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O MELHOR TCC Q A ETEC JA VIU!!!!!! (1)

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUSA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DA ZONA LESTE
Técnico em administração
André Sellmann da Silva
Andrew Alves Almeida Medeiros
Anna Melissa de Carvalho
Gustavo Alves Cerqueira da Silva
Isabella Costa Moreira Silva
Thayssa Vitoria Azevedo Lima
Cooperativismo & Kibutz: A Busca da Equidade Social 
SÃO PAULO
2019
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUSA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DA ZONA LESTE
Técnico em administração
Cooperativismo & Kibutz: A Busca da Equidade Social 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso Técnico em Administração da Escola Técnica Estadual da Zona Leste, orientado pela Prof. Ms. Madalena Oliveira Lima, como requisito parcial para obtenção do título de técnico em Administração.
SÃO PAULO
2019/1
As ideias da classe dominante são, em todas as épocas, as ideias dominantes, isto é, a classe que é a força material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, sua força intelectual dominante.
Karl Marx
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. O Cooperativismo em cada região do Brasil	31
Figura 2. 2018 Global Hunger Index Severity	38
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Cenário das Cooperativas no Brasil	32
Gráfico 2. Human Development Index value, by country grouping, 1990-2017	34
Gráfico 3.EVOLUCIÓN DE LA POBREZA RURAL, POBREZA EXTREMA RURAL Y PIB PER CAPITA DE AMÉRICA LATNA Y EL CARIBE (1980-2016)	37
Gráfico 4. Questão 1 ETEC	46
Gráfico 5. Questão 2 ETEC	47
Gráfico 6. Questão 3 ETEC	48
Gráfico 7. Questão 4 ETEC.	48
Gráfico 8. Questão 5 ETEC	49
Gráfico 9. Questão 6 ETEC	50
Gráfico 10. Questão 1 FATEC	51
Gráfico 11. Questão 2 FATEC	52
Gráfico 12. Questão 3 FATEC	52
Gráfico 13. Questão 4 FATEC	53
Gráfico 14. Questão 5 FATEC	54
Gráfico 15. Questão 6 FATEC	55
Gráfico 16. Questão 1 ETEC E FATEC	56
Gráfico 17. Questão 2 ETEC E FATEC	57
Gráfico 18. Q uestão 3 ETEC E FATEC	58
Gráfico 19. Questão 4 ETEC E FATEC	59
Gráfico 20. Questão 5 ETEC FATEC	60
Gráfico 21. Questão 6 ETEC E FATEC	61
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. HIGH HUMAN DEVELOPMENT	35
Tabela 2. Pontos para serem levados em consideração, para o desenvolvimento da proposta deste trabalho.	45
RESUMO
Tendo em vista que a situação econômica mundial, com foco nos países emergentes, apresenta a necessidade de um novo método socioeconômico, pesquisa-se sobre Cooperativismo e Kibutz: A Busca da Equidade Social, a fim de avaliar a junção dos Kibutz e Cooperativas para o resultado social. Para tanto, é necessário o levantamento histórico dos Kibutz e das Cooperativas, levantamento do número de Kibutz e Cooperativas existentes atualmente em Israel e no Brasil, levantamento da legislação e ética das cooperativas e políticas públicas para disseminar a visão dos Kibutz e das Cooperativas. Realiza-se, então, uma pesquisa bibliográfica que, segundo Gil (2008), tem como base de seu desenvolvimento, livros e artigos científicos, além disso, o trabalho contara com um questionário que será aplicado na instituição Centro Paula Souza, na unidade da Zona Leste de São Paulo, para verificação de conhecimento dos dois tipos de associativismo (Kibutz e Cooperativas). Diante disso, verifica-se que grande parte dos questionados não conhece o termo associativismo, mas a maioria já ouviu falar de cooperativas e com a pesquisa bibliográfica constatamos que, em sua teoria, os Kibutz e Cooperativas podem ser a solução socioeconômica não só para os países emergentes como para os demais, o que impõe a conclusão de que o associativismo é um método viável para a solução da fome e o desemprego mundial.
Palavras-chave: Associativismo. Equidade social. Socioeconômica. Agropecuária.
RESUMEN
Teniendo en cuenta que la situación económica mundial, enfocada en los países emergentes, presenta la necesidad de un nuevo método socioeconómico. Se busca sobre Cooperativismo y Kibutz: La Búsqueda de la Equidad Social, a fin de evaluar la unión de los Kibutz y Cooperativas para el resultado social. Para ello, es necesario el levantamiento histórico de los Kibutz y de las Cooperativas, levantamiento del número de Kibutz y Cooperativas existentes actualmente en Israel y en Brasil, levantamiento de la legislación y ética de las cooperativas y políticas públicas para diseminar la visión de los Kibutz y de las Cooperativas. Se realiza una investigación bibliográfica que, según Gil (2008), tiene como base de su desarrollo, libros y artículos científicos, además, el trabajo contará con un cuestionario que será aplicado en la institución Centro Paula Souza, en la unidad de la institución En la zona este de São Paulo, para verificación de conocimiento de los dos tipos de asociativismo (Kibutz y Cooperativas). En la mayoría de los encuestados no conocemos el término asociativismo, pero la mayoría ya ha oído hablar de cooperativas y con la investigación bibliográfica constatamos que, en su teoría, los Kibutz y Cooperativas pueden ser la solución socioeconómica no sólo para los países emergentes como para los demás, lo que impone la conclusión de que el asociativismo es un método viable para la solución del hambre y el desempleo mundial.
Palabras clave: Asociativismo. Equidad social. Socioeconómica. La agricultura.
INTRODUÇÃO
 Atualmente, os países emergentes carregam um histórico contínuo de desigualdade social, na qual abrangem diversos fatores humanitários; fome, desemprego, educação e saúde.
 O associativismo é uma alternativa que busca solucionar os problemas causados pela desigualdade a fim de englobar as necessidades pessoais e interpessoais. 
 Neste trabalho apresentaremos duas modalidades existentes de associativismo, os Kibutz que tiveram sua origem em Israel e as cooperativas que, segundo SICOOB CECREMEF (2019), teve sua origem nos países, Inglaterra, Franca, Suíça e Alemanha. Ambos buscam construir uma sociedade melhor, baseada em conceitos nobres, visando o crescimento da economia em tempos difíceis e, sobretudo, o crescimento social de uma população que vive à margem da sociedade. A concordância de divergências em alguns aspectos, em relação aos dois modelos, formula a dúvida sobre suas funções e em como mantê-las na roupagem global atual, de maneira que se possa fazer surgir uma fusão entre os dois sistemas de trabalho comunitário baseado na produção agrícola. Entretanto apesar das transformações nas ideias originais tanto dos Kibutz quanto das cooperativas, acreditamos que os alertas de diversos órgãos e cientistas quanto a escassez de alimento no futuro, pensar em incentivar o associativismo fazendo um resgate das ideias originas e direcionando para a agricultura será uma forma de amenizar as previsões pessimistas para a sociedade global sobretudo para aqueles que vivem à margem desta. 
PROBLEMA
Seria a fusão entre Kibutz/Cooperativas a fórmula de melhoria das condições sociais nos países emergentes?
HIPÓTESE
A filosofia dos Kibutz aliados as Cooperativas, poderia ser no futuro uma das fórmulas para o desenvolvimento da economia dos países emergentes, elevando os baixos IDH’s destes a um novo patamar econômico.
OBJETIVO GERAL
Analisar a filosofia dos Kibutz e das Cooperativas com intenção de propor uma junção destas em prol de uma sociedade mais justa.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Levantamento histórico dos Kibutz e das Cooperativas;
Levantamento do número de Kibutz e Cooperativas- OCESP existentes atualmente em Israel e no Brasil;
Levantamento: Legislação e ética das cooperativas. (Tributação: incentivos fiscais);
Políticas públicas para disseminar a visão dos Kibutz e das Cooperativas.
JUSTIFICATIVA
A situação econômica mundial, tendo em foco os países emergentes, que apresentam a necessidade de um novo método socioeconômico. Ascooperativas brasileiras já são um caminho desenvolvido para atender às demandas exigidas da sociedade emergente. Entretanto, as cooperativas israelenses – Kibutzim – atendem de maneira mais ampla a sociedade formada por estas, de modo que atenda além de um método de trabalho, com foco no desenvolvimento humano de seus membros. Sendo a fome o maior problema do mundo, onde há preocupação os líderes e dirigentes dos países. Contudo, seriam as Cooperativas e os Kibutzim a busca da Equidade Social por meio da Produção Agrícola.
METODOLOGIA
Para elaboração deste trabalho será utilizado uma pesquisa bibliográfica que, segundo Gil (2008), tem como base de seu desenvolvimento, livros e artigos científicos. 
Quanto as etapas, além da pesquisa bibliográfica, o trabalho contara com um questionário que será aplicado na instituição Centro Paula Souza, na unidade da Zona Leste, em São Paulo. Para verificação do grau de conhecimento dos dois tipos de associativismo (Kibutz e Cooperativas).
1. CONTEXTO HISTÓRICO	
Equidade e Igualdade, como Medida de Justiça Social – Politicas
De acordo com dicionário Aurélio (2015), equidade é um conjunto de princípios de justiça, no qual se determina um critério de moderação e igualdade, ‘ainda que em detrimento do direito objetivo’. Ainda de acordo com o site “significados.com.br” equidade é o substantivo feminino com origem no latim aequitas que significa igualdade, simetria, retidão, imparcialidade, conformidade” considerando a essência da palavra que em resumo significa justiça social baseada na justiça individual que buscaremos neste trabalho propor por meio das políticas públicas
 Uma fusão dos princípios dos Kibutz e das cooperativas, sobretudo no campo da agricultura.
.
A desigualdade social é consequência de exclusão de determinadas culturas, etnias e até mesmo economias, o que desestrutura a composição social, na qual cria fatores que dificultam a socialização e, portanto, a equidade social, significa igualar as oportunidades de crescimento e desenvolvimento humano. 
A equidade social é um mecanismo utilizado com objetivo de promover caminhos para amenizar a desigualdade e construir justiça social nas sociedades. Em geral, o termo refere-se à forma de criar – individual ou coletivamente – ferramentas que coloque as pessoas em posição justa na origem e igualitária no destino final. 
O debate feito em torno da equidade é a sua diferença da igualdade. Deste modo, a equidade, busca o equilíbrio como início das tarefas exercidas pelas entidades públicas. Há, portanto, a compreensão de que a equidade tem a justiça como princípio.
Dentre as formas de combate desenvolvidas contra a desigualdade, são elaboradas as chamadas políticas públicas, que têm função social neste aspecto. Os mecanismos políticos são executados pelos governos Federal, Estadual e Municipal, e é a maneira de adequar ao sistema democrático e político, as ações que viabilizam direitos de cidadania da sociedade mais vulnerável.
Esses meios adotados pelo Estado são caminhos de contribuição para a inclusão de cidadãos encontrados nas duas margens sociais, abrangendo, portanto, todas as bases que compõem uma sociedade. Em todas as esferas, a implantação das políticas são formuladas através de programas governamentais. A Constituição Federal de 1988, encaminhada por sua essência, garante a todos os cidadãos direitos sociais, segurança e bem-estar. 
Os trabalhadores rurais e urbanos têm, constitucionalizado, o direito a salário mínimo unificado, que permita as condições de vidas básicas e fundamentais ao empregado e sua família. 
O cooperativismo, incluso nas políticas públicas, é a forma de socializar os direitos de trabalhadores, em geral, com dificuldades de inserção no mercado de trabalho urbano ou rural, na agricultura, sobretudo. Esse associativismo refere-se à forma encontrada de amenizar a desigualdade presente socialmente, de maneira que recupere setores excluídos.
Ainda com intuito de validar a importância da equidade social, em 1945, foi assinada por 48 países a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) em seu art. 25.diz que:
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Portanto as políticas públicas são referenciais para a amenização das desigualdades presentes no meio rural ou urbano. Deste modo, elaborou-se caminhos de incentivo à agricultura familiar, como o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que busca dar condições do desenvolvimento rural por meio da política instaurada. 
Os grandes desafios do Brasil em relação às necessidades de reduzir impactos socioeconômicos foram importantes para a criação da carreira de Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (1989). Diante de uma necessidade latente com vistas a diminuição da desigualdade social, surgem no mundo algumas formas de associativismo, tais como os Kibutzim e as cooperativas, as quais fazem parte do nosso próximo capitulo.
1.1 O surgimento dos kibutz e das cooperativas 
1.1.1 Contexto Histórico 
	
