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Estabilidade da Gestante e da Empregada Doméstica

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Flávio Nunes - Professor
Direito do Trabalho
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
CONCEITO
Segundo a doutrina dominante garantia de emprego
inclui todos os atos e normas que tem por objetivo
impedir o dificultar a dispensa imotivada ou
arbitrária do obreiro.
Neste sentido garantia de emprego tem uma sentido
amplo, ou seja é gênero, na qual estabilidade é
espécie.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
O pedido de demissão do trabalhador estável
somente será valida com assistência do sindicato.
Art. 500 - O pedido de demissão do empregado
estável só será válido quando feito com a assistência
do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante
autoridade local competente do Ministério do
Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do
Trabalho.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ESTABILIDADE DA GESTANTE
A Constituição Federal veda a dispensa arbitrária ou
sem justa causa da empregada gestante, desde a
confirmação da gravidez até 5 meses após o parto
(art. 10, II, b da ADCT).
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Nos termos do § 3º da art. 294 da Instrução Normativa
INSS/PRES nº 45/10, para fins de concessão do salário-
maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir
da 23ª semana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de
natimorto.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ Estabilidade Empregada Doméstica
• Art. 4o-A. É vedada a dispensa arbitrária ou
sem justa causa da empregada doméstica
gestante desde a confirmação da gravidez
até 5 (cinco) meses após o parto. (Incluído
pela Lei nº 11.324, de 2006)
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Súmula 244. GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não
afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da
estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se
esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a
garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes
ao período de estabilidade.
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória
prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão
mediante contrato por tempo determinado.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Lei Complementar n. 146/2014
Art. 1o O direito prescrito na alínea b do
inciso II do art. 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, nos casos
em que ocorrer o falecimento da
genitora, será assegurado a quem detiver
a guarda do seu filho.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Licença Maternidade: Art. 392 CTL;
• Licença Maternidade Adoção: Art. 392-A
CLT;
• Licença Maternidade em Caso de morte da
Genitora: Art. 392-B CLT;
• Licença Maternidade para o Pai adotante:
Art. 392-C CLT.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
condenou, na sessão desta quarta-feira (5), a Aymoré Crédito,
Financiamento e Investimento S.A. a pagar indenização referente
à estabilidade provisória de mãe adotante a uma analista de
sistema de Jundiaí (SP) demitida seis dias após iniciar processo de
adoção de um recém-nascido. A decisão do TST reformou
entendimento das instâncias anteriores, que consideraram que ela
não tinha direito à licença-maternidade porque o processo de
adoção não estava concluído no momento da dispensa.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
A analista, dispensada em 11/6/2008, iniciou em 5/6/2008 o
processo de adoção de um menino nascido poucos dias antes, no
Maranhão. No dia seguinte à demissão, saiu o termo de guarda e
responsabilidade provisória do menor. Ela relatou que comunicou
exaustivamente à chefia o processo de adoção, inclusive porque,
por correr em outro estado, precisaria de permissão para viagens.
E alegou que foi demitida durante a vigência da licença-
maternidade, o que é expressamente proibido.
Para o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), o termo
inicial da estabilidade da adotante é o trânsito em julgado da
sentença no processo de adoção, uma vez que a guarda da criança
pode ser revogada a qualquer tempo.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
No recurso de revista ao TST, a empregada alegou ter os mesmos
direitos garantidos à gestante, e sustentou que a lei que garante a
licença-maternidade à adotante não especifica se ela é devida a
partir da guarda (provisória ou definitiva) ou do trânsito em
julgado da decisão. Em sua defesa, a empresa argumentou que
não tinha conhecimento do processo de adoção quando a
dispensou.
Para o ministro Alexandre Agra Belmonte, relator do recurso, o
entendimento do TRT inviabilizou o exercício do direito à fruição
da licença-adotante no curso do contrato de trabalho. Com isso,
foram contrariados os objetivos do artigo 392-A, caput e parágrafo
4º, da CLT, que confere à adotante o direito à licença-maternidade
de 120 dias.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Agra Belmonte esclareceu que a licença-adotante visa à concessão
de tempo para a estruturação familiar que permita a dedicação
exclusiva ao desenvolvimento saudável da criança no seio familiar.
Mas, para que a mãe adotante possa usufruir a licença-
maternidade sem o risco de ser despedida, é preciso que ela
também seja beneficiada pela estabilidade provisória prevista no
artigo 10, inciso II, alínea "b", do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal, "a fim
de que não ocorra o que aconteceu no caso".
