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OPERAÇÕES UNITÁRIAS AULA 7- Teórica DESTILAÇÃO FRACIONADA Prof.ª: Patrícia Cardoso Bastos 01 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO – FRACIONADA • Realização em estágios nos quais duas correntes em contracorrente (L –V) em contato produzem duas outras correntes cujas composições diferem das originais • Ocorrem vaporizações e condensações sucessivas. • Equipamento de menor custo conhecido como coluna de fracionamento. • Multi -componentes com pontos de ebulições diferentes. • Vapor: enriquecido nos componente mais voláteis. • Líquido: enriquecido nos componente menos voláteis. • Opera em batelada ou continuamente. • Temperatura é uma importante variável de processo. 03 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO FRACIONADA • Trabalha-se em diferentes temperaturas ao longo da torre. 03 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO • Recipiente cilíndrico contendo uma série de pratos/recheios internos ( Sub- divisões). • Circulação do vapor e líquido em contracorrente. • Transferência de massa e calor entre as duas fases. https://www.youtube.com/watch?v=BaBMXgVBQKk 16 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO FRACIONADA Zonas do destilador: Zona de stripping ou esgotamento: • estágios nos quais a concentração de componentes menos voláteis estão na corrente líquida. • encontra-se abaixo do ponto de alimentação. Zona de retificação ou enriquecimento: • estágios nos quais a concentração dos componentes mais voláteis estão na fase vapor. • acima do prato de alimentação. 05 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO FRACIONADA 06 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO FRACIONADA • ALIMENTAÇÃO ENTRA NA COLUNA COM OS COMPONENTES A SEPARAR MAIS OU MENOS NO MEIO DA COLUNA. • A ALIMENTAÇÃO PODE SER LÍQUIDA, VAPOR OU UMA MISTURA DOS DOIS. 07 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO FRACIONADA 08 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO FRACIONADA Condensador: • Localizado no topo da coluna (destilador) • Condensa o vapor proveniente da coluna vapor composto majoritariamente pelo componente mais volátil. • Equipamento que promove o refluxo através da coluna. DESTILADO: Produto Final obtido com a maior concentração do componente mais volátil também chamado de PRODUTO DE TOPO. REFLUXO: Parte do condensado reenviado para o prato superior na coluna como líquido 09 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO FRACIONADA CONDENSADOR: • Razão de refluxo (RR): razão entre Refluxo e Destilado RR = Refluxo (L) Destilado(D) 10 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO FRACIONADA 11 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO FRACIONADA REVAPORIZADOR/REVERVEDOR/CALDEIRA: • Vaporiza parte da corrente de líquido da base (resíduo) que sai da coluna • Retorna vapor para o prato inferior da coluna • Fornece a energia ( calor) utilizada para proporcionar a transferência de massa • Liquido não vaporizado= Resíduo também chamado de PRODUTO DE FUNDO. 03 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO – Funcionamento Partida Operacional da Torre • Vapor vai subindo ao longo da torre e entra em contato com um prato ( Seções) que esta com uma temperatura ambiente . Devido a diferença de temperatura o vapor perde calor latente, eleva a temperatura do prato e condensa todo ou uma parte e retorna para a parte inferior da torre . • O novo vapor que sobe já encontra um prato com uma temperatura superior fornecendo novamente calor para elevar a temperatura do prato porém nem todo o vapor é condensado. Alguns componentes mais voláteis sobem pela coluna. 03 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO – Funcionamento Partida Operacional da Torre • Esse processo continua até o momento em que a temperatura do vapor se iguala ao do prato. • Dessa forma o vapor que atinge a parte superior da torre apresenta a menor temperatura e é composta pelos componentes mais voláteis porém com menor grau de pureza desejado. NECESSIDADE DE TRANSFERENCIA DE MASSA PARA AUMENTAR A PUREZA 03 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO – Funcionamento Partida Operacional da Torre • Todo vapor gerado é condensado e retornado a torre na parte superior (REFLUXO). • Assim o vapor que sobe tem contato com um líquido que desce. • O líquido que desce apresenta uma quantidade maior de produto volátil que a alimentação ao entrar em contato com o vapor( maior temperatura) os componentes voláteis são transferidos a ele. • O vapor que sobe ao entrar em contato com o líquido condensa parte dos componentes menos voláteis e são incorporados ao líquido. 03 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO – Funcionamento Partida Operacional da Torre • Assim, após o sistema atingir a condição estacionária ( produto final atingir a pureza desejada e temperaturas fixas em cada ponto da torre) é definido o refluxo para o processo. • Cada temperatura do estágios referem-se as temperaturas de Bolha/Orvalho do sistema estudado. 03 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO – Funcionamento TEMPERTURA 12 DESTILAÇÃO COLUNA DE DESTILAÇÃO FRACIONADA FUNCIONAMENTO ANDAR TEÓRICO Realização em estágios nos quais duas correntes (L –V) produz duas outras correntes cujas composições diferem das originais ( ATINGEM UM ELV). 