Buscar

Direito Penal - 1º Bimestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Direito Penal
Teoria da pena	
→ Art 32 CP:    Art. 32 - As penas são:  I - privativas de liberdade; II - restritivas de direitos; III - de multa.
→ Pena privativa de liberdade: Reclusão que poderá ser iniciada por qualquer dos três regimes, fechado, semiaberto ou aberto e Detenção que somente nos regimes semiaberto e aberto, salvo se houver a necessidade de transferência para regime fechado (regressão).	
→ Pena restritiva de direitos: Trata-se de espécie de pena alternativa. Segundo o artigo 43 do Código Penal, são penas restritivas de direitos a prestação pecuniária; a perda de bens e valores; a limitação de fim de semana; a prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; a interdição temporária de direitos;	
→ Pena de multa: É uma das espécies de pena estabelecidas pelo Código Penal, correspondente ao pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa, sendo, no mínimo, de dez e, no máximo, de 360 dias-multa, segundo o artigo 49 do CP.
 		Prisão cautelar ≠ Prisão decorrente de pena	
→ A prisão cautelar pode ser: prisão em flagrante, prisão domiciliar, prisão preventiva, prisão temporária, prisão decorrente de sentença de pronúncia. (Art. 319,301,317, 413 §3º, Lei 7960/89) 	
OBS: Prisões cautelares são temporárias e antecedentes a uma sentença penal. Podem ser desfeitas a qualquer tempo – medidas cautelares. 	
→ Medidas cautelares podem ser aproveitadas como detração penal (aproveitamento do tempo que o indivíduo ficou em prisão cautelar). 	
→ Prisão em flagrante: acontece no momento em que o crime ocorre ou logo em sua sequência. 	
→ Prisão domiciliar: ocorre para pessoas doentes, de maior idade, gestantes no final da gestação ou com filhos pequenos que necessitem de atenção especial. 
→ Prisão preventiva: ocorre quando há fundados riscos a algum bem jurídico. 	
→ Prisão temporária: A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. Ocorre quando: imprescindível para as investigações do inquérito policial; quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:  homicídio doloso; seqüestro ou cárcere privado; roubo; extorsão; extorsão mediante sequestro; estupro; atentado violento ao pudor; rapto violento; epidemia com resultado de morte; envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte; quadrilha ou bando; genocídio; em qualquer de sua formas típicas; tráfico de drogas; crimes contra o sistema financeiro;crimes previstos na Lei de Terrorismo.	
→ Prisão sentença de pronúncia: quando o indivíduo vai a júri. 	
→ Crimes de ação penal privada: com queixa. Ex: Calúnia e difamação. / Crimes de ação penal p[ublica. 
Rito comum – linha do tempo	
→ Recurso apenas da defesa: Pena não pode ser agravada. 	
→ Recurso da acusação: Pena pode ser alterada para melhor ou para pior. 	
→ Trânsito em julgado: Pena definitiva = PRISÃO PENA. 	
Procedimento Juizado Especial Criminal (Lei 9099/95)	
→ Crimes de menor potencial ofensivo, ou seja, cuja pena não ultrapasse 2 (dois) anos. 	
→ Pena alternativa ≠ Pena substitutiva 
Penas privativas de liberdade: 	
→ Reclusão: Aplicada aos crimes de maior gravidade – Regimes fechado, semiaberto e aberto.	
→ Detenção: Aplicada aos crimes de menor gravidade – Regimes aberto e semiaberto. 	
→ Regime fechado: penitenciária.	
→ Regime semiaberto: Colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 	
→ Regime aberto: casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
    Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.	 
        § 1º - Considera-se: 	 
 a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;	
 b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;	
 c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.	
 § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
 a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;	
 b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
     c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.	
 § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código.	 
 § 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.  
        Regras do regime fechado
        Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução.  
   § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno.	
 § 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena.	
 § 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas.  
        Regras do regime semi-aberto
        Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o cumprimento da pena em regime semi-aberto.  
 § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.  
 § 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a freqüência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior.  
        Regras do regime aberto
        Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado. 	
 § 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga.	
 § 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada. 
→ Trabalho no regime fechado: dentro do estabelecimento ou em obras públicas – remição de pena. 	
→ Trabalho no regime semiaberto: é possível trabalho externo, contanto que durante a noite o preso retorne à penitenciária. 	
→ Trabalho no regime aberto: é OBRIGATÓRIO. 	
Fixação do regime inicial	
→ A fixação é baseada na natureza da pena, quantidade de pena e reincidência. 
a) Natureza da pena: 1) Reclusão – Regimes fechado, semiaberto e aberto / 2) Detenção – Regimes semiaberto e aberto. 	
b) Quantidade da pena: 1) Até 4 anos – Regime aberto / 2) 4 anos e 1 dia até 8 anos – Regime semiaberto / 3) 8 anos e 1 dia ou mais – Regime fechado. 	
c) Reincidência: Agrava o regime. Ou seja, uma vez reincidente, a pena do indivíduo será um regime mais grave do que seria se ele fosse primário. Exceção: Regime inicial semiaberto na detenção.	