Na Idade Média, sobretudo nas monarquias, surge uma ideologia, a partir da Revolução Francesa, denominada “Nacionalismo Moderno” que, segundo Bezerra (2018), consiste na compreensão da solenidade e seriedade de respeito a nação, que emite as crenças e culturas de um país.
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), em 1948, assinado na França por 48 países, todos cidadãos nascem livres, tendo o direito e dignidade iguais, como a garantia de não haver precedentes para a distinção no estatuto político, jurídico ou internacional do país.
No fim do século XIX, surgiu um movimento sionista que tinha o nacionalismo como base para organizar o retorno dos judeus às suas terras, formando o Estado Judaico. Assim, foi impulsionado pelo antissemitismo, que criou dificuldades sociais aos judeus e descendentes. [1: Movimento internacional judeu que resultou na formação do Estado de Israel em 1948.][2: Corrente de aversão aos semitas.]
O sionismo é derivado de Sion, um monte nos arredores da cidade velha de Jerusalém, e representa o desejo dos judeus de retomar à terra dos seus ancestrais. Como afirma Miragaya (2016), a organização política teve um impulso em 1897, com a realização do primeiro Congresso Sionista Mundial na Basileia, Suíça. Herzl (1897) se referiu à união que voltaria a caracterizar o povo judeu, e solicitou organização. Também frisou que o sionismo já tivera êxitos ao conseguir unir setores modernos e conservadores do judaísmo:
“O sionismo já realizou uma obra singular que antes parecia impossível: a estreita união dos elementos mais modernos do judaísmo com os mais conservadores. Como isto se consumou sem que nenhuma das partes fizesse concessões indignas e sem sacrifícios intelectuais, constitui mais uma prova, se ainda fosse necessária, da nacionalidade judaica...” (Herzl, 1897).
O principal movimento em prol do retorno dos judeus à Palestina, segundo a Confederação Israelita do Brasil (CONIB), predominou o sionismo trabalhista e socialista, idealizado por Aaron David Gordon e DovBeerBorochov. O trabalho, segundo a concepção deles, era o lapidador do caráter de uma sociedade, sobretudo dos judeus, submissos aos estrangeiros, através das perseguições sofridas.
Ainda de acordo com a CONIB o ideal era o retorno às terras com o propósito de passar às mãos dos proprietários e estes, passarem a conduzir o destino destas terras. A participação do povo, de maneira igualitária e justa erama maneira que os idealizadores criaram o movimento a partir de um slogan, de cunho de superativo, que tornou-se um dos mais famosos:
“Viemos para construir e para nos construirmos”
Autor desconhecido
O conceito levou à criação de um sistema de trabalho coletivo, isto é, uma sociedade comunitária, que permitia uma espécie de grupo de alinhamento socialista. Logo, determinados partidos políticos passaram a surgir e adotar esse pensamento ideológico, o que elevou a aceitação do movimento. Dando origem a vários estudos, como segue.
1.1.2. Teoria dos kibutz
Segundo Schvartzman (2000), a teoria kibutziana foi criada devido à uma desenvolvida ideia de jovens pioneiros, antes e depois do Estado de Israel, que buscava consolidar a autonomia e independência dos israelenses.
De acordo com a Confederação Israelita do Brasil, a palavra ‘kibutz’ é designada da palavra, em hebraico, ‘kvutza’, que significa grupo, imediatamente quando surgiu, foi uma das ideias mais revolucionárias contida na organização política do século passado.
O kibutz, de acordo com Bulgarelli (1966), consiste em uma organização voluntária de uma comunidade regida de princípios igualitários e comunitários. Os kibutzim (plural de kibutz) são autossuficientes, produzem produtos agrícolas e artefatos industriais, que por muito tempo foi a atividade econômica que supriu a necessidade de seu país. [3: Comunidade igualitária com base em propriedade comunal.]
Ainda, segundo Bulgarelli (1966), a receita da comunidade é baseada na equidade para todos, isto é, divide-se entre os membros, recebendo cada família pelo seu tamanho perante as outras. 
O kibutz iniciou sua administração por uma democracia participativa direta em que os membros da sociedade tem direta e forte influência sobre a condução das atividades, na qual decide os rumos financeiros e sociais dos mesmos.
1.1.3 Surgimento dos kibutzim
A ideologia comunitária dos criadores dos Kibutzim eclodiu um dos maiores movimentos agrícolas, predominantemente em Israel. Conforme defendido por Nadvorny (2014) um cunho socialista, os kibutzim foram formados a partir do sionismo trabalhista, idealizado por Aaron David Gordon e DovBeer, sendo assim, a junção entre a teoria e a prática.
Ainda de acordo com a Confederação Israelita do Brasil, foi criado em 1909, o primeiro Kibutz chamado Degania, tinha como princípio a economia solidária, a saber, salário e posições iguais, sem hierarquia. Este tipo de sociedade pregava uma autonomia dos setores produtivos de agricultura, estrategicamente instalado para facilitar a manufatura, de modo que chegasse a todos os envolvidos. 
Inicialmente postos em fazendas coletivas, os Kibutzim logo se tornaram parte da economia regional israelense com a industrialização e se desenvolveram. Em um período de ascensão capitalista, até 1919, foram criados cerca de quatorze novos campos de trabalho coletivo, o que fortaleceu a ideia de trabalho coletivo.
Os Kibutzim cresceram inevitavelmente, tornando-se, inclusive, um dos mais importantes movimentos socialistas do mundo, apesar de haver a mesma ideologia em outros polos. Sobretudo, a sociedade criada tinha uma ideia ainda mais original, uma vez que partiu de um sentimento nacionalista e autônomo de judeus que buscavam retornar às suas terras.
No Oriente Médio, a dificuldade de elevar a geração deste tipo de trabalho, fez com que as propriedades coletivas se tornassem protagonistas na produção agrícola, representando cerca de 50% do setor produtivo.
Enquanto em Israel predominava os kibutz, sociedade coletivas ligadas a suprirem as necessidades, sobretudo agrícola da sociedade, no Brasil temos as cooperativas com a mesma finalidade que que suprir as necessidades da sociedade por meio do associativismo,
O objetivo deste trabalho e buscar a junção dos Kibutzim e das cooperativas, sendo esta última implantada em larga escala no Brasil. Como segue. 
1.2 O Surgimento das Cooperativas 
1.2.1 A Revolução Industrial
A Revolução Industrial foi um movimento que se iniciou no século XVIII ao XIX, na Inglaterra, com base na troca de mão de obra por instalações de máquinas em busca de eficiência na produção nas fábricas. Tal movimento ocasional a mudança tecnológica, física, e econômica, não só da Europa como para o mundo. 
De acordo com Barros (2016) houve a libertação da mão de obra explorada, onde a burguesia se aproveitava da jornada de trabalho dos operários, a chamada “mais-valia”, que era o trabalho explorado do operário em cima da riqueza da burguesia. Após a revolução, a burguesia abre espaço a classe trabalhadora fabril, ou seja, em vez de haver uma mão humana fechando suportes de pastas de dentes com tampas, havia uma mão humana operando máquinas para o ofício do mesmo.
Todavia, esclarece Vieira (2016), que após a classe trabalhadora fabril, houve tanto desemprego que ocasionaram muitas revoltas dos trabalhadores europeus, e até mesmo revoltas dos operários que atuavam nas fábricas, pois eles detestavam a muita jornada de trabalho e a falta de descanso. No entanto ocorreram movimentos contra essa falta de benefícios, como, por exemplo, o Movimento Cartista, no século XIX, onde lutavam pela exploração fabril.
Interligado a Revolução Industrial, o cooperativismo originou-se em referência a falta de empregabilidade, contendo pontos bons e ruins, por conta da falta de trabalho de muitas pessoas, a alta jornada de trabalho e o baixo salário pós Revolução, que já foi criticado por sociólogos da época como Karl Marx, que observou a exploração da burguesia ao operariado. Sendo assim alguns operários começaram a se revoltar contra aquele sistema. Como enfoque um grupo de 28 tecelões (27 homens e uma mulher) se reuniram e formaram a primeira cooperativa do mundo.
1.2.2. Cooperativa ou cooperativismo
De acordo com a OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo) cooperativas são associações de pessoas autônomas que se unem para produzir resultados econômicos, sociais e culturais, voluntariamente, de maneira coletiva. O cooperativismo é uma forma de inclusão de pessoas físicas, esses chamados cooperados, com o mesmo objetivo de atividade em comum, trabalhada de forma a gerar benefícios iguais a todos os membros. O investimento para todas as partes é o mesmo e o retorno também. 
Originário no século XVIII, em função de construir uma política econômica, englobada ao capitalismo, eliminando o intermediário e o patrão, pois o cooperativismo obteria a ideia de posse de bens produzidos e distribuídos aos tais de forma comunista, e com total reconhecimento grupal. 
Instalada as cooperativas, a princípio na Inglaterra, foram estimuladas a especialização em função econômica dos países que mais tarde obtiveram a ideia, sendo assim, cada país atraído ao cooperativismo, criaram suas especializações cooperativistas.
O Congresso de Praga de 1948 definiu a sociedade cooperativa, em seguintes termos: “Será considerada como cooperativa, seja qual for a constituição legal, toda a associação de pessoas que tenha de pôr fim a melhoria econômica e social de seus membros pela exploração de uma empresa baseada na ajuda mínima e que observa os Princípios de Rochdale. O Congresso de Praga de 1948. (pg 19-20).
1.2.3 A Primeira Cooperativa no Brasil
Segundo relata o Portal do Cooperativismo Financeiro (2011), as cooperativas brasileiras tiveram origem nas mãos jesuítas em missões no Sul do nosso país, com foco em sociedade solidaria, fundamentada no trabalho coletivo, e com objetivo de promover o bem-estar comum. Tal movimento ocorrido em 1610. Contudo só foi em 1889 que houve o surgimento da primeira cooperativa no Brasil, localizada no Estado de Ouro Preto, em Minas Gerais, a Sociedade Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto. O movimento se expandiu em outros estados brasileiros, como Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Em 1906, foram formadas as cooperativas rurais, em sua grande maioria por imigrantes alemães e italianos, que por sua vez, trouxeram a cultura dotrabalho associativo de atividades comunitárias ao Brasil.
A OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) foi fundada em 1969. A mesma foi registrada em cartório como Sociedade Civil, sem fins lucrativos, neutra em aspectos políticos e religiosos. Em 1971, o Estado reprimiu a autonomia dos associados, interferindo na criação, funcionamento e fiscalização do empreendimento cooperativo, conforme a Lei 5.5764. Porém, essa situação chegou ao fim com a Constituição de 1988, na qual proibiu a interferência do Estado nas associações, que colaborou com a autogestão do cooperativismo.
Em 1995, aconteceu um marco importante para o reconhecimento internacional do Cooperativismo no Brasil, foi quando Roberto Rodrigues, ex-presidente da OCB, foi eleito presidente da Aliança Cooperativista Internacional (AIC), onde foi o primeiro fora da Europa a ocupar o cargo presidencial.
Foi criado em 1998, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), com isso, deu início a um novo ciclo para essa atividade no Brasil. Pois tem em sua missão o ensino, formação profissional, organização e promoção social dos trabalhadores, associados e funcionários das cooperativas brasileiras.
Atualmente, existem pelo Brasil cerca de 6.827 Cooperativas, tendo maior concentração nas regiões sul e sudeste do país. Segundo o órgão máximo de representação das cooperativas no Brasil, a OCP/SESCOOP, até o ano de 2012, mais precisamente até o mês de dezembro, havia 10,4 milhões de brasileiros associados à alguma cooperativa. O Cooperativismo aplica 8 bilhões em salários e benefícios na economia nacional. Ressaltando ainda a importância do cooperativismo, cerca de 50% da população agropecuária no Brasil, passa de alguma forma por uma cooperativa.
2 O CENÁRIO DOS KIBUTZIM E DAS COOPERATIVAS
2.1 O Cenário dos Kibutzim Atualmente
2.1.1 A Realidade dos Kibutzim
Os kibutzim israelenses, que foram o principal triunfo de Israel do ponto de vista econômico, a partir de 1980, tornou-se um sistema comunal em decadência e mudado em seus princípios socialistas. Desde a crise econômica desencadeada em Israel, a sobrevivência dos kibutzim tornou-se tarefa difícil na preservação dos valores comunitários. 
De acordo com Kestelman (2010), o novo plano econômico elaborado pelo Banco Central israelense, na década de 80, criou dificuldades para manter os princípios kibutzianos nas atividades agrícolas desenvolvidas pela comunidade. O sistema comunal, antes em ascensão, teve rápida queda a partir dos cortes em investimentos públicos do governo israelense e retirada de subsídios às cooperativas.
Desde então, conforme Palmeira (2008), o movimento kibutziano iniciou um declínio e cedeu aos investimentos privados para manter-se como uma cooperativa. A chegada de empresas terceirizou boa parte dos kibutzim, fazendo-os, portanto, romper laços dos valores e princípios que regiam a filosofia.
No entanto, a ideia dos kibutzim não morreu. De acordo com Miragaya (2016), ainda há 70 de 274 kibutzim que dividem a renda igualitariamente entre seus membros. Apesar de alguns terem resquícios da filosofia comunitária, a maior parte das cooperativas tornou-se da propriedade privada, sem dividir igualmente seu capital. O capitalismo em torno dos kibutzim se intensificou com a debandada de boa parte da sociedade que compunha a vida comunitária, que passou a criar indústrias e investir nestas como forma de se sustentar diante da realidade. Deste modo, os kibutzim passaram a se adequar aos movimentos da contramão dos interesses comunitários.
2.1.2 Os Novos Métodos Kibutzianos
Segundo Abreu (2015), com a mudança demográfica e econômica que atingiu Israel, o movimento kibutziano passou por alterações em seus modelos de comunidade agrícola, que se transformou também em indústrias para se modernizar diante das demandas da época.
2.1.3 Método Comunal
Portanto, Kibbutz Industries Association (2018) relata que os kibutzim ainda mantêm seu método comunal, ou seja, ainda dividem a renda de maneira igualitária. No entanto, alterou a prioridade da distribuição. Isto é, o tamanho da família e período de instalação no kibutz tornou-se a linha de divisão de capital das atividades desenvolvidas dentro da vida coletiva.
2.1.4 Método Integrado
Ainda de acordo com Kibbutz Industries Association (2018), a integração do método é a composição de renda dada a cada família. Existe três partes nesta distribuição, no qual, a soma inicial e igualitária ao membro. A segunda etapa é a soma que se fornece devido ao tempo de ingresso ao kibutz. A terceira parte significa a soma baseada na porcentagem do salário do filiado à comunidade.
2.1.5 Método Rede de Segurança
Todavia, a Kibbutz Industries Association (2018), diz que a Rede de Segurança é fomentada referente ao ganho do membro. Parte do salário bruto calculado sobre uma porcentagem específica é feita para cobrir as despesas dos kibutzim e fornecer renda para quem ganha um salário mínimo, estabelecido pelo sistema. Por isso, é denominado Rede de Segurança.
 
