Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
5/23/2019 1 ATIVIDADES DE ACADEMIA MATERIAL DE APOIO PROFª CIBELE ANIC O Mercado do Fitness Cibele Calvi Anic Ribeiro Brasil 2º mercado mundial em número de academias perdendo apenas para os EUA 4º em relação ao número de clientes (apenas 4% da população está inscrita) De acordo com o CONFEF 2017: cerca de 48.000 academias registradas no Brasil. SP maior mercado nacional (quase 15.000). Sebrae: mais de 1,6 mil academias abertas por ano. Maiores redes no Brasil 320 unidades 120 unidades 57 unidades 27 unidades 29 unidades 46 unidades 17 unidades Tendências do ACSM para 2018 HIIT Treinamento em Grupo (coletiva) Tecnologia Wearable Treino com Peso Corporal Treinamento de Força Profissionais especializados Ioga Treinamento Personalizado Programa de Fitness para Idosos Treinamento Funcional 5/23/2019 2 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O SUCESSO DAS AULAS COLETIVAS Menor custo Aulas interessantes e variadas As “tribos” Aulas com menor duração e maior eficiência Tendências atuais nas academias Os nichos do Fitness • Ioga • Pilates • Ciclismo indoor • Ballet Fitness • CrossFit • Treinamento Funcional • Treinamento Suspenso • Dança • Treinamento “militar” • Academias adaptadas • Academias só para mulheres • Academias com spas - Específicos - Menor custo - Mais eficiência - Profissionais mais especializados - Impacto visual Se a Ginástica Coletiva de Academias é uma tendência, por que tantos profissionais de Educação Física descartam esse mercado de trabalho? Pré-conceito! Preconceito Remuneração Ambiente fútil Ritmo e coordenação Vida útil Afinidade Outros... Perfil Profissional Competência - conjunto de Conhecimentos (SABER) Habilidades (SABER FAZER) Atitudes (QUERER FAZER) Perfil Profissional Competências Técnicas Comporta mentais 5/23/2019 3 História do Fitness 1970: Dr Kenneth Cooper – exercícios aeróbios. 1976-1984: Frenéticas (banda), Dancing Days, Baila comigo (novelas), Fama, Footloose (filmes) – dança como atividade física. Década de 70: Sorensen e Jacobson: “Aerobic Dance” e “Hookes on Aerobics”. 1982: Jane Fonda e seu programa “Workout”. 1980-1986: Ala Szerman (TV Mulher). Sua academia Ginastic Center inaugurada em 1967. Década de 80: explosão da Ginástica Aeróbica no Brasil. 1987: devido ao número de lesões, surge a Aeróbica de low impact. História do Fitness 1989: surge o Step. 1986-1990: lambaeróbica, Cardiofunk, Ritmos Latinos, Tae Bo. 1987: 1ª bike de ciclismo indoor – Johnny G – Spinning (1995). 1997: surgem no Brasil os programas Pré coreografados. 1998: regulamentação da profissão (CONFEF). 1998: Jump – no Brasil foi trazido por Cida Conti em 2001. Final da década de 90: Zumba. Anos 2000: Pilates, Treinamento Funcional, CrossFit, Ballet Fitness, entre outros. História do Fitness MUSICALIDADE Velocidade da música – BPM Nas aulas - CDs mixados por DJs Tempo forte da música = fase forte do movimento. Determinar na música Pulso Oitava musical Frase musical MUSICALIDADE PULSO = batidas = tempos - formado por tempos e contratempos OITAVA MUSICAL = 8 pulsos = 8 tempos - 1° tempo sempre mais forte 1 oitava 1 oitava MUSICALIDADE OITAVA MUSICAL 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 Contagem rápida Contagem lenta T + CT T 5/23/2019 4 MUSICALIDADE FRASE MUSICAL = 4 oitavas = 32 tempos 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 Contagem rápida = montagem de aulas Contagem lenta = instruções durante aula FRASE MUSICAL BLOCOS COREOGRÁFICOS São partes de uma coreografia simétrica - facilitam a memorização e o aprendizado. Se baseiam nas frases musicais. São simétricos. Podem ser: o BILATERAL ou BLOCO DE 32 TEMPOS o BLOQUINHO ou BLOCO DE 64 TEMPOS o BLOCÃO ou BLOCO DE 128 TEMPOS BILATERAL – BLOCO DE 32 TEMPOS 1 frase musical = 32 tempos = 16 D e 16 E 1 frase D E = D 16 tempos 16 tempos 32 tempos = 4 oitavas 1 frase 1 frase = D E D 32 tempos 32 tempos 64 tempos = 8 oitavas BLOQUINHO – BLOCO DE 64 TEMPOS 2 frases musicais = 64 tempos = 32 D e 32 E BLOCÃO – BLOCO DE 128 TEMPOS 4 frases musicais = 128 tempos = 64 D e 64 E = 1 frase E D D 32 tempos 32 tempos 32 tempos 32 tempos 128 tempos = 16 oitavas ESTILO DE AULAS COREOGRAFADAS LIVRE : O professor monta a coreografia usando o seu estilo e criatividade. PRÉ COREOGRAFADA: a coreografia já vem montada e o professor deve segui-la na integra. Ex: body systems. PRÓ COREOGRAFADA: a coreografia já vem montada porém em alguns trechos o professor pode fazer alterações. Ex: fit pró. 5/23/2019 5 AULAS COREOGRAFADAS SIMÉTRICAS • aeróbica • step • aero fight • jump ASSIMÉTRICAS • street • axé • ritmos Permanecer de frente para os alunos a maior parte do tempo (espelho) – melhor visualização, correção, comunicação, Permancer de costas para os alunos em giros, mudanças de direção ou para facilitar o entendimento; Permanecer de lado para os alunos para melhor visualização de movimentos específicos e para evitar constrangimentos. Instrução verbal: Orientação quanto ao movimento (direção, velocidade, intensidade, posicionamento, execução, quantidade, nomenclatura, correção) além de palavras de incentivo, Frases curtas e claras, poucas informações por vez, Antecipar as mudanças (mínimo 4 tempos musicais), Instrução verbal: Falar de modo geral sobre execução correta dos movimentos assim como possíveis erros, Modular o tom de voz (monotonia), Usar nomenclatura específica usando sempre o mesmo nome para determinado movimento. Instrução visual complemento das instruções verbais; mostrar – movimentos (certo e errado; de frente, lado ou de costas), - número de repetições, - a direção (frente, trás, direita, esquerda, diagonal, giro) gestos simples e lógicos, não combinar gestos Correção: • Em aulas corografadas ocorre de maneira mais individual. De forma geral é comum o professor anunciar o nome do passo antecipadamente para auxiliar os alunos. • Em aulas neuromusculares ocorre em 3 etapas: 1. Geral – fala-se e demosntra-se o certo e o errado. 