→ Quem realiza a fixação do regime inicial é o juiz de execução.	
→ Após a fixação do regime inicial, é retirada a guia de recolhimento, que envia o indivíduo para o sistemapenitenciário, ou seja, ele passa de réu acusado para aprisionado e o processo passa a tramitar na vara de execuções penais. 	
→ Unificação de pena: Adalberto, condenado a 4 anos de reclusão em 2015, em 2017 cumpriu dois anos da sua pena em regime aberto. Após cumprir esses dois anos, sobreveio condenação a 10 anos de reclusão. Saldo final: 12 anos de regime fechado. 
Requisitos para o regime fechado (LEP): 	
 Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório.	
 Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:	
 a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana;	
 b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).	 
 Art. 89.  Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa.          
 Parágrafo único.  São requisitos básicos da seção e da creche referidas neste artigo:
 I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela legislação educacional e em unidades autônomas; e  	        
 II – horário de funcionamento que garanta a melhor assistência à criança e à sua responsável. 	        
 Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, à distância que não restrinja a visitação.
Requisitos para o regime semiaberto (LEP): 	
 Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento da pena em regime semi-aberto.	
 Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os requisitos da letra a, do parágrafo único, do artigo 88, desta Lei
 Parágrafo único. São também requisitos básicos das dependências coletivas:
 a) a seleção adequada dos presos; 	
 b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização da pena.
Requisitos para o regime aberto (LEP): 		
 Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de limitação de fim de semana
 Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
 Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado, a qual deverá conter, além dos aposentos para acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras.	
 Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os serviços de fiscalização e orientação dos condenados.
Progressão de regime	
→ Será sempre do regime mais gravoso para o menos gravoso, obedecendo os passos para tal. 	
→ NÃO PODE HAVER PROGRESSÃO PERSSALTO! (F-A) 	
→ Requisito objetivo: 1/6 da pena. 	
→ Requisito subjetivo: Bom comportamento. 	
→ Ex.: Indivíduo condenado a 12 anos de reclusão (regime fechado) -> Cumpre dois anos (1/6 da pena) -> Progressão de regime -> Restam 10 anos em semiaberto -> Cumpre 1/6 de 10 -> Progressão de regime para o regime aberto. 
→ Lei dos crimes hediondos surge em 1990 visando diminuir a incidência de crimes graves, portanto, a partir dessa lei, a pena para os crimes hediondos deveria ser cumprida integralmente em regime fechado. No entanto, passou-se a questionar a constitucionalidade dessa lei, visto que nos casos de concurso de crimes, as penas tornar-se-iam perpétuas, o que é vedado pela CF/88. Sendo assim, após décadas de discussão jurisprudencial, chegou-se ao entendimento de que crimes hediondos admitiram sim a progressão de regime. Ante o exposto, surge a mudança no texto da lei 8072/90,que prevê um modo diferenciado para a progressão de regime nos crimes hediondos. 	
→ Para os crimes hediondos é necessário o cumprimento de 2/5 da pena caso o condenado seja primário, e de 3/5 de cumprimento da pena caso o condenado seja reincidente, somados ao bom comportamento.	
→ São crimes hediondos: Homicídio simples quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente; Homicídio qualificado; Latrocínio; Extorsão qualificada pela morte; Extorsão mediante; Estupro; Estupro de vulnerável; Epidemia com resultado morte; Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos; ou Genocídio. Muito embora a lei 8072/90 não classifique o tráfico de entorpecentes, a tortura ou o terrorismo como hediondos, ela prevê que com eles se assemelham e por este motivo devem ser tratados com a mesma severidade. 
→ Para que haja a progressão do regime semiaberto para o regime aberto é necessário os requisitos objetivo e subjetivos somado ao TRABALHO, que não necessariamente necessita ser com carteira assinada.	
LEMBRAR: O prazo penal conta o dia da entrada e não conta o dia da saída (conta-se o primeiro dia do prazo e exclui-se o último). Sendo assim, o dia de término de cumprimento de pena e de progressão de regime será SEMPRE um dia anterior ao de entrada. 	 
→ Crimes hediondos não terão pena de detenção. 	
→ Quando ocorre uma prisão cautelar, o tempo da prisão provisória é aproveitado no tempo total do cumprimento da pena (detração penal). 	
→ Como fazer a conta da progressão? R: Transformando o ano em meses.	
→ Reincidência SEMPRE agrava um regime!!	
→ Bom comportamento = mérito do condenado e auto disciplina.	
Direitos do preso (art. 41 LEP): 	
 	Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios.	
 	Art. 41 - Constituem direitos do preso:	
 	I - alimentação suficiente e vestuário;	
 	II - atribuição de trabalho e sua remuneração;	
 	III - Previdência Social;	
 	IV - constituição de pecúlio;	
 	V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;	
 	VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena;
 	VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
 	VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 	
 	IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;	
 	X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
 	XI - chamamento nominal;	
 	XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;	
 	XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
 	XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
 	XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.	
