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ESCOLA DE ENFERMAGEM SÃO VICENTE DE PAULA “Centro Técnico de Ensino LTDA” CNPJ 09.203.265/0001-61 Av. Josefa Taveira, 1806 – Mangabeira II Reconhecida pelo M.E.C. e C.E.E. (83) 3238-7332 DISCIPLINA: PEDIATRIA PROFª: JOKASTA LIMA MOURA (ENFERMEIRA ESPECIALISTA) 4° Módulo Calendário de Avaliações DATA NOTA Primeira avaliação Segunda avaliação Terceira avaliação Reposição Avaliação final UNIDADE 1: INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM PEDIÁTRICA HISTÓRIA DA PEDIATRIA No século passado as crianças eram consideradas instrumentos de produção e por isso importava que as doenças fossem tratadas adequadamente para que as crianças pudessem voltar logo ao trabalho. Era comum que as crianças dos campos fossem tratadas por suas famílias ou um vizinho experiente, as crianças negras por seus donos, se estes estivessem dispostos a providenciar; e as índias, conforme as tradições de cada tribo. Existiam alguns médicos andarilhos, com suas várias formas de charlatanismo (WHALEY; WONG, 1989). Apesar de não existirem estatísticas de mortalidade do período colonial, as doenças epidêmicas que mais matavam nos Estados Unidos incluíam varíola, sarampo, caxumba, varicela, difteria, febre amarela, cólera e coqueluche. Além destas pode-se citar a tuberculose, as doenças nutricionais e os acidentes (WHALEY; WONG, 1989). Vale ressaltar que até hoje em países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil, essas epidemias, com exceção da varicela, continuam ocorrendo. Somente na última metade do século XIX iniciou-se o estudo da pediatria, sob a influência de um médico nascido na Prússia, chamado Abraham Jacobi. Hoje, a Pediatria é vista como um ramo da Medicina que atende o indivíduo durante o período da fecundação à puberdade. Este atendimento está dividido em duas atividades a Puericultura que trata da parte de prevenção, e a Clínica Pediátrica, que é curativa (Alcântara Apud MARCONDES, 1988). Sendo assim, a enfermeira possui atuação direta em ambas atividades, pois seu propósito é promover a prevenção de doenças ou lesões (através de trabalho educativo com os familiares), além da proteção e assistência às crianças. Segundo Sigaud e Veríssimo (1996), para que a assistência de Enfermagem à criança e sua família seja adequada, há a necessidade da detecção do conhecimento sobre crescimento e desenvolvimento. Este saber irá possibilitar à enfermeira: "avaliar a criança quanto ao crescimento, desenvolvimento, necessidades e riscos à saúde; compreender a criança, sabendo o que esperar dela em cada faixa etária; planejar, prestar e avaliar cuidado considerando suas necessidades relativas ao desenvolvimento; auxiliar os pais a compreenderem melhor as crianças e, desse modo, proporcionarem a ela atenção adequada; orientar a equipe de Enfermagem para prestar uma assistência global; atuar de modo mais efetivo, o que trará maior satisfação à enfermeira." DIREITOS DA CRIANÇA: DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: Em 1924, os direitos da criança foram declarados pela ONU, mas o reconhecimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos aconteceu em 1959. Objetivando afirmar que toda criança merece uma infância feliz e que possa gozar de direitos e liberdades, essa declaração enunciou os seguintes princípios: “Toda criança gozará de todos os direitos enunciados na Declaração”: � A criança gozará de proteção especial e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e facilidade, a fim de facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social de forma sadia e normal e em condições de dignidade. � Toda criança terá direito a nome e nacionalidade, desde o nascimento; � A criança gozará os benefícios da previdência social,a criança terá direito à alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas; � À criança incapacitada física ou mentalmente, serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais; � Para o desenvolvimento completo e harmonioso da sua personalidade, a criança precisa de amor e de compreensão. � A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e obrigatória, pelo menos no grau primário; � A criança figurará, em qualquer circunstância, entre os primeiros a receber proteção e socorro; � A criança deve ser protegida contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração; A criança gozará de proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza (ONU, 1959). ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: O Estatuto da criança e do adolescente foi legalizado em 1990, pela Lei Federal nº 8.069. Ao prestar sua assistência, os técnicos e os auxiliares de enfermagem, assim como os demais profissionais de saúde, deverão considerar os direitos prescritos por esse Estatuto, sob pena de serem acionados judicialmente. No Brasil, com relação à saúde, as crianças e os adolescentes têm os seguintes direitos: Art.7º. A criança e o adolescente têm direito à proteção, à vida e a saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Art. 8º. É assegurado à gestante, através do SUS, o atendimento pré e perinatal. Art 9º. O Poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. Art 10º. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: I- manter registro das atividades desenvolvidas pelo prazo de 18 anos; II- Identificar o recém-nascido; III- Proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como, a orientação aos pais; IV- Fornecer declaração de nascimento onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento de neonato. Art 11º. È assegurado atendimento médico à criança e ao adolescente, através do SUS, garantindo o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Art 12º. Os estabelecimentos de atendimentos á saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. Art 13º. Os casos de suspeita ou maus tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade. Art 14º. O SUS promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos. Parágrafo único: É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitária. ( UNICEF, 2014) CONCEITOS BÁSICOS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA: ● EnfermagemPediátrica: É um campo de estudo e de prática da enfermagem dirigida à assistência à criança até a adolescência. Ou, ainda, é um campo da enfermagem que se dedica ao cuidado do ser humano em crescimento e desenvolvimento, desde o nascimento até a adolescência. ● Pediatria: É o campo da Medicina que se dedica à assistência ao ser humano em crescimento e desenvolvimento, desde a fecundação até a adolescência. ● Neonatologia: é o ramo da Pediatria que atende o recém-nascido, desde a data do nascimento até completar 28 dias; ● Puericultura: também denominada de Pediatria Preventiva, é o ramo da Pediatria que cuida da manutenção da saúde da criança e do acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento. ● Hebiatria: é o ramo da Pediatria que atende as necessidades de saúde do adolescente. CLASSIFICAÇÃO DA INFÂNCIA EM GRUPOS ETÁRIOS: Período neonatal: 0 a 28 dias; Infância: de 29 dias a 10 anos - Lactente: 29 dias a 2 anos - Pré – escolar: 2 a 7 anos - Escolar: 7 a 10 anos. Adolescência: de 10 anos a 20 anos. UNIDADE 2 : NEONATOLOGIA CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO RECÉM - NASCIDO CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DO RN (RECÉM-NASCIDO) Quanto a idade gestacional: RN À TERMO OU NORMAL: é toda criança nascida de uma gestação entre 38 a 42 semanas de gestação. (280 dias/ Dando margem de 15 dias antes ou após o parto). RN PREMATURO: é toda criança nascida de uma gestação entre 28 a 37 semanas de gestação. RN POSMATURO: é toda criança nascida de uma gestação com mais de 42 semanas de gestação. Quanto ao peso ao nascer: A.I.G (Adequado para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso > 2,5 a 4 kg P.I.G (Pequeno para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou inferior a 2,5 kg. G.I.G (Grande para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou superior a 4 kg . CUIDADOS APÓS O NASCIMENTO: 1. Cuidados IMEDIATOS ao RN: São aqueles prestados logo após o nascimento, ou seja, nas duas primeiras horas que sucedem o parto. Receber e secar o recém-nascido rápida e cuidadosamente, com um pano limpo e seco, da cabeça aos pés, limpando o sangue e o mecônio, sem retirar o vernix caseoso, limpar a face do recém-nascido com gaze limpa; Manter a temperatura corporal estável (seco e ambiente térmico neutro); Manter a via aérea permeável (aspirações de secreções); OBS: 1º se aspira a boca, depois o nariz. Avaliação das condições vitais do RN, através da Escala de Apgar. PONTUAÇÃO: SEM ASFIXIA – 8 A 10 COM ASFIXIA LEVE – 7 A 5 COM ASFIXIA MODERADA – 4 A 3 COM ASFIXIA GRAVE – 2- 0 Realizar clampeamento do cordão umbilical (coto ± 3 cm); Identificação do RN (Nome da gestante, data e hora do nascimento): Proteger o RN contra infecções; Encaminhar o RN junto à mãe (apego precoce e aleitamento materno) 2. Cuidados MEDIATOS ao RN : São aqueles prestados na Unidade de Internação Pediátrica. � Manter vias aéreas permeáveis; � Manter temperatura adequada; � Realizar profilaxia da doença hemorrágica com vitamina K (administra 1mg por via IM, no vasto lateral da coxa); � Realizar profilaxia ocular com Nitrato de Prata a 1% - Credeização/Método de Credê - ( administrar nos olhos a fim de evitar oftalmia gonocócica, transmitida verticalmente); Proteger o RN contra infecções; Proteger o RN de lesões e traumatismos; Medidas antropométricas: Alimentar a criança com leite materno exclusivamente; 3. PRIMEIROS DIAS DO RN Durante os primeiros dias após o nascimento, os pais aprendem a alimentar, a banhar e a vestir a criança, familiarizando-se com suas atividades e sons. A primeira urina produzida por um recém-nascido é concentrada e, freqüentemente, contém substâncias químicas denominadas uratos, que podem dar às fraldas uma coloração rosa,que não deve ser confundida com sangue. A primeira evacuação consiste no mecônio (substância negro-esverdeada e viscosa), que é conteúdo do intestino formado durante a gestação por secreções digestivas do fígado, pâncreas e intestino fetal, líquido amniótico deglutido e células intestinais Todo recém-nascido deve eliminar o mecônio nas primeiras 24 horas após o nascimento. Após 2 a 3 dias do nascimento surgem as chamadas "fezes de transição". Durante os primeiros dias de vida, o recém-nascido normalmente perde 5 a 10% de seu peso ao nascimento. Este peso é rapidamente recuperado à medida que ele começa a se alimentar. 4. ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO Anamnese Histórico materno: Paridade, antecedentes maternos (uso de drogas, tabagismo, álcool), informações sobre gestações, trabalho de parto e partos anteriores, intercorrências no pré-natal. Histórico familiar: Enfermidades atuais e significantes em membros da família, consangüinidade. Histórico neonatal: Ocorrências no pré-parto e sala de parto, Boletim de Apgar, necessidade de reanimação, amamentação. Exame físico neonatal O primeiro exame físico do recém-nascido tem como objetivo: Detectar a presença de malformações congênitas Avaliar a capacidade de adaptação do recém-nascido à vida extra-uterina. O exame físico deve ser realizado com a criança despida, mas em condições técnicas satisfatórias. Exame: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: ● PC (Perímetro Cefálico) = +/- 35 cm ● PT (Perímetro Torácico) = +/- 33 cm ● Tamanho 48 a 52 cm. ● Peso natal de 2500-3500g ASPECTO GERAL: ● POSTURA : Nas primeiras horas após o nascimento, todo o RN mantém-se encurvado, com os MMSS/II fletidos (+ 72h). PELE: ● No momento do nascimento vermelho brilhante, edematosa, lisa. ● Segundo ou terceiro dia: cor rosa, escamosa, seca. ● Observamos edema em torno dos olhos e no rosto, pernas e escroto ou lábios vaginais. ● Presença de Vérnix Caseoso: secreção normal da pele, rica em glicoproteínas, colesterina, ferro e albumina, caracterizada por uma película lipóide, a qual se atribui propriedades imunitárias. Facilita a passagem do feto na hora do parto, e é reabsorvida pela pele nas 48 horas após o parto. ● Icterícia fisiológica: surge após 24 horas e tem como causa a imaturidade das células hepáticas/ hemólise exagerada (eritroblastos imaturos). Terapêutica: Fototerapia. ● Millium Facial ou sebáceo: são glândulas sebáceas dilatadas sobre a região frontal e nasal (1º mês). ● Mancha Mongólica: é uma mancha de forma irregular, de coloração azulada, localizada na região lombo-sacra ou sacro-glútea que desaparece por volta dos 10 anos.Apenas 10% dos recém-nascidos caucasianos (raça branca) apresenta a mancha mongólica, mas aparece em cerca de 80% dos recém-nascidos de raça negra e mongólica. Daí o nome. Não há relação com a Síndrome de Down. � CABEÇA: ● O crânio tem 6 ossos: 1 frontal, 1 occipital, 2 parietais e 2 temporais. Sua forma mais comum é a ovóide, mas ao passar pelo canal vaginal pode sofrer alterações como: Acavalgamento: superposição dos ossos Caput-Succedaneum: edemados tecidos moles do couro cabeludo. Cefalematoma: hemorragia com acúmulo de sangue entre periósteo e o osso. ● Fontanelas: São espaços cartilaginosos, quadriláteros encontrados na cabeça através da palpação. Principal função: facilitar a passagem do feto no canal do parto. As principais são: Fontanela Anterior ou Bregma:em forma de losango 2,5-4,0 cm. Fontanela Posterior ou Lâmbda:em forma de triangulo, 0,5-1 cm. � OLHOS: ● Os olhos normalmente estão fechados. ● Cor: cinza, azul-escuro, pardo. ● As pálpebras geralmente estão edemaciadas ● Ausência de lágrima. � ORELHAS: ● Observar forma, tamanho, simetria, implantação