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MODELO DE PLANO DE OFICINA PEDAGÓGICA IDENTIFICAÇÃO Estagiária: Rosangela Aparecida de Oliveira Escola: E. E. Professor Darcy Ribeiro Disciplina: Química Turma: 1º ano / 2º ano – Ensino Médio EJA TEMA - FEIRA DE TROCAS JUSTIFICATIVA Descobrir que podemos obter o que precisamos ou queremos, por meio da realização de trocas com outras pessoas, em vez de compra. OBJETIVOS Praticar o desapego de roupas e objetos que não servem mais; Sentir o prazer da troca, de dar e de receber. SINTESE Não nascemos consumistas, porém muitas pessoas adquirem esse habito no decorrer da vida. Precisamos considerar esse fato para reverter o quadro de consumismo exagerado que existe na sociedade atual, pois corremos sérios riscos de esgotarmos os recursos que o planeta nos oferece para produzir tantas coisas. O acesso ao consumo é muito desigual entre as classes sociais, nem todas as pessoas tem condições de adquirir o que é produzido, uma vez que a riqueza do mundo é mal distribuída. As propagandas são financiadas por aqueles que produzem os itens de consumo, despertando nas pessoas a impressão de que todos necessitam de tais itens e que só seremos felizes se os possuirmos, gerando confusão entre necessidade e desejo. Para continuar lucrando com a produção, novos itens são criados e idealizados para serem consumidos, por quem pode e por quem não pode adquiri-los, tendo como consequências o esbanjamento desnecessário e o desperdício de quem compra, e muitas vezes o sofrimento e dívida para aqueles que não podem comprar. Para tentar mudar essa situação é necessário proporcionarmos a nós, à nossa família e aos estudantes, momentos de reflexão sobre nossos hábitos e valores, promovendo situações de convivência, de interação e de trocas afetivas, sem a presença do consumo. Devemos entender que ser é mais importante que ter, o tempo é mais importante que o dinheiro e a trocar pode ser mais prazeroso que a comprar. DESENVOLVIMENTO A feira de trocas poderá acontecer em dois encontros tendo a duração de 1h30min cada um, pode ser em qualquer espaço disponível na instituição, desde que possa se circular por eles, sala de atividades, pátio interno, jardim, entre outros. No primeiro encontro o professor poderá propor a turma fazer um brechó ambulante, onde cada um vai pensar em um objeto seu o qual poderia ou gostaria de doar porque não use mais, mas está em bom estado, para oferecer aos colegas. Cada um procurará entre as ofertas dos colegas a que mais lhe interessa. Antes de começar o Brechó, abra uma rodada de conversa para que os alunos possam falar sobre os motivos pelos quais estão ofertando o objeto. Nesse momento, pode ser oportuno considerar o peso da moda na vida das pessoas e as consequências de assumirmos os padrões da sociedade do descartável. Distribua folhas de sulfite para que registrem o nome do objeto a ser doado nela e a fixem na camiseta, como um cartaz. Convide-os a caminhar pelo espaço disponível, a seguir, ao som de música, observando o que cada colega está oferecendo em seu cartaz. Quando acharem alguma coisa interessante, deverão pedir o cartaz ao colega. A dinâmica continua até que todos tenham um cartaz na mão. Se por ventura algum aluno estiver sem o cartaz, pergunte a ele se já passou por todos os colegas e se não se interessou por nada. Sendo afirmativa a resposta, diga que esta tudo bem, fechando a dinâmica, pois ninguém deverá ser obrigado a pegar o que não quer. Se mais de um aluno quiser o mesmo objeto, oriente que negociem ou façam um sorteio, terminada a dinâmica, questione a opinião dos alunos sobre a atividade. Investigue se já foram a um brechó real e se conhecem sites de troca, dando a voz a quem teve essa experiência. Pergunte, então, se teriam interesse de repetir a experiência do Brechó Ambulante, agora com objetos reais. Proponha, então, uma feira de trocas entre eles. Oriente-os a separarem algumas roupas e objetos, em bom estado para que possam montar um brechó para trocas, combine com eles um prazo para reunirem os objetos, que poderão ser pedidos também aos familiares. A oficina é uma atividade de troca de roupas ou objetos como prática de economia e sustentabilidade. No segundo encontro, a professora juntamente com a turma, poderá montar a feira de trocas, organizando um espaço com varais e com carteiras para expor os objetos trazidos, ao som de músicas escolhidas por eles. Todos devem ajudar na organização, pendurando os objetos nos varais, buscando e juntando carteiras e cadeiras. Uma vez organizada a feira, eles irão circular pelo espaço e procurar a peça que mais lhes agradou para levar. Ofereça-lhes um bom intervalo de tempo para que percorram o espaço e escolham a peça de sua preferência, cada um poderá escolher uma peça. Quando notar que todos já escolheram o objeto, observe o que e quantos sobraram, para resolver o que se poderá fazer com elas. Verifique se há quantidade de sobra dos objetos suficiente para nova rodada, se há interessados em levá-las, não havendo quem as queiras o melhor é guarda-las para uma próxima feirinha, o grupo poderá decidir em conjunto o que fazer com as peças restantes. No final da feira, o professor deverá reunir a turma em círculos, fazendo uma avaliação sobre os resultados. RECURSOS Roupas e objetos usados, folhas de sulfite, durex, barbante, pregadores, carteiras/cadeiras, CD, aparelho de som, computadores que tenham acesso à internet para busca em sites de trocas. REFERENCIAS D’Aquino, Cássia e Maldonado, Maria Tereza. Educar para o Consumo: como lidar com os desejos de crianças e adolescentes. Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2012.