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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Jessica de Melo Neves Teixeira – RA 1879630 Rosemeire Ap. Faccini - RA 1817754 AMBEV PIM VI Artur Nogueira – SP Ano 2019 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Jessica de Melo Neves Teixeira – RA 1879630 Rosemeire Ap. Faccini - RA 1817754 AMBEV PIM VI Projeto Integrado Multidisciplinar VI para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Ana Paula Trubbianelli Artur Nogueira – SP Ano 2019 RESUMO Lidar com pessoas nas organizações é uma responsabilidade que, atualmente, se reveste de uma complexidade muito maior do que há alguns anos. Dessa forma, as organizações buscam maneiras de se aperfeiçoar e ajustar o perfil de seus funcionários as diretrizes e objetivos organizacionais, pois atualmente a globalização, a competição, o forte impacto da tecnologia e as constantes mudanças se tornaram os maiores desafios. O Projeto Integrado Multidisciplinar VI tem como objetivo promover o aperfeiçoamento do aprendizado através da interação entre o conteúdo teórico estudado e a prática. Ao longo do desenvolvimento demonstraremos em resumo como as teorias estudadas são utilizadas na empresa. Para tanto foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, fortalecendo o conhecimento teórico complementado com análise de dados divulgados pela empresa escolhida, a Companhia de Bebidas das Américas – Ambev. Com abordagem nas disciplinas de Modelos de Liderança, Plano de Negócios e Ética e Legislação: Trabalhista e Empresaral, apresentam-se noções e conceitos sobre os temas, tais como definições, importâncias e objetivos. Em modelos de liderança buscaremos demonstrar quais os tipos de líderes existentes dentro de uma organização e o que determina o perfil de cada um. Discorrer sobre teorias de liderança e identificar quais tipos de conflitos são mais comuns nas organizações e a maneira mais efetiva para administra-los. Será visto quais os elementos de uma atitude criativa para a liderança e como se dá a liberdade para líderes criativos atuarem. Demonstraremos em plano de negócios como é importante para um empreendimento em estágio inicial ou não ter um plano de negócios bem elaborado para que se possa definir e delinear sua estratégia de atuação para o futuro. O plano possibilitará uma visão do conjunto, de todas as etapas necessárias para que as ações aconteçam de forma organizada e eficiente. Em ética e legislação: trabalhista e empresaral, identificaremos quais as diferenças entre ética, direito e moral e como se dão as práticas organizacionais para tais princípios. Será analisado os diferentes setores de responsalidade social e quais são praticados pela empresa em prol do meio ambiente e da socidade. E também sobre os direitos sindical e coletivo, o que representam no segmento de direito do trabalho, o que compõe esses direitos e quais são seus interesses para os funcionários Ao final da leitura do presente projeto, espera-se com o resultado ter um diagnóstico específico e conciso, identificando pontos importantes para melhorias das práticas da função de um gestor. Palavras-chaves: Liderança, Práticas Organizacionais, Direito do Trabalho, Plano de Negócios ABSTRACT Dealing with people in organizations is a responsibility that is much more complex than it was a few years ago. In this way, organizations look for ways to refine and adjust their employees' organizational guidelines and goals, as today's globalization, competition, the strong impact of technology and constant change have become the biggest challenges. The Integrated Multidisciplinary Project VI aims to promote the improvement of learning through the interaction between the theoretical content studied and the practice. Throughout the development we will demonstrate in brief how the theories studied are used in the company. For this, the bibliographic research method was used, strengthening the theoretical knowledge complemented with data analysis disclosed by the chosen company, Companhia de Bebidas das Américas - Ambev. With an approach in the disciplines of Models of Leadership, Business Plan and Ethics and Legislation: Labor and Entrepreneurship, concepts and concepts about the themes, such as definitions, importance and objectives, are presented. In leadership models we will try to demonstrate which types of leaders exist within an organization and what determines the profile of each. Discuss leadership theories and identify what types of conflicts are most common in organizations and the most effective way to manage them. It will be seen what elements of a creative attitude to leadership and how to give freedom for creative leaders to act. We will demonstrate in business plan how important it is for an early stage venture or not have a well-crafted business plan so that you can define and outline your strategy for future action. The plan will allow a vision of the whole, of all the steps necessary for actions to take place in an organized and efficient manner. In ethics and legislation: labor and business, we will identify the differences between ethics, law and morals and how organizational practices are given for such principles. It will analyze the different sectors of social responsibility and which are practiced by the company in favor of the environment and the social. And also about trade union and collective rights, what they represent in the labor law segment, what makes these rights and what their interests are for employees At the end of the reading of the present project, the result is expected to have a specific and concise diagnosis, identifying important points to improve the practices of a manager's function. Keywords: Leadership, Organizational Practices, Labor Law, Business Plan Sumário 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................ 7 Produtos ............................................................................................................ 8 Subsidiárias Ambev ........................................................................................... 8 Principais Concorrentes .................................................................................... 8 3. MODELOS DE LIDERANÇA ................................................................................ 9 Liderança Informal ............................................................................................. 9 Liderança Formal ............................................................................................. 10 Liderança de Fato ............................................................................................ 11 Teorias de Liderança ....................................................................................... 12 Paradigmas de Liderança ................................................................................ 13 Administração de Conflitos .............................................................................. 13 Elementos de uma Atitude Criativa para a Liderança ...................................... 