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Grupo Unico PDF Passe@diante
decoracao@editoraonline.com.br
www.editoraonline.com.br
 Os mamíferos formam o grupo de animais vertebrados mais diversificado em termos evolutivos e de variedade de es-
pécies da Terra. Nesta classe, incluem-se os morcegos, os cães, os macacos, as baleias, os cavalos, os veados e muitos outros, 
inclusive o próprio Homem.
 Descendentes de um determinado grupo de répteis, foram capazes de sobreviver ao arrefecimento global do fim da Era 
Mesozóica, provavelmente graças a algumas vantagens evolutivas, com a capacidade de controlar internamente a tempera-
tura do corpo, e assim foram ocupando os espaços deixados vagos com a extinção dos grandes répteis.
 Hoje, são eles que, ao lado dos artrópodes, dominam os ambientes terrestres, mas também podem ser encontrados 
no ar e na água. Caracterizam-se por alimentar suas crias com leite produzido pelas glândulas mamárias – daí o nome da 
classe – e apresentar, na grande maioria, o corpo coberto de pelos. A temperatura de seus corpos é regulada internamente 
por um mecanismo cerebral e mantida constante. Além disso, destacam-se também pelo cuidado que têm com a prole, mais 
acentuado que em qualquer outra classe de animais.
 Em geral, adaptam-se bem em diferentes ambientes, sendo capazes de modificar o seu comportamento de acordo 
com as condições encontradas no meio. Alguns grupos, principalmente o dos primatas, podem chegar a formar sociedades 
muito complexas. 
 Numerosa, a classe dos mamíferos comporta mais de 4.500 diferentes espécies, espalhadas por todos os continentes. 
Quase metade desse número é composta de roedores e cerca de um quarto de quirópteros (morcegos). No caso do Brasil, 
são cerca de 520 espécies, divididas em 11 ordens, dez de animais placentários e uma de marsupiais. 
 Estudar esses seres não é tarefa fácil, haja vista a grande diversidade de espécies, cada qual com suas características 
peculiares. Assim, neste Guia, mostramos alguns dos representantes brasileiros mais conhecidos, com uma ficha técnica 
completa do animal, além de matérias que explicam quem são eles, as principais diferenças entre essa classe e as demais, as 
espécies ameaçadas de extinção e, ainda, alguns dos principais mamíferos do mundo.
 Espero que apreciem esta quarta edição do Guia de Animais Brasileiros. Boa leitura!
DOMÉSTICOS
De selvagens a 
Grupo Unico PDF Passe@diante
S u m á r i o
História e Anatomia 06
Brasileiros 14
Marsupiais
Catita (Gracilinanus microtarsus) 16
Cuíca-lanosa (Caluromys sp.) 16
Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) 17
Edentatos
Preguiça Real ou Unau (Choloepus didactylus) 18
Tamanduá-bandeira (Mymercophaga tridactyla) 19
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) 20
Tatu-peba (Euphractus sexcinctus) 21 
Quirópteros
Morcego (Anoura geoffroyi) 22
Morcego-vampiro (Desmodus rotundus) 23
Primatas
Bugio-preto (Alouatta caraya) 24
Cuxiú-preto (Chiropotes satanas) 25
Guigó(Callicebus donacophilus) 26
Macaco-aranha (Ateles belzebuth) 27
Macaco-barrigudo (Lagothrix lagotrichia) 28
Macaco-prego (Cebus apella) 29
Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) 30
Mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) 31
Muriqui (Brachyteles acrachnoides) 32
Sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus) 33
Carnívoros
Ariranha (Pteronura brasiliensis) 34
Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) 35
Cachorro-do-mato-vinagre (Spheotos venaticus) 36
Gato-maracajá (Leopardus wiedii) 37
Guaxinim (Procyon cancrivorous) 38
Irara (Eira barbara) 39
Jaguatirica (Leopardus pardalis) 40
Jurupará (Potos flavus) 41
Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) 42
Onça-pintada (Panthera onca) 43
Quati (Nasua nasua) 44
Puma (Puma concolor) 45
Cetáceos
Baleia-franca (Eubalena australis) 46
Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) 47
Boto-cinza (Sotalia fluviatilis) 48
Golfinho flipper (Tursiops trucatus) 49
Golfinho-rotador (Stenella longirostris) 50
Sirênios
Peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis) 51
Peixe-boi marinho (Trichechus manatus) 52
Perisodáctilos
Anta (Tapirus terrestris) 53
Artiodáctilos
Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) 54
Veado-catingueiro (Mazama gouazoupira) 55
Roedores
Capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) 56
Cutia (Dasyprocta fuliginosa) 57
Ouriço-cacheiro (Sphiggurus spinosus) 58
Paca (Agouti paca) 59
Ratão-do-banhado (Myocastor coypus) 60
Serelepe (Sciurus aestuans) 61
Lagomorfos
Tapeti (Sylvilagus brasiliensis) 62
Mundo 64
Bisão-europeu (Bison bonasus) 66
Canguru (Macropus rufus) 66
Cervo-nobre (Cervus elaphus) 67
Chimpanzé (Pan troglodytes) 67
Dromedário (Camelus dromedarius) 68
Elefante (Elephas maximus) 68
Girafa (giraffa camelopardalis) 69
Hipopótamo (Hippopotamus amphibius) 69
Leão (Panthera leo) 70
Lhama (Lama glama) 70
Tigre (Panthera tigris) 71
Domésticos 72
Cabra 74
Cachorro 74
Cavalo 75
Gato 75
Ovelha 76
Porco 76
Porquinho-da-índia 77
Vaca 77
Extinção e conservação 78
Onde encontrar 82
Grupo Unico PDF Passe@diante
Agradecimentos:
Luis Camargo e Rodrigo Teixeira, do Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros - Sorocaba (fotos e informações); Maria Luiza Gonçalves e Luiz Antônio Lula, da Fundação Parque 
Zoológico de São Paulo (fotos e informações); Roberto Cabral Borges, do IBAMA (fotos e informações); Rogério V. Rossi, mestrando do Museu de Zoologia da USP (informações); Sinara 
Lopes Vilela, da Associação Mico-Leão-Dourado (fotos e informações); Enrico Marcovaldi, do Projeto Baleia Jubarte (fotos e informações); Gabriel E. Gonçalves de Oliveira e Paula 
Nogueira (informações); prof. e dr. Mario De Vivo, curador do acervo de mastozoologia do Museu de Zoologia da USP (informações).
Aos revisores: Cecília Pessutti e Paulo Tadeu Matheus de Camargo, do Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros - Sorocaba; Alexandre Cavarzere Durigan, biólogo e mestrando 
da PUC-Campinas; Carlos Lins, biólogo da Fundação Mamíferos Aquáticos; Cristiano Leite Parente, engenheiro de pesca da Universidade Federal de Pernambuco; dr. Gumercindo Loriano 
Franco, zootecnista da FAV – UnB e bolsista do CNPq; Mara Cristina Marques Ângelo, bióloga da Fundação Parque Zoológico de São Paulo; .
Grupo Unico PDF Passe@diante
 H i s t ó r i a e a n a t o m i a
Desde os 
Minúsculos ou gigantescos e de formatos 
multivariados, eles estão por toda parte. Na 
terra, na água e no ar, nos diversos climas e 
em todos os cantos do Planeta, os mamíferos 
são uma das mais variadas classes
PRIMÓRDIOS
4
5
6 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
1 Ancestral Baleia:
Nome: Ambulocetus 
Nome científico: Ambulocetus natans
Época: Eoceno
Local onde viveu: Ásia
Peso: cerca de 350 kg
Tamanho: 3 m 
Alimentação: carnívora 
Viveu há aproximadamente 50 milhões de anos
2 Ancestral Canídeos e Felinos:
Nome: Miacid
Época: Eoceno
Local onde viveu: Ásia
Peso: cerca de 10 kg
Tamanho: 60 cm
Alimentação: carnívora
Viveu há aproximadamente 56 milhões de anos
3 Ancestral Cavalo:
Nome: Cavalo primitivo
Nome científico: Hyracotherium
Época: Eoceno 
Local onde viveu: América do Norte e Europa
Peso: cerca de 20 a 30 kg
Tamanho: aproximadamente 70 cm
Alimentação: herbívora
Viveu há aproximadamente 55 milhões de anos
4 Ancrestral Primatas:
Nome: Plesiadapis 
Nome científico: Plesiadapis 
Época: Paleoceno 
Local onde viveu: Europa e América do Norte
Peso: cerca de 1 kg
Tamanho: 30 cm
Alimentação: herbívora
Viveu há aproximadamente 60 milhões de anos
5 Ancestral Roedores:
Nome: Telicomys
Nome científico: Telicomys giganteus
Época: Pleistoceno
Local onde viveu: América do Sul
Peso: cerca de 250 kg
Tamanho: 2 m
Alimentação:herbívora
Viveu há aproximadamente 5 milhões de anos
1
2
3
Com mais de 4,6 mil espécies e muitas outras já ex-
tintas, os mamíferos constituem uma das classes de 
animais vertebrados mais diversificadas em termos 
morfológicos (formas e estruturas) e de ocupação de 
hábitats. Inclui bichos bastante distintos como o gam-
bá, a baleia, o morcego, o homem, e muitos outros. 
 Entre os seus representantes, existe uma clas-
sificação que os separa de acordo com as seguintes 
características: animais ovíparos, que põem ovos, 
como o ornitorrinco; marsupiais, cujas crias nascem 
prematuras e terminam seu desenvolvimento agarra-
das a um mamilo, dentro de uma bolsa (marsúpio), 
como os cangurus e gambás; e animais placentários, 
cujos filhotes permanecem mais tempo no interior 
do corpo da mãe e já nascem mais desenvolvidos, 
como o cachorro e o cavalo.
 A classe mammalia foi criada por Lineu (1707-
1778) – naturalista sueco – em 1758, para comportar 
os animais vertebrados que alimentam seus filhotes 
com leite produzido por glândulas mamárias.
 Além dessa característica básica, os mamíferos 
também se diferenciam de outros vertebrados pelo 
corpo (em maior ou menor grau) coberto de pelos, 
aorta única curvando-se para o lado esquerdo, pre-
sença de diafragma completo e maxilar relativamente 
simples, constituído de dois ossos fundidos em um só.
 Entre as principais características não exclusivas 
da classe, os mamíferos possuem respiração pulmonar 
e a capacidade de geração interna de calor, ou endoter-
mia. Tamanhos, formas e hábitats variam muito nessa 
classe, como veremos a seguir.
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Guia de Animais Brasileiros - 7 
Grupo Unico PDF Passe@diante
 H i s t ó r i a e a n a t o m i a
Distribuição geográfica
 Eles habitam todos os ambientes e climas, desde o nível do mar (e abaixo dele), até as 
altas montanhas e cordilheiras. Das gélidas regiões polares aos secos e escaldantes desertos, e às 
quentes e úmidas florestas tropicais.
Nos mares e gelos árticos vivem a morsa e algumas focas, enquanto as baleias e as toninhas habitam 
os oceanos. Na água doce, de rios e banhados, estão os castores, as lontras e certas cuícas. 
 A maioria das espécies de mamíferos é terrestre. Os campos, os cerrados e as florestas 
abrigam muitos carnívoros, roedores e ungulados, entre outros. 
 Cada espécie tem uma distribuição geográfica e ecológica mais ou menos definida e 
restrita. No entanto, a limitação do hábitat pode ser estreita ou ampla, variando de acordo 
com as necessidades e com a capacidade de adaptação de cada espécie.
 Ao longo da história, os mamíferos têm sido muito úteis e economicamente importan-
tes para o Homem e, por outro lado, também prejudiciais.
 Espécies domesticadas fornecem alimento, vestuário e transporte. Isso sem falar nos 
“pets”, animais de estimação, criados para fazer companhia e compartilhar o lazer.
 Contudo, alguns, como os roedores, que invadem plantações, e os carnívoros, que ata-
cam as criações, podem causar prejuízos econômicos; outras espécies, por sua vez, podem 
servir como reservatório de doenças. Mas essa é a natureza e, mesmo que esses animais en-
trem em conflito com o ser humano e seus interesses, há muito mais qualidade e beleza para 
falar deles.
Anatomia, fisiologia e metabolismo dos mamíferos
Tamanho e forma de diminutas espécies de insetívoros a gigantescas baleias, os mamífe-
ros variam muito quanto à forma e ao tamanho. Os menores representantes da classe en-
contram-se entre determinadas espécies de mussaranhos, como o mussaranho-pigmeu, que 
mede cerca de 4 cm. Quando nascem – pelados e de olhos fechados – alguns desses peque-
nos insetívoros pesam cerca de 0,5 g e são menores que uma abelha.
 Extremo oposto, por exemplo, é a baleia-azul (Balaenoptera musculus), que chega 
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Exclusivo no Reino Animal: filhotes 
de marsupiais nascem pré-maturos e 
desenvolven-se agarrados ao corpo da mãe
8 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Guia de Animais Brasileiros - 9 
a atingir cerca de 30 m de comprimento e a pesar 119 
toneladas, sendo o maior animal já conhecido, dentre 
todas as classes.
 Entre as espécies terrestres, o campeão de tamanho 
é o elefante-africano (Loxodonta africana), que chega a 
medir até 8 m de comprimento, 4 m de altura e pesar 
cerca de 7 toneladas.
 Em geral, a cabeça dos mamíferos é relativamente 
grande, por causa do cérebro mais desenvolvido. O pes-
coço pode ser longo, como nos camelos e nas girafas, ou 
curto e, em alguns casos, como na baleia, por exemplo, 
até imperceptíveis. Os olhos também são dispostos de 
forma variada: frontalmente, como nos primatas e nos 
carnívoros, o que lhes aumenta a percepção de profundi-
dade; ou lateralmente, como nos herbívoros, o que lhes 
possibilita perceber a aproximação dos predadores de ân-
gulos variados.
 Como uma caixa, o crânio tem a função de pro-
teger o cérebro e os três principais órgãos dos sentidos – 
visão, audição e olfato. Constitui-se de vários ossos uni-
dos que se soldam com o passar do tempo. As maxilas, 
em geral, têm dentes, e a mandíbula diferencia-se pela 
simplicidade. É constituída de apenas dois ossos que se 
unem muito cedo, parecendo ser um único osso.
 Confinados nos maxilares, os dentes dos mamífe-
ros são implantados em alvéolos e, em geral, apresen-
tam grande diversificação, existindo mais de 50 tipos de 
dentições. Nos casos mais complexos, existem 4 tipos de 
dentes: incisivos, caninos, molares e pré-molares. São em 
números pares nas duas metades de cada maxilar, poden-
do diferir de um maxilar para outro.
Pele, pelos e glândulas 
 Os mamíferos apresentam duas camadas de pele 
superpostas: a derme e a epiderme. A primeira, mais 
profunda, é repleta de nervos e vasos sanguíneos, reco-
bre os músculos e abriga os sistemas de defesa contra 
infecções e várias glândulas. A segunda camada, mais 
superficial, é a que oferece proteção mecânica ao corpo 
do animal com relação ao meio externo. Sua superfície 
geralmente é recoberta de pelos, que são constituídos 
de queratina. Essa mesma substância protéica mor-
ta também forma outros anexos epidérmicos, como 
unhas, garras, cornos e outros.
 Todos os mamíferos apresentam uma camada de 
gordura (hipoderme) sob a pele, que serve como um 
isolante térmico, além de constituir uma significativa re-
serva de substâncias enérgicas.
 Os diferentes padrões de cores dos mamíferos re-
sultam de diferenças na pigmentação do pelo. A pelagem 
desses animais costuma sofrer mudanças periódicas, ge-
ralmente no outono, para garantir um novo revestimen-
to para o inverno. Nas regiões temperadas (mais frias), 
boa parte das espécies apresenta uma segunda troca na 
primavera, que resulta em uma cobertura mais fina e cur-
ta para o verão.
 Além das distintivas glândulas mamárias, os mamí-
feros também possuem uma série de outras glândulas, 
com funções específicas, que podem liberar secreções 
externas ou internas (indócrinas): sudoríparas, sebáceas, 
produtoras de substâncias odoríferas e de feromônios – 
substância que influi no desenvolvimento ou no com-
portamento de outros membros de uma mesma espécie. 
 As glândulas sebáceas têm a função de lubrificar a 
pele e os pelos, para que eles não ressequem ou se tornem 
quebradiços; as sudoríparas secretam suor para regular a 
temperatura do corpo e auxiliar a excreção de sais e uréia. 
Porém, nem todos mamíferos transpiram; as glândulas de 
cheiro podem ter função de defesa, como no caso dos gam-
bás, que as utilizam para afastar o predador, por exemplo.
Esqueleto
 O esqueleto, sistema muscular e sistema nervo-
so dos mamíferos, é adaptado para servir aos modos 
de locomoção da classe. Ele possui cartilagens em di-
versas partes, como nas articulações e nas costelas e, 
com seus músculos eligamentos, a coluna vertebral 
e os membros a ela articulados são de fundamental 
importância para os animais terrestres. Os que vivem 
em meio aquático contam com a água para ajudar a 
sustentar o próprio peso, e o sistema muscular prati-
camente só é exigido para o deslocamento.
 A disposição da coluna varia muito entre as di-
versas espécies de mamíferos, mas todas apresentam 
cinco regiões bem definidas: cervical, torácica, lom-
bar, sacra e coccígea.
 Com relação aos membros, os mamíferos apresen-
tam um padrão básico que costuma variar de acordo com 
o modo de vida de cada um. Essa variação está ligada 
principalmente às funções locomotoras (andar, correr, 
escalar etc) e específicas (cavar, no caso das toupeiras 
– que têm membros anteriores muito curtos; ou desen-
volver grandes velocidades, como no caso dos cavalos e 
outros ungulados, cujas patas são bastante longas).
 O esqueleto e a constituição dos pés e das mãos dos 
mamíferos também apresentam grande variedade de formas 
Guia de Animais Brasileiros - 9 
Grupo Unico PDF Passe@diante
e estruturas adaptadas para as diferentes formas de vida de cada espécie, desde os cinco dedos 
comuns dos primatas ao dedo único das patas dos cavalos.
 De modo geral, em comparação a outros vertebrados, os mamíferos apresentam mús-
culos mais aperfeiçoados na região do pescoço, da cabeça e das pernas, e uma quantidade 
menor de músculos segmentados na coluna e nas vértebras.
 O sistema nervoso dos mamíferos diferencia-se do de outros animais pelo enorme 
tamanho relativo do cérebro. A configuração da medula é a mesma de outros vertebrados: 
segmentada e com raízes dorsais de ambos os lados de cada segmento (vértebra).
Metabolismo e endotermia 
 A temperatura é regulada pela própria atividade metabólica e mantida constante, em 
vez de depender do meio ambiente. Apesar de consumir mais energia do que a picilotermia 
(temperatura regulada pelo meio) e exigir maior consumo de alimento e oxigênio, tal capa-
cidade foi um dos principais fatores para o sucesso da expansão dos mamíferos por todos os 
continentes e climas. Esse controle de temperatura ocorre de várias maneiras:
. tremer, contraindo os músculos para liberar calor e aquecer o corpo;
. rebaixar os pelos, para variar a espessura da camada de ar isolante retida entre a pelagem, 
contribuindo para a diminuição da temperatura;
. variar a taxa metabólica conforme a temperatura do meio externo;
. contrair os vasos periféricos no frio e dilatá-los no calor, para aumentar ou diminuir a 
perda de calor do sangue;
. transpirar, como o homem, ou ofegar, como os cães;
. encolher-se no frio e estender-se no calor, para variar a extensão da superfície de troca de 
calor do corpo com o meio;
. algumas espécies de mamíferos hibernam em determinadas épocas ou períodos do dia, 
para economizar reservas de energia. No estado de hibernação, a atividade metabólica é 
enormemente diminuída, a temperatura do corpo se iguala à do ambiente e o coração bate 
muito lentamente. O morcego é um exemplo desses mamíferos. Ele hiberna durante o dia 
e é ativo à noite ao contrário do que se costuma imaginar, os ursos não hibernam. Sua tem-
peratura não sofre quedas profundas durante o inverno e eles não deixam de se alimentar, 
acordando de vez em quando.
Circulação e respiração
 Os mamíferos possuem um sistema de circulação muito eficiente, devido à capacidade 
endotérmica e à vida muito ativa. O ritmo cardíaco varia conforme a idade, o sexo, o tamanho 
e a atividade das espécies. As circulações geral e pulmonar são totalmente separadas. O coração 
– dotado de quatro cavidades – recebe o sangue venoso, que vem de várias partes do corpo, pelo 
lado direito e o bombeia para os pulmões pelas artérias pulmonares. Pelo lado esquerdo, chega 
o sangue oxigenado que vem dos pulmões que, em seguida, é impelido para todas as partes 
do corpo pela aorta e suas ramificações.
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Ao longo do tempo, adaptações 
foram feitas para que os mamíferos 
pudessem viver nos diferentes meios
10 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Respiração 
 A respiração dos mamíferos é exclusivamente pulmo-
nar. Constituídos por alvéolos, os pulmões oferecem gran-
de superfície para a troca de gases. Junto com o coração, 
esses órgãos enchem praticamente toda a cavidade torácica. 
