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11/10/2019 1 MONITORAMENTO DO PACIENTE ASMÁTICO Prof (a): Annalu Moreira Aguiar 1 Monitoramento do Paciente Asmático INTRODUÇÃO A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores. Clinicamente, caracteriza-se por aumento: • Responsividade das vias aéreas a variados estímulos; • Obs: A responsividade de vias aéreas descreve a facilidade com a qual as vias aéreas se estreitam quando expostas a estímulos provocativos. • Limitação variável do fluxo aéreo; • Caráter recorrente e tipicamente reversível (espontaneamente ou com tratamento); 2 Monitoramento do Paciente Asmático 11/10/2019 2 INTRODUÇÃO Manifesta-se clinicamente por: • Episódios de sibilância; • Dispineia; • Aperto no peito; • Tosse; 3 Monitoramento do Paciente Asmático Os sibilos são sons altos, semelhantes a um assobio que ocorrem durante a respiração quando há bloqueio parcial das vias aéreas Falta de ar/ Dificuldade de respirar PREVALÊNCIA DE ASMA NO BRASIL E NO MUNDO • 8 a 10 % na infância, no sexo masculino; • 5 a 6 % nos adultos jovens; • 7 a 9% em idosos; • Fator de risco: Ter pais com asma • Um dos pais que tem asma, a prevalência é de 25%; • Ambos os pais tem asma, a prevalência é de 50%; • Fatores ambientais; 4 Monitoramento do Paciente Asmático 11/10/2019 3 PREVALÊNCIA DE ASMA NO BRASIL E NO MUNDO • Asma grave: • 5%-10%; • Apresentam maior morbimortalidade relativa, e são responsáveis por um consumo desproporcionalmente alto dos recursos de saúde em relação aos grupos de menor gravidade; • Portadores de asma grave não controlada procuram 15 vezes mais as unidades de emergência médica e são hospitalizados 20 vezes mais que os asmáticos moderado; 5 Monitoramento do Paciente Asmático FATORES DE RISCOS 6 Monitoramento do Paciente Asmático 11/10/2019 4 FISIOPATOGENIA • Há uma resposta do organismo com o objetivo de direcionar elementos do sistema imune para o tecido; • Ocorre vasodilatação, aumento da permeabilidade capilar e migração de leucócitos para a área afetada; 7 Monitoramento do Paciente Asmático 8 Monitoramento do Paciente Asmático • Até 2 horas; • Alérgenos ligam-se a anticorpos IgE a aos mastócitos na mucosa; • Liberação de mediadores da inflamação (histamina, leucotrienos, tromboxano A2); • Contração da musculatura lisa, aumento da permeabilidade vascular e da secreção de muco; • Broncoconstricção, edema da mucosa e hipersecreção de muco; IMEDIATA • 3 a 8 horas; • Broncoconstricção com inflamação das vias aéreas; • Liberação de eosinófilos, leucotrienos e fator da ativação plaquetária (PAF) na parede brônquica; • Liberação de mediadores que desencadeiam um reflexo neural que exarceba a broncoconstricção e a liberação de muco; • Proliferação, diferenciação de linfócitos B e T, macrófagos, neutrófilos, eosinófilos; • Broncoconstricção, hipersecreção de muco e formação de edema geram estreitamento no diâmetro das vias aéreas; TARDIA 11/10/2019 5 CLASSIFICAÇÃO DA ASMA INTERMITENTE LEVE PERSISTENTE MODERADA GRAVE SINTOMAS Raros Semanais Diários Diários e contínuos DESPERTARES NOTURNOS Raros Mensais Semanais Quase diários NECESSIDADE DE BETA 2 PARA ALÍVIO Rara Eventual Diária Diária EXARCERBAÇÕES Nenhuma Presente nas exacerbações Presente nas exacerbações Contínua 9 Monitoramento do Paciente Asmático DIAGNÓSTICO • Critérios clínicos e funcionais: • Anamnese: • Sintomas recorrentes de obstrução das vias aéreas, como chiado no peito (sibilos), tosse, dificuldade para respirar e aperto no peito; • Ocorre/piora à noite ou pela manhã ao despertar OU - ocorre ou piora com exercício, infecção respiratória, exposição alérgenos/irritantes inalatórios (verificar o perfil ocupacional), mudanças climáticas, riso ou choro intensos, estresse ou ciclo menstrual; 10 Monitoramento do Paciente Asmático 11/10/2019 6 DIAGNÓSTICO • Critérios clínicos e funcionais: • Exame físico: • Sinais de obstrução das vias aéreas, como sibilos expiratórios, hiperexpansão pulmonar e tiragem intercostal, estes sinais podem ser de rinite alérgica ou de dermatite atópica / eczema; • O exame físico pode ser normal no período intercrises, o que não exclui o diagnóstico de asma. 11 Monitoramento do Paciente Asmático DIAGNÓSTICO • Critérios clínicos e funcionais: • Exames de função pulmonar (espirometria): • A espirometria permite medir o volume de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, sendo especialmente útil a análise dos dados derivados da manobra expiratória forçada. 