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FASES DO DESENVOLVIMENTO 
HUMANO
Professora: Me. Nathalia Barbosa Limeira
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Design Educacional Rossana Costa Giani 
Design Gráfico Thayla Guimarães 
Ilustração Thayla Guimarães
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; LIMEIRA, Nathalia Barbosa; 
 
 Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento. 
 Nathalia Barbosa Limeira; 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 44 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Psicologia. 2. Aprendizagem. 3. Desenvolvimento. 4. EaD. I. 
Título.
CDD - 22 ed. 158
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
05
sumário
09| OS DOIS PRIMEIROS ANOS DE VIDA
17| A CRIANÇA DE DOIS A SEIS ANOS DE IDADE
23| A CRIANÇA DE SETE A DOZE ANOS DE IDADE
29| A ADOLESCÊNCIA
35| O DESENVOLVIMENTO ADULTO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Conhecer as características específicas do desenvolvimento da criança, de 
seu nascimento até os dois anos de idade
 • Conhecer as características específicas das crianças de dois a seis anos de 
idade
 • Conhecer as características específicas das crianças de sete a doze anos de 
idade
 • Conhecer as características específicas da fase conhecida como adolescência
 • Conhecer as características específicas da fase adulta.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Os dois primeiros anos de vida
 • A criança de dois a seis anos de idade
 • A criança de sete a doze anos de idade
 • A adolescência
 • O desenvolvimento adulto
FASES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
INTRODUÇÃO
Neste estudo apresentaremos as fases do desenvolvimento humano. Isso se justifica, 
pois o desenvolvimento humano é diferente em cada etapa de nossas vidas. Pense 
nas necessidades de um bebê e de um adulto? Suas necessidades são distintas e con-
sequentemente seu desenvolvimento e as aprendizagens realizadas em cada uma 
destas fases também o são.
Assim, há um consenso entre os psicólogos do desenvolvimento humano em 
categorizar as fases de nosso desenvolvimento. Dessa forma, neste estudo, aborda-
remos o desenvolvimento humano categorizados em cinco etapas:
 • Zero a dois anos de vida
 • De dois a seis anos de vida
 • De sete a doze anos de vida
 • A adolescência
 • O desenvolvimento adulto
Cada uma dessas fases apresentam especificidades com relação ao desenvolvimen-
to físico, cognitivo, emocional e social.
Pós-Universo 7
Conhecer as fases e as especificidades do desenvolvimento humano permite-
-nos compreender o próprio homem, ou seja, compreender a nós mesmos. Assim, 
enquanto professores ou mesmo adultos, importa saber o que é esperado em cada 
fase. Como professora da educação infantil, por exemplo, saber como meu aluno 
até os dois anos aprende, permite-me elaborar meus planejamentos de acordo com 
suas necessidades, permitindo assim, um melhor desenvolvimento de meu aluno. 
Se for professora de adolescentes, por exemplo, ou responsável por um, saber dessa 
fase permite-me compreender com mais detalhes esta etapa da vida do sujeito e 
não rotulá-la como, “aborrescente” – termo bastante usual e pejorativo para deno-
minar essa da vida.
Seja como professora de adultos ou não, saber que esta fase possui distintas 
etapas, permite compreender as expectativas e as frustrações que geralmente passa-
mos e que muitas vezes acreditamos serem “coisas de nossa cabeça”, mas que de fato, 
derivam de estudos e pesquisas que explicam a fase adulta em suas particularidades.
Pós-Universo 8
Pós-Universo 9
OS DOIS PRIMEIROS 
ANOS DE VIDA
O conceito de infância ainda é recente em nossa história. Piletti (2014, p. 104-105) 
afirma que “a ideia de criança como ser em crescimento, que necessita de cuidados, 
afeto, proteção e orientação dos pais/adultos, no que tange aos aprendizados e de-
senvolvimento, é mais característica da sociedade contemporânea”. Isso porque, até 
o século XVII, as crianças eram vistas como adultos em miniatura e não havia uma 
preocupação específica com seus cuidados e ou educação.
Atualmente o campo de estudo desta fase tem se expandido e pode ser percebi-
do em diferentes áreas de atuação: psicológica, médica, nutricional, física e mesmo as 
tendências de moda, consideram a infância como fundamental em suas investidas.
A psicologia do desenvolvimento, por sua vez, se constitui historicamente, em 
diálogo com a infância (PILETTI, 2014). Todas as pesquisas realizadas, por diversos 
pesquisadores ao redor do mundo, consideraram a infância como ponto de partida 
de suas análises na compreensão do ser humano.
 “
[...] a Psicologia do Desenvolvimento, ao estudar a infância e a adolescência, 
consideradas emergências da modernidade, passa a definir por meio das 
práticas educativas o normal e o patológico e a deliberar ações em prol da 
emancipação da criança imatura, não desenvolvida, composta por uma na-
tureza primitiva. Para que a criança caminhasse rumo a esta emancipação, 
deveria desenvolver determinadas capacidades (PILETTI, 2014, p. 111).
Assim é o caso, por exemplo, das análises realizadas por Piaget, o qual estabelece 
fases de desenvolvimento das crianças e as ações por elas esperadas.
Conhecer esta fase e compreendê-la como resultado de uma produção histórica, 
social e cultural, nos permite deliberar e refletir sobre os caminhos que pretendemos 
com relação ao nosso futuro.
Pós-Universo 10
Nesse sentido, a campo de estudos dessa fase específica do desenvolvimento 
humano ganha cada vez mais contribuições que permitem aos estudiosos e aos pro-
fissionais da educação compreenderem esta fase de forma mais ampla, ampliando 
suas possibilidades de mediação no processo de ensino e aprendizagem.
A Pedagogia tradicional, por exemplo, compreendia as crianças como tábulas 
rasas, ou seja, como folhas em branco sobre as quais os professores apenas transmi-
tiam seus conhecimentos. A memorização, a repetição e 
a passividade eram características dessa forma 
de ensino, ao desconsiderar a capacidade 
criativa e autônoma da criança. Atualmente, 
educadores concordam que o conheci-
mento se constrói na interação e que 
não há apenas transmissão de conhe-
cimentos, já que o aluno chega à escola 
com experiências e conhecimentos espe-
cíficos de sua vivência, os quais devem ser 
considerados.
Sobre esta perspectiva, a infância à luz da psicologia do 
desenvolvimento e da aprendizagem, permite compreen-
der as alterações específicas desta fase, tanto com relação ao 
seu desenvolvimento, quanto com relação ao seu processo de 
aprendizagem.
A seguir apresentaremos, sob quatro perspectivas, o desen-
volvimento de crianças desde seu nascimento até os dois anos de idade.
Pós-Universo 11
Crescimento Físico
O crescimento físico nos dois primeiros anos de vida ocorre de forma rápida. De 
acordo com Cória-Sabini (1997) diversos fatores influenciam o desenvolvimento físico: 
a hereditariedade, a nutrição da criança, seus hormôniose os estados emocionais.
O crescimento físico é em grande parte influenciado pela hereditariedade, mas 
as demais condições apresentadas pela autora, contribuem de forma positiva ou ne-
gativa nesse crescimento. Crianças mal nutridas, com problemas hormonais ou que 
sofrem estresse emocional podem ter seu crescimento influenciado por esses fatores.
