leguminosas, germe de trigo, cereais integrais, legumes, banana e aveia. Piridoxol vegetais Piridoxal e piridoxamina tecidos animais. Alimento (100g) Quantidade (mg) Fígado de boi 1,08 Frango 0,48 Atum 0,45 Leite 0,03 Feijão 0,39 Soja (grão) 0,23 Germe de trigo 1,3 Banana 0,36 Espinafre 0,19 Aveia 0,11 A vitamina é sensível à oxidação, a radiação ultravioleta, ao aquecimento e ao cozimento, nesses processos ocorrem perdas significativas entre 10 a 50% deste nutriente do alimento (VANNUCCHI; MARCHINI, 2007). As fontes animais tendem a ter uma maior biodisponibilidade de vitamina B6 comparada as fontes vegetais. A principal função metabólica da vitamina B6 é como coenzima. Tem um papel importante no metabolismo das proteínas, CHOS e lipídios e na decomposição do glicogênio; no metabolismo dos aminoácidos. Papel muito importante no sistema nervoso central, além de atuar no metabolismo dos lipídeos e no transporte dos aminoácidos através da membrana celular (SILVA; MURA, 2007). Produção de epinefrina, serotonina e outros neurotransmissores; a formação do ácido nicotínico da vitamina; Atua com ácido fólico e B12, auxiliando o organismo a processar a homocisteína, composto químico associado ao risco aumentado de doenças cardíacas quando em grandes concentrações no sangue (ANDERS et al., 2001). 17/10/2016 2 Metabolização Hcys realizada por enzimas dependentes de vitaminas do complexo B: se for metilado novamente, forma a metionina, outro aminoácido, em reação catalisada pela metionina sintase (dependente de B12 ). Outra via alternativa de metabolização envolve duas enzimas dependentes de vitamina B6 (piridoxina), produzindo ao final Cisteína. Síntese: aa é formado após a metilação da S- adenosilmetionina, cuja hidrólise produz a homocisteína e adenosina. A Homocisteína (Hcy): derivado da Cisteína (Cys) (aa com um -CH2- a mais). Alterações dermatológicas e neurológicas como: queilose, dermatite seborréica, fraqueza, insônia, neuropatias periféricas, glossite, estomatite e anemia. Alguns estudos relatam que a deficiência de vitamina B6 pode estar relacionada com os sintomas da tensão pré-menstrual. Suplementação diminui os sintomas causados pela TPM, devido ao envolvimento da piridoxina na eliminação do excesso de estrogênio. A vitamina B6 também auxilia na melhora dos sintomas da depressão e na redução de convulsões epilépticas (ANDERS et al., 2001). Faixa etária Recomendação (mg/d) Bebês 0-6 meses 7-12 meses 0,1 0,3 Crianças 1-3 anos 4-8 anos 0,5 0,6 Homens 9-13 anos 14-50 anos 51-70 anos acima 1,0 1,3 1,7 Mulheres 9-13 anos 14-18 anos 19-50 anos 51-70 anos acima 1,0 1,2 1,3 1,5 Gravidez 18 anos 19-50 anos 1,9 1,9 Lactação 18 anos 19-50 anos 2,0 2,0 Biotina, também conhecida como vitamina H, vitamina B7 ou vitamina B8, é uma molécula que funciona como cofator enzimático. A biotina, anteriormente chamada de vitamina H, é uma vitamina hidrossolúvel muito importante para a saúde (CARDOSO, 2006). Foi isolada pela primeira vez em 1936 e sintetizada em 1943, passando-se cerca de 40 anos para que fosse reconhecida como vitamina. Ganhou popularidade nos últimos anos como a vitamina anti calvície (considerado erroneamente sintoma de sua deficiência) (PHILIPPI, 2008). A biotina é uma vitamina sulfurada, importante como coenzima para o metabolismo proteico, lipídico e energético do organismo (PHILIPPI, 2008). Participa do processo de gliconeogênese; Atua na oxidação e síntese de ácidos graxos; Participa da síntese de purinas; Atua na formação da pele. Já foram identificadas pelo menos quatro enzimas carboxilases nas quais a biotina atua como cofator (CARDOSO, 2006). 