Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 1 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS A Substituição Tributária (ST) é o regime pelo qual a responsabilidade pelo ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro contribuinte. A substituição tributária, também chamada de retenção na fonte, consiste em concentrar a arrecadação do ICMS em alguns poucos contribuintes, geralmente industriais, com o intuito de facilitar a fiscalização e arrecadação do imposto. O art. 32 do Anexo VIII do RCTE estabelece: “O regime de substituição tributária pela operação posterior - retenção na fonte - consiste na retenção, apuração e pagamento do imposto devido por operação interna subsequente, inclusive quanto ao diferencial de alíquotas, se for o caso.” Assim temos na legislação 2 modalidades de contribuintes: 1. Contribuinte Substituto: é aquele eleito para efetuar a retenção e/ou recolhimento do ICMS; 2. Contribuinte Substituído: é aquele que, nas operações ou prestações antecedentes ou concomitantes é beneficiado pelo diferimento do imposto e nas operações ou prestações subsequentes sofre a retenção. A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de cada Estado. Dependência de Convênio e Aplicação A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico celebrado pelos Estados interessados. O contribuinte substituto para cálculo e recolhimento do ICMS da substituição tributária observará as normas da legislação da unidade da Federação de destino da mercadoria. Existem três tipos de substituição tributária (art. 6º, § 1º da LC 87/96): • Anterior, que geralmente se dá na saída de estabelecimento de produtor e extrator com destino a estabelecimento industrial (também chamada de substituição tributária: para trás, antecedente, regressiva); • Pelas operações internas subsequentes, o substituto assume a responsabilidade pelo pagamento do tributo relativo ao fato que irá ocorrer futuramente, o Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 2 chamado fato gerador presumido (também chamada de substituição: pelas operações internas posteriores, para frente, progressiva); • Concomitante, nova modalidade de substituição tributária, instituída pela lei complementar 87/96, que até hoje causa polêmica sobre como realmente é o seu funcionamento. Segundo relatos, a substituição tributária no ICMS surgiu na década de 40 quando vários contribuintes dos ramos de panificação e de bebidas, preocupados com a concorrência desleal em virtude de sonegação, sugeriram ao fisco a cobrança antecipada do imposto pelos moinhos de farinha de trigo e pelas indústrias de cerveja; Principais elementos motivadores para a escolha do produto para se colocar no regime de substituição tributária posterior: • Existência de um pequeno número de fabricantes e um grande número de varejistas, principalmente pequenos contribuintes; • Produtos com alta rotatividade; • Produtos de fácil identificação; • Existência de poucos intermediários; • Preços mais ou menos estáveis e uniformes dos produtos; • Que as operações apresentem um alto valor agregado o que resulta numa importância econômica na arrecadação do icms; • Que a sua aplicação se dê pela operação com o produto independentemente do seu destino ou utilização. Atualmente o que se vê é o uso da substituição tributária com a finalidade exclusiva sob o aspecto arrecadatório sem levar em conta os princípios básicos do instituto FORMA DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO O imposto retido pelo contribuinte substituto deverá ser recolhido por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE, em agência do banco oficial da Unidade Federada destinatária, ou na sua falta, em agência de qualquer banco oficial signatário do Convênio patrocinado pela Associação Brasileira dos Bancos Comerciais Estaduais - ASBACE, localizada na praça do estabelecimento remetente, em conta especial, a crédito do Governo em cujo território se encontra estabelecido o adquirente das mercadorias, ou, ainda, na falta deste, em agência de banco credenciado pela Unidade Federada interessada. Deverá ser utilizada GNRE especifica para cada Convênio ou Protocolo, sempre que o contribuinte substituto operar com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária regido por normas diversas. O contribuinte substituto para cálculo e recolhimento do ICMS da substituição tributária observará as normas da legislação da unidade da Federação de destino da mercadoria. A Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 3 Base de Cálculo A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será: I. I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído; II. II - em relação às operações ou prestações subseqüentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes: a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário; b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço; c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes. Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele estabelecido. Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer como base de cálculo este preço. Valor do ICMS Substituto O imposto a ser pago por substituição tributária corresponderá à diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas do Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação ou prestação própria do substituto. Este valor será somado na fatura/duplicata. Portanto, trata-se de um valor a ser cobrado do adquirente, junto com o valor das mercadorias ou serviços faturados. Em relação às operações subsequentes, em razão da sistemática substitutiva do ICMS, as posteriores operações e prestações internas realizadas pelos contribuintes substituídos não mais terão recolhimento do ICMS, encerrando-se o ciclo de tributação. Também não cabe restituição ou cobrança complementar do imposto quando a operação ou a prestação subsequente à cobrança do ICMS se realizar com valor inferior ou superior àquele estabelecido – desde que a operação seja realizado dentro do próprio estado do contribuinte substituído. Observe que, se a mercadoria for objeto de nova saída interestadual,haverá necessidade de calcular novamente o ICMS substituição - desde que o Estado destinatário das mercadorias exija tal procedimento. Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 4 ESPÉCIES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO ICMS • Sobre Mercadorias • Operações anteriores Nesta hipótese de substituição tributária, a legislação atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em relação às operações anteriores. Nesta espécie se encontra o diferimento do lançamento do imposto. • Operações subsequentes A ST em relação às operações subsequentes caracteriza-se pela atribuição a determinado contribuinte (normalmente o primeiro na cadeia de comercialização, o fabricante ou importador) pelo pagamento do valor do ICMS incidente nas subsequentes operações com a mercadoria, até sua saída destinada a consumidor ou usuário final (art. 6º, parágrafo 1º, da Lei Complementar 87/1996). • Operações concomitantes Esta espécie de Substituição Tributária caracteriza-se pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a outro contribuinte, e não àquele que esteja realizando a operação ou prestação de serviço, concomitantemente à ocorrência do fato gerador. Nesta espécie se encontra a Substituição Tributária dos serviços de transportes de cargas. • Sobre serviço de transportes O ICMS sobre o serviço de transporte é devido ao local do início da prestação. Considerando este fato, as Unidades da Federação, por intermédio do Convênio ICMS nº 25/90, estabeleceram que, por ocasião da prestação de serviço de transporte de carga por transportador autônomo ou por empresa transportadora de outra Unidade da Federação não inscrita no cadastro de contribuintes do Estado de início da prestação, a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido poderá ser atribuída : a) Ao alienante ou remetente da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS; b) O destinatário da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS, na prestação interna; c) Ao depositário da mercadoria a qualquer título, na saída da mercadoria ou bem depositado por pessoa física ou jurídica. CONTRIBUINTES Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 5 Contribuinte Substituto É o responsável pela retenção e recolhimento do imposto incidente em operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive do valor decorrente da diferença entre as alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações de destinem mercadorias e serviços a consumidor final. Em regra geral será o fabricante ou importador no que se refere às operações subsequentes . Contribuinte Substituído É aquele que tem o imposto devido relativo às operações e prestações de serviços pago pelo contribuinte substituto. RESPONSÁVEL O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado, mercadoria sujeita à substituição tributária, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente responsável pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido. Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações antecedentes, o imposto devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo responsável quando: a. Da entrada ou recebimento da mercadoria ou serviço; b. Da saída subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou não- tributada; c. Ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do imposto. NOTA FISCAL A nota fiscal emitida pelo contribuinte substituto conterá, além das indicações exigidas pela legislação, o valor que serviu de base de cálculo para a retenção e o valor do imposto retido. A falta dessas informações implica exigência do imposto nos termos que dispuser a legislação da Unidade Federada de destino. Restituição É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar. Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo. Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 6 Havendo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo de quinze dias da respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos lançados, também devidamente atualizados, com o pagamento dos acréscimos legais cabíveis. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PELA OPERAÇÃO ANTERIOR A substituição tributária pela operação anterior ou antecedente, também é um tipo de substituição tributária sem maiores problemas em virtude que o fato gerador do imposto já ocorreu, o que acontece é uma mera transferência de responsabilidade de recolhimento do imposto para o contribuinte adquirente da mercadoria. Por exemplo: Em virtude do fato gerador já ter ocorrido é fácil definir a base de cálculo que é o valor da operação, pelo nosso exemplo, entre o produtor e a indústria. Situação diversa da substituição tributária pela operação posterior em que o fato gerador ainda irá ocorrer, o que causa problema na determinação da base de cálculo. Diversos autores denominam a substituição tributária pela operação anterior de diferimento. A palavra diferimento significa adiar. Portanto, a concessão de diferimento em determinada operação, como a do nosso exemplo, nada mais é que transferir o seu pagamento para uma etapa posterior. Quando a mercadoria está sujeita à substituição antecedente, o § 1º do art. 8º da Lei Complementar 87/96, estabelece os seguintes momentos possíveis para o pagamento do imposto que são: 1. da entrada ou recebimento da mercadoria, do bem ou do serviço; 2. da saída subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou não tributada; 3. ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do imposto. Na situação 1, é bem clara a situação, o imposto é pago logo quando entrada da mercadoria no estabelecimento adquirente. Na situação 2, quando a saída for tributada, seja da mercadoria adquirida ou de produto resultante de sua industrialização, o imposto diferido será pago, pelo adquirente, englobadamente quando da saída da mercadoria ou do produto dela resultante. Já, Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 7 quando a saída for isenta ou não tributada, o adquirente deverá efetuar o recolhimento do imposto pela operação antecedente em separado. Por último, a situação 3 ocorre, por exemplo, quando há furto, roubo, perecimento da mercadoria, o adquirente deverá efetuar o pagamento do imposto pela operação anterior. 6. Como funciona a substituição tributária pela operação posterior? Bem mais complexa que a substituição antecedente, traz problemas sérios no que tange à base de cálculo, porque se trabalha com operação futura, ou seja, fato gerador presumido. Discutia-se muito a constitucionalidade do sistema de substituição posterior até que, a partir de março de 1993, a Emenda Constitucional nº 3 veio dar fim às discussões sobre a constitucionalidade do sistema com o acréscimodo § 7º ao art. 150, estabelecendo: “a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido” Vejamos o seu funcionamento. A cadeia tradicional de circulação de determinada mercadoria é a sua produção pela indústria, que efetua a sua venda ao atacadista, que vende ao varejista que por sua vez faz chegar à mão do consumidor final. Para tanto, a indústria necessita de adquirir matéria-prima, material secundário e outros insumos, para a fabricação de seu produto, cuja entrada dá direito ao crédito do ICMS incidente na operação anterior. Se considerarmos que não existe benefício fiscal nas operações até que a mercadoria chegue ao consumidor final, todas etapas terão a