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Belmonte frisou que, assim como a estabilidade do dirigente
sindical e do cipeiro tem início a partir do registro da candidatura,
e não da eleição, a da mãe adotante tem início a partir do
requerimento de adoção, e não da sentença transitada em julgado
ou mesmo da guarda provisória concedida pela Vara da Infância e
Juventude.
Quanto à alegação da Aymoré, o relator observou que "seria
muita coincidência" acreditar que a empresa desconhecia o
processo de adoção e despediu a trabalhadora exatamente um dia
antes da concessão da guarda provisória. "Exatamente para
afastar alegações desse tipo, que eram comuns em relação à
gestante, aplica-se aqui, em última análise, a mesma solução dada
à grávida, pela jurisprudência trabalhista", afirmou.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Na avaliação de Agra Belmonte, assim como a confirmação da
gravidez é fato objetivo - ou seja, por si só basta para garantir o
direito – "a confirmação do interesse em adotar, seja por meio da
conclusão do processo de adoção, da guarda provisória, de
requerimento judicial visando à adoção e, provisoriamente, a
guarda, é também fato objetivo, a ensejar a estabilidade durante
o prazo de cinco meses, com direito à fruição imediata da licença-
adotante de 120 dias".
(Lourdes Tavares/CF)
Processo: RR-200600-19.2008.5.02.0085
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ESTABILIDADE ACIDENTADA
Previsão: art. 118 da Lei 8.213/91
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem
garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,
após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Requisitos:
a) Afastamento por motivo de acidente;
b) Percepção de Auxílio Doença Acidentário.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖CONCEITO DE ACIDENTE DE TRABALHO
Previsão: art. 19 da Lei n. 8.213/91
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço de empresa ou de
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei,
provocandolesão corporal ou perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖CONCEITO DE ACIDENTE DE TRABALHO
Previsão: art. 19 da Lei n. 8.213/91
ATENÇÃO:
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e 
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa 
de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os 
riscos da operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os 
sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel 
cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o 
Regulamento.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖DOENÇAS QUE SE EQUIPARA A ACIDENTE DE
TRABALHO
Previsão: art. 20 da Lei n. 8.213/91
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade e constante da respectiva relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou
desencadeada em função de condições especiais em que
o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖DOENÇAS QUE SE EQUIPARA A ACIDENTE DE
TRABALHO
Previsão: art. 20 da Lei n. 8.213/91
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que
ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições
especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona
diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ACIDENTES QUE SE EQUIPARAM A ACIDENTE DE
TRABALHO
Previsão: art. 21 da Lei n. 8.213/91
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha
sido a causa única, haja contribuído diretamente para a
morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua recuperação;
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ACIDENTES QUE SE EQUIPARAM A ACIDENTE DE
TRABALHO
Previsão: art. 21 da Lei n. 8.213/91
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ACIDENTES QUE SE EQUIPARAM A ACIDENTE DE
TRABALHO
Previsão: art. 21 da Lei n. 8.213/91
III - a doença proveniente de contaminação acidental do
empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do
local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a
autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à
empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ACIDENTES QUE SE EQUIPARAM A ACIDENTE DE
TRABALHO
Previsão: art. 21 da Lei n. 8.213/91
IV – [...]
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo
quando financiada por esta dentro de seus planos para
melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou
deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ACIDENTES QUE SE EQUIPARAM A ACIDENTE DE
TRABALHO
Previsão: art. 21 da Lei n. 8.213/91
IV – [...]
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou
por ocasião da satisfação de outras necessidades
fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de
acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente
de outra origem, se associe ou se superponha às
consequências do anterior.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO
Previsão: art. 22 da Lei n. 8.213/91
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar
o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil
seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à
autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite
mínimo e o limite máximo do salário de contribuição,
sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada
pela Previdência Social.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem
formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade
sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer
autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto
neste artigo.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖JURISPRUDÊNCIA
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO.
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que
assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12
meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado
acidentado.
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o
afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do
auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a
despedida, doença profissional que guarde relação de
causalidade com a execução do contrato de emprego.