 O ar entra pelas narinas e passa pela traquéia, segue 
pela laringe e depois pelos brônquios, que vão se ramifi-
cando em tubos cada vez menores até chegar às finíssimas 
paredes dos alvéolos, onde ocorre a oxigenação do sangue.
 O ar é empurrado para dentro dos pulmões por 
movimentos respiratórios produzidos pela contração e 
relaxamento do diafragma – músculo que separa a caixa 
torácica do abdôme – e dos músculos intercostais (que 
unem as costelas).
Alimentação e excreção 
 O sistema digestivo dos mamíferos é praticamente 
igual ao de outros vertebrados. Os lábios e a cavidade bucal 
têm revestimentos mucosos e a língua é muscular e flexível, 
dotada de sensores gustativos na face superior. Já as glându-
las salivares são uma característica apenas dessa classe.
 Da boca, segue a faringe, cavidade onde se cruzam 
as vias respiratórias e digestivas. Anterior a ela e atrás da 
língua, fica a glote, que fecha o caminho do ar quando o 
alimento passa. Da faringe, o tubo muscular do esôfago 
corre ao longo da coluna vertebral, atravessa o diafragma 
e abre-se no estômago.
 O intestino é curto nas espécies que consomem ali-
mentos concentrados, como insetos, e longo nas que se 
alimentam de capim e de outros vegetais. 
 Muito diferente dos demais mamíferos é o aparelho 
digestivo dos ruminantes. O estômago desses animais é 
constituído de várias câmaras, e a digestão é auxiliada 
pela ação de microorganismos.
 Depois de pastar e encher a primeira câmara do es-
tômago com capim, rapidamente mastigado, o animal 
procura um lugar tranquilo onde irá regurgitar o alimen-
to e ingeri-lo novamente, desta vez, mastigando com 
mais cuidado. Essa segunda ingestão segue para outras 
câmaras e a digestão completa se dá com a participação 
de microorganismos existentes no estômago do rumi-
nante, verdadeiros agentes da digestão.
 O comportamento alimentar dos mamíferos ainda 
não é muito conhecido. A maioria das espécies é adaptada 
a um certo tipo de alimentação, geralmente não exclusi-
va, exceto em alguns casos de dietas extremamente estritas. 
Um deles é o coala, que se alimenta somente de folhas de 
eucalipto e apenas de determinadas espécies da planta.
 Diferentemente dos répteis e das aves, os mamíferos 
excretam principalmente uréia. Um sistema complexo 
com dois rins retira do sangue água e várias outras subs-
tâncias originadas do metabolismo celular formando a 
urina, que é armazenada na bexiga. Um volume conside-
rável de água é requerido nesse processo de eliminação da 
uréia, que possui alto nível tóxico. Porém, cerca de 99% 
dessa água é reabsorvida, depois, nos túbulos renais. 
 
Sistema nervoso e sentidos 
 Associados aos padrões de locomoção, os sistemas 
nervoso e sensorial dos mamíferos são igualmente com-
plexos, e isso é denotado pelo enorme tamanho do cére-
bro dessa classe, comparado ao de outros animais. 
Sentidos 
 Um dos sentidos mais apurados em boa parte dos 
mamíferos é o olfato. Os bulbos e os lobos olfativos 
constituem grande parte do cérebro de alguns insetívoros 
e são relativamente desenvolvidos em carnívoros e roedo-
res. Já em outros animais, como as baleias, por exemplo, 
esse sentido é pouco desenvolvido. Nos golfinhos, chega 
a ser ausente.
 A audição também é bem desenvolvida, e nenhum 
outro vertebrado depende tanto dela quanto os mamí-
feros. Cerca de 20% dos animaisdessa classe utilizam o 
ouvido como meio principal de orientação.Uma caracte-
rística exclusiva dos mamíferos é a existência de pavilhão 
externo, a orelha.
 A visão, na maioria das espécies, não lhes possibilita 
nem distinguir as cores e os detalhes. Apenas o homem e 
alguns tipos de primatas têm visão extremamente desen-
volvida, perdendo apenas para determinadas aves. Car-
nívoros e ungulados (cavalos, veados etc) também têm 
a visão bastante desenvolvida, adaptadas aos seus modos 
de vida. Os primeiros não podem perder as presas, às 
vezes pequenas, de vista durante a caçada, e os segundos 
têm de conseguir perceber e distinguir predarores à dis-
tância, por viverem em campo aberto.
 Alguns mamíferos, como os morcegos, baleias e 
golfinhos, utilizam a ecolocalização para se orienta-
rem. Emitem ultra-sons e percebem os objetos à sua 
volta pelo eco.
 Quanto ao tato, os mamíferos distinguem-se em 
dois aspectos. O primeiro é a capacidade de sentir pe-
quenos movimentos junto à pele, em áreas cobertas de 
pelos. Esse tipo de sensibilidade atinge o grau máximo 
nas vibrissas – pelos longos e duros que se encontram na 
Guia de Animais Brasileiros - 11 
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região do focinho (no caso de gatos, ratos etc) e em outras partes do corpo em diferentes 
espécies. Esses pelos são extremamente sensíveis a qualquer variação.
 O segundo corresponde a diminutos órgãos receptores espalhados na pele e, de acordo 
com sua disposição e concentração em determinados pontos, como nos dedos dos primatas, 
possibilitam perceber sutis diferenças táteis.
REPRODUÇÃO E SOCIABILIDADE
 A Interação sexual dos mamíferos, 
em geral, apresentam duas etapas: o 
cortejo e o coito. Na primeira delas, se 
valem de sinais específicos para se identi-
ficarem mutuamente como parceiros se-
xuais, sendo a visão e o olfato os sentidos 
mais utilizados. As fêmeas podem ado-
tar comportamentos característicos a de 
cada espécie, como simular as posições 
da cópula, como no caso de algumas 
macacas, ou apresentar alterações físicas, 
como o inchaço da vulva ou da pele na 
região dos órgãos genitais.
 Os machos também apresentam 
transformações físicas, como o mandril, 
que fica com cores ainda mais vivas, e 
comportamentais, tornando-se geral-
mente mais agressivo. Os cheiros, mais 
do que os sons, são muito importantes 
na interação sexual dos mamíferos. Um bom exemplo é o cio da cadela, que atrai toda a 
cachorrada ao redor. O que não significa, no entanto, que alguns tipos de gritos dos machos 
não sejam utilizados para atrair as fêmeas e afastar os rivais.
 O coito costuma se dar com o macho por cima da fêmea, que procura adotar posições 
favoráveis à penetração.
 Fecundação, aparelho reprodutor e gestação. A fecundação nos mamíferos é sempre 
interna. No caso dos monotremados, a reprodução assemelha-se muito à dos répteis. Os 
ovos descem dos ovários por dois canais (ovidutos) totalmente separados. 
 Os marsupiais também apresentam um sistema mais ou menos parecido com o de 
determinados répteis. O ovo é mantido dentro do corpo, preso a uma placenta pouco desen-
volvida, e desenvolve-se de forma precária e por pouco tempo, com uma gestação média de 
8 a 12 dias.
 Já a grande maioria dos mamíferos é placentária e apresenta um padrão uniforme 
de aparelho reprodutor, constituído (resumidamente) por dois ovários funcionais, cada 
um ligado por uma tromba ao útero. Este, por sua vez, termina na vagina, aberta ao 
meio exterior.
 O aparelho dos machos é constituído pelo pênis, órgão copulador, e dois testículos 
produtores de espermatozóides que, junto com outras substâncias, constitui o esperma ou 
sêmen, que sai pela uretra durante o coito.
 Quanto ao desenvolvimento do embrião, de modo geral, a maioria dos mamíferos 
apresenta um esquema de desenvolvimento comum. Após a ovulação, o óvulo desce pelas 
trompas, onde é fecundado. Nesse trecho, ele passa a se dividir e chega ao útero já como uma 
Agradecimento: Gilberto Miranda / Foto: Viviane Pelissari
12 - Guia de Animais Brasileiros
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estrutura constituída de uma camada de células em torno 
de uma cavidade cheia de líquido chamada blastocisto, 
que se fixa na parede uterina entre o quinto e o 14º dia 
após a cópula.
 Depois disso, o embrião desenvolve um sistema de 
membranas e vasos sanguíneos estreitamente ligado aos 
vasos da mãe e, na maioria dos casos, começa a desenvol-
ver-se com a placenta.
 Estrutura de extrema importância, a placenta ga-
rante a nutrição, a respiração e a excreção do embrião 
no interior do útero, por difusão. Os tipos de placenta 
diferem claramente quanto à estrutura e à eficiência. As 
mais primitivas, ou seja, pouco desenvolvidas, são as 
dos marsupiais.
 O período de gestação é bastante variável, sendo, 
geralmente, mais longo entre os mamíferos de grande 
porte. A duração é influenciada, entre outros fatores, 
pelo estado do desenvolvimento do embrião.
 A ratazana e o coelho-doméstico têm, em média, 
um período de gestação de 22 a 31 dias, respectivamente. 
Enquanto o do cavalo é de 336, e o do elefante chega a 
20 meses.
Comportamento maternal e a prole
 Os mamíferos também se diferenciam pelo cuida-
do com a cria, mais longo e mais dedicado do que em 
qualquer outra classe de animais, que tem o seu ápice na 
espécie humana.
 Em geral, nos mamíferos, todas as mães provêm ca-
lor, alimento e proteção aos filhotes. O tempo e o tipo de 
dedicação despendidos variam muito, conforme o grau 
de desenvolvimento de cada um ao nascer. Há espécies 
cujas proles nascem mais desenvolvidas e logo já estão se 
virando sozinhos, em outras, permanecem dependentes 
por mais tempo.
 
 Basicamente, pode-se resumir em 4 os principais 
tipos de assistência maternal aos pequenos:
 Filhotes muito imaturos, marsupiais, são mantidos 
na bolsa (marsúpio) até terminarem parte de seu desen-
volvimento;
 Filhotes são abrigados em ninhos construídos pe-
las mães (coelhos, ursos etc);
 Filhotes são carregados pela mãe (ou pai, no caso 
dos micos-leões) durante boa parte de sua infância, rece-
bendo calor, proteção dos predadores e se locomovendo 
junto com o bando;
 Filhotes nascem precoces, tornam-se independen-
tes rapidamente e requerem o mínimo de cuidado ma-
terno, reduzido, muitas vezes, apenas à amamentação; 
geralmente ungulados, veado, boi, cavalo etc.
 Crescimento – Observando-se o crescimento de 
um mamífero desde a fecundação do óvulo, percebe-
-se que ele é lento no início, depois acelera progressi-
vamente e volta a declinar até parar, quando atingido 
o tamanho definitivo.
 A velocidade de crescimento também varia enor-
memente entre as diferentes espécies, sendo muito rápi-
do em algumas e mais lento em outras. Um dos índices 
mais incríveis é o da foca-elefante (mironga leonina), 
animal enorme que chega a atingir até três toneladas 
(machos).Uma fêmea, que nasce pesando cerca de 46 
kg, pode dobrar de peso em apenas 11 dias, e chega a 
quadruplicar em 21.
 Comportamento – Por sua grande capacidade de 
aprender, recordar e inovar – diretamente ligada ao seu 
alto desenvolvimento cerebral –, os mamíferos desta-
cam-se dos outros animais do ponto de vista do compor-
tamento. Muitas atitudes estão ligadas aos hábitos ali-
mentares, à reprodução e à necessidade de se abrigarem.
 Algumas espécies, como os castores, por exemplo, 
desenvolveram esplêndido comportamento relacionado 
à construção de abrigos. De forma cooperada, os mem-
bros de um grupo são capazes de construir fortes bar-
ragens, capazes de resistir a enchentes e temporais por 
diversos anos.
 Bastante variada é a vida social das diferentes es-
pécies. A mais simples se manifesta no grupo territorial 
familiar, no entanto, muitos são os animais que estabele-
cem grupos formados por diversas famílias.
 Entre os primatas, ocorrem vários tipos de organi-
zação social. As espéciesque habitam terrenos descam-
pados, como os babuínos, costumam viver em grandes 
grupos, de até 100 animais, enquanto as que habitam as 
florestas, geralmente se organizam em pequenos grupos.
 Numerosas espécies de carnívoros formam grupos 
de uma ou mais famílias, que, às vezes, não toleram a 
presença de outros indivíduos da mesma espécie só que 
de um grupo diferente.
 Os grandes ungulados, que vivem em descampados, 
protegem-se agrupando-se em grande manadas, onde 
muitos indivíduos podem vigiar melhor a aproximação 
de predadores.
 Particularmente interessantes são os comportamen-
tos ritualizados, evidentes durante o cio, manifestados 
por gritos e atos violentos entre os machos.
Guia de Animais Brasileiros - 13 
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B r a s i l e i r o s
Fauna preciosa
Campeão absoluto de biodiversidade terrestre, o Brasil abriga cerca de 13% de todos os mamíferos do mundo, reconhecidos por 
suas diferentes formas, cores e hábitos.
São 524 espécies – 483 continentais e 41 marinhas – distribuídas em 
11 ordens e 43 famílias. Só na Mata Atlântica, um dos biomas mais 
ricos do planeta, ocorrem 250 espécies. 
Esses números fazem do país o número 1 em diversidade de mamí-
feros da região neotropical (América Central e do Sul), seguido do 
México e do Peru, com 500 e 460 espécies respectivamente.
Nas próximas páginas, você vai encontrar uma seleção dos principais 
animais. São fotos de 48 espécies, com representantes das 11 ordens 
de mamíferos brasileiros, acompanhadas de fichas técnicas. Vale lem-
brar que os dados sobre tamanho e peso de cada animal referem-se a 
indivíduos machos adultos, sendo as medidas de comprimento, di-
mensões do corpo e cabeça somadas
14 - Guia de Animais Brasileiros
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Fauna preciosa
Campeão absoluto de biodiversidade terrestre, o Brasil abriga cerca de 13% de todos os mamíferos do mundo, reconhecidos por 
suas diferentes formas, cores e hábitos.
Guia de Animais Brasileiros - 15 
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Nome científico: Caluromys sp.
Ordem: Marsupialia
Família: Didelphidae
Tamanho: comprimento: de 16 a 28 cm / peso: entre 
140 e 390 g.
Reprodução: gestação de aproximadamente 25 dias, com 
ninhadas de 1 a 7 filhotes.
Dieta: onívoro, alimenta-se, principalmente, de frutas, 
invertebrados e néctar, nas épocas secas do ano.
Onde vive: sudeste do Brasil e em grande parte da 
América do Sul, da Venezuela ao norte da Argentina.
Características e hábitos: os olhos grandes e salientes 
são suas marcas características. Possuem o feitio geral dos 
gambás, seus “parentes” próximos. No Brasil, existem 
duas espécies de cuícas do gênero Caluromys: C. philander 
e C. lanatus, ambas conhecidas pelo nome vulgar de 
cuíca-lanosa, por causa da sua pelagem mais farta que a 
de outros gêneros. São animais noturnos e arborícolas. 
Solitários, costumam ser vistos acompanhados somente 
nas épocas de acasalamento, quando os machos procuram 
as fêmeas. Sua reprodução não é sazonal, e pode ocorrer 
em qualquer época do ano. Apontamentos recentes 
relatam que um indivíduo da espécie chega a viver mais de 
6 anos.
Catita
Nome científico: Gracilinanus microtarsus
Ordem: Didelphidia
Família: Didelphidae
Tamanho: comprimento: de 9 a 11 cm / 
peso: entre 19 e 30 kg.
Reprodução: gestação de 
Dieta: onívoro, alimenta-se de vegetais e 
invertebrados.
Onde vive: no Brasil, ocorre no Sudeste, 
no Centro-Oeste, e em parte do Norte 
e do Nordeste.
Características e hábitos: apresenta 
pelagem marrom-avermelhada e cauda 
relativamente comprida. Já as patas, tanto 
as dianteiras quanto as traseiras, são 
pequenas em relação ao corpo. 
Cuíca-lanosa
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16 - Guia de Animais Brasileiros
M a r s u p i a i s 4 f a m í l i a s , 1 4 g ê n e r o s , 4 0 e s p é c i e s
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Nome científico: Didelphis 
albiventris
Ordem: Marsupialia
Família: Didelphidae
Tamanho: comprimento: de 30 a 
50 cm / peso: de 0,5 a 2,5 kg.
Reprodução: gestação de 11 a 
12 dias, com ninhadas de 18 a 21 
filhotes.
Dieta: onívoro, alimenta-se de 
pequenos vertebrados, insetos, 
larvas e vegetais.
Onde vive: ocorre em todos os 
biomas brasileiros e, na América 
do Sul, desde a Venezuela até a 
Argentina.
Características e hábitos: 
geralmente lembrados pelo cheiro 
desagradável que exalam, os 
gambás não costumam ser muito 
queridos pela maioria das pessoas. 
Cuíca-lanosa
Mas o forte odor, além de ser uma de suas defesas, é também um 
sinal das fêmeas para os machos, que indica cio. Outra tática de 
defesa, usada quando se sente ameaçado, é fingir-se de morto 
para depois fugir. Os gambás em geral são animais pequenos de 
hábitos noturnos, terrestres e arborícolas. Passam o dia dormindo 
em tocas e, solitários, costumam ser agressivos, especialmente com 
os machos. Pode se reproduzir de 1 a 3 vezes por ano, nas estações 
chuvosas. Após curta gestação, chegam a nascer até 21 filhotes, 
mas, em média, apenas a metade sobrevive. Eles nascem muito 
pequenos, ainda em fase embrionária, e têm de se deslocar até o 
marsúpio – uma bolsa no ventre da mãe. Lá, ficam agarrados às 
mamas até completarem o desenvolvimento total, com cerca de 90 
dias. Seu nome popular deriva do tupi “gã’bá” ou “guaambá”, 
que significa “saco vazio”, ou “ventre oco” , em referência ao 
seu marsúpio. 
O gambá-de-orelha-branca, recebe esse nome popular por causa da 
cor de suas orelhas, embora o seu rosto também possua coloração 
clara, com uma faixa escura rodeando os olhos, que vai até a base 
das orelhas.
No Brasil, os gambás também são chamados por outros nomes 
populares, como mucura, timbu, suruê, entre outros, de acordo com 
a região do País. 
Gambá-de-orelha-branca
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Guia de Animais Brasileiros - 17 
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Nome Científico: Choloepus didactylus
Ordem: Edentata
Família: Megalonychidae
Tamanho: comprimento: de 46 a 86 cm 
/ peso: de 4 a 8,5 kg.
Reprodução: gestação de cerca de 6 
meses, nascendo apenas um filhote por 
ano.
Dieta: herbívoro, alimenta-se de brotos, 
folhas e frutos.
Onde vive: norte do Brasil, na 
Amazônia, e no norte da América do 
Sul.
Características e hábitos: de hábitos noturnos, a preguiça-real passa o dia em 
um estado de semi-torpor, pendurada de cabeça-para-baixo, nos galhos das 
árvores. Mas mesmo à noite, quando sai em busca de alimento, movimenta-
se vagarosamente. No chão, onde faz as necessidades fisiológicas, move-se 
ainda mais devagar, o que a torna uma presa fácil para os seus predadores – os 
carnívoros de grande porte. Já na água, é capaz de nadar rapidamente.
Com pernas mais longas que a preguiça-de-três-dedos, caracteriza-se por 
possuir apenas dois dedos nas patas dianteiras, cujas garras, que servem como 
eficientes armas contra os inimigos, podem chegar a 8 cm de comprimento. 
É a maior espécie de preguiça. Robusta, porém sensível a grandes variações de 
temperatura, a sua distribuição geográfica é restrita à região equatorial. Livre, 
chega a viver até 11 anos.
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18 - Guia de Animais Brasileiros
E d e n t a t o s 4 f a m í l i a s , 1 0 g ê n e r o s , 1 9 e s p é c i e s
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Nome Científico: Mymercophaga 
tridactyla
Ordem: Edentata
Família: Myrmecophagidae
Tamanho: comprimento: de 1 a 
1,9 m / peso: de 18 a 40 kg.
Reprodução: cerca de 190 dias 
de gestação, nascendo apenas 
um filhote.
Dieta: mirmecófago, alimenta-se 
de formigas, cupins e larvas.
Onde vive: no Brasil, ocorre, 
preferencialmente, no Cerrado. É 
encontrado também na América 
Central e do Sul.
Características e hábitos: animalpacífico e solitário, habita as 
florestas úmidas, campos e cerrados de todo o Brasil. Vive no chão, mas é 
capaz de subir em árvores com desenvoltura e até de nadar. Os longos pelos 
da cauda, que parecem formar uma espécie de bandeira, deram origem ao seu 
nome popular. De cor geralmente cinza-acastanhada, apresenta uma banda 
preta que sobe do peito até a metade do dorso, ladeada por duas linhas de 
pelos brancos. Sem dentes – como o nome da própria ordem a que pertence 
já diz – alimenta-se apenas de formigas, cupins e larvas, que consegue 
localizar graças ao seu olfato bem desenvolvido. Uma vez encontrada a 
comida, o tamanduá-bandeira usa suas poderosas garras para cavar a terra do 
formigueiro ou cupinzeiro e, depois, com a língua pegajosa – de mais de 50 
cm de comprimento – captura os insetos, que são imediatamente engolidos. 