14 4. PLANO DE NEGÓCIOS ..................................................................................... 16 4.1 Montando o Plano de Negócio .........................................................................17 4.2 Sumário Executivo ........................................................................................... 19 4.2.1 Missão....................................................................................................... 19 4.2.2 Visão ......................................................................................................... 20 4.2.3 Valores ...................................................................................................... 20 4.3 Objetivo do Plano ............................................................................................. 21 4.4 Oportunidade Vislumbrada .............................................................................. 21 4.5 Aproveitamento da Oportunidade Vislumbrada................................................ 22 5. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL .............................. 23 Ética, direito e moral ........................................................................................ 23 Práticas Organizacionais ................................................................................. 24 Responsabilidade Social ................................................................................. 24 Reponsabilidade Social na Organização ......................................................... 26 Direito Sindical e Coletivo ................................................................................ 27 6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 31 7. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 33 6 1. INTRODUÇÃO O Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM VI) tem como objetivo principal estabelecer uma relação entre o conteúdo teórico apresentado durante as aulas e a aplicação prática na administração de uma empresa. Toda a pesquisa procura entrelaçar o conhecimento teórico adquirido ao longo do bimestre e aplicá-lo de forma prática no funcionamento da empresa, tentando assim harmonizar e otimizar o funcionamento de qualquer empresa e que serve para qualquer segmento. Para referenciar a visão prática escolhemos a Companhia de Bebidas das Américas – Ambev. A empresa surgiu da união da Cervejaria Brahma e Companhia Antarctica em 1999. Logo no inicio de suas atividades a empresa passou a ser a terceira maior indústria cervejeira e a quinta maior produtora de bebidas do mundo. A companhia domina boa parte do mercado de bebidas do Brasil e está presente em outros 18 países e possui aproximadamente 50.900 colaboradores, sendo 31 mil só no Brasil. A Ambev é reconhecida pela constante busca por inovações e destaca-se no que se refere às tecnologias de produção de bebidas e gestão de trabalho, são comprometidos com a ética e integridade. O presente projeto tem a finalidade de demonstrar através de pesquisa bibliográfica realizada na empresa os planejamentos e metas a serem alcançadas, e como em qualquer empresa que almeja firmar-se no mercado, muito das disciplinas cursadas no bimestre que são Modelos de Liderança, Plano de Negócios e Ética e Legislação Trabalhista e Empresarial. Demonstraremos em modelos de liderança as diferenças entre liderança informal, formal e liderança de fato, as teorias de liderança, paradigmas de liderança e administração de conflitos. Em Plano de Negócios será demonstrado o objetivo do plano na companhia estudada, as oportunidades vislumbradas e o aproveitamento destas oportunidades. Finalmente em ética e legislação explicaremos os conceitos de ética, direito e moral, práticas organizacionais, responsabilidade social, responsabilidade social na organização, direito sindical e coletivo. 7 2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA A Companhia de Bebidas das Américas – Ambev nasceu em 1999 da fusão entre a Companhia Antarctica Paulista de São Paulo e a Companhia Cervejaria Brahma do Rio de Janeiro, é uma empresa brasileira de capital aberto, com acionistas controladoras: Anheuser-Busch InBev N.V./S.A. ("A-B InBev") e Fundação Antonio e Helena Zerrener Instituição Nacional de Beneficência ("FAHZ"), juntas detêm, aproximadamente, 90,9% do capital votante e 71,3% do capital total da companhia. Produtora de bens de consumo, é a quarta maior cervejaria do mundo e a grande líder do mercado da América Latina. O surgimento da companhia impulsionou o setor de bebidas brasileiro, possibilitou a entrada no mercado de novas marcas tanto da Ambev como da concorrência, ampliou o leque de produtos de qualidade a preços acessíveis, incentivou o lançamento de inovações e mais que dobrou o nível de empregos e a geração de impostos. Em 2004 a Ambev, foi adquirida pela belga Interbrew, na época a terceira maior cervejaria do mundo. Da fusão, nasceu a InBev, que passou a ser a maior do mundo. Sua cadeia produtiva emprega de ponta a ponta, cerca de 6 milhões de pessoas. Hoje, mais de 100 profissionais brasileiros ocupam cargos de liderança em todas as operações da AB InBev no mundo (EUA, Europa, China, Rússia). Líder do mercado latino-americano a Ambev mantém operações em 14 países das Américas, a partir de cinco unidades de negócio: Cerveja Brasil, a maior operação, com aproximadamente 70% do mercado; RefrigeNanc Brasil, com refrigerantes, bebidas não alcoólicas e não carbonadas; Quinsa (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai); Hila-ex (Equador, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Peru, República Dominicana e Venezuela) e Canadá. Os produtos são distribuídos em aproximadamente dois milhões de pontos de venda, sendo metade deles no Brasil. A AmBev também possui um sistema próprio de logística que cruza informações dos distribuidores, centros de distribuição e fábricas no Brasil. Esse sistema de malha logística analisa todas as variáveis de previsão de vendas, custo e produção regional, e aponta a melhor alternativa de atendimento aos pedidos das áreas de vendas e distribuição. 8 Produtos • Cervejas; • Refrigerantes; • Outras bebidas: Água Ama Do bem Fusion Gatorade Lipton Ice Tea Subsidiárias Ambev Bohêmia, B. Blend Máquinas e Bebidas S.A, Cervecería Nacional Dominicana, Beertech Bebidas e Comestíveis Ltda., Eagle Distribuidora de Bebidas S.A., Cervecería Paraguaya S.A., Do Bem, Maltaria Uruguay S.A., Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A., Compañia Cervecera Ambev Dominicana, C. Por A., Cervejaria Astra S.A., Indústria de Bebidas Antarctica do Sudeste S.A., Hohneck S.A., Maltaria Pampa S.A., Imperial Fábrica de Cerveja Nacional Ltda., CRBS S.A., Arosuco Aromas E Sucos Ltda., Malteria Pampa S.A., Cachoeiras de Macacu Bebidas Ltda, Ambev Luxembourg S.A.R.L., Companhia Cervecera Ambev Ecuador S.A., Aspen Equities Corporation, Cerveceria y Malteria Paysandu S.A., Compañía Cervecería Ambev Perú SAC, Ambev International Finance Co. Ltda., Labatt Holding ApS, Lambic Holding S.A., Brasserie Labatt Ltee, Fabrica Paraguaya de Vidrios S.A. Principais Concorrentes Sua maior concorrente no mercado global, a Heineken, assumiu a vice- liderança no Brasil em 2017 ao comprar a Brasil Kirin, controlada pela japonesa Kirin Holdings. 