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ESISTEMA DIGESTÓRIO/ABDOMINAL AVALIAÇÃO ORAL ANAMNESE ❖ Dor: odontalgia (dor de dente), alveolite, osteomielite ❖ Odinofagia: dor ao se alimentar. Amigdalite ❖ Halitose: mau hálito. Pode ser de origem metabólica ou psicogênica mas a maioria é por causas locais (higiene, gengivite, tabagismo, bebidas) ❖ Xerostomia: boca seca. Respiração buscal, ronco, síndrome de Sjogren, diabetes mellitus, quimioterapia, uso de medicamentos ❖ Disfagia: dificuldade para engolir. Sensação de que a comida enrosca. Pode ser alta ou baixa. Amigdalite, neoplasia de orofaringe ❖ Dispneia: falta de ar que pode estar associada a síndrome de apneia do sono. Hiperplasia das tonsilas ❖ Sangramento gengival: escovação, anemia, leucemia. EXAME FÍSICO Extrabucal: avaliar linfonodos superficiais, músculos da mastigação, ATM, seios da face, glândulas salivares Intrabucal ❖ Espátulas de madeira. Afastador bucal ❖ Gaze para prender e tracionar a língua ❖ Estruturas: lábios, língua, mucosa oral e do sulco vestibular, assoalho da boca, palatos, dentes, glândulas salivares ❖ Sequência: semimucosa labial superior e inferior (zona vermelha dos lábios) → mucosa labial superior e inferior, mucosa jugal (bochecha) → palato duro → palato mole → orofaringe → língua → assoalho bocal → dente e gengiva → glândulas salivares Dentes Lábios: coloração, forma, textura, flexibilidade, lesões, formato. ➢ Queilite angular: descamação e feridas em canto de boca ➢ Estomatite (mais encontrada) ➢ Herpes simples Mucosa jugal: rósea-avermelhada. A palpação é feita com o dedo polegar de fora e o dedo indicador na cavidade oral Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar ❖ Leucoplasia ❖ Consumo abusivo de tabaco Mucosa bucal e sulco vestibular ❖ Síndrome de Peutz-jeghers ❖ Telangiectasia hemorrágica hereditária (Síndrome de Osler Weber Rendu) AVALIAÇÃO ABDOMINAL ESÔFAGO ❖ Vai de C6-T10/T11 Constrições: ➢ Faringoesofágica: esfíncter superior (C5-C6) ➢ Broncoaórtica: aorta na face posterior esquerda (T4) ➢ Diafragmática hiato disfragmático Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Vascularização ❖ Cervical: ramos das art. tireoidianas e subclávias ❖ Torácico: brônquicas, esofágicas (aorta descendente) ❖ Abdominal: frênicas inferiores, direita e esquerda, gástrica esquerda e esplênica Varizes esofágicas ❖ A porção distal do esôfago drena para os sistemas porta pela veia gástrica esquerda e gastroepiploica direita. Na transição esofagogástrica tem anastomoses entre sistema porta e sistema cava. Quando ocorre hipertensão porta essas anastomoses se dilatam e drenam em direção ascendente para a cava superior, as veias do plexo submucoso se dilata dando origem às varizes esofágicas SINAIS E SINTOMAS ❖ Disfagia: dificuldade à deglutição ➢ Orofaríngea (bucofaríngea): alta ou de transferência. O alimento permanece no todo ou em parte na cavidade bucal. Pode ter aspiração da árvore traqueobrônquica seguida de tosse e regurgitação nasal ➢ Esofágica: baixa ou de transporte. Sensação de parada do bolo alimentar no esôfago ❖ Odinofagia: dor com a deglutição ➢ Dor urente: dor em queimação → esofagite péptica – por refluxo (dor piora com alimentos ácidos ➢ Esofagite por medicamentos ➢ Esofagite actínica (por radioterapia) ➢ Esofagite herpética (inflamação por herpes) ❖ Afagia: obstrução esofágica completa (emergência) ❖ Fagofobia: medo de deglutir (tétano, histeria, raiva) ❖ Acalásia: falta de relaxamento do esfíncter esofágico inferior → pode evoluir para um megaesôfago (dilatação do esôfago com perda de contração → esclerodermia, D. de chagas) ❖ Pirose: azia ou queimação retroesternal ➢ Principal sintoma do refluxo gastroesofágico ➢ Localização: retroesternal (nível do apêndice xifoide). Pode ir pro epigástrio e lados do tórax ➢ Desencadeada por determinados alimentos: frituras, bebidas alcoólicas, café, frutas cítricas e chocolate ou posição de decúbito ❖ Regurgitação: retorno do alimento ou suco gástrico à cavidade bucal sem náuseas e sem participação dos músculos abdominais ➢ Regurgitação de pequena quantidade de liquido pela manhã → pituíta ➢ Causas mecânicas: estenoses, neoplasias, divertículo de Zenker e obstrução do lúmen por alimento ➢ Causas motoras: megaesôfago, chagásico, acalasia idiopática, espasmo difuso do esôfago A regurgitação de conteúdo gástrico refluído pro esôfago é frequente na hérnia hiatal por deslizamento ou na doença péptica ulcerosa Megaesôfago: regurgitação ativa (imediatamente após refeições) e passiva (paciente deitado quase sempre à noite) ❖ Eructações: ingestão de ar ➢ Megaesôfago: paciente ingere grande quantidade de ar para impelir o alimento para baixo. ❖ Sialose: produção excessiva de saliva. ❖ Soluços ❖ Hematêmese: vômito com sangue. Hemorragia digestiva alta (boca → ângulo de Treitz (transição duodenojejunal) ➢ Varizes de esôfago, úlcera esofágicas ❖ Melena ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO Estômago ❖ Fundo (4º EIC) , corpo e antro (L1) ❖ Vascularização ➢ Arterial: ramos do tronco celíaco ▪ Art. gástrica esquerda: parte superior direita ▪ Art. gástrica direita: parte inferior direita ▪ Art. gástricas curtas: fundo ▪ Art. gastroepiploica direita: curvatura menor ▪ Art. gastroepiploica esquerda: curvatura maior ❖ Dor ❖ Náuseas e vômitos ➢ Com grande quantidade de alimentos ingeridos horas antes: estase gástrica, obstrução pilórica ou duodenal ➢ Com bile: obstrução intestinal alta ➢ Sangue: úlcera péptica, câncer gástrico, varizes esofágicas ❖ Dispepsia: dificuldade de digestão ❖ Hemorragia digestiva alta ❖ Diarreia Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar ➢ Aumento do número das evacuações e do volume fecal (maior que 200g em 24h) ➢ Mecanismo: ▪ da pressão osmótica do lúmen (diarreia osmótica) : substância não absorvíveis do intestino delgado pode determinar retardo da absorção de água ▪ da secreção de água pela mucosa: (diarreia secretora): enterotoxinas bacterianas ou medicamentos ▪ permeabilidade da mucosa (diarreia exsudativa): alterações inflamatórias ▪ Alteração da motilidade intestinal (diarreia motora): hipertireoidismo e diarreia funcional ❖ Diarreia “alta” ➢ Volumosas e pequenas quantidades durante o dia. volume frequência. Típico de tubo disgestivo alto ❖ Esteatorreia: gordura nas fezes. ❖ Emagrecimento ❖ Distensão abdominal CÓLON, RETO E ÂNUS ❖ Dor ❖ Diarreia baixa ➢ frequência volume menor ➢ Pode ter queixa de tenesmo ❖ Disenteria: diarreia + cólica intensas + fezes mucossanguinolenta ❖ Mudança de hábito intestinal ❖ Constipação ❖ Sangramento baixo ❖ Prurido anal PÂNCREAS E FÍGADO ❖ Dor (dor embaixo das costelas direita) não muito forte ➢ A dor da vesícula é dor forte tipo cólica ❖ Náuseas e vômitos ❖ Inapetência ❖ Emagrecimento ❖ Diarreia ❖ Icterícia PONTOS DE REFERÊNCIA ❖ Rebordos costais ❖ Ângulo de