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Semiologia Exame Clínico: Anamnese + exame físico Anamnese: (ana= trazer de volta, recordar; mnese = memória) Exame Físico: colher os sinais das queixas, sintomas, relatados pelo paciente. Extrabucal Ectoscopia Intrabucal Oroscopia EXAME FÍSICO Inspeção: (visão) Palpação: (tato) Percussão Auscultação (audição) Olfação (olfato) Exame físico extrabucal Tipos de faces Fácies Simetria facial linfonodos atm Sinais vitais ( PA, pulso, temperatura ) Tipos de faces: mesofacial, dolicofacial e braquifacial. FÁCIES: Conjunto de dados exibidos na face do paciente. Resultante dos traços anatômicos mais a expressão fisionômica. Não apenas elementos estáticos, mas a expressão do olhar, movimentos asa nariz e a posição boca. Certa doença imprime na face traços característicos: Fácies Atípicas: Típicas: Fácies Atípicas: Fácies leonina: Pele espessa Lepromas variados e confluentes na fronte Supercílios caem Nariz espessado Bochechas e mentos deformam pelo Aparecimento de nódulos Lábios grossos Aspecto de cara de leão Alterações produzidas pela Hanseníase. Fácies adenoidiana: Nariz pequeno e afilado Boca sempre entreaberta Característica de indivíduos portadores de hipertrofia das adenoides. Fácies basedowiana: Olhos salientes (exoftalmia) e brilhantes Rosto magro Aspecto de espanto e ansiedade Presença de bócio Presente no hipertireoidismo. Fácies mixematosa: Rosto arredondado Nariz e lábios grossos Pele seca e espessada Supercílios escassos Cabelos secos e sem brilho Expressão de desânimo, apatia. Presente no hipotireoidismo. Fácies hipocrática: Olhos fundos e inexpressivos Nariz afilado Lábios adelgaçados Palidez cutânea Rosto sudorético Discreta cianose labial Costuma estar presente em doenças graves e Crônicas, em estágios finais de várias doenças. Fácies típicas: Síndrome de Crouzon. Perfil facial: Recto, Convexo: retrognatismo, Côncavo: prognatismo. Simetria Facial: Assimetrica. LINFONODOS I NFLAMATÓRIO TUMORAL Dolorido indolor Pouco consistente Consistência dura Fugaz Fixo Liso Superfície irregular ATM Estalidos, cliques, crepitações, “saltos” → disfunção. Dor na abertura ou palpação → inflamação Limitação de abertura (trismo) Adultos “normais” → 3,5 a 5,0 cm Desvios laterais na abertura EXAME FÍSICO INTRABUCAL Parte externa da boca Lábio Mucosa jugal Assoalho bucal Palato duro e mole Palato mole e orofaringe Ordenha das glândulas Dentes e gengiva VARIAÇÕES DA NORMALIDADE Grânulos de fordyce Exostose Tórus palatino Tórus mandibular Língua pilosa Varizes linguais Língua fissurada Língua edentada Eritema migratório benigno Leucoedema Melanose fisiológica Linha Alba OCLUSÃO Ramo da Odontologia que trata as relações de mordida entre a arcada dentária superior e inferior e suas implicações em estruturas anexas (dentes, gengiva, ossos, músculos, ligamentos, ATM). CÂNCER BUCAL Neoplasia: Crescimento e proliferação celular a normal, autônoma e descontrolada de um determinado tecido do corpo (tumor), que pode ser maligno ou benigno. Neoplasia benigna Células crescem lentamente, de forma organizada com limites bem definidos, mitoses normais Células bem diferenciadas (semelhantes ao tecido normal Não há risco de espalhar para outras partes do corpo (metástase) Ex.: Mioma, Lipoma, Adenoma Neoplasia maligna Células se multiplicam rapidamente, limites mal definidos, mitoses anormais Células anaplásicas (diferentes do tecido normal), falta diferenciação. Se infiltram em estruturas próximas ao tumor com risco de metástase Ex.: Câncer ETIOLOGIA DO CÂNCER: Fatores genéticos e Fatores ambientais. Fatores ambientais: Fumo Álcool Radiação ultravioleta. Etiologia do câncer bucal: Má higiene bucal Próteses mal adaptadas Condição dentaria Precária. Lesões pré-cancerosas da boca: Leucolasia: Manchas brancas tipo com escamação da pele. Eritoplasias: Manchas avermelhadas. Leorocoetroplasias: manchas brancas e vermelhas na borda lateral da Língua. Quelite actínica: Ceratose por bolsa de tabaco: Quais os tipos de câncer de boca: Carcinoma de células escamosas Ou Espinocelular Ou Epidermóide. Carcinoma mucoepidermóide Adenocarcinoma Glândulas Salivares Carcinoma adenoide Carcinoma verrucoso (variante do cce) Linfoma (órgãos linfáticos: baço, timo, linfonodos, medula) Sarcoma (músculo, osso) Quais as características clínicas do câncer bucal ? Eritoplásico: Leocoplásico: Endofílitico: Exofítico: Câncer de boca tem cura ? Depende de quando é feito o diagnostico. Diagnostico precoce= maior chance de cura. Quais as regiões da boca mais acometidas pelo câncer? Lábio Inferior Língua Assoalho Bucal Gengiva Palato Tonsila Lábio Superior Mucosa Jugal Úvula Como é feito o diagnóstico do câncer de boca? Anamnese Exame clínico Exames de Imagem Biópsia incisionais ou excisionais. Sinais e sintomas de câncer de boca: Lesões leucoplásicas