Lento e silencioso, caminha apoiado no dorso das mãos, dobrando as grandes 
unhas contra as palmas, e só aperta o passo em caso de perigo. De hábitos 
naturalmente diurnos, pode adquirir hábitos noturnos quando vive próximo 
de humanos. É inofensivo para o homem e outros mamíferos. Quando 
ameaçado, fica em posição ereta, apoiado nas patas de trás, e usa as poderosas 
garras das patas dianteiras para se defender.
Tamanduá-bandeira
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Guia de Animais Brasileiros - 19 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Tamandua 
tetradactyla
Ordem: Edentata
Família: Myrmecophagidae
Tamanho: comprimento: de 47 a 
88 cm / peso: de 2,0 a 8,4 kg.
Reprodução: gestação de 130 a 
160 dias, nascendo um filhote por 
vez.
Dieta: mirmecófago, alimenta-se 
de formigas, cupins e abelhas.
Onde vive: sul do Brasil e na 
América do Sul (da Venezuela 
a Argentina).
Características e hábitos: além do tamanho e coloração do pelo, o tamanduá-
mirim diferencia-se do tamanduá-bandeira por ter uma garra a mais, em cada 
pata, e sua cauda ser preênsil, o que lhe confere grande agilidade entre os galhos 
das árvores. Arborícola, desce ao chão frequentemente, caminhando apoiado 
na lateral das patas – ferramentas preciosas que utiliza para escavar os duros 
ninhos de cupins, formigueiros e colméias.
Como todos os tamanduás, o tamanduá-mirim não possui nem vestígio de 
dentes, e utiliza a sua língua (cerca de 25 cm de comprimento) e saliva pegajosa 
para capturar o alimento. De hábitos predominantemente noturnos, dorme em 
ocos de árvores durante o dia e sai à noite para procurar comida.
A mãe carrega o filhote nas costas durante alguns meses, até ele se desenvolver o 
suficiente para se locomover e procurar comida sozinho. Em cativeiro, o maior 
tempo de vida já registrado é de pouco menos de 10 anos.
Outros nomes: tamanduá-de-colete.
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Tamanduá-mirim
20 - Guia de Animais Brasileiros
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Nome Científico: Euphractus 
sexcinctus
Ordem: Edentata
Família: Dasypodidae
Tamanho: comprimento: de 64 a 
66 cm / peso: de 3,2 a 6,5 kg.
Reprodução: gestação de cerca de 
2 meses, e ninhada de 
2 filhotes.
Dieta: onívoro, alimenta-se de formigas, vegetais, insetos e pequenos 
vertebrados.
Onde vive: é visto com frequência no Pantanal.
Características e hábitos: assim como os outros tatus, possui o corpo 
recoberto por uma espécie de couraça, composta de placas ósseas. Ocupa 
campos e cerrados, onde escava túneis para se esconder, mas, diferente das 
outras espécies, frequentemente reutiliza suas tocas. Possui hábitos diurnos 
e dificilmente realiza alguma atividade noturna. A visão do tatu-peba é 
pouco desenvolvida, utilizando, assim, o bom olfato para 
procurar alimento.
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Guia de Animais Brasileiros - 21 
Grupo Unico PDF Passe@diante
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Morcego
Nome científico: Anoura geoffroyi
Ordem: Quiroptera
Família: Phyllostomidae
Tamanho: comprimento: de 8,5 a 
9,7 cm / peso: aproximadamente 
15 g.
Reprodução: gestação de cerca de 
4 meses, nascendo, normalmente, 
um filhote por vez.
Dieta: nectarívoro, alimenta-se, 
principalmente, de néctar e pólen, 
mas também pode ingerir frutas 
e insetos.
Onde vive: ocorre nos 5 grandes 
biomas brasileiros, da Amazônia 
ao Pantanal, e na América Central 
e do Sul.
Características e hábitos: este pequeno morcego nectarívoro não possui cauda 
e apresenta pelagem marrom-escura nas partes superiores do corpo, e mais 
acinzentada nas partes de baixo, sendo os ombros e o pescoço prateados. Sua 
língua é longa e dotada de papilas.
Animal de hábitos noturnos, descansa sozinho ou em grupos – formados de 
indivíduos de ambos os sexos – em cavernas, de onde só sai depois do anoitecer. 
Voador habilidoso, é capaz de se manter no ar, num mesmo lugar – quase como 
os beija-flores –, para se alimentar.
As fêmeas, geralmente, engravidam uma vez por ano, mas as épocas de 
reprodução podem variar bastante, conforme a ocorrência geográfica. O período 
de gestação dura, em média, 4 meses e os nascimentos costumam ser mais 
comuns entre as estações seca e chuvosa. A fêmea carrega o filhote durante o voo 
até que ele possa voar sozinho, período em que ela também lhe fornece comida 
e proteção. Na natureza, seu tempo de vida é provavelmente semelhante ao de 
outros microquirópteros, mas não há dados conclusivos sobre a longevidade 
máxima. Em cativeiro, alguns indivíduos chegam a viver cerca de 10 anos.
22 - Guia de Animais Brasileiros
Q u i r ó p t e r o s 9 f a m í l i a s , 5 6 g ê n e r o s , 1 3 7 e s p é c i e s
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Desmodus 
rotundus
Ordem: Quiroptera
Família: Phyllostomidae
Tamanho: comprimento: de 7 a 
9,5 cm / peso: de 26 a 42 g.
Reprodução: gestação de cerca 
de 7 meses, nascendo um filhote, 
ocasionalmente dois.
Dieta: hematófago, alimenta-
se do sangue de mamíferos, 
principalmente das 
espécies domésticas.
Onde vive: no Brasil, ocorre 
nos cinco grandes biomas, da 
Amazônia ao Pantanal e nos 
Campos do Sul. Também é 
encontrado na América do Sul, 
desde o México até o Chile.
Características e hábitos: o 
morcego-vampiro é uma das 
três únicas espécies de morcego 
exclusivamente hematófagos que 
existem no mundo. Altamente 
especializado, seus dentes, língua e 
modo de locomoção são adaptados 
ao seu hábito alimentar. Ao contrário do que a maioria das pessoas pode 
imaginar, ele não faz dois “furinhos” na carne da presa para chupar-lhe o 
sangue. Dotado de grandes e afiados incisivos e caninos, o morcego-vampiro 
faz um pequeno corte na pele, como se utilizasse uma lâmina de barbear 
e lambe o sangue da vítima. Sua língua possui saliências laterais que se 
contraem e se expandem quando ele está se alimentando, e sua saliva contém 
um poderoso anticoagulante. 
Caracteriza-se pelo focinho curto, orelhas pontudas e pelagem marrom-
acinzentada nas partes superiores do corpo e mais clara na barriga. Não 
possui cauda, e suas asas têm entre 35 e 40 cm de envergadura. Normalmente 
as fêmeas são maiores que os machos.
Apesar de ser um animal voador, o morcego-vampiro também é ágil no chão, 
o que não é muito comum. Ele é capaz de andar, saltitar e até mesmo correr 
pequenas distâncias. Essa habilidade é estreitamente ligada à obtenção de 
alimento. Quando avista uma presa, o morcego pousa em um local próximo 
e se aproxima pelo solo para atacá-la desprevenida. Geralmente ele escala o 
corpo da vítima sem ser notado e escolhe o melhor ponto para retirar 
o sangue.
Animal dehábitos noturnos e social, vive e caça em grupos. Acredita-se que o 
morcego-vampiro seja sexualmente ativo o ano inteiro. As fêmeas engravidam 
geralmente uma vez por ano, e os nascimentos podem ocorrer em qualquer 
época, mas costumam ser mais frequentes de abril a maio, e de outubro a 
novembro. O filhote nasce pesando de 5 a 7 g e se desenvolve rapidamente. 
No primeiro mês de vida, alimenta-se exclusivamente do leite materno e 
só começa a se alimentar de sangue a partir do segundo mês, com a mãe 
regurgitando o alimento em sua boca. Aos 4 meses, já é capaz de conseguir 
seu próprio alimento. Vive até 12 anos.Morcego-vampiro
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Guia de Animais Brasileiros - 23 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Alouatta caraya
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Tamanho:comprimento: de 44 a 
57 cm / peso: de 3,7 a 7,3 kg.
Reprodução: gestação de 180 dias, 
nascendo 1 filhote por vez.
Dieta: folívoro frugífero, alimenta-
se de folhas, brotos e frutos.
Onde vive: no Brasil, ocorre 
no Cerrado, no Pantanal e nos 
Campos do Sul. Encontrado 
também no centro da América do 
Sul (leste da Bolívia ao Paraguai e norte da Argentina). 
Características e hábitos: o bugio, conhecido também como guariba, é um 
dos maiores primatas do Brasil e da América do Sul. Os machos apresentam 
pelagem preta, e uma barba revestindo o queixo. As fêmeas e os filhotes são 
mais claros, da cor de palha. 
Animal de pouca atividade, passa a maior parte do dia descansando. Habita os 
galhos altos, onde se movimenta com o auxílio de sua forte cauda preênsil.
Vive em grupos de aproximadamente 7 indivíduos liderados pelo macho 
mais velho. Os bandos comunicam-se por meio de diferentes tipos de gritos, 
gemidos, uivos e grunhidos. Cada som tem um significado específico, como, 
por exemplo, alerta de perigo ou um filhote desgarrado. Ao amanhecer, roncam 
para demarcar seu território e intimidar os intrusos de outro bando. Vive, em 
média, 20 anos.
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24 - Guia de Animais Brasileiros
P r i m a t a s 2 f a m í l i a s , 1 5 g ê n e r o s , 6 8 e s p é c i e s
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Chiropotes 
satanas
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Tamanho: comprimento: de 33 a 
44 cm / peso: de 2 a 4 kg.
Reprodução: gestação de 5 meses, 
nascendo 1 filhote, por vez.
Dieta: frugívoro, alimenta-se de 
frutas, flores, castanhas e sementes.
Onde vive: na América do Sul. No 
Brasil, ocorre na região Amazônica. 
Cuxiú-preto
Características e hábitos: os cuxiús caracterizam-se pelos tufos de pelos 
macios na cabeça e no rosto, que lembram as formas da barba e do cabelo 
humano. Nos machos, despertam atenção os testículos de cor rosa-claro 
e totalmente sem pelos, em contraste com a pelagem escura do corpo. 
Sua cauda é preênsil apenas na infância, nos primeiros 2 meses de idade. 
Quando adulto, a cauda perde essa função.
Animal arborícola de hábitos diurnos, vive em grandes bandos de cerca de 
30 indivíduos. Costuma se deslocar rapidamente por vários quilômetros ao 
longo do dia em busca de alimento. Algumas vezes, acontece de um membro 
do bando ficar para trás e os outros nem perceberem. Quando isso acontece, 
o macaco que ficou sozinho costuma se juntar a grupos de outras espécies, 
como os de macacos-pregos ou de macacos-de-cheiro. Vive aproximadamente 
20 anos.
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Guia de Animais Brasileiros - 25 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Callicebus 
donacophilus
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Tamanho: comprimento: de 32 a 
55 cm / peso: de 1,0 a 1,65 kg.
Reprodução: gestação de cerca de 5 
meses, nascendo 1 filhote por vez.
Dieta: frugívoro onívoro, alimenta-
se de frutas, folhas e um pouco de 
Guigó 
insetos.
Onde vive: América do Sul, na região oeste do Mato Grosso 
e na Bolívia. 
Características e hábitos: o nome científico significa macaco lindo, 
enquanto o nome popular faz referência ao som que produz. Assim 
como os bugios, o guigó também é capaz de vocalizar sons bem 
altos e os utiliza para demarcar seu território. Animal arborícola 
de hábitos diurnos, vive em pequenos grupos de 2 a 6 indivíduos. 
Quando macho e fêmea estão sentados lado a lado, é comum vê-los 
entrelaçando suas caudas uma na outra, o que significa que eles 
estão demonstrando sua união.
Outros nomes: auá.
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26 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Características e hábitos: o macaco-aranha vive nas florestas primárias da 
Amazônia. No Brasil, ocorre do leste do Rio Negro ao norte do Rio Amazonas. 
Possui esse nome por causa de seus membros acentuadamente longos e finos, 
que lembram os de uma aranha. Seu pelo escuro varia de preto a castanho. As 
fêmeas se diferenciam por apresentarem uma pele avermelhada pendurada na 
parte traseira. Animal de hábitos diurnos e arborícola, raramente desce ao solo. 
Habita o topo das árvores, onde se movimenta com grande rapidez. Ao saltar 
entre os galhos, é capaz de vencer vãos de mais de 10 m. Grande parte dessa 
agilidade deve-se à sua cauda preênsil, dotada de grande mobilidade e precisão 
de agarre. Esse membro, além de sustentar o peso do animal pendurado, 
também é utilizado praticamente como uma terceira mão. É com a cauda que o 
macaco-aranha prefere pegar comida e objetos delicados.
Vive em bandos de 20 a 40 indivíduos. Sai em busca de alimento de manhã 
e descansa à tarde. Costuma dormir em grupos, agarrado um ao outro, pela 
cauda e sempre no topo das mesmas árvores. Pode viver até 20 anos.
Nome Científico: Ateles belzebuth
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Tamanho: comprimento: de 42 a 
58 cm / peso: de 5,9 a 10,4 kg.
Reprodução: gestação de 139 dias, 
1 filhote por vez.
Dieta: frugívoro herbívoro, 
alimenta-se de frutos, folhas, 
brotos e flores.
Onde vive: América do Sul, 
na região da Amazônia, do 
Suriname e da Guiana Francesa 
até o Brasil, incluindo Peru, 
Colômbia e Venezuela.
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Guia de Animais Brasileiros - 27 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Lagothrix 
lagotrichia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Tamanho: comprimento: de 39 a 
58 cm / peso: de 3,6 a 10,2 kg.
Reprodução: gestação de 225 dias, 
nascendo 1 filhote por vez.
Dieta: frugívoro herbívoro, 
alimenta-se de frutos, folhas, 
sementes e pequenos invertebrados.
Onde vive: América do Sul (Brasil, 
Colômbia, Equador e Peru).
Características e hábitos: por causa 
da “barriguinha” proeminente 
Macaco-barrigudo
– que lhe rendeu o nome popular –, das orelhas pequenas, da pelagem curta 
e espessa, variando do cinza ao amarelo, o macaco-barrigudo possui uma 
aparência facilmente reconhecível. Sua longa e forte cauda preênsil apresenta 
uma placa de pele almofadada, sem pelos, na parte interna, perto da ponta.
Extremamente ágil, desloca-se com grande rapidez entre os galhos, realizando 
verdadeiras acrobacias com seus saltos incríveis. No chão, caminha em posição 
ereta com a cauda voltada para cima.
Animal arborícola de hábitos diurnos, vive em bando de 12 ou mais indivíduos, 
podendo conter até 70 membros. Grupos grandes costumam se subdividir em 
2 ou 3 grupos menores, que se congregam de tempos em tempos. Às vezes, os 
macacos-barrigudos também se juntam a grupos de macacos-aranha ou bugios.Por ser dócil e calmo, é muito capturado e comercializado clandestinamente 
como animal de estimação. Isto somado à caça predatória e à destruição de 
seu hábitat o coloca em risco de extinção. Em cativeiro, existiram animais que 
viveram por 33 anos.
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28 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Macaco-prego
Nome Científico: Cebus apella 
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Tamanho: comprimento: de 35 a 
49 cm / peso: de 1,7 a 4,5 kg.
Reprodução: gestação de 150 a 160 
dias, nasce 1 filhote por vez.
Dieta: onívoro, alimenta-se de 
frutas, artrópodes 
e pequenos vertebrados.
Onde vive: no Brasil, ocorre da 
Amazônia aos Campos do Sul.
América do Sul, do leste dos Andes 
colombianos e venezuelanos até o 
Paraguai e norte da Argentina. 
Características e hábitos: a pelagem do 
macaco-prego varia do marrom-claro 
e amarelo-escuro ao preto, na maior parte do corpo, e torna-se mais clara 
nos ombros e abaixo da barriga. Na cauda, nos pés e nas mãos, os pelos são 
pretos ou marrom-escuros. Possuem cauda longa e semi-preênsil. Robustos 
e esguios, os machos chegam a ser cerca de 30% maiores que as fêmeas. 
Animal inteligente e curioso, o macaco-prego gosta muito de brincar, 
especialmente quando jovem.
Arborícola de hábitos diurnos, habita as partes média e baixa das florestas 
e, às vezes, desce ao solo para pegar algum alimento ou brincar. Vive em 
grupos de 8 a 15 indivíduos, liderados por um macho, que é o principal 
responsável pela segurança de todos contra predadores e invasões do 
território por outros grupos. Quando ameaçado, o líder emite sons de 
alerta que chamam a atenção do animal para si, possibilitando a fuga do 
bando. Os machos jovens costumam deixar o grupo quando atingem a 
maturidade sexual para procurar novos grupos para cruzar, enquanto as 
fêmeas têm o costume de passar a vida inteira no mesmo grupo.
Na natureza, sua longevidade ainda não é precisamente conhecida, mas, 
em cativeiro, há registros de animais que viveram até os 45 anos.
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Guia de Animais Brasileiros - 29 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Estado do Rio de Janeiro.
Características e hábitos: a juba em torno da cabeça e a pelagem 
cor de ouro, que brilha sob o sol, renderam-lhe o apropriado 
nome popular. O mico-leao-dourado é um pequeno primata, de 
ocorrência restrita às serras costeiras, no Estado do Rio de Janeiro, 
entre 500 e 100 m de altitude. Além da pelagem exuberante, 
caracteriza-se pelas mãos e dedos muito compridos e finos, 
adaptados para pegar insetos e anfíbios, nos ocos e nos troncos 
e galhos. Vive em grupos familiares e abriga-se em buracos nas 
árvores, feitos por outros animais.
Animal social, porém territorialista, é capaz de lutar até a morte 
para defender seu território. Vive até 15 anos.
Mico-leão-dourado
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Nome Científico: Leontopithecus 
rosalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Tamanho: comprimento: de 22 a 
28 cm / peso: de 410 a 650 g.
Reprodução: gestação de 4 a 5 
meses. Nascem 2 filhotes.
Dieta: frutos, moluscos, insetos e 
pequenos vertebrados.
Onde vive: Mata Atlântica, no 
30 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Leontopithecus 
chrysopygus
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Tamanho: comprimento: de 25 a 30 cm / 
peso: de 540 a 800 g.
Reprodução: gestação de 132 a 135 dias. 
Nascem 2 filhotes.
Dieta: insetívoro onívoro, alimenta-se de 
frutas, insetos, anfíbios, pequenos lagartos, 
passarinhos e ovos.
Onde vive: somente no Brasil, 
principalmente no interior do Estado de 
São Paulo e na Mata Atlântica.
Características e hábitos: apesar de ser 
menos conhecido ou lembrado pela maioria 
das pessoas do que o mico-leão-dourado, 
o mico-leão-preto é considerada a espécie 
mais ameaçada de extinção do País. Grupos 
grandes desse primata existem somente em 
algumas poucas unidades de conservação no 
interior do Estado de São Paulo, como a do 
Morro do Diabo.
No Brasil, além do mico-leão-preto, o gênero Leontopithecus, 
dos chamados micos-leões, comporta mais 3 espécies: mico-leão-
dourado (L. rosalia), mico-leão-da-cara-dourada (L. chrysomelas) 
e mico-leão-da-cara-preta (L. caissara), diferentes entre si pela 
coloração do pelo.
Pequenos e com dedos extremamente finos e compridos, os micos-
leões caracterizam-se pela exuberante pelagem, especialmente farta 
na região da cabeça e do pescoço, que lhe confere uma espécie 
de juba (daí o nome popular). Uma curiosidade dessa espécie de 
primata diz respeito ao trato com os filhotes. Aqui, quem cuida da 
cria é o macho. A mãe só fica com o recém-nascido junto ao ventre 
nos primeiros quatro dias. Depois disso, é o pai quem o carrega o 
tempo todo, cuida, limpa e penteia. A mãe só pega o pequeno, a 
cada 2 ou 3 horas, para amamentá-lo. Mas mesmo durante esses 
intervalos, que duram cerca de 15 minutos, o pai costuma ficar 
sempre por perto.
Usualmente monogâmico, o mico-leão-preto é uma espécie social. 
Passa a maior parte do tempo com seu grupo familiar, formado, 
geralmente, pelo casal e a prole das últimas 2 ou 3 crias. Mesmo 
depois de se tornarem independentes, os filhotes costumam 
permanecer com o grupo familiar até atingirem a maturidade sexual, 
aos 16 ou 20 meses. Na natureza, vivem cerca de 15 anos.
Mico-leão-preto
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Guia de Animais Brasileiros - 31 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Brachyteles 
acrachnoides
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Tamanho: comprimento: de 46 a 
63 cm / peso: de 12 a 15 kg.