13 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA PROCESSO • Em cada andar da coluna promove-se o contato íntimo entre as fases líquido e vapor. O vapor condensa parcialmente em cada andar e por sua vez ocorre também a vaporização parcial da corrente líquida. O COMPONENTE MENOS VOLÁTIL CONDENSA MAIS QUE O MAIS VOLÁTIL , ENQUANTO QUE O MAIS VOLÁTIL VAPORIZA MAIS QUE O MENOS VOLÁTIL. CORRENTE LÍQUIDA: ENRIQUE DO COMPONENTE MENOS VOLÁTIL QUANDO DESCE DA COLUNA ENQUANTO O VAPOR ENRIQUECE NO MAIS VOLÁTIL AO SUBIR DA COLUNA. 24 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA- PRATOS E RECHEIOS • Realização em estágios nos quais duas correntes (L –V) produz duas outras correntes cujas composições diferem das originais ( ATINGEM ELV). • Em cada andar da coluna promove-se o contato íntimo entre as fases líquido e vapor. PRATOS Prato em malha Prato Borbulhador Pratos e recheios Pratos Recheios 25 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA- PRATOS E RECHEIOS PRATOS • CANAIS DE DESCIDA ( DOWNCOMER)- LÍQUIDO • ÁREA ATIVA DO PRATO- VAPOR • LÍQUIDO NÃO PASSA PELA BANDEJA DEVIDO A PRESSÃO DO VAPOR SOB A BANDEJA. VAPOR CONDENSAÇÃO DOS COMPOSTOS MENOS VOLÁTEIS. LÍQUIDO VAPORIZAÇÃO DOS COMPOSTOS MAIS VOLÁTEIS. TRANSFERE CALOR RECEBE CALOR 27 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA- PRATOS E RECHEIOS PROBLEMAS OPERACIONAIS RELACIONADOS AOS PRATOS: 1. GOTEJAMENTO: Ocorre quando a velocidade da corrente ascendente do vapor se torna muito baixa , permitindo que o líquido caia por entre os orifícios dos pratos. 2. JET FLOODING: arraste do líquido pelo vapor. O líquido do prato inferior vai contaminar o prato superior com compostos menos voláteis . Reduzindo a eficiência do processo. 28 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA- PRATOS E RECHEIOS RECHEIOS Os recheios são peças sólidos utilizadas para aumentar o contato entre líquido e vapor. NÃO É UM PROCESSO EM VÁRIOS ESTÁGIOS. CONTATO CONTÍNUO LIQUIDO-VAPOR 12 DESTILAÇÃO BALANÇO DE MASSA • Por convenção o estágio 1 é definido como o topo da torre. • Em cada estágio (n) tem-se o contato de um líquido proveniente do estagio superior (n-1) que apresenta menor temperatura com o vapor proveniente do estágio inferior ( n+1) de maior temperatura. 23 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA- BALANÇOS GLOBAIS 14 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA EXEMPLO 1 No processo de destilação apresentado abaixo a alimentação tem uma mistura de 390 kg/h (MM= 78 Kg/kmol) de benzeno, 460 Kg/h ( MM 92 Kg/kmol) de tolueno. O destilado tem a composição molar de 10% ( molar) de tolueno e, na base , a composição de saída é de 80% (molar) em tolueno. Além disso , a razãode refluxo é 3. O refluxo na coluna em kmol/h, e a composição dessa corrente em % ( molar), são respectivamente: a) 4,3 e 10% em tolueno b) 4,3 e 90% em benzeno c) 12,9 e 10% em tolueno d) 12,9 e 10% em benzeno e) 12,9 e 50% em benzeno 15 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA EXEMPLO 1 Benzeno- 390 Kg/h Tolueno- 460 Kg/h 0,1 Tolueno (base molar) 0,9 Benzeno (base molar) 0,8 Tolueno (base molar) 0,2 Benzeno (base molar) RR= =3 F V L 16 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA EXEMPLO 1 PASSO 1) Definir as composições molares. A composição será a mesma do destilado ( Benzeno= 0,9 e Tolueno= 0,1) uma vez que ambas saem do mesmo vaso , sendo separadas por uma válvula. 17 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA EXEMPLO 1 PASSO 2) Transformação da base mássica em base molar. Mols de Tolueno= Mols de Tolueno= ALIMENTAÇÃO TOTAL ( F)= 10 kmol/l 18 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA EXEMPLO 1 PASSO 3) Definir a vazão molar de Vapor no topo BALANÇO GLOBAL: 1) F=D+B BALANÇO EM TERMOS DE UM COMPONETE 2) FxT= DXT + BXT Volume de controle 19 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA EXEMPLO 1 BALANÇO GLOBAL: 1) F=D+B 10= D+B------- L=10-D BALANÇO TEM TERMOS DE UM COMPONETE 2) FxT= DXT + BXT 0,5*10= D(0,1)+(10-D)0,8 D= 4,3 Kmol/h 20 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA EXEMPLO 1 PASSO 4) Definir a vazão molar de refluxo 3= 3= RESPOSTA: R= 12,9 Kmol/h 21 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA EXEMPLO 1 No processo de destilação apresentado abaixo a alimentação tem uma mistura de 390 kg/h (MM= 78 Kg/kmol) de benzeno, 460 Kg/h ( MM 92 Kg/kmol) de tolueno. O destilado tem a composição molar de 10% ( molar) de tolueno e, na base , a composição de saída é de 80% (molar) em tolueno. Além disso , a razão de refluxo é 3. O refluxo na coluna em kmol/h, e a composição dessa corrente em % ( molar), são respectivamente: a) 4,3 e 10% em tolueno b) 4,3 e 90% em benzeno c) 12,9 e 10% em tolueno d) 12,9 e 10% em benzeno e) 12,9 e 50% em benzeno 22 DESTILAÇÃO DESTILAÇÃO-FRACIONADA EXEMPLO 2 Uma coluna de destilação é alimentada com 100 kg/h de uma mistura a 50% dos compostos A e B. O destilado contêm 98% de A e o resíduo de fundo apresenta 94% de B. A corrente de vapor que sai da coluna corresponde a 80% da alimentação e uma parte do destilado retorna a coluna como refluxo. Com base nessas informações , defina a razão de refluxo e apresente um fluxograma do sistema de destilação. Resposta: 0,7. 31 PRÓXIMA AULA DESTILAÇÃO FRACIONADA- Continuação