2.1.6 As Desigualdades dos Novos Kibutzim
Em dados gerais retirados do KIA (2019), apenas 69% das pessoas dos kibutzim ganham mais de 7.000 IS por mês. Apenas 11% têm renda de 12.000 IS no recebimento dos salários. Entretanto, a pesquisa aponta que pessoas com idade entre 41 e 60 anos têm salários maiores, são 29% que recebem um salário de 9.000 IS em um comparativo aos jovens. 
Os salários diferentes aumentam a diferença entre homens e mulheres dentro das cooperativas israelenses, sendo os salários dos homens predominante ao das mulheres. Conforme ainda dados da KIA, 31% dos homens ganham 9.000 IS mensais, enquanto o setor feminino é de apenas 9%. Entretanto enquanto os kibutz, passavam por diversas transformações e adequações a uma realidade econômica do pais aqui no Brasil estávamos no mesmo processo em relação as cooperativas. 
2.2 O Cenário das Cooperativas Atualmente
O cooperativismo brasileiro, podemos dizer que não só houve mudanças em nossa nação como também no mundo cooperado, o número total de cooperativas desde 2001 passou de 7.026 para 6.655, sendo uma diminuição de 5%. Apesar dessa discreta diminuição há um grande crescimento de pessoas se associando as cooperativas, sendo evolucionado de 4,7 para 13,2 milhões de cooperados brasileiros, onde podemos dizer que houve um crescimento de mais de 100%. Em números de pessoas associadas, talvez esse seja um reflexo da alta taxa de desemprego com carteira assinada que nosso pais vive já a alguns anos. O cooperativismo no Brasil está semeado em diversas áreas produtivas e prestadoras de serviço, como veremos a seguir.
2.2.1 Cooperativas de Trabalho 
Reúnem trabalhadores que se associam a produção de bens ou serviços focados ao mercado, sendo este segmento obtido, alcançaram um grande crescimento de bastante importância nos últimos anos no Brasil, no entanto, tal especialização cooperativista deram aos trabalhadores total qualificação.
Segundo a legislação brasileira, considera-se cooperativa de trabalho:
	