9 3. MODELOS DE LIDERANÇA Liderança Informal Figura 1 – Líder informal O líder informal é uma pessoa comum, que atrai naturalmente para si responsabilidades de aconselhar, orientar, ouvir, ler, analisar e até mesmo dar a palavra final a respeito de determinado assunto. Seus colegas de trabalho o admiram, confiam e, consequentemente, aumentam sua credibilidade.Geralmente essa personalidade é eleita por ter competências técnicas, conhecimento, inteligência, comportamento ético, autenticidade e um bom relacionamento interpessoal que o leva a transitar tranquilamente entre os mais diversos setores. A liderança informal é uma forma também muito efetiva para conquistar grandes resultados, dentro e fora de uma empresa. Diferente do tipo formal, onde a função do líder é definida por seu cargo e por uma nomeação pública, este é um capitão que guia as pessoas seguindo seu dom natural, seu feeling para liderar e o seu jeito diferenciado de ser, pensar e agir. Apesar dos integrantes da empresa estarem conscientes de que devem seguir as orientações do gerente ou diretor, nem sempre os responsáveis têm a habilidade de conduzir os colaboradores a atingir os objetivos propostos. Nesse momento é que pode atuar o líder informal, que não tem o mesmo título de liderança oficial, mas tem o dom e a capacidade de influenciar seus companheiros. 10 Como o próprio nome indica, o líder informal não exerce liderança normativa, legal e nem sempre possui cargos importantes. Ele simplesmente impõe-se com naturalidade e conquista o respeito e admiração dos companheiros. Portanto, suas ações ou decisões são previamente analisadas, com o intuito de evitar futuras preocupações. Liderança Formal Figura 2 – Líder formal De acordo com Montana e Charnov (1998, p. 221) um líder formal “[...] é alguém que foi oficialmente investido de autoridade e poder organizacional e geralmente recebe o título de gerente, diretor ou supervisor, e a quantidade de poder é determinada pela posição ocupada”. O líder formal é nomeado por seu superior ou por seus próprios méritos quando vem de um recrutamento interno ou promovido por aptidão de suas habilidades e competências. Eles podem ter benefícios como gratificação, uma sala diferenciada, o poder de influenciar nas decisões e políticas da empresa; mas também assumem responsabilidades pelos resultados alcançados. Podemos identificar alguns pontos na liderança formal onde o líder ainda vive e gerencia pessoas como se fazia na era industrial, em que o trabalho era apenas simples tarefas e os “subalternos” viviam com a percepção de monotonia, sentimento de insatisfação e resignados, como por exemplo mandar pelo peso que tem o crachá, ser centralizador não confiando em ninguém, não disseminando informações nem 11 conhecimento, imaginando assim ser o “detentor do poder”, não reconhecendo talentos, resultados e superação das pessoas de sua equipe. Para esse tipo de líder a era do conhecimento é algo que vem só para atrapalhar e tirá-lo da sua “zona de conforto”. Liderança de Fato A liderança pode ser a chave para o sucesso de uma empresa. Ou pode levar toda a equipe a naufragar. A liderança de fato aparentemente acontece de forma natural. Ocorre quando o empregado se torna um modelo de comportamento para os demais e com isso se destaca em uma posição, independente se ele tem ou não, um cargo de destaque na hierarquia formal. Esse líder de fato acaba exercendo uma influência decisiva no grupo. A forma como atua serve de inspiração para os outros colaboradores e suas ideias são ouvidas. Ele consegue conduzir um grupo de pessoas, levando-as a agirem de forma a gerar resultados para uma organização. Um líder eficiente detém o conhecimento de como influenciar as pessoas a receber suas ideias, com confiança e criatividade, buscando a excelência. O líder sabe diferenciar entre poder e autoridade. Além de dinâmico em suas ações, o líder sabe que precisa construir relacionamentos enquanto executa as tarefas. Deve criar um ambiente saudável para as pessoas crescerem e terem sucesso, provocando questionamentos que as levem a fazer as melhores escolhas. A liderança começa com uma escolha, o que significa encarar as responsabilidades, assumir e alinhar as ações com boas intenções. É preciso, sobretudo, sair da zona de conforto e se permitir novas formas de pensar e de ver o mundo. Outra qualidade que se espera de um líder é saber tratar os outros com bondade, reconhecendo o esforço de cada um. Quando se exerce a liderança dentro desses conceitos, é possível fazer a diferença na vida das pessoas. 12 Teorias de Liderança Todos os conceitos sobre liderança apresentam um ponto em comum, que é a capacidade de influenciar pessoas a alcançar um determinado objetivo. Figura 3 – Teorias da liderança Na teoria dos traços, a liderança é prerrogativa das pessoas que detêm características de personalidade, e o bom líder ou o mais apto, seria aquele que apresentasse mais características consideradas necessárias para liderar. Essa teoria define traços universais de personalidade, demonstrando inúmeras características que todos os líderes deveriam apresentar e que são consideradas natas, que nascem com indivíduo, afirmando a ideia de que se o mesmo não nasce líder, nunca será. A teoria comportamental (estilos de liderança), enfatiza que o foco está no comportamento do indivíduo e que a liderança pode ser aprendida a partir do momento em que ele representa determinado estilo de liderança. Devem ser considerados duas estruturas para esses estilos, uma que é orientada para as tarefas e outra centrada no empregado. 13 A estrutura orientada para a tarefa – autoritária ou de iniciação - visa a direção e a produção. Já a centrada no empregado – democrático ou participativo - apoia as necessidades destes e as necessidades de manutenção do grupo. Na teoria situacional (contingencial), a atenção é chamada para a importância das contingencias (ambiente). Ela depende de cada situação e o líder deve adaptar suas características às demandas de grupo, se comportando de acordo com as necessidades do mesmo, as de produção, entre outros. Paradigmas de Liderança Paradigmas de liderança são limitados a situações específicas pois o conhecimento produzido não serve para toda ocasião. A liderança por paradigmas pode ser racionalista, empírica, sensacionista e dogmático. O paradigma racionalista entende a liderança como um algoritmo de ações racionalmente construídas, o paradigma empírico afirma que é necessário mobilizar os instrumentos de liderança com eficiência, o paradigma sensacionista acredita que a liderança é uma forma de filosofia de vida e o paradigma dogmático expõe a liderança como uma expressão das características pessoais do líder. Todos esses paradigmas conseguem alcançar uma explicação parcial de liderança, mas nenhum consegue explicar todas as formas conhecidas como liderança. Dentro da organização pode ser identificado o Paradigma Racionalista que é uma prática comum da liderança, uma vez que os coordenadores de área/departamentos, diante de uma tomada de decisão, analisam cada caso individualmente, mediante a frequente avaliação de desempenho do colaborador, a sua decisão pode alterar, sem cometer grandes injustiças. Dessa forma, o paradigma racionalista vem se demonstrando bom para a etapa de planejamento, mas bastante falho quando ocorrem imprevistos graves. Administração de Conflitos O conflito é tão inerente à nossa existência quanto as nossas próprias relações humanas e até pode nos atingir de forma positiva, mas geralmente atinge de forma negativa. O conflito pode variar no tipo e na intensidade e representam uma divergência entre as partes envolvidas. 