Segundo Papalia, Olds e Feldman (2010, p. 11), as evoluções físicas podem ser 
caracterizadas como:
 • O crescimento físico é mais rápido. A vulnerabilidade às influências am-
bientais é grande.
 • Todos os sentidos e sistemas corporais funcionam no nascimento em graus 
variados.
 • O cérebro cresce em complexidade e é altamente sensível à influência 
ambiental.
 • O crescimento físico e o desenvolvimento de habilidades motoras são 
rápidos. (PAPALIA, OLDS, FELDMAN, 2010, p. 11).
Até o fim desse ciclo as crianças já andam e começam a balbuciar as primeiras pala-
vras. Claro que esta evolução varia de criança para criança e depende ainda de fatores 
externos, como a estimulação.
A partir dos seis meses, em média, já ocorre a erupção da primeira dentição. Por 
volta dos três anos, espera-se que a criança tenha vinte dentes temporários, conhe-
cidos como dentes de leite.
Na tabela 1 a seguir apresentamos o desenvolvimento motor nos dois primei-
ros anos de vida.
Pós-Universo 12
Idade em que 
50% das crianças 
conseguem
Idade em que 
90% das crianças 
conseguem
Manter a cabeça erguida 2,5 meses 3 semanas – 4 meses
De bruços, apoie o antebraço e levanta 
a cabeça
2 meses 3 semanas – 4 meses
Deitado de lado, vira-se e fica de barriga 
para cima
2 meses 3 semanas – 5 meses
Senta com apoio 3 meses 2 – 4 meses
Agarra um objeto com a mão 4 meses 2 – 6 meses
Pode passar um objeto de uma mão à outra 4, 5 meses 2 – 6 meses
Senta sem apoio 7 meses 5 – 9 meses
Ficam em pé, apoiando-se em algo. 7 meses 5 – 9 meses
Engatinha 8 meses 6 – 11 meses
Senta-se sem ajuda. 8 meses 6 – 12 meses
Anda quando alguém a segura pela mão 9 meses 7 – 13 meses
Mantém-se em pé sem apoio 11 meses 9 – 16 meses
Anda sozinho 12 meses 9 – 17 meses
Empilha objetos um sobre o outro. Faz 
rabiscos.
14 meses 10 – 19 meses
Anda para trás 15 meses 12 – 21 meses
Sobe escada com auxílio 16 meses 12 – 23 meses
Pula sem sair do lugar 23 meses 17 – 29 meses
Tabela 1 - Desenvolvimento motor nos primeiros anos de vida 
Fonte: Gallo e Alencar (2011, p. 71).
Pós-Universo 13
Desenvolvimento Cognitivo
Assim como o desenvolvimento físico, o desenvolvimento cognitivo nesta fase é 
bastante rápido. Ao nascer, a criança parece que tem seus atos descoordenados e 
paulatinamente já consegue agarrar os objetos ao seu redor. Ao mamar, por exemplo, 
segura os dedos da mãe ou a fraldinha.
Nesse processo, ela vai descobrindo seu próprio corpo. Descobre suas mãos e 
seus pés, colocando-os na boca.
Nesta fase, a criança estimulada já consegue levar as mãozinhas até o nariz, as 
orelhas, olhos e boca, quando perguntado a ela onde estão estas partes.
De acordo com Cória-Sabini (1997, p. 42) “a tarefa principal da criança nos seus 
dois primeiros anos de vida é a descoberta do mundo físico e de si mesma como um 
objeto no mundo. O processo de aprendizagem de um indivíduo para conhecer o 
mundo e a si próprio começa com a percepção”.
A percepção refere-se ao modo a partir do qual a criança percebe as coisas. Esta 
percepção decorre do uso de seus cinco sentidos para conhecer o mundo. Ou seja, 
nesta fase ela utiliza todos os recursos sensoriais que estão disponíveis à ela a fim de 
conhecer a realidade que a cerca. Explora com os olhos, reconhece os sons de pessoas 
e de objetos, experimenta alimentos e texturas diversas. Como ainda não tem o pro-
cesso de fala integralmente adquirido, seus sentidos tornam-se o meio pelo qual ela 
conhece as coisas que lhe cerca.
Pós-Universo 14
Desenvolvimento Emocional
Para Cória-Sabini (1997, p. 45) “a principal tarefa nesta época é a construção do eu”.
Isso ocorre porque ao explorar o mundo a sua volta a criança compreende-se 
como parte do mundo e com isso, consegue compreender-se como alguém no 
mundo, descolado de sua mãe.
A presença do afeto nesta fase é essencial para a construção da noção de con-
fiança na criança.
 “
A confiança básica se define pela certeza de que as necessidades serão 
atendidas assim que forem manifestadas. A regularidade e a qualidade das 
respostas dos adultos fazem com que ocorram expectativas agradáveis. A 
criança adquire o sentimento de que é capaz de fazer com que alguém 
apareça e a alivie. Assim, ela passa a confiar no adulto, mesmo quando ele 
não está presente (CÓRIA-SABINI, 1997, p. 46).
O sentimento de confiança liga-se ao modo como a criança explora e percebe o 
mundo. Pais hostis, agressivos ou apáticos não permitem que a criança se desenvol-
va de forma sadia, justamente porque o mundo lhe aparecerá com fonte de medo 
e frustração.
São crianças que desde pequenas mostram-se ansiosas e inquietas. Por isso a 
noção de afeto e o sentimento de que a criança é amada e cuidada é tão importan-
te nessa fase.
Em algumas culturas, os pais são educados para deixarem a criança choran-
do no berço, pois se não há fome ou nenhum outro sintoma (fralda cheia, 
por exemplo, ou febre) a criança deve permanecer ali, até aprender a ficar 
só, sem chorar.
De acordo com o que temos estudado aqui, esta atitude parece não con-
tribuir para a aquisição do sentimento de confiança básica na criança. Você 
concorda com isso? Pense sobre isso!
reflita
Pós-Universo 15
Desenvolvimento Social
De acordo Cória-Sabini (1997, p. 47):
 “
O desenvolvimento social nesta fase restringe-se ao nível sensorial e motor. 
A criança explora os objetos e brinquedos que lhe são oferecidos em função 
de comportamentos recém-adquiridos. Ela pode, por exemplo, jogar o cho-
calho no chão para que o adulto o apanhe e o coloque em suas mãos várias 
vezes sucessivas. Pode empilhar brinquedos e derrubar a pilha seguidamente. 
Pode ainda sorrir quando o adulto lhe faz caretas. Essa repetição sistemática 
é um meio pelo qual ela tenta compreender esses objetos e acomodar seus 
esquemas mentais à realidade que é completamente nova para ela.
Depreende-se daí que a interação social da criança nesta fase realiza-se com os 
objetos e pessoas que a cerca.
De acordo com Cória-Sabini (1997) por volta dos dois meses a criança sorri ao 
ver os pais e no mês seguinte, por volta dos três meses, cessa o choro quando vê 
alguém aproximando-se dela. Nesta fase, realiza movimentos para chamar atenção 
do adulto, como que lhe chamando atenção.
Já por volta dos cinco e seis meses, o bebê já distingue os pais das demais pessoas. 
Essa distinção e o modo como a criança reage a isso difere de criança para criança. 
Há crianças que não aceitam o colo de pessoas estranhas, no entanto, há crianças 
que aceitam, de bom grado, ficarem no colo de desconhecidos.