" A sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho".
Constituição Brasileira. Lei 12.690/2012
2.2.2 Cooperativas de Consumo
Movimento moderno do cooperativismo voltado para o consumo dos sócios, iniciado em Rochdale, na Inglaterra, onde os 28 tecelões, organizaram uma arrecadação para o pagamento do aluguel do primeiro armazém criado por eles. Esse tipo de cooperativismo ficou conhecido como Princípio de Rochdale. Hoje em dia há muitas cooperativas com esses métodos, de pagamento de ações de sócios de no máximo 4% e contenção de um comércio sempre à vista.
2.2.3 Cooperativas de Crédito
Cooperativas de crédito, ou cooperativas de finanças, tem por objetivo o melhor financiamento em contas de pessoas que queiram sua administração, sendo a cooperativa mais vantajosado que um banco comum. As mesmas oferecem os mesmo recursos em produto e financiamento dos bancos em geral, contudo, sendo também regulada pelo Banco Central.
Atualmente o Brasil compõe 1.100 cooperativas de crédito, sendo 38 Centrais Estaduais e 4 Confederações, assim instaladas aos sistemas de funcionamento, SICOOB, SICREDI, UNICRED, CECRED e CONFESOL, padronizadas funcionalmente. No entanto tal funcionamento é sucedido por tais sistemas
2.2.4 Cooperativas Educacionais 
As cooperativas educacionais são integralizadas por pais e mestres pedagógicos, sendo a equipe docente e os profissionais pedagógicos contratados, e também regulados pelo MEC. Contendo vantagem na permissão da inserção dos pais e professores na instituição de ensino diante da duvidosa qualidade educacional brasileira.
2.2.5 Cooperativas Habitacionais
Objetivada em adquirir residências de baixos custos mais acessíveis para seus cooperados. Consequentes da ocorrência de três formas:
A cooperativa é formada por trabalhadores, técnicos ou pelos próprios construtores civis, onde administram a construção habitacional para si, ou para o público em geral;
A cooperativa é instituída por pessoas que se reúnem para a construção de casas para seus associados, tendo o término da construção somente quando a última habitação do sócio estiver finalizada; 
A cooperativa é integralizada por pessoas comprometidas ao financiamento da construção de casas, seja para seus sócios, seja para outros. 
2.2.6 Cooperativas de Infraestrutura 
Obtêm a finalidade de atender direta ou indiretamente as necessidades dos associados com serviços de infraestrutura. As cooperativas de infraestrutura tem em si maior reconhecimento nas concessionárias tradicionais de energia elétrica, que são responsáveis por gerar e dar à luz a população. 
2.2.7 Cooperativas de Mineração
Constituída por garimpeiros e outros profissionais da mineração, tal cooperativa com a finalidade de extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais, também contendo em si a pesquisa de suas especialidades. 
2.2.8 Cooperativas de Produção 
Voltada totalmente a produção de diversas categorias, seja estas industrializadas, confeccionadas, exportadas, comercializas, embaladas, sendo o foco principal voltado a produção de bens, de referência a grande produtividade dos produtos.
2.2.9 Cooperativas de Saúde
As cooperativas de saúde são formadas por cooperados da área da medicina, tendo início em 1960, Como médicos, dentistas, psicólogos, enfermeiros e profissionais de outras atividades afins. O Brasil se tornou referência em cooperativismo de saúde.
2.2.10 Cooperativas Agropecuárias
As cooperativas agropecuárias consistem em classificar e processar os produtos do setor primário, fazendo com que seus associados tenham a melhor remuneração. O cooperativismo agropecuário também proveem outros serviços, como insumos, armazenamento, transporte, publicidade e pesquisa.
Ainda de acordo com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil conta com 1.597 instituições e 180,1 mil produtores cooperados. O último Censo Agropecuário levantado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – revelou que 48% da produção agropecuária do país passa por alguma cooperativa e que isso gera trabalho para mais de 1 milhão de pessoas.
3 O CENÁRIO DAS COOPERATIVAS NO BRASIL
Segundo o Relatório OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), em 2013, O cooperativismo regional estava segmentado como segue.
Figura 1
Figura 1. O Cooperativismo em cada região do Brasil
Fonte: https://www.oseudinheirovalemais.com.br/o-cooperativismo-em-cada-regiao-do-brasil/ O Seu Dinheiro Vale Mais - acesso em 23 abril 2019.
3.1 Gráfico das cooperativas agropecuárias no Brasil
Gráfico 1
Gráfico 1. Cenário das Cooperativas no Brasil
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho
De acordo com o gráfico n.1, As cooperativas do ramo agropecuário são responsáveis por 24% do total de cooperativas no Brasil, ocupando quase um quarto das cooperativas no país, levando em consideração sua importância no ramo alimentar e uma consequente geração de empregos sobretudo para população mais carente, apresentamos a seguir a relação destas com os diversos tipos de desemprego no mundo.
4 A RELAÇÃO EM PRODUÇÃO AGRÍCOLA E DESENVOLVIMENTO
4.1 Os Tipos de Desemprego no Mundo
Os desempregos são as preocupações que recorrentes das nações ao redor do mundo, como revela o The Economist (2014), quando a retração que atingiu os Estados Unidos fez com que o desemprego saltasse de 4,4% para 10%. E que, apesar da recuperação econômica, apenas 40% recuperou sua atividade remunerada, permanecendo em 6,2%.
A explicação de economistas, segundo o The Economist (2014) é que o desemprego estrutural é responsável pela não recuperação plena dos empregos.
Neste aspecto, há quatro tipo de desempregos presentes na sociedade, segundo Sobrinho et all (2018)
Desemprego Sazonal: surge de maneira sistêmica devido as variações de demandas de cada época do ano.
Desemprego Cíclico: acontece devido às flutuações econômicas, quando o país entra em recessão.
Desemprego Friccional: é o desemprego que ocorre quando os trabalhadores procuram outros empregos e/ou as empresas enfrentam alguma crise.
Desemprego Estrutural: são aqueles que se tornam desempregados por falta de qualificação. 
	