Reprodução: gestação de 7 a 8 
meses, nascendo 1 filhote.
Dieta: frugívoro herbívoro, 
alimenta-se de frutos, brotos e 
folhas, sementes e frutas.
Onde vive: no sudeste do Brasil, exclusivamente na Mata Atlântica.
Características e hábitos: espécie exclusiva da Mata Atlântica, do 
sudeste brasileiro, o mono-carvoeiro é o maior primata das Américas 
e está seriamente ameaçado de extinção. O nome popular vem da cor 
de sua face, mãos e pés: negros, como os dos trabalhadores das minas 
de carvão. Animal arborícola de hábitos diurnos, vive em grupos de 8 a 
42 indivíduos. Quando enconcontram árvores carregadas de frutos, ele 
costuma permanecer vários dias no mesmo local. Diferente dos demais 
primatas, são as fêmeas que copulam com diversos machos, usandoo 
rabo para brincar ou fugir do adversário. Vive até 20 anos.
Outros nomes: mono-carvoeiro.
Muriqui Foto: Manoel Carvalho, no 
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32 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
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Nome Científico: Callithrix 
jacchus
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Tamanho: comprimento: de 19 a 
25 cm / peso: de 261 a 323 g.
Reprodução: gestação de 
aproximadamente 150 dias, 
com cria de 1 a 3 filhotes.
Dieta: gomívoro onívoro, 
alimenta-se de frutos, insetos 
e goma das árvores.
Onde vive: na Mata Atlântica, 
mas está sendo introzido em outras 
regiões do País.
 Características e hábitos: de corpo 
pequeno e frágil, o mico-estrela 
possui uma pelagem cinza com 
tons de marrom, cortada por 
tiras transversais mais claras nas costas. 
É caracterizado pelos tufos de pelo claro 
próximo às orelhas. Animal arborícola de 
hábitosdiurnos, o mico-estrela passa o dia 
procurando comida pelos galhos das árvores. 
Apesar de se movimentar com agilidade 
entre os ramos, evita pular de uma árvore 
para a outra.
O sagui-de-tufo-branco, assim como outras 
espécies de micos e saguis, é poligâmico. A 
fêmea geralmente cruza com diversos 
machos. Vive em bando de 2 a 13 
indivíduos, que pode incluir subgrupos 
compostos de 2 machos e uma fêmea, que 
se unem para acasalar e cuidar das crias. 
Os filhotes geralmente nascem aos pares e 
são relativamente grandes. Juntos, pesam 
cerca de 40% do peso da mãe e, por isso, os 
machos ajudam as fêmeas a carregar 
os pequenos.
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Guia de Animais Brasileiros - 33 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Pteronura 
brasiliensis
Ordem: Carnivora
Família: Mustelidae
Tamanho: comprimento: de 1 a 
1,2 m / peso: de 24 a 34 kg.
Reprodução: gestação de 65 a 70 
dias, nascendo de 1 a 5 filhotes.
Dieta: piscívoro, alimenta-se 
principalmente de peixes e moluscos.
Onde vive: no Brasil, ocorre na 
Amazônia, no Cerrado, na Mata 
Atlântica e no Pantanal. América do 
Sul, desde a Colômbia e Venezuela 
até o norte da Argentina. 
Características e hábitos: a ariranha 
é uma espécie de mustelídeo – 
família de carnívoros, que inclui 
a irara e o furão, entre outros – 
exclusiva da América do Sul. Muito 
parecida com a lontra, diferencia-
se desta por ter uma pelagem marrom mais escura, que fica quase preta 
quando molhada, e por apresentar uma característica mancha branco-
amarelada que sobe do peito até o queixo.
Animal semi-aquático, de hábitos diurnos, vive próximo às margens de 
rios e lagos, onde constrói suas tocas sob barrancos e raízes de árvores 
ribeirinhas. Sua adaptação ao meio aquático inclui pés grandes, com 
membranas entre os dedos, e uma longa e musculosa cauda achatada, que 
lhe dá grande impulso dentro d’água. Piscívoro e excelente nadador, a 
ariranha mergulha com precisão para capturar seus peixes, que carrega para 
comê-los em terra firme.
Apesar de ser territorialista, é um mamífero altamente social. Monogâmico, 
vive em grupos familiares de cinco a oito indivíduos, formados geralmente 
por um casal e várias gerações de filhotes.
A reprodução da ariranha é mais conhecida em cativeiro do que na natureza. 
Sabe-se que ela comumente ocorre entre o fim da primavera e início do 
verão, mas que algumas vezes pode se dar em qualquer outra época do ano. 
A fêmea fica no cio por um período de aproximadamente vinte e um dias e o 
acasalamento se dá dentro d’água. Os filhotes nascem com os olhos fechados 
e pesando entre 170 e 230 gramas. Abrem os olhos depois de um mês de 
vida, quando começam a acompanhar os pais em incursões além da área do 
abrigo familiar, e tornam-se totalmente independentes por volta dos nove ou 
dez meses de idade. Vivem entre 10 e 13 anos.
Ariranha Foto: Manoel Carvalho, no Parque Zoo
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34 - Guia de Animais Brasileiros
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Grupo Unico PDF Passe@diante
Onde vive: no Brasil, ocorre na Mata Atlântica, na caatinga, no 
cerrado, no Pantanal e nos Campos do Sul. América do Sul, desde o 
sudeste da Bolívia e Paraguai até o norte da Argentina e Uruguai. 
Características e hábitos: de rabo peludo e focinho comprido, o cachorro-
do-mato é um animal de hábito diurno. Marca seu território com as fezes 
e com a urina e forma grupos de, geralmente, 5 indivíduos. Quando 
vive perto de áreas habitadas pelo homem, é comum atacar criações de 
aves domésticas, o que o torna indesejado pelos fazendeiros. Também 
costuma ser visto em beiras de estradas, onde procura por restos de animais 
atropelados, o que acaba, muitas vezes, causando a sua própria morte. Vive 
até 10 anos.
Nome Científico: Cerdocyon 
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Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Tamanho: comprimento: de 59 a 
76 cm / peso: de 3,6 a 7,9 kg.
Reprodução: gestação de 52 a 59 
dias, nascendo de 2 a 5 filhotes.
Dieta: carnívoro, alimenta-se de 
pequenos mamíferos, aves, répteis, 
insetos e frutas.
Cachorro-do-mato
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Guia de Animais Brasileiros - 35 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Cachorro-do-mato-vinagre
Nome Científico: Spheotos 
venaticus
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Tamanho: comprimento: de 61 a 
75 cm / peso: de 5 a 7 kg.
Reprodução: gestação de 67 dias, 
nascendo de 1 a 6 filhotes.
Dieta: estritamente carnívoro (o 
mais carnívoros dos canídeos), 
alimenta-se de pequenos e médios 
mamíferos, aves e peixes.
Onde vive: no Brasil, ocorre na 
Amazônia, no Cerrado, na Mata 
Atlântica e no Pantanal. América 
Central e do Sul, desde o Panamá 
até o nordeste da Argentina. 
Características e hábitos: caracteriza-se pela coloração parda, com tom ruivo-
avermelhado acentuado na região do dorso, do pescoço e da cabeça, e pelas 
pernas e focinho curtos. Animal que pode ser considerado semi-aquático por 
alguns estudiosos, por nadar e mergulhar com grande facilidade. De hábito 
diurno, à noite recolhe-se em tocas nos troncos de árvores. Visto como uma 
das espécies mais sociais entre os canídeos sul-americanos, geralmente anda 
em grupos de 4 a 7 indivíduos, mas também pode viver solitário. Suas presas 
preferidas são roedores, como cutias e pacas. Em grupo, pode abater presas 
bem maiores que ele, como capivaras, por exemplo.
Considerada uma espécie monogâmica, o cachorro-do-mato-vinagre não 
apresenta ciclos sazonais de reprodução. A fêmea pode ter uma nova cria a 
cada 235 dias, aproximadamente. Os filhotes nascem de cor preto-acinzentada 
e costumam ficar, de 4 a 5 meses, sob os cuidados da mãe. Enquanto a fêmea 
está tratando os pequenos, é o macho quem busca a comida para o casal.
O cachorro-do-mato-vinagre é altamente “vocal” e costuma usar sons altos e 
agudos e diversos tipos de latido para localizar membros de seu grupo 
na floresta.
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36 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Leopardus 
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Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Tamanho: comprimento: de 56 a 
71 cm / peso: de 3 a 9 kg.
Reprodução: gestação de 80 a 84 
dias, nascendo, geralmente, 
apenas 1 filhote.
Dieta: carnívoro, alimenta-se de 
pequenos mamíferos terrestres e 
arborícolas, pássaros e répteis, mas, 
também, de insetos e de frutas.
Onde vive: no Brasil, ocorre na 
Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica, no Pantanal e nos Campos do Sul. 
Na América Central e do Sul, também é encontrado.
Características e hábitos: de porte pequeno e com pelagem 
amarelo-escura na maior parte do corpo, salpicada de manchas que se espalham 
longitudinalmente da cabeça até a cauda, o gato-maracajá é semelhante a um 
gato comum, com pele de jaguatirica.
Animal arborícola e terrestre, como muitos felinos, movimenta-se nas árvores 
com agilidade peculiar e rapidez. Graças às suas patas traseiras, dotadas de 
uma articulação capaz de rotacionar até 180º sobre si mesma, o gato-maracajá 
consegue descer dos troncos com a cabeça voltada para baixo, enquanto a 
maioria dos felinos desce com a cabeça para cima, deslizando. Tal habilidade 
lhe permite caçar presas que habitam as árvores, como alguns roedores e aves.
Chegam à maturidade sexualpor volta dos 2 anos e os machos são maiores 
que as fêmeas.
Gato-maracajá
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Guia de Animais Brasileiros - 37 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Procyon 
cancrivorous
Ordem: Carnivora
Família: Procyonidae
Tamanho: comprimento: de 54 a 
65 cm /peso: de 3 a 7,7 kg.
Reprodução: gestação de 60 a 
73 dias, com ninhadas de 2 a 7 
filhotes, em média de 3 a 4.
Dieta: frugívoro onívoro, alimenta-
se de moluscos, peixes, alguns 
insetos, anfíbios e frutas.
Onde vive: no Brasil, ocorre 
nos cinco grandes biomas, da 
Amazônia aos Campos do Sul.
América Central e do Sul, da 
Costa Rica ao norte da Argentina. 
Características e hábitos: os 
guaxinins são encontrados em 
vários hábitats e se adaptam 
facilmente a qualquer lugar onde 
houver água, comida e condições 
para se esconder e fazer suas tocas. 
Vivem geralmente em locais de vegetação alta e fechada, próximos de rios, 
pântanos e lagos.
A mancha negra em torno dos olhos é sua marca característica. Em espécies 
que vivem mais ao norte do continente americano, essa mancha costuma se 
estender até as orelhas. Apresenta pelagem marrom na região dorsal e negra nas 
patas. A cauda, de pelos fartos, corresponde a 50% do comprimento do corpo. 
Animal terrestre, de hábitos noturnos e solitário, passa o dia na toca, 
geralmente em ocos de árvores e sai à noite para procurar comida. Vive 
e alimenta-se no solo, mas sobe em árvores com facilidade e nada muito 
bem. Hábil pescador e caçador de caranguejos, come principalmente peixes, 
crustáceos e moluscos, mas também anfíbios.
O guaxinim se reproduz uma vez por ano, entre julho e setembro. Os machos 
são poligâmicos e cruzam com um grande número de fêmeas. Após um período 
de gestação que varia de 60 a 73 dias, podem nascer de 2 até 7 filhotes numa 
ninhada, mas o mais comum é nascerem entre 3 e 4. Os pequenos guaxinins 
nascem de olhos fechados e sem dentes. Os olhos se abrem a partir da terceira 
semana, quando também começa a aparecer a característica mancha em torno 
dos olhos. Os filhotes de ambos os sexos tornam-se independentes a partir dos 
oito meses e sexualmente adultos com cerca de um ano de idade.
Na natureza vivem em média cinco anos, sendo a estimativa máxima de vida 
selvagem de aproximadamente 14 anos. Em cativeiro, há registro de um animal 
que viveu até 20 anos.
Outros nomes: mão-pelada.
Guaxinim Foto: Manoel Carvalho, na T
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38 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Eira barbara
Ordem: Carnivora
Família: Mustelidae
Tamanho: comprimento: de 56 a 
71 cm / peso: de 2,7 a 7 kg.
Reprodução: gestação de 63 a 70 
dias, com ninhada de 2 a 3 filhotes.
Dieta: carnívoro, alimenta-
se de pequenos vertebrados, 
especialmente roedores e insetos, 
mas também de frutas e mel, tanto 
que, em lugares do Brasil, também 
é chamada de “papa-mel”.
Onde vive: no Brasil, ocorre 
na Amazônia, no Cerrado, no 
Pantanal e na Mata Atlântica.
América Central e do Sul, do Irara
México ao Norte da Argentina. 
Características e hábitos: do tamanho de um cachorro médio, a irara apresenta 
pescoço e cauda bem compridos. A cor da pelagem costuma variar conforme a 
região de ocorrência, mas é, geralmente, marrom-escuro. A cabeça é robusta, 
coberta de pelos mais pálidos que o corpo, e as orelhas pequenas e arredondadas 
lhe conferem uma certa “aparência humana”. Tanto que, em alguns lugares da 
América do Sul, a irara é também chamada de “cabeza de viejo”, que significa 
cabeça de velho. Apesar de ser um animal terrestre e arborícola, movimenta 
melhor nas árvores do que em terra e, quando se sente ameaçada, solta um 
curto latido e corre para a árvore mais próxima, para se proteger. Normalmente 
de hábitos diurnos, quando vive próxima a habitações humanas, pode adotar 
costumes crepusculares. A irara geralmente anda sozinha, ou aos pares. Mas, às 
vezes, também pode ser encontrada em grupos pequenos, de 3 a 4 indivíduos. 
Na hora de dormir, procura abrigo tanto nas árvores como em tocas na terra, 
feitas por outros bichos.
Pouco se conhece sobre a reprodução das iraras, como a época exata de 
acasalamento e dos nascimentos, por exemplo. 
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Guia de Animais Brasileiros - 39 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Jaguatirica
Nome Científico: Leopardus 
pardalis
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Tamanho: comprimento: de 0,8 a 
1,3 m / peso: de 7 a 15 kg.
Reprodução: gestação de 70 a 85 
dias, ninhada de 1 a 4 filhotes.
Dieta: carnívoro, alimenta-se 
de aves, répteis e mamíferos de 
pequeno e médio porte.
Onde vive: no Brasil, ocorre na 
Amazônia, no Cerrado, na Mata 
Atlântica e no Pantanal. Também 
nas Américas do Norte, Central e do Sul, do Texas ao norte da Argentina. 
Características e hábitos: a jaguatirica é o terceiro maior felino do Brasil, 
ficando atrás apenas da onça-pintada e da suçuarana. Seu corpo delgado 
e musculoso apresenta uma pelagem curta, de cor pardo-amarelada, com 
manchas negras arredondadas, que se torna esbranquiçada no ventre e nas 
patas. A jaguatirica é essencialmente noturna, mas pode adquirir hábitos 
diurnos em áreas de leve interferência humana ou onde as presas são, em sua 
maioria, de hábitos diurnos. Animal terrestre, caça e caminha principalmente 
no chão, mas também sobe em árvores com facilidade.
Vive solitária a maior parte do tempo, exceto na época de acasalamento. 
Fora do período de reprodução e trato dos filhotes, machos e fêmeas ocupam 
territórios distintos, cujo tamanho pode variar muito conforme as condições 
do hábitat. Mas a área do macho é sempre maior que a da fêmea. Como são 
poligâmicos, o território dos machos permeia o de muitas fêmeas. 
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40 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Potos flavus
Ordem: Carnivora
Família: Procyonidae
Tamanho: comprimento: de 39 a 
55 cm / peso: de 2 a 3,2 kg.
Reprodução: gestação de 98 a 120 
dias, nasce 1 filhote por vez.
Dieta: frugívoro onívoro, alimenta-
se de frutas, insetos, pequenos 
animais, ovos e mel.
Onde vive: no Brasil, ocorre na 
Amazônia, no Cerrado e na Mata 
Atlântica. América Central e do Sul. 
Características e hábitos: do 
tamanho aproximado de um gato 
doméstico, só que mais robusto 
e com a cauda bem mais forte e 
comprida, o jurupará também é 
chamado equivocadamente em 
alguns lugares de macaco-da-noite. 
Sua semelhança com os macacos, no entanto, diz mais respeito a seus hábitos 
e comportamentos, que à sua forma e aparência em si. Ele se movimenta com 
grande agilidade entre os galhos e é capaz de ficar um largo tempo pendurado 
por sua potente cauda preênsil, enquanto apanha algum alimento. Da ordem dos 
carnívoros, ele não tem nenhum parentesco com os primatas, e pertence à família 
dos procionídeos, a mesma do quati e do guaxinim. 
Animal estritamente noturno e arborícola, o jupará passa o maior tempo de 
sua vida no topo das árvores, apesar de também se movimentar bem no chão. 
Dorme o dia todo em sua toca, geralmente feita no oco de um tronco, e não 
desperta enquanto houver luz. Ao anoitecer sai em busca de comida. Alimenta-
se principalmente de frutas e insetos, mas também preda pequenos animais, 
principalmente pássaros. Ovos e mel também são complementos de sua dieta. Em 
cativeiro, come de tudo e tem uma queda por alimentos e bebidas doces, podendo 
até se embriagar de licor.
São animais solitários a maior parte do tempo, exceto as fêmeas quando estãocom seus filhotes. Grandes grupos também costumam se congregar em árvores 
frutíferas com abundância de alimento.
Novas ninhadas de juparás costumam nascer entre abril e dezembro, e são 
geralmente de apenas um filhote, ocasionalmente dois. Os recém-nascidos crescem 
rápido, tanto que em seis meses chegam a aumentar até 12 vezes o seu tamanho.
JuruparáFoto: Manoel Carvalho,
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Guia de Animais Brasileiros - 41 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Lobo-guará
Características e hábitos: o lobo-guará distingue-se por sua cor e pela elegância 
de seu porte. De patas altas e esguias, apresenta uma cabeça pequena, focinho 
afilado e orelhas grandes e eretas. Sua pelagem é quase inteiramente de cor 
pardo-avermelhada, sendo mais clara na região ventral e totalmente negra nas 
patas. A coloração do pelo lhe rendeu o nome vulgar. Guará significa vermelho 
na língua indígena e, em alguns lugares do Brasil, ele é também chamado de 
lobo-vermelho. 
Animal terrestre, solitário e de hábitos noturnos, o lobo-guará costuma 
caminhar muito em busca de alimento. Às vezes, chega a se deslocar até 15 km, 
em linha reta. Por isso, precisa de grandes extensões de mata para sobreviver.
Reproduz-se no período de março a julho. Os filhotes nascem inteiramente 
negros e se desenvolvem rapidamente. Após 10 semanas, começam a apresentar 
a coloração típica da espécie e depois de 8 meses, em média, já possuem o 
tamanho de um adulto. Vivem até 13 anos.
Nome Científico: Chrysocyon 
brachyurus
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Tamanho: comprimento: de 57 a 
75 cm / peso: até 23 kg.
Reprodução: gestação de 62 a 66 
dias, nascendo de 1 a 5 filhotes.
Dieta: carnívoro, alimenta-se de 
pequenos roedores, aves, répteis, 
peixes, insetos, moluscos e frutas.
Onde vive: no Brasil, ocorre 
no Cerrado, no Pantanal e nos 
Campos do Sul.
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42 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Onça-pintada
Nome Científico: Panthera onca
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Tamanho: comprimento: de 1,1 a 
1,8 m / peso: de 31 a 158 Kg.
Reprodução: gestação de 93 a 105 
dias, com ninhadas de 1 a 4 filhotes.
Dieta: carnívoro, alimenta-se, 
principalmente, de grandes 
mamíferos, como capivaras e 
veados, mas também come peixes e 
pequenos mamíferos.
Onde vive: no Brasil, ocorre da 
Amazônia aos Campos do Sul.
Características: a onça-pintada é 
o maior felino do Brasil. Animal 
robusto, dotado de grande força 
muscular, apresenta pernas relativamente curtas, em comparação ao corpo, 
e cabeça arredondada. Sua pelagem é de fundo amarelado “pintada” de 
manchas negras em forma de rosetas na maior parte do corpo, exceto na 
região do ventre, onde se torna branca. As pintas, que lhe renderam o nome 
popular, são uma excelente camuflagem no meio da mata. Diferente da 
maioria dos felinos, a onça-pintada é capaz de nadar, sempre que precisa 
atravessar algum rio, além de ser também boa pescadora. Utiliza a cauda 
para atrair os peixes à superfície e depois os pega com uma patada. 
Animal de hábitos principalmente noturnos, é solitário e territorialista. 