A partir dos seis meses a criança passa a aumentar o grau de interação com as 
pessoas À sua volta. Aprende a dar tchau, abanando as mãos, brinca de esconde-es-
conde, bate palmas, entre outras coisas.
 A interação com outras crianças inicia-se apenas por volta de um ano de vida. 
Ainda que tenha contato com outras crianças, seja em casa ou na escola, a criança 
ainda brinca só e não consegue interagir com outras crianças. Ela pode observar, por 
exemplo, outra criança brincando, mas a brincadeira em conjunto ocorre somente 
por volta dos três anos de idade.
Pós-Universo 16
Pós-Universo 17
A CRIANÇA DE DOIS A 
SEIS ANOS DE IDADE
A criança de dois a seis anos de idade tem seu processo de autonomia cada vez mais 
crescente. Com o início da fala e da caminhada, do desfralde e do processo de in-teração com outras crianças e mesmo adultos, esta é uma fase em que a criança se 
percebe como ser independente, seja da mãe ou de seu cuidador. Já escolhe suas 
roupas, decide o que quer e muitas vezes faz birra na pretensão de conseguir seus 
desejos e vontades.
Esta fase caracteriza-se ainda pelo início da vida escolar da criança, o que contri-
bui para o desenvolvimento de sua autonomia.
O brincar aparece neste período como atividade principal na vida da criança 
e deve ser estimulado. Brincadeiras como o faz de conta fazem parte da rotina da 
criança e isso contribui, de forma significativa, para o desenvolvimento de sua cria-
tividade e imaginação.
A seguir apresentaremos as principais modificações que ocorrem ao longo deste 
período.
Crescimento Físico
De acordo com Kail (2004) as crianças de dois anos medem aproximadamente 86,5 
centímetros e pesam, em média 12, 5 quilos. “Durante os 4 anos seguintes, ambos 
ganham de 5 a 7,5 centímetros e 1,8 quilos por ano, de modo que uma criança de 6 
anos mede 1,20 metro de altura e pesa 20,5 quilos” (KAIL, 2004, p. 200).
A tabela 2 a seguir apresenta os multiplicadores utilizados para prever a altura 
de uma criança entre 2 e 6 anos quando adulta. Em cada idade, há um multiplica-
dor que deve ser utilizado para a previsão de altura da criança. Por exemplo, uma 
criança de 6 anos, com 1,18 metros de altura, em sua idade adulta terá, em média, 
1,81 metro de altura.
Pós-Universo 18
Multiplicadores utilizados para prever a altura de 
uma criança em idade pré-escolar quando adulta
Idade (anos) Multiplicador para meninos
Multiplicador 
para meninas
2 2,06 2,01
3 1,86 1,76
4 1,73 1,62
5 1,62 1,51
6 1,54 1,43
Tabela 2 - Multiplicadores utilizados para prever a altura de criança (pré-escolar a adulta) 
Fonte: Kail (2004, p. 201).
Até os 3 anos de idade a dentição da criança se modifica de forma crescente, como 
podemos perceber na figura 1, a seguir:
Figura 1 - Dentição de 2 a 6 anos de idade
Fonte: Kail (2004, p. 201).
Pós-Universo 19
Até os 3 anos de idade a criança já possui 20 dentes de leite. Por volta dos 6 anos, 
tais dentes iniciam sua queda, com o nascimento dos dentes definitivos. Os cuida-
dos com os dentes de leite devem ser realizados pelos responsáveis das crianças, que 
podem auxiliá-los no ensino da escovação. Os dentes de leite quando cariados ou 
mal cuidados, podem trazer consequências para a dentição permanente da criança.
Desenvolvimento Cognitivo
A fase dos 2 aos 6 anos de idade marca o avanço da criança em seu aspecto cog-
nitivo. Também porque inicia sua fala, consegue organizar o mundo, elaborando e 
organizando, pela fala, seu pensamento.
Esta fase, conhecida como a fase dos “porquês” é essencial para a elaboração do 
mundo ao seu redor. É perguntando que a criança consegue formular ideias e co-
nhecer a realidade em sua volta. Se na fase anterior são seus sentidos que exploram 
e permitem-a conhecer o mundo, nesta fase, é a fala que tem tal atribuição.
 “
Se os pais e os demais adultos derem atenção e responderem adequada-
mente à curiosidade intelectual da criança, possibilitarão que ela corrija seus 
conceitos e modifique suas atitudes e expectativas, bem com ajudarão na 
construção de conhecimentos que serão úteis durante o processo de edu-
cação formal (CÓRIA-SABINI, 1997, p. 58).
Ainda de acordo com Cória-Sabini (1997) o raciocínio da criança nesta fase apresenta 
três características fundamentais: o egocentrismo, o animismo e a irreversibilidade.
O egocentrismo sugere que as crianças acreditem que os sentimentos e vonta-
des vivenciados por ela são iguais em todos ao seu redor.
De acordo com Cória-Sabini (1997, p. 58) “suas percepções e desejos refletem 
apenas um ponto de vista, ou seja, o seu. Por isso seus julgamentos são sempre 
absolutos e ela é insensível aos argumentos contrários às suas afirmações”. O ego-
centrismo denota, nesta fase, a incapacidade de ter empatia, ou seja, de colocar-se 
no lugar do outro e compreender o seu ponto de vista. Paulatinamente, esta pers-
pectiva diminui e a sociabilidade é fundamental para esse processo.
Pós-Universo 20
O animismo refere-se à vida que a criança dá as coisas ao seu redor. Bonecas, car-
rinhos e brinquedos possuem uma “alma humana”. “Se, por exemplo, a boneca ou o 
bichinho de pelúcia forem deixados em casa quando a criança sair para passear, ela logo 
manifestará preocupação se eles sentirão medo ou solidão” (CÓRIA-SABINI, 1997, p. 60).
Da mesma forma, ela atribui esta “alma humana” aos fenômenos naturais e a própria 
natureza. Não raro, quando desenham o sol, a nuvem ou a lua, fazem-no com traços 
do rosto humano, desenhando boca, olhos e nariz. Deste modo, as crianças percebem 
os objetos e fenômenos ao seu redor como cheios de vida e sentimentos humanos.
Por sua vez a irreversibilidade é consequência da incapacidade de elaborar sín-
teses. Por exemplo, se colocarmos na frente da criança duas tigelas de tamanhos 
diferentes e despejar a mesma quantidade de água nas duas tigelas e perguntarmos 
à criança, qual tigela tem mais água ela responderá a que tiver o nível mais elevado 
de líquido. Ainda que saibamos que a quantidade de líquido é igual, para a criança, 
a ideia de reversibilidade não existe ainda.
Este processo acontece muito intrinsecamente com o processo de escolarização, es-
pecificamente quando a criança está preparada para ser alfabetizada. Se pensarmos no 
processo de alfabetização, de leitura ou escrita das palavras, perceberemos que as letras, 
embora desconectadas uma das outras, quando juntas, podem formar palavras. Essa rever-
sibilidade no processo de alfabetização altera a capacidade de irreversibilidade da criança.