Lesões eritroplásicas Feridas que não cicatrizam há mais de 14 dias Lesões endurecidas Sangramentos sem causa conhecida Dor ou dificuldade para engolir ou movimentar a língua Nódulos endurecidos e inchaços no pescoço (linfadenomegalia) e na boca Áreas de dormência Dentes amolecidos sem causa aparente Alteração na voz, rouquidão Tratamento: Cirurgia Raditerapia Quimioterapia. Efeitos Colaterais: Rouquidão Alteração do paladar (disgeusia) Dificuldade de deglutir (disfagia) Mucosite Osteoradionecrose Xerostomia Carie por radiação Candidiase Trismo Conduta do C.D. frente a SUSPEITA do câncer de boca: Anamnese e exame clínico; Exames de imagem complementares; Biópsia incisional; Encaminhar a bíópsia para uma laboratório de Anatomopatologia; Conduta do C.D. frente à CONFIRMAÇÃO do câncer de boca: Encaminhar para um médico especialista; Deve requisitar ao médico todas as informações sobre o tumor; Deve conhecer o tipo de tratamento que será instituído ao paciente e as possíveis complicações que poderão ocorrer; Estabelecer um plano tratamento odontológico adequado para o paciente; Deve trabalhar junto com a equipe oncológica multidisciplinar; Tratamento Odontológico antes: Exame clínico Avaliação radiográfica Exodontias (3 semanas antes, mínimo 14 dias antes tratamento – limite) Tratamento periodontal (3 semanas antes) Tratamento endodôntico, inclusive de raízes para preservar osso alveolar Restaurar todos os dentes cariados com ionômero de vidro Trocar restaurações infiltradas e próteses mal adaptadas Orientar o paciente quanto à higienização, escovas dentais macias, uso fio dental e flúor (bochechos, creme dentais, géis) Tratamento Odontológico Durante: Fiscalizar a higiene oral e uso fluoretos Profilaxia básica Tratar possíveis complicações que possam surgir: mucosite, xerostomia, infecções oportunistas, osteorradionecrose, etc... Tratamento Odontológico Após: Fiscalizar a higiene oral, uso fluoretos Profilaxia Avaliação radiográfica dentes Tratamentos clínicos conservadores (restaurações, endodontias etc) Tratar possíveis complicações que possam surgir: mucosite, xerostomia, infecções oportunistas, osteorradionecrose, etc... Não realizar exodontias após radioterapia por um período mínimo de 2-5 anos ????? Se não for possível esperar, solicitar hemograma, instituir antibioticoterapia profilática. Acompanhamento para detecções recidivas: Exame físico: mensal (1º ano), trimestral (2º ano), semestral (após 3º ano), anual (após5º ano) Exame cavidade bucal e cadeias linfáticas cervicais Avaliação estado geral paciente (qualidade de vida) Radiografia do tórax (anual).. PRINCÍPIOS DE BIOPSIA: Biópsia: Intervenção cirúrgica para remover tecido de um organismo vivo para Análise macro e microscópica. Indicações: Lesões que persistem mais de 2 semanas. Lesões que não respondem ao tratamento local após 14 dias. Tumefações persistentes, abaixo tecido “normal”. Lesões que interfiram com a função local. Lesões ósseas não identificadas por exames clínicos e radiográfico Qualquer lesão com característica de malignidade*. Contra indicações: Locais: Lesões vasculares “grandes” Sistêmicas: Doenças descompensadas. Tipos de biópsia : Incisional Excisional Paaf Citologia esfoliativa Biópsia incisional : Indicações: Lesões de grandes dimensões Localizações perigosas e de difícil remoção Suspeita de malignidade* Lesões múltiplas Lesões ósseas muito extensas Contra indicações: Lesões pequenas Técnica: Fazer conter em V estreito. Biópsia excisional: Indicações: Lesões pequenas com aspecto benigno Lesões que podem ser removidas por completo sem mutilar o paciente Lesões pigmentadas e vasculares pequenas Contra indicações: Lesões de grandes dimensões Técnica: Citologia espoliativa: Método simples, praticado sem anestesia. Rápida execução Não estressa o paciente Barato Auxiliar, não substitui biópsia em lesões malignas. LIMITAÇÕES: evidencia apenas lesões superficiais Indicações: Infecções fúngicas Infecções virais Doenças autoimunes Contra indicações: Lesões profundas cobertas por mucosa normal Lesões com necrose superficial Lesões ceratóticas Classificação: Classe 0 – material insuficiente/inadequado Classe I – célula normal Classe II – célula atípica sem evidencia de malignidade. Classe III – células sugestivas de malignidade Classe IV- célula fortemente sugestiva a malignidade Classe V – citologia conclusiva de malignidade Obs: a partir da classe III é obrigatória a biópsia. Técnica: Ir com palito de picolé u outro passar na lesão. Fixar com álcool absoluto ou spray de cabelo. LESÕES INTRAÓSSEAS: Antes da biópsia: PUNÇÃO - Líquido palha ou amarelo citrin - Sangue - Pus - Ar Encaminhamento do material ao laboratório de Anatomia patológica Acondicionamento do material : Frasco próprio Solução formol a 10%
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