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INFRAÇÃO PENAL É o gênero que se subdivide em duas espécies Crime: É a conduta proibida pela lei Contravenção: É considerado um crime menor SANÇÃO PENAL Consiste na restrição ou privação de um bem jurídico, podendo ser: Pena Espécies de pena: Penas privativas de liberdade Penas restritivas de direito Multa Medida de segurança - Art. 26 e 97 do Código Penal É a consequência jurídica aplicável ao sujeito inimputável. Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Espécies de medida de segurança Internação ou Tratamento Se for punido com reclusão será internação Se for punido com detenção será internação ou tratamento Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. Prazo § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. Perícia médica § 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. Desinternação ou liberação condicional § 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. § 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE É a modalidade de sanção penal que retira do condenado o direito de locomoção por tempo determinado, ou seja, é meio de punição e ressocialização do transgressor, de modo que toda pessoa – imputável - que praticar um crime se sujeitará a uma determinada pena pelo período previsto no tipo penal respectivos. As espécies das penas privativas de liberdade (Art. 33 e ss, CP) são de reclusão, detenção e prisão simples (para as contravenções penais). Quando o magistrado dá a sentença ao acusado, automaticamente ele tem que fixar o regime inicial no qual o réu iniciará o cumprimento da sua pena. As regras que o juiz deve seguir no momento da fixação do regime inicial são: O tipo de pena aplicada, se vai ser reclusão ou detenção Se o acusado é reincidente ou não E as circunstâncias judiciais, previstas no art 59 do CP Critérios Objetivos – Quantidade de Pena - Art. 33, § 2, CP Alguns critérios são observados para tanto e são eles: Se a pena estipulada for maior que 8 anos, o condenado deverá iniciar em regime fechado; Caso o condenado obtiver uma pena maior que 4 anos e menor que 8 anos deverá cumprir desde o princípio em regime semiaberto; Se a pena for menor ou igual a 4 anos e o condenado não for reincidente, poderá cumpri-la em regime aberto. A Súmula 269 do STJ: “É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judicias. ” Se for reincidente em todos os casos, se inicia no fechado, salvo a súmula. Critérios Subjetivos – Análise de circunstancias judiciais só do sujeito – Art. 33, § 3, CP Olhar se o Art. 59, CP é favorável. Se for ruim o juiz deve motivar. E reincidência. As circunstancias subjetivas, só para agravar regime. A Súmula 719 do STF: ‘’ A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea. ’’ A Súmula 718 do STF: ‘’ A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. ‘’ A Súmula 440 do STJ: ‘’ Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito.‘’ INICIO DE CUMPRIMENTO DA PENA Reclusão A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. PODE COMEÇAR NO FECHADO. Nesta modalidade, os crimes são de categoria mais grave. Detenção A de detenção, NÃO pode começar no fechado, só em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado, como consta disposto no artigo 33 do CP. Aqui, os crimes são mais leves. ESTABELECIMENTO PRISIONAL (Art. 33, § 1, CP) REGIME FECHADO - (Art. 33, § 1º, "a" - CP) Penas privativas de liberdade maior que 8 anos. Se a pena estipulada for maior que 8 anos, o condenado deverá iniciar em regime fechado. Nos casos em que o condenado for reincidente inicia-se o cumprimento da pena sempre em regime fechado. Consiste no cumprimento da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média. Estabelecimento de segurança máxima ou média Penitenciária (art. 87 a 90, LEP) Art. 102 da LEP. A cadeia pública destina-se ao recolhimento de presos provisórios. Ele não fica na cadeia pública, vai para penitenciária. Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta Lei. Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular: a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana; b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados). Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa. Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, à distância que não restrinja a visitação. EXAME CRIMINOLÓGICO O exame criminológico tem por objetivo a correta individualização da pena a ser cumprida, como forma de adequar às características pessoais de cada preso, ou seja, adequando-a às características pessoais de cada preso. É obrigatório no regime fechado; Art. 34 do Código Penal - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução. Art. 8º da LEP - O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. O exame criminológico não é o plano individualizador. O exame criminológico é necessário para progressão de regime? Era um exame obrigatório até 2003, passou a não ser obrigatório. Pode o juiz em um caso específico pedir o exame para progressão, desde que fundamente na decisão. A súmula vinculante 26 do STF: A súmula narra que é possível a progressão de regime para os condenados pela prática de crime hediondo ou equiparado, desde que sejam preenchidos os requisitossubjetivos e objetivos da progressão, sendo facultativa a realização do exame criminológico. A súmula 439 do STJ: O exame criminológico não é obrigatório para a progressão do regime, mas pode ser determinada pelo Juiz, diante das peculiaridades do caso, em decisão fundamentada. Ponto em comum nas duas súmulas supracitadas é que o exame criminológico não é obrigatório, não constituindo um requisito para a progressão da pena. Pode, no entanto, ser determinado pelo magistrado, desde que por decisão fundamentada. ADMITE REMIÇÃO – Art. 126 da LEP Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. § 1o. A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. § 2o. As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados. § 3o. Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem. § 4o. O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição. § 5o. O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação. 6o. O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo. § 7o. O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. § 8o. A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. ADMITE PERMISSÃO DE SAÍDA – 120 da LEP Urgência; Com escolta; Diretor do estabelecimento. Quando for urgência o diretor que autoriza a saída; Sem prazo pré-determinado. Art. 120 da LEP. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão; II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14). Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso. Art. 121 da LEP. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à finalidade da saída. Requisitos da progressão Regime fechado > Regime semiaberto: a) Pressupostos Objetivos Cumprir, no mínimo, 1/6 da pena imposta ou do total de penas no regime anterior, salvo nos casos de condenados em crime hediondo ou equiparados nos quais o preso deverá cumprir 2/5 para o condenado primário e 3/5 para o condenado reincidente. Caso o condenado tenha sua pena sentenciada em mais de trinta anos, mas que por força do artigo 75 § 1º do Código Penal tenho sido unificada para trinta anos, o lapso deverá ser calculado sobre o total da pena e não sobre a unificação da pena ou seja os trinta anos. b) Pressupostos Subjetivos Demonstrar bom comportamento. O bom comportamento do condenado atestado pelo direito do estabelecimento prisional, não é critério eficaz para avaliar o condenado, tampouco, para convencimento do juiz, o qual resta ter uma postura criteriosa na avaliação do pedido de progressão. Entretanto, cumpre mencionar que a progressão se dará em etapas, ou seja: não se permite pular um regime de cumprimento da pena, passando do regime fechado diretamente ao regime aberto. REGIME SEMIABERTO – (Art. 33, § 1º, "b" - CP) – (Art. 91 da LEP) Penas privativas de liberdade maior que 4 e menor igual a 8 anos. Se a pena estipulada for maior que 4 anos, e menor igual a 8, o condenado deverá iniciar em regime semiaberto. Nos casos em que o condenado for reincidente inicia-se o cumprimento da pena sempre em regime fechado. Consiste no cumprimento da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. (Art. 33, § 1º, "b" - CP) Art. 91 da LEP. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento da pena em regime semiaberto. O exame criminológico é facultativo no semiaberto. Requisitos – (Art. 92, p.ú, da LEP) e (Art. 88 da LEP) Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os requisitos da letra a, do parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. Parágrafo único. São também requisitos básicos das dependências coletivas: a) a seleção adequada dos presos; b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização da pena. Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular: a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana; b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados). Lembrando que: Art. 107. Ninguém será recolhido, para cumprimento de pena privativa de liberdade, sem a guia expedida pela autoridade judiciária. CABÍVEL REMIÇÃO – (Art. 126 e ss da LEP) – Para abater a pena São os mesmos critérios do regime fechado. CABÍVEL PERMISSÃO DE SAÍDA – (Art. 120 da LEP) Os mesmos requisitos do fechado. É CABÍVEL SAÍDA TEMPORÁRIA – (Art. 122 a 125 da LEP) É um ‘’prêmio’’. Tem que ter bom comportamento. Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semiaberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos: I - visita à família; II - frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução; III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social. Parágrafo único. A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes requisitos: I - comportamento adequado; II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente; III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato definido como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas na autorização ou revelar baixo grau de aproveitamento do curso. Parágrafo único. A recuperação do direito à saída temporária dependerá da absolvição no processo penal, do cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração do merecimento do condenado. A súmula vinculante 520 do STJ: ‘’ O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional. ’’ Ouve o MP Administração Penitenciária Requisitos Objetivos Cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário 1/4 (um quarto), se reincidente Requisitos Subjetivos Bom comportamento Art. 124. A autorização será concedida por prazo não superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por mais 4 (quatro) vezes durante o ano. Máximo de diasque pode sair é de 35 dias. 1 + 4 Condições § 1o. Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado. I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do benefício; II - recolhimento à residência visitada, no período noturno; III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres. Curso § 2o. Quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, de instrução de ensino médio ou superior, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes. Neste caso o prazo pode ser superior a 35 dias. Intervalo mínimo § 3o. Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias de intervalo entre uma e outra. Tem que ter um intervalo de 45 dias cada saída. REGIME ABERTO - (Art. 33, § 1º, "c" - CP) Penas privativas de liberdade menor igual a 4, onde o condenado deverá iniciar em regime aberto. Nos casos em que o condenado for reincidente inicia-se o cumprimento da pena sempre em regime fechado. Consiste no cumprimento da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. A Súmula 269 do STJ: “É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judicias. ” Se for reincidente em todos os casos, se inicia no fechado, salvo a súmula. Art. 33, § 1º, "c" do Código Penal – regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. Art. 33, § 2º, "c" do Código Penal - O condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. O regime aberto é direcionado para pessoas condenadas até quatro anos sem que tenha reincidência de crime. Nesse regime, o detento deve trabalhar, frequentar cursos ou exercer qualquer outra atividade autorizada durante o dia e recolher-se à noite em casa de albergado ou na própria casa. Regras do regime aberto – (Art. 36, CAPUT do CP) Exige do sujeito que ele tenha: Auto responsabilidade e disciplina Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado. § 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. § 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada. Local – (Art. 33, § 1º, "c" do CP) e (Art. 93 a 95 da LEP) Art. 33, § 1º, "c" do Código Penal - regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. Casa de Albergado – Art. 93 a 95 da LEP Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de limitação de fim de semana. Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga. Sendo assim, a pena é cumprida na Casa do Albergado, cujo estabelecimento necessita se localizar em um centro urbano, separado de outros prédios e, principalmente, não pode conter obstáculos físicos à fuga. Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado, a qual deverá conter, além dos aposentos para acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras. É necessário que cada região tenha ao menos uma Casa do Albergado, que deverá conter aposentos para os presos, além de local adequado para se ministrar cursos e palestras. Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os serviços de fiscalização e orientação dos condenados. Limitação de fim de semana Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Cumprimento de regras Recolhimento noite e dias de folga – Art. 36, § 1º do Código Penal Art. 36, § 1º do Código Penal - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. Saída para trabalho é um pressuposto para entrar nesse regime – Art. 114, I, da LEP Art. 114 da LEP - Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que: I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; É CABÍVEL REMIÇÃO? Por trabalho não Por estudo pode Art. 126 da LEP - O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. Art. 126, § 6 da LEP - O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo. EXAME CRIMINOLÓGICO Não é necessário no regime aberto. PERMISSÃO DE SAÍDA E SAÍDA TEMPORÁRIA No caso concreto, a pessoa consegue a permissão de saída, pela doutrina e jurisprudência é permitido a saída. Pela literalidade da LEP não é permitida. Condições Especiais Art. 115 da LEP - O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições gerais e obrigatórias: I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado. Art. 116 da LEP - O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da autoridade administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias assim o recomendem. Art. 117 da LEP - Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: I - condenado maior de 70 (setenta) anos; II - condenado acometido de doença grave; III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; IV - condenada gestante. Ausência de casa de albergado A Súmula vinculante 56 do STF: “ A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. ‘’ Guia de recolhimento – Art. 107 da LEP É exigido a guia de recolhimento no regime aberto Art. 107 da LEP - Ninguém será recolhido, para cumprimento de pena privativa de liberdade, sem a guia expedida pela autoridade judiciária.
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