14 Resolver conflitos, muitas vezes pode estar relacionado ao crescimento pessoal, pois quando discutimos opiniões e ideias contrárias as nossas, podemos chegarao aprendizado pela reflexão. Conflitos são identificados com certa frequência na organização. Diante de situações mais delicadas, os líderes das áreas chamam os envolvidos para uma conversa, acompanhados por um colaborador da área de recursos humanos, dessa forma ouvem as versões individualmente, e caso necessário, colocam ambos frente a frente e tomam a decisão. Caso o conflito tenha sido gerado por algum procedimento mal interpretado, uma reunião com todos os colaboradores da área é feita para que seja realizado o alinhamento, e esclarecimento dos pontos mais delicados, sem citar nomes evitando qualquer constrangimento. Mediar um conflito não é negociar uma solução para ele. Mediar significa encontrar a justa medida entre as duas posições. Segundo Sternberg (2004), a liderança eficaz é uma síntese de sabedoria, criatividade e inteligência. É em grande parte uma decisão sobre como apresentar e implantar esses recursos para o sucesso do trabalho. Uma pessoa precisa de criatividade para gerar ideias e inteligência analítica para poder avaliar se as ideias apresentadas pelo grupo são inteligentes. É necessário lançar mão de uma boa prática para implementar as ideias próprias ou de terceiros, para persuadir os outros do seu valor. Também se espera sabedoria para equilibrar os interesses. Elementos de uma Atitude Criativa para a Liderança Segundo Carl Rogers (1978), a criatividade apresenta dois sentidos. Primeiramente, é definida como um tipo de comportamento representado pela intuição e espontaneidade, e dos produtos derivados desses comportamentos. A outra definição está relacionada à tendência do indivíduo para a autorrealização, isto é, para a capacidade da pessoa realizar suas potencialidades como ser humano. Pode considerar a criatividade como algo a ser desenvolvido, onde a pessoa criativa precisa de conhecimentos e estudos sobre lançar uma ideia criativa, defendendo que a criatividade necessita de dedicação ao assunto. Nas organizações, a implementação de algo novo provoca medo, passando a exigir perseverança e paciência. Quando algo dá errado a culpa sempre é de quem deu a ideia. 15 “Mudar um processo na organização é imediatamente percebido pelas pessoas como um incômodo: o de sair da “zona de conforto”. O “novo” traz incertezas e riscos.” (YAMAGUTI, 2006, p.108). Com o aumento de concorrentes e a margem de lucro em declínio, as organizações necessitam de algo novo, reinventar, criar. A maioria delas se perde neste meio. As empresas estão em desafios constantes no meio empresarial, em busca de inovação. Pessoas com a capacidade de renovar e criar vem sendo cada vez mais valorizadas. “Estimular a criatividade dentro da empresa significa encontrar soluções para problemas e inventar novos problemas, sempre visando à otimização dos lucros.” (YAMAGUTI, 2006, p.109). Pode-se dizer que o estímulo da criatividade nas organizações, resolve os problemas atuais gerando outros, como um ciclo. De acordo com Yamaguti (2006) existem técnicas de estímulo da criatividade nas empresas, que se baseiam em construir ambientes e ferramentas facilitadoras de criação de ideias, como o Brainstorming (Explosão de ideias), no qual as pessoas possuem liberdade de expressão sem julgamentos; grupos de trabalho, onde, em uma reunião, participam pessoas de outro departamento que podem ter maior facilidade de enxergar o problema por não estarem diretamente ligados ao mesmo; núcleos criativos: onde as pessoas se reúnem não para solucionar problemas, mas sim para melhorar processos que já são criativos. “Mentes mais treinadas são mentes criativas mais desenvolvidas e rápidas”. (YAMAGUTI, 2006, p.111). O Líder Criativo Pode-se dizer, com base na teoria interativa, que o líder criativo possui um talento para desempenhar o que é exigido e qual local específico favorece a sua criação. Para entender a criatividade, é necessário estudar um todo, compreender o indivíduo e sua relação com o meio. “O desenvolvimento da criatividade na formação do líder é, portanto, um processo pluri-determinado, em virtude da combinação multifacetada das características individuais e ambientais envolvidas”. (NERI, 2005, p.221). Para a definição do líder criativo, nesta abordagem é necessária a análise de várias disciplinas e suas implicações sociais, culturais, políticas, religiosas e artísticas. Neri (2005) argumenta que “criatividade é um fenômeno que ocorre entre os humanos, numa interação dialética dos três elementos: a pessoa talentosa, em um campo propício e em um domínio facilitador.” 16 A criatividade ocorre em um ambiente social, com normas e valores. Quando a pessoa certa, na hora certa, desempenha uma ação que atende ao que esperam e precisam, ela está protagonizando a necessidade grupal, em uma ação inovadora e criativa. Com a validação desta ação, a pessoa se torna modelo, com seguidores destas ações e ideias, surgindo daí um líder criativo. Para o desenvolvimento do líder criativo nas empresas, alguns outros fatores externos influenciam atuando no sistema, tais como o contexto geopolítico e econômico do país, e ocorrências nas relações mundiais, como competição entre empresas similares e reconhecimento social. Fatores que contribuem para o desenvolvimento do comportamento criativo têm sido estudados como aspectos relativos ao indivíduo e ao meio, podendo citar a autoconfiança, persistência, cultivo da perfeição, responsabilidade, cordialidade nas relações. A criatividade está em alta, tanto para a solução de problemas quanto para a inovação Segundo pesquisas com ex-funcionários, a empresa AMBEV possui um elevado sistema de aprendizado, processo e operações padronizados, dinamicidade nas atividades e rotinas e um sistema de gestão horizontalizado, porém peca muito no que compete retenção de talentos de suas operações pela falta de liberdade para desenvolvimento de inovação e criatividade. 4. PLANO DE NEGÓCIOS Figura 4 – Plano de negócios A elaboração de um plano de negócios necessita de embasamento teórico e conhecimento sobre o empreendimento que será implementado ou ampliado, como está o setor, quais as ameaças e como melhor aplicar o investimento. 