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Instrumentação Industrial Alexandre Ribeiro Noções de automação Noções de automação � O que é automação? � Conjunto de dispositivos mecânicos, eletrônicos e de sistemas de computação com o objetivo de tornar automática uma ação. Noções de automação Por que automatizar? � Aumento de produtividade; � Redução de custo; � Aumento da segurança; � Melhoria da qualidade; � Redução de tempo de produção (lead time); Noções de automação Homem Máquina Criatividade Armazenagem de dados Abstração Tarefas múltiplas Adaptação Força Aprendizagem Processamento numérico Raciocínio “Fuzzy” sob dados incompletos Decisões rápidas Flexibilidade Ambientes insalubres Noções de automação � O que é processo? � Qualquer operação, ou série de operações, que produz um resultado final Noções de automação � Tipos de industrias: � Processo continuo. Normalmente produzem matérias primas e produtos intermediários de natureza fluida e processados de forma contínua. � Processo discreto ou manufatura. Normalmente produzem produtos finais, geralmente contados por unidade produzida. Tipos de indústrias: Caracteristicas Continuos Discretos Produção Toneladas, metros cúbicos,etc No. de produtos Qualidade Concentração, etc Dimensões, defeitos, aparência Variáveis típicas Temperatura, vazão, pressão,etc Posicão, velocidade, força,etc Sensores e atuadores Termopares, válvulas, bombas Sensores fotoelétricos, motores, pistões, etc Constantes de tempo Segundos, minutos e horas Menos de um segundo Tipos de automação: Produção em massa Oficina v a r i e d a d e Produção em batelada quantidade 100 1.000.000 Automação Programável Automação Flexível Automação Fixa Níveis de automação Nível de Gestão Nível de Planta Nível de Célula Nível de Máquina Nível de Dispositivos Nível de Gestão Nível de Otimização Nível de Supervisão Nível de Controle Sensores e atuadores Discreto Contínuo Níveis de automação (Contínuo) � Nível de Controle: � Malhas de controle, controladores. � Nível de dispositivo: � Sensores, atuadores, indicadores, transmissores, transdutores, válvulas, etc.) Níveis de automação (Contínuo) � Nível de Supervisão: � Supervisórios, IHMs � Nível de gestão � ERP (planejamento de recursos da empresa) � Nível de Otimização: � Otimizadores de processo, controle avançado. Níveis de automação (Discreto) � Nível de Máquina: � Máquinas CNC, robôs, esteiras, AGVs (Veículos auto guiados) � Nível de dispositivo: � Sensores, atuadores, encoders, motor de passo, inversor de freqüência etc) Níveis de automação (Discreto) � Nível de célula: � Conjunto de Maquinas e dispositivos. � Nível de gestão � ERP (planejamento de recursos da empresa) � Nível de planta: � Conjunto de células. Instrumentação Definição e classes de aplicação INSTRUMENTAÇÃO a ciência que aplica e desenvolve técnicas para adequação de instrumentos. Conceitos Iniciais Pode-se definir a Instrumentação Industrial como sendo o conjunto de equipamentos (sensores, transmissores e hardware/software para procedimento de validação) que possibilitam a medição, monitoração e controle de variáveis de processo, propriedades físicas e composições dentro de um processo industrial. Diagrama de blocos de um sistema de controle por realimentação Controle por realimentação TQ, tanque reservatório de água, é o processo, do qual deseja-se controlar o nível; L, o nível do tanque, é a variável controlada, e portanto, deve ser medida; LT é o instrumento de medição de nível; Fi , vazão de água afluente ao tanque TQ, é a variável manipulada; FCV é o elemento final de controle, neste caso, uma válvula; C é o controlador; Principais elementos envolvidos na medição O instrumento de medida incorpora: • Sensores , condicionador de sinais, tratamento de informação •Sensor Primário: é o elemento que primeiro recebe a ENERGIA do meio onde a medida é feita; • Conversão de Energia: é nesse elemento que a variável medida é convertida em outra de mais fácil manipulação, sem entretanto modificar o conteúdo da informação original; • Manipulação da Variável: é o elemento que produz uma mudança no valor numérico da variável preservando sua natureza física (amplificação de tensão, por exemplo); • Transmissão da Informação: é o elemento que transfere a informação de um ponto do instrumento a outro; • Apresentação: é o elemento que converte a informação em uma forma reconhecível por um dos sentidos do ser humano Telemetria � São denominadas telemetria as técnicas de obtenção, processamento e transmissão de dados à