2. Individual à distância – o prof. olha diretamente para o aluno e mostra seu erro, tentando corrigi-lo. 3. Cinestésico – através do toque 5/23/2019 6 dar atenção a todos alunos e não somente à “comissão de frente”; identificar alunos novos e orientá-los, manter a seriedade e respeito dosando o nível de intimidade, corrigir constantemente com sutilezae educação utilizando método verbal, visual ou cinestésico (cuidado com o “TOQUE”) perguntar o nome e explicar o objetivo da aula assim como o nível para qual é indicada; se for aula com sobrecarga, orientá-lo quanto ao peso a utilizar (ou não); instruí-lo a respeitar seus limites (condicionamento, nível articular); não executar no aquecimento movimentos de grande amplitude articular pois o aluno tentará copia-lo; dar sempre uma segunda opção para movimentos que exijam maior amplitude, maior consciência corporal, maior força, etc. corrigi-lo sem colocá-lo em evidência. CONSTRUÇÃO COREOGRÁFICA CONSTRUÇÃO COREOGRÁFICA: meio pelo qual tornamos eficazes e assimiláveis atividades estruturadas em coreografias. FASES DA CONSTRUÇÃO COREOGRÁFICA MONTAGEM COREGRÁFICA PROCESSO PEDAGÓGICO MONTAGEM COREOGRÁFICA Escolher os movimentos que farão parte da aula, combinando-os de forma segura e fluente, formando blocos coreográficos CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES: nível de aptidão dos alunos; duração da aula; nº de alunos em relação ao tamanho da sala; complexidade balanceada; intensidade balanceada; diferenciar os movimentos nos diversos blocos; fluência entre movimentos e entre blocos; escolha adequada dos movimentos. 5/23/2019 7 PROCESSO PEDAGÓGICO Meio através do qual o professor ensina a coreografia elaborada, do simples para o complexo, a fim de fazer com que todos os alunos assimilem os movimentos sem interrupção no trabalho cardiovascular. Podem ser: - adição - inserção - pirâmide - esqueleto - câmera lenta: aulas assimétricas aulas simétricas TÉCNICAS DE PROCESSO PEDAGÓGICO ADIÇÃO: Os movimentos são ensinados separadamente e depois somados, de preferência na ordem em que foram colocados no produto final. No momento da soma, determinar a quantidade de repetições de cada um. Ex no step: Ensinar só joelho Ensinar só básico 1 joelho + 1 básico OBS: todas as etapas do processo pedagógico devem somar 4, 8, 16 ou 32 tempos musicais! INSERÇÃO: Introdução direta de um passo entre outro que já foi ensinado e está sendo executado. Um passo é ensinado. Em seguida, sem que este seja interrompido, outro(s) passo(s) é(são) introduzido(s) entre aquele que já estava sendo executado. Ex na aeróbica: Ensinar só step touch Realizar 4 step touch e acrescentar 4 tchá tchá OBS: todas as etapas do processo pedagógico devem somar 4, 8, 16 ou 32 tempos musicais! TÉCNICAS DE PROCESSO PEDAGÓGICO TÉCNICAS DE PROCESSO PEDAGÓGICO PIRÂMIDE: sequência de movimentos que começa com um nº grande de repetições e vai reduzindo gradualmente até atingir a combinação desejada no produto final. Ex no step: 1ª etapa - passa D,E,D,E,D,E,D,E + 8 chutes alternados 2ª etapa - passa D,E,D,E + 4 chutes alternados 3ª etapa - passa D,E + 2 chutes alternados OBS: todas as etapas do processo pedagógico devem somar 4, 8, 16 ou 32 tempos musicais! TÉCNICAS DE PROCESSO PEDAGÓGICO ESQUELETO: estruturas pré-elaboradas contendo passos mais simples (pré-passos) que serão posteriormente modificados, podendo durar 16, 32 ou 64 tempos (estrutura para ambos os lados). O pré-passo deve ser similar ao movimento que se objetiva no produto final. Ex no step: 1ª etapa – 3 básicos + 1 joelho 2ª etapa – 2 V + 1 básico + 1 joelho 3ª etapa – 2 v + 1 reverso + 1 joelho OBS: todas as etapas do processo pedagógico devem somar 4, 8, 16 ou 32 tempos musicais! ERROS COMUNS NO PROCESSO PEDAGÓGICO Exigência muscular desequilibrada (dir/esq). Não dar ênfase à propulsões e posturas adequadas. Uso do “contra-pé”, principalmente em aulas de step. Construção muito distante do produto final. 5/23/2019 8 Acrescentar movimentos com os alunos de costas. Construção baseada excessivamente na informação verbal. Usar “câmera lenta” (exceto aulas de street) Posicionamento inadequado do professor. Não respeitar as frases musicais. ERROS COMUNS NO PROCESSO PEDAGÓGICO GINÁSTICA AERÓBICA • DEFINIÇÃO: atividade com objetivo cardiovascular, desenvolvida através de movimentos de baixo e alto impacto, unidos e combinados de forma fluente, formando coreografias. Surge no final da década de 70 – professoras Sorensen e Jacobson. • Alto impacto: exercícios em que existe uma fase aérea, onde os dois pés perdem, momentaneamente, o contato com o solo. Ex. polichinelo, saltito. • Baixo impacto: exercícios onde um dos pés mantém contato com o solo. Ex. step touch, marcha. PASSOS FUNDAMENTAIS . MARCHA – para frente, trás, diagonal, c/ giro . CORRIDA - para frente, trás, diagonal, c/ giro . ELEVAÇÃO DE JOELHO – simples, dupla, congelando, c/ giro, can can . STEP TOUCH OU ABRE/FECHA – simples, para frente, para trás, c/ giro . GRAPEVINE – simples, duplo, c/ giro, L para frente, escada . PASSO V . CHUTE FRONTAL – simples, para frente, c/ giro . CHUTE LATERAL – simples, duplo, c/ giro . CHUTE PARA TRÁS - simples, para trás, c/ giro . LUNGE– simples, duplo, quádruplo, c/ giro . SALTITO . MEIO POLICHINELO, POLICHINELO E POLICHINELO LENTO . POLISAPATO . TWIST . MAMBO , C/ TCHA TCHA . PIVÔ . TOQUE DE CALCANHAR – simples, duplo . FEMORAL OU CALCANHAR ATRÁS . SUPERMAN . TRANSFERÊNCIA DE PESO • EXERCÍCIOS NÃO RECOMENDADOS - Acima de 8 repetições com a mesma perna; - Polichinelo para frente; - Polissapato para frente; -Excesso de giros na coreografia e mais de dois giros consecutivos. • ASPECTOS IMPORTANTES NAS MONTAGENS DAS SEQUÊNCIAS - Respeitar o alinhamento articular; - Os exercícios devem ser contínuos, fluentes e de intensidade balanceada; - Priorizar a utilização de exercícios de baixo impacto; - As transições devem ser fluentes e seguras; - Diferenciar os movimentos e as figuras que compõem as sequências; - Explorar o espaço da sala. ESTRUTURA DA AULA -Aquecimento: 8 a 10 minutos. Composto por exercícios de alongamentos, balanceamentos, transferência de peso, marchas com objetivo de elevar gradativamente a FC e a temperatura corporal. -Parte principal: 35 a 40 minutos. Rotinas aeróbias compostas de habilidades motoras como andar, correr, saltitar, passos de dança, etc. Utilizam-se os blocos coreográficos. -Esfriamento: 3 a 5 minutos. Composto por exercícios de menor intensidade para diminuição da FC. Podem ser utilizados diferentes estilos musicais, como o street. -Alongamento: 3 a 5 minutos. Exercícios de alongamento para os grandes grupos musculares. 5/23/2019 9 STEP • Apoiar totalmente a sola do pé na plataforma ao subir e no chão ao descer; • Joelhos sempre levemente flexionados; • Leve projeção do tronco a frente durante a subida; • Altura do Step = nível de condicionamento físico e estatura; • Movimentos giratórios ou que mudam a abordagem realizados sobre um pé - propulsões; • Descer próximo ao Step; • Não subir e descer de costas para o Step; • Evitar saltar do Step para o chão. Cuidados - Step PRINCÍPIO DA PERNA PRONTA (PPP) Respeitar a movimentação natural (alternância do peso corporal) Facilitar a execução de diferentes passos combinados. Peso corporal na perna Direita = perna Esquerda “pronta” Pesocorporal na perna Esquerda = perna Direita “pronta” Peso corporal nas duas pernas (salto) = qualquer perna “pronta” Quando não se respeita o PPP, ou seja, quando o último pé que toca o solo no movimento de descida, retorna ao Step = caracteriza o ERRO! TAP TAP intrínseco – exceção à regra: para alunos iniciantes, apenas em movimentos realizados lateralmente ao Step. TAP PPP e TAP PASSOS DE STEP Perna líder: aquela que inicia um movimento no Step – primeiro toque no step. Ciclo: todos os tempos que completam o ato de subir e descer do Step em cada passo. Cada movimento do ciclo ocupa um tempo musical. Ciclos regulares: métrica é igual a 4, 8, 12 ou 16 tempos. Ciclos irregulares: qualquer métrica diferente dos ciclos regulares. Pares: 6, 10, 14. Ímpares: 3, 5, 7, 9 PASSOS DE STEP São classificados como: • Liderança simples – não permitem a troca natural da perna. Iniciam com uma perna e terminam com a outra. • Liderança alternada – passos que permitem a troca natural da perna, Iniciam e terminam com a mesma perna. 5/23/2019 10 - Passo básico: 4 tempos - Passo V: 4 tempos - Reversão: 4 tempos - Lunge frontal: 8 tempos - Pivô: 4 tempos - Mambo: 4 tempos - Samba: 4 tempos OBS: TODOS FORMAM CICLOS REGULARES Permitem o “tap” intrínseco (para iniciantes) - Passa: 4 tempos - Atravessa 4 tempos - Lunge lateral: 8 tempos - Montaria: 8 tempos - Passo T: 8 tempos - Meio giro: 4 tempos PASSOS DE LIDERANÇA SIMPLES PASSOS DE LIDERANÇA ALTERNADA - Elevação de joelho: 4 tempos - Calcanhar (femoral): 4 tempos - Abdução: 4 tempos - Quadril: 4 tempos - Chute: 4 tempos - Toque no chão: 4 tempos - Toque no step: 4 tempos - Galope: 4 tempos - Step touch: 8 tempos - Passo L: 8 tempos (com tap intríinseco) - Babe mambo: 3 tempos - Capoeira: 5 tempos Ciclos irregulares ímpares Duplos ou repetidor de 2 = 6 tempos (ciclo irregular par) Triplos ou repetidor de 3 = 8 tempos Construção de blocos Cada bloco deve conter número ímpar de movimentos EXECUTADOS de Liderança Alternada (LA) Movimentos de LS: somam tempos para compor o bloco. Movimentos de LA: somam tempos para compor o bloco e permitem a execução para os 2 lados. Construção de blocos Ao bloco construído dá-se o nome de Produto Final (PF). Composição da coreografia (aula) = vários blocos diferentes somados. O último passo de um bloco deve “fluir” com o primeiro passo do bloco seguinte. Evitar repetir o mesmo passo em diferentes blocos – dificuldade de memorização. Movimento LA LS Quantidade de tempos Duração total 1 montaria X 8 8 1 lunge lateral X 8 16 3 joelhos altern. X 3x4 = 12 28 1 básico X 4 32 Movimento LA LS Quantidade de tempos Duração total 3 básicos X 3x4 = 12 12 3 joelhos altern. X 3x4 = 12 24 1 capoeira X 5 29 1 babe mambo X 3 32 Exemplo de bloquinhos ESTRUTURA DA AULA AQUECIMENTO: de 7 à 10 minutos (para aulas de 60 min.) Os movimentos devem ser simples, de intensidade reduzida e de baixo impacto. Tempo: De 20 a 25 minutos (iniciantes) De 25 a 35 minutos (intermediários) De 35 a 45 minutos (avançados) PARTE PRINCIPAL: - Utilizar movimentos básicos e suas combinações; - Podem ser usados blocos bilaterais, bloquinhos ou blocões; - Utilizando sempre coreografias simétricas. 