e papilomas pré-auriculares. Uma anomalia do pavilhão pode estar associado a malformação do trato urinário e anormalidade cromossômicas. ● A acuidade auditiva pode ser pesquisada através da emissão de um ruído próximo ao ouvido e observar a resposta do reflexo cocleo-palpebral, que é o piscar dos olhos. � NARIZ: ● Observar forma; permeabilidade nasal,capacidade de identificar odores. � BOCA: ● Observar a conformação do palato (ogival); a presença de fenda palatina; da fissura labial (lábio leporino); o desvio da comissura labial que pode estar associado à paralisia facial por traumatismo de parto. ● Visualizar a úvula e avaliar tamanho da língua e freio lingual. � PESCOÇO: ● Curto e com mobilidade. Por volta dos 3 meses, há sustentação. � TÓRAX: ● Os diâmetros antero posterior e lateral são iguais. ● Observar o hipertrofia das mamas. ● Evidente a apófise xifóide. � PULMÕES: ● A respiração é abdominal, quando predominantemente torácica e com retração indica dificuldade respiratória. ● A freqüência respiratória média é de 40 até 60 respirações por minuto. � CORAÇÃO: ● A freqüência cardíaca varia entre 120 a 140 batimentos por minuto. ● Há cianose transitória ao chorar ou fazer força � ABDOME: ● A distensão abdominal pode ser devida à presença de líquido ● O cordão umbilical cai entre 7 e 10 dias. � ÓRGÃOS GENITAIS: ● Masculina Meato urinário externo na ponta da glade, deverá estar centralizado. A palpação da bolsa escrotal permite verificar a presença ou ausência dos testículos, que podem encontrar-se também nos canais inguinais. A fimose é fisiológica ao nascimento. ● Feminina Lábios e clitóris geralmente com edemas e/ou proeminentes. Pode aparecer nos primeiros dias uma secreção sanguinolenta devido a queda de estrógenos.Hímen visível � EXTREMIDADES: ● Os dedos devem ser examinados (polidactilia, malformações ungueais). ● Planta geralmente é plana. EXAME NEUROLÓGICO : ● O exame neurológico compreende a observação da atitude, reatividade, choro, tônus,movimentos e reflexos do recém-nascidos. ● Observam-se os reflexos das seguintes categorias: Alimentação: sucção, deglutição, protusão da língua. Postural: moro, marcha, engatinhar, tônus do pescoço. Proteção: sobressalto, extensão cruzada dos membros inferiores, pestanejar. Social: pressão plantar Babinski ( sem classificação) 5. PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL O PNTN tem como objetivo geral, identificar distúrbios e doenças no recém-nascido em tempo oportuno para intervenção adequada, garantindo tratamento e acompanhamento contínuo às pessoas com diagnóstico positivo, conforme estabelecido nas linhas de cuidado, com vistas a reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A triagem neonatal é realizada por meio de testes capazes de detectar precocemente um grupo de doenças congênitas e hereditárias, geralmente assintomáticas no período neonatal (até 28 dias do nascimento). Coleta de sangue - Teste do pezinho Esse teste é feito no sangue e a coleta é realizada através de um pequeno furo, geralmente no calcanhar e gotinhas de sangue são cletadas em papel filtro especial para análise laboratorial que geralmente demora poucos dias. Ele não deve ser realizado no momento de nascimento e do 3º ao 5º dia de vida . O teste básico é oferecido pelo SUS e inclui pesquisa para: anemia falciforme, hipotireidismo congênito, fenilcetonúria (e fibrose cística em alguns estados). O teste do pezinho é realizado nos postos de saúde de todo o país. A anemia falciforme é uma doença prevalente no nosso meio, principalmente em pessoas de origem afro-brasileira. Consiste em uma anemia genética onde as células sanguíneas apresentam-se de formato diferente do que o normal o que causa inúmeras alterações no corpo como dores ósseas intensas, propenção para algumas infecções graves entre outras. Os sintomas iniciam aos 6 meses e a precoce detecção da doença leva a profilaxias que poderam significar a vida do bebê. O hipotireidismo congênito é um doença rara que afeta apenas 1 a cada 4.000 recém-nascidos. É a deficiência dos hormônios tireoidianos e estes são responsáveis pelo crescimento dos neurônios até os 2 anos. Se não tratado até os 3 meses a doença leva ao retardo mental. Se tratada ao nascimento o recém-nascido não apresentará sintomas. A fenilcetonúria é uma doença genética rara que afeta 1 a cada 10000 nascidos. É o defeito em uma enzima que atua no desenvolvimento do bebê. Sem ela o corpo acumula uma substância tóxica ao sistema nervoso chamada fenilalanina, assim em excesso causa atraso de desenvolvimento motor, convulsão entre outros. Com o diagnóstico precoce desta doença estes efeitos podem ser evitados se o paciente não ingerir substâncias com fenilalanina (como leite materno, ovo, carnes entre outros). Teste auditivo Tecnicamente chamado de teste de emissão otoacústica. Sua função é detectar deficiência auditiva. É feito com equipamento especial que emite sons e verifica a resposta dos ouvidos ao estímulo. É um teste indolor que algumas vezes tem que ser repetido ou complementado. É realizado por um fonodiologo e sua realização se o exame for normal assegura a mãe que o bebê não apresenta deficiência auditiva ao nascer e não por toda a vida. Os testes devem ser realizados no primeiro mês de vida e, nos casos positivos, deve-se realizar o encaminhamento para diagnóstico e tratamento, conforme o que está estabelecido na Diretriz de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal. Teste ocular É realizado por meio de exame de inspeção e Teste do Reflexo Vermelho na retina (TRV) em recém-nascidos visando diagnóstico presuntivo do retinoblastoma, da catarata congênita e de outros transtornos oculares congênitos e hereditários. Os exames devem ser realizados até o 5º dia de vida do bebê e a reavaliação pelo menos uma (01) vez até o 1º ano de vida. Nos casos positivos deve-se encaminhar para diagnóstico, tratamento e acompanhamentos específicos, conforme o que está estabelecido na Diretriz da Atenção à Saúde Ocular na Infância: detecção e intervenção precoce para a prevenção de deficiências visuais. UNIDADE 3: CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA As vacinas (cujo nome advém de vaccinia,o agente infeccioso da varíola bovina, que, quando é injetado no organismo humano, proporciona imunidade à varíola no ser humano) são substâncias tóxicas, que ao serem introduzidas no organismo de um animal, suscitam uma reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por um determinado agente patogênico, por forma a tornar o organismo imune a esse agente (e às doenças por ele provocadas). São, geralmente, produzidas a partir de agentes patogênicos (vírus ou bactérias), ou ainda de venenos, previamente enfraquecidos. Por inserir no organismo esse tipo de substâncias, os efeitos colaterais podem ser