incidência do imposto, que chamaremos de ICMS normal. Esquematizando temos: Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 8 Se atribuirmos a responsabilidade à indústria de apurar, reter e efetuar o pagamento do imposto incidente em todas as etapas, até chegar ao consumidor final, no momento da saída da mercadoria do seu estabelecimento, estamos nomeando a indústria como substituta tributária pelas operações subsequentes. Então, quando a indústria efetuar a venda de mercadoria para o atacadista ou varejista, ela fará a retenção do imposto incidente nas operações posteriores, ficando os demais contribuintes (substituído tributário) efetuando suas vendas sem débito do imposto. Esquematizando temos: É claro que pelo simples fato de ter colocado a mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária com retenção antecipada do imposto, não pode alterar a carga tributária e preço de nenhum dos integrantes da cadeia tributária até o consumidor final. Vejamos o exemplo a seguir: Regime normal sem substituição tributária INDÚSTRIA ATACADO VAREJO (A) Preço de venda 1000,00 1300,00 1700,00 (B) Alíquota 17% 17% 17% (C) Débito (A x B) 170,00 221,00 289,00 Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 9 (D) Crédito (C) 170,00 221,00 (E) Saldo devedor (C-D) 170,00 51,00 68,00 (F) Preço total cobrado (A) 1000,00 1300,00 1700,00 Regime com substituição tributária INDÚSTRIA ATACADO VAREJO (A) Preço de venda 1000,00 1300,00 1700,00 (B) Alíquota 17% (C) Débito (A x B) 170,00 0,00 0,00 (D) Crédito (C) 0,00 0,00 (E) Saldo devedor (C-D) 170,00 0,00 0,00 (F) ICMS-ST 119,00 (G) Preço total cobrado (A + F) 1119,00 1368,00 1700,00 O valor do ICMS-ST, diferentemente do ICMS normal, é cobrado por fora, então, o atacadista quando da aquisição da mercadoria paga ao industrial o valor da mercadoria adicionado do valor do ICMS-ST. Substituto Tributário A Lei Complementar nº 87/96, em seu art. 6º estabelece: “Art. 6º Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. § 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. § 2º A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de cada Estado.” Como regra o substituto tributário pela operação anterior (antecedente) é o adquirente da mercadoria e pela substituição tributária pela operação posterior (subsequente) o fabricante, o importador e o arrematante de mercadoria da mercadoria importada do exterior e apreendida. De acordo com o art. 9º da Lei Complementar 87/96, mediante convênio entre as unidades da federação, quando a mercadoria está sujeita ao regime da substituição tributária subsequente, é, também, substituto tributário o remetente estabelecido em outra unidade da federação. Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 10 II - REGRAS DO RCTE 1. O pagamento do imposto feito pelo substituto tributário é definitivo, não se permitindo reajuste, ainda que ocorra eventual diferença entre o valor regularmente tomado como base de cálculo pelo substituto e o efetivamente auferido pelo contribuinte substituído, assegurando-se, porém, o direito à restituição do valor do imposto pago, por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar (art. 42, I); Comentário: Ressalvada a situação em que o fato gerador presumido não se realizar, conforme dispõe o parágrafo único do art. 77 do Anexo VIII, o imposto corretamente recolhido por substituição tributária é definitivo, não ficando o contribuinte obrigado ao recolhimento da diferença do tributo na hipótese de venda por valor maior que serviu de base de cálculo da substituição tributária, e nem tem direito à restituição quando a venda se der com valor menor do que serviu de base de cálculo de qualquer parcela, seja qual for o valor de saída das mercadorias. 2. Caso o substituto tributário ou o contribuinte não estejam localizados neste Estado, a substituição depende de Convênio a ser firmado com o Estado da localização do sujeito passivo (art. 42, III); 3. Tem o mesmo tratamento tributário dispensado ao transportador autônomo a pessoa jurídica transportadora estabelecida em outro Estado, cuja prestação tenha início no território goiano (art. 42, IV); 4. A substituição tributária é aplicada às operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes (art. 43). SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PELA OPERAÇÃO POSTERIOR I - DEFINIÇÃO: O regime de substituição tributária pela operação posterior - retenção na fonte - consiste na retenção, apuração e pagamento do imposto devido por operação interna subsequente, inclusive quanto ao diferencial de alíquotas, se for o caso (art. 32 do Anexo VIII). II - MERCADORIAS SUJEITAS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 1. Apêndice I (sujeitas à retenção somente em Goiás): Comentário: Atualmente não existe nenhuma mercadoria sujeita á substituição tributária que conste desse apêndice. 2. Apêndice II (retenção aplicável a contribuinte deste e de outro Estado): 2.1 - água mineral, gelo, cerveja, isotônica e energética, refrigerante e extrato concentrado para preparo de refrigerante; 2.2 - telha, cumeeira e caixa d’água de fibrocimento e polietileno e fibra de vidro, tinta, verniz e outras mercadorias da indústria química, cimento e vários outros materiais de construção, acabamento, bricolagem ou adorno e material elétrico; Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 11 2.3 - combustíveis e lubrificantes: álcool; aguarrás mineral, gasolina inclusive a de aviação, gás natural e o liquefeito de petróleo (GLP), óleo diesel, óleo e graxa lubrificante, querosene iluminante e de aviação; 2.4 -veículo novos de quatro e duas rodas, pneumático, protetor e câmara-de-ar de borracha novos, exceto o de uso em bicicleta; peça, parte, componente, acessório e demais produtos, especificamente para uso automotivo; 2.5 -charutos, cigarrilhas, cigarros,fumo; 2.6 - aparelho de barbear, lâmina de barbear, isqueiro de bolso, a gás, não recarregável; 2.7 - disco fonográfico e fita virgem ou gravada e outro suporte para reprodução ou gravação de som ou imagem; 2.8 - lâmpadas elétrica e eletrônica, reator e "starter"; acumulador elétrico, pilha e bateria elétricas; 2.9 - aparelho de telefonia móvel; 2.10 -ração tipo "pet" para animais domésticos; 2.11 -material de colchoaria. III - SITUAÇÃO ESPECIAL (art. 32, § 1º-A) Aplica-se o regime de substituição tributária na saída interna de mercadoria promovida por estabelecimento distribuidor franqueador localizado neste Estado e destinada a estabelecimento varejista franqueado e a revendedor que opere exclusivamente com as mercadorias remetidas pelo estabelecimento substituto tributário. IV - NÃO SE APLICA A SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA (art. 32, § 6º): 1. À operação que destine mercadoria sujeita à retenção