distância. � Tecnologia pneumática � Tecnologia Eletrônica � Tecnologia Digital Tipos de Instrumentação � A Instrumentação Pneumática usa sinais de pressão de ar ou nitrogênio nas informações entre instrumentos. � A Instrumentação Eletrônica Analógica usa sinais elétricos analógicos ou seja sinais contínuos. � A Instrumentação Eletrônica Digital usa sinais elétricos digitalizados ou seja sinais quantizados (discretos). Exemplos:Instrumentação Pneumática Exemplos:Instrumentação Analógica Exemplos: Instrumentação Digital Tipos de sinais em instrumentação Analógico - sinais "contínuos" que podem ser pneumáticos (padrão de transmissão em pressão 3 a 15 psi) ou eletrônicos (padrão de transmissão em corrente, 4 a 20 mA e padrão de transmissão em tensão 1 a 5 Vcc). Sinais discretos - são sinais que só assumem dois estados: verdadeiro ou falso, aberto ou fechado. Sinais digitais - Sinais discretos são sinais oriundos de sinais analógicos em que se faz uma discretização no tempo, ao passo que sinais digitais envolvem discretização no tempo e na amplitude. 27 Tipos de sistemas �Contínuos �Discretizados �A eventos discretos 28 Tipos de sistemas �Contínuos � São descritos por variáveis contínuas no tempo 29 Tipos de sistemas �Discretizados � São sistemas contínuos, porém amostrados: suas entradas e saídas são observadas apenas em instantes de tempo definidos � Para que modelos discretizados representem bem os respectivos sistemas contínuos, a frequência de amostragem deve ser grande o suficiente 30 Tipos de sistemas �Discretizados Período de amostragem de 0,1 seg Frequência de amostragem = 10 Hz Período de amostragem de 0,3 seg Frequência de amostragem = 3,3 Hz 31 Tipos de sistemas �A eventos discretos � Sistemas em que os estados podem ser descritos por variáveis discretas e em que as mudanças de estados ocorrem por eventos de duração teoricamente infinitesimal � Um estado futuro depende apenas do estado atual e do evento ocorrido Sensores � Dispositivos sensíveis a algum tipo de energia do ambiente que pode ser luminosa, térmica, cinética relacionando informações sobre uma grandeza que precisa ser medida, como temperatura, pressão, velocidade, corrente, aceleração, posição e etc. � Instrumento utilizado para determinar uma grandeza ou estado. Sensores Efeitos físicos Luz Calor Som Efeitos mecânicos Sensor Sinal de saída Posição Força Velocidade Formas de energia em um sensor Sensores analógicos � Tipo de sensor que pode assumir qualquer valor no seu sinal de saída ao longo do tempo, desde que esteja dentro da sua faixa de operação. Sensores digitais � Tipo de sensor que pode assumir apenas dois valores no seu sinal de saída ao longo do tempo, que podem ser interpretados como zero ou um. Transdutor � Os transdutores transformam umagrandeza física(temperatura, pressão e etc.) em um sinal de tensão ou corrente que pode ser facilmente interpretado por um sistema de controle. Transmissor � Dispositivos que prepara o sinal de saída de um transdutor para utilização a distância, fazendo certas adequações ao sinal as quais se chamam padrões de transmissões de sinais. Padrões de Sinais � Para transmitir sinais de forma analógica no ambiente industrial utilizam-se padrões, paulatinamente caindo em desuso: � 4 a 20 mA � 3 a 15 PSI � 1 a 5V (curtas distâncias) Conversão entre sinais � Ao longo do sistema de controle, um sinal pode trocar de forma várias vezes, por exemplo: 20 mA 4 mA 12 mA 15PSI 3PSI X 20-4 15 - 3 = 12-4 X – 3 16.(X-3) = 8.12 16 X = 96+48 16 X = 144 X = 9 PSI Tipos de instrumentos: � Indicadores � Registradores � Controladores � Medidores � Alarmes Classificação referente a função � Instrumento de painel ou uso interno � Instrumento de campo ou uso ao tempo Classificação referente a localização Instrumentos e definições Características Estáticas dos Instrumentos Calibração Estática: Operação que tem por objetivo levar o instrumento de medição a uma condição de desempenho e ausência de erros sistemáticos, adequados ao seu uso. Ganho: O ganho é a relação entre a variação na saída e a variação unitária na entrada, ou o span da saída dividido pelo span da entrada. Assim, para um transmissor eletrônico de temperatura com uma faixa de entrada de 100 a 200º C e uma saída de 4 a 20 mA, o ganho é: Características Estáticas dos Instrumentos Características Estáticas dos Instrumentos Características Estáticas dos Instrumentos Zona Morta: é a faixa onde o sensor não consegue responder. Ela define o valor necessário de variação do processo (da variável em medição) para que