17 É um processo longo e trabalhoso que exige dedicação do empreendedor, por isso torna-se uma ferramenta essencial para responder à seguinte pergunta: vale a pena abrir, manter ou expandir a empresa? Para que o empreendimento tenha sucesso, há necessidade de analisar a viabilidade esperada do negócio, se precavendo de possíveis riscos e incertezas, considerando que, quanto maiores forem os detalhes das informações obtidas no plano de negócio, maiores são as chances de acertos no futuro empreendimento. Elaborá-lo envolve além de conhecimentos básicos de administração, autoconhecimento e aprendizagem constante. Além disso, um plano visa: entender e estabelecer diretrizes para o empreendimento, gerenciar mais eficazmente e tomar decisões mais confiáveis, monitorar o dia a dia da empresa e retificar processos com ações pontuais, obter recursos financeiros junto a bancos e investidores, identificar oportunidades para converte-las em um diferencial competitivo; além de estabelecer comunicações internas (funcionários) e externas (fornecedores, consumidores, bancos, investidores, etc.) mais eficazes. Segundo especialistas, deve-se ter muito cuidado ao redigir um plano de negócios para evitar um conteúdo tomado pelo entusiasmo ou pela fantasia. Para uma empresa já estabelecida, o plano de negócios servirá para análise de novos projetos. Proporcionará a visão do conjunto, de todas as etapas necessárias, com prazose responsáveis para que as ações aconteçam de maneira organizada e eficiente. 4.1 Montando o Plano de Negócio Segundo especialistas, deve-se ter muito cuidado ao redigir um plano de negócios para evitar um conteúdo tomado pelo entusiasmo ou pela fantasia. Para uma empresa já estabelecida, o plano de negócios servirá para análise de novos projetos. Proporcionará a visão do conjunto, de todas as etapas necessárias, com prazos e responsáveis para que as ações aconteçam de maneira organizada e eficiente. 18 Figura 5 – Definição do plano de negócio Deste modo o plano de negócios irá identificar oportunidades e desenvolvê-las de forma a se ter o retorno desejado, descrito como um instrumento que permite ao empresário se aprofundar no conhecimento da própria empresa, e que se tenha um diagnóstico da situação atual da empresa, estabelecendo objetivos (qualitativos) e metas(quantitativas) definindo as melhores estratégias e linhas de ação para alcançá- las. (BRASIL, 2000, p. 12). Não existe uma estrutura rígida em termos de sequência, pois cada projeto tem suas próprias características. Normalmente o plano de negócios apresenta: 1. Capa 2. Sumário Executivo 3. Descrição da empresa 4. Descrição dos produtos e serviços 5. Análise de mercado e concorrência 6. Análise estratégica 7. Plano Financeiro 8. Cronograma 9. Conclusão Baseado nestas informações iremos detalhar alguns itens que compõem o plano de negócios da empresa Ambev. 19 4.2 Sumário Executivo Em 1º de Julho de 1999 a Companhia Antártica Paulista (“Antarctica”) e Companhia Cervejaria Brahma (“Brahma”) comunicaram sua associação através da criação da Companhia de Bebidas das Américas – Ambev. A nova empresa será uma empresa brasileira com a capacidade de competir com êxito no mercado de bebidas global, antecipando-se às atuais tendências de consolidação mundial. Os números que alicerçam a criação da Ambev são significativos. Baseado em números pró-forma no ano de 1998, os ativos totais da empresa superaram R$ 8,1 bilhões e o seu patrimônio líquido teria excedido o montante de R$ 2,8 bilhões. A receita líquida da empresa em 1998 teria sido de R$ 4,5 bilhões com um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) combinado de R$ 873 milhões. Em 1998 a empresa combinada teria vendido 64 milhões de HL de cerveja e 25 milhões de HL de refrigerantes, o que a teria posicionado como a quinta maior empresa de bebidas do mundo, em termos de volume de uma maneira pró-forma. A criação da AmBev também permitirá a diluição de custos fixos através de economias de escala. O impacto da maior eficiência da AmBev combinada com a existência de três redes de distribuição independentes para Brahma, Antarctica e Skol deverá criar valor para acionistas e consumidores. Figura 6 -Missão, visão e valores 4.2.1 Missão “Criar vínculos fortes e duradouros com os consumidores e clientes, fornecendo-lhes as melhores marcas, produtos e serviços”. 20 4.2.2 Visão “Unir as pessoas por um mundo melhor”. 4.2.3 Valores 1. Nosso sonho nos inspira a trabalhar juntos, unindo as pessoas por um mundo melhor; 2. Pessoas excelentes, com liberdade para crescer em velocidades compatíveis ao seu talento e recompensadas adequadamente, são os ativos mais valiosos da nossa Companhia; 3. Selecionamos, desenvolvemos e retemos pessoas que podem ser melhores que nós mesmos. Avaliamos nossos líderes pela qualidade de suas equipes. 4. Nunca estamos completamente satisfeitos com os nossos resultados, que são o combustível da nossa Companhia. Foco e tolerância zero garantem uma vantagem competitiva; 5. O consumidor é patrão. Nos conectamos com nossos consumidores oferecendo experiências que têm um impacto significativo em suas vidas, sempre de forma responsável; 6. Somos uma Companhia de donos. Donos assumem resultados pessoalmente; 7. Acreditamos que o bom senso e a simplicidade orientam melhor do que sofisticação e complexidade desnecessárias; 8. Gerenciamos “todos” os nossos custos, a fim de liberar mais recursos para suportar nosso crescimento no mercado de maneira sustentável e rentável. 9. Liderança pelo exemplo pessoal é o melhor guia para nossa cultura. Fazemos o que falamos; 10. Nunca pegamos atalhos. Integridade, trabalho duro, consistência e responsabilidade são essenciais para construirmos nossa Companhia. 21 4.3 Objetivo do Plano Criar vínculos fortes e duradouros com os consumidores e clientes, fornecendo- lhes as melhores marcas, produtos e serviços, impulsionar o setor de bebidas com novos sabores e muita qualidade. A companhia acredita que pode juntamente com a sociedade, transformar o mundo em um lugar melhor pra se viver, incentivando novas atitudes, o consumo responsável e a preservação de recursos naturais. Aumentar o seu negócio e variar a cartela de sabores é diversificar e garantir sua participação nos momentos de comemoração. Através de suas marcas próprias e de suas parcerias com outras marcas internacionais, a Ambev operará nos segmentos de cervejas, sucos, refrigerantes, água mineral, isotônicos e chás, mantendo redes de distribuição e marketing independentes para suas principais marcas, promovendo assim um ambiente de competição na conquista de consumidores. Brahma e Antarctica estão certas de que a Ambev assume uma posição privilegiada no processo de consolidação regional, obtendo economias de escala com o objetivo de minimizar os impactos de elevado custo de capital e baixa disponibilidade de recursos para as empresas brasileiras. Tudo isso beneficiará acionistas e consumidores de uma maneira geral. A estratégia da Ambev é utilizar sua base de operações brasileira, tal como a sua presença na Argentina, Uruguai, Venezuela e em outros 15 países que ela atinge com exportações para expandir-se através de oportunidades que surgirão na América Latina quando da integração de seus mercados antecipando-se ao surgimento da ALCA. 4.4 Oportunidade