na fonte a estabelecimento que irá utilizá-la em processo de produção ou industrialização, inclusive de manipulação, exceto quando a mercadoria for destinada: 1.1 - à indústria de panificação, ainda que cadastrada sob outro código de atividade econômica-CAE; 1.2 - a contribuinte do ICMS, relativamente a combustível e lubrificante: 1.2.1 -derivado de petróleo; 1.2.2 -não derivado de petróleo, quanto ao diferencial de alíquotas; 1.3 - à indústria empacotadora de açúcar; 1.4 - à indústria de vestuário, de roupas de cama, de mesa e de banho; 2. À entrada do produto já elaborado, destinado à comercialização, do qual o adquirente seja fabricante, assumindo este a responsabilidade pela apuração e pagamento do imposto por operação interna subsequente; 3. À operação que destine mercadoria: 3.1 - a contribuinte que seja sujeito passivo por substituição, definido como tal no convênio ou protocolo que trata do regime de substituição tributária aplicável à mercadoria, em relação à mesma; 3.2 - em relação às mercadorias relacionadas no Apêndice I, a comerciante atacadista estabelecido neste Estado, signatário de termo de acordo de regime especial- TARE- que lhe atribua a condição de substituto tributário, assumindo a Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 12 responsabilidade pela retenção e pagamento do imposto devido pela subsequente saída interna; 4. À transferência de mercadoria inserida no regime da substituição tributária por convênio, protocolo ou ato da administração tributária estadual para outro estabelecimento, não varejista do sujeito passivo por substituição definido com tal em convênio, protocolo ou norma estadual aplicável à mercadoria, recaindo, nesta hipótese, a responsabilidade pela retenção e pagamento do imposto sobre o estabelecimento que realizar a saída da mercadoria com destino a contribuinte diverso; 5. À saída de mercadoria que deva retornar ao estabelecimento remetente; 6. Às seguintes operações: 6.1 - com o acessório colocado no veículo pelo estabelecimento adquirente; 6.2 - com pneumático, protetor e câmara-de-ar de borracha novos, quando destinada à indústria fabricante de veículo e, a pneu e câmara-de-ar de bicicleta; V - SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO Como regra, o substituto tributário é o estabelecimento industrial, sendo os demais substituídos (art. 34). 1. Em relação às mercadoria do Apêndice I o industrial e o extrator de substância mineral ou fóssil estabelecidos neste Estado; Comentário: Atentar que não existe nenhuma mercadoria relacionada no Apêndice I. 2. Em relação às mercadoria do Apêndice II o: 2.1 - industrial fabricante; 2.2 - importador; 2.3 - estabelecimento destinatário de asfalto diluído de petróleo proveniente da Petrobrás; 2.4 - remetente que se utiliza do sistema de marketing direto; 2.5 - contribuinte substituído de outro Estado que remeter mercadoria com imposto já retido, destinado a contribuinte estabelecido em Goiás; Comentário: Estabelecimento “A”, indústria (substituto tributário) estabelecido em Minas Gerais, efetua venda de mercadoria, sujeita à substituição tributária, a atacadista “B” (substituído tributário), também estabelecido em Minas Gerais. A saída da mercadoria, em operação interna a Minas Gerais, se dará sem débito do imposto por se tratar de saída de substituído tributário. No entanto, havendo convênio entre os estados para a substituição tributária, o atacadista “B” quando da saída da mercadoria para contribuinte estabelecido em Goiás, terá, apesar de ser substituído tributário em Minas Gerais, de efetuar a retenção do imposto devido pela operação subsequente em Goiás. 2.6 - adquirente goiano de mercadoria de contribuinte de outro Estado que tenha denunciado convênio ou protocolo; 2.7 - remetente de mercadoria à Zona Franca de Manaus e às Áreas de Livre Comércio; 2.8 - contribuinte goiano que remeter a contribuinte de outro Estado mercadoria com imposto já retido (que deverá observar a legislação do Estado destinatário); 2.9 - quanto aos demais substitutos, ver art. 34 do Anexo VIII (deixamos de relacioná-los em função de várias alterações em andamento). 3. Fica solidariamente obrigado ao pagamento do imposto devido por substituição tributária o contribuinte estabelecido neste Estado que adquirir mercadoria cujo imposto não tenha sido retido, hipótese em que o adquirente obriga-se, ainda, ao pagamento da Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 13 multa pelo mesmo devida, dos juros e demais acréscimos legais, calculados desde a data em que deveria ter sido efetuada a retenção (art. 35 do Anexo VIII); Comentário: Nessa hipótese, o destinatário (substituído tributário) da mercadoria quando o remetente, sujeito passivo por substituição, não efetuar a retenção é o responsável pelo pagamento do valor não retido. VI - BASE DE CÁLCULO A base de cálculo, para fim de substituição tributária, é, na seguinte ordem (art. 39): 1. O preço final a consumidor, único ou máximo, estabelecido por órgão público competente, acrescido do valor do frete, quando não incluído naquele preço; 2. O preço final a consumidor, sugerido pelo fabricante ou importador, acrescido do valor do frete, quando não incluído naquele preço; 3. O preço efetivamente praticado na operação, incluídas as parcelas relativas ao IPI e ao frete, se for o caso, em relação à mercadoria destinada ao ativo imobilizado, uso ou consumo do adquirente. Na inexistência do valor, anteriormente citado, a base de cálculo do imposto a ser retido é (art. 40): 4. Em relação à mercadoria do Apêndice I, o maior valor entre o preço praticado no mercado atacadista goiano, informado na pauta de valores elaborada pela Secretaria da Fazenda, e o valor da operação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário, ambos acrescidos das seguintes parcelas correspondentes ao: 4.1 - montante dos valores de seguro, frete, embalagem ou acondicionamento, tributos, custo de financiamento e outros encargos cobrados ou transferíveis ao adquirente da mercadoria; 4.2 - valor da margem de lucro bruto, encontrado mediante a aplicação do Índice de Valor Agregado - IVA -, por espécie de mercadoria, aplicado sobre o somatório dos valores anteriormente mencionados; NOTA: Quando a informação contida na pauta de valores, referir-se ao preço praticado no mercado varejista goiano, este prevalece como base de cálculo para efeito de substituição tributária. 