o medidor comece a percebê-lo. Tempo Morto: é o tempo necessário para que o sensor comece a responder a alterações na variável medida (entrada). Resolução: é menor mudança na entrada do sensor que irá resultar em uma mudança na saída do mesmo. A resolução dá uma indicação de quão pequena uma variação na entrada de energia pode ser percebida por um sensor. Linearidade: pode ser especificada de várias formas. Uma maneira simples e usual é especificar a linearidade da reta de calibração de um sensor, traçada a partir da estimativa da melhor reta, pelo método dos mínimos quadrados, proveniente dos dados de entrada e saída do tal sensor para toda a faixa de medição. Características Estáticas dos Instrumentos Características Estáticas dos Instrumentos Características Estáticas dos Instrumentos Principais variáveis medidas: � Pressão � Nível � Vazão � Temperatura � Posição � Velocidade Pressão � É a mais importante das variáveis pois diversas outras variáveis são medidas utilizando-se indiretamente da pressão: � Ex. de unidades de medida: bar, PSI, kgf/cm². � Temperaturas (a bulbo de pressão); � Vazões; � Níveis Pressão �Pressão é a relação entre uma força e a superfície sobre a qual ela atua F P = F S 90° Tipos de Pressão 0 760 mm Hg P atmosférica0 Vácuo total P relativa P absoluta Princípios de Medição � Por equilíbrio de uma pressão desconhecida contra uma pressão conhecida � Por meio de deformação de um material elástico � Por meio de variação de uma propriedade física (base dos transmissores eletrônicos de pressão) Pressão: Equilíbrio de pressão � Colunas de líquido Em “U” Coluna Vertical Coluna Inclinada Pressão:Deformação �Bourdon Strain Gauge A deformação do material sob pressão altera sua resistência. A medição da resistência fornece a indicação da pressão. São aplicados para medir pressões muito elevadas. Outros são usados como células de carga em balanças eletrônicas. Pressão Nível � MEDIÇÃO DIRETA: Efetuada sob a superfície do líquido geralmente com o emprego de flutuadores, ou através de visores de nível. � MEDIÇÃO INDIRETA: Neste tipo de medição são usadas propriedades físicas ao nível, como: pressão, empuxo e radiação �Unidades de medida: m, cm, ft, pol, % Nível � RÉGUA OU GABARITO Nível: visor de nível LG Nível �Medição direta por bóia Nível empuxo Nível medição indireta 0% 100% � Pressão da coluna d’agua Nível: ultra-som, Radar e Microondas � Indicadas para aplicações corrosivas e sujas,bem como para líquidos,lamas e sólidos a granel. � Não confiáveis na presença de espuma na superfície. � Sólidos a granel diminuem a precisão dos transmissores Medição de Nível por Radar Medição de Nível por Radar TQ = V Vazão : Conceitos Vazão : Principais tipos � Pressão diferencial. � Turbina – fluidos limpos � Medidor magnético de vazão - fluidos corrosivos e sujos. � Deslocamento positivo - totalização direta da vazão. � Área variável - para a indicação local e barata da vazão com baixa precisão de fluido sob baixa pressão. Vazão: Pressão diferencial Placa de Orifício Vazão: Pressão diferencial Placa de Orifício Cone de Entrada Garganta Cone de Saída Vazão: Pressão diferencial Tubo de venturi P1 P2 Tubo de Venturi Vazão: Pressão diferencial Tubo de Venturi Bocal de Vazão Vazão: Pressão diferencial Bocal de Vazão Vazão: Pressão diferencial Vazão: Turbina Medidor de Velocidade Turbina Vazão: Medidor magnético Vazão: Medidor magnético Vazão: Medidor magnético Vazão: Deslocamento positivo Medidor de Deslocamento Positivo Engrenagens ovais Medidor de Deslocamento Positivo Engrenagens ovais Temperatura � Princípios e medição: � Variação da resistência elétrica � Dilatação térmica dos materiais � Tensão gerada no condutor � Radiação emitida � Unidades de medida: K, °F, ºC Variação da resistência elétrica � Os materiais tem sua resistência elétrica modificada em função da temperatura. Neste princípio enquadram-se as: � Metais – Termômetros de resistência � Semicondutores - Termistores Medição de temperatura por variação da resistência elétrica Metal Coeficiente de variação Ω/oC Platina 0,00392 Níquel 0,00672 Cobre 0,0038 Tungstênio 0,0045 Ouro 0,0040 Prata 0,0041 � Variação da resistência elétrica em função da temperatura Dilatação térmica � Utilizam a expansão volumétrica dos materiais, que é proporcional à temperatura. Dilatação térmica (termômetros bimetálicos) Tensão gerada no condutor � Baseia-se principalmente no efeito Seebeck : � Quando as extremidades de um material encontram-se em temperaturas diferentes. A diferença de energia térmica dos