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Direito Internacional - Questionário de Revisão: 1) Em relação ao Direito Internacional Privado: a) Indique qual é o elemento de conexão utilizado para resolver um caso que envolva bens imóveis; b) Indique qual é o elemento de conexão utilizado para resolver um caso que envolva capacidade e personalidade de um indivíduo; c) Indique qual é o elemento de conexão utilizado para resolver um caso que envolva formalidades do casamento; d) De quem é a competência para homologar a sentença estrangeira? e) Quais são os requisitos formais para que a sentença estrangeira possa ser homologada pela Justiça Brasileira? f) Explique o que é o Princípio da Ordem Pública? g) O que são elementos de conexão no Direito Internacional Privado? No que se refere ao Estatuto Pessoal, qual a previsão da LINDB? h) Em controvérsia submetida ao juiz brasileiro sobre contrato firmado no exterior por brasileiro domiciliado no exterior e estrangeiro domiciliado no Brasil, aplica-se qual elemento de conexão? Qual a previsão da LINDB? i) De acordo com a LINDB, a sucessão de bens de estrangeiros situados no Brasil é regulada por qual lei? O regime de bens dos nubentes deverá ser regido por qual lei? Havendo domicilio diverso, qual lei pode ser aplicada para regular o regime de bens? j) O que é a qualificação no DIPR? k) Mohamed, filho concebido fora do matrimônio, requereu, na Justiça brasileira, pensão alimentícia do pai, Said, residente e domiciliado no Brasil. Said negou o requerido e não reconheceu Mohamed como filho, alegando que, perante a Tunísia, país no qual ambos nasceram, somente são reconhecidos como filhos os concebidos no curso do matrimônio. A partir desta situação hipotética qual lei deverá ser aplicada pelo juiz brasileiro nos termos da LINDB? Explique. l) Quais são os limites de competência da jurisdição brasileira previstos no CPC/2015? m) A homologação de sentença estrangeira segue qual procedimento no Brasil? As cartas rogatórias expedidas no Brasil seguem qual procedimento? Qual órgão do poder judiciário deverá processar carta rogatória a ser cumprida no Brasil, após concessão de exequatur pelo STJ? 2) (X Exame Unificado - 2013) A respeito dos elementos de conexão no Brasil, assinale a afirmativa correta. A) A lei da nacionalidade da pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade. B) A Lex loci executionis é aplicável aos contratos de trabalho, os quais, ainda que tenham sido celebrados no exterior, são regidos pela norma do local da execução das atividades laborais. C) A norma do país em que é domiciliada a vítima aplica-se aos casos de responsabilidade por ato ilícito extracontratual. D) O elemento de conexão Lex /oci executionis ou Lex loci solutionis é o critério aplicável, como regra geral, para qualificar e reger as obrigações. 3) (OAB - FGV - 2010) Jogador de futebol de um importante time espanhol e titular da seleção brasileira é filmado por um celular em uma casa noturna na Espanha, em avançado estado de embriaguez. O video é veiculado na internet e tem grande repercussão no Brasil. Temeroso de ser cortado da seleção brasileira, o jogador ajuíza uma ação no Brasil contra o portal de vídeos, cuja sede é na Califórnia, Estados Unidos. O juiz brasileiro: A) Não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira. B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil. C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justiça norte- americana. D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira. 4) (OAB - IX Exame Unificado - 2012) José, de nacionalidade brasileira, era casado com Maria, de nacionalidade sueca, encontrando-se o casal domiciliado no Brasil. Durante a viagem de lua de mel, na França, Maria, após o jantar, veio a falecer, em razão de uma intoxicação alimentar. Maria, quando ainda era noiva de José, havia realizado testamento em Londres, dispondo sobre os seus bens, entre eles dois imóveis situados no Rio de Janeiro. À luz das regras de Direito Internacional Privado, assinale a afirmativa correta. A) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação brasileira, pois Maria encontrava- se domiciliada no Brasil. B) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação inglesa, local em que foi realizado o ato de disposição de última vontade de Maria. C) A autoridade judiciária brasileira não é competente para proceder ao inventário e à partilha de bens, porquanto Maria faleceu na França, e não no Brasil. D) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deverá ser aplicada a legislação sueca, em razão da nacionalidade do de cujus. 5) (V Exame Unificado - Caderno Branco - 2011) Em janeiro de 2003, Martin e Clarisse Green, cidadãos britânicos domiciliados no Rio de Janeiro, casam-se no Consulado-Geral britânico, localizado na Praia do Flamengo. Em meados de 2010, decidem se divorciar. Na ausência de um pacto antenupcial, Clarisse requer, em petição à Vara de Família do Rio de Janeiro, metade dos bens adquiridos pelo casal desde a celebração do matrimônio, alegando que o regime legal vigente no Brasil é o da comunhão parcial de bens. Martin, no entanto, contesta a pretensão de Clarisse, argumentando que o casamento foi realizado no consulado b y · ri an1co e que, portanto, deve ser aplicado o regime legal de bens vigente no Reino Unido, que lhe é mais favorável. Com base no caso hipotético acima e nos termos da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta. A) O juiz brasileiro não poderá conhecer e julgar a lide, pois o casamento não foi realizado perante a autoridade competente. B) Clarisse tem razão em sua demanda, pois o regime de bens é regido pela /ex domicilli dos nubentes e, ao tempo do casamento, ambos eram domiciliados no Brasil. C) Martin tem razão em sua contestação, pois o regime de bens se rege pela lei do local da celebração (/ex loci celebrationis), e o casamento foi celebrado no consulado britânico. D) O regime de bens obedecerá à /ex domicilli dos cônjuges quanto aos bens móveis e à /ex rei sitae (ou seja, a lei do lugar onde estão) quanto aos bens imóveis, se houver. 