17/10/2016 3 É sintetizada no organismo por bactérias do cólon. Esse fato é comprovado pelo aumento da excreção urinária e fecal em cerca de 3 a 6 vezes em relação à ingestão alimentar (PHILIPPI, 2008). A biotina sintetizada pela microbiota intestinal não está disponível para absorção, pois permanece ligada dentro das bactérias e a síntese ocorre longe do local de absorção da vitamina (CARDOSO, 2006). Além de ser sintetizada por MOS, a biotina é sintetizada pelos vegetais e largamente encontrada nos alimentos, mas em menores concentrações (CARDOSO, 2006). Encontrada nos alimentos sob duas formas: como biotina livre e, em maior quantidade, como biocitina (uma forma de coenzima ligada à lisina). No intestino, a biocitina precisa ser hidrolisada pela biotidinase, que é uma enzima secretada pelo suco pancreático e pela mucosa intestinal. Essa enzima hidrolisa somente cerca de metade da biocitina de origem vegetal, sendo que a biocitina de origem animal é mais biodisponível (PHILIPPI, 2008). Liberada pela ação enzimática, a biocitina é absorvida, juntamente com a biotina livre dos alimentos, pelo intestino delgado, principalmente na porção jejunal, por transporte ativo dependente de sódio, diminuindo à medida que avança para o íleo. No sangue, é transportada na forma livre ou ligada às glicoproteínas do soro, como albumina ou globulina. Os rins têm um mecanismo de reabsorção, e somente quando este se encontra saturado, a vitamina é excretada na urina (PHILIPPI, 2008). A deficiência é muito rara. Consumo prolongado e excessivo de clara de ovo crua (se liga a avidina), em indivíduos submetidos à nutrição parenteral total por tempo prolongado, em pacientes epilépticos tratados com drogas anticonvulsivantes, no alcoolismo crônico e por desnutrição energético proteica severa. Na placenta humana há competição no processo de absorção mediada pelo sódio entre esta vitamina e o ácido pantotênico, o que pode resultar em deficiência dessas vitaminas (CARDOSO, 2006). A deficiência também ocorre em crianças com defeito genético para a síntese da enzima biotinidase (PHILIPPI, 2008). Convulsões, fraqueza muscular, erupções na pele, queda de cabelo, acidez no sangue e deficiência imunológica, por este motivo o teste do pezinho é importantíssimo para detectar precocemente a doença. O tratamento consiste em reposição de biotina. Os sintomas da deficiência crônica incluem dermatites, erupções cutâneas, alopecia, retardo no desenvolvimento, conjuntivites, perda de acuidade visual e auditiva, entre outros. Sintomas iniciais da deficiência concentram-se nas alterações epiteliais, que são rapidamente revertidas com a suplementação desta vitamina (PHILIPPI, 2008). Grupos Etários AI* (ug/dia) Bebês 0 - 6 meses 5 7 - 12 meses 6 Crianças 1 – 3 anos 8 4 – 8 anos 12 Adultos 9 – 13 anos 20 14 – 18 anos 25 19 – 30 anos 30 31 – 50 anos 30 50 – 70 anos 30 >70 anos 30 17/10/2016 4 Grupos Etários AI* (ug/dia) Gravidez <18 anos 30 19 – 30 anos 30 31 – 50 anos 30 Lactação <18 anos 35 19 – 30 anos 35 31 – 50 anos 35 *Adequate intake. Dietary Reference Intakes (MAHAN ; ESCOTT STUMP, 2002). Não são conhecidos casos de toxicidade em seres humanos e não estão estabelecidas as quantidades máximas toleráveis de ingestão (UL) (CARDOSO, 2006). O levedo de cerveja é um alimento muito rico em biotina, além do fígado de galinha e fígado bovino (MAHAN; STUMP,2002). A gema do ovo é outra boa fonte (PHILIPPI, 2008). A soja também é considerada boas fontes desta vitamina, além da couve-flor e do espinafre, enquanto as frutas e as carnes são fontes pobres. A maior parte da biotina nas carnes e nos cereais está ligada ao aminoácido lisina, formando o complexo biocitina (CARDOSO, 2006). Alimento Variação (ug/100g) Levedo de cerveja 200 Fígado de galinha 170 - 210 Fígado bovino 96 Gema, crua 51,5 - 58 Nozes 37 - 39 Amendoim 34 Chocolate 32 Aves Domésticas 10 – 11,3 Peixes e Mariscos 3 - 24 Hortaliças 0,2 – 4,1 Frutas 0,2 – 2,0
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