5. Em relação à mercadoria do Apêndice II, obtida pelo somatório das seguintes parcelas correspondentes ao: 5.1 - valor da operação própria realizadapelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário; 5.2 - montante dos valores de seguro, frete, embalagem ou acondicionamento, IPI e demais tributos, custo de financiamento e outros encargos cobrados ou transferíveis ao adquirente da mercadoria; 5.3 - a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa à operação subsequente, assim considerado, o valor encontrado mediante a aplicação do Índice de Valor Agregado - IVA - , por espécie de mercadoria, previsto no próprio Apêndice II, sobre a soma das parcelas previstas nas alíneas anteriores. Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 14 6. Em relação a operação promovida por estabelecimento distribuidor franqueador destinada a estabelecimento varejista franqueado e ao revendedor que opere exclusivamente com as mercadorias remetidas pelo estabelecimento substituto tributário, o valor obtido pelo somatório das parcelas correspondentes ao: 6.1 - valor da operação própria realizada pelo franqueador; 6.2 - montante dos valores de seguro, frete, embalagem ou acondicionamento, IPI e demais tributos, custo de financiamento e outros encargos cobrados ou transferíveis ao franqueado; 6.3 - valor da margem de lucro bruto, encontrado mediante a aplicação do Índice de Valor Agregado - IVA no percentual de 43% (quarenta e três por cento) aplicado sobre o somatório dos valores anteriormente mencionados. Outras considerações sobre a base de cálculo 1. Quando a mercadoria for destinada ao ativo imobilizado, uso ou consumo não se acresce o IVA na base de cálculo; 2. Na determinação da base de cálculo devem ser observados os benefícios fiscais previstos na legislação tributária, bem como as suas condições (art. 43); 3. O Índice de Valor Agregado-IVA- é estabelecido, tendo por base os preços usualmente praticados pela indústria, pelo comércio atacadista, pelo varejista e pelo prestador de serviços, aferidos mediante a utilização dos seguintes critérios, conforme dispuser a legislação tributária (art. 40, § 2º) 3.1 - levantamento estatístico-econômico realizado pelo sistema de amostragem nesses setores; 3.2 - informações fornecidas por entidades representativas dos respectivos setores; 3.3 - coleta de preços à vista, sem desconto, em determinado período, incluindo- se eventuais parcelas relativas a valores cobrados pelo contribuinte a título de financiamento direto; 3.4 - ponderação dos preços coletados, levando-se em consideração a representatividade dos pesquisados na amostra considerada. Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 15 VII - EMISSÃO E ESCRITURAÇÃO DA NOTA FISCAL (arts. 56 a 59) 1. O substituto tributário deve emitir nota fiscal destacando: 1.1 - o valor da base de cálculo para efeito de retenção; 1.2 - o valor do ICMS retido; 1.2 - a inscrição no CCE, de substituto tributário, caso o contribuinte seja de outro Estado; 2. O substituto tributário deve escriturar a nota fiscal no livro: 2.1 - Registro de Saídas, na coluna OBSERVAÇÕES abrir sob o título SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, duas colunas com os subtítulos BASE DE CÁLCULO e IMPOSTO RETIDO; 2.2 - Registro de Apuração do ICMS transcrever o valor do ICMS retido na coluna OBSERVAÇÕES, com a expressão: IMPOSTO RETIDO SOBRE O PREÇO DE VENDA A VAREJO: BASE DE CÁLCULO.....IMPOSTO RETIDO..... . 3. O substituído tributário deve emitir nota fiscal sem destaque do ICMS; 4. O substituído tributário deve escriturar: 4.1 - a nota fiscal de entrada no livro Registro de Entradas, nas colunas VALOR CONTÁBIL e OUTRAS, de OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO IMPOSTO; 4.2 - a nota fiscal de saída no livro Registro de Saídas, nas colunas VALOR CONTÁBIL e OUTRAS, de OPERAÇÕES SEM DÉBITO DO IMPOSTO. VIII - RESSARCIMENTO DO IMPOSTO RETIDO Como regra, o imposto retido não constitui crédito para o contribuinte substituído, exceto nas seguintes situações (art. 45, do Anexo VIII): 1. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar (art.42, I do RCTE); Comentário: Como exemplo, a hipótese de mercadoria anteriormente retido o imposto e que venha a ser furtada, perecida ou qualquer outra situação que impeça a futura saída da mercadoria. 2. Não ocorrendo o fato gerador presumido e tendo o contribuinte formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de 90 (noventa) dias, o contribuinte substituído pode se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo, hipótese em que, sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo máximo de 15 (quinze) dias da respectiva notificação, deve proceder ao estorno dos créditos escriturados, também devidamente atualizados, com o pagamento dos acréscimos legais cabíveis (art. 42, II do RCTE); 3. Situações que geram direito ao ressarcimento do ICMS retido e do ICMS normal (art. 45 do Anexo VIII). SITUAÇÃO CRÉDITO FORMA DE APROVEITAMENTO Aquisição por contribuinte goiano signatário de TARE que lhe atribua a condição de substituto tributário. ICMS retido e normal, inclusive sobre o frete. Segundo as Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 16 normas comuns de escrituração, no Registro de Entradas nas colunas IMPOSTO CREDITADO e OBSERVAÇÕES, no momento da aquisição”. Destinação ao ativo imobilizado. ICMS retido e normal, inclusive sobre o frete. Segundo as normas comuns de escrituração, no Registro de Entradas nas colunas IMPOSTO CREDITADO e OBSERVAÇÕES, no momento da aquisição. Utilização em processo de produção ou industrialização, inclusive manipulação (exceto confecção). ICMS retido e normal, inclusive sobre o frete. Segundo as normas comuns de escrituração, no Registro de Entradas nas colunas IMPOSTO CREDITADO e OBSERVAÇÕES, no momento da aquisição. Operação com destino a contribuinte do imposto estabelecido em outra unidade da Federação. ICMS retido. Livro de Registro de Apuração em OUTROS CRÉDITOS, no mês da ocorrência da operação. Desfazimento do negócio ou devolução total ou parcial. ICMS retido. Livro de Registro de Apuração em OUTROS CRÉDITOS, no mês da ocorrência da operação. Inexistência de operação subsequente em razão de quebra, sinistro, furto, roubo, perecimento ou qualquer outro motivo. ICMS retido. Livro de Registro de Apuração em OUTROS CRÉDITOS, no mês da ocorrência da operação. Operação com destino a contribuinte detentor de medida judicial liminar suspendendo a aplicação do regime de substituição tributária. ICMS retido. Livro de Registro de Apuração em OUTROS CRÉDITOS, no mês da ocorrência da operação. Operação em que o remetente pratica alíquota superior à aplicável pelo destinatário da mercadoria. ICMS retido. Livro de Registro de Apuração em OUTROS CRÉDITOS, no mês da ocorrência da operação. Operação interna com carga tributária de 10% destinada empresa de construção civil ou a órgão da administração pública direta. ICMS retido. Livro de Registro de Apuração em OUTROS CRÉDITOS, no mês da ocorrência da operação. 