Vislumbrada A Ambev operará com redes independentes de distribuição para cada uma de suas principais marcas: Antarctica, Brahma e Skol. Estas redes de distribuição são compostas por 770 distribuidores que operarão em um ambiente de acirrada competição. Também continuarão separadas as políticas comerciais e de marketing, visando preservar a independência de cada marca, com políticas mercadológicas, publicitarias e promocionais autônomas e competitivas entre si. 22 As melhores práticas da Antarctica e da Brahma proporcionarão o desenvolvimento de uma das mais eficientes empresas de bebidas a nível global. A companhia irá reforçar ainda mais os investimentos em suas plataformas comerciais. Um exemplo disso é o aumento da oferta de garrafas de vidro retornáveis nos supermercados de todo o país. Além de ampliar seu portfólio com as minis retornáveis, como são chamadas as garrafas de 300 ml, a cervejaria lançará uma campanha de marketing para destacar as principais vantagens desse tipo de embalagem: sustentabilidade e economia. Uma única garrafa de vidro retornável pode ser reutilizada mais de 20 vezes antes de virar resíduo e, quando descartada, ainda pode ser reciclada. Ganha o meio ambiente e ganha também o consumidor que, ao trocar o vasilhame por uma nova bebida, pode pagar até 30% mais barato no preço final da cerveja ou do refrigerante. 4.5 Aproveitamento da Oportunidade Vislumbrada Apesar de um cenário desafiador, a AmBev segue confianteem suas estratégias. O volume de vendas das cervejas em garrafas retornáveis nos supermercados, por exemplo, já apresenta crescimento de 100% no ano, prova de que a companhia está no caminho certo. Fora do Brasil, os investimentos da AmBev também se mostram acertados. No Canadá, a receita líquida da companhia em moeda local subiu 11,8% entre abril e junho, resultado que foi impulsionado pelas recentes aquisições feitas no país. Já no Caribe, destaque para as ativações durante festivais musicais da República Dominicana e expansão da marca Corona na Guatemala. A Ambev conta com mais de 2 milhões de pontos de venda nos 14 países em que atua. Somente no Brasil, são aproximadamente 1 milhão de estabelecimentos que comercializam suas bebidas. Para atender a essa rede, a Ambev tem mais de 6.000 vendedores só no Brasil. Mensalmente essa equipe de vendas realiza inúmeras visitas aos pontos de venda, anotando pedidos em papel ou em computadores de mão sendo estes Palm. Como ultimação, reputamos categoricamente que a referida companhia possui exímio plano de negócios, digno de ser observado e reproduzido por qualquer segmento de exercício comercial. 23 5. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL Ética, direito e moral Figura 7 – Pirâmide ética, direito e moral A ética não se confunde com a moral. A moral está relacionada à obediência das normas do Código de Conduta de uma empresa, enquanto a ética, no contexto organizacional, diz respeito ao profissional que cumpre as suas atividades segundo os princípios estipulados pelo empregador. Vale ressaltar que a ética pode variar de acordo com a profissão e área de atuação, embora existam fatores universais aplicáveis em situações gerais, como responsabilidade, compromisso, honestidades entre outros. Elas são firmadas em princípios, crenças e valores que direcionam as condutas colocadas em prática em todas as situações dentro de uma sociedade e, por consequência, da empresa que está inserida nela. Ética, direito e moral têm significados distintos, porém, no ambiente de trabalho estão ligados, pois uma complementa a outra, estimulando a empresa a trabalhar com lisura e postura corretas, iniciando desde seus funcionários a aplicação dos princípios éticos dentro da moralidade e da legalidade para manutenção dos direitos. Todos os integrantes de uma empresa possuem um papel importante, independentemente do seu nível hierárquico, e suas atribuições têm impacto direto nos resultados da organização. Portanto, as decisões e atitudes que o colaborador realiza devem ser pautadas na ética e moral compartilhada para que suas ações estejam de acordo com o esperado. 24 Um colaborador é a representação de sua empresa. Deste modo, suas atitudes devem ser as mesmas que a organização adotaria. É uma questão de consciência e de responsabilidade junto aos valores e objetivos da empresa. Ele deve estar atento aos seus comportamentos dentro e fora da empresa, principalmente quando estiver a representando. Práticas Organizacionais Para dar segurança às decisões e aos procedimentos dos colaboradores, é ideal que a organização construa um documento chamado Código de Conduta, em que terá pontos importantes, tais como o que é ética e o que é moral na visão da empresa; quais são as regras básicas de vestimenta; quais comportamentos não são aceitos; entre outros temas. O código de conduta ajuda a construir a cultura organizacional da corporação, portanto, ele não deve ser estagnado. Regularmente, é obrigatório que as áreas responsáveis façam uma revisão Promover uma cultura organizacional pautada nos princípios defendidos pela empresa é a maneira mais efetiva de estabelecer um padrão de comportamento ideal, que deve ser adotado por todos que fazem parte da organização. É indispensável que o colaborador tenha ciência dos valores e princípios da empresa, desde o momento de sua aprovação no processo seletivo. Responsabilidade Social A responsabilidade social se dá quando empresas, de forma voluntária, adotam posturas, comportamentos e ações que promovam o bem-estar dos seus públicos interno e externo. É uma prática voluntária que se mostra como um diferencial competitivo para os negócios, pois suas práticas valorizam a imagem da organização no mercado. O conceito, nessa visão, envolve o benefício da coletividade, seja ela relativa ao público interno (funcionários, acionistas, etc.) ou atores externos (comunidade, parceiros, meio ambiente, etc.). Existem diversos fatores que originaram o conceito de responsabilidade social, em um contexto da globalização e das mudanças nas indústrias, surgiram novas preocupações e expectativas dos cidadãos, dos consumidores, das autoridades 25 públicas e dos investidores em relação as organizações. Os indivíduos e as instituições, como consumidores e investidores, começaram a condenar os danos causados ao ambiente pelas atividades econômicas e também a pressionar as empresas para a observância de requisitos ambientais e exigindo a entidades reguladoras, legislativas e governamentais a produção de quadros legais apropriados e a vigilância da sua aplicação. Figura 8 – Responsabilidade social envolve • Reponsabilidade Social Corporativa Existe também a responsabilidade social corporativa, que é o conjunto de ações que beneficiam a sociedade e as corporações que são tomadas pelas empresas, levando em consideração a economia, educação, meio-ambiente, saúde, transporte, moradia, atividade locais e governo. Geralmente, as organizações criam programas sociais, o que acaba gerando benefícios mútuos entre a empresa e a comunidade, melhorando a qualidade de vida dos funcionários, e da própria população. • Reponsabilidade Social Empresarial Responsabilidade Social Empresarial está intimamente ligada a uma gestão ética e transparente que a organização deve ter com suas partes interessadas, para minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e na comunidade. As empresas de hoje em dia têm cada vez mais uma consciência social, o que é traduzido pela responsabilidade social demonstrada. 