Machos e fêmeas costumam andar juntos apenas durante o período 
de reprodução. Com 6 semanas, os filhotes já saem para caçar junto 
com a mãe. A onça-preta, chamada pelos índios de jaguará-pichuna, 
é exatamente da mesma espécie da onça-pintada, sendo diferenciada 
apenas pelo fenômeno do melanismo, que faz com que sua pele seja 
totalmente negra. No entanto, dependendo do ângulo que se observa o 
animal e da incidencia da luz, pode-se perceber as mesmas manchas em 
formato de rosetas, características da onça-pintada. 
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Guia de Animais Brasileiros - 43 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Quati
Nome Científico: Nasua nasua
Ordem: Carnivora
Família: Procyonidae
Tamanho: comprimento: de 47 
a 58 cm / peso: de 3 a 7,2 kg.
Reprodução: gestação de 74 a 
77 dias, com ninhadas 
de 3 a 7 filhotes.
Dieta: onívoro, alimenta-se 
de frutas, invertebrados e 
pequenos animais
Onde vive: no Brasil, ocorre 
na Amazônia, no Cerrado, no 
Pantanal, na Mata Atlântica e 
nos Campos do Sul. América 
do Sul, desde a Colômbia e 
Venezuela até o Uruguai 
e norte da Argentina. 
Características e hábitos: o quati 
caracteriza-se fisicamente por 
seu focinho comprido e úmido, 
meio arrebitado e muito flexível, 
e por suas garras longas e fortes. 
A cor de sua pelagem varia do marrom avermelhado ao cinza na maior parte 
do corpo, sendo mais clara do lado de dentro das patas e na barriga. A cauda 
longa, que serve para o equilíbrio do animal, tem pelo marrom escuro ou 
preto, com anéis de tom amarelado. Os machos são maiores que as fêmeas.
Animal terrestre e arborícola, é um ótimo escalador e nada bem. De 
hábitos diurnos, passa a maior parte do dia à caça de comida. Apesar de 
serem considerados mais terrestres que arborícolas, os quatis dormem, 
acasalam e têm suas crias nas árvores. Mas, quando são perturbados, descem 
rapidamente e escapam pelo chão.
Os machos vivem a maior parte do tempo solitários, exceto durante o período 
de reprodução, enquanto as fêmeas costumam viver em bandos de até 30 
indivíduos. A época de acasalamento dos quatis varia conforme a região 
onde vivem, sendo diretamente relacionada à época de maior disponibilidade 
de frutas. O sistema de acasalamento é poligâmico. Geralmente, quando o 
período de reprodução se aproxima, um único macho é aceito em um bando 
de várias fêmeas, e cruza com todas elas. Após o cruzamento, as fêmeas se 
separam por um período, para prepararem seus ninhos e terem suas crias, 
mas voltam ao grupo depois de 5 os 6 meses, junto com seus filhotes.
Os pequenos abrem os olhos 10 dias após o nascimento e com um mês de 
idade, já são capazes de escalar àrvores sozinhos. Tornam-se sexualmente 
maduros por volta dos dois anos de idade. Vivem de sete a oito anos na 
natureza. Em cativeiro há registros de animais que viveram 17 anos.
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44 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome Científico: Puma concolor
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Tamanho: comprimento: de 0,8 a 
1,5 m / peso: de 29 a 120 kg
Reprodução: gestação de 90 a 96 
dias, nascendo de 1 a 4 filhotes
Dieta: carnívoro, alimenta-se 
principalmente de mamíferos 
de médio e grande porte, como 
pacas, veados e cotias, mas 
também de peixes.
Onde vive: no Brasil ocorre 
nos cinco grandes biomas, da 
Amazônia aos Campos do Sul.É 
encontrado também em todo 
o continente americano, da 
Argentina ao Canadá. 
Características e hábitos: 
conhecida também como 
suçuarana, a puma possui uma 
das mais extensas distribuições 
geográficas de todos os mamíferos 
terrestres do continente americano. 
É encontrada desde os EUA, Canadá e Alaska, até o sul do Chile e Argentina. 
O comprimento de sua pelagem costuma variar conforme o ambiente em 
que vive: mais grossos e compridos em lugares mais frios e mais curtos nas 
regiões tropicais. Sua pelagem é geralmente bege-rosada, mas também varia de 
marrom-amarelada a cinza, ou cor de ferrugem. Os machos são bem maiores 
que as fêmeas. Estas pesam no máximo entre 29 e 64 kg, enquanto os machos 
pesam de 36 a 120 kg.
Com esse tamanho, a suçuarana é também um dos maiores felinos americanos 
e possui um apetite voraz.Suas presas prediletas são grandes mamíferos, como 
veados e e caititus. Por ano, consume de 860 a 1.300 kg de grandes animais 
predados. Animal arborícola e terrestre de hábitos noturnos ou crepusculares. 
Movimenta-se com grande agilidade pelos galhos das árvores, utilizando a longa 
cauda – que chega a ter um terço do tamanho de seu corpo – para se equilibrar. 
Costuma viver em locais de difícil acesso como matas fechadas e montanhas 
remotas e caça ao entardecer. Solitário, passa a maior parte do tempo sozinho, 
exceto durante a época de acasalamento ou quando muito jovem e ainda 
dependente da mãe.
As ninhadas variam de um a seis filhotes, sendo a média de três a quatro. Os 
pequenos abrem os olhos com 10 dias de idade, mesmo tempo em que nascem 
seus primeiros dentes. Mamam até os 40 dias e permanecem com a mãe por 
cerca de 15 meses. Os machos atingem a maturidade sexual por volta dos 3 
anos e as fêmeas em torno dos 2 anos e meio. Na natureza, a suçuarana vive de 
18 a 20 anos. Em cativeiro esse período pode se estender um pouco mais.
Outros nomes: suçuarana, onça-parda.
PumaFoto: Manoel Carvalho, no Parque Zoológico Mun
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Guia de Animais Brasileiros - 45 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Baleia-franca
Nome científico: Eubalena 
australis 
Ordem: Cetacea
Família: Balaenidae
Tamanho: tamanho: de 16 a 
18 m / peso: de 36 a 73 toneladas, 
em média 49.
Reprodução: gestação de 
aproximadamente 1 ano, nascendo 
1 filhote a cada 3 ou 5 anos.
Dieta: pequenos organismos, como 
plâncton e krill.
Onde vive: oceanos do Hemisfério 
Sul, desde o Círculo Polar Ártico 
até as águas de média latitude. No 
Brasil, o limite de sua ocorrência 
são os bancos oceânicos de 
Abrolhos, sendo mais frequentes 
nos Estados do Rio Grande do Sul 
e Santa Catarina.
Características e hábitos: a baleia-
franca é um dos maiores cetáceos 
do mundo e também uma das 
espécies de baleias mais ameaçadas 
de extinção. Caracteriza-se pelas 
manchas brancas, calosas e 
irregulares que apresenta na cabeça e em torno dela. Assim como as impressões 
digitais dos humanos, o padrão dessas manchas é único em cada indivíduo, o que 
ajuda na sua identificação. Sua pele é uniformemente negra na maior parte do 
corpo, exceto na região ventral, onde apresenta manchas claras de tamanho e forma 
variáveis. Sua cabeça é enorme e corresponde a quase um quarto do comprimento 
do corpo. Não possui nadadeira dorsal e as nadadeiras peitorais são largas e de 
formato trapezoidal. Os machos são, normalmente, menores que as fêmeas. Para 
suportar o frio das regiões polares e eventuais períodos de escassez de alimento, 
é dotada de um espessa camada de gordura, que pode chegar a 40 cm em 
alguns pontos. Normalmente, nada devagar e por longos períodos. Fêmeas com 
filhotes deslocam-se a uma velocidade de 3 a 4 km/h durante períodos de 24 
horas ou mais. Mãe e filho costumam se aproximar bastante da costa, tanto 
que, às vezes, podem dar a impressão de estarem encalhados.
A baleia-franca alimenta-se de forma bastante peculiar. Apesar de seu tamanho 
colossal, ela come apenas microorganismos que “filtra” da água por meio de 
estruturas especiais em sua boca. Em vez de dentes, ela possui aproximadamente 
250 pares de lâminas pendentes com cerdas ásperas, que funcionam como uma 
espécie de rede. Quando encontra águas com concentração de alimento, ela 
simplesmente abre a boca e nada lentamente, deixando a água passar por entre as 
cerdas, que retêm os pequenos organismos.
Seu sistema de reprodução é poligâmico, com sete machos, ou mais, para cada 
fêmea. Os nascimentos ocorrem entre agosto e outubro, após a gestação de 
aproximadamente 1 ano. Os filhotes nascem medindo de 5 a 6 m de comprimento 
e crescem cerca de 3 cm por dia. Permanecem junto da mãe por aproximadamente 
1 ano e atingem a maturidade sexual por volta dos 10 anos. 
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46 - Guia de Animais Brasileiros
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Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Megaptera 
novaeangliae
Ordem: Cetacea
Família: Balaenopteridae
Tamanho: comprimento: de 16 a 
17 m / peso: até 40 toneladas.
Reprodução: gestação de 
aproximadamente 12 meses, 
nascendo 1 filhote por vez.
Dieta: crustáceos e pequenos 
peixes.
Onde vive: águas polares e tropicais, 
principalmente as dos oceanos 
Atlântico, Pacífico e Ártico. No 
Brasil, é mais 
frequente nas águas rasas das 
plataformas continentais.
Características e hábitos: animal 
migratório, vive nas águas costeiras 
e oceânicas, desde as regiões 
polares aos trópicos. No inverno 
polar, busca as águas mais quentes 
Baleia-jubarte
para se reproduzir e retorna para os pólos no verão para se alimentar. Costuma 
visitar a costa brasileira durante o inverno e a primavera, sendo o banco de 
Abrolhos uma das áreas mais importantes do Atlântico Sul para a reprodução da 
espécie.
Animal de dimensões enormes, a baleia-jubarte também está entre as maiores do 
mundo. Fisicamente, caracteriza-se, principalmente, pelas grandes nadadeiras 
peitorais – que podem medir até um terço do tamanho de seu corpo e pela 
nadadeira dorsal, pequena e de formato geralmente triangular ou trapezoidal. 
Sua cabeça alongada apresenta rugosidades na parte superior e próximas das 
mandíbulas, típicas da espécie.
A parte de baixo de seu corpo é marcada por pregas longitudinais que se 
estendem desde a garganta até a região ventral. Seus orgãos olfativos são pouco 
desenvolvidos, e os ouvidos são pequenos orifícios localizados pouco atrás dos 
olhos, que, por sua vez, são diminutos e equipados para suportar a pressão de 
grandes profundidades.
Entre as grandes baleias, a jubarte é uma das espécies mais acrobáticas, capaz 
de realizar diversos tipos de saltos e movimentos. Tornam-se especialmente 
agitadas durante o período de acasalamento, quando os machos competem 
agressivamente entre si pelas fêmeas. A reprodução ocorre no inverno, e os 
filhotes nascem em águas tropicais. A fêmea é capaz de engravidar em intervalos 
de 2 a 3 anos, e a gestação dura cerca de 12 meses, nascendo apenas 1 filhote 
por vez. Os recém-nascidos medem cerca de 4 m, mamam até 1 ano e atingem a 
maturidade sexual aos 4 ou 5 anos.
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Guia de Animais Brasileiros - 47 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Sotalia fluviatilis
Ordem: Cetacea
Família: Delphinidae
Tamanho: comprimento: de 1,3 a 
2,1 m/ peso: de 40 a 60 kg.
Reprodução: gestação de 11 a 12 
meses, nascendo 1 filhote por vez.
Dieta: alimenta-se, 
principalmente, de peixes e 
moluscos.
Onde vive: América do Sul e 
Central. A forma fluvial vive na 
região da Bacia Amazônica (Peru, 
Colômbia, Brasil e Equador). A 
forma marinha ocorre desde a 
Nicarágua até o Estado de 
Santa Catarina. 
Características e hábitos: o 
boto-cinza, chamado também 
de tucuxí, na Amazônia, pode 
Boto-cinza
ser encontrado tanto na água-doce como no mar, sendo consideradas duas 
formas: a fluvial (Sotalia fluviatilis) e a marinha (Sotalia guianensis). Medem, 
no máximo, 2,1 m e pesam cerca 60 kg. Normalmente, sua pele apresenta 
coloração cinza-escuro no dorso e rosa-claro no ventre, com uma divisão nítida 
entre as duas cores. Sua nadadeira dorsal possui formato triangular, e mede 
cerca de 13 cm de altura. O boto-cinza costuma ser confundido com filhotes ou 
indíviduos jovens e pequenos de golfinhos flipper.
Animal de hábitos diurnos, é mais ativo durante a alvorada ou, então, no fim 
da tarde. Vive em grupos de 2 a 30 indivíduos, capazes de se movimentarem 
em perfeita sincronia. Na natureza, costuma saltar verticalmente ou de lado, e 
rolar nasuperfície da água. Em cativeiro, no entanto, não realiza tais acrobacias 
voluntariamente. Assim como todos os botos e golfinhos, o boto-cinza orienta-
se por eco-localização, emitindo ultra-sons e percebendo os objetos pelo 
retorno do eco.
Pouco se conhece sobre a reproduçaõ dessa espécie, porém, sabe-se que o 
período de gestação da forma fluvial é de pouco mais de 10 meses, e seu 
período reprodutivo corresponde com as enchentes na Amazônia, entre janeiro 
e fevereiro, permitindo qua as fêmeas deem à luz no período da vazante, entre 
outubro e novembro, quando há maior oferta de aliementos. Os recém-nascidos 
são alimentados por cerca de 7 meses. 
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48 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Tursiops trucatus
Ordem: Cetacea
Família: Delphinidae
Tamanho: comprimento: de 1,8 a 
4 m / peso: de 250 a 500 kg.
Reprodução: gestação de cerca 
de 12 meses, nascendo apenas um 
filhote por vez.
Dieta: píscivoro, alimenta-se de 
peixes, moluscos e crustáceos.
Onde vive: em água estuarinas, 
costeiras e oceânicas do Atlântico, 
Pacífico e Índico. No Brasil, 
ocorre em todo o litoral e é 
comumente observado próximo 
à costa, nas regiões Sul e Sudeste.
Características e hábitos: animal 
robusto, o golfinho flipper, 
assemelha-se bastante com o 
boto-cinza, porém é muito maior.
Caracteriza-se justamente pelo 
formato de seu “nariz”: curto, 
Golfinho flipper
com cerca de 8 cm de comprimento, o que o faz ser conhecido também como 
golfinho-nariz-de-garrafa, na América do Norte e na Europa. Sua pele é cinza, 
de tonalidade escura no dorso e mais clara na região do ventre. É a espécie 
de golfinho mais estudada pelos cientistas, devido a sua grande adaptação à 
vida em aquários, onde são utilizados para a realização de espetáculos, por 
sua grande habilidade e capacidade de aprendizagem. Ele possui um sistema 
de vocalização sofisticado, sendo capaz de emitir uma grande variedade de 
sons para comunicar-se com seus companheiros. Esse sistema vem sendo 
largamente estudado pelo homem e é tido como uma linguagem bastante 
complexa, que pode vir a ser decifrada e utilizada na comunicação com esses 
animais. 
Bastante social, costuma deslocar-se em grupos de cerca de 15 indivíduos, 
mas, às vezes, são vistos em grandes grupos de algumas centenas de espécies. 
Viajam a uma velocidade de até 40 km/h, geralmente em busca de alimento e 
águas de temperatura favorável. 
O ciclo repreodutivo entre essa espécie é o mais conhecido dentre os 
golfinhos. A gestação dura 1 ano e os filhotes podem nascer em qualquer 
época, mas, em regiões temperadas, raramente nascem no inverno. O período 
de amamentação dura cerca de 18 meses e os filhotes costumam permanecer 
estreitamente ligados à mãe por pelo menos 3 anos. Os jovens machos 
atingem a maturidade sexual entre os 9 e 13 anos, e as fêmeas um pouco mais 
cedo, entre os 5 e 12 anos. Podem viver até 45 anos.
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Guia de Animais Brasileiros - 49 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Brasil, ocorre, principalmente, na região do arquipélago de Fernando de 
Noronha.
Características e hábitos: verdadeiro acrobata aquático, o golfinho-
rotador é capaz de realizar diversos tipos de saltos e recebe esse nome 
popular por causa de um deles: um salto incrível, com rotações completas 
sobre o eixo de seu corpo. Sua pele apresenta coloração cinza-escuro na 
região dorsal, que se torna mais clara nas laterais do corpo, sendo branca 
na barriga. Os machos costumam ser maiores que as fêmeas.
Extremamente social, o golfinho-rotador vive em grupos grandes, que 
podem passar de 1.000 indivíduos, sendo mais comuns, porém, grupos 
de cerca de 200. Poligâmicos, podem se reproduzir ao longo de todo o 
ano, embora as populações estudadas possuam 1 ou mais picos sazonais 
de nascimentos. A fêmea tem novos filhotes em intervalos de 2 a 3 anos e 
os amamenta por cerca de 1 a 2 anos. Os machos atingem a maturidade 
sexual por volta dos 11 anos, já as fêmeas, entre 5 e 10 anos.
Nome científico: Stenella 
longirostris
Ordem: Cetacea
Família: Delphinidae
Tamanho: comprimento: de 1,9 a 
2,3 m / peso: de 55 a 78 kg.
Reprodução: gestação de cerca 
de 10 meses e meio, nascendo 
apenas 1 filhote por vez.
Dieta: alimenta-se de peixes, lulas 
e camarões.
Onde vive: em águas tropicais 
e subtropicais dos Oceanos 
Atlântico, Índico e Pacífico. No 
Golfinho-rotador
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50 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
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Golfinho-rotador
Nome científico: Trichechus 
inunguis
Ordem: Sirenia
Família: Trichechidae
Tamanho: comprimento: até 
2,0 m / peso: cerca de 300 kg.
Reprodução: gestação de cerca de 
1 ano, nascendo 1 filhote por vez.
Dieta: herbívoro podador, 
alimenta-se da vegetação aquática, 
de fundo flutuante e de mangue.
Onde vive: em toda a Bacia 
Amazônica, principalmente no 
Brasil, mas também na Guiana, 
Venezuela, Equador, Colômbia 
e Peru.
Características e hábitos: bem menor que o peixe-boi marinho, o peixe-boi 
amazônico, conhecido também como guarabá, é o único membro dos sirênios 
que vive exclusivamente em água-doce. Espécie endemica da Amazônia, ocorre 
no Rio Amazonas e em seus afluentes, inclusive na desembocadura com o 
Atlântico. Caracteriza-se, também, por não apresentar unhas nas nadadeiras 
peitorais como a espécie marinha, e por ter o couro mais liso e escuro que 
aquele animal.
Aquático, de hábitos noturnos e diurnos, vive, geralmente, solitário ou em 
pares, de mães com seus filhotes. O peixe-boi amazônico reproduz-se em 
qualquer época do ano, e os recém-nascidos medem aproximadamente 70 cm, 
após uma gestação de cerca de 1 ano. Sua longevidade na natureza ainda não 
foi seguramente determinada. Em cativeiro, vivem pouco mais 12 anos. 
O peixe-boi da Amazônia é classificado como uma niamal vulnerável à 
extinçaõ, segundo o Plano de Ação para Mamíferos Aquáticos do Brasil (Ibama 
2001). A principal causa desse risco é a caça ilegal, promovida pel
Peixe-boi amazônico
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Guia de Animais Brasileiros - 51 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Trichechus 
manatus manatus
Ordem: Sirenia
Família: Trichechidae
Tamanho: comprimento: de 2,5 a 
4,5 m / peso: de 200 a 600 kg.
Reprodução: gestação de 12 a 14 
meses, nascendo 1 filhote por vez.
Dieta: herbívoro podador, 
alimenta-se de algas, plantas 
aquáticas e folhas de mangue.
Onde vive: região costeira e 
estuários da América, desde o 
Caribe e costa leste da América 
Central até o nordeste do Brasil. 
Características e hábitos: são os 
únicos mamíferos aquáticos 
exclusivamente herbívoros. Apesar 
do nome popular, não têm nada 
de peixe. Seu corpo é coberto por 
uma pele grossa e rugosa, com 
pelos esparsos, e sua respiração 
é pulmonar, como em todo 
mamífero. Em mergulhos normais, 
ele tem de emergir a cada 5 
Peixe-boi
minutos, em média, para respirar; mas, quando está em repouso ou em fuga, chega a 
ficar até 25 minutos debaixo d’água. Sua cor varia do cinza ao marrom-acinzentado. 
Apesar dos olhos pequeninos, o peixe-boi tem boa visão, sendo capaz até de 
distinguir cores. O mesmo ocorre com a audição, também bastante desenvolvida 
a despeito da inexistência de orelhas. Seus ouvidos são 2 orifícios pequenos atrás 
dos olhos. Sua boca possui lábios grandes e móveis, cobertos de vibrissas – pelos 
táteis, sensíveis a toques e movimentos. As narinas localizam-se na parte superior 
do focinho, e possuem válvulas que se fecham quando o animal está submerso. 
Possui nadadeiras peitorais com unhas redondas nas pontas e uma larga, achatada e 
forte nadadeira caudal, queo impulsiona durante o nado. Sua dentição é composta 
apenas por molares, os quais são constantemente substituídos, devido ao desgaste 
provocado por seus hábitos alimentares.