Pós-Universo 21
Desenvolvimento Emocional
Esta fase caracteriza-se pelo aparecimento da consciência de si mesma. Muitas vezes, 
a criança recusa a ajuda de alguém mais velho, seja nas escolhas de suas roupas, de 
sua alimentação ou do modo como arruma seu cabelo. Isso porque, nesta fase, ela 
descobre-se como alguém independente do outro: seja por conta da aquisição da 
linguagem, seja por conta da noção de que já não se enxerga mais como bebê e por 
isso, sente-se como que independente de todos. A noção de limites nesta fase é funda-
mental de ser trabalhada pelos pais e ou responsáveis pela criança. As manhas e birras, 
típicas desta fase, mostram que como ser independente no mundo, ela pode e deve 
realizar tudo o que deseja. É exatamente aí que a noção de limite deve ser trabalhada. 
Paralelamente ao sentimento de frustração, a noção de limite coloca-se como senti-
mento de segurança. Inicialmente, o limite aparece como frustração para a criança, na 
realização de algo que ela deseja. Então ela chora, faz manha, birra, na pretensão de 
conseguir o que deseja. Os pais devem manter-se firmes e seguros de que os limites 
são essenciais à vida da criança, não somente nesta fase, mas para a vida toda.
Justamente porque são os limites que mostram à criança que ela não pode rea-
lizar tudo o que deseja e com isso, descobre o sentimento de frustração.
Atualmente a frustração ou a habilidade de lidar com o “não” tem sido relegada de 
nossa sociedade. A criança nasce e a família centra-se sobre ela e para ela realiza todas 
as suas ações. Isso afeta a criança negativamente, pois é ela que precisa adaptar-se ao 
mundo e não o contrário. Por isso, as frustrações permitem a criança vivenciar sentimen-
tos de perda, de rejeição, de incertezas que necessários são à regulação de suas vontades.
Nesse mesmo sentido, as crianças aprendem a lidar com suas emoções viven-
ciando situações diferentes. Assim como a fase dos “porquês” é fundamental para 
elaborar e organizar o mundo à sua volta, a aprendizagem de suas emoçõesé ne-
cessária para que a criança cresça segura de si e de seus sentimentos.
Saber o que é medo, insegurança, alegria, felicidade entre tantos outros senti-
mentos, auxiliam a criança na organização de sua vida afetiva.
Para além destas questões, o ambiente onde a criança vive nesta fase é de suma 
importância em seu desenvolvimento emocional. Pais ou responsáveis que impõem 
limites com o devido cuidado e firmeza, que amam sabendo que este sentimento 
não implica em aceitação de tudo, que fornecem um ambiente seguro e calmo e 
saudável, contribuem para o desenvolvimento emocional de qualidade na criança.
Pós-Universo 22
Desenvolvimento Social
De acordo com Cória-Sabini (1997) nesta fase predomina a fantasia. Um lápis torna-
-se um avião e as crianças incorporam personagens fictícios como sendo reais: os 
super-homens e as princesas são vividos pelas crianças como sendo reais.
“O jogo dramático não serve apenas para a criança aprender sobre a sociedade da 
qual ela faz parte. É também um veículo para a expressão de sentimentos, temores e 
ansiedades” (CÓRIA-SABINI, 1997, p. 66-67). Ao vivenciar o jogo dramático, conhecido 
como o faz de conta, a criança traz para o jogo, experiências vivida em sua casa, na 
escola e nos ambientes em que frequenta, trazendo para o jogo seus medos, traumas 
e alegrias. Neste sentido, o papel do professor, nesta fase é fundamental nesses jogos: 
ter um olhar atento ao modo como a criança brinca de casinha, por exemplo, evi-
dencia como é o seu ambiente doméstico. Da mesma forma, ao brincar de escolinha, 
a criança externa a função da escola em sua vida, os papéis vividos pelos diferentes 
atores escolares e pela própria criança dentro deste contexto.
Esta fase ainda marca o egocentrismo e dessa forma, a criança ainda não con-
segue incorporar as regras de jogos, por exemplo. A interação em jogos coletivos 
ocorre por volta dos 4 ou 5 anos, fase em que ela consegue participar de pequenos 
jogos, como esconde-esconde ou pega-pega, mas ainda apresenta dificuldade em 
lidar com a perda e com as regras mais elaboradas.
No artigo intitulado Desenvolvimento da inteligência em pré-escolares: 
implicações para a aprendizagem, Mecca, Antonio e Macedo, revisão a 
importância da cognição nesta fase, apresentando possibilidades de inter-
venção para que esta fase possa ser vivenciada em toda a sua plenitude. 
Fonte: adaptado de Mecca, Antonio e Macedo (2012). Disponível em: <http://pepsic.
bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862012000100009>. Acesso 
em 21/03/2017.
saiba mais 
Pós-Universo 23
A CRIANÇA DE SETE A 
DOZE ANOS DE IDADE
A fase dos sete aos doze anos de idade marca o abandono do egocentrismo e do 
pensamento imediato e marca ainda diversas alterações físicas, cognitivas, emocio-
nais e sociais na criança.
Crescimento Físico
De acordo com Papalia e Feldman (2013, p. 316):
 “
O crescimento durante a terceira infância é consideravelmente mais lento. 
Entretanto, embora as mudanças possam não ser evidentes no dia a dia, 
contribuem para uma surpreendente diferença entre as crianças de 6 anos, 
que ainda são pequenas, e as de 11 anos que, em muitos casos, começam 
a parecer adultos.
O crescimento físico nesta fase é em torno de 5 a 7,5 centímetros por ano. A tabela 
abaixo expõe o desenvolvimento físico, assim como o peso médio das crianças entre 
7 a 11 anos de idade.
Desenvolvimento físico de 7 a 11 anos de idade
Altura em metros Peso em quilos
idade meninas meninos meninas meninos
7 1,26 1,25 25,6 25,5
8 1,38 1,30 28,1 29,0
9 1,38 1,37 34,0 32,2
10 1,43 1,41 40,5 37,3
11 1,51 1,49 47,3 44,2
Tabela 3 - Desenvolvimento físico 
Fonte: Papalia e Feldman (2013, p. 317).
Pós-Universo 24
A tabela 3 trata de uma previsão média, a partir de estudos realizados. Porém, sabemos 
que a obesidade tem se apresentado como um fator preponderante no mundo todo. 
“Nos Estados Unidos, cerca de 17% das crianças entre as idades de 2 a 19 são obesas 
e outros 16,5% estão acima do peso” (PAPALIA, FELDMAN, 2013, p. 320).
A preocupação com a alimentação e o impacto desta no crescimento físico fez 
muitas escolas, ao redor de todo o mundo, reverem seus cardápios e as famílias e a 
reorganizar sua forma de alimentação. Porém, se de um lado temos esta preocupa-
ção, de outro temos a indústria de alimentos cada vez mais forte na estimulação de 
alimentação não saudável, como é o caso, por exemplo, dos fast-foods.
Ainda que o impacto da obesidade recaia sobre o desenvolvimento físico, a in-
fluência desta se percebe no desenvolvimento emocional e social da criança.
Uma pesquisa realizada pelo Imperal College London, comparou o IMC de 
aproximadamente 20 milhões de pessoas, de diferentes gêneros, entre os 
anos de 1975 e 2014. No Brasil este estudo indica que um quinto de seus 
cidadãos são considerados obesos.
Fonte: adaptado de BBC. Um quinto da população brasileira é obesa, diz estudo. 