6) Victor, após divorciar-se no Brasil, transferiu seu domicílio para os Estados Unidos. Os dois filhos brasileiros de sua primeira união continuaram vivendo no Brasil. Victor contraiu novo matrimônio nos Estados Unidos com uma cidadã norteamericana e, alguns anos depois, vem a falecer nos Estados Unidos, deixando um imóvel e aplicações financeiras nesse país. A regra de conexão do direito brasileiro estabelece que a sucessão de Victor será regida A) pela lei brasileira, em razão da nacionalidade brasileira do de cujus. B) pela lei brasileira, porque o de cujus tem dois filhos brasileiros. C) pela lei norte-americana, em razão do último domicílio do de cujus. D) pela lei norte-americana, em razão do local da situação dos bens a serem partilhados. 7) Uma arbitragem, conduzida na Argentina segundo as regras da Câmara de Comércio Internacional - CCI, condenou uma empresa com sede no Brasil ao pagamento de uma indenização à sua ex-sócia argentina. Para ser executável no Brasil, esse laudo arbitral A) dispensa homologação pelo STJ, nos termos da Convenção de Nova York. B) precisa ser homologado pelo Judiciário argentino e depois, pelo STJ. C) precisa ser homologado pelo STJ, por ser laudo arbitral estrangeiro. D) dispensa homologação, por ser laudo arbitral proveniente de país do Mercosul. 8) Paulo, brasileiro, celebra no Brasil um contrato de prestação de serviços de consultoria no Brasil a uma empresa pertencente a François, francês residente em Paris, para a realização deinvestimentos no mercado imobiliário brasileiro. O contrato possui uma 1 - L cláusula indicando a aplicação da lei francesa. Em ação proposta por Paulo no Brasil, surge uma questão envolvendo a capacidade de François para assumir e cumprir as obrigações previstas no contrato. Com relação a essa questão, a Justiça brasileira deverá aplicar A) a lei brasileira, porque o contrato foi celebrado no Brasil. B) a lei francesa, porque François é residente da França. C) a lei brasileira, país onde os serviços serão prestados. D) a lei francesa, escolhida pelas partes mediante cláusula contratual expressa. 9) Um jovem congolês, em função de perseguição sofrida no pais de origem, obteve, há cerca de três anos, reconhecimento de sua condição de refugiado no Brasil. Sua mãe, triste pela distância do filho, decide vir ao Brasil para com ele viver, porém não se enquadra na condição de refugiada. Com base na Lei brasileira que implementou o Estatuto dos Refugiados, cabe a você, como advogado que atua na área dos Direitos Humanos, orientar a família. Assinale a opção que apresenta a orientação correta para o caso. A) As medidas e os direitos previstos na legislação brasileira sobre refugiados se aplicam somente àqueles que tiverem sido reconhecidos nessa condição. Por isso, a mãe deve entrar com o pedido de refúgio e comprovar que também se enquadra na condição. B) Apesar de a mãe não ser refugiada, os efeitos da condição de refugiado de seu filho são extensivos a ela; por isso, ela pode obter autorização para residência no Brasil. C) A lei brasileira que trata de refúgio prevê a possibilidade de que pai e mãe tenham direito à residência caso o filho ou a filha venham a ser considerados refugiados, mas a previsão condiciona esse direito a uma avaliação a ser feita pelo representante do governo brasileiro. D) Para que a mãe possa viver no Brasil com seu filho ou sua filha, ela deverá comprovar que é economicamente dependente dele ou dela, pois é nesse caso que ascendentes podem gozar dos efeitos da condição de refugiado reconhecida a um filho ou a uma filha. 10) Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Essa extradição A) não poderá ser concedida, porque o Brasil não extradita seus nacionais. B) não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob sua dependência econômica. C) poderá ser concedida, porque o extraditando não é brasileiro nato. D) poderá ser concedida se o país de origem do extraditando tiver tratado de extradição com a França. ll) Para a aplicação da Convenção sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças, Lígia recorre à autoridade central brasileira, quando Arnaldo, seu marido, que tem dupla-nacionalidade, viaja para os Estados Unidos com a filha de 17 anos do casal e não retorna na data prometida. Arnaldo alega que entrará com pedido de divórcio e passará a viver com a filha menor no exterior. Com base no caso apresentado, a autoridade central brasileira A) deverá acionar diretamente a autoridade central estadunidense para que tome as medidas necessárias para o retorno da filha ao Brasil. B) deverá ingressar na Justiça Federal brasileira, em nome de Lígia, para que a Justiça Federal mande acionar a autoridade central estadunidense para que tome as medidas necessárias para o retorno da filha ao Brasil. C) não deverá apreciar o pleito de Lígia, eis que a filha é maior de 16 anos. D) não deverá apreciar o pleito de Lígia, eis que o pai também possui direito de guarda sobre a filha, já que o divórcio ainda não foi realizado.
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