III – III - O empregado submetido a contrato de trabalho por
tempo determinado goza da garantia provisória de emprego
decorrente de acidente de trabalho prevista no n no art. 118 da
Lei nº 8.213/91.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ESTABILIDADE DOMEMBRO DA CIPA
Previsão: art. 10, inciso II, alínea a do ADCT da CF.
art. 165 da CLT.
Duração: Do registro da candidatura até um ano após o
término do mandato.
Presidente CIPA = designado pelo empregador (art. 164, §
5º, CLT = NÃO tem estabilidade
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ESTABILIDADE DOMEMBRO DA CIPA
Súmula nº 339 do TST
CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego
prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da
promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui
vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos
membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando
em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não
se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a
reintegração e indevida a indenização do período
estabilitário.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ Empregado Eleito Diretor de Cooperativa:
Art. 55 da Lei 5.764/71
• Duração: da candidatura até um ano após o
término do mandato.
• Estabilidade para os suplentes: não há,
consoante OJ n. 253 da SDI – I do TST.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ Representantes dos Empregados nas
Comissões de Conciliação Prévia
• Previsão: art. 625-B da CLT;
• Duração:até um ano após o término do
mandato.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Empregados Nomeados para representação
dos trabalhadores perante o Conselho
Curador do FGTS
• Previsão: art. 3º, §9º da Lei 8.036/90;
• Duração: da nomeação até um ano após o
término do mandato;
• Tutelados: titulares e suplentes;
• Demissão: falta grave – inquérito judicial.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ Empregados Nomeados para
representação dos trabalhadores perante
o Conselho Nacional de Previdência Social
• Previsão: art. 3º, §7º da Lei 8.213/91;
• Duração: da nomeação até um ano após o
término do mandato;
• Tutelados: titulares e suplentes;
• Demissão: falta grave – inquérito judicial.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
❖ Empregados Públicos: art. 173, II da CF;
• Não há estabilidade  súmula n. 390, II do
TST;
• Necessidade de motivação, princípio da
isonomia das formas OJ n. 247, SDI – I do
TST.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Dirigente Sindical:
Art. 8º da CF/88
VIII - é vedada a dispensa do empregado
sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Dirigente Sindical:
Art. 543
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou
associado, a partir do momento do registro de sua
candidatura a cargo de direção ou representação de
entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um)
ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive
como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente
apurada nos termos desta Consolidação.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Dirigente Sindical:
O dirigente sindical somente poderá ser
dispensado mediante inquérito judicial para
apuração de falta grave.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Dirigente Sindical:
Art. 494 - O empregado acusado de falta
grave poderá ser suspenso de suas funções,
mas a sua despedida só se tornará efetiva
após o inquérito e que se verifique a
procedência da acusação.
Parágrafo único - A suspensão, no caso deste
artigo, perdurará até a decisão final do
processo.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Dirigente Sindical:
SÚMULA Nº 379 DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA.
FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL. NECESSIDADE
O dirigente sindical somente poderá ser dispensado
por falta grave mediante a apuração em inquérito
judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Dirigente Sindical:
A CLT permite que seja concedida pelo juiz
liminar para a reintegração do empregado até
a decisão final do processo do inquérito
judicial para apuração de falta grave?
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
• Dirigente Sindical:
Art. 659, X da CLT
X - conceder medida liminar, até decisão final
do processo, em reclamações trabalhistas
que visem reintegrar no emprego dirigente
sindical afastado, suspenso ou dispensado
pelo empregador. (Iincluído pela Lei nº 9.270,
de 1996)
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Uma bibliotecária da Neoway Tecnologia Integrada e Negócios
Ltda., de Santa Catarina, dispensada logo após ter sido eleita vice-
presidente do recém-criado Sindicato dos Bibliotecários do Estado
de Santa Catarina, conseguiu a reintegração ao emprego, por
decisão da Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho.
A empregada informou que foi demitida sem justa causa logo após
ter participado da assembleia de fundação do sindicato, quando
houve a eleição dos dirigentes. O juízo de primeiro grau determinou
sua reintegração, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª
Região (SC) validou a rescisão contratual, entendendo que ela não
detinha a estabilidade provisória, porque os atos constitutivos da
entidade foram registrados no cartório posteriormente à dispensa.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Ela recorreu ao TST sustentando que foi eleita para a diretoria do
sindicato na data de criação da entidade, ainda que o registro no
cartório tenha ocorrido posteriormente.