Brasil. Publicado 1 abr 2016. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noti-
cias/2016/04/160401_obesidade_brasil_lab>. Acesso em 23 mar 2016.
fatos e dados
Pós-Universo 25
Desenvolvimento Cognitivo
De acordo com Cória-Sabini (1997, p. 76) “o pensamento da criança nesta etapa é 
caracterizado pelo uso de sistemas logicamente organizados, entre os quais estão a 
classificação e a seriação”.
A classificação consiste na hierarquização de classes, ou seja, na ordenação das 
relações de inclusão. Por exemplo, na classificação de um gato, a criança conseguirá 
perceber que o gato, distingue-se do cachorro. Que o gato, assim como o cachorro 
são animais terrestres, mamíferos e que possuem diferentes classes. Assim, a classifi-
cação será sempre a forma de uma pirâmide ou de uma árvore genealógica.
“O domínio da classificação tem um processo gradual. Por volta dos sete anos a 
criança começa a dominar as relações de semelhança. Ela é capaz de descobrir cri-
térios de classificação e a partir deles compor grupos e subgrupos” (CÓRIA-SABINI, 
1997, p. 79). Este princípio auxilia no desenvolvimento de sínteses para que a criança 
compreenda o meio em que vive e possa classificar os objetos e conceitos que vai 
aprendendo.
A figura 2 a seguir demonstra como a criança organiza e classifica de acordo com 
o que temos ressaltado.
Figura 2 - Exemplo de ordenação das relações de inclusão.
Fonte: Cória-Sabini (1997, p. 77).
Pós-Universo 26
Segundo Cória-Sabini (1997, p. 80):
 “
A operação de seriação consiste em ordenar elementos segundo grande-
zas crescentes ou decrescentes. A disposição de elementos em uma série, 
como, por exemplo, A<B<C<D<E etc., chamada de série transitiva assimé-
trica exige que a criança compreenda que um elemento qualquer da série 
é simultaneamente maior (>) do que seus precedentes e menor (<) do que 
os seguintes. Esta operação implica a compreensão de que este elemento 
engloba as diferenças entre seus antecessores, assim, as diferenças e seme-
lhanças adquirem o calor de relações quantificáveis em termos positivos e 
negativos.
Assim, por exemplo, ao entregarmos uma série de bastonetes de tamanhos distintos, 
a criança consegue ordená-los de forma crescente ou decrescente e compreender a 
diferença entre os mesmos. Isso é fundamental na concepção temporal da criança, 
com relação ao tempo passado, presente e futuro. Com a operação de seriação a 
criança compreende estas relações temporais e consegue quantificar o tempo.
O uso do calendário nesta fase é fundamental por que permite a criança o en-
tendimento destas questões. Por exemplo, se ela tem um evento final de semana e 
hoje é segunda-feira, pode-se dizer a criança que ela precisará dormir cinco noites 
até o dia de seu evento. Na seriação, ela conseguirácompreender a sequência lógica 
dos dias da semana, dos meses e anos.
Pós-Universo 27
Desenvolvimento Emocional
É a partir dos seis anos que a criança inicia o recebimento de uma instrução mais sis-
tematizada, via escola. O início da vida escolar marca assim uma nova fase na vida 
da criança, quer seja no quesito responsabilidade, quer seja na absorção das regras 
sociais e em seu autoconhecimento.
Nesta fase a criança já consegue realizar jogos com regras, o que identifica a sua 
aceitação das regras e normas de convivência em sociedade. Isso permite a criança 
desenvolver sua afetividade de forma mais sólida. Aqui aparece pela primeira vez a 
ideia de amigos para sempre. A identificação com o outro ajuda no desenvolvimen-
to emocional, da empatia e da socialização.
Nesta fase aparecem as primeiras noções de moral, ou seja, das ações que são 
boas ou ruins. Por isso, a educação moral nessa etapa é tão importante, pois auxilia 
no desenvolvimento afetivo e social da criança.
Desenvolvimento Social
De acordo com Kail (2004, p. 380):
 “
A maioria dos pais, dos professores e das religiões tenta ensinar as crianças a 
agirem de modo cooperativo, prestativo – ao menos na maior parte do tempo 
e na maioria das situações. Ações que beneficiam os outros são conheci-
das como comportamento pró-social. É claro que a cooperação, em geral, 
funciona porque os indivíduos ganham mais do que se não cooperassem. 
O altruísmo é um tipo particular de comportamento pró-social; é um 
comportamento que ajuda o outro sem benefício direto para o indiví-
duo. O altruísmo se origina de sentimentos de responsabilidade para com 
as outras pessoas (grifos do autor).
O desenvolvimento social nesta fase, diferente da fase anterior, pressupõe a descen-
tralização da criança de si mesma, de suas vontades e desejos e a compreensão de 
que outras pessoas possuem vontades e desejos diferentes. Assim, ao respeitar o 
outro, ela aprende sobre tolerância e empatia e desenvolve seu convívio social de 
forma saudável.
Pós-Universo 28
As ações pró-social são, nesse sentido, ações que devem ser estimulada por pais 
e professores, a fim de que o convívio social assim como o desenvolvimento integral 
da criança sejam satisfatórios.
O quadro 1 a seguir demonstra os tipos de influência e ações que podem ser 
executadas a fim de uma educação pró-social.
Fatores que contribuem para o comportamento pró-social das crianças
Categoria geral Tipos de 
influências
As crianças são mais propensas a ajudar quando...
Habilidades Tomada de 
perspectiva
Conseguem adotar o ponto de vista de outra 
pessoa
Influências 
situacionais
Empatia Sentem as emoções de outra pessoa.
Sentimento de 
responsabilidade
Sentem-se responsáveis pela pessoa em 
dificuldade.
Estado de espírito Sentem-se competentes para ajudar.
Custo do altruísmo Estão de com humor
O custo do comportamento pró-social é menor
Influência 
dos pais
Estratégia 
disciplinar
Os pais utilizam o raciocínio como principal forma 
de disciplina.
Modelação Os próprios pais se comportam de forma 
pró-social
Recompensa Os pais elogiam o comportamento pró-social.
Quadro 1 - Fatores que contribuem para o comportamento pró-social das crianças
Fonte: Kail (2004, p. 384).
Pós-Universo 29
A ADOLESCÊNCIA
Enquanto a infância define-se como a primeira etapa do desenvolvimento humano, 
na qual o eu ainda não se diferencia, a adolescência caracteriza-se pela busca da 
identidade. Esta fase marca a transição da infância para a vida adulta.
De acordo com Escorsin (2016, p. 164) “a adolescência é o momento de amadure-
cimento psicológico e biológico, em que se antecipa o desenvolvimento de aspectos 
da vida, pois é o momento de decisões e escolhas, inclusive na esfera profissional”. 
Muitas modificações ocorrerão nesta etapa de vida: tanto físicas, quanto cognitivas, 
sociais ou emocionais. Neste estudo apresentaremos as principais características de 
cada uma destas dimensões.
Crescimento Físico
De acordo com Kail (2004) durante a adolescência o ganho de peso é maior do que 
nas fases anteriores, com cerca de 9 quilos entre as meninas e 11 quilos entre os 
meninos. Ainda segundo este autor:
 “
[...] o surto de crescimento das meninas começa cerca de 2 anos antes dos 
meninos. Ou seja, o surto de crescimento das meninas costuma ser aos 11 
anos, atingir a máxima taxa de crescimento por volta dos 12 anos, e ao chegar 
ao estado maduro por volta dos 15. Enquanto isso, o surto de crescimento 
dos meninos começa aos 13, atinge p auge aos 14, e chega ao estado maduro 
aos 17. Essa diferença de dois anos no surto do crescimento pode levar ao 
estranhamento nas interações sociais entre meninos e meninas de 11 e 12 
anos, porque normalmente as meninas são mais altas e de aparência muito 
mais madura do que os meninos (KAIL, 2004, p. 408).