26 • Reponsabilidade Social e Ambiental A responsabilidade social está intimamente relacionada com práticas de preservação do meio ambiente. Assim, uma empresa responsável no âmbito social deve ser conhecida pela criação de políticas responsáveis na área ambiental, tendo como um dos seus principais objetivos a sua sustentabilidade. Figura 9 – Responsabilidade social na organização Reponsabilidade Social na Organização A empresa Ambev tem um compromisso com a sustenbilidade assumidos publicamente por meio das metas traçadas e divulgadas periodicamente. Assim, a organização segue aperfeiçoando seus índices de ecoeficiência para aumentar o impacto positivo na sociedade. Na organização existem alguns pilares principais dentro da plataforma de sustentabilidade. A Ambev faz parte do grupo de empresas que integram a Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas (ONU). Essa iniciativa reúne companhias que, em parceria com a comunidade internacional, estão dispostas a trabalhar juntas para gerenciar negócios de forma sustentável. A empresa adotou valores internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção para alcançar um mundo mais inclusivo e igualitário. Nos últimos 15 anos a organização diminuiu em 45% o uso de água na produção de bebidas e mais de 40% do consumo total da Companhia e isso se deve principalmente ao reuso de água e metas internas de economia.27 Houve grande investimento nas garrafas retornáveis para reduzir o material nas embalagens. Uma a cada quatro garrafas da Ambev é retornável, que podem ser reutilizadas até 20 vezes, fazendo com que tenha menos impacato no meio ambiente. Direito Sindical e Coletivo Figura 10 – Direito trabalhista Embora sejam ramos próximos, devem ser entendidos como distinto o Direito Sindical do Direito Coletivo do Trabalho. Sindicatos são entidades associativas permanentes que representam os trabalhadores e os empregadores para defesa dos interesses profissionais e econômicos, respectivamente. O direito sindical se caracteriza por regular as relações jurídicas entre o empregador e os trabalhadores representados por um sindicato. Segundo Amauri Mascaro Nascimento, é "o ramo do direito do trabalho que tem por objetivo o estudo das relações coletivas de trabalho, e estas são as relações jurídicas que têm como sujeitos grupos de pessoas e como objetivo interesses coletivos". Assim, nem todas as relações coletivas de trabalho caracterizam-se como sindicais, uma vez que há outros sujeitos coletivos além dos sindicatos. As relações entre representação não sindical de trabalhadores e empresa são um exemplo. O direito sindical abrange: Organização sindical; Conflitos coletivos; Representação dos empregados; Convenções coletivas de trabalho. O direito coletivo representa o segmento do direito do trabalho que estuda a organização sindical, a representação dos trabalhadores, a negociação coletiva e o direito de greve. 28 As relações coletivas são geradas levando em consideração os direitos de uma coletividade de pessoas, e tem como principal função a criação de normas que regem os interesses daquele grupo, em âmbito coletivo, bem como podem refletir nos contratos individuais de cada trabalhador. Compõe o direito coletivo do trabalho: • Negociações Coletivas São feitas entre um empregador ou um grupo de empregadores e uma ou várias organizações de trabalhadores que visam fixar melhores condições de trabalho e disciplinar a relação entre as partes. • Organização Sindical Tem formato de sindicato, tanto de trabalhadores quanto de empregadores, visando regulamentar as relações de trabalho. • Convenção Coletiva É o acordo de caráter normativo firmado entre sindicatos de empregados e empregadores que define as condições de trabalho. É aplicado a toda categoria, independente de associação ao sindicato, e versa sobre direitos como participação nos lucros, horas extras, jornada de trabalho, entre outros. • Greve É um direito dos trabalhadores de suspender a prestação de seus serviços de forma total ou parcial, visando melhorias salariais e melhores condições de trabalho. É garantido a todos os trabalhadores do serviço privado pela Constituição Federal em seu artigo 9º, mas não pode ser utilizado de forma indiscriminada: quando o serviço é considerado essencial, é necessário que ocorra um atendimento mínimo. 29 Os princípios do direito coletivo do trabalho são: • Liberdade sindical Este princípio advém da liberdade de associação, em que o legislador garante que todo trabalhador ou empregador pode se associar sem que sofra nenhum tipo de interferência ou intervenção do Estado. A liberdade sindical também garante ao empregado a possibilidade de não se associar a nenhum sindicato, caso assim prefira. • Autonomia Sindical Este princípio garante aos sindicatos a autogestão, sem que sofram interferências tanto do empresariado quanto do Estado. As organizações associativas dos trabalhadores são livres para se estruturar internamente e escolher suas áreas de atuação, bem como a sustentação econômico- financeira. • Adequação Setorial Negociada Embora a atuação coletiva seja livre, a legislação impõe alguns limites que precisam ser observados. Um deles é que as normas coletivas servem para estabelecer direitos mais benéficos ao trabalhador, não podendo o sindicato negociar de forma prejudicial aos empregados. • Princípio da interveniência sindical na normatização coletiva A participação dos sindicatos é imprescindível nas negociações coletivas dos direitos trabalhistas. No entanto, quando as organizações coletivas que devem representar os empregados não se manifestarem no prazo estipulado pela legislação, os trabalhadores podem se organizar e negociar de maneira direta com o empregador. 