adversos, correspondendo ao esforço que nosso corpo está fazendo para controlar as substâncias.. UNIDADE 4: A ENFERMAGEM, O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA. O Crescimento ( C ) e o desenvolvimento ( D ) , são indicadores da saúde das crianças; por essa razão o acompanhamento desses processos se constitui na ação –eixo da assistência à saúde da criança.. FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: � Fatores intrínsecos - genéticos, metabólicos e malformações, muitas vezes correlacionados, ou seja, podem ser geneticamente determinadas. � Fatores extrínsecos - dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança CRESCIMENTO: Constitui as alterações biológicas que implicam em aumento corporal da criança, manifestadas pelo aumento do tamanho das células (Hipertrofia), e pelo aumento do número de células (Hiperplasia). É um quantitativo. Referencia-se por: ● Peso ● Estatura ● Perímetro cefálico ● Perímetro torácico ● Alteração das fontanelas ● Dentição ● Alterações na proporção corporal e tecidos corporais Peso ( P ): Evolução do peso: ● A criança perde 10% do peso de nascimento até o 10º dia de vida. ● Ganha de 20 a 30g por dia até os primeiros 3 meses de vida. ● A criança triplica o peso do nascimento até os 12 meses. Estatura : ● A estatura é uma medida fiel do crescimento de uma criança. ● Sua curva espelha a vida anterior e torna visível toda a história do crescimento. ● Até a idade de dois anos, a criança é medida deitada e são necessárias duas pessoas para tomar essa medida. ● A criança deve ser medida uma vez ao mês ou a cada consulta de puericultura. Perímetro cefálico (PC): ● É a circunferência do crânio. A circunferência da cabeça aumenta rapidamente no primeiro ano de vida, a fim de adaptar-se ao crescimento do cérebro. ● Essa medida permite identificar “alterações”. ● Essa medida deverá ser verificada a cada consulta ambulatorial, mensalmente. Perímetro torácico (PT): ● Medida da circunferência do tórax, importante para detectar algumas doenças. ● A característica dessa medida consiste na mudança de sua relação com o perímetro craniano (PC). ● A relação entre Pc e Pt - Até 6 meses: Pc é superior a Pt - Cerca de 6 meses: Pc é igual a Pt - Cerca de 9 meses: Pc é inferior a PT Dentição: ● A idade média normal para o nascimento dos primeiros dentes de leite é por volta de 6 meses de idade. ● Durante o nascimento dos dentes do bebê, poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e abaulamento da gengiva, com aumento da salivação, estado febril, e até as fezes podem ficar mais líquidas. DESENVOLVIMENTO: DESENVOLVIMENTO: É o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas. A criança desenvolve controle neuro-muscular, destreza e traços de caráter, funções que só podem ser medidas por meio de provas funcionais. ● Desenvolvimento da linguagem ● Desenvolvimento motor ( ou físico) ● Desenvolvimento congnitivo (psicológico) ● Desenvolvimento social e afetivo Desenvolvimento da linguagem: ● As crianças nascem com o mecanismo e a capacidade de desenvolver a fala e as habilidades de linguagem. Entretanto elas falarão de forma expontânea. ● O gesto procede a fala, e dessa maneira uma pequena criança comunica-se de modo satisfatório. ● Em todos os estágios do desenvolvimento da linguagem, a compreensão do vocabulário por parte das crianças é maior do que a expressão. Desenvolvimento motor: Desenvolvimento cognitivo (psicológico): ● Jean Piaget – o desenvolvimento da inteligência esta nos sentidos e nas ações. ● A criança tem necessidade de agir para aprender, como não possui experiência do adulto, para ela tudo está para descobrir. ● Atividades de imitação e descobertas Desenvolvimento social e afetivo: ● No começo da vida, a criança brinca com os MMSS e MMII, boca e com todo o corpo. ● No decurso das experiências cotidianas, a criança descobre o prazer de se comunicar com os outros. ● Para o desenvolvimento adequado, é necessário que a criança tenha oportunidade de fazer sozinha tudo que é capaz. CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS EM SUAS DIFERENTES ETAPAS DE VIDA: Recém – nascido ( 0 a 28 dias) e lactente ( 29 dias a 2 anos): ● O RN não tem sua personalidade organizada e interage com o meio apenas em função de suas necessidades fisiológicas como fome, sede, frio, etc. ● No recém – nascido o reflexo de sucção, a sensibilidade para movimentos, para o som e o tato são bem desenvolvidas.A sucção é basicamente a principal forma dele relacionar-se com o meio que o cerca. ● A criança que não tem atendidas essas necessidades pode vir a desenvolver a chamada Carência Afetiva. A criança com carência afetiva apresenta e agarra-se a quem cuida dela. Pré – Escolar ( 2 a 7 anos): ● Desenvolve a linguagem, é observador e faz perguntas. Fica inseguro quando seus hábitos e rotinas sofrem alguma modificação; ● Movimenta-se muito ( anda, corre, sobe, desce,pula). Seu pensamento orienta-se pela imaginação e pela fantasia. ● Para o pré-escolar, a mãe é a fonte de segurança, proteção e ajuda, frente às situações que possam causar angústia ou qualquer tipo de sofrimento. Escolar ( 7 a 10 anos) : ● Nesta etapa, a criança adquire grande independência física e psicológica. Criatividade e aprendizagem são características marcantes. ● Tem noção de tempo e espaço.Gosta de correr, pular, perseguir, fugir, participar das tarefas dos adultos. ● Embora apresente um grau avançado de independência em todos os aspectos, ainda necessita de carícias físicas e afeto. Adolescente ( de 10 a 20 anos) : ● Fase de autodefinição e identificação de seu papel.imita as pessoas ou ídolos que admira; ● Embora esteja em fase de amadurecimento emocional, apresenta, muitas vezes, grande instabilidade. É ansioso e deprime-se com facilidade; ● Gosta de quebrar regras sociais e de contrariara opiniões; ● Valoriza , de forma mais acentuada, a imagem corporal, a sexualidade, a privacidade e a autonomia. UNIDADE 4: ADMISSÃO E ALTA DA CRIANÇA ADMISSÃO: A admissão da criança na unidade de internação pediátrica é um dos momentosmais críticos na hospitalização, pois, pode ser considerada como uma experiência traumática e geralmente estressante para as crianças e seus pais. O técnico de enfermagem entrevista a mãe ou a pessoa responsável pela criança, procurando obter o maior número possível de informações que possam auxiliar na sua adaptação e tratamento. A criança e a mãe bem recebidos e orientados terão mais facilidade para aceitar e colaborar com as condutas e procedimentos diagnósticos e terapêuticos. PROCEDIMENTOS: 1- RECEBER a criança e a mãe gentilmente, identificando-se e permitindo que elas se identifiquem. 2- APRESENTAR os profissionais da equipe que estiverem presentes no momento; aos companheiros da unidade; toda a área física, orientando quais os locais em que poderão transitar e as áreas reservadas apenas para os profissionais; a unidade da criança, inclusive banheiros e instalações sanitárias. 