5/23/2019 11 ESTRUTURA DA AULA ESFRIAMENTO E ALONGAMENTO : De 3 a 5 minutos - Utilizar movimentos de intensidade menor – diminuição da FC (caracterizar a volta à calma); - combinar exercícios de subir e descer do step com exercícios no solo de baixo impacto; - Pode-se utilizar exercícios localizados, sendo mais comum exercícios abdominais, para compensar a região lombar. - Utilizar movimentos de soltura e alongamentos estáticos para alongar e relaxar a musculatura mais solicitada durante a aula. DEFINIÇÃO: Aula que enfatiza o trabalho cardiovascular simulando os movimentos das artes marciais (boxe, karatê, tae-kwon-do, etc.) com a utilização de golpes, socos, chutes, defesas e katas, podendo ou não ser coreografada. SOCOS: • jab • direto • cruzado • upper • hook CHUTES: • frontal • para trás • lateral • circular • jump kick COTOVELADAS: • lateral • para trás • para frente • ascendente • descendente • circular DEFESAS: • alta • baixa • para fora • para dentro Golpe de punho Joelhada Esquivas ESTRATÉGIAS DE AULA : • Aula coreografada, sem confronto utilizando seqüências curtas, ou seja, blocos bilaterais (32 tempos – uma frase musical para direita e esquerda). A utilização de bilaterais é recomendada para que não se combinem muitos movimentos, o que dificulta a memorização. ESTRATÉGIAS DE AULA: • Aula metade coreografada, sem confronto utilizando bilaterais e metade em duplas com luvas e manoplas. 5/23/2019 12 ESTRATÉGIAS DE AULA: • Aula não coreografada, com a utilização de movimentos avulsos e não combinados, sem ou com confronto, dependendo da disponibilidade de materiais. ESTRATÉGIAS DE AULA: • Aula em forma de circuito, com a utilização de movimentos característicos das artes marciais, independendo do material a ser utilizado. Exemplo de materiais: luvas, manoplas, step, corda, jump, Bob, etc BOB WAVE LUVAS SACOS DE PANCADA MANOPLA APARADOR DE CHUTE CORDA TETO-SOLO PUSHING BALL CONSIDERAÇÕES: A rotação do tronco e do quadril devem ser ensinadas e lembradas o tempo todo, justamente, para evitar lesões nos joelhos e tornozelos. O processo pedagógico da aula deverá ser mais enfatizado do que a coreografia em si (erros de execução). De preferência, nas duplas os alunos devem ter a mesma estatura, gênero e habilidade. CONSIDERAÇÕES: O aluno que está com as manoplas nunca deve elevar a mesma acima da linha dos ombros e deve manter-se em afastamento ântero- posterior. Os limites musculares e articulares devem ser respeitados, principalmente no que diz respeito à flexibilidade. o BPM a ser utilizado varia de 132 a 145. 5/23/2019 13 ESTRUTURA DA AULA: AQUECIMENTO: 8 a 10 min. Exercícios de alongamento estático e movimentos rítmicos específicos das artes marciais. É recomendado passar por alguns movimentos a serem utilizados na aula, explicando a movimentação correta. PARTE PRINCIPAL: 40 min. O trabalho a ser feito dependerá da estratégia a ser escolhida, ou seja, aula coreografada sem confronto, aula em circuito, aula com utilização de luvas e manoplas. PARTE FINAL: – 5 minutos utilizando exercícios de alongamento estático com ênfase na musculatura exigida na aula e soltura. DEFINIÇÃO: aula com características aeróbias, realizada com pequenos saltos, corrida estacionária e movimentos coreografados sobre uma mini cama elástica individual. CARACTERÍSTICAS DO APARELHO: Dimensões: 15 a 20 cm de altura 80 cm a 1 m de diâmetro Superfície elástica presa por tensores (molas) para absorção do impacto Lona super resistente - suporta até 150 Kg • Oequipamento deve ser usado por uma pessoa por vez. • Usar tênis apropriado (não necessário amortecimento). • Não pisar nas bordas. • Colocar o aparelho a 2m de distância de objetos e paredes. • Verificar se os pés do jump estão firmes e bem rosqueados. • Subir e descer de frente para o Jump. • Sempre empurrar a lona, nunca saltar! CUIDADOS CUIDADOS • Urinar antes do início da aula. • Mulheres: usar top reforçado. • Homens: usar sunga. • Se hidratar durante a aula. • Não intercalar movimentos no solo e no Jump. gestantes instabilidade articular (joelhos e tornozelos) labirintopatia severa hérnia de disco e hérnia inguinal CONTRA INDICAÇÕES ALINHAMENTO CORPORAL • Manter os pés afastados na largura dos ombros. • Apoiar a sola do pé na lona, com ênfase nos calcanhares. • Realizar as aterrissagens com os joelhos semiflexionados. • Manter o tronco ereto nos apoios alternados e levemente inclinado à frente nos apoios simultâneos. • Braços ajudam a dar equilíbrio e impulsão. 