Além disso, é na adolescência que seios, pelos, primeira ejaculação e menstruação 
ocorrem. No quadro abaixo, há a média por idade em que estas modificações corpo-
rais ocorrem em meninos e meninas. É fato que essas modificações dependem, em 
grande parte, do desenvolvimento biológico de cada sujeito, assim como de sua ali-
mentação, a prática de esportes e das características hereditárias de cada um.
Pós-Universo 30
Figura 3 - Cronograma médio das mudanças da puberdade nos jovens norte-americanos
Fonte: Kail ( 2004, p. 410).
Desenvolvimento Cognitivo
O que marca o desenvolvimento cognitivo desta fase é a capacidade de abstração. 
Diferentemente da fase anterior, na qual o objeto concreto precisa fazer-se presente 
para que a criança consiga estabelecer sua lógica de pensamento, na adolescência 
este processo já não se faz mais presente.
Daí decorrem que conceitos como justiça, verdade, amor, entre outros concei-
tos podem ser pensados pelo adolescente e compreendido em sua definição. Um 
segundo ponto importante, que decorre do processo de abstração, é que
 “
[...] o desligamento da realidade física permite ao adolescente raciocinar com 
acontecimentos reais ou abstratos, considerando não apenas seus aspectos 
imediatos e limitantes, mas também hipotetizar as possíveis consequências 
de cada uma das soluções propostas. Ele passa, por exemplo, a discutir o con-
ceito de liberdade e independência, tentando convencer seus pais que ao 
ser o “dono de sua própria vida”, ele saberá administrar seu horário em termos 
de estudo, lazer, etc (CÓRIA-SABINI, 1997, p. 97).
Pós-Universo 31
Esta característica implica muitas vezes no comportamento conflitante do adolescente 
com os mais velhos, à sua volta. Conflitos com pais, irmãos mais velhos e professores 
aparecem como comuns nesta fase, haja vista que o adolescente acredita que sua 
autonomia e independência já estão concluídas.
Da mesma forma que a criança, por volta dos 3 anos, joga-se no chão e pretende 
fazer sua vontade sobre todas as demais situações, o adolescente passa por uma fase 
semelhante: sente-se adulto o suficiente para tomar as decisões sobre sua própria vida, 
embora o conflito entre o que pretende fazer de seu futuro, ainda estejam presentes.
Desenvolvimento Emocional
O desenvolvimento emocional nesta fase passa pela significação da identidade do 
adolescente. Entre a criança que já não mais existe e o adulto que está prestes a ser, 
a adolescência concentra um período de aceitação de si e da sociedade em que vive 
que deriva, muitas vezes de relações conflituosas.
Esta fase caracteriza-se pela descoberta do amor sexual, do desejo do outro e da 
descoberta da sexualidade. Acrescido a isso, a questão da imagem que o adolescen-
te tem de si e de seu corpo são fundamentais.
 “
O jovem que sente segurança quanto à sua aparência física e habilidades 
tem mais facilidade para relacionar-se com o sexooposto e para envol-
ver-se em novas atividades e grupos. Mostra entusiasmos com os vários 
aspectos de sua vida e promove mais facilmente seu autodesenvolvimento. 
 
Por outro lado, o jovem que não está satisfeito com sua aparência física, com 
suas habilidades e realizações sente-se enfraquecido, incapaz de lutar pelas 
coisas que deseja e sente menosprezo por si mesmo. Tende a estar sempre 
na defensiva. Mostra irritabilidade constante, depressão e sentimentos de 
amargura. Reclama muito da vida e se dedica mais a atividade solitária. Neste 
caso, a solidão não é uma opção, mas uma espécie de fuga desenvolvida a 
partir do medo de não ser aceito pelos outros. A segurança adquirida nesta 
etapa é muito importante para a expansão dos objetivos de vida e das intera-
ções sociais e para a manutenção da autoestima (CÓRIA-SABINI, 1997, p. 93).
Pós-Universo 32
O desenvolvimento emocional do adolescente influi sobre todos os demais aspectos 
de sua vida. Se este não for sadio, influirá de forma negativa em seus círculos social, 
nos estudos e na relação consigo mesmo. Por isso, estar atento às modificações entre 
os adolescentes é fundamental para perceber quando esta questão passa a ser pa-
tológica e não mais comum da fase vivida.
A adolescência é vista mesmo por educadores, sob uma perspectiva pejo-
rativa. Chamada muitas vezes de aborrescência, este termo denota a falta 
de informação e conhecimento sobre esta fase tão importante da vida do 
sujeito. Fase de preparação para a vida adulta, ela deve ser revista, sobre a 
perspectiva de decisões, escolhas e definição da vida adulta, as quais muitas 
vezes, os adolescentes ainda não possuem condições de decisão. O acom-
panhamento psicológico nesta fase pode ser fundamental no auxilio de 
pais e adolescentes na compreensão e vivência desta fase
atenção
Pós-Universo 33
Desenvolvimento Social
De acordo com Cória-Sabini (1997, p. 99)
[...] o adolescente reflete sobre seu mundo social e constrói teorias a respeito dele. O fato 
destas teorias serem limitadas, inadequadas e pouco originais não tem importância. Do 
ponto de vista prático, tais sistemas têm um significado essencial, ao permitir que o ado-
lescente se integre no mundo profissional, político e social do adulto.
A adolescência, marcada pela transição entre o ser criança e a fase adulta, implica 
na elaboração de um novo mundo: não mais o infantil, dado pelo faz de conta e as 
questões práticas, mas um mundo organizado partindo das noções de justiça, de 
verdade e de liberdade. Ser adolescente implica em criar o mundo adulto: escolhe-
-se seu futuro, a profissão e os modelos a serem seguidos. Nesta elaboração, muitas 
vezes conflitantes, os adolescentes constroem para si teorias de mundo limitadas, 
como exposto acima. Porém é a partir desta construção que ele pode adentrar no 
mundo adulto e refletir sobre seu papel futuro.
Nesta fase os adolescentes agregam-se a pares semelhantes, buscando com isso 
sua identidade. Há grupos distintos, com explicações distintas da realidade. Como 
buscam aceitação por si mesmo e pelos demais, participar destes grupos, dá ao ado-
lescente o sentimento de pertencimento.
Escorsin (2016, p. 166) afirma:
 “
[...] pertencer a um grupo ajuda a diminuir as ansiedades, pois funciona como 
um receptáculo para as emoções e as ansiedades com que o jovem tem de 
lidar nessa fase. Com o grupo, vem à tona outra questão, que é a pressão 
para se moldar ao grupo, o que pode acarretar pouco senso de identidade e 
falta de segurança em si mesmo. Uma situação dessa natureza pode levar o 
adolescente a situações mais complexas, como o uso de drogas e bebidas, par-
ticipação em gangues, desordens alimentares, gravidez e até mesmo suicídio.
