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Realidade de irradiação no Brasil - custos e investimento Atualmente, a irradiação comercial de alimentos é aplicada em cerca de 50 países, utilizando aproximadamente 200 instalações. As instalações, em sua maioria, utilizam o Cobalto 60 (60Co) como fonte de irradiação. Custo de instalação é de 3 a 5 milhões de dólares. As primeiras pesquisas foram realizadas na década de 50, pelo CENA Centro de Energia Nuclear na Agricultura. USP Piracicaba. O uso desse processo é limitado pelo alto custo das instalações e pela falta de divulgação, subsidiada por estudos e pesquisas ao consumidor. Os consumidores precisam estar seguros de que os alimentos irradiados são seguros e inócuos Segundo o CGEE (2010) entre os obstáculos que se tem, no Brasil, para a expansão do uso da tecnologia da irradiação, podem-se destacar: número muito pequeno de empresas para a prestação de serviços de irradiação de alimentos e embalagens; nível de capacidade para investimentos de muitos agronegócios brasileiros muito baixo; várias dificuldades para o financiamento da construção das 38 instalações para a irradiação; dificuldades dos derivados do transporte, dos centros de produção até empresas que prestam serviços de irradiação e seu custo; o perfil dos agronegócios e de boa parte das cadeias do agronegócio é constituído por muitas empresas de pequeno e médio porte, que, em tese, tem dificuldades para implantar inovações tecnológicas em seus processos de produção; o provável custo adicional da aplicação da irradiação. O uso de irradiação ainda não começou no Brasil devido à falta de interesse do empresário e por falta de informação sobre o assunto, que é um dos maiores problemas para a difusão dessa tecnologia. Artigo 1- Nutricional aspects of irradiated food Para avaliar a relevância das perdas nutricionais pela irradiação, é necessário considerar o consumo recomendado diário desses nutrientes, as maiores fontes desses nutrientes e como esses nutrientes já são consumidos pela população. Macronutrientes (carboidratos, lipídios e proteínas) não são afetados pela irradiação. Já as vitaminas apresentam certa sensibilidade mas a sensibilidade varia entre as vitaminas. (apresentar tabela de sensibilidade) A sensibilidade dos nutrientes vai depender da composição do alimento, como ele está embalado, temperatura do alimento, presença de oxigênio e também de acordo com algum processo que ele já tenha sofrido antes da irradiação. Por exemplo, as perdas podem ser minimizadas quando o produto está à vácuo ou congelado. A baixa temperatura reduz a formação de compostos voláteis nos alimentos, que afetam a qualidade do alimento irradiado. O perfil aminoacídico e o valor biológico das proteínas não são afetados pela irradiação. Avaliando ácido graxos essenciais dos óleos de peixe, cereais e legumes, também não apresenta perda após a irradiação. Os minerais são relativamente não afetados pela irradiação. A tiamina (vitamina B1) é uma das vitaminas que mais sofre com o processo de irradiação de alimentos. A perda de tiamina pode ser de até 50% nas carnes mas esse valor pode ser minimizado quando utilizado em alimentos à vácuo, ou baixas concentrações de oxigênio, e em baixas temperaturas. Mesmo levando em consideração o pior cenário, com perda de 50% de Tiamina, a FDA afirma que não há prejuízos na recomendação diária de ingestão da Tiamina. De modo geral, a irradiação de carnes não afeta prejudica a ingestão dos micronutrientes presentes na carne. As fontes mais importantes de vitaminas A (leite, queijo, manteiga) e E (oléos, margarina, manteiga) são dificilmente irradiadas. As perdas de vitamina C são consideradas as mesmas perdas que ocorreriam naturalmente no crescimento, armazenamento e manipulação da fruta. Os cogumelos quando irradiados apresentaram um AUMENTO da vitamina D. Outro artigo, aborda a irradiação em feijão. O processo de irradiação com dose de 6 kGy mostrou redução dos fatores antinutricionais em relação ao feijão cozido, sendo o mais efetivo para a disponibilidade do ferro. Dessa forma, aliando os processos de irradiação (dose de 6 kGy) e cocção tem-se melhora na disponibilidade do ferro presente no grão, com consequente melhora no valor nutritivo, além de conferir conservação prolongada ao grão. FITATOS E TANINOS. Como conclusão do artigo, pode-se afirmar que as perdas nutricionais dos alimentos irradiados impactam minimamente no perfil nutricional da população. Artigo 2- Atitude do consumidor frente à irradiação de alimentos? O artigo tem como objetivo realizar um levantamento do nível de conhecimento e aceitação da irradiação de alimentos, na cidade de Belo Horizonte. Foi realizada uma entrevista pessoal de 218 pessoas de diferentes bairros e classes sociais. Não foi realizada nenhuma explicação prévia sobre a irradiação de alimentos. O nível de educação e renda familiar apresentaram uma correlação positiva em relação ao conhecimento sobre irradiação de alimentos. Do total dos entrevistados, 59,6% não sabiam que irradiação de alimentos era um processo de conservação de alimentos ou não souberam responder se consumiriam alimentos irradiados. 16% dos entrevistados acreditam que alimentos irradiados era a mesma coisa que alimentos radioativos. Num outro artigo citado pelo autor, realizado nos EUA, 33% dos entrevistados acreditam que alimentos irradiados significam alimentos radioativos. 62% dos entrevistados alegaram não saber se a irradiação de alimentos pode trazer danos à saúde do consumidor ou danos ambientais. 92% não conheciam o símbolo de alimentos irradiados, sendo que 16% comprariam alimentos irradiados pela influência do símbolo, mesmo não sabendo do seu significado, informando que o símbolo transmite segurança, qualidade e confiança. Artigo 3 - Conhecimento e atitudes sobre alimentos irradiados de nutricionistas que atuam na docência. Esse artigo avaliou o conhecimento e atitudes de nutricionistas frente à irradiação de alimentos. Os nutricionistas são um dos profissionais da área da saúde considerados pelo consumidor confiáveis na transmissão de informação sobre alimentos irradiados. 66 docentes nutricionista foram entrevistados e foi utilizado como premissa a definição de alimentos irradiados disposta na legislação. 13,6 afirmaram desconhecer o que são alimentos irradiados (5 mestres e 4 especialistas), sendo um dos mestres exerce atividade de docência há mais de 10 anos. 12,1% afirmaram de alimentos irradiados são radioativos, sendo que 10,5% dos entrevistados afirmaram saber o que são alimentos irradiados e os classificaram como alimentos radioativos. 71,2% afirmaram desconhecer o processo de irradiação de alimentos. 16,7% afirmaram que não consumiriam alimentos irradiados. 97% dos docentes afirmaram não abordar sobre irradiação de alimentos em sala. 80% afirmou que consumiria alimentos irradiados se tivessem conhecimento a respeito.
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