5/23/2019 14 Movimentos da 1ͣ família: são executados com transferência constante de peso de um pé para o outro. Exigem maior consciência cinestésica. Possuem menor intensidade. Tap Pré-corrida Step touch Corrida (joelho 45˚) Tcha tcha Hop (joelho 90˚) Cowboy baixo Femoral Cowboy alto Joelho Hip hop ou galope Sprint Calcanhar à frente Sprint 1, 2, 3 Corrida aberta (atlética) Congelados ELEMENTOS COREOGRÁFICOS ELEMENTOS COREOGRÁFICOS Movimentos da 2ͣ família: executados com o apoio simultâneo de ambos os pés sobre a lona. Demandam menor equilíbrio. Possuem maior intensidade. Passo básico ou pulso Twist Polichinelo Lateral ou cangurú Polissapato ou tesoura Pliométricos As aulas de Jump podem ter de 30 a 45 min de duração sendo: AQUECIMENTO: ± 5 min. Dividido em duas partes: • no solo, com movimentos simples, globais, articulares específicos e com alongamento de MMII. • sobre o trampolim passando por alguns movimentos que serão utilizados na aula, enfatizando o nome de cada. Sempre iniciar por movimentos de apoio alternado. PARTE PRINCIPAL: 138 a 142 bpm Pode ser através de: Sequências criadas sobre a estrutura musical. Sequências criadas sobre a melodia da música. Nesse caso cada música terá sua própria coreografia. ESTRUTURA DA AULA ESFRIAMENTO E ALONGAMENTO: 5 min. Inicia-se sobre o Jump e termina no solo. No Jump a aula deve ser finalizada com movimentos de apoio alternado, Os movimentos devem ser simples. Em seguida descer do Jump e realizar alongamentos específicos para MMII e TRONCO (lombar), pois são as regiões mais solicitadas durante a parte principal da aula. Pode-se realizar abdominais após esfriamento e, em seguida, exercícios de alongamento. ESTRUTURA DA AULA SEQUÊNCIAS SOBRE A MELODIA • Podem ser usadas músicas avulsas. • Cada música terá sua própria coreografia baseada em sua melodia. • Mapear a música escolhida. • Escolher movimentos que “casem” com a melodia (intensidade). • Não usar muitos movimentos diferentes em uma música e variar os movimentos nas demais músicas da aula. • Balancear a intensidade dos movimentos de uma música e das coreografias das músicas da aula. COMO MAPEAR A MÚSICA? • Escolher uma música com BPM adequado. • Identificar as partes mais e menos intensas da música assim como o refrão, se existe ou não parte apenas instrumental. • Anotar a quantidade de tempos de cada “fase” diferente da música. • Verificar se determinada “fase” se repete, assim como o refrão. • Escolher alguns movimentos para compor a música e colocá- los na “fase” que mais combina com ele (intensidade). • Normalmente no refrão alguns movimentos ensinados anteriormente na própria música são combinados, formando uma sequência. 5/23/2019 15 GINÁSTICA LOCALIZADA O que se deve levar em consideração ao montar uma aula de ginástica localizada? É uma forma de treinamento, certo? Portanto deve-se respeitar os Princípios do Treinamento! Princípios do Treinamento • Individualidade biológica Diz respeito às diferenças existentes entre as pessoas quanto à carga genética (genótipo) e às experiências adquiridas após o nascimento (fenótipo). (Dantas, 1997) Adequar a carga, fazer adaptações, mudar amplitude. Adequar volume? Princípios do Treinamento • Da adaptação e da sobrecarga progressiva Preconiza que se aplique aumento progressivo na carga de trabalho, a partir do momento em que o indivíduo adapta-se a essa carga para a melhoria da aptidão física. Para que o estímulo seja forte o suficiente, além da alteração da carga, é possível mudar amplitude, alavanca, volume. Princípios do Treinamento • Volume X Intensidade Não basta aumentar carga e diminuir repetições: levar em consideração a ordem dos exercícios, afinal a pausa é ativa! V o lu m e In ten sid ad e Nº de repetições Nº de séries Nº de exercícios totais Nº de exercícios por grupamento Carga (KG) Descanso Velocidade Amplitude 5/23/2019 16 Princípios do Treinamento • Da continuidade Os efeitos do treinamento são transitórios e reversíveis. É preciso manter frequência satisfatória para obter benefícios. Divisão dos grupamentos em diferentes aulas? Princípios do Treinamento • Da especificidade Escolha correta dos exercícios aplicados. EFICIÊNCIA X SEGURANÇA Para incluir um exercício em sua aula... • Estou trabalhando o grupo muscular planejado? • Existem pontos de stress nesse movimento? • A maioria dos alunos é capaz de executar? • Posso modificar esse movimento para tirar o ponto de stress (adaptá-lo)? AFAA (Aerobics and Fitness Association of America) Feita a escolha dos exercícios, como organizá-los na aula? RML FORÇA OU Determinação dos objetivos Volume X Intensidade Análise biomecânica Sobrecarga muscular Sobrecarga articular Escolha dos exercícios e da ordem de execução Pensar na fluência entre planos – otimização do tempo 5/23/2019 17 • volume = RML Sobrecarga muscular •RML ou Força? Sobrecarga articular • intensidade =,Força Ausência destas sobrecargas É como o professor organiza os exercícios em sua aula, ou seja, como faz a disposição dos mesmos. A escolha do método influenciará diretamente os objetivos da aula, assim como a intensidade e o volume utilizados nos exercícios. Costa (2001) Métodos de Treinamento ou Formas de Montagem 1) ALTERNADO POR SEGMENTO: alternância entre os segmentos corporais que dessa maneira, não se repetem sucessivamente. Ex.: 1º Exercício para deltóide (MMSS) 2º Exercício para quadríceps (MMII) Métodos de Treinamento ou Formas de Montagem Sem sobrecarga articular ou muscular = ideal para Força 2.1) LOCALIZADO POR SEGMENTO SIMPLES: solicitação sucessiva de um mesmo segmento onde ocorre alternância entre grupamentos musculares e articulações desse segmento. Ex: 1º - rosca simultânea 2º - elevação lateral 3º - agachamento 4º - abduçãodo quadril Métodos de Treinamento ou Formas de Montagem Sem sobrecarga articular ou muscular = ideal para Força Sobrecarga muscular e articular = ideal para RML 2.2) LOCALIZADO POR SEGMENTO DIRETO: seleciona-se no mínimo dois exercícios que trabalhem o mesmo grupo muscular, de preferência com tipos de pegadas e solicitações diferentes. Ex: 1º - agachamento 2º - afundo Métodos de Treinamento ou Formas de Montagem 2.3) LOCALIZADO POR SEGMENTO AGONISTA-ANTAGONISTA: estimula o trabalho consecutivo