 	XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente.  	         
 	Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
 	Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no que couber, o disposto nesta Seção.	
 	Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.	
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão resolvidas pelo Juiz da execução.	
Deveres do preso (Art. 39 LEP): 	
 	Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de execução da pena.	
 	Art. 39. Constituem deveres do condenado:	
 	I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
 	II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
 	III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
 	IV - conduta oposta aosmovimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;	
 	V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;	
 	VI - submissão à sanção disciplinar imposta;	
 	VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;	
 	VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;	
 	IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;	
 	X - conservação dos objetos de uso pessoal.	
 	Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.
Regressão de regime	
→ Diferentemente da progressão, a regressão admite perssalto. 	
→ Hipóteses: nova condenação e falta grave. 	
→ O inadimplemento de multa imposta implica tão somente em dívida ativa e não mais em pena privativa de liberdade. 	
→ Princípio da legalidade: não haverá falta e nem sanção sem expressa previsão legal ou regulamentar. 	
→ A indenização à vítima ou aos seus sucessores é um dever do preso, muito embora seja algo muito difícil de ser cumprido por parte do detento.	
→ A assistência do Estado estende-se ao egresso (detento que já cumpriu a pena em sua totalidade). 	
→ Art 33 CP -  A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. – Regressão per saltum.	
→ Progressão: Bom comportamento + 1/6 do cumprimento da pena + trabalho (para o regime aberto) .	
→ É o diretor do estabelecimento quem atesta o bom comportamento do detento. → A LEP não exige necessidade de sentença transitada em julgado para a condenação por crime doloso, ao afirmar que a praticado tipo penal já se configura como causa grave. Em contrapartida, a CF/88 atesta que o indivíduo é inocente até o momento do trânsito em julgado da sentença. 
→ Sanção disciplinar: Via administrativa / Regressão de regime: via judicial. A aplicação de sanção disciplinar e regressão de regime implica em bis in idem? Depende do entendimento individual do jurista. 	
Remição de pena	
→ Instituto do direito penal que premia o condenado coma diminuição de sua pena caso ele trabalhe ou estude.	
→ Marcos legislativos da remição: Art. 126 a 129 LEP, lei 12245/10, lei 12433/11 e súmula 341 STJ. 	
→ 	Art. 126.  O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. 	
 	§ 1o  A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de:	 
 	I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias;	 
 	II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. 	 
 	§ 2o  As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados. 	 
 	§ 3o  Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem.  	 
 	§ 4o  O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição.	 
 	§ 5o  O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação.	 
 	§ 6o  O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.	
 	§ 7o  O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar.	 
 	§ 8o  A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. 	 
 	Art. 127.  Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. 	 
 	Art. 128.  O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.	 
 	Art. 129.  A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando, com informação dos dias de trabalho ou das horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de cada um deles. 	 
 	§ 1o  O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente, por meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a frequência e o aproveitamento escolar.    	 
 	§ 2o  Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias remidos. 	 
 	Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para fim de instruir pedido de remição.	
→ Lei /, Art. 4,§ 3º - implementação de sala de estudos nos presídios. / Lei 12433/11 – remição pelo estudo ou leitura. / Súmula 341 STJ. 	
→ Apenas aplica-se a remição de pena nos regimes fechado e semiaberto, uma vez que o trabalho é obrigatório no regime aberto.	
→ Contagem de prazo: 1) Trabalho -> A cada 3 dias de trabalho, 1 dia de pena é remido. / 2) Estudo -> A cada 12 horas de estudo divididas em no mínimo 3 dias, 1 dia de pena é remido. 	
→ Pode haver remição de trabalho e estudo ao mesmo tempo, desde que seguindo as previsões legais. 	
→ Ocorrência de falta grave -> Art. 127 LEP.	
→ A remição de pena deve ser requerida pelo advogado, defensor público, ou, até mesmo, pelo diretor do presídio.	
→ Ex.: 120 dias trabalhados – 40 d remidos. Após o pedido e declaração dos dias remidos, o detento trabalhou mais 90 dias (30 dias remidos) e cometeu uma falta grave. Segundo a legislação antiga, perdia-se todos os dias remidos não declarados. No entanto, a legislação vigente prevê a perda de até 1/3 dos dias remidos não declarados. 	
→ O cometimento de falta grave implica na perda de até 1/3 dos dias remidos.	
→ Abatimento dos dias remidos: Somado ao tempo de pena cumprida. 	
→ Remição para crimes hediondos: é permitida com uma contagem de prazo de estudos ou trabalhos maiores. 	
→ Súmula 341 STJ surge como um entendimento sobre a remição pelo estudo. No entanto, com o advento da lei, a súmula perde a sua função.	
→ O tempo remido será computado como pena cumprida.	
→ Os dias remidos declarados não podem ser perdidos em razão de falta grave. 
→ Com relação à progressão de regime, o lapso temporal recomeça a partir da falta grave. 		
→ Requisito para progressão: Dois anos DE bom comportamento.

Continue navegando