4.2 A Produção Agrícola e o Desenvolvimento Local
O desenvolvimento local e a produção agrícola são interligados pela maneira como se altera a economia e a sociedade, como um todo. Para tal, é necessário que se compreenda a relação entre Estado, políticas públicas, desenvolvimento tecnológico e capital, de acordo com Nunes (2007).
Igualmente, é importante a compreensão de cada país e região, em que se exige demandas e desenvolvimento diferentes, de maneira que se entenda a importância da produção agrícola para os avanços locais. Neste aspecto, o IDH é importante, pois trata-se de uma maneira de medida sobre o índice de desenvolvimento humano, no qual contabiliza-se educação, longevidade e renda. 
Gráfico 2
Gráfico 2. Human Development Index value, by country grouping, 1990-2017
Fonte: file:///C:/Users/CLIENTE/Downloads/2018_human_development_statistical_update%20(4).pdf- acesso em: 24 abril 2019
O Relatório de Desenvolvimento Humano (2018) que analisa o IDH de 2017, mostra que, desde 1990, os países da América Latina e Caribe saíram do grupo de baixo índice de desenvolvimento para o alto índice de desenvolvimento humano. Desta forma, em 19 anos, o grupo teve uma ascensão significativa. 
Além disso, é importante frisar que há uma ascensão da África subsaariana dentro do grupo do menor índice de desenvolvimento humano.
Tabela 1
Tabela 1. HIGH HUMAN DEVELOPMENT
Fonte:file:///C:/Users/CLIENTE/Downloads/2018_human_development_statistical_update%20(4).pdf- acesso em: 24 abril 2019
Neste aspecto, o 2º grupo, que corresponde ao Alto Desenvolvimento mostra países como Brasil, que ocupa a 79ª posição, atrás de países como Venezuela e Bosnia, que ocupam respectivamente 78ª e 77ª posições. Desta maneira, o Brasil manteve-se, mais um ano, estagnado na posição em que se encontra hoje. 
De acordo com Balsadi e Grossi (2016), o setor agrícola teve uma década entre 2004 e 2014 de significativos avanços na construção de um favorável mercado de trabalho, devido aos fatores econômicos da época. A defesa, perante dados, aponta para uma queda em relação aos trabalhos infantis com cerca de 600 mil de jovens entre 10 e 14 anos. 
Segundo o site oficial do governo federal do Brasil (2017), baseado em dados retirados do CAGED, o setor da agropecuária foi o principal gerador de empregos em 2017, garantindo 36.329 em junho do mesmo ano. Isto, em relação ao cenário de desemprego, demonstra a força do setor no país, sendo o principal motor desses empregos.O dinamismo adquirido pela agricultura na última década foi essencial para a geração de empregos, que de acordo com o relatório ‘“Perspectivas da Agricultura e do Desenvolvimento Rural nas Américas 2014: uma visão para a América Latina e Caribe” (2013), a agricultura familiar é responsável por 77% dos empregos gerados no setor agrícola. 
A produção agrícola impacta diretamente no desenvolvimento local, seja pela possibilidade de fornecer alimentos alternativos, pelo qual é responsável por boa parte da alimentação mundial, ou pela ferramenta de criar empregos e atividades que contribuam para o aquecimento social.
De acordo com Brondani (2016), a agricultura é o setor que tem maior potencial para reduzir a pobreza no mundo. A defesa é de que as tecnologias têm sido essenciais na produtividade agrícola, uma vez que contribui para uma melhor qualidade de vida dos produtores e é responsável pelo incremento ao PIB, que tem a capacidade de fornecer mais resultados positivos ao interior, como exemplo. 
Em relatório divulgado sobre ‘Panorama da pobreza rural na América Latina e no Caribe’, pelo FAO (2018), um gráfico é apresentado que analisa a evolução da pobreza rural. O PIB per capita entre 1990 e 2016 mostra que houve um desenvolvimento neste aspecto, quando sai de 6.000 USD e salta para 90,000 USD em 2014. Entretanto, em 2016, conforme aponta FAO (2018), a pobreza rural voltou a se fortalecer na América Latina e no Caribe, ascendendo de 46% em 2014 para 48% em 2016. 
Contudo, os dados mostram uma redução na extrema pobreza em comparação a 1990, quando os índices de miséria atingiam níveis mais altos.
De acordo com a FAO (2018), a fome atingiu 815 milhões de pessoas, que aumentou cerca de 6 milhões de indivíduos que passam fome no mundo. O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2018, demonstrou que, em 2017, uma em cada nove pessoas morreu de fome.
“Desenvolver e implementar políticas que desloquem a produção agrícola global para um caminho mais sustentável e proteger os países e regiões mais vulneráveis será fundamental se quisermos ver um mundo livre de fome e desnutrição até 2030”, FAO (2018). 
Gráfico 3
Gráfico 3.EVOLUCIÓN DE LA POBREZA RURAL, POBREZA EXTREMA RURAL Y PIB PER CAPITA DE AMÉRICA LATNA Y EL CARIBE (1980-2016)
Fonte: Panorama da pobreza rural na América Latina e no Caribe - http://www.fao.org/3/CA2275ES/ca2275es.pdf - acesso em: 27 abril 2019.
Levando em consideração todos os dados apresentados até o momento, foi o foco deste trabalho que é a busca da equidade social, por meio do associativismo encabeçadas por políticas públicas em busca de uma justiça individual, onde percebemos que pessoas perdem seus empregos, sejam eles de forma estrutural, sazonal, etc. e não tem condições de se recolocarem no mercado de trabalho, e desta forma perdem as condições de alimentarem suas famílias. Para validar tal ponto de vista, é apresentado um mapa que mostra um cenário desolador de fome, sobretudo na África. 
Figura 2
Figura 2. 2018 Global Hunger Index Severity
Fonte: Global Hunger Index - <https://www.globalhungerindex.org/results/>. 23 mai. 2019
Pode-se observar no mapa acima, que os índices mais alarmantes concentram-se no continente africano, no qual ocupa também parte da Ásia. 
A América Latina, em 2018, tem o índice baixo em média. No entanto, a América Central acolhe também um país com grave índice, além de moderados na América do Sul. Diante deste cenário desolador, se faz urgente um olhar com objetivo de se pensar localmente na disseminação da fome com vistas de atender globalmente uma das necessidades básicas do ser humano que é se alimentar, sendo este um direito universal. 
4. ÉTICA/ POLITICAS PUBLICAS 
4.1 A Ética Anexada nas Políticas Públicas
De acordo com Fonseca (2006), a teoria e a prática de ética social deparam na política e na esfera pública o espaço de atuação de uma ética “positiva”, que guia o indivíduo e a sociedade, a sociedade e o indivíduo, para a prática da atividade pública. No entanto, se a política é o espaço público da atuação e a ética a sua capacidade moral, intima-se, em nome da autoridade pública e da cidadania, indivíduos éticos e morais na direção da “coisa pública” e na atuação da atividade política e pública.
“(...) a exigência da publicidade dos atos de governo é importante não apenas, como se costuma dizer, para permitir ao cidadão conhecer os atos de quem detém o poder e assim controlá-los, mas também porque a publicidade é, por si, uma forma de controle, um expediente que permite distinguir o que é lícito do que não é”. (Bobbio (1986, p. 30)
4.1.2 Políticas Públicas no Âmbito Rural
De acordo com Melo et al (2017), os incentivos às cooperativas constitui os programas estabelecidos como políticas públicas, que são referenciais na área rural. As necessidades de apoio aos trabalhadores do setor agrícola, torna os programas cada vez mais importantes para o desenvolvimento social e econômico do pais.
A Lei de Agricultura Familiar sancionada em 2006, pelo governo Federal, estabelece as diretrizes que fomenta a importância do trabalho desenvolvido pelas famílias rurais, que condiciona, fundamentalmente, os mecanismos de segmento para a contribuição do processo agrícola, de acordo com a publicação na página da Presidência da República, em Subchefia para Assuntos Jurídicos.
Segundo Fernandes (2013), o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), criado em 1996, é o exemplo de políticas públicas com foco na base familiar rural. O programa desenvolvido é um mecanismo criado através do Governo Federal, que financia projetos para trabalhos referentes às atividades agrícolas, com facilidade no acesso à linhas de crédito e infraestrutura.
Segundo Carneiro (1997), a ideia do programa do fortalecimento da agricultura familiar consiste em fornecer capacidades técnicas e financeiras para o âmbito rural. As técnicas estabelecidas através das políticas públicas agrícolas apontam avanços na análise de ruralismo, O aspecto fundamental aponta saldo positivo e contribuinte da agricultura na economia do país. 
No Brasil, de acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (2015), a agricultura familiar produz 70% dos alimentos consumidos no país. O setor emprega 74% das pessoas ocupadas no campo em que 10 postos de trabalho do meio rural, 7 são de processos desenvolvidos por agricultores familiares.
Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas (2014), "Estado da Alimentação e da Agricultura”, a agricultura familiar representa 80% da produção mundial de alimento e tem uma preservação ambiental de 75% de recursos agrícolas no mundo.
Interligado ao PRONAF, existe o PAA (Programa de Aquisição de Alimento), criado em 2003, pelo decreto no art. 19 da Lei nº 10.696, que consiste em um programa governamental de incentivo à agricultura familiar. A política de aquisição faz parte de uma das teias do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, em que se apresenta no Decreto publicado pela Subchefia da Casa Civil (2003).
Capítulo I - DAS FINALIDADES DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS:
“VI - apoiar a formação de estoques pelas cooperativas e demais organizações formais da agricultura familiar.” 
E Capítulo II:
“IX - estimular o cooperativismo e o associativismo. “
A função do programa é comprar produtos agrícolas de empresas familiares por meio de cooperativas, que funcionam, na ocasião, como o centro de onde será feita a compra dos alimentos pelo governo, que, ao adquirir os alimentos, torna-se responsável pela distribuição deste nos setores necessários. 
A distribuição responsável pelo Governo Federal é feita com base na redação do Decreto nº 9.214, de 2017, do Capítulo II - DO PÚBLICO DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS
“ I - beneficiários consumidores - indivíduos em situação de insegurança alimentar e nutricional, aqueles atendidos pela rede sócio assistencial, pelos equipamentos de alimentação e nutrição, pelasdemais ações de alimentação e de nutrição financiadas pelo Poder Público e, em condições específicas definidas pelo GGPAA, aqueles atendidos pela rede pública de ensino e de saúde e que estejam sob custódia do Estado em estabelecimentos prisionais e em unidades de internação do sistema socioeducativo;” 
- Decreto nº 9.214, de 2017)
A aquisição permite que o operador da PAA estabeleça convênios com cooperativas bancárias e de crédito quando se trata do pagamento feito aos beneficiários, conforme presente no Art. 43, da Seção VI, do Capítulo V.
Segundo o Ministério da Economia (2018), o Governo Federal compra cerca de 30% de gêneros alimentícios produzido pelos agricultores familiares. Considerando a importância da agricultura familiar mundial dentro do contexto universal, acreditamos que o associativismo é uma das alternativas mais promissoras, e dentro deste trabalho a proposta é a junção da filosofia dos Kibutz e das Cooperativas. Pois isso já havia sido colocado em pratica em 1961 em Goiás. 
6. A IDEIA KIBUTZIANA BRASILEIRA
Já no passado o Brasil, mas especificamente em Goiás tentou implantar o primeiro Kibutz.
6.1 O Experimento em Goiás
De acordo com Riesco (2018), entre 1961 a 1964, a ideia do agro urbano no estado de Goiás foi essencial para a eleição de Mauro Borges Teixeira. De acordo com Favaro (2016), as condições de filho de Pedro Ludovico Teixeira, fundador da capital do estado e comandante do Partido Social Democrático (PSD), que causava fascínio à população da época.
Além da herança de popularidade, o então governador, aproveitou-se das ascensões criadas durante as últimas décadas, no qual, soube equilibrar a administração pública com diferenciados setores políticos, onde se propunha acenar aos campos, segundo Favaro (2016). 
Quando eleito no estado de Goiás, Mauro se aproximou dos trabalhadores do campo, onde criou uma relação de confiabilidade ao anexar em seu plano de governo, projetos desenvolvimentistas para unir a cidade e a zona rural. Seu plano de desenvolvimento, denominado MB, tinha importante tarefa de não confrontar o capital com os trabalhadores rurais, e sim, reunir os dois em um só.
	