3- EXPLICAR a mãe e a criança sobre as rotinas da unidade; horários; vestuário;ordem e higiene da unidade;higiene da criança;higiene do acompanhante;proibição de fumar; alimentação;recreação;uso do telefone;visitas e reuniões educativas. 4- ORIENTAR sobre a importância da presença da mãe ou pessoa significativa para a criança durante a hospitalização. 5- ESTIMULAR a participação e colaboração da mãe na assistência à criança 6- IDENTIFICAR com o cartão no berço, nome e todos os dados da criança. 7- VERIFICAR e anotar no relatório de enfermagem o nome da criança, idade, sexo, procedência, nome da mãe e endereço, queixa principal, peso, estatura, perímetro cefálico (PC), perímetro torácico(PT) e perímetro abdominal( Pabd),hipótese diagnóstica, outros dados que achar importante ( feridas, escabiose, pediculose, sangramento, higiene, etc) e anotar os procedimentos realizados ( ex: coletor de urina, coleta de exames, soro oral, medicação administrada, aspiração, higiene, etc). 8- ENCAMINHAR a criança ao banho acompanhado da mãe. 9- ORIENTAR a mãe a quem deverá dirigir-se em caso de dúvidas ou outros problemas de ordem social ALTA A alta da criança, devido a implicações legais, deve ser dada por escrito pelo médico. Assistência de enfermagem na alta hospitalar: ● Certificar-se da alta; ● Administrar medicamentos, se houver; ● Orientar a mãe a sobre a continuidade do tratamento e uso de medicamentos, se houver; ● Registrar a saída da criança no relatório de enfermagem: horário, estado da criança, tempo de permanência no hospital, hipóstese diagnóstica, pessoa que a acompanhou na saída. UNIDADE 5: O HOSPITAL PEDIÁTRICO Definição: é o local destinado à internação de crianças, cuja idade pode variar de 0 a 15 anos, equipado para atender as necessidades globais do indivíduo nas diferentes faixas etárias de crescimento, do nascimento até a adolescência. CARACTERÍSTICAS DO HOSPITAL PEDIÁTRICO: ● Unidade de Berçário - Unidade destinada à internação de recém nascido de 0 a 28 dias de vida, durante sua permanência no hospital. ● Unidade Pediátrica - Local destinado à internação, diagnóstico e tratamento de crianças, com idade que pode variar de 0 a 15 anos. ● Lactário – destina se ao preparo e distribuição do leite ou qualquer substituto do recém – nascido e/ou paciente da pediatria. A HOSPITALIZAÇÃO E SEUS EFEITOS SOBRE A CRIANÇA: Normalmente, os problemas que a criança terá de enfrentar ao adoecer e hospitalizar-se são: ● Perda relativa de autonomia e competência, percepção de fragilidade e de estar vulnerável; ● Quanto maior o tempo de hospitalização, menores as oportunidades de desenvolvimento normal para a criança. RECÉM NASCIDOS E LACTENTES: ● Estes apresentam aparência geral de infelicidade, apetite indiferente e dificuldade de ganhar peso, choro freqüente, apatia, respostas fracas aos estímulos, aceleração do trânsito intestinal e sono agitado (hospitalismo). CRIANÇAS DE DOIS A CINCO ANOS: ● Para criança separadas total ou parcialmente, do familiar significativo, é comum a reação de separação constituída de três fases ( vivenciadas no todo ou em parte). ● Angústia ou protesto: O sintoma dominante desta fase é a ansiedade aberta. A criança se apresenta inquieta, recusa alimentação ou aceita com avidez e vomita, chora muito, pede pela mãe, tem dificuldade de dormir, aponta para entradas e saídas dos enfermeiros. ● Resignação ou depressão: Se persistir a privação, a criança se torna mais tranqüila aparentemente adaptada à situação. Ela já não acredita que possa mudar a situação. Sente que seus esforços são inúteis. A expressão pode ser resignada, triste ou indiferente. Não expressa medo e carece de vitalidade e energia. Pode demonstrar desespero à presença da mãe ou quando é deixada por alguém com quem estabeleceu vinculação. ● Defesa: Não rejeita atenção; pode se apegar a alguém, mas se ocorre troca constante de pessoal que a assiste, apega-se a brinquedos ou a comida; o desapego é reação à perda. Aceita sem protesto alimentos e brinquedos. Pode sorrir e ser sociável. Aparentemente vai tudo bem. Quando a mãe visita reage indiferença ou pode estar apática, rancorosa e briguenta. Essa maneira de se desligar pode ser indicativo de psicopatias. CRIANÇAS DE SEIS A DEZ ANOS: ● Podem apresentar reações de ansiedade da separação, sem as manifestações de pânico comuns a idade pré-escolar. ● As fantasias de mutilação, ânsias de castração e preocupações exageradas com a privacidade, moléstia e, com a escola são frequentemente detectadas. ● Temor de perder habilidades já adquiridas, depressão, apatia e fobia ( medo do escuro, de pessoas e procedimentos terapêuticos) ADOLESCENTES: ● As reações apresentadas nesta faixa etária são ansiedade, insegurança, rejeição dos procedimentos, inclusive os já aceitos, raiva, depressão, rejeição afetiva, inclusive dos pais, masturbação etc. SEQÜELAS DA HOSPITALIZAÇÃO (TEMPORÁRIAS E/OU PERMANENTES) ● Detenção ou regressão do desenvolvimento emocional: retorno a dependência materna, incapacidade de relacionamento; ● Distúrbios relativos de conduta: hostilidade, agressividade, destrutibilidade, desonestidade, delinquência, evasão da responsabilidade e passividade; ● Comportamentos regressivos: erros de linguagem, perda de controle esfincteriano, principalmente vesical, masturbação, terror noturno, chupar dedo e roer unha. OS PAIS DA CRIANÇA HOSPITALIZADA ● Medo do realístico ou irrealístico da doença e do desconhecido; ● Sentimentos de culpa e/ou de ambivalência para com a criança. ● Insegurança e ausência de controle sobre o ambiente hospitalar, pessoas, rotinas, procedimentos e equipamentos; ● Medo de perder o afeto do filho; OBS.: Desta forma, trabalhar com crianças implica em trabalhar com seus pais, especialmente com sentimentos e atitudes. A EQUIPE ASSISTENCIAL HOSPITALAR: Trabalhar com a criança e seus pais não é uma tarefa fácil. Vários sãoos problemas que a equipe tende a enfrentar; ● Ansiedade dos pais, que os torna inseguros, agressivos, exigentes, com dificuldades de compreensão e memorização. ● Ansiedade da criança, que se mostra revoltada ou infeliz, tem dificuldade de cooperar com o tratamento, responde mal à terapêutica. ● Atitudes dos familiares: desconfiança, agressividade direta, ameaças veladas, cobranças, resoluções imediatas. Estes problemas e reações são previsíveis. A equipe deve estar preparada e estruturada para tratar com os pais e crianças, realizando um trabalho educativo, de apoio e curativo. UNIDADE 6: NECESSIDADES BÁSICAS DA CRIANÇA HOSPITALIZADA Dentre as necessidades básicas da criança hospitalizada podemos encontrar: 1. Higiene; 2. Sono e repouso; 3. Eliminações; 4. Hidratação; 5. Alimentação; 6. Medidas de segurança e proteção (física, terapêutica e psicológica) 7. Recreação. 