de dois grupos musculares antagônicos. Ex: 1º - rosca alternada 2º - tríceps francês 3º - abdução do quadril 4º - adução do quadril Métodos de Treinamento ou Formas de Montagem Sobrecarga articular = sem objetivo específico 5/23/2019 18 2.4) LOCALIZADA POR SEGMENTO PRÉ- EXAUSTÃO: permite solicitação isolada de um grupo muscular para depois se realizar um outro exercício com solicitação associada desse grupo muscular com outro músculo (uniarticular e em seguida multiarticular). Ex.: 1º - crucifixo 2º - supino Métodos de Treinamento ou Formas de Montagem Sobrecarga muscular e articular = ideal para RML 2.5) LOCALIZADA POR SEGMENTO COMPLETO POR ARTICULAÇÃO: explora todos os movimentos permitidos por determinada articulação de forma sequencial. Ex: 1º - agachamento 2º - extensão do quadril 3º - abdução do quadril 4º - adução do quadril Métodos de Treinamento ou Formas de Montagem Sobrecarga articular e muitas vezes muscular = ideal para RML 3) COMBINADO: combinações entre MMSS ou entre MMII ou ainda entre MMSS e MMII. Ex: Entre MMSS: rosca bíceps direta + flexão de ombro (90°) Entre MMII: extensão de quadril +flexão de joelho Entre MMSS e MMII: agachamento + rosca bíceps direta Entre tronco e MMII: abdução de quadril em decúbito dorsal + flexão de coluna Entre tronco e MMSS: crucifixo + flexão da coluna com braços elevados. Métodos de Treinamento ou Formas de Montagem Os movimentos podem ser sequenciais ou simultâneos ESTRUTURA DA AULA BPM: ± de 120 à 130. PARTE INICIAL: 5 a 7 minutos Movimentos globais que proporcionam aquecimento articular e muscular; Movimentos de fácil execução que simulem os movimentos da parte principal da aula; Alongamentos dinâmicos e estáticos; Sem deslocamento, coreografia ou materiais. PARTE PRINCIPAL: 45 a 50 minutos Trabalhar os grupamentos musculares com ou sem sobrecarga externa (determinar objetivo e material). Aproveitar o máximo o material escolhido. Pensar na otimização da aula através de transições fluentes (entre exercícios e planos). Para periodização (divisão de grupamentos musculares) levar em consideração o intervalo que existirá entre um estímulo e outro. Opção: enfatizar determinados grupamentos e aplicar pequeno estímulo para os demais. ESTRUTURA DA AULA PARTE FINAL: 5 minutos Alongar estaticamente os principais grupos musculares solicitados durante a aula. Pode-se incluir movimentos de soltura. Lembrar que os exercícios não tem como objetivo ao aumento da flexibilidade. ESTRUTURA DA AULA 5/23/2019 19 Instrução Verbal e Visual 1. Determinar material 2. Descrever a posição inicial 3. Informar a execução 4. Executar na velocidade desejada 5. Todos começam a execução 6. Iniciar processo de correção. • TRADICIONAL: voltada para o trabalho de RML, utilizando maior volume e menor intensidade. • SERIADA: voltada para o trabalho de resistência de força, utilizando menor volume para cada grupo muscular e maior intensidade por meio de séries. • CIRCUITADA: voltada para o trabalho de RML ou de resistência de força, utilizando diferentes estações. Variação na Estratégia da Aula 1X1: 4 pulsos por repetição (2 na fase concêntrica e 2 na excêntrica) = 8 repetições por frase musical 2x2: 8 pulsos por repetição (4 na fase concêntrica e 4 na excêntrica) = 4 repetições por frase musical 3x1: 8 pulsos por repetição (6 na fase concêntrica e 2 na excêntrica) = 4 repetições por frase musical 1x3: 8 pulsos por repetição (2 na fase concêntrica e 6 na excêntrica) = 4 repetições por frase musical 4x4: 16 pulsos por repetição (8 na fase concêntrica e 8 na excêntrica) = 2 repetições por frase musical Variação na Velocidade Variação nas repetições e/ou carga • Estável: manter número de repetições e carga entre as séries. • Crescente ou Progressiva: aumentar número de repetições ou carga entre as séries. • Decrescente ou Regressiva: diminuir número de repetições ou carga entre as séries. • Crescente-Decrescente ou Progressiva- Regressiva: aumentar e diminuir número de repetições ou carga entre as séries. • Positvo/negativo: mesma velocidade para concêntrica e excêntrica – 1x1, 2x2, 4x4. • Positivo/negativo parciais (curtinho): mesma velocidade para concêntrica e excêntrica, porém com amplitude reduzida. • Positivo/negativo com ênfase na fase concêntrica: 3x1. • Positivo/negativo com ênfase na fase excêntrica: 1x3. • Isométrico. Variação na forma de execução 5/23/2019 20 Alongamento Flexibilidade: Máxima amplitude voluntária em uma ou mais articulações, sem lesioná-las. Alongamento: Exercícios físicos solicitados de uma tensão própria ou externa para deformação do tecido conjuntivo com objetivos de manter e/ou desenvolver a flexibilidade. ALONGAMENTO - FLEXIBILIDADE Como o músculo responde ao alongamento? O alongamento inicial ocorre no tendão e a tensão aumenta agudamente Ocorre um deslizamento brusco dos sarcômeros (se cedem) Quando a força de alongamento é liberada, cada sarcômero retorna ao seu comprimento de repouso Sarcômeros: compõe as miofibrilas, sendo a unidade contrátil destas, compostos pelos filamentos protéicos de actina, miosina e titina (responsável por sua elasticidade). TITINA • Proteína localizada no sarcômero responsável pela elasticidade deste e por manter a miosina no centro do sarcômero • Estende-se da linha Z até a linha M (a parte da titina ligada à miosina é rígida, enquanto que a parte ligada a linha Z é elástica) • A linha Z, por seu formato sanfonado, consegue adaptar-se, contribuindo para a elasticidade do sarcômero O aumento da amplitude pode ser conquistado através de: Alongamento aumento da extensibilidade muscular Sarcomerogênese é a geração de sarcômeros adicionais da própria fibra (em série) ALONGAMENTO E FLEXIBILIDADE • Importante: O sistema muscular é plástico e elástico Plástico porque tem capacidade de assumir uma maior extensão, após o exercício de alongamento. Elástico porque tem capacidade de retornar a extensão de repouso, após o exercício de alongamento. 