Charpy ❖ Cicatriz umbilical ❖ Cristas e as espinhas ilíacas anteriores ❖ Ligamento inguinal ou de Poupart ❖ Sínfise púbica TÉCNICAS DO EXAME ❖ Iluminação ❖ Músculos abdominais relaxados ❖ Bexiga vazia ❖ Evitar toca toda hora no lugar da dor ❖ Deixar exposto aquilo que quer examinar Semiotécnica ❖ Inspeção → ausculta → palpação → percussão Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Máquina de escrever ausência de apetite Nathy Máquina de escrever angulo formado pelas ultimas costelas NathyDestacar ❖ Faz a ausculta antes de palpar e percutir porque a palpação modifica o ruido áreo do TGI INSPEÇÃO ❖ Em pé, lado direito do paciente ❖ Incline-se: análise peristaltismo, saliência e pulsações ❖ Contorno abdominal: ➢ Simétrico (normal) ➢ Escavado: parede retraída. Ex: Neoplasias ➢ Arrendondado/globoso: aumento do diâmetro anteroposterior. Ex: ascite, distensão gasosa, obesidade, pneumoperitônio, hepatoesplenomegalia ➢ Batráquio: aumento do diâmetro transversal. Ex: asciste em fase de regressão ➢ Avental: acúmulo de tecido gorduro. Ex: obesidade ➢ Pendular/ptótico: visceram pressional parte inferior. Ex: flacidez no puerpério, fraqueza muscular ❖ Pele ➢ Temperatura ➢ Coloração ➢ Cicatrizes ➢ Estrias violáceas ➢ Telangiectasias ▪ Arranha vascular (pode estar associada a cirrose) ▪ Cabeça de medusa (obstrução veia porta, cirrose, trombose portal) ▪ Tipo cava inferior ❖ Hérnia umbilical ❖ Hérnia estrangulada ❖ Equimoses: ➢ Sinal de Grey-turner: equimose de flancos. Pancreatite nercrohemorragica ➢ Sinal de Cullen: equimose umbilical. Pancreatite aguda AUSCULTA ❖ Sons normais: estalidos/ gorgolejos (ruídos hidroaéreos) ❖ 5-34 por minuto Sons anormais: ❖ Ruídos: ➢ Avaliar a presença ➢ Aumentado? Diminuído? ❖ Atritos ➢ Hepáticos ou esplênicos? ❖ Sopros: ➢ Aórtico? ➢ Renal? ➢ Femoral? Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar PALPAÇÃO Superficial: ❖ Acalma, identifica resistência, dor, presença de massa, textura da pele ❖ Movimentos de fora pra dentro suaves ❖ Iniciar na FID Profunda: ❖ Delimita massas, tamanho e consistência, pulsações, mobilidade Achados de peritonite (sinal de inflamação intra-abdominal) ❖ Defesa abdominal: na palpação a pessoa faz cara de dor e contrai voluntária da parede ❖ Rigidez abdominal: contração involuntária persistência – abdome em tábua ❖ Descompressão súbita dolorosa (sinal de Blumberg) aperta e solta rapidamente ❖ Dor na tosse e na percussão PERCUSSÃO ❖ Som maciço: regiões sem ar, área de projeção ➢ Ex: fígado e baço ❖ Som submaciço: ar em quantidade restrita ❖ Som timpânico: área contendo ar + membrana flexível ➢ Abomen (alça intestinais / espaço de traube) FÍGADO (HEPATOMETRIA) ❖ Usa percussão e palpação PERCUSSÃO ❖ Limite superior ➢ Hemitórax direito de cima para baixo seguindo a linha hemiclavicular direita até ouvir o som maciço ❖ Limite inferior ➢ Parte do quadrante inferior direito em direção ao rebordo costal seguindo a linha hemiclavicular até ouvir o som maciço PALPAÇÃO ❖ Palpação na reborda coordenando com os movimentos respiratórios do paciente ❖ Artificio: colocar a mão na loja renal direita e empurrar anteriormente o fígado para facilitar a palpação ❖ Técnica do gancho/ mão em garra (útil em obesos) Se palpar o bordo hepático ❖ Tem dor? Consistência? Nódulos? Espessura (fino? Grosso) ❖ Nem todo fígado palpável está aumentado ➢ DPOC pode deslocar o fígado pra baixo. Isso não é aumento do