Animal de hábitos diurnos e noturnos, vive, geralmente, solitário, exceto as fêmeas 
quando estão com seu filhote. Às vezes, juntam-se em grupos temporários durante 
a época de acasalamento ou quando encontram locais com oferta abundante de 
alimento. O peixe-boi possui uma reprodução lenta. A fêmea tem um novo filhote 
em intervalos de 3 a 5 anos, e o período de gestação dura de 12 a 14 meses. Os 
filhotes permanecem dependentes da mãe por aproximadamente 2 anos.
O peixe-boi marinho é o mamífero aquático mais ameaçado de extinção no Brasil, 
segundo o Plano de Ação para Mamíferos Aquáticos do Brasil (Ibama 2001). Entre 
as principais causas desse risco estão a caça indiscriminada, mortes por capturas 
acidentais em redes de pesca e a degradação do ambiente. Sem incidentes e em 
ambiente propício, podem viver por muito tempo, chegando a atingir mais 
de 50 anos.
Outros nomes: manati.
marinho Foto: Luciano Candisani
52 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Tapirus terrestris
Ordem: Perisodactyla
Família: Tapiridae
Tamanho: comprimento: de 1,7 a 
2,0 m / peso: de 227 a 250 kg.
Reprodução: gestação de 335 a 
439 dias, nascendo 1 filhote por 
vez, ocasionalmente 2.
Dieta: frugívoro herbívoro, 
alimenta-se, principalmente, de 
frutas, folhas, gramíneas e brotos.
Onde vive: América do Sul, do 
sul da Colômbia à Venezuela, ao 
norte da Argentina e do Paraguai. 
No Brasil, ocorre na Amazônia, no 
Cerrado, na Mata Atlântica 
e no Pantanal.
Características e hábitos: animal 
robusto, caracteriza-se por seu focinho comprido e flexível, na verdade uma 
espécie de tromba pequena, preênsil e dotada de vibrisas sensitivas. A cabeça 
pequena e afunilada é coberta no topo por uma crina preta que desce até o 
meio das costas. Suas patas são dotadas de 3 dedos com cascos cada uma, 
sendo que as traseiras possuem um quarto dedo, não desenvolvido. Sua 
coloração varia do cinza-escuro, ou avermelhado, ao preto. 
Animal terrestre, a anta fica escondida durante o dia e sai à noite para comer. 
Apesar de viver mais na terra, costuma entrar regularmente na água ou na 
lama para livrar-se de parasitas. Geralmente solitário, é encontrado em grupos 
somente na época de acasalamento. Alimenta-se, principalmente, de frutas, 
folhas e gramíneas, mas, próximo de sítios e fazendas, pode invandir plantações 
de grãos e cereais.
As fêmeas entram no cio em intervalos de 50 a 80 dias, e isso dura cerca de 20 
dias. O perído de gestação leva de 335 a 439 dias e, geralmente, nasce apenas 1 
filhote, que é amamentado tanto tempo quanto a mãe estiver produzindo leite. 
Os filhotes apresentam uma coloração bem distinta dos adultos, sendo sua pele 
marrom-escura com manchas e listras mais claras. Tornam-se completamente 
desenvolvidos aos 18 meses. Em cativeiro, vivem cerca de 35 anos.
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Guia de Animais Brasileiros - 53 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Cervo-do-pantanal
Nome científico: Blastocerus 
dichotomus
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae
Tamanho: comprimento: cerca 
de 2 m / peso: de 89 a 125 kg.
Reprodução: gestação de 240 a 
270 dias, nascendo 1 filhote por 
vez.
Dieta: frugívoro herbívoro, 
alimenta-se de brotos, capim, 
junco e plantas aquáticas.
Onde vive: América do Sul, em 
campos alagados e nas savanas, 
desde o Peru até o nordeste da 
Argentina. No Brasil, ocorre no 
Cerrado e no Pantanal.
Características e hábitos: maior 
cervídeo da América do Sul, o 
cervo-do-pantanal, ou veado-
galheiro, destaca-se por seu 
porte esbelto e pela exuberante galhada de 5 pontas em cada haste, que chega a 
medir até 60 cm de altura. Sua pelagem muda de tonalidade conforme a estação, 
variando do marrom-avermelhado no verão ao marrom-acinzentado no inverno, 
enquanto os pelos das patas e das canelas são predominantemente negros. Seus 
cascos são unidos por uma membrana elástica interdigital, que facilita o caminhar 
em terrenos alagadiços e evita que o animal afunde no lodo, o que demonstra uma 
adaptação ao meio em que vive – áreas inundáveis periodicamente, como várzeas 
e campos pantanosos.
Animal noturno, esconde-se durante o dia e, à noite, sai em pequenos 
grupos para buscar alimentos. Em relação à sociabilidade, os machos vivem, 
geralmente, solitários ou, periodicamente, juntos de fêmeas no cio, ou com 
filhotes. Grandes grupos costumam congregar-se próximo ao leito de rios nas 
épocas secas, mas se dispersam facilmente.
Diferente da maioria dos antílopes, os machos desta espécie não lutam pelas 
fêmeas. Também não há uma estação de nascimento definida, porém, na 
região do pantanal brasileiro, isso ocorre de maio a outubro, antes da época das 
chuvas, e os filhotes nascem da mesma cor dos adultos. 
O cervo-do-pantanal é um animal que vive até 15 anos. No entanto, apesar de 
sua carne ser imprópria para o consumo, é muito caçado pelo homem por causa 
de seu couro ou simplesmente por esporte, sendo sua galhada cobiçada como 
troféu. Isso o colocou em risco de extinção e tem obrigado o animal a refugiar-
se em áreas isoladas e de difícil acesso, cada vez mais restritas.
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54 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Mazama 
gouazoupira
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae
Tamanho: comprimento: de 0,9 a 
1,25 m/ peso: de 11 a 25 kg.
Reprodução: gestação de 206 
a 240 dias, nascendo apenas 1 
filhote.
Dieta: frugívoro herbívoro, possui 
uma dieta ampla, que inclui, 
principalmente, frutas, brotos 
e gramíneas.
Onde vive: desde a porção sul da 
América Central até o norte da 
Argentina e do Uruguai. No Brasil, 
ocorre nos 5 grandes biomas e nos 
Campos do Sul.
Características e hábitos: 
pequeno e esbelto, o veado-
catingueiro é um dos cervídeos 
com distribuição mais abrangente 
da região neotropical. Habita, 
Veado-catingueiro
principalmente, savanas e matas próximas às margens de rios ou de pântanos, 
sendo também encontrado em campos abertos e nas florestas. Sua pelagem 
possui um tom mais escuro, que varia do marrom-acinzentado ao marrom-
avermelhado na região das costas e do pescoço, e quase branca no ventre e na 
extremidade da cauda.
Os machos apresentam um chifre simples e pequeno, composto de uma única 
haste reta – sem ramificações, como em outros cervídeos. As fêmeas, além de 
não terem chifres, diferenciam-se pelo tom da pelagem, um pouco mais clara 
que a dos machos. Ambos os sexos geralmente apresentam uma característica 
pinta branca acima dos olhos, exclusiva da espécie.
Animal terrestre de hábitos noturnos e diurnos, vive, geralmente, solitário, 
podendo raramente ser visto em grupos de até 3 indivíduos. Durante o dia, 
permanecem nas áreas de mata fechada, saindo para campo aberto apenas à 
noite, para se alimentar. 
Sua reprodução não é restrita a determinadas estações, mas ocorre em intervalos 
de aproximadamente 1 ano. No período de acasalamento, o macho é capaz de 
sentir a presença da fêmea no cio a uma grande distância. Nessa época, os dois 
costumam permanecer juntos por cerca de 2 semanas. Após uma gestação de 
cerca de 8 meses, nasce um único filhote, sendo raros os casos de nascimentos 
duplos. Os filhotes possuem o pelo marrom salpicadode pintas brancas. Os 
veados-catingueiros jovens atingem a maturidade sexual entre 12 e 13 meses. Seus 
principais predadores são os cachorros-do-mato, as onças e as jaguatiricas. Na 
natureza, vive cerca de 12 anos, enquanto, em cativeiro, pode chegar a 18 anos.
Cervo-do-pantanal
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Guia de Animais Brasileiros - 55 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Capivara 
principalmente, de plantas aquáticas e brotos. 
Dotada de membranas interdigitais bas patas, é uma excelente nadadora. 
Raramente afasta-se das margens de lagos e rios, para onde foge quando 
se sente ameaçada. No entanto, quando não consegue fugir, é capaz 
de lutar ferozmente e chega a causar sérios danos ao seu oponente, 
até mesmo se este for uma onça – seu maior predador. Comunica-se 
com outros indivíduos da espécie por meio de uma série de sons, como 
relinchos e gorjeios, que não são escutados à distância. Em situação de 
perigo, também emite um som agudo para alertar os companheiros. 
Naturalmente de hábitos diurnos, costuma adotar hábitos noturnos 
quando vive próxima da presença humana. Vive em grupos familiares de, 
em média, 20 indivíduos, mas bandos de até 60 animais já foram avistados 
na natureza. O tamanho dos grupos é influenciado por quantidade de 
alimento e disponibilidade de água, o que os torna flexíveis às condições 
no ambiente.
O macho adulto, maduro sexualmente, possui uma área elevada no 
topo do focinho, visível a olho nu, que contém um acúmulo de 
glândulas sebáceas.
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Nome científico: Hydrochaeris 
hydrochaeris
Ordem: Rodentia
Família: Hydrochaeridae
Tamanho: comprimento: de 1 a 
1,34 m / peso: de 35 a 65 kg.
Reprodução: gestação de 140 a 
160 dias, com ninhadas de 2 
a 8 filhotes.
Dieta: herbívora.
Onde vive: América do Sul e, no 
Brasil, ocorre em florestas e matas 
à beira de corpos d’água.
Características e hábitos: é 
a maior espécie de roedor do 
mundo. Seus dentes incisivos 
chegam a ter até 8 cm e crescem 
continuamente. Alimenta-se, 
56 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Dasyprocta 
fuliginosa
Ordem: Rodentia
Família: Dasyproctidae
Tamanho: comprimento: de 41 a 
76 cm / peso: de 2,5 a 6 kg.
Reprodução: gestação de 104 
a 120 dias, nascendo de 1 a 2 
filhotes por vez.
Dieta: herbívoro, alimenta-se de 
brotos, frutos e sementes.
Onde vive: América do Sul, do 
Cutia
Suriname ao Peru, incluindo a Colômbia, a Venezuela e o norte do Brasil, na 
região Amazônica.
Características e hábitos: a cutia possui uma pelagem lisa e brilhante, mais 
volumosa na região dorsal, com coloração que varia do pardo ao marrom-escuro 
na maior parte do corpo, exceto na região ventral, onde é mais clara. Suas orelhas 
são curtas e as patas compridas, sendo as traseiras um pouco maiores que as 
dianteiras, o que lhe confere a capacidade de dar grandes saltos.
Embora seja um animal terrestre e de hábitos basicamente diurnos, em áreas 
próximas da atividade humana não costuma deixar a toca antes do pôr-do-sol.
As cutias podem se reproduzir ao longo de todo o ano. Precoces, os recém-
nascidos são muito espertos. Chegam ao mundo cobertos por pelo, com os olhos 
abertos e prontos para correr já na primeira hora de vida.
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Guia de Animais Brasileiros - 57 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Sphiggurus 
spinosus
Ordem: Rodentia
Família: Erethizontidae
Tamanho: comprimento: de 30 a 
55 cm / peso: de 0,5 a 1,5 kg.
Reprodução: gestação de cerca de 
200 dias, nascendo 1 filhote.
Dieta: herbívoro, alimenta-se, 
principalmente, de frutas, 
folhas, cascas de árvores, 
brotos e sementes.
Ouriço-cacheiro
Onde vive: sul da América do Sul. No Brasil, ocorre no Centro-oeste, no 
Sul e no Sudeste. 
Características e hábitos: o ouriço-cacheiro caracteriza-se por possuir o dorso 
totalmente coberto de “espinhos”, que lhe servem como um eficiente 
sistema de defesa contra predadores. Na verdade, esses espinhos são pelos 
modificados, endurecidos, que se soltam facilmente. São dotados de farpas 
afiadas que os fazem penetrar profundamente e dificultam a retirada. Sua 
cauda é preênsil e sem pelos, o que facilita a locomoção nos galhos das 
árvores. 
Animal arborícola e de hábitos noturnos, o ouriço-cacheiro não é muito 
social. Vive, geralmente, sozinho ou, no máximo, em pares. Passa o dia 
dormindo em tocas, nas árvores, e sai à noite para procurar comida. 
Costumam invadir pomares e plantações de milho para se alimentar.
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58 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Agouti paca
Ordem: Rodentia
Família: Agoutidae
Tamanho: comprimento: de 60 a 
80 cm / peso: de 5 a 13 kg. 
Reprodução: gestação de cerca 
de 118 dias, nascendo 1 filhote 
por vez.
Dieta: herbívoro, alimenta-se, 
principalmente, de frutas, folhas, 
brotos e raízes.
Onde vive: América Central e do 
Paca
Sul, do sudeste do México até o Paraguai e sul do Brasil.
Características e hábitos: de porte robusto, a paca possui patas relativamente 
curtas, com 4 dígitos nos membros dianteiros e 5 nos traseiros. Sua 
pelagem varia do marrom-claro ao marrom-escuro na região dorsal 
e torna-se branca na barriga. Nas laterias do corpo, apresenta fileiras 
longitudinais de pintas brancas. Sua cauda é bastante reduzida e 
desprovida de pelos.
Animal terrestre, vive em áreas florestadas próximas às margens de lagos 
e riachos. De hábitos noturnos e solitário, passa o dia em tocas, que 
possuem diversas saídas, devidamente escondidas sob folhas e ramos. Boa 
nadadora, quando se sente ameaçada, foge para a água. Um exemplar da 
espécie chegou a viver 16 anos em cativeiro.
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Guia de Animais Brasileiros - 59 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Myocastor 
coypus
Ordem: Rodentia
Família: Capromyidae
Tamanho: comprimento: de 43 a 
66 cm / peso: de 5 a 10 kg.
Reprodução: gestação de 127 
a 139 dias, ninhada de 1 até 13 
filhotes, sendo mais comum entre 
3 e 6.
Dieta: herbívoro, alimenta-se, 
principalmente, de raízes.
Onde vive: sul da América do 
Sul. No Brasil, ocorre no Sudeste, 
Centro-oeste e Sul.
Características e hábitos: a aparência 
do ratão-do-banhado é semelhante 
à de um rato comum – só que 
bem maior –, com seu dorso curvado, cabeça triangular, pernas curtas e olhos 
e orelhas pequenos. Apresenta uma pelagem longa e densa, com coloração que 
varia do marrom-amarelado ao marrom-avermelhado, na região das costas e 
parte de cima do pescoço. O pelo muda para cinza-escuro no abdomên e é 
esbranquiçado no focinho. Os machos são, geralmente, maiores que as fêmeas.
Animal semi-aquático e de hábitos comumente noturnos, o ratão-do-
banhado vive em áreas pantanosas, charcos e próximo às margens de lagos 
e de lagoas. Para se alimentar das folhas e raízes que pendem das margens, 
costuma usar troncos e outros objetos flutuantes como plataformas. Como 
abrigo, constrói túneis subterrâneos, que podem ser simples 
ou interconectados.
O ratão-do-banhado é capaz de se reproduzir várias vezes ao longo doano, em intervalos variados, de acordo com o clima e com a quantidade de 
alimento disponível. Machos e fêmeas atingem a maturidade sexual aos 6 
meses, em média. Vivem em pares, embora a abundância de alimento em 
determinada área pode atrair animais e causar a impressão de constituir um 
grande grupo. Costumam habitar a mesma área por toda a vida, que dura, 
na natureza, cerca de 3 anos.
Ratão-do-banhado
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60 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Sciurus aestuans
Ordem: Rodentia
Família: Sciuridae
Tamanho: comprimento: de 16 a 
20 cm / peso: de 150 a 220 g.
Reprodução: gestação de cerca de 
40 dias.
Dieta: onívoro, alimenta-se 
de frutas, sementes, brotos, 
invertebrados, ovos e 
pequenas aves.
Onde vive: América do Sul. No 
Brasil, ocorre no Norte e Sudeste.
Características e hábitos: pequeno 
e ágil, o caxinguelê, conhecido 
também como serelepe ou esquilo, 
caracteriza-se por sua longa e 
Serelepe
peluda cauda, que tem quase o mesmo tamanho de seu corpo, com coloração 
variando do pardo-esbranquiçado ao avermelhado e preto. No restante do 
corpo, seu pelo é curto e aveludado, de cor marrom-esverdeada na região dorsal 
e alaranjada no peito, com manchas mais claras próximas da garganta e ao 
redor dos olhos. Assim como a maioria dos roedores, os dentes do caxinguelê 
crescem constantemente, mas também são gastos na mesma velocidade, roendo 
cascas duras de frutas, coquinhos e sementes, que são suas principais fontes de 
alimentação. Animal arborícola e terrestre, de hábitos diurnos com picos de 
atividade no início da manhã e fim da tarde, vive geralmente solitário ou, às 
vezes, em pares. Bastante ágeis, ocupam todos os níveis da floresta. Dormem 
em troncos de árvores, onde também constroem seus ninhos a vários metros de 
altura do solo, e descem ao chão para buscar comida e enterrar sementes. Por 
causa do hábito de guardar sementes na terra para depois comê-las, o caxinguelê 
é um importante dispersor de sementes. Como, às vezes, demora para consumi-
las, elas acabam germinando e brotando, dando origem a novas árvores.
Outros nomes: caxinguelê.
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Guia de Animais Brasileiros - 61 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Nome científico: Sylvilagus 
brasiliensis
Ordem: Lagomorpha
Família: Leporidae
Tamanho: comprimento: de 27 a 
40 cm / peso: de 0,45 a 1,2 kg.
Reprodução: gestação de 42 a 
45 dias, aproximadamente, com 
ninhadas de 2 a 7 filhotes.
Dieta: herbívoro pastador, 
alimenta-se, principalmente, de 
brotos e talos de vegetais variados.
Onde vive: América do Sul e 
Central, do sul do México ao norte 
da Argentina. No Brasil, ocorre 
nos grandes cinco biomas e nos 
Campos do Sul.
Características e hábitos: o tapeti é 
o único representante brasileiro 
dos lagomorfos, ordem que reúne 
animais muito parecidos com os roedores por apresentarem grandes dentes 
incisivos e de crescimento contínuo, e ausência de caninos. A diferença 
entre as duas subordens está no segundo par de incisivos, que é mais curto 
no tapeti, e uma fenda característica no lábio superior. Seu pelo é pardo-
amarelado na região da cabeça, no pescoço e nas costas, e mais claro na 
região da barriga. Suas orelhas são pequenas e a cauda é curta e grossa.
Animal noturno ou crepuscular, de hábitos terrestres, habita, 
principalmente, florestas densas e suas bordas, podendo ser encontrado 
também em banhados e margens de rios. Normalmente, vive solitário ou 
em pares. Quadrúpede, movimenta-se saltitando e caminhando ao mesmo 
tempo. Quando perseguido por seus predadores, corre desesperadamente 
em ziguezague para tentar despistar o inimigo.
A fêmea pode ter 4 ou 5 partos por ano, sendo, por isso, considerada uma 
espécie prolífera. Os filhotes apresentam coloração marrom escura, com 
partes inferiores mais claras, e nascem de olhos fechados e sem pelos. 
O tapeti pode ocupar áreas de lavoura, devido a disponibilidade de 
alimento, mas não existem dados sobre a sua capacidade de adaptação. As 
principais ameaças à sobrevivência dessa espécie são a destruição de hábitats 
e a caça.
Outros nomes: lebre.
L a g o m o r f o 1 f a m í l i a , 1 g ê n e r o , 1 e s p é c i e
Tapeti Foto: Zig Koch
62 - Guia de Animais Brasileiros
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Apesar de o nosso objetivo 
principal ser a divulgação de 
uma pequena amostra da fauna 
de mamíferos brasileiros, não 
podíamos deixar de fora algumas 
espécies extraordinárias, 
naturais de diversas partes do 
mundo, que são muito conhecidas 
e admiradas por quem se 
interessa pela vida dos animais
 Como já foi dito no início desta revista, os mamíferos 
estão entre os animais com a maior distribuição geográfica do 
globo. Eles habitam praticamente todo o planeta, em todos os 
ambientes e climas, ocupando todos os continentes e oceanos, 
dos pólos às áreas tropicais. Cada região, no entanto, apresen-
ta espécies características, que ali evoluíram e se adaptaram ao 
longo de milhares de anos, de acordo com o ambiente. Uma 
das formas de estudar as diversas espécies é agrupando-as ou 
separando-as por regiões de ocorrência e, para isso, contamos 
com a zoogeografía – ciência que estuda a área de dispersão 
ou distribuição geográfica das espécies animais pelo mundo, 
dividindo o globo (tanto os domínios terrestres quanto os ma-
rinhos) em regiões zoogeográficas, separadas por barreiras cli-
máticas ou de relevo. Basicamente, pode-se dividir o globo em 
seis regiões principais, conforme mostra a ilustração ao lado.