1.0.HIGIENE: Desde pequena, a criança sente conforto ao ter seu corpo limpo. TIPOS DE HIGIENE: ● Banho : È um procedimento de rotina no momento da admissão, diariamente e sempre que necessário. ● Higiene das mãos: Muitas infecções e doenças são transmitidas através das mãos, mas o ciclo pode ser facilmente interrompido pela higiene adequada tanto das pessoas que cuidam das crianças, quanto delas próprias, além de lembrar o indispensável cuidado com as unhas que devem ser mantidas curtas ( diminuem o risco de lesões de pele) ● Higiene Oral: É a limpeza adequada da boca da criança, tendo como objetivo obter uma dentição permanente, equilibrada e intacta.. ✔ Nos lactentes sem dentes, deve ser realizada a limpeza da gengiva e da língua uma vez por dia, com água filtrada e gaze. ✔ Nos lactentes com dentes, pré-escolares, escolares e adolescentes, deverá ser realizada com auxílio de dentifrício ( preparado que serve para limpar os dentes) e escova com cerdas macias. ● Higiene do Coto Umbilical: Fazer curativo com álcool a 70% até a queda do coto umbilical ✔ Observar e registrar as condições do coto ( presença de secreção ou sangramento) e região periumbilical ( hiperemia e calor) ● Higiene Perineal: É um procedimento importante que permite observar o aspecto e a consistência das eliminações da criança e as condições da pele da criança. ✔ A criança hospitalizada necessita, na maioria das vezes, de controle de diurese, sendo assim, a fralda descartável tem maior utilidade, pois além de oferecer menos riscos de assadura, é mais fidedigno, porque a urina fica armazenada, ocorrendo menos vazamento. ● Higiene Nasal : É a remoção de muco acumulado nas narinas com o objetivo de facilitar a respiração da criança. ● Higiene Auricular: É a remoção de excesso de secreção (cerúmen) do conduto auditivo externo e a remoção da sujeira do pavilhão auricular. ● Higiene Ocular: É a retirada de secreções localizadas na face interna do globo ocular. 2.0. SONO E REPOUSO: O sono e repouso consistem no tempo de recuperação e de reconstrução necessários a cada indivíduo, para que se sinta bem. Durante a hospitalização, é comum que a criança saia da sua rotina de repouso devido a mudança de ambiente, agitação da unidade de internação ou constantes manipulações. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM; ● O sono não deve ser associado a idéias negativas como castigo; ● Promover a companhia do familiar, oferecendo apoio, carinho e calor humano, para facilitar o adormecer; ● Respeitar o despertar natural e calmo da criança; ● Quando a necessidade de sono e repouso não for satisfeita, procurar investigar suas causas para corrigi-las. 3.0. ALIMENTAÇÃO: A alimentação consiste na ingestão de substâncias minerais e orgânicas destinadas à formação e reparação dos tecidos do organismo. A alimentação é a condição essencial à saúde, crescimento e desenvolvimento da criança. A alimentação natural é de muita importância para a vida das crianças, pois além de atender as necessidades nutritivas e energéticas, auxiliam no desenvolvimento sadio de uma personalidade. ALIMENTAÇÃO NATURAL: ● O leite materno é o alimento mais perfeito e ideal para o RN, tanto do ponto de vista nutritivo quanto afetivo e imunológico. ● Contém as quantidades suficientes de todos os componentes essenciais para sua alimentação ( água, proteínas totais, caseína, aminoácidos, lactoalbumina, gorduras, sais minerais e vitaminas). ● O aleitamento materno previne o aparecimento de várias doenças na vida adulta. ● Vantagens da Amamentação: o Mais cômodo o Mais econômico o Fácil digestão; o Maior aproximação entre mãe e filho; o Maior imunidade o Sem risco de infecção ou contaminação para criança; ● Assistência de Enfermagem: ✔ - Orientar a mãe a lavar as mãos antes de amamentar ✔ - Orientar a mãe a fazer uma dieta balanceada ✔ - Amamentar em local calmo e agradável; ✔ - A criança deve estar acordada, limpa e vestida de modo adequado, antes de iniciar a amamentação; ✔ - Deixar a criança mamar até sentir-se satisfeita; ✔ - Orientar a mãe para fazer a criança eructar durante e após as mamadas; ✔ -Após a mamada deitar a criança em decúbito lateral direito e um pouco elevado ( facilitando o esvaziamento do estômago e diminuindo o risco de regurgitação) ✔ - Orientar a mãe a oferecer as duas mamas em cada mamada. Só passar para a seguinte quando a primeira estiver vazia, e que sempre deve-se começar pela última mama que foi oferecida na mamada anterior ( permite maior produção d leite e a criança recebe a quantidade adequada de gorduras em todas as mamadas) 4.0.HIDRATAÇÃO Vias de eliminação da água: A eliminação da água no organismo humano se faz através dos rins, pele, intestinos, secreção lacrimal e glândulas mamárias ( lactação) TIPOS DE HIDRATAÇÃO: a) Oral: ( boca, sonda nasogátrica (SNG), sonda orogástrica(SOG). ● É a via preferível nos casos de desidratação leve. ● TRO – (terapia de reidratação oral) Objetivos; ✔ Reduzir a morbidade e a mortalidade pela diarréia; ✔ Reduzir custos das hidratações em massa; ✔ Reduzir as internações; ✔ Corrigir as perdas de águas e eletrólitos. b) Parenteral: Via utilizada nas doenças severas com vômitos graves, diarréia, desidratação grave, perda de sangue e perda da consciência. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DA HIDRATAÇÃO DA CRIANÇA: * Certificar-se dos líquidos prescritos para serem administrados pelas vias oral e parenteral; * Orientar a mãe ou acompanhante para oferecer líquidos prescritos ( água,SRO) a criança nos intervalos da alimentação; *Administrar os líquidos via parenteral no tempo prescrito; * Controlar rigorosamente o gotejamento do soro; * Anotar toda a administração de líquidos pelas vias parenteral e oral; * Anotar as eliminações de urina, fezes, vômitos, drenagens etc, descrevendo a quantidade e o aspecto. 