átomos faz com que os localizados no lado mais quente tendam a se dirigir para o lado mais frio (criação de força eletromotriz) Tensão gerada no condutor Conexão Ponto de medição Instrumento � Esquema de um termopar. Tensão gerada no condutor Tipo Materiais Faixa (oC) J Ferro-constantan -190 a 760 T Cobre-constantan -200 a 371 K Cromel-alumel -190 a 1260 E Cromel-constantan -100 a 1260 S Pt-90% Pt +10% Rh 0 a 1482 R Pt-87% Pt +13% Rh 0 a 1482 Radiação emitida Sensores de posição � Monitoração da posição de peças, contagem de produtos, ou verificar a posição de um dado equipamento. � Os sensores se dividem em: � Posição linear ou angular � Detectoresde passagem ou de fim-de-curso Sensores de posição � Sensores Potenciométricos � Sensores Magnéticos � Sensores Indutivos � Sensores Capacitivos � Sensores Óticos � Sensores Mecânicos Sensores Potenciométricos � Obtida através da leitura de tensão entre o extremo inferior e o centro (eixo) de um (potenciômetro deslizante) ou angular (rotativo). Ponto Móvel Sensores Indutivos � Comutam eletronicamente de estado lógico quando um objeto metálico entra em sua área de detecção. Sensores capacitivos � Comutam eletronicamente de estado lógico quando qualquer objeto entra em sua área de detecção. Sensores Óticos � Reflexão � Barreira � Difusão Sensores Óticos Sensores Mecânicos � São comutadores elétricos, acionados mecanicamente. � São, geralmente posicionadas no decorrer de percursos de cabeçotes móveis de máquinas e equipamentos, hastes de cilindros hidráulicos ou pneumáticos Sensores Mecânicos: tipo rolete Tipo rolete escamuteável ou gatilho Sensores magnéticos � São atuados quando entram em um campo magnético Encoders � Usados em robôs, máquinas- ferramenta, CNC entre outros, determinam a posição através de um disco ou trilho marcado. � Se dividem em: � Relativos ou incrementais � Absolutos Encoders � Incremental � Envia pulsos em série correspondendo ao ângulo de rotação do eixo. É conectado a um dispositivo capaz de contar os pulsos e convertê-los em uma medida do movimento do eixo. � O número de fendas determina o número de pulsos por revolução do encoder, ou seja, a sua resolução Encoders Encoders � Absoluto � Envia um código exclusivo para cada posição do eixo. O disco interno possui várias trilhas concêntricas. Cada trilha tem uma fonte de luz independente. As saídas de cada uma das trilhas formam um sinal binário exclusivo para cada posição do eixo Encoders Tipos de instrumentos: � Transmissores: elemento responsável em transmitir o valores medidos pelos sensores em um sinal entendível pelos demais instrumentos. Transmissão de Temperatura Foxboro Tipos de instrumentos: � Indicadores: elementos responsáveis em mostrar o valor de uma variável. Indicador Analógico Indicador Digital Tipos de instrumentos: � Registrador: Instrumentos que registram informações históricas do processo Tipos de instrumentos: � Transdutores: instrumentos utilizado na transmissão de sinais que transformam um tipo de energia em outro. Transdutores Tipos de instrumentos: � Atuadores: elemento responsável em intervir na variável controlada, modificando-a se necessário. Elemento Final de Controle � Válvulas � Cilindros hidráulicos e pneumáticos � Resistências Elétricas � Motores Válvulas � Dispositivo com finalidade de provocar obstrução na tubulação para permitir maior ou menor passagem de fluido. Válvulas - classificação � Segundo a operação a) Manual - A operação da abertura e fechamento a ser realizada é feita pelo homem. b) Auto-reguladora - A operação de abertura e fechamento é realizada utilizando a energia contida no fluido . c) Controle - Utiliza-se uma força auxiliar para operação e, o acionamento é feito de acordo com os sinais provenientes dos controladores. Válvulas - classificação � Segundo a relação entre a posição da haste e a abertura a) ON- OFF: Válvulas de abertura e fechamento rápido. Trabalham apenas nas posições totalmente aberta ou totalmente fechadas. b) Proporcionais: Válvulas onde a abertura e proporcional ao sinal vindo do controlador. Resistências Elétricas � Dispositivo utilizado para transformar energia elétrica em energia térmica. Tipos de instrumentos: � Controladores: instrumentos destinado a realizar o gerenciamento de todas as ações corretoras e pré- determinadas em um processo. Tipos de controladores � Single loops. � Multi-loops. � CLP (controlador lógico programável). Tipos de controladores � CLP. Simbologia de padrões de sinais Exercício
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