Por isso esta fase requer atenção dos pais e educadores para a modificação de qual-
quer comportamento do adolescente. Muitas vezes, por não saber lidar com os 
conflitos que esta fase impõe o adolescente trilha caminhos complexos e perigosos, 
os quais poderiam ser evitados se tivessem o acompanhamento de um psicotera-
peuta e de uma orientação e diálogo aberto com os pais.
Pós-Universo 34
Pós-Universo 35
O DESENVOLVIMENTO 
ADULTO
De acordo com Cória-Sabini (1997) a fase adulta é marcada por fases distintas: a fase 
adulta jovem, a maturidade e a velhice. Neste estudo, abordaremos as três fases des-
tacando as principais características de cada uma.
A idade Adulta Jovem
Cória-Sabini (1997) afirma que esta fase é marcada pela conquista da estabilidade 
profissional, afetiva e dos valores éticos. Diferente da fase anterior, onde o sujeito 
precisava elaborar o mundo ao seu redor e lidar com os conflitos próprios daquela 
fase, na fase adulta, o sujeito precisa conquistar sua estabilidade profissional, afetiva 
e construindo valores éticos que nortearão sua vida adulta.
Estas construções marcam o início da vida adulta e da independência do sujeito de 
seus familiares diretos, ou seja, seus pais. A saída da casa dos pais, a construção de um 
novo lar, de uma carreira profissional e dos valores éticos, permitem ao adulto iniciar 
seu processo de autonomia e independência, buscados ao longo da adolescência.
 “
Este período cria alguns problemas para os dois sexos. A mulher deve achar 
o equilíbrio entre sua carreira profissional e realização pessoal com a vida 
afetiva e a maternidade. O homem deve empenhar-se para estar em harmo-
nia com os novos papeis a desempenhar (o de pai, o de profissional etc.) e 
com seus padrões de liberdade (CÓRIA-SABINI, 1997, p. 109).
Estes conflitos precisam ser resolvidos para o que adulto jovem possa conquistar ma-
turidade, ou seja, o equilíbrio entre estas diferentes dimensões.
Pós-Universo 36
A Maturidade
Para Escorsin (2016, p. 168) “espera-se que pessoas amadurecidas vivam de forma in-
dependente e assumam a responsabilidade por seus atos.”
Esta fase, de acordo com Cória-Sabini (1997) pressupõe que o adulto já tenha al-
cançado sua estabilidade profissional e afetiva e pressupõe ainda que diante destas 
conquistas se questione o que de fato valha a pena. Se o adulto tiver filhos, estes ao 
crescerem, abandonam o lar em busca de sua independência e a síndrome do ninho 
vazio permite ao adulto reelaborar sua vida, elaborando novos objetivos para sua vida.
 “
O relacionamento do casal torna-se mais íntimo, pois não tem mais que 
dividir o tempo com os filhos. 
 
Para as mulheres aparece outro desafio, que é a menopausa. Muitas acredi-
tam que ela significa envelhecimento e desenvolvem a ansiedade de não 
serem mais atraentes para seu companheiro. 
 
Os homens apresentam medo de perder o prazer sexual e algumas vezes 
se envolvem em novos relacionamentos afetivos com o objetivo de se sen-
tirem mais jovens. (CÓRIA-SABINI, 1997, p. 111).
Esta fase é marcada ainda pelo início do processo de envelhecimento no adulto e 
muitas vezes pelos conflitos culturais de algumas sociedades que vêm a velhice como 
uma etapa desvalorizada.
Pós-Universo 37
A Velhice
De acordo com Escorsin (2016, p. 172):
 “
Na velhice o corpo toma uma direção contrária À observada na adolescên-
cia. Quando se é jovem, o físico cresce; já na velhice, é natural que comecem 
a aparecer problemas físicos, como dificuldade para ouvir ou para caminhar 
e o corpo passa a responder mais lentamente. As capacidades sensoriais, 
motoras e intelectuais sofrem alterações. Uma pessoa na velhice leva mais 
tempo para fazer as tarefas, pois o corpo se altera, a qualidade e as fibras mus-
culares se reduzem. Por isso, é importante manter uma rotina de exercícios 
físicos e atividades de socialização, que podem ajudar a manter as capaci-
dades e intelectuais.
Os países mais desenvolvidos ou com maior número de idosos em sua população, 
cientes da importância desta fase, elaboram atividades e mesmovilas para que os 
idosos possam morar e continuar sua vida, de acordo com as restrições típicas da 
idade.
É comum ainda em nosso país a desvalorização por esta fase da vida. Esquecemo-
nos de que futuramente muitos de nós atingiremos esta idade.
Ressignificar a velhice deve ser um processo a ser iniciado ainda no início da vida 
adulta, já que as escolhas que se faz nessa fase, refletem sobre a velhice. Por isso, a 
velhice precisa ser planejada e construída pelo adulto, caso queria vivenciá-la de 
modo saudável e prazeroso.
Na Holanda, na cidade de Weesp, foi projetada uma vila, chamada de 
Hogeweyk para o cuidado de idosos com Alzheimer. Com supermercado, 
restaurantes, bares e cinemas, a vila possui atendimento médico especiali-
zado. Quer saber mais sobre essa vila e seu funcionamento? Acesse o link:
<http://www.pensaracreditar.com/the-amazing-village-in-the-netherlands-
-just-for-people-with-dementia/>. Acesso em 21 mar. 2017
saiba mais 
atividades de estudo
1. Leia o relato a seguir e a partir do que estudamos ao longo desta unidade, respon-
da as questões a seguir.
Bianca, nome fictício, tem 9 anos e estuda o terceiro ano em uma escola pública. 
Retraída, tem poucos amigos e ainda não está alfabetizada. Bianca, em comparação 
à turma, tem seu desenvolvimento e sua aprendizagem abaixo do esperado. Nas 
aulas de educação física, não gosta de participar, principalmente em jogos coletivos.
Na segunda avaliação de desenvolvimento realizada no fim do segundo bimestre, os 
pais questionaram o comportamento da filha, queixando-se de que ao que parece, 
algo parecia não estar de acordo com o esperado para seu desenvolvimento.
A professora concordou e mostrou a partir dos cadernos e atividades realizadas por 
Bianca que sua aprendizagem estava aquém do esperado.
A equipe pedagógica da escola encaminhou Bianca para uma avaliação neurológica. 
O resultado apresentou que Bianca não possui nenhum comprometimento neuro-
lógico e, portanto, possui condições normais de aprendizagem.
A equipe pedagógica, junto com a professora se reunirá a fim de analisar o caso de 
Bianca e verificar quais são as possibilidades de a escola, enquanto espaço de apren-
dizagem, contribuir para seu desenvolvimento e aprendizagem.
No caso relatado acima, a professora, a partir de seu conhecimento em Psicologia 
da Aprendizagem e do Desenvolvimento, pode realizar quais encaminhamentos?
atividades de estudo
Leia as alternativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Avaliar as dimensões emocionais, físicas e sociais de Bianca em contraponto com 
o que se espera nessa faixa etária.
II. Encaminhar a um psiquiatra, já que o neurologista não evidenciou nenhum fator 
cognitivo.
III. Compreender como Bianca se relaciona com as demais pessoas, como suas 
emoções se organizam e como interage com as mesmas.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III.
d) II e III.
e) Todas as alternativas.