4.O valor a se creditar deve ser efetuado na proporção da mercadoria envolvida na situação que gerou o direito ao crédito, tomando por base uma das seguintes alternativas art. 46) do Anexo VIII): 4.1 - o valor do imposto destacado na nota fiscal de aquisição da respectiva mercadoria ou na relativa a última aquisição de mercadoriada mesma espécie; 4.2 - o montante que resultar da aplicação da alíquota interna sobre o valor: 4.1 - resultante da multiplicação do valor da mercadoria adquirida de contribuinte substituído não varejista pelo IVA correspondente à operação própria do remetente, quando o direito ao crédito se referir ao imposto retido; 4.2 - da mercadoria adquirida de contribuinte substituído não varejista, acrescido de 50% do IVA correspondente à operação própria do remetente, quando o direito ao crédito alcançar, também, o valor do ICMS normal; 4.3 - da mercadoria adquirida de contribuinte substituído varejista, quando o direito ao crédito se referir ao imposto normal e retido. 4.4 - da mercadoria remetida, acrescida de 50% do IVA correspondente a sua própria operação, cujo somatório não pode ser superior à base de cálculo da retenção anterior da respectiva mercadoria; 4.5 - constante da pauta de valores elaborada pela Secretaria da Fazenda, quando a retenção anterior da mercadoria remetida ocorreu com base no preço final ao consumidor estabelecido por este instrumento. Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 17 5. Na operação em que a alíquota do remetente é maior que a do destinatário: 5.1 - quando a carga tributária do remetente é menor que 12%, o montante que resultar da aplicação da diferença entre as alíquotas sobre o valor obtido pela seguinte fórmula: x valor da nota fiscal , sendo: IVA o índice de valor agregado do produto; IVAp - o índice de valor agregado próprio do remetente, não podendo ser inferior ao previsto para cálculo da substituição tributária. 5.2 - quando a carga tributária do remetente é maior que 12%, o montante resultante da multiplicação do valor da mercadoria adquirida por 50% do IVA. 6. Em opção à apropriação de crédito na forma anterior, o contribuinte pode adotar a seguinte providência para ressarcir-se em relação ao imposto retido (art. 47): 6.1 - emitir nota fiscal em nome do estabelecimento que tenha retido originalmente o imposto, na qual deve ser consignado o valor do imposto a ser ressarcido, que não pode ser superior ao valor retido quando da aquisição, ou da última aquisição, da respectiva mercadoria, proporcional à quantidade saída, registrando-a sem menção de valor no livro Registro de Saídas, com a expressão: EMITIDA PARA EFEITO DE RESSARCIMENTO DE IMPOSTO RETIDO, no campo OBSERVAÇÕES, devendo, ainda: 6.1.1 -anexar cópia da nota fiscal, ou de relação discriminando as operações interestaduais, em duas vias, conforme modelo constante; 6.1.2 -colher o visto da delegacia fiscal de sua circunscrição na nota fiscal e demais documentos que embasam o ressarcimento; 6.2 - apresentar à delegacia fiscal de sua circunscrição, no prazo máximo de 10 (dez) dias após o pagamento do imposto devido a outros Estados, cópias das GNRE relativas às operações interestaduais que geraram o direito ao ressarcimento, para efeito de comparação com o valor do imposto ressarcido, cujo procedimento, se não adotado pelo sujeito passivo, implica a não-concessão de novo visto em nota fiscal de ressarcimento do contribuinte omisso, até que seja atendida a exigência. Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 18 QUADRO RESUMO FATO GERADOR MOMENTO DA OCORRÊN CIA LOCAL DA OPERAÇÃO/ PRESTAÇÃO Base de Cálculo Operação relativa à circulação de mercadoria (art. 4º, I) Instante em que se materializa Local onde se encontra a mercadoria no momento da ocorrência do fato gerador (art. 26) I - O valor da operação (art. 9°, I ) II - Na falta deste valor, será: 1. caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia, o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado atacadista do local da operação (art. 10, I ) 2. caso o remetente seja industrial: 2.1. o preço FOB estabelecimento industrial à vista, efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na operação mais recente (art. 10, II e § 1º, I) 2.2. caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional (art. 10, § 1º, II) 2.3. caso não haja mercadoria similar, a base de cálculo é o custo de produção (matéria-prima, material secundário e de acondicionamento, energia e mão-de-obra direta) da mercadoria (art. 10, §§ 2º, 5º) 3. caso o remetente seja comerciante: 3.1. o preço FOB estabelecimento comercial, à vista, efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na operação mais recente, na venda a outro comerciante ou industrial (art. 10, III, e § 1°, I). 3.2. caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional (art. 10, § 1º, II) Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 19 3.3. caso o estabelecimento remetente não efetue venda a outro comerciante ou industrial ou, em qualquer caso, se não houver mercadoria similar, a base de cálculo do imposto é equivalente a 75% do preço corrente de venda a varejo (art. 10, § 3º) III - Na transferência: 1. o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria (art. 11, I) 2. o custo de produção da mercadoria (art. 11, II) 3. o preço corrente da mercadoria, no mercado atacadista do remetente, quando se tratar de mercadoria não industrializada (art. 11, III) Nota: O estabelecimento que possuir controle permanente de estoque, pode, opcionalmente, utilizar o valor do custo médio ponderado, com a reintrodução do ICMS, quando tiver sido excluído, para atender o disposto no item III, 1 (art. 11, § 1º) QUADRO RESUMO FATO GERADOR MOMENT O DA OCORRÊ NCIA LOCAL DA OPERAÇÃO/ PRESTAÇÃO BASE DE CÁLCULO A saída da mercadoria ou de sua resultante, em retorno ao estabelecimen to que a t enha destinado para industrializaçã O momento da saída do estabelecimento industrilizador (art. 6º, I) O do estabelecimento remetente (art. 26) Nota: Será o do estabelecimento de origem, quando a mercadoria ou o produto resultante da industrialização ou de outro tratamento for remetido a O valor a ela agregado no respectivo processo, assim entendido o preço efetivamente cobrado, nele se incluindo o valor do serviço prestado e dos demais insumos não fornecidos pelo encomendante (art. 12, IX) Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 20 o ou outro tratamento (art. 4º, § 1º, I) estabelecimento diverso daquele que o tiver mandado executar (art. 27, IX) A entrada, no território goiano, de mercadoria ou bem oriundos de outro Estado, adquiridos por contribuinte e destinados a uso, consumo final ou integração ao ativo imobilizado do estabeleciment o, ainda que o imposto não tenha sido cobrado na origem (art. 4º, § 1º, II) O momento da entrada em território