5.0.ELIMINAÇÕES: As eliminações são feitas através da pele( suor), pulmões (ar) e principalmenteatravés dos aparelhos urinários ( urina) e intestinal ( fezes). O controle das eliminações é um cuidado importante de enfermagem – indica o funcionamento dos sistemas excretores da criança e auxiliam no seu diagnóstico. ● Eliminação Urinária: O sistema urinário desempenha papel importante na eliminação de resíduos e no equilíbrio hidroeletrolítico do organismo. ✔ Algumas doenças de baixo volume urinário (oligúria) deixam a urina mais concentrada e de cor mais escura. ✔ Algumas medicações e o aumento da ingesta líquida provocam o maior volume de urina tornando-a mais líquida e clara. ✔ Alguns alimentos e drogas alteram o odor e o aspecto da urina. ● Eliminação Instestinal:O aparelho intestinal elimina as substâncias , que não são mais aproveitadas pelo organismo através das fezes que são compostas, principalmente, por resíduos alimentares e água ( 60 a 80%). Características das fezes: ✔ Mecônio : Primeiras fezes ( produto da degradação do líquido aminiótico e bile); de cor verde escuro, quase preto, pegajosa e inodoro ( desaparece aproximadamente no 3º dia de vida) ✔ Fezes lácteas: são caracterizadas pelo tipo de leite que a criança ingere. Leite Materno : as fezes são líquido-pastosas, de cor amarelo-ouro ( eliminadas de 2 a 5 vezes por dia) Leite Artificial: são caracterizadas por fezes endurecidas, mais claras excretadas com menos freqüência ( eliminadas entre 2 a 3 vezes ao dia) ✔ A medida que a criança cresce as características das fezes são mais semelhantes as do adulto, tornando-se de consistência pastosa e cor marrom ou castanho. ● Vômitos: É a eliminação do conteúdo gástrico pela boca. È muito freqüente em crianças, podendo estar ou não associado a doenças. ✔ As características dos vômitos são importantes para definir sua causa e auxiliar no diagnóstico da criança. Deve-se observar o volume, a freqüência e o tipo de material eliminado. 6.0.MEDIDAS DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO: Todos os elementos das equipes de saúde e hospitalar ( desde o porteiro, funcionários da limpeza, copeiros etc) são responsáveis pela segurança e bem-estar da criança hospitalizada. No hospital, a equipe de enfermagem é a maior responsável por prevenir acidentes à criança hospitalizada, pois permanece as 24 horas do dia junto a ela. ● Medidas de proteção e segurança física: ✔ As grades do berço precisam ser mantidas suspensas e seguramente presas em todas as ocasiões; ✔ O berço deve ficar afastado de unidades de aquecimento ou de cordões pendentes; ✔ Quando colocar a criança em cadeirinhas próprias para alimentação ou em assentos de bebês, prender a criança para evitar queda ou deslizamento; ✔ Ao ser colocada em balança ou mesa para exames, deve ser constantemente protegida de quedas ✔ Os armários de medicamentos precisam ser mantidos fechados e os remédios não devem ser deixados sobre a mesinha de cabeceiras; ✔ Os interruptores devem permanecer cobertos e longe do alcance da criança; ✔ Antes de iniciar o banho, testar a temperatura da água (evitar queimaduras ou resfriados). ▪ Medidas de proteção e segurança terapêutica: MEDICAÇÃO: ✔ Observar e seguir rotinas de preparo, diluição e administração; ✔ Verificar rigorosamente o nome e a dose correta – antes de administrar a medicação; ✔ Controlar rigorosamente o gotejamento do soro ( volumes excessivos em curtos períodos podem provocar sérios distúrbios circulatórios, hepáticos e renais) EXAMES: Exames em jejum ( choro e desespero) – dar cuidado especial como : higiene, segurança, conforto e carinho. CIRURGIAS: Nas cirurgias os riscos maiores, podem ocorrer secção de órgão, queimaduras e choques de origens diversas. ▪ Medidas de proteção e segurança psicológica: Várias situações ameaçam a segurança psicológica da criança durante a hospitalização: - Internações sem acompanhantes; - Horários rígidos e fixos de visitas; - Sensações de dor, ansiedade e medo decorrentes da doença e dos procedimentos terapêuticos; -Indiferença dos profissionais de saúde na assistência, os quais afetam pais e filhos. ▪ Recreação: ✔ Recrear é utilizar o tempo disponível da maneira mais agradável : brincando, lendo, jogando, bordando, ouvindo música, etc. ✔ O brinquedo é uma necessidade inata da criança. Representa a oportunidade para o aprendizado e desenvolvimento de suas habilidades. ✔ A recreação funciona para criança como um apoio em suas novas relações humanas, além de ajudá-las a lidar com o medo e a ansiedade causados pela hospitalização. UNIDADE 7: CUIDADOS DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DIARRÉIA AGUDA A diarréia aguda é uma doença caracterizada pela perda de água e outros componentes químicos fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Resulta do aumento do volume e freqüência da evacuação e da diminuição da consistência das fezes, que podem se apresentar líquidas e, algumas vezes, conter muco e sangue, como acontece nas disenterias. A maioria das diarréias agudas é provocada por um agente infeccioso - vírus ou bactéria , e geralmente dura menos de duas semanas. PRINCIPAIS CAUSAS DA DIARRÉIA AGUDA 1. Falta de higiene tanto pessoal como no ambiente domiciliar e sua proximidade; 2. Ingestão de alimentos contaminados: mal lavados, mal conservados ou lavados ou cozidos em água contaminada; 3. Desmame precoce: pelo risco de a mamadeira ser mal lavada ou feita com água contaminada; 4. Falta de saneamento básico: moradias sem rede de esgoto, com córregos ou rios contaminados, próximas a esgotos correndo a céu aberto Obs.: Devemos, portanto, estar atentos aos sinais e sintomas da desidratação: 1 – Depressão na fontanela ou moleira dos bebês 2 – Olhos encovados e sem brilho 3 – Expressão lânguida no rosto 4 – Lábios ressequidos 5 – Língua esbranquiçada e grossa 6 – Pulso fraco 7 – Pouca urina 8 – Prostração ou torpor 9 – Ocorrência ou não de febre TRATAMENTO DA DIARRÉIA AGUDA O tratamento será determinado em função do quadro apresentado. Como as crianças são os pacientes preferenciais dessa doença, veremos a seguir as possibilidades mais freqüentes: I - A criança com diarréia, mas sem sinais de desidratação:Os familiares devem ser orientados sobre a doença, o risco de complicações e a adotar seguinte conduta: ✔ Procurar o serviço de saúde; ✔ Dar mais líquidos à criança, preparados com ingredientes disponíveis em casa, como o soro caseiro e sucos; ✔ Manter a alimentação habitual, em especial o leite materno, aumentando a freqüência das mamadas; ✔ Não mudar o tipo e quantidade dos alimentos que a criança come. II - A criança com diarréia e sinais de desidratação (mesmo grave) A reidratação oral com soro é o tratamento ideal. Suas principais recomendações são: ✔ Continuar a oferecer o leite materno, junto com o soro, aos bebês. ✔ Se o paciente vomitar, o volume administrado de soro deve ser reduzido e a freqüência da administração, aumentada(menos quantidade de soro, oferecido mais vezes durante o dia). ✔ A família deve estar atenta aos sinais de piora e, caso ocorram, proceder a administração do soro de reidratação oral e levar a criança imediatamente ao serviço de saúde. Principais sinais de piora: sede intensa, vômitos freqüentes,piora da diarréia , irritabilidade , prostração , choque. PREVENÇÃO DA DIARRÉIA AGUDA As seguintes e simples medidas podem ser adotadas para evitar a ocorrência das diarréias agudas: 1. Manter uma boa higiene. 2. Lavar as mãos com sabão após limpar uma criança que acaba de evacuar; após a própria evacuação; antes de preparar a comida; antes de comer e antes de alimentar as crianças. 