5/23/2019 21 CONSIDERAÇÕES Deformações plásticas – dependentes da intensidade e da frequência do alongamento! FREQUÊNCIA: mínimo de 2 a 3 dias/semana. INTENSIDADE: até posição de leve desconforto. DURAÇÃO: ± 30 seg – estático (alguns autores indicam até em média 2 min). REPETIÇÃO: 3 a 4 para cada exercício de alongamento. TECIDO CONJUNTIVO Mistura-se por todo corpo e entrelaça-se com o músculo (existem vários tipos de tecido conjuntivo presente em ligamentos, tendões, cápsulas articulares, fásicas e pele.) Formado por fibraselásticas (mais elasticidade) e fibras de colágenos (mais resistência) Estruturas com mais colágeno – mais resistentes e menos flexíveis (tendões, ligamentos) Estruturas com menos colágeno – mais elásticas e menos resistentes (músculos, fáscias, cápsula articular) PROPRIOCEPÇÃO Termo utilizado para indicar a posição e o movimento do corpo e suas partes, assim como as forças e as pressões que sofrem. É a sensação do movimento. Magill (1990) Proprioceptores órgãos especializados para transmitir essas informações sensitivas para o SNC. Encontrados nos músculos (fuso muscular), tendões (órgão tendinoso de Golgi) e nas articulações. PROPRIOCEPTORES FUSO MUSCULAR: ativado sempre que o músculo é alongado, desencadeando processo reflexo de contração muscular (reflexo de alongamento). Função: identificar, responder e controlar as modificações existentes no comprimento das fibras musculares além de controlar o tônus muscular PROPRIOCEPTORES OTG: localizam-se nas junções musculotendinosas. Quando estimulados, desencadeiam uma inibição dos motoneurônios do músculo em contração, causando o relaxamento muscular. Função: detectar a tensão causada pela contração muscular. FLEXIBILIDADE ATIVA ESTÁTICA DINÂMICA PASSIVA ESTÁTICA DINÂMICA (Weineck, 1991; Monteiro, 2006) MANIFESTAÇÕES DA FLEXIBILIDADE 5/23/2019 22 Flexibilidade ativa: maior amplitude possível de movimento que um indivíduo pode realizar por causa da contração dos músculos agonistas e do alongamento dos antagonistas, que ocorre paralelamente. Pode ser estática ou dinâmica. Flexibilidade passiva: maior amplitude possível de movimento que o indivíduo pode alcançar sob ação de “forças externas”, como parceiro, aparelhos, ação da gravidade, etc. Pode ser estática ou dinâmica. MANIFESTAÇÕES DA FLEXIBILIDADE A flexibilidade passiva é sempre maior que a ativa. Essa diferença de amplitude de movimento gera o que os autores denominam reserva da flexibilidade. (Monteiro, 2006; Achour Jr, 2009) MANIFESTAÇÕES DA FLEXIBILIDADE BALÍSTICO: é uma sequência de alongamento ativo com várias insistências de movimento, usando a força muscular dos agonistas. Está geralmente associado com movimento de balança, saltos, ricochetear e movimentos rítmicos. Podem aumentar a tensão no músculo que está sendo alongado além de permitir ganho inferior de flexibilidade. Pode ser utilizado como aquecimento para uma atividade física em função de elevação da temperatura corporal. (HEDRICK 2000) MÉTODOS DE DESENVOLVIMENTO DA FLEXIBILIDADE FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA – FNP: promovem o relaxamento muscular pela estimulação dos proprioceptores. É a combinação de contração e relaxamento alternados dos músculos agonistas e antagonistas, visando a inibição do fuso muscular e a ativação do OTG. Se apresenta superior aos demais, em função das conquistas neurofisiológicas e pelas propriedades viscoelásticas atingidas pela unidade músculo-tendão-fáscia. (BURKE 2000) MÉTODOS DE DESENVOLVIMENTO DA FLEXIBILIDADE • Início: Utilizar movimentos respiratórios, de soltura e de mobilização. • Desenvolvimento: Nesta fase são ensinados os exercícios de alongamento. • Utilizar ordem gradativa de intensidade. • Abordar os principais grupamentos musculares (MMSS, MMII e tronco). • Dar atenção especial a postura. • Buscar a fluência entre os exercícios. • Utilizar sequências de exercícios • Final: Finalização e Relaxamento: utilizar exercícios de soltura (atenção ao trapézio), respiratórios e alongamentos da região lombar. ESTRUTURA DA AULA individuais com ou sem material em duplas com ou sem material individuais com automassagem em duplas com técnicas de massagem individuais com técnicas de relaxamento ESTRATÉGIAS DE AULAS 5/23/2019 23 RECOMENDAÇÕES • Mais importante que a amplitude que se alcança é a postura correta para execução do exercício • Sempre permitir adaptações dos exercícios quando necessário • Ao se optar pela utilização de algum material, deve-se explorá-lo ao máximo • Aulas em duplas devem ser anunciadas com antecedência e durante a aula o professor deve enfatizar o respeito aos limites de amplitude • Músicas podem ser utilizadas nas aulas para facilitar o relaxamento CIRCUITO (Condicionamento Físico Total) CIRCUITO DEFINIÇÃO: Método que enfatiza a distribuição dos exercícios em estações. Pode ser: AERÓBIO (cardiovascular) LOCALIZADO (neuromuscular) MISTO (cardio e neuro) ESTRUTURA DA AULA Aula de 