“O alcance do Plano MB não se contrapunha aos interesses dos grupos dominantes, contrários a qualquer alteração da ordem ou da estrutura agrária. O latifúndio é sinônimo de poder. Em si, o Plano almejava a modernização do campo com incentivo à agropecuária empresarial, a fim de atender às demandas do mercado externo e interno”. (Favaro, 2016)
A escolha do Combinado Agro Urbano, localizado no Combinado de Tocantins, era estratégico, uma vez que o local tinha fontes importantes de água, que seriam úteis para a irrigação agrícola e auxílio do plantio. O projeto criado por Teixeira tinha o propósito de unificar e coordenar a fusão entre a área urbana e agrícola, sendo assim, criando laços importantes para a desenvoltura industrializada, segundo Favaro (2016). 
A ideia de criar cooperativas como colonização de apoio às atividades agrícolas e auxílios das modernidades da época, fez com que então o governador criasse um programa com base nos moldes cooperativos israelenses, que tiveram sucesso em sua trajetória e nacionalismo sionista e que foi o principal condutor da organização econômica e social de Israel, após uma visita, comenta Favaro (2016).
Segundo Riesco (2018), a falta de êxito do modelo israelense aplicado ao brasileiro está relacionado à falta de recursos financeiros e estruturais, além de dificuldades com seus consumidores. O governo federal não dava mais incentivos à ideia de Mauro Borges, o que resultou em um investimento próprio. Isto é, o governo estadual passou a investir nas cooperativas. No entanto, mesmo com a economia relativamente expansionista de Goiás, as receitas ainda estavam abaixo das despesas. Após levantamento apresentado referentes aos pontos positivos e negativos dos Kibutz e cooperativas. Apresentamos na tabela abaixo uma síntese. 
7 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS KIBUTZ
 
Considerando os pontos principais e as filosofias que deram origem tanto aos KIBUTZ quanto as COOPERATIVAS, apresentamos conforme tabela, alguns pontos a serem levados em consideração, para o desenvolvimento da proposta deste trabalho que é a junção da filosofia original de ambos.
Tabela 2
	CARACTERÍSTICA
	KIBUTZ
	COOPERATIVAS
	FOCO
	PESSOAS
	CAPITAL
	EXODO RURAL
	PERMANENCIA
	ROTATIVIDADE
	REMUNERAÇÃO
	GLOBAL
	INDIVIDUAL
	EDUCAÇÃO
	FORMAÇÃO
	TREINAMENTO
	
PRODUÇÃO
	AGRÍCOLA E PARQUES INDUSTRIAIS
	
DIVERSAS
	
	
Tabela 2. Pontos para serem levados em consideração, para o desenvolvimento da proposta deste trabalho.
Fonte: Tabela criada pelos autores deste trabalho
.
Como podemos perceber a partir da tabela acima quando comparamos alguns pontos tais como, foco, êxodo rural, remuneração, educação e produção entre os Kibutz e cooperativas, percebemos que os pontos apresentados pelos Kibutz, podem contribuir e melhorar a performance das cooperativas sobretudo no Brasil. 
No entanto para complemento deste trabalho sentimos a necessidade de fazer uma pesquisa junto a sociedade essa representada pelos alunos da ETEC e FATEC da ZONA LESTE, quanto ao grau de conhecimento destes tipos de associativismo no qual passamos a apresentar.
7.1 Apresentação dos Resultados
Neste capitulo, apresenta-se os resultados da pesquisa realizada nas instalações da ETEC e FATEC da Zona Leste, que tinha como objetivo avaliar o grau de conhecimento dos alunos a respeito do Kibutz e das Cooperativas.
A seguir, apresenta-se os resultados apurado em pesquisa, onde, neste momento, o publico alvo eram os alunos dos cursos técnicos.
7.1.1 ETEC 
Gráfico 4Gráfico 4. Questão 1 ETEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
1. Grande parte dos entrevistados do ensino técnico, não tem conhecimento em relação ao termo ‘associativismo’.
Gráfico 5
Gráfico 5. Questão 2 ETEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
	