Eles estão por toda parte
N o m u n d o
Neártica
Neotropical
64 - Guia de Animais Brasileiros
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Região paleártica: comporta a Europa, o norte da África (até o Trópi-
co de Câncer) e a Ásia central e setentrional. Entre os mamíferos dessa 
região, estão o dromedário, a rena, o urso polar, a topeira e bisão-euro-
peu, para citar apenas alguns exemplos.
Neártica: engloba a América do Norte e a Groenlândia. Entre alguns 
dos mamíferos dessa região, estão o bisão-americano, o urso, o alce e 
o cervo-nobre.
Região australiana: abrange a região da Oceania, países como a 
Austrália, Polinésia, Micronésia e Nova Zelândia. Possui uma fauna de 
mamíferos muito peculiar, caracterizada pela predominância de marsu-
piais, como o canguru e o coala, entre outros. É o único lugar do mundo 
onde ocorrem as duas famílias de mamíferos monotremados existentes, 
a do ornitorrinco e das équidnas.
Etiópica: compreende a porção do continente africano que está locali-
zada ao sul da Arábia e abaixo do trópico de Câncer. São mamíferos típi-
cos dessa região o leão, a girafa, o chimpanzé, o hipopótamo e a zebra, 
entre muitos outros.
Região oriental: abrange a região da Índia, norte da Polinésia e os 
países do sudeste asiático localizados ao sul do Himalaia. Seus represen-
tantes são o tigre, a pantera-negra, o orangotango, o elefante asiático e 
diversos outros.
Neotropical: comporta a região da América do Sul, da América Cen-
tral e das Antilhas, com uma grande diversidade de ambientes, desde as 
planícies e florestas tropicais aos picos andinos. São representantes dos 
mamíferos dessa região: a vicunha, a lhama, a anta, a onça-pintada, o 
tamanduá e muitos outros.
Eles estão por toda parte
Principais regiões zoogeográficas terrestres com alguns exemplos de sua fauna
Etiópica
Paleártica
Oriental
Australiana
Guia de Animais Brasileiros - 65 
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66 - Guia de Animais Brasileiros
Nome Científico: Bison bonasus
Ordem: ArtiodáctilosFamília: Bovidae
Onde vive: Europa.
Características e hábitos: o bisão-europeu, como o próprio 
nome já diz, é restrito a determinadas regiões da europa. Menor 
que o bisão-americano, seu parente próximo, a espécie européia 
pesa entre 400 e 900 kg, no caso de indivíduos machos e entre 300 
e 540 kg, no caso das fêmeas. Além do tamanho, diferencia-se tam-
bém pela pelagem, mais curta na região do pescoço. O pelo espesso 
que o protege do frio cai durante a primavera e está totalmente 
renovado no inverno. Animal herbívoro, sua dieta muda conforme 
as estações, seguindo a vegetação disponível em cada época. Mais 
do que os chifres, a testa é que é a grande arma de defesa e ataque 
do bisão. Durante a época de acasalamento, os machos disputam 
ferozmente as fêmeas travando duelos à base de violentas cabe-
çadas, que muitas vezes resultam na morte de um dos oponentes. 
Antigamente espalhados pela Europa em imensos rebanhos de cen-
tenas e até milhares de indivíduos, o bisão-europeu quase desapa-
receu da terra, tendo sido extinto em determinadas regiões, devido 
à caça humana. Seu período de gestação é de aproximadamente 
nove meses, nascendo um filhote por vez, e o tempo médio de vida 
é de 25 anos.
BISÃO-EUROPEU
CANGURU
Nome Científico: Macropus rufus
Ordem: Marsupiais
Família: Macropodidae
Onde vive: região central da Austrália.
Características e hábitos: o canguru-vermelho é o maior 
e mais prolífico dos marsupais existentes, chegando a medir 
quase 2 m de altura e pesar cerca de 90 kg. Dotados de pernas 
traseiras mais desenvolvidas que as dianteiras, eles se locomo-
vem de forma bípede, aos pulos, e são capazes de desenvolver 
grandes velocidades. Algumas espécies podem saltar até nove m 
de distância e chegam a correr a mais de 50 km/h.
Como todos os marsupiais, o canguru possui um período de 
gestação bastante curto, algo entre 30 e 40 dias. Os filhotes 
nascem, ainda, em fase embrionária, medindo não mais que 
3 cm de comprimento, e têm de rastejar pelo pelo da mãe até 
a entrada da bolsa (marsúpio), onde irá permanecer por cerca 
de 7 meses até completar seu desenvolvimento.
Prefere viver em planíces descampadas, sozinho ou em peque-
nos grupos, que podem se tornar mais numerosos em épocas 
de comida escassa. Alimenta-se exclusivamente de espécies ve-
getais e é capaz de aguentar longos períodos sem beber água, 
repondo líquido com o consumo de plantas suculentas.
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66 - Guia de Animais Brasileiros
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Guia de Animais Brasileiros - 67 
Nome Científico: Cervus elaphus
Ordem: Artiodátilos
Família: Cervidae
Onde vive: região da Ásia, da Europa e da América do Norte.
Características e hábitos: os cervos-nobres ocupam uma grande 
variedade de hábitats, como campos, florestas e montanhas. Apre-
sentam pelagem de coloração marrom, geralmente mais clara nas 
partes superiores do corpo, que varia de tom conforme a idade e o 
sexo dos indivíduos e também com as estações do ano. Os filhotes 
nascem com o pelo marcado por manchas claras, que vão desapa-
recendo com o tempo. Animal de porte robusto, o cervo nobre pode 
medir até 2,60 m de comprimento e pesar mais de 320 Kg. 
Os machos se diferenciam das fêmeas por serem os únicos a apre-
sentar chifres, que aparecem a partir dos 2 anos de idade e sofrem 
mudas anuais, crescendo novamente durante a primavera. De há-
bitos diurnos e sociáveis, o cervo-nobre vive em grupos de até sete 
indivíduos, exceto durante o período de reprodução. O domínio da 
hierarquia dentro dos grupos é disputado por lutas, vocalizaçõe e 
demarcação de territórios, sendo exercida, geralmente, pelo mais 
velho e forte. O período de gestação é de cerca de 230 dias, nascendo 
apenas um filhote por vez.
CERVO-NOBRE
CHIMPANZÉ
Nome Científico: Pan troglodytes
Ordem: Primatas
Família: Pongidae
Onde vive: região central do continente africano.
Características e hábitos: Um dos animais com grau de 
parentesco mais próximo dos humanos, o chimpanzé é tido 
como o mais inteligente dos antropóides (macacos sem cau-
da). É capaz de inventar recursos simples - como cutucar um 
cupinzeiro com um graveto para atrair insetos, ou, então, 
quebrar sementes utilizando pedras - e ainda transmitir esse 
conhecimento para outras gerações.
Animal diurno, terrestre e arborícola, o chimpanzé locomo-
ve-se pelo solo, apoiado nos quatro membros, e, de vez em 
quando, de forma bípede e ereta. Para se alimentar, prefere 
os galhos da árvores, onde busca frutas, folhas, flores e se-
mentes. Alimenta-se, ainda, de insetos e pequenos animais. 
Seu corpo, de 70 cm a 90 cm de altura, e peso de 30 a 40 kg, 
é coberto por uma pelagem predominantemente preta, que 
se torna mais acinzentada com o passar dos anos. O período 
de gestação do chimpanzé é quase o mesmo dos humanos: 
cerca de 8 meses e, geralmente, nasce apenas um filhote por 
vez. Vivem até 45 anos.
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Guia de Animais Brasileiros - 67 
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68 - Guia de Animais Brasileiros
DROMEDÁRIO
Nome Científico: Camelus dromedarius
Ordem: Artiodátilos
Família: Camelidae
Onde vive: norte da Índia e regiões áridas da África, espe-
cialmente o deserto do Sahara.
Características e hábitos: parente próximo do camelo, o 
dromedário diferencia-se dessa espécie por apresentar uma 
única corcova, pelos mais curtos e ser bem mais alto, che-
gando a atingir cerca de 3 m de altura (no topo da corco-
va), com peso variando entre 300 kg e 690 kg. O dromedário 
apresenta um série de extraordinárias adaptações à vida 
no deserto: são capazes de fechar as narinas para evitar a 
entrada de areia durante uma tempestade de vento e suas 
patas são dotadas de membranas interdigitais que facilitam 
a caminhada na areia fofa.
Graças à sua capacidade de reter água, depois de absorvê-la 
no intestino, pode ficar vários dias sem ingeri-la. Além disso, 
é capaz de beber cerca de 100 litros de água em apenas 10 
minutos. Alimenta-se basicamente de ervas, raízes secas e 
tâmaras. Diferentemente do camelo, o dromedário é to-
talmente domesticado, dependendo do homem para viver. 
Reproduzem-se uma vez a cada 2 anos, com um período de 
gestação entre 370 e 440 dias. Nasce, geralmente, um filhote, 
às vezes, dois. Vivem até 50 anos.
ELEFANTE
Nome Científico: Elephas maximus
Ordem: Proboscídeos
Família: Elephantidae
Onde vive: em parte da Índia e por toda a região leste da Ásia.
Características e hábitos: com duas espécies diferentes - a africana (Lo-
xodonta africana) e a asiática (Elephas maximus) - os elefantes são os maio-
res mamíferos terrestres existentes atualmente. Caracterizam-se pelo corpo 
imenso e pesado, e pela presença da tromba, flexível e comprida que tem 
a função de cheirar, trasportar água e alimento até a boca e pegar objetos.
O elefante-asiático diferencia-se do africano principalmente pelo tamanho de 
suas orelhas, muitos menores que as daquela espécie, que chegam a ter quase 
a metade da altura do animal. Seu porte também é menor. O comprimento do 
corpo e da cabeça varia de 5,5 cm a 6,4 m, com peso de 3 a 5 toneladas e cerca 
de 3 m de altura, nos ombros. De dieta estritamente herbívora, consomem 
cerca de 150 kg de vegetação diariamente. Em condições adequadas, a fêmea 
tem novas crias a cada 3 ou 4 anos. O período de gestação é bastante longo,de 18 a 22 meses. Quase sempre nasce apenas um filhote por vez, pesando 
cerca de 100 kg. Em média, os jovens tornam-se independentes após 4 anos e 
atingem a maturidade sexual aos 14 anos. Fora o homem, os elefantes adultos 
praticamente não possuem predadores à sua altura e podem viver cerca de 
70 anos.
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68 - Guia de Animais Brasileiros
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Guia de Animais Brasileiros - 69 
GIRAFA
HIPOPÓTAMO
Nome Científico: Giraffa camelopardalis
Ordem: Artiodátilos
Família: Giraffidae
Onde vive: África, ao sul do Sahara.
Características e hábitos: com sua aparência inconfundível, a girafa é o mais alto de todos os 
animais da Terra, podendo ultrapassar os 6 m de altura. Seu pescoço, no entanto, apesar de medir 
cerca de 2,5 m, possui sete vértebras como a maioria de outros mamíferos. Habitam regiões secas 
e áridas da África, ao sul do Sahara e, graças à seu consumo pouco frequente de água, têm uma 
distribuição bastante abrangente.
Sua pelagem apresenta coloração parda de fundo, coberta por manchas marrons. Assim como as 
impressões digitais dos humanos, cada girafa apresenta um padrão único de marcas.
Esses animais vivem, geralmente, em grupos de 12 a 15 indivíduos, compostos por fêmeas adultas, 
jovens machos sexualmente imaturos, filhotes e um único macho adulto, que exerce a liderança. 
Pode-se identificar o sexo à distância, simplesmente pela maneira como elas se alimentam. Os ma-
chos costumam esticar seu pescoço para alcançar as folhas no topo de árvores altas, enquanto as 
fêmeas preferem os galhos mais baixos e de árvores menores. Dotada de uma lígua longa e bastante 
flexível, de cerca de 40 cm de comprimento, a girafa alimenta-se de folhas das copas das árvores, 
pricipalmente de acácias e mimosas.
Após um período de gestação de aproximadamente 15 meses, a fêmea dá à luz um único filhote, 
sendo raros os casos de gêmeos. Os recém-nascidos chegam ao mundo com aproximadamente 2 m 
de altura e são capazes de ficar em pé 20 minutos após o nascimento. Os jovens atingem a matu-
ridade sexual entre 3 e 4 quatro anos. Podem viver de 15 a 20 anos.
Nome Científico: Hippopotamus amphibius
Ordem: Artiodátilos
Família: Hippopotamidae
Onde vive: leste da África, ao longo do vale do Nilo.
Características e hábitos: quando está em terra, o hipopótamo chama a 
atenção por seu corpo enorme e roliço, de cerca de 4 m de comprimento e 1,5 m 
de altura, e peso entre 3 e 4 toneladas. Na água, costuma deixar apenas parte 
da cabeça - olhos e narinas - acima da superfície. É capaz de ficar até 5 minutos 
submerso e é um ótimo nadador. Por causa de sua pele, que pode ressecar e 
rachar ao sol, o hipopótamo passa a maior parte do dia dentro d’água. Apesar de 
ser mais ativo à noite, não é estritamente noturno.
Herbívoro, necessita consumir enormes quantidades de vegetação terrestre e 
aquática por dia para se manter. Pode viver sozinho ou em grupos de 30 indi-
víduos ou mais, compostos, principalmente, por fêmeas com seus filhotes. Os 
machos tendem a ser muito agressivos uns com os outros, usando os poderosos 
caninos como armas em disputas que podem terminar com a morte de um dos 
lutadores.
Os nascimentos costumam coincidir com o ápice das estações chuvosas. O aca-
salamento, o parto e a amamentação ocorrem dentro da água. Após uma gesta-
ção de 227 a 240 dias, a fêmea dá à um luz um único filhote, que nasce pesando 
de 27 kg a 50 kg. A maturidade sexual é atingida entre 6 e 15 anos.
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Guia de Animais Brasileiros - 69 
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70 - Guia de Animais Brasileiros
LEÃO
LHAMA
Nome Científico: Panthera leo
Ordem: Carnívora
Família: Felidae
Onde vive: África, em toda região subsahariana, exceto em desertos e flo-
restas tropicais.
Características e hábitos: com seu porte imponente, mandíbulas pode-
rosas e dotado de grande força muscular, o leão é um dos poucos predadores 
que não é caçado por outros animais, exceto pelo homem. Com cerca de 3 
m de comprimento, 1,2 m de altura e peso médio de 190 kg, podendo chegar 
até 250 kg (no caso de machos adultos). A cor de seu pelo varia do amarelo-
-pálido ao marrom-avermelhado. Além do tamanho (maior), os machos se 
diferenciam das fêmeas pela presença de uma farta juba - marca registrada 
da espécie, e única entre os felinos. Excelentes caçadores, os leões correm 
distâncias curtas em velocidades de até 50 Km/h ou então se aproximam 
silenciosamente para apanhar uma presa. Também costumam caçar de for-
ma cooperada, com um leão assustando a vítima por um lado e um segundo 
leão a cercando por outro. 
Os leões são os únicos felinos que vivem em grupos, formados basicamente 
por fêmeas com seus filhotes. As fêmeas têm novas crias a cada dois anos. 
O período de gestação dura cerca de 120 dias e nasce de um até seis filhotes 
por ninhada, em média três. A expectativa média de vida é de 14 anos na 
natureza e 13 em cativeiro. A longevidade máxima já registrada em cativei-
ro é de 30 anos.
Nome Científico: Lama glama
Ordem: Artiodátilos
Família: Camelidae
Onde vive: América do Sul, ao longo de toda região andina
Características e hábitos: no caso da lhama as aparências não enganam. Ela 
pertence à mesma família do camelo, bicho com o qual guarda muitas seme-
lhanças, como o pescoço alongado e a formação dos lábiso, só que é mais baixa, 
mais peluda, sem corcovas e vive em regiões frias e em grandes altitudes. Sua 
resistência também é comparável à dos camelídeos do deserto, sendo capaz de 
viajar cerca de 20 quilôm por dia, com uma carga de até 50 kg. Por essa razão 
as lhamas foram muito utilizadas na época da colonização espanhola no conti-
nente sulamericano, para transportar as riquezas das minas de ouro e prata até 
os portos, no litoral. 
Animal robusto, mede cerca de 1,2 m de altura até o ombro e de 1 a 1,6 m de 
comprimento da cabeça à cauda, com peso médio de 140 Kg.
A lhamas se reproduzem uma vez por ano, com os nascimentos ocorrendo de 
novembro a março. Após um período de gestação de 10 a 12 meses, a fêmea dá a 
luz a um único filhote. Os recém nascidos são bastante precoces, sendo capazes 
de correr passada uma hora de seu nascimento. Os pequenos tornam-se indepen-
dentes entre 4 e 5 meses e sexualmente maduros aos 2 ou 3 anos de idade. Bem 
tratada, as espécies domesticadas podem ultrapassar os 20 anos, mas a média de 
vida gira em torno de 15 anos.
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70 - Guia de Animais Brasileiros
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TIGRE
Nome Científico: Panthera tigris
Ordem: Carnívora
Família: Felidae
Onde vive: Índia, China, Indonésia e Manchúria
Características e hábitos: depois do urso, o tigre é o maior de todos 
os carnívoros. Seu tamanho, contudo, costuma variar muito entre as oito 
sub-espécies existentes. Os maiores são os tigres siberianos, cujos machos 
adultos pesam de 180 a 306 kg e podem medir até 3,3 m de comprimento, 
incluindo a cauda. Em geral os tigres apresentam uma pelagem bastante 
característica,de coloração amarelada de fundo, riscada de listas pretas 
que o ajudam a se camuflar na vegetação. Essas marcas são únicas em 
cada indivíduo, e servem também para diferenciar um animal do outro.
Todo o seu corpo é especializado para a caça. As patas traseiras são fortes 
e adaptadas para saltos - que chegam a cobrir até nove m de distância 
- enquanto as dianteiras, dotadas de garras retráteis, são como armas 
poderosas capazes de tombar grandes presas, às vezes em um só golpe. 
Com sua forte mandíbula desfere mordidas fatais.
Estritamente carnívoro, alimenta-se principalmente de grandes carnívo-
ros, sendo capaz de comer até 35 kg de carne de uma vez. O período de 
gestação é de 100 a 108 dias. A fêmea dá a luz à ninhadas de um quatro 
filhotes em intervalos de três anos. Vivem cerca de 20 anos.
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Eles têm a 
Não existe idade para gostar de 
animais, e nem para querer tê-los 
por perto. Contudo, ter um bicho de 
estimação requer alguns cuidados 
 Manter a limpeza, o seu hábitat, a ali-
mentação, dividir o seu carinho, medicá-lo quan-
do necessário, entre outras coisas, beneficiam não 
somente o animal, como estimulam a autonomia 
e a responsabilidade do seu dono. Além de tudo 
isso, ter um bichinho favorece o desenvolvimento 
do vínculo afetivo e ensina as pessoas a lidar melhor 
com os mais diversos sentimentos. Ter um animal 
de estimação faz você reparar em outro ser, nos mo-
vimentos e atitudes que ele tem. 
Em alguns casos, o animal domesticado é somente 
uma companhia que, na verdade, acaba tornan-
do-se um membro da família. Mas há aqueles que, 
além de demonstrarem e receberem carinho, aca-
bam sendo vistos também como meio de sustento, 
serviço e lazer para algumas pessoas.
ATENÇÃO
que merecem
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72 - Guia de Animais Brasileiros
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Guia de Animais Brasileiros - 73 
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Cachorro
Cabra
Ordem: Carnívora
Família: Canidae
Reprodução: gestação: 2 meses; o número de filho-
tes depende da raça e de cada animal.
Dieta: ração e, se o veterinário indicar por al-
guma necessidade particular do animal, alimentos 
frescos também podem fazer parte do cardápio 
do seu cão. 
Características e hábitos: de todos os animais de 
estimação, o cachorro é o mais comum, pois com 
ele é possível brincar, correr, explorar o ambiente e 
muito mais. São mais de 100 raças existentes, com 
cores, tamanhos e comportamentos totalmente di-
ferentes. Não é à toa que os cães são conhecidos 
como os melhores amigos do homem. Gostam de 
receber carinho, preocupam-se com o dono, po-
dem acompanhar viagens, dividir o sofá e “enten-
der” tudo o que a pessoa fala e sente. O labrador 
e o pastor-alemão, por exemplo, também podem 
guiar e proteger pessoas com deficiência visual.
Os cães vivem, em média, de 15 a 18 anos e têm 
o ouvido bastante desenvolvido. Eles adaptam-se à 
rotina do dono. Portanto, na hora de escolher qual 
raça tem mais a ver com você, pense no tamanho, 
na sociabilidade, nos custos e em tudo o que pode 
envolver o bom desenvolvimento do seu animal 
que, se tratado com carinho e responsabilidade, 
torna-se, de fato, um membro da família. 
Ordem: Artiodáctilos
Família: Bovidae
Reprodução: gestação: cerca de 150 dias; 
1 a 3 crias.