goiano (art. 6º, II) O do estabelecimento do contribuinte adquirente (art. 27, X) O valor da operação acrescido do IPI (art. 12, IV) Nota: Para a cobrança do diferencial de alíquotas deve ser observado o benefício fiscal concedido na operação interna (art. 12, § 4º) A entrada, no território goiano, decorrente de operação interestadual, depetróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e gasoso dele derivados e energia elétrica, quando não destinados à comercializaçã o ou à O momento da entrada em território goiano (art. 6º, III) O do estabelecimento do contribuinte adquirente (art. 27, X) O valor da operação (art. 12, V) Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 21 industrialização (art. 4º, § 1º, III) A entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa natural ou jurídica, ainda quando se tratar de bem destinado a uso, consumo final, ou a integração ao ativo imobilizado do estabeleciment o (art. 4º, § 1º, IV) O moment o do desembaraço aduaneiro (art. 6º, VI) 1. O do estabelecimento do contribuinte, onde ocorra a entrada física (art. 27, I, “a”) 2. O do domicílio do adquirente, quando não estabelecido (art. 27, I, “b”) O valor declarado no documento de importação, acrescido dos valores dos impostos de: Importação, Produtos Industrializados e Operações de Câmbio e ainda, de demais despesas aduaneira (art. 12, I) Notas: 1. A conversão em moeda nacional será pela mesma taxa de câmbio fixada para o cálculo do II, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior se houver variação dessa taxa até o pagamento efetivo do preço (art. 12 § 1º) 2. O valor fixado como base de cálculo do II, substitui o preço declarado no documento de importação (art. 12 § 2º) 3. Despesas aduaneiras são aquelas efetivamente pagas à repartição alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria, tais como diferença de peso, classificação fiscal e multa por infração (art. 12 § 3°) QUADRO RESUMO FATO GERADOR MOMETO DA OCORRÊNCIA LOCAL DA OPERAÇÃO/ PRESTAÇÃO BASE DE CÁLCULO A entrada de mercadoria ou bem, sujeitos à substituição tributária, no estabeleciment o do adquirente ou em outro por ele indicado (art. 4º, § 1º, V) O momento da entrada no estabeleciment o ou em outro por ele indicado (art. 6º, IV) Específica para a substituição tributária Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 22 O fornecimento de mercadoria com prestação de serviço (art. 4º, § 1º, VI): 1. não compreendido na competência tributária dos municípios (art. 4º, § 1º, VI, “a”) 2. compreendid o na competência tributária dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do ICMS (art. 4º, § 1º, VI, “b”) O momento do fornecimento (art. 6º, VIII) O do estabelecimento do fornecedor da mercadoria (art. 26) 1.O valor da mercadoria fornecida acrescido do valor do serviço, quando não compreendido na competência municipal (art. 12, XIV) 2. O valor de venda a varejo da mercadoria fornecida, quando compreendido na competência municipal e expressamente sujeita a incidência do ICMS definida em Lei Complementar (art. 12, XV) O fornecimento de alimentação, bebida ou outra mercadoria em bar, restaurante e estabeleciment o similar (art. 4º, § 1º, VII) O momento do fornecimento (art. 6º, IX) O do estabelecimento fornecedor (art. 26) O valor da operação acrescido do valor do serviço (art. 12, XVI) A destinação de mercadoria para uso, consumo ou ativo fixo, produzida pelo próprio estabeleciment o ou adquirida para comercializaçã o ou industrialização (art. 4º, § 2º, II, “a”) O momento da destinação (art. 7º, I) O local do estabelecimento (art. 26) 1. No caso de produção própria, o valor de produção (art. 12, XI) 2. No caso de posterior destinação, o valor de aquisição ou da entrada mais recente da mesma mercadoria, quando impossível determinar o preço de aquisição, acrescido do valor do IPI (art. 12, X) Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 23 A entrada do exterior de mercadoria ou de sua resultante, em retorno ao estabeleciment o que a tenha remetido para industrialização ou outro tratamento (art. 4º, § 2º, III) O momento do desembaraço aduaneiro (art. 6º, VI) 1. O do estabelecimento do contribuinte, onde ocorra a entrada física (art. 27, I, “a”) 2. O do domicílio do adquirente, quando não estabelecido (art. 27, I, “b”) O valor previsto para a importação, deduzida a parcela relativa ao valor da respectiva remessa, quando esta parcela estiver incluída naquele valor (art. 12, III) QUADRO RESUMO FATO GERADOR MOMENTO DA OCORRÊNCIA LOCAL DA OPERAÇÃO/ PRESTAÇÃO BASE DE CÁLCULO Prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoa, bem, mercadoria ou valor (art. 4º, II) O momento do início da prestação (art. 6º, XII) Notas: 1. Não se considera início de nova prestação de serviço de transporte o transbordo de pessoas (art. 32) 2. Quando o serviço de transporte iniciado no exterior for efetuado por etapa, a que tiver origem em território goiano é considerada como início da prestação, desde que esta não configure mero transbordo (art. 33) 1. O local onde tiver o início da prestação (art. 28) 2. O local onde se inicia o trecho de viagem indicado no bilhete de passagem, no caso de transporte de passageiros, exceto no caso de transporte aéreo, nos casos de escala ou conexão (art. 31) 1. O valor da prestação (art. 9°, II ) 2. Na falta deste valor, o preço corrente do serviço, no local da prestação (art. 10, IV) Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 24 A utilização, por contribuinte, de serviço de transporte ou de comunicação, cuja prestação tenha-se iniciado em outro Estado e não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente, ainda que o imposto não tenha sido cobrado na origem (art. 4º, § 1º, VIII) O momento da utilização do serviço (art. 6º, X) O estabelecimento destinatário do serviço ( art. 29, III) O valor da prestação no Estado de origem (art. 12, XVII) Prestação onerosa de serviço de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza, ainda que iniciada ou prestada no exterior (art. 4º, III) O momento da prestação (art. 6º, XIV) Nota: Na prestação de serviço de comunicação, quando o serviço for prestado mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhado, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto qu ando do fornecimento desses instrumentos ao adquirente (art. 6º, § único) I - O local onde tiver o início da prestação (art. 28) II - Considera-se, também, local (art. 29, II): 1. do estabelecimento da concessionária ou permissionária que forneça ficha, cartão ou assemelhado, necessários à prestação do serviço (art. 29, II, “a”) 2. da prestação do serviço, quando executada em situação fiscal irregular (art. 29, II, “b”) 3. aquele onde seja cobrado o serviço nos demais casos (art. 