12 Monitoramento do Paciente Asmático 11/10/2019 7 TRATAMENTO OBJETIVO? • Controlar os sintomas; • Permitir atividades habituais- trabalho, escola e lazer; • Evitar crises e idas à emergência e hospitalizações; • Reduzir a necessidade de broncodilatador para alívio; • Manter a função pulmonar normal ou a melhor possível; • Minimizar efeitos adversos a medicação; • Prevenir morte; Monitoramento do Paciente Asmático 13 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO • A educação do paciente é parte fundamental da terapêutica da asma e deve integrar todas as fases do atendimento ambulatorial e hospitalar; • Redução da exposição a fatores desencadeantes, incluindo alérgenos/irritantes respiratórios (tabagismo) e medicamentos; • A cada consulta, o paciente deve receber orientações de autocuidado, plano escrito para exacerbações e ser agendado para reconsulta conforme a gravidade apresentada; Monitoramento do Paciente Asmático 14 11/10/2019 8 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Uso contínuo de medicamentos com ação anti-inflamatória, também chamados controladores, sendo corticosteroides inalatórios os principais deles; • Aos controladores se associam medicamentos de alívio, com efeito broncodilatador; • A via inalatória é sempre preferida, para o que se faz necessário o treinamento dos pacientes quanto à utilização correta de dispositivos inalatórios; • O ajuste da terapêutica deve visar o uso das menores doses necessárias para a obtenção do controle da doença, com isso reduzindo o potencial de efeitos adversos e os custos; Monitoramento do Paciente Asmático 15 TRATAMENTO 16 Monitoramento do Paciente Asmático CLASSE/ EXEMPLOS EFEITO COLATERAL Observações BRONCODILATADORES Agonistas Beta-2 Ação rápida: salbutamol, fenoterol; Ação prolongada: salmeterol, formoterol VI, VO, SC, IV Tremor, taquicardia e palpitações • Aumento da glicemia • Hipocalemia • Hipomagnesemia. BRONCODILATADORES Antagonistas Muscarínicos Ipratrópio, Tiotrópio VI Praticamente não apresentam *Usados associados aos agonistas beta 2. BRONCODILATADORES Xantinas Teofilina, teobromina, aminofilina; VI Náuseas, vômitos, dor abdominal, tremor; Taquicardia, convulsões, arritmia cardíaca, hipotensão e morte. . *Pouco utilizados devido os efeitos colaterais. 11/10/2019 9 TRATAMENTO 17 Monitoramento do Paciente Asmático CLASSE/ EXEMPLOS EFEITO COLATERAL CORTICOSTERÓIDES Beclometasona, Budesonida, Mometasona VI, VO Disfonia, candidíase oral; Diabetes melitus, osteoporose, infecções, insuficiência da supra renal, síndrome de Cushing; ESTABILIZADORES DOS MASTÓCITOS Cromoglicato e nedocromil Hipersensibilidade, broncoespasmo e tosse; ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DE LEUCOTRIENOS Montelucaste Pouco utilizados TERAPIA ANTI-IgE Omalizumabe SB Dor no local da aplicação, edema, eritema e prurido, cefaleia, TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Monitoramento do Paciente Asmático 18 11/10/2019 10 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Asma intermitente • Utilizar Beta2 de curtaduração por via inalatória para alívio dos sintomas. • Asma persistente leve • Utilizar Beta2 de curta duração por via inalatória para alívio dos sintomas; • Iniciar terapia anti-inflamatória de manutenção. A primeira escolha é corticosteroide inalatório, por exemplo, beclometasona (400 a 800mcg/dia em adultos e 200 a 400mcg/dia em crianças) ou outro corticosteroide inalatório em doses equivalentes; • Alternativas: antileucotrienos para quem prefere a via oral ou cromoglicato dissódico, especialmente para crianças. Monitoramento do Paciente Asmático 19 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Asma persistente moderada • Utilizar Beta2 de curta duração por via inalatória para alívio dos sintomas; • Manter as mesmas doses de corticosteroide inalatório da etapa II associando a beta2 de longa duração ou duplicar a dose de corticosteroide inalatório; • Quando os sintomas persistirem com os tratamentos anteriores, utilizar doses elevadas de corticosteroide inalatório, associado a beta2 de longa duração com ou sem antileucotrienos e/ou teofilina. • Asma persistente grave • Utilizar corticosteroide por via oral na menor dose necessária para controle dos sintomas, mantendo as medicações da etapa anterior. Monitoramento do Paciente Asmático 20 11/10/2019 11 PRINCIPAIS CAUSAS DA NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO • Inadequada identificação dos sintomas e agentes desencadeantes; • Indicação inadequada de broncodilatadores; • Falta de treinamento das técnicas inalatórias e de prescrição de medicamentos preventivos; • Interrupção do tratamento; • Uso inadequado dos medicamentos; • Suspensão do uso do medicamento devido aos efeitos indesejáveis; Monitoramento do Paciente Asmático 21 PAPEL DO FARMACÊUTICO NO CUIDADO DO PACIENTE ASMÁTICO • DISPENSAÇÃO, ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO; • Informações e aconselhamento ao paciente: • O que é a asma? • Como identificá-la; • Cuidados não farmacológicos; • Educação sobre terapêutica; • Orientação sobre o uso dos nebulímetros; Monitoramento do Paciente Asmático 22 11/10/2019 12 PAPEL DO FARMACÊUTICO NO CUIDADO DO PACIENTE ASMÁTICO Monitoramento do Paciente Asmático 23 Obrigada! Monitoramento do Paciente Asmático 24
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