2. A maioria dos entrevistados referentes ao ensino técnico já ouviu falar de cooperativas.
Gráfico 6
Gráfico 6. Questão 3 ETEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
3. As cooperativas mais citadas e conhecidas pelo público do ensino técnico são: SPTrans, Crefisa, SUS, Vale S.A. e Allibus Transporte. 
Gráfico 7
Gráfico 7. Questão 4 ETEC.
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
4. Em relação ao modelo israelense, o Kibutz, apenas 1% já ouviu falar no nome. .
Gráfico 8
Gráfico 8. Questão 5 ETEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
5. Apenas 7%, em relação aos técnicos, trabalharam em alguma cooperativa.
Gráfico 9
Gráfico 9. Questão 6 ETEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
6. Os ramos de cooperativas mais populares são os ramos de transporte, de saúde e habitacional, que totalizam, respectivamente 32%, 22% e 16%.
7.1.2 FATEC 
Neste momento, apresenta-se os dados da pesquisa realizada com o público da Faculdade de Tecnologia (FATEC), que são alunos de ensino superior.
Gráfico 10
Gráfico 10. Questão 1 FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
1. O público entrevistado de ensino superior, apenas 10% conhece o termo associativismo. 
Gráfico 11
Gráfico 11. Questão 2 FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
2. Em relação às cooperativas, 70% já ouviu antes 30% que nunca ouviu falar. 
Gráfico 12
Gráfico 12. Questão 3 FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
3. As cooperativas mais citadas pelos entrevistados foram: Pêssego Transportes e Coopersany – respectivamente, 57% e 14%. 
Gráfico 13
Gráfico 13. Questão 4 FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
4. Apenas 3% já ouviu falar em kibutz, se tratando do ensino superior.
Gráfico 14
Gráfico 14. Questão 5 FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores destetrabalho.
5. Neste aspecto, apenas 7% já trabalharam em cooperativas. 
Gráfico 15
Gráfico 15. Questão 6 FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
6. Os ramos de cooperativas mais populares estão entre cooperativas de transporte, habitacionais e sociais, respectivamente 42%, 17% e 14%.
7.1.3 FATEC e ETEC
Neste aspecto, a pesquisa tem o objetivo geral, em relação ao conhecimento do público do ensino técnico e do ensino superior.
Gráfico 16
Gráfico 16. Questão 1 ETEC E FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
Gráfico 17
Gráfico 17. Questão 2 ETEC E FATEC
 Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
Gráfico 18
Gráfico 18. Questão 3 ETEC E FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
Gráfico 19
Gráfico 19. Questão 4 ETEC E FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
Gráfico 20
Gráfico 20. Questão 5 ETEC FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
Gráfico 21
Gráfico 21. Questão 6 ETEC E FATEC
Fonte: Gráfico criado pelos autores deste trabalho.
A comparação entre o ensino superior e o ensino técnico, demonstra, nesta atividade, que há um desconhecimento padrão sobre o modelo cooperativo israelense e o modelo cooperativo brasileiro. Deste modo, a diferença no grau de escolaridade não altera o resultado obtido por meio das pesquisas desenvolvidas. Os entrevistados, em sua maioria, desconhece o Kibutz. E, apesar das cooperativas brasileiras terem maior conhecimento, o que se observa é que ainda é muito desconhecida em relação ao que se esperava. 
8 SINTESE DA PESQUISA 
De acordo com a leitura dos gráficos, pode-se interpretar que, apesar de níveis diferentes em relação à escolaridade, os resultados têm pouca diferença no que se refere ao conhecimento de termo associativista e conhecimento de kibutz. As cooperativas, apesar de pouco conhecidas pelos alunos do Ensino Técnico, são bastante conhecidas quando se trata do público de Ensino Superior, chegando a 70% dos entrevistados. Além disso, as cooperativas com maior visibilidade, como transporte, saúde e habitação são as mais citadas pelo público, seja no conhecimento de nome de alguma cooperativa e seja no ramo.
Deste modo, pode-se concluir que não há diferenças exorbitantes em relação ao conhecimento sobre o assunto de acordo com o grau de escolaridade. Apenas em relação ao conhecimento de cooperativas, a diferença é notável, sendo mais conhecida pelo ensino superior.
9 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
 
De acordo com levantamento, a fusão entre as cooperativas e kibutzim poderia ser a formula novas maneiras de geração de emprego e, consequentemente, renda para os setores sociais emergentes, que precisam de maior atenção das políticas de desenvolvimento social.
A junção entre os dois modelos de trabalho solidário teriam papel importante na busca pela equidade, que passa pela erradicação da fome, com intuito de amenizar as desigualdades recorrentes no mundo. A fome, neste aspecto, é um fator da desigualdade a ser combatido, pois como relata a FAO (2015), se a ausência de políticas públicas e alternativas que possam cessar a fome em sociedades emergentes, a partir de 2030, os respectivos governos e incentivos sociais não serão capazes de combater a situação em questão. 
Ainda de acordo com o levantamento feito, os IDH’s (índice de desenvolvimento humano) é medido também pela capacidade de combate à fome de cada país ou grupo. Isto é, quanto mais fome houver, menor será o desenvolvimento daquela sociedade. A África Subsaariana, forte exemplo de existência de fome, ocupa um baixo índice nesta questão.
A ideia kibutziana e a ideia das cooperativas brasileiras, são as hipóteses defendidas, uma vez que, a essência e serviço de cada um dos modelos podem elevar a equidade social nos países que sofrem com desigualdade e questões de insegurança alimentar. Proposto pelos autores, a capacidade de desenvolvimento agrícola dos modelos israelenses, bem como a capacidade comercial e solidária das cooperativas, aliadas, teriam papel de produção, desenvolvimento e objetivos atingidos. 
As diferenças entre um modelo e outro, também são, em tese, a solução para a fusão entre as duas ideias. A tabela presente no trabalho, que faz um comparativo entre as características da ideia israelense e da ideia brasileira, com o intuito de frisar o que as diverge, que, consequentemente, será responsável pela união entre as duas vivências e visões. Como pode ser observado abaixo, a tabela é concisa no que busca exibir para a comprovação da tese:
Tabela 3
	CARACTERÍSTICA
	KIBUTZ
	COOPERATIVAS
	FOCO
	PESSOAS
	CAPITAL
	EXODO RURAL
	PERMANENCIA
	ROTATIVIDADE
	REMUNERAÇÃO
	GLOBAL
	INDIVIDUAL
	EDUCAÇÃO
	FORMAÇÃO
	TREINAMENTO
	
PRODUÇÃO
	AGRÍCOLA E PARQUES INDUSTRIAIS
	
DIVERSAS
	
	
	Fonte: Tabela criada pelos autores deste trabalho.
	