fígado Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Máquina de escrever sinal de Dunphy Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar ➢ Crianças normalmente podem apresentar fígado 2- 3 cm abaixo do rebordo ➢ Pessoas mais magra: chance de palpar MEDIDAS ❖ Lóbulo hepático direito: 6-12 cm ❖ LHE: ~8 cm ➢ Percussão na linha alba e determina o tamanho do LHE SINAL DE JOBERT: som timpânico na loja hepática. Desaparecimento da macicez hepática. Ex: pneumoperitônio BAÇO ❖ Percussão. Geralmente não palpa (para palpar ele precisa estar com o dobro de tamanho) ❖ Manobra de percussão do espaço de traube ➢ Espaço semilunar esquerdo que está entre 6-9º EIC ➢ É associado ao fundo gástrico (fundo gástrico ocupa quando está cheio). Tem som timpânico ➢ Som maciço não é normal (exceto quando estomago está muito cheio Limites do espaço de Traube: ❖ Superior: 6º EIC ❖ Lateral: linha axilar anterior ❖ Inferior: rebordo costal ❖ Medial: lobo hepático esquerdo ❖ O baço começa ficar palpável quando ele aumenta e passa a linha axilar anterior Para palpar: ❖ Pressão para dentro e para fora em direção ao baço com o paciente em respiração profunda ❖ 1º faz com o paciente em decúbito dorsal ❖ 2º decúbito lateral direito Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Posição de Schuster: ajuda identificar esplenomegalia Classificação de esplenomegalia ❖ Grau I: baço palpável sob o rebordo costal esquerdo ❖ Grau II: entre REC linha imaginária transversa a cicatriz umbilical ❖ Grau III: abaixo da linha umbilical ❖ Ver os graus de classificação RIM ❖ Esquerdo: não palpável. Direito: em pessoas magras ❖ Sinal de Giordano: punho percussão. Caso de dor → pielonefrite BEXIGA ❖ Só palpa e percute quando ta distendida ❖ Macicez → volume estimado de 400-600ml AORTA ABDOMINAL ❖ Dá pra palpar profundamente e auscultar MANOBRAS ESPECIAIS ASCITE ❖ Flancos abaulados ❖ Se ta suspeitando de ascite, faz macicez móvel ➢ Compara os decúbitos laterais (esquerdo e direito) se mudou o aspecto da percussão. Se alterar o aspecto com a mudança de posição → ascite ❖ Sinal do piparote ➢ Teste de onda liquida ➢ Geralmente quando tem mais de 1,5L ➢ Pede pro paciente colocar a mão no meio para interromper a transmissão da onda para o tecido adiposo Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar ❖ Manobra do rechaço ➢ Detecção de massas/órgãos em abdome com ascite ➢ Aprofunda a mão solta, mas sem tirar a mão totalmente. Objetivo de empurrar a superficie do fígado para área profundas e perceber o retorno dele para a posição inicial. Quando empurra o liquido é deslocado e no retorno do órgão vc consegue senti-lo. APENDICITE ❖ Ponto de Macburney ➢ Entre o umbigo e a espinha ilíaca anterosperior direita ❖ Sinal de Rovsing ❖ Sinal do Psoas ❖ Sinal do Obturador COLECISTITE ❖ Sinal de Murphy ➢ Parada brusca da inspiração durante a palpação do ponto cístico EXAME PROCTOLÓGICO ❖ Luvas e lidocaína gel ❖ Inspeção ❖ Palpação perianal e toque retal ➢ Dedo indicador da mão direita Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Destacar Nathy Máquina de escrever hiperextensão do MID ou flexão ativa contra resistência Nathy Máquina de escrever rotação interna da coxa com a perna fletida Nathy Destacar Nathy Destacar Paciente fica em decúbito lateral direito ou esquerdo com perna fletidas (posição de Sims) ou prece maometana Nathy Destacar
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