60’: Aquecimento= 7 a 10min. Parte principal= 45min (+ ou – 40’ devido às trocas) Alongamento: 5min. ESTAÇÕES O número de estações é livre, no entanto é inversamente proporcional ao tempo de permanência em cada estação. Ex: 4 est x 10’ ou 9’ 5 est x 8’ ou 7’ 6 est x 6’ ou 7’ 8 est x 5’ 10 est x 4’ CARACTERÍSTICAS DA AULA estabelecer antecipadamente a estratégia da aula; saber aproximadamente o nº de alunos; permanecer 1 minuto em cada exercício; evitar estações com mudanças bruscas de plano de movimento; 5/23/2019 24 mostrar o exercício seguinte antes de trocar e fazer a troca simultânea; tentar visualizar todos os alunos na hora da troca; se utilizar uma estação com step na altura máxima, não ultrapassar 138 bpm; utilizar cornômetro; CARACTERÍSTICAS DA AULA CARACTERÍSTICAS DA AULA o 1º exercício de cada estação não deve ser unilateral; se o objetivo é trabalho aeróbio, o tempo mínimo da estação deve ser de 3 minutos; em circuitos mistos, de preferência utilizar como estratégia 1x1;2x1;2x2;3x2. variar materiais, estratégias, “figuras” e exercícios. MATERIAIS UTILIZADOS Step Corda Bola suiça Halter Tornozeleira Barra Anilha Escadinha Bastão Jump Elástico Medicinebol Bob Luvas Manoplas Saco de bater Kettlebell Bosu Cone Colchonete, etc Cibele Calvi Anic Ribeiro Histórico 1883 – ALEMANHA Criança com doenças respiratórias Atleta aos 14 anos Autodidata Joseph Hubertus Pilates (Joe) 5/23/2019 25 Conceito Método de condicionamento físico, baseado em técnicas orientais e ocidentais, que procura integrar o corpo e a mente, através de exercícios físicos que podem ser executados tanto no solo como em aparelhos específicos, com ou sem manipulações. Conceito “Contrologia”: A arte do controle. Equilíbrio mente-corpo. A completa coordenação de corpo, mente e espírito. Sistema de exercícios que utiliza princípios específicos para promover o equilíbrio entre corpo e mente desenvolvendo também corpos fortes e flexíveis. (PILATES, 1934) Objetivo Proporcionar aos praticantes um aprofundamento na compreensão de seus corpos, fazendo com que estes sejam usados nas atividades diárias de forma mais eficiente, com melhor performance viabilizando uma melhor qualidade de vida. Objetivo CORPO PRATICANTE CORPO FÍSICO CORPO MENTAL CORPO ESPIRITUAL INTEGRAÇÃO Aplicação do Método/Benefícios PRINCÍPIOS DO PILATES CONCENTRAÇÃO RESPIRAÇÃO CENTRALIZAÇÃO CONTROLE PRECISÃO FLUIDEZ 5/23/2019 26 CONCENTRAÇÃO Esse princípiodireciona a mente ao controle do corpo; A atenção completamente voltada na execução do exercício e se dirige ao aprendizado motor; A concentração em cada movimento do corpo proporciona um aumento da PROPRIOCEPÇÃO. Na execução dos exercícios, ciclos respiratórios devem ocorrer para ativar o centro de força e permitir a renovação de ar dos pulmões. A respiração é toráxica e lateral. Por regra, expira-se sempre no maior esforço. Facilita a ação dos músculos estabilizadores e promove o RELAXAMENTO da musculatura não necessária. RESPIRAÇÃO CENTRALIZAÇÃO Este princípio estabelece a base do tronco (power house) como nosso centro de força e equilíbrio. Compreende os músculos que formam a estrutura de suporte entre as cinturas escapular e pélvica. “Os exercícios do Método Pilates concentram-se em fortalecer este centro, visando estabilizar o tronco e proporcionar uma melhor postura, além de cooperar na prevenção de dores e outros males.” GALLAGHER & KRYZANOWSKA, (2000) O praticante deve ter total controle de seu corpo, conhecendo e respeitando as suas limitações, buscando vencê-las para atingir a perfeita execução de cada movimento; Os movimentos devem ser executados de forma controlada e dentro de um padrão postural adequado (até em pequenos detalhes como nos dedos, cabeça, entre outros); Com o controle de centro é possível estabilizar a coluna, preservando suas curvaturas fisiológicas normais. CONTROLE Este princípio indica que na execução dos exercícios os movimentos devem ser executados de forma precisa decifrando–se a cada gesto motor a(s) articulação(ões) envolvida(s) e o grupo muscular responsável pelo movimento. A precisão no movimento é um fator muito importante. Manter a correta colocação das partes do corpo é fator determinante para nossa saúde e bem estar, e está intimamente relacionada a nossa postura. Para que isso aconteça, a mente deve estar alerta a cada movimento. (PILATES & MILLER, 1998) PRECISÃO Os movimentos não têm início nem fim. Desta forma, o exercício aproveita tanto a fase concêntrica como a fase excêntrica do movimento, resultando num treino equilibrado e funcional. A ideia é criar um padrão de movimentos graciosos e evitar mais movimentos mecânicos associados com os exercícios mais tradicionais. “A movimentação parte de um centro fortalecido e flui para as extremidades com refinamento, sem movimentos rígidos, não muito rápidos nem muito lentos, mas com controle e suavidade.” (FRIEDMAM E EISEN, 1980 apud PANELLI e DE MARCO, 2006) FLUIDEZ 5/23/2019 27 Organização Postural RESPIRAÇÃO POSICIONAMENTO DA PELVE POSICIONAMENTO DA CAIXA TORÁCICA ESTABILIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DA CINTURA ESCAPULAR POSICIONAMENTO DA CABEÇA E COLUNA CERVICAL Estrutura de aulas (específico do método) Início: Fase de preparação do corpo para os exercícios específicos. Momento de propor a integração do corpo e da mente. Desenvolvimento: Fase de alcançar o objetivo proposto. Final: Volta a calma. Fase de relaxamento.
Compartilhar