29, II, “c”) 1. O valor da prestação (art. 9°, II ) 2. Na falta deste valor, o preço corrente do serviço, no local da prestação (art. 10, IV) Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 25 QUADRO RESUMO FATO GERADOR MOMENTO DA OCORRÊNCIA LOCAL DA OPERAÇÃO/ PRESTAÇÃO BASE DE CÁLCULO Oserviço de transporte ou de comunicação prestado no exterior ou cuja prestação lá se tenha iniciado (art. 4º, § 1º, IX) O momento do recebimento pelo destinatário do serviço (art. 6º, XI) 1. O do estabelecimento do tomador, tratando-se de contribuinte (art. 30, I) 2. O do domicílio do destinatário, nos demais casos (art. 30, II) 3. No serviço de telefonia, o local é do estabelecimento da concessionária ou permissionária que emita a conta ou fatura (art. 30, parágrafo único) O valor da prestação do serviço, se for o caso acrescido de todo o encargo relacionado com sua utilização (art. 12, XVIII) ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DOS TRIBUTOS Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. (.....) Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (.....) VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. NOTA:A alínea “e” foi acrescida pela Emenda Constitucional nº 75, de 15 de outubro de 2013. A Lei Complementar nº 87/96 e CTE não incorporaram tal alteração. (.....) § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 26 exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, “g” (CONFAZ-LC 24/75). (.....) § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (substituição tributária posterior ou subsequente) (.....) Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III - propriedade de veículos automotores. § 1º O imposto previsto no inciso I: I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; Comentário: A Resolução do Senado nº 9/92, estabelece a alíquota máxima de 8% e que a alíquota, fixada em lei estadual, poderá ser progressiva em função do quinhão que cada herdeiro efetivamente receber.. § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; Comentário: 1. A Resolução do Senado Federal nº 22/89, estabelece as seguintes alíquotas: 1.1 - operações e prestações interestaduais - 12%; 1.2 - operações e prestações realizadas nas Regiões Sul e Sudeste, destinadas às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo - 7%; 1.3 - operações para o exterior - 13%; Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 27 2. A Resolução do Senado Federal nº 95/96, estabelece a alíquota de 4% na prestação de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal; 3. A Resolução do Senado Federal nº 13/12, estabelece a alíquota de 4% na operação interestadual com mercadoria ou bem importado. V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, “g” (CONFAZ), as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; VIII - na hipótese da alínea “a” do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual; IX - incidirá também: a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; b) sobreo valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º (ativo financeiro ou instrumento cambial); d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; XII - cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes (LC 87/96); b) dispor sobre substituição tributária (LC 87/96); c) disciplinar o regime de compensação do imposto (LC 87/96); Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 28 d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços (LC 87/96); e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, “a” (LC 87/96, dispositivo sem aplicabilidade em função do inciso X, “a”); f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias (LC 87/96); g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados (LC 24/75). h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, “b” (não existe); i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço (LC 87/96). § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo (ICMS) e o art. 153, I e II (importação e exportação), nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País § 4º Na hipótese do inciso XII, “h”, observar-se-á o seguinte: I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, “g” (CONFAZ), observando-se o seguinte: a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b” (princípio da anterioridade). § 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, “g” (CONFAZ). § 6º O imposto previsto no inciso III: I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. (.....) Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 29 II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II (serviço de transporte intermunicipal e interestadual e de comunicação que estão sujeitos ao ICMS), definidos em lei complementar. § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. § 2º - O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do bem. § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar (LC 116/03): I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas (fixou a máxima em 5%); II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. NOTA: Conforme o art. 88 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, acrescido pela EC n° 37/2002, enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III do § 3º do art. 156 da Constituição Federal, o ISS: 1 - terá alíquota mínima de 2%, exceto quanto aos serviços de construção civil, demolição, reparação, conservação e reforma; 2 - não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resulte, direta ou indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no item 1. Calculo ICMS - Substituição Tributária – CEFIS Prof. Me. João Arlindo P. Gusmão Página 30 Referencias AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006. ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. 6ª ed. 2ª tiragem. São Paulo: Malheiros, 2005. BRASIL. Vade mecum. 3ª ed. São Paulo: Lemos e Cruz, 2009) GRECO, Marco Aurélio. Substituição tributária. São Paulo: IOF, 1999. HARADA, Kiyoshi. ICMS: substituição tributária. Desfazendo equívocos que afetam o princípio da segurança jurídica. Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 2220, 30 jul. 2009. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=13246>. Acesso em 09 de janeiro de 2010. MEIRA JUNIOR, José Julberto. Uma visão crítica da substituição tributária . Jus Navigandi, Teresina,ano 5, n. 49, fev. 2001. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=1404>. Acesso em 11 de janeiro de 2010. SABBAG, Eduardo de Moraes. Direito tributário. 8ª Ed. São Paulo: Premier Máxima, 2006. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ADI 1851 – AL, Plenário. Relator: Ministro Ilmar Galvão. Decisão por maioria. Brasília, 19.03.2003, DJ de 25.04.2003. Disponível em: <http://www.stf.jus.br>. Acesso em 10 de janeiro de 2010.
Compartilhar