3. Na falta de água tratada, ferver a água e filtrar, tanto para o cozimento quanto para a ingestão; 4. Lavar, com água fervida, os utensílios utilizados no preparo dos alimentos; 5. Não ingerir alimentos contaminados, mal conservados ou mal acondicionados; dar preferência aos alimentos saudáveis e preparados na hora; 6 Verificar o prazo de fabricação e validade dos produtos adquiridos em supermercados. 7. Manter o aleitamento materno exclusivo recomendado para bebês até 6 meses de vida; 8. Seguir o esquema básico de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde. 9. Dar destinação correta ao lixo doméstico e construir fossas domiciliares, evitando, desse modo, a contaminação ambiental e alimentar pelo lixo e/ou fezes. UNIDADE 8 : CUIDADOS DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO DEFINIÇÃO: É a deficência de água e eletrólitos corpóreos por perdas superiores à ingesta devido a: anorexia, restrição hídrica, por perdas aumentadas gastrintestinais (vômito e diarréia), perda urinária (diurese osmótica, administração de diuréticos, insuficiência renal crônica), e perdas cutâneas e respiratórias (queimaduras e exposição ao calor). CAUSAS: ● A mais freqüente decorre de perdas gastrintestinais. ● A diarréia é portanto a causa mais importante e responsável por óbitos em crianças menores que 5 anos, podendo evoluir de modo mais prolongado e desfavorável em crianças sem aleitamento materno, desnutridas, imunodeprimidas ou em doenças crônicas. Além do que a incidência é maior nas populações de baixo nível socioeconômico. DIAGNÓSTICO: Segundo a estratégia do AIDPI, as crianças precisam ser avaliadas até os 5 anos obedecendo o seguinte critério: Avaliação da sua condição geral, pesadas sem roupas e verificar se há sinais de alerta. CLASSIFICAÇÃO DA DESIDRATAÇÃO A perda de peso aguda é o melhor indicador de desidratação. A classificação pode ser basear no quadro clínico dividido em três grupos: TRATAMENTO: ● Se aleitamento materno exclusivo, aumentar a freqüência e o tempo, e oferecer soro de reidratação oral (SRO) com colher ou copo. ● Recomendar à mãe ou o cuidador das crianças a ofertar freqüentemente líquido com colher toda vez que evacuar na seguinte quantidade: Até 01 ano: 50 – 100ml depois de cada evacuação aquosa. Um ano ou mais: 100 – 200ml após cada evacuação aquosa. ● Caso ocorram vômitos, aguardar 10 minutos e depois continuar, porém mais lentamente. ● Pesar a criança sem roupa no início da reidratação e a cada hora. O ganho de peso é um excelente critério de sucesso da reidratação. ● CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO GRAVE: Considera-se quando: comatosa, pulso fino impalpável, sinal da prega muito diminuído (mais de 2 seg) olhos muito fundos, fontanela funda ou deprimida, mucosa seca, não consegue beber ou bebe muito mal. Inicia-se terapia endovenosa em três fases: expansão, manutenção e reposição. Fase de expansão: ● Pesar a criança sem roupa . ● A fase da expansão termina quando a criança clinicamente estiver hidratada, com duas micções claras, densidade urinária menor que 1010, associada ao bom ganho de peso sem roupa. Fase de manutenção: ● Visa repor perdas normais de água e eletrólitos que não proporcionais à atividade metabólica. Fase da reposição: ● Visa repor as perdas anormais no caso de diarréia, a reposição deve cobrir perdas fecais de água e eletrólitos. UNIDADE 9: CUIDADOS DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DESNUTRIÇÃO A desnutrição pode ser classificada em LEVE, MODERADA E GRAVE. A classificação da intensidade está baseada no déficit de peso em relação à idade, e a altura assim como na altura em relação a idade – adotando-se como base uma curva do crescimento. SINAIS CLÍNICOS DOS CASOS GRAVES DE DESNUTRIÇÃO ✔ Trata-se de um grupo de condições patológicas, resultante da falta concomitante de calorias e proteínas em proporções variáveis. ✔ Acomete, com maior freqüência os lactentes e pré-escolares e, freqüentemente associada a carência de vitaminas e minerais. ✔ As formas graves de desnutrição . o marasmo, o kwashiokor e as formas mistas . se manifestam clinicamente de maneira típica, conforme relacionado abaixo, e devem ser reconhecidas pelos profissionais de saúde para referência imediata a um serviço de maior complexidade onde estejam disponíveis recursos e condutas adequadas para a recuperação nutricional. MARASMO KWASHIORKOR • Magreza extrema e atrofia muscular. • Perda intensa de tecido subcutâneo • Abdômen proeminente devido à magreza. • Aspecto simiesco. • Pele frouxa, sobretudo nas nádegas. • Peso para idade sempre inferior ao percentil 3. • Irritabilidade. • Apetite preservado na maioria dos casos • Edema geralmente generalizado. • Perda moderada de tecido subcutâneo. • Hepatomegalia. • Cabelo fraco, seco e descolorido. • Alterações cutâneas são freqüentes. • Peso para idade muito abaixo do percentil 3. • Apatia. • Anorexia. KWASHIORKOR MARASMÁTICO • Características de marasmo com edema ou sinais de kwashiorkor em crianças com perda intensa de tecido subcutâneo e peso para idade inferior ao percentil 3. • Depois de curto período de tratamento, com o desaparecimento do edema, apresentam características típicas de marasmo. ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM ● Inscrever no Programa todas as crianças desnutridas; ● Acompanhamento individual pela equipe de atenção à criança (mensal, quinzenal ou semanal conforme a necessidade); ● Orientar à mãe sobre a alimentação da criança (adequada a cada caso);cuidados de higiene; vacinação;estímulo ao desenvolvimento; acompanhamento do crescimento e desenvolvimento pelo cartão da criança; ● Agendar atividades educativas com as mães enfocando alimentação, aleitamento materno vacinação, crescimento e desenvolvimento, técnicas de estimulação da criança (massagens,brincadeiras,etc) e práticas de alimentação alternativa. ● Controle de PC mensalmente, até 2 anos ● Controle de estatura mensal ● Avaliar sistematicamente o cartão da criança (vacinação, crescimento, desenvolvimento, intercorrências);REFERENCIAS ● ALCÂNTARA, P. Introdução ao Estudo de Pediatria. In: MARCONDES, E. Pediatria Básica. 7.ed. São Paulo: Sarvier, 1988. p.3-10. ● BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA CRIANÇA Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 2014. ● SIGAUD, C.H.S.; VERÍSSIMO, M.L.R. Enfermagem Pediátrica: o cuidado de enfermagem à criança e ao adolescente. São Paulo: Pedagógica e Universitária, 1996. ● WHALEY, L.F.; WONG, D.L. Enfermagem Pediátrica: elementos essenciais à intervenção efetiva. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara/Koogan, 1989. ● http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/1083 -sas-raiz/dahu-raiz/programa-nacional-de-triagem-neonatal/l2-programa-naciona l-de-triagem-neonatal/15166-triagem-neonatal-objetivos ● http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/protocolos/desnutricao.pdf ● http://www.sbp.com.br/