2. No estudo do desenvolvimento humano realizado pela psicologia, algumas dimensões 
são fundamentais de serem analisadas. Sobre estas dimensões, leia as alternativas 
abaixo e faça a correspondência correta:
1. Dimensão cognitiva
2. Dimensão física
3. Dimensão social
4. Dimensão emocional
( ) Diz respeito às formas de percepção e aprendizagem humana.
( ) Diz respeito à forma como se organizam as emoções do sujeito.
( ) Diz respeito ao modo como o sujeito interage em seu meio.
( ) Diz respeito ao crescimento e ao desenvolvimento físico.
atividades de estudo
A ordem correta da segunda coluna, de cima para baixo é:
a) 1 – 4 – 3 – 2.
b) 1 – 3 – 2 – 4.
c) 3 – 2 – 4 – 1.
d) 2 – 3 – 1 – 4.
e) 2 – 4 – 3 – 2.
3. Depois do neurologista, como não foi identificado nenhum comprometimento na 
cognição de Bianca, quais possíveis áreas podem ser apresentadas como causa de 
seu não desenvolvimento?
a) Emocional e social.
b) Cognitiva e física.
c) Física e social.
d) Cognitiva e social.
e) Emocional e física.
4. Em sala de aula, a professora pode realizar alguns procedimentos, subsidiados pela 
Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento, a fim de auxiliar a equipe pe-
dagógica. Quais são estes procedimentos?
I. Perceber como Bianca se relaciona com os demais amigos.
II. Perceber se as características da fase em que Bianca vive se evidenciam em sua 
rotina.
III. A professora, por não ser psicóloga não pode auxiliar nesse caso, já que seu curso 
de graduação é uma licenciatura.
Assinale a alternativa correta:
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e III.
e) I e II.
resumo
Neste estudo buscamos uma compreensão de como são organizadas as fases de desenvolvimen-
to humana e suas principais características. Vimos que ao conceito de infância é novo e que por 
muito tempo, esta fase era despercebida na sociedade. As crianças, em todos os tempos históri-
cos, existiram. O que não existia era um olhar sistematizado e atento a essa época da vida.
Com o surgimento dessa categoria – infância – psicólogos, médicos, educadores e toda uma 
gama social voltaram seu olhar para esta fase, buscando compreender sua importância e inves-
tigando quais são suas peculiaridades.
Diferentemente do que se supunham antigamente, que as crianças eram adultas em miniaturas, 
o surgimento do conceito de infância trouxe consigo desdobramentos importantes de serem 
conhecidos: por exemplo, o faz de conta. Sabemos que esta importante fase, onde a criança 
explora seu imaginário e sua criatividade é fundamental em sua organização emocional, cogni-
tiva e afetiva.
Vimos que na fase dos sete aos doze anos de vida, inúmeras modificações são vivenciadas pela 
criança, tanto corporais quanto cognitivas, sociais e emocionais. A saída da infância e a entrada 
no mundo adolescente trazem consigo embates que devem ser vivenciados de modo sadio, com 
apoio dos pais e professores.
A adolescência, época de decisões que conduzem toda a trajetória da vida adulta, merece espe-
cial atenção dos familiares e da escola. Nesta fase, em que ainda não se é adulto, mas também já 
não se é mais criança, o adolescente vive conflitos que merecem atenção e não podem passar 
despercebido.
A fase adulta, época de responsabilidade, financeira e afetiva, é também uma época de conflitos 
oriundos da própria idade. Com isso, percebemos que complexo é o homem em todas as suas 
fases. O que a psicologia da aprendizagem e do desenvolvimento nos permite é compreender 
as peculiaridades de cada uma destas fases, auxiliando nosso trabalho, seja enquanto docente, 
seja qualquer for a profissão que lide com o humano.
Todas as fases pelas quais o sujeito em seu desenvolvimento passa é importante e precisam de 
um olhar atento, na busca de compreender os desafios e oportunidades existentes.
material complementar
LIVRO
Título: Desenvolvimento Humano
Autor: Diane E. Papalia e Ruth D. Feldman
Editora: Artmed
Sinopse: O livro aborda o desenvolvimento humano em diferentes etapas 
da vida o sujeito, apresentando as características biológicas, cognitivas, emocionais e psicológi-
cas de cada uma das fases.
FILME
Título: Lugares Comuns
Ano: 2002
Sinopse: Um professor universitário de literatura se vê obrigado a aposentar-
-se. O dilema da velhice é vivido sobre a angústia da aposentadoria: o que fazer 
agora? O professor, vivido pelo ator Federico Luppi, decide mudar-se para Argentina com sua 
esposa. A velhice e seus conflitos são retratados neste filme.
NA WEB
Neste vídeo, a professora Patrícia Grandino, da Universidade Virtual de São Paulo, contextualiza e 
problematiza a adolescência.
Web: https://www.youtube.com/watch?v=EprqzzvSQ94
Nesta entrevista JacobPinheiro Goldberg fala sobre os pais e os conflitos com adolescentes, 
focando principalmente no aspecto educativo.
Web: https://www.youtube.com/watch?v=Q5x8grQsfE
referências
AZEVEDO, M. A. A violência doméstica contra crianças e adolescentes no município de 
São Paulo. São Paulo: Edusp, 1990.
BBC. Um quinto da população brasileira é obesa, diz estudo. Brasil. Publicado 1 abr 2016. Disponível 
em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160401_obesidade_brasil_lab>. Acesso 
em 23 mar 2016.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Bullying (Cartilha Justiça nas Escolas). Brasília, 2010.
BRASIL. Violência contra a criança e o adolescente: proposta preliminar de prevenção e as-
sistência à violência doméstica. Brasília, 1997.
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gação sobre maus tratos na infância e Rio de Janeiro: ENSP-FIOCRUZ/OPAS, 1992.
CÓRIA-SABINI, M. A. Psicologia do desenvolvimento. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.
ESCORSIN, A. P. Psicologia do desenvolvimento humano. Curitiba: Intersaberes, 2016.
GALLO, Alex Eduardo; ALENCAR, Juliana da Silva Araújo (Org.). Psicologia do desenvolvimen-
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MECCA, Tatiana Pontrelli; ANTONIO, Daniela Aguilera Moura; MACEDO, Elizeu Coutinho de. 
Desenvolvimento da inteligência em pré-escolares: implicações para a aprendizagem. Revista 
Psicopedagogia. Vol. 29 n. 88. São Paulo, 2012.
KAIL, R. A criança. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
PAPALIA, D.; FELDMAN, R. Desenvolvimento Humano. 12.ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
PAPALIA, D; OLDS, W.; FELDMAN, R. O mundo da criança: da infância a adolescência. Trad. Rita 
de Cássia A. Caetano.11.ed.Porto Alegre: AMGH, 2010.
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Pensar Acreditar. A incrível aldeia na Holanda apenas para pessoas com demência. Disponível 
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ROCHA, Z. Paixão, violência e solidão: o drama de Abelardo e Heloísa no contexto cultural do 
século XII. Recife: UFPE, 1996.
resolução de exercícios
1. c) I e III.
2. a) 1 – 4 – 3 – 2.
3. a) Emocional e social.
4. e) I e II.
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	OS DOIS PRIMEIROS ANOS DE VIDA
	A CRIANÇA DE DOIS A SEIS ANOS DE IDADE
	A CRIANÇA DE SETE A DOZE ANOS DE IDADE
	A ADOLESCÊNCIA
	O DESENVOLVIMENTO ADULTO

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