30 • Princípio da equivalência dos contratantes coletivos O direito do trabalho parte do pressuposto que há certa desigualdade tanto econômica quanto jurídica entre empregados e empregadores. Isso porque não há como comparar a força de uma grande empresa com a de um trabalhador. • Princípio da lealdade e transparência na negociação coletiva A negociação coletiva realizada pelos sindicatos deve obedecer aos princípios de lealdade e transparência para que os trabalhadores não sejam lesados. • Princípio da criatividade jurídica da negociação coletiva O sindicato pode criar normas jurídicas que conjuguem os interesses comuns da classe representada. Com relação à Ambev, a confederação nacional dos trabalhadores nas indústrias de alimentação (CNTA) atua desde 1988 em defesa dos direitos e interesses de aproximadamente 1,6 milhão de trabalhadores da categoria no Brasil permitindo a filiação de sindicatos para representação, assim existem vários sindicatos que representam a indústria com suas respectivas convenções coletivas de trabalho. O setor de bebidas e, mais especificamente, o setor cervejeiro, vem passando por um amplo processo de reestruturação com o objetivo estratégico de ampliar o seu mercado nos países onde é alto o potencial de consumo, tal como o Brasil. Entretanto, esse processo também tem provocado efeitos negativos sobre os trabalhadores. No caso específico da AmBev, há uma tendência à precarização das relações de trabalho decorrente, principalmente da terceirização, assim como uma tendência para o desemprego devido, em parte, ao fechamento de algumas unidades. Os problemas apontados pelos sindicalistas incluem redução dos salários, desrespeito à organização sindical, redução das conquistas do acordo coletivo, dificuldade de comunicação com a Empresa, não-compromisso com os trabalhadores, carga horária superior à permitida por lei, perdas de benefícios, aumento de demissões em geral e também das demissões por justa causa - sem motivo justificado -, acúmulo de função, muita pressão para aumentar produção com aumento da jornada. 31 6. CONCLUSÃO Acreditamos no alcance e atingimento das metas estipulas pelo grupo para a concretização deste projeto. Analisando o cenário atual da Ambev é perceptível que a empresa tem um futuro promissor no mercado. Os Modelos de Liderança agregados a outros instrumentos viabiliza a empresa uma percepção mais apurada dos acontecimentos que ocorrem e que poderão ocorrer e das pessoas que compõem a mesma, o que permite uma gestão geral e mais aprofundada de todos os seus setores. Observamos a importância de ter definido qual tipo de líder atua em cada área/departamento fazendo com o grupo trabalhe em função de buscar melhores resultados para a organização. O sucesso de qualquer negócio depende de várias decisões que o empreendedor deve tomar antes de iniciar seu empreendimento. Um plano de negócios é a formalização de todo o conjunto de dados e informações sobre o empreendimento, definindo suas características e condições, possibilitando a análise de sua viabilidade e seus riscos, bem como facilitandosua implantação. Através das pesquisas realizadas concluímos que a Companhia Ambev desde sua fundação vem se destacando no mercado pois possui um plano de negócios muito bem elaborado, sendo o mesmo revisado e aprimorado periodicamente para manter- se no topo deste mercado competitivo. No mundo competitivo, obtêm sucesso as empresas que encaram seus funcionários como parceiros da organização, e não simplesmente como recursos, como eram considerados antigamente. Neste sentido, todos os integrantes da empresa possuem um papel importante, independentemente do seu nível hierárquico, e suas atribuições têm impacto direto nos resultados da organização. Portanto, as decisões e atitudes que o colaborador realiza devem ser pautadas na ética e moral compartilhada. É neste contexto que tratamos de Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial, demonstrando uma importante ferramenta que é o código de conduta, que ajuda a construir a cultura organizacional e dá segurança às decisões e aos procedimentos dos colaboradores. No que se diz respeito à responsabilidade social, atualmente ela se mostra como um diferencial competitivo para os negócios. Como envolve benefícios para toda uma coletividade, desde o público interno que são 32 funcionários, acionistas, etc., e atores externos como comunidade, parceiros, meio ambiente, etc, a organização tem sua imagem cada vez mais valorizada no mercado em função de suas práticas. A empresa estudada Ambev tem um compromisso com a sustenbilidade, aumentando seus índices de ecoeficiência para aumentar o impacto positivo na sociedade. Em suas práticas sustentáveis destacam-se o reuso da água, metas para sua economia e o investimento em garrafas retornáveis que podem ser reutilizadas até 20 vezes, reduzindo o material nas embalagens fazendo com que tenha menos impacto ao meio ambiente. Concluindo a pesquisa fica claro que a empresa apresentou um resultado satisfatório, tendo alguns pontos fracos como o de não dar liberdade aos seus funcionários para ter atitudes criativas e de inovação, porém está no caminho certo investindo em responsabilidade social, assumido publicamente por meio das metas traçadas e divulgadas periodicamente. Adotando valores em diveras áreas para alcançar um mundo mais inclusivo e igualitário. Este trabalho contribuiu de forma positiva para a composição de nossa futura formação acadêmica, nos possibilitou analisar a prática de toda teoria estudada no bimestre, aplicando em uma grande empresa, sendo possível inclusive identificar alguns desafios que enfrentam o gestor. 33 7. REFERÊNCIAS INFORMAÇÕES SOBRE MODELOS DE LIDERANÇA, disponível em: https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/quais-tipos-lideranca/ INFORMAÇÕES SOBRE PLANO DE NEGOCIOS, disponível em: http://ir.ambev.com.br/arquivos/Ambev_ITR_2T99.pdf Livro – Plano de Negócios/ Garcia, Solimar - São Paulo: Editora Sol, 2012 INFORMAÇÕES SOBRE ÉTICA E LEGISLAÇÃO, disponível em: http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1843 http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/%C3%A9tica-moral-e-o-direito- reflex%C3%B5es-sobre-forma%C3%A7%C3%A3o-jur%C3%ADdica INFORMAÇÕES SOBRE DIREITO SINDICAL E COLETIVO, disponível em: https://emporiododireito.com.br/leitura/direito-sindical-definicao-e-natureza-juridica- da-entidade-sindical http://www.okconcursos.com.br/apostilas/apostila-gratis/204-direito-do- trabalho/1373-direito-coletivo-do-trabalho#.XPK6BohKiUl http://www.observatoriosocial.org.br/sites/default/files/04-01-2002_11-ambev.pdf FIGURA 1 – Líder informal, disponível em: https://www.sbcoaching.com.br/blog/lideranca-e-coaching/estilos-de-lideranca/ FIGURA 2 – Líder formal, disponível em: http://portalrecursoshumanos.blogspot.com/2011/12/lider-formal-e-informal.html FIGURA 3 – Teorias da liderança, disponível em: https://www.jrmcoaching.com.br/blog/conheca-principais-teorias-de-lideranca/ FIGURA 4 – Plano de negócios, disponível em: https://jornaldoempreendedor.com.br/the-growth-hacker/applications-tools/como- estruturar-um-plano-de-negocios-para-o-meu-empreendimento/ 34 FIGURA 5 – Definição de plano de negócio, disponível em: https://bussolaresultados.com.br/2018/01/16/porque-voce-nao-deve-fazer-um-plano- de-negocios/ FIGURA 6 – Missão, visão e valores, disponível em: https://www.jrmcoaching.com.br/blog/missao-visao-e-valores-organizacionais-o-que- e-isso/ FIGURA 7 – Pirâmide da ética, direito e moral, disponível em: https://www.coladaweb.com/direito/etica-moral-e-direito/ FIGURA 8 – Responsabilidade social envolve, disponível em: https://www.ufrgs.br/vies/vies/responsabilidade-social-corporativa-rsc-funciona/ FIGURA 9 – Responsabilidade social na organização, disponível em: https://www.orbe-ri.com/single-post/2017/10/30/Como-investir-em-responsabilidade- social-pode-ser-bom-para-minha-empresa FIGURA 10 – Direito trabalhista, disponível em: https://jucineiaprussak.jusbrasil.com.br/noticias/535322071/nova-lei-trabalhista- principais-mudancas-para-o-trabalhador
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