Dieta: gramíneas, legumes, raízes e cereais.
Características e hábitos: dóceis e meigas, as 
cabras são uma ótima companhia para o homem. 
Aliás, interagem muito bem com outras espécies, 
principalmente com os cães. São encontradas nas 
cores: branca, marrom, cinza, preta e branca com 
manchas escuras. Possuem pelo liso, rabo curto e 
atingem, no máximo, cerca de 1,20 m, podem pe-
sar até 100 kg e vivem, em média, 17 anos. Além 
de animal de estimação, costumam, na maior parte 
das vezes, ser criadas pelo homem devido aos pro-
dutos capazes de oferecer. Delas vem o famoso e 
nutritivo leite, que pode ser consumido “in natura” 
ou, então, ser usado para fabricar queijos e iogur-
tes. A carne é também muito apreciada e da pele, 
camurça, pelica, marroquim e pergaminho são inter-
nacionalmente bem cotadas. Com o pelo, escovas, 
cordoalhas, rédeas e, se for de uma raça oriental, 
finíssimos tapetes e tecidos semelhantes à seda são 
confeccionados. Além de tudo isso, o estrume de 
cabra é considerado o melhor esterco de origem 
animal, muito rico em nitrogênio, fósforo e potás-
sio. São animais que necessitam de muito espaço 
para circular e fazer exercício, e preferem conviver 
com pelo menos mais um exemplar da sua espécie. 
Ativas durante o dia, as cabras dedicam quase que 
o tempo todo à pastagem. A sensibilidade é apura-
da e, com isso, apresentam grande capacidade de 
perceber o que se passa ao seu redor.
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74 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Ordem: Carnívora
Família: Felidae
Reprodução: gestação: 2 meses; pode ter duas 
crias ao ano e, em média, cada uma dá de 3 a 
6 filhotes.
Dieta: ração e alimento especial para gatos, feito à 
base de peixes ou frango.
Características e hábitos: muito comum também 
nas casas e apartamentos, esse animal era usado, 
antigamente, para o controle de ratos, seu principal 
inimigo. Já foi associado à feitiçaria e até mesmo 
considerada uma criatura diabólica, o que nada 
mais são do que lendas e superstições. O gato é 
mais individualista que o cão, mas não deixa de 
ser um animal dócil e carinhoso. Contudo, não 
abandona a vida livre, ou seja, deita-se onde quer, 
come o que gosta, aproveita a hospitalidade e as 
carícias do dono, mas não se aproxima se não tem 
vontade. Além disso, não resiste a um passeio se a 
porta estiver aberta. Possui ótimo equilíbrio, sendo 
capaz de ter uma queda de até 3 m e aterrar sobre 
as patas. Perde para o cachorro na corrida e, por 
essa razão, sobe em árvores e escala muros com 
a ajuda de suas garras. E quando quer chamar a 
atenção ou intimidar outros animais, movimenta o 
dorso para cima e arrepia os pelos, parecendo ser 
maior do que é.
Os gatos vivem no máximo 19 anos. O compri-
mento médio é 55 cm e a altura, de 30 cm.
Ordem: Perissodátilos
Família: Equidae
Reprodução: gestação: 11 meses; 1 cria.
Dieta: ração, milho, farelo, ervas e capim, quando 
no pasto.
Características e hábitos: animais de cabeça fina e 
alongada, pescoço musculoso e pernas delicadas, 
os cavalos possuem o corpo bastante arredondado 
e coberto de pelo curto e liso. São mais de 100 raças 
no mundo, muitas delas resultantes de cruzamentos. 
Para avaliar com precisão a idade do animal, os com-
pradores costumam verificar a dentição do cavalo. 
Sobre as cores, podem ser branca, preta, marrom, 
cinza e mesclada entre elas. São quatro os andamen-
tos naturais do cavalo, ou seja, a maneira como ele 
se desloca quando está em movimento: passo, trote, 
cânter (meio-galope) e galope. 
De todos os domésticos, é o que possui o maior 
número de utilidades para o homem: esporte, lazer 
e trabalho. Quando adestrados costuma comportar-
se bem na hora da montaria. O cavalo reconhece 
seu dono e não é de fazer ou buscar carinho, mas 
demonstra seu afeto com respeito. Em competições, 
por exemplo, é um pa rceiro e tanto do profissional e 
chega a valer milhões de dólares pelo seu desempe-
nho e beleza. Os cavalos costumam ser ativos duran-
te o dia. Vivos e bastante inteligentes, atingem, em 
média, 1,60 m de altura, variando o peso entre 330 
kg e 550 kg. Vivem, no máximo, 30anos. Cavalo
Gato
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Guia de Animais Brasileiros - 75 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Ovelha
Ordem: Artiodátilos
Família: Suidae
Reprodução: gestação: 4 meses; 5 a 6 crias.
Dieta: ração industrial ou restos de comida, cascas 
de frutas, legumes e cereias.
Características e hábitos: a domesticação dos 
porcos ocorreu há cerca de cinco mil anos e 
o resultado é que, hoje, podemos encontrar 
porcos domésticos por praticamente todos os 
lados. É um animal que não aguenta temperatu-
ras muito quentes e, por ter a pele sensível ao 
sol, procura banhar-se em lama fresca, vivendo, 
então, nos chiqueiros.
Existem muitas variedades de porcos e diferentes 
características, como coloração, formato das ore-
lhas, nariz e cauda. O olfato e o paladar são os 
sentidos mais desenvolvidos, medem, em média, 
de 90 cm a 180 cm de comprimento, variando de 
peso entre 50 kg e 350 kg.
Na altura dos ombros, a largura vai dos 55 aos 
110 cm. Vive, no máximo, de 9 a 12 anos, e briga 
pelas fêmeas quando essas entram no período de 
acasalamento. O período de fertilidade é de 21 
dias, mas elas só ficam disponíveis aos machos 
por 3 dias.
Os porcos domésticos são considerados, apesar 
de tudo, animais inteligentes, às vezes tanto quanto 
os cães. Não são dóceis e carinhosos, mas mantêm 
um bom relacionamento com o seu dono.
Ordem: Artiodáctilas
Família: Bovidae
Reprodução: gestação: 5 meses; 1 cria.
Dieta: pastejo e gramíneas, complementan-
do com milho desintegrado e cana picada.
Características e hábitos: famosas por seu 
pelo macio que se transforma em lã, as 
ovelhas apresentam-se, nas diversas raças, 
nas cores: branca, marrom e cinza. Para 
elas, o clima não é problema: adaptam-se 
bem a qualquer tipo, desde que não seja 
muito úmido. Preferem andar “em gru-
po” e, nas instalações, abrigos rústicos e 
cobertos com palha são bem aceitos. É 
preciso ter bastante cuidado com os be-
bedouros, evitando água parada, pois são 
sensíveis e precisam de um cuidado espe-
cial no que se refere a vermes. Chegam a 
viver, no máximo, 15 anos, e variam muito 
de peso e comprimento de acordo com 
cada raça. Podem pesar 5 kg e, em alguns 
casos, chegar até 100 kg. No entanto, 
todas passam o dia pastando. A espécie 
ficou muito famosa em 1997. Apesar de 
ter nascido um ano antes, a primeira clo-
nagem realizada com mamíferos foi apre-
sentada ao mundo com o nome de Dolly, 
que foi sacrificada em 2003, devido a 
uma doença pulmonar progressiva.
Porco
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76 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
Porquinho-da-Índia
Vaca
Ovelha
Ordem: Rodentia
Família: Cavidae
Reprodução: gestação: 60 a 70 dias; 1 a 5 filhotes.
Dieta: ração própria, verduras e legumes. Nunca dê 
frutas cítricas, pois irritam a mucosa bucal.
Características e hábitos: podem ser encontrados 
nas cores branco, preto e marrom, pesando até 1 
kg, com 20 a 25 cm de comprimento. Vivem, em 
média, de 5 a 8 anos em 
gaiolas próprias (com fundo que não seja de arame) 
ou aquários (grande e com ventilação adequada). 
Os pelos variam: podem ser curtos, longos ou on-
dulados.
Os porquinhos-da-índia são animais robustos e, 
quando mantidos em boas condições, raramente 
adoecem. No entanto, apresentam alguma sensibi-
lidade a variações de temperatura, sendo suscetíveis 
a estresse térmico. Por isso, nunca deixe seu pet di-
retamente sob a luz solar.
Conhecido também pelo nome cávia, é sociável e 
adora interagir com seu proprietário. Ele chega até 
mesmo a emitir chilros e assobios de contentamento 
na hora de brincar. É considerado um animal diurno, 
pois fica mais ativo durante o dia, preferindo dormir 
entre quatro e seis horas por noite. Para acostumá-lo 
ao manuseio desde cedo, o ideal é adquiri-lo entre 
30 dias e, no máximo, até os 4 meses de idade. 
Ordem: Artiodáctilos
Família: Bovidae
Reprodução: gestação: 9 meses; 1 cria mas em 1% dos 
casos podem ter partos gemelares.
Dieta: são naturalmente herbívoros, mas em função do me-
lhoramento para algumas funções zootécnicas, como pro-
dução de carne e leite, sua dieta pode ser complementada 
com forragens conservadas (feno, silagem) e ração a base 
de milho, farelo de soja, minerais, etc.
Características e hábitos: Dependendo do tipo de explo-
ração e das raças, as vacas são mais ou menos “reativas”. 
Nas raças zebuínas (Bos taurus indicus), como a Nelore, 
Gir e Guzerá, as fêmeas protegem mais a cria e são mais 
reativas na relação com o homem, porém, os machos ze-
buinos são mais calmos. Ao contrário, nas raças taurinas 
(Bos taurus taurus), como a Holandesa e Simental, as fême-
as são mais calmas e os machos mais reativos. O ciclo de 
pastejo ocorre nos horários mais frescos do dia, geralmente 
no início da manhã e no fim da tarde, de forma intermitente 
com ciclos de ruminação e de ócio de, aproximadamen-
te, 8 horas cada. Uma característica interessante nas raças 
zebuínas é o fato de logo após a parto a mãe esconder a 
cria, expondo-a somente quando aumentar sua habilidade. 
Existem no mundo aproximadamente mil raças de bovinos, 
das quais 250 têm certa importância em termos de produ-
ção de carne ou de leite. As raças são classificadas, quanto 
ao porte, à musculosidade e ao potencial de produção 
de leite. Raças com pelagem clara, lisa e bem assentada, 
aliada à pele pigmentada, geralmente são mais adapatadas 
às condições tropicais.
Os bovinos convivem harmonicamente com outros herbí-
voros, exceto com os cães.
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Guia de Animais Brasileiros - 77 
Grupo Unico PDF Passe@diante
Macaco-aranha encontrado 
preso em um criadouro não 
autorizado em Santarém, PA
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78 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
 A degradação ambiental, a caça proibida e a 
venda de produtos procedentes dela, o tráfico e a intro-
dução de espécies exóticas em território nacional. Esses 
são os fatores que colaboram efetivamente para que a 
nossa fauna esteja cada vez menor.
Segundo o analista ambiental do Ibama (Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu-
rais Renováveis), biólogo e mestre em Ecologia, Ro-
berto Cabral Borges, a perda de hábitat dos animais 
também é um dos fatores que acarretam a extinção, e 
isso só acontece devido ao crescimento exagerado da 
população que, consequentemente, modifica o meio 
ambiente, exigindo, cada vez mais, áreas urbanizadas 
e industrializadas. 
 Para o especialista, o número elevado de pes-
soas está diretamente ligado à superexploração, que é 
extremamente preocupante e alarmante. “Não existe 
alternativa para a sobrevivência das demais espécies do 
planeta se a população humana não interromper o seu 
crescimento descontrolado”, afirma Borges, dizendo, 
ainda, que esse crescimento tem tomado proporção 
maior de alguns anos para cá.
 Contudo, também ficou mais evidente que a 
conscientização é maior do que há 20 anos. Isso, na te-
oria, contribui para a diminuição do problema. No en-
tanto, o acréscimo do número de espécies ameaçadas, 
na lista oficial de fauna silvestre, ainda é bastante signi-
A exploração desordenada 
da natureza é uma das 
principais causas de 
extinção dos animais, e o 
responsável por isso é o 
Homem. O desaparecimento 
de espécies e de suasbelezas provoca sérios 
danos, e a única coisa que 
o ser humano precisa fazer 
é proteger o patrimônio 
natural do Brasil
Destruição
ANIMAL
Fotos: Roberto Cabral Borges/ Ibama
Guia de Animais Brasileiros - 79 
Grupo Unico PDF Passe@diante
ficativo e, infelizmente, 
para a decepção de um 
grande número de pessoas, a 
extinção de vários animais não 
terá uma consequência imediata 
na vida humana e, muitas vezes, nem 
mesmo em seus ambientes, declara Bor-
ges. “Digo decepção, pois, para essas pesso-
as, a conservação desses animais é importante 
somente para manter o ecossistema do local onde 
vivem, e não por tratar-se de um ser que é importan-
te pelo simples fato de existir. Isso é preservar”.
 A conservação da fauna brasileira depende da 
conscientização humana, e há diversas formas de cada um 
fazer a sua parte. “As pessoas podem ajudar não comprando ani-
mais silvestres, denunciando traficantes, entrando em contato com 
o Ibama, participando ou contribuindo com organizações de proteção 
ambiental, além de demonstrar, aos amigos e à família, a importância do 
respeito com os animais”, alerta o especialista. E, pior do que o comércio 
ilegal, é saber que quem vende animais silvestres possui interesses específicos: 
lucro e dinheiro fácil. Segundo Borges, a ganância fica acima da extinção das espé-
cies e do sofrimento do bicho capturado.
 Mas, obviamente, se há venda é porque há compra e, de alguma forma, o tráfico 
continua tendo motivos diversos: experimentos científicos, posse de uma espécie rara e até 
mesmo a intenção “boa” de querer cuidar de um animal simpático ou bonito. O que não se pode 
esquecer é que esse animal, antes de chegar à casa do dono, passa por grandes sofrimentos.
 Portanto, seja qual for o desejo do comprador, espera-se que haja consciência do problema 
que está sendo causado, já que, quando se trata de mamíferos silvestres exóticos, a lesgislação só os protege 
em caso de maus tratos e, ainda, assim, segundo Borges, o Brasil não possui uma lei específica que permita 
com que o Ibama atue plenamente em circos, por exemplo. Já, para a introdução de espécies exóticas no País, a 
lesgislação está em vigor desde 1967 e qualquer operação não autorizada pelo órgão competente, está sujeita a pe-
80 - Guia de Animais Brasileiros
Grupo Unico PDF Passe@diante
nalidprevistas pela Lei 9.605/98 e Decreton 3.179/99.
 Para continuar rebatendo os problemas de 
conservação e extinção dos mamíferos, ações como a 
fiscalização do funcionamento de portos, e a imple-
mentação e o acompanhamento de projetos que cum-
pram a legislação ambiental são realizados com frequ-
ência por órgãos responsáveis, como o CMA (Centro 
de Mamíferos Aquáticos), o Projeto Baleia Jubarte, a 
AMLD (Associação Mico-Leão-Dourado), o Ibama, a 
Renctas (ONG de prevenção e combate ao tráfico de 
animais), entre outros. 
 Normalmente, as ações de fiscalização são 
realizadas e coordenadas por região, ou Estado, prin-
cipalmente na época de reprodução de cada animal. 
Na hora de implementar um projeto, a maioria dos 
casos é focada em uma espécie e proposta por Comi-
tês responsáveis. E, em relação ao acompanhamento 
das ações de conservação, existem operações específicas 
Veja a lista de mamíferos brasileiros 
ameaçados no site do Ministério do 
Meio Ambiente: www.mma.gov.br
Saiba mais sobre alguns projetos de 
conservação nos sites:
www.ambientebrasil.com.br
www.baleiajubarte.com.br/
www.biodiversitas.org.br
www.ibama.gov.br/cma/
www.micoleao.org.br/
www.projetoatlantis.com.br
www.renctas.org.br
DENUNCIE na Linha Verde: 0800-618080 
– A ligação é gratuita para todo o Brasil,
e a identidade é mantida em sigilo.
que, além de manter as áreas de reprodução, realizam 
um trabalho de inteligência, que observa todos os fato-
res determinantes para a extinção dos animais. 
 Contudo, Borges afirma que o sucesso da pro-
teção à fauna deve-se, na maior parte dos casos, às de-
núncias da população. E, mesmo assim, o especialista 
afirma que as penalidades são brandas demais. “Para 
que a proteção à fauna seja uma realidade no País, as 
penas devem ser maiores, especialmente para os trafi-
cantes e os caçadores”, conclui.
 Por fim, é sempre bom lembrar que, cuidando 
da natureza, o maior beneficiado é o próprio Homem 
e, por isso, proteger os animais e manejá-los de forma 
organizada e consciente, resulta na conservação de seres 
que garantem a beleza natural do País. Além do Gover-
no, a sociedade também pode e deve buscar alternati-
vas que preservem o patrimônio brasileiro, já que se 
trata de um bem de uso comum a todos nós.
Guaxinim cego, que hoje vive em um zoológico, pois não 
pode ser reintroduzido no hábitat natural
Pele de onça destinada ao comércio ilegal.
Grupo Unico PDF Passe@diante
o n d e e n c o n t r a r ,
 s i t e s e l i v r o s
Centro Mamíferos Aquáticos - CMA 
– IBAMA
Sede Nacional: Est. do Forte Orange, s/nº, Itamaracá, PE 
Tels.: (81) 3544-1056 / 3544-1835
www.ibama.gov.br/cma
Conservação Internacional
Av.Getúlio Vargas, 1.300, 7º andar, Belo Horizonte, MG
Tel.: (31) 3261-3889 / www.conservacao.org
Fazendinha Estação Natureza
Av. Washington Luis, 4221, Brooklin, São Paulo, SP 
Tels.: (11) 5034-2728 / 5034-0937
www.estacaonatureza.com.br
Fundação Biodiversitas
Tel.: (31) 2129-1300 / www.biodiversitas.org.br
Fundação Mamíferos Aquáticos
R. Estevão de Oliveira, 82, Santo Amaro, Recife, PE
Tels.: (81) 3421-4256 / 3421-3336
Fundação Parque Zoológico de São Paulo
Av. Miguel Stefano, 4241, Água Funda, São Paulo, SP 
Tel.: (11) 5073-0811 / www.zoologico.sp.gov.br
Museu de Zoologia da Universidade de 
São Paulo
Av. Nazaré, 481, Ipiranga, São Paulo, SP
Tel.: (11) 6165-8100 / www.mz.usp.br
Parque Zoológico Municipal Quinzinho de 
Barros – Sorocaba
Rua Teodoro Kaisel 883, Vila Hortência, Sorocaba, SP
Tel.: (15) 3227-5454 / www.afissore.org.br/zoo
Projeto Atlantis
www.projetoatlantis.com.br
Toca da Raposa
Rod. Régis Bittencourt, Km 323, Juquitiba, SP
Tel.: (11) 4681-2854 / www.tocadaraposa.com.br
Informações técnicas:
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biocarlins@yahoo.com.br
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cpessutti@ibest.com.br
Cristiano Parente
http://cristiano.parente.sites.uol.com.br 
cristiano.parente@uol.com.br
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dalton.antunes@ibama.gov.br
Enrico Marcovaldi
(71) 3676-1463
Gumercindo Loriano Franco
glfranco@unb.br
Leonardo Mohr 
leonardo.mohr@ibama.gov.br
Luis Camargo 
pzmqb0@yahoo.com.br
Luiz Antônio Lula
lblula@sp.gov.br
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Tel.: (11) 5073-0811
Rodrigo Teixeira
pzmqb0@yahoo.com.br
Roberto Cabral Borges
roberto.borges@ibama.gov.br
Rogério V. Rossi
rogrossi@usp.br
Sinara Lopes Vilela
sinara@micoleao.org.br
Paulo Tadeu Matheus de Camargo
patamaca@yahoo.com.br
 www.af i s so re .o rg .b r/zoo
www.an ima ld ive rs i ty.ummz.umich .edu/ 
s i te/accounts/ in fo rmat ion/Mammal ia .h tml
 www.ambienteb ras i l . com.br
www.ba le ia jubar te . com.br
 ww.b iod ive rs i tas .o rg .b r
www.conse r vacao.o rg
 www. ibama.gov.b r
www. ibama.gov.b r/cma
 www.mz.usp .b r
www.pro je toat lan t i s . com.br
 www.pro je tope ixe -bo i . com.br
www.zoo log i co .sp .gov.b r
Enciclopédia Miranda Internacional - Encyclopaedia 
Britannica do Brasil, 1996
Lista Anotada dos Mamíferos Brasileiros. Fonseca, Gustavo 
A. B. e outros - Fundação Biodiversitas, 1996
Neotropical Rainforest Mammals - A field guide. Emmons, 
Louise - H. The University of Chicago Press, 1997
Walker’s mammals of the world. Nowak, Ronald M. - The 
Johns Hopkins University Press, 1991
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Vice-Presidente Editorial: Andrea Calmon
 prh@editoraonline.com.br
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