A tabela de comparação, feita pelos autores, tem a responsabilidade de apontar o caminho para a aliança entre os dois modelos. O kibutz, de acordo com a tabela, tem um potencial mais humanitário e educativo, bem como a proposta de desenvolvimento dos serviços agrícolas, que podem ser o aquecimento da economia agropecuária. Já as cooperativas, são a busca de políticas compensatórias e união de trabalhadores e produtores agrícolas que não têm condição de competitividade autônoma e tem a cooperativa como o mediador entre produção e consumo.
Os objetivos alcançados são observados, sobretudo, pelo levantamento de políticas públicas capazes de reduzir os danos das desigualdades históricas. Citado acima, a criação do PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). Respectivamente, o PRONAF é a execução de políticas como forma de aquecer a produção de alimentos por agricultura familiar, com incentivos fiscais e de infraestrutura. O PAA é o programa de distribuição de alimentos, que envolve o agricultor familiar – que tem fins lucrativos, além de manter a própria família pela produção própria -, as cooperativas – que, neste aspecto, são o intermédio entre agricultores familiares e União – e governos – que são responsáveis pela compra dos alimentos e distribuição pelo país. 
CONSIDERACOES FINAIS (aconselhamento)
A fusão entre Kibutz e Cooperativas a fórmula de melhoria das condições sociais nos países emergentes, pois ambos tornam vigente o associativismo voluntário, onde se é acrescida a economia através de métodos, que de início foram e ainda podem ser solução econômica para os países emergentes, contrapondo a produção agrícola. Sendo tal produção muito significativa ao redor do mundo na qual fornece a alimentação dos indivíduos e também emprego.
Ao decorrer da formação e leitura desse trabalho é perceptível o quão necessário é a produção agrícola e que em vigência tornando-se grande método para a junção dos Kibutzim e das cooperativas para uma grande elevação do índice de empregabilidade e IDH tanto dos países emergentes como na evolução dos demais países. 
Através do levantamento histórico, dados estatísticos, políticas públicas, legislação e ética de Kibutz e Cooperativas que foram realizados nesse trabalho, conseguimos visar uma sociedade futura sem fome e desemprego, com problemas econômicos de países emergentes solucionados, com essa junção de dois métodos de associativismo que na teoria se mostraram viáveis para elevar os índices econômicos de países em um todo. 
As desigualdades, que são o principal problema dos países, afetam milhões de pessoas no mundo inteiro. A conclusão deste trabalho retrata uma alternativa de combate à esta, como forma de levar equidade às sociedades emergentes, na condição de criação de produção agrícola e formações técnicas para que seja construída uma população rural mais forte e altiva,com foco em redução de obstáculos, a fim de criar e, sobretudo, informar, a capacidade humana e rural que há no mundo. 
ANEXOS
4 DOS KIBUTZIM
4.1 Modelo de Estatutos 
O estatuto do Kibutz é composto por diretrizes judicial, prescrita pelos cooperados, para regimentar o andamento de uma comunidade.
Segundo Bulgarelli (1966) o estatuto é dividido em seis secções, onde cada uma abrange uma finalidade dentro da comunidade. Dando início aos objetivos gerais como organizar e melhorar as condições sociais e econômicas de seus membros de acordo com os princípios cooperativos, englobando em si desígnios em particular, logo após procede as atribuições associadas com seus objetivos, tais como prescritos na secção A, artigo dois: 
e) Obter financiamentos e empréstimos de membros e terceiros, bancos e instituições financeiras, segundo as necessidades da sociedade, e hipotecar seus bens imóveis ou outros direitos sobre eles; e gravar seus moveis ou outros direitos sobre eles.
Em seguida relata os requisitos para ser aceitos como membros, desde a admissão à expulsão dos membros, presente na secção B, artigo dois:
[...] “Eu, ..., residente em ..., sendo (indicar a profissão) ... e havendo nascido em ... (data e local) ..., solicito minha admissão como membro de ... Sociedade Cooperativa, em caso de ser aceito, submeter-me-ei aos estatutos e regulamentos da sociedade, às decisões e ordens de Assembleia Geral, da Secretaria e dos funcionários autorizados pela Sociedade [...]
Logo adiante descreve ás disposições financeiras com extrema importância no regulamento das sobras, onde não menos que 50% deve ser investido no Fundo de reserva, já que sociedade não tem capital.
Por conseguinte, as disposições gerais que a sociedade lhe tem permitido, como o poder para receber empréstimos e créditos para o desempenho de suas atividades, desta forma expõe os direitos e deveres de seus cooperados, citado na secção D, artigo três:
[...] A Assembleia Geral poderá realizar todos os acordos necessários a manutenção dos dependentes dos membros por intermédio da Sociedade, quer residam ou não no Kibutz. [...]
Mediante o exposto menciona toda administração contida na Assembleia Geral, definindo suas funções, estabelecida na Secção E, artigo um:
A autoridade máxima será a Assembleia Geral da Sociedade.
h) Para qualquer resolução da Assembleia Geral será exigida presença de não menos que 2/3 dos membros [...].
O Comitê de direção dos kibutzim, de acordo com Bulgarelli (1966), é composto por membros com mais de 21 anos. Ainda sobre o estatuto do Comitê de Direção, na Secção E, no artigo 2:
Os membros do Comitê de Direção serão eleitos na Assembleia Geral anual, pelo período de 1 ano. Poderão ser reeleitos ao final do seu mandato.
Em caso de surgimento de uma vaga ao decorrer do ano, o Comitê de Direção será integrado pelo membro que obteve o maior número de votos depois do candidato mais votado.
Se ocorrer uma vaga no Comitê de Direção dentro do ano de mandato, será preenchida pelo membro que houver obtido, na última eleição do Comitê, o maior número de votos depois do candidato eleito
Ainda no artigo 2, as atribuições do Comitê de Direção são diversas e reservadas à Sociedade. 
 l) O Comitê de Direção exercerá todas as atribuições da Sociedade, com exceção à Assembleia Geral [...] O Comitê conduzirá os assuntos da Sociedade com a diligência e prudência de um homem de negócios.
4. LEGISLAÇÃO E ÉTICA DAS COOPERATIVAS
4.1 Lei no 9.867, de 10 de Novembro de 1999	
Dispõe sobre a criação e o funcionamento de Cooperativas Sociais, visando à integração social dos cidadãos, conforme especifica.
4.1.1 Art. 1º 
 No âmbito das cooperativas sociais, onde tem um intuito de acrescentar pessoas em desvantagem no mercado econômico, progredindo sua qualidade de vida. Tendo em incumbência atividades agrícolas, industriais, comercias e como também na organização de serviços educativos.
4.1.2 Art. 3º Conceituam Cidadãos em Desvantagem
I – Deficientes físicos e sensoriais;
II – Deficientes psíquicos e mentais.
III – Dependentes químicos;
IV – Os egressos de prisões;
V – Idosos com mais de sessenta anos (VETADO - O avanço da medicina vem ampliando a expectativa de vida, a definição acaba não se harmonizando com a realidade entrando em contrapartida com o interesse público)
VI – Os condenados a penas alternativas à detenção;
VII – os adolescentes em idade adequada ao trabalho e situação familiar difícil do ponto de vista econômico, social ou afetivo.
§ 1o Pelo menos cinquenta por cento dos trabalhadores de cada Cooperativa deverão ser cidadão em desvantagem, as quais, sempre que isso for compatível com seu estado, devem também ser sócias da Cooperativa (VETADO – O referido dispositivo prevê que isso irá desvirtuar o conceito da cooperativa, abrindo portas para criação de cooperativas fraudulentas sem nenhum cunho social).
§ 2o As Cooperativas Sociais irá sistematizar tudo que diz respeito a dificuldades gerais e individuais dos cidadãos que nelas operam, e desenvolverão e executarão projetos de treinamento com proposito de aumentar-lhes a produtividade e a independência econômica e, social.
§ 3o A condição de pessoa em desvantagem deve ser atestada por documentação originário de órgãos da administração pública.
4.1.3 Art. 4º
O estatuto da Cooperativa Social poderá prever uma ou mais categorias de sócios voluntários, que prestem serviços gratuitamente, e não estejam incluídos na definição de pessoas em desvantagem. 
Art. 5o Aplicam-se às Cooperativas Sociais
Naquilo que couber, os dispositivos constitucionais referentes às cooperativas, bem como os da Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e os da Lei Orgânica da Assistência Social (VETADO – é abrangente ao assunto da repercussão na previdência social, onde permitir que as cooperativas que intermedia mão-de-obra possa usufruir das vantagens concedidas às tais entidades).
Parágrafo único, as Cooperativas Sociais inserem-se na esfera de competência do Conselho Nacional de Assistência Social instituído pelo art. 17 da Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (VETADO – Esse projeto é originário do Poder Legislativo, e a norma constante afronta o mandamento contido no Art 61, § 1o, inciso II, alínea "e", da Carta Maior.")
Art. 6º Esta Lei Entra em Vigor na Data de Sua Publicação
De acordo com a constituição, no que diz respeito às cooperativas, é relatado o seguinte:
Art.174
§ 2º. A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
§ 3º. O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ 4º. As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.
 Conforme a política nacional do cooperativismo é sancionado que:
 Art. 1° Compreende-se como Política Nacional de Cooperativismo a atividade decorrente das iniciativas ligadas ao sistema cooperativo, originárias de setor público ou privado, isoladas ou coordenadas entre si, desde que reconhecido seu interesse público
4.2.1.Das cooperativas de trabalho
Art. 1° A Cooperativa de Trabalho é regulada por esta Lei e, no que com ela não colidir, pelas Leis nos 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -Código Civil. 
Parágrafo único. Estão excluídas do âmbito desta Lei: 
I - as cooperativas de assistência à saúde na forma da legislação de saúde suplementar; 
II - as cooperativas que atuam nosetor de transporte regulamentado pelo poder público e que detenham, por si ou por seus sócios, a qualquer título, os meios de trabalho; 
III - as cooperativas de profissionais liberais cujos sócios exerçam as atividades em seus próprios estabelecimentos; 
IV - as cooperativas de médicos cujos honorários sejam pagos por procedimento. 
Art. 2º Considera-se Cooperativa de Trabalho a sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho. 
§ 1º A autonomia de que trata o caput deste artigo deve ser exercida de forma coletiva e coordenada, mediante a fixação, em Assembleia Geral, das regras de funcionamento da cooperativa e da forma de execução dos trabalhos, nos termos desta Lei. 
§ 2º Considera-se autogestão o processo democrático no qual a Assembleia Geral define as diretrizes para o funcionamento e as operações da cooperativa, e os sócios decidem sobre a forma de execução dos trabalhos, nos termos da lei. 
Art. 3º A Cooperativa de Trabalho rege-se pelos seguintes princípios e valores: 
I - adesão voluntária e livre; 
II - gestão democrática; 
III - participação econômica dos membros; 
IV - autonomia e independência; 
V - educação, formação e informação; 
VI - Inter cooperação; 
VII - interesse pela comunidade; 
VIII - preservação dos direitos sociais, do valor social do trabalho e da livre iniciativa; 
IX - não precarização do trabalho; 
X - respeito às decisões de assembleia, observado o disposto nesta Lei; 
XI - participação na gestão em todos os níveis de decisão de acordo com o previsto em lei e no Estatuto Social
4.2.2 Das Sociedades Cooperativas 
 Art. 3° Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro.
 Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características:
 I - adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços;
 II - variabilidade do capital social representado por quotas-partes;
 III - limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimento dos objetivos sociais;
IV - inacessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade;
 V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, com exceção das que exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da proporcionalidade;
As cooperativas também são um assunto importante na Lei nº 10.406/2002, que dispõe sobre o Código Civil Brasileiro. A legislação explica o que é uma sociedade cooperativa, suas características e as responsabilidade de seus cooperados (cooperados). 
4.2.3 Da Sociedade Cooperativa
4.2.4 Capítulo VII
Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo, ressalvada a legislação especial.
Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa:
I - versatilidade, ou dispensa do capital social;
II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração, sem limitação de número máximo;
III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar;
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança;
V - quórum, para a assembleia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado;
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação;
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade.
Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada.
§ 1º. É limitada a responsabilidade em que o cooperado responde apenas pelas suas quotas e pelo prejuízo averiguado nas operações.
§ 2º. É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações.
Art. 1.096. No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições referentes à sociedade simples, resguardadas as características estabelecidas no art. 1.094
4.2.5 Título II dos Direitos e Garantias Fundamentais 
4.2.6 Capítulo I dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem questionamento em nenhum aspecto, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residente a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas, independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
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E
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