Ao deferir a reintegração, o relator, ministro Cláudio Brandão,
observou que o processo de formação da entidade sindical é "ato
complexo, marcado por sucessivas ações da categoria profissional,
desde a iniciativa dos verdadeiros interessados - os trabalhadores
-, passando pela realização de reuniões preparatórias e
assembleias, até a formação de diretoria provisória encarregada
da materialização dos atos formais para validar a existência da
pessoa jurídica". É neste momento, a seu ver, que a estabilidade é
mais necessária para proteger os trabalhadores, devido à falta de
mobilização da categoria.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Formada a comissão provisória, esclareceu o relator, o
empregador deve demonstrar que a dispensa do empregado não
tem a finalidade de obstar a estabilidade, conforme prevê o artigo
499, parágrafo 3º, da CLT, aplicado por analogia. Por unanimidade,
A Turma anulou a dispensa e condenou a empresa a pagar à
bibliotecária os salários do período de afastamento, desde a data
da ruptura contratual até 12 meses após o término do mandato
de dirigente sindical.
Após a publicação do acórdão, a empresa interpôs embargos à
Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais, ainda não
examinados.
Processo: RR-1288-61.2011.5.12.0026
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Dispensa discriminatória
Súmula nº 443 do TST
DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO
PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU
PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO - Res. 185/2012,
DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
Presume-se discriminatória a despedida de empregado
portador do vírus HIV ou de outra doença grave que
suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o
empregado tem direito à reintegração no emprego.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
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Estabilidade
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve
decisão que determinou a reintegração de ex-gerente do Itaú
Unibanco S.A. portadora de transtorno afetivo bipolar. O Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) considerou a dispensa
discriminatória, principalmente devido à existência de atestado
médico que solicitou o afastamento da bancária a partir da data
em que ela foi demitida.
A trabalhadora foi admitida na instituição financeira em maio de
1989 e demitida em junho de 2011, quando exercia a função de
gerente executiva de negócios.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Ao acolher seu recurso contra decisão de primeiro grau que não
reconheceu o direito à reintegração, o Tribunal Regional ressaltou
que, mesmo não existindo norma legal que garanta estabilidade a
portador de doença psiquiátrica, a jurisprudência tem sido no
sentido de que é devida a reintegração quando houver "dispensa
arbitrária e discriminatória, devido à ausência de motivo disciplinar,
técnico, econômico ou financeiro".
O TRT não aceitou a alegação do banco de desconhecimento do
problema de saúde da bancária, pois ela afirmou, sem contestação,
ter sido procurada por uma assistente social ou psicólogo da
instituição em 2005, após ter sido feita de refém na agência durante
um assalto. Além disso, apresentou o atestado que pedia seu
afastamento por 60 dias, contados a partir da data da dispensa.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
Para o Regional, caberia ao banco encaminhá-la à Previdência Social
para início do auxílio previdenciário, e não dispensá-la. "Faltou ao
empregador sensibilidade e houve pouco acuro com a própria
função social que lhe é inerente", concluiu.
Para o desembargador Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha,relator na Primeira Turma do recurso de agravo de instrumento
interposto pelo banco, o Tribunal Regional condenou o Itaú a
reintegrar a bancária com base nos elementos de convicção
constantes no processo. Ele destacou, entre esses elementos, o
atestado médico que determinava o afastamento a partir do exato
dia de sua demissão. O desembargador não constatou violação
legal na decisão, requisito para o acolhimento do recurso.
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Para o Regional, caberia ao banco encaminhá-la à Previdência Social
para início do auxílio previdenciário, e não dispensá-la. "Faltou ao
empregador sensibilidade e houve pouco acuro com a própria
função social que lhe é inerente", concluiu.
Para o desembargador Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha,
relator na Primeira Turma do recurso de agravo de instrumento
interposto pelo banco, o Tribunal Regional condenou o Itaú a
reintegrar a bancária com base nos elementos de convicção
constantes no processo. Ele destacou, entre esses elementos, o
atestado médico que determinava o afastamento a partir do exato
dia de sua demissão. O desembargador não constatou violação
legal na decisão, requisito para o acolhimento do recurso.
Flávio Nunes - Professor
Estabilidade
PROJETO DE LEI N.º 5.221, DE 2013
Dá nova redação ao art. 476 da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,
para conceder estabilidade provisória ao portador de neoplasia.
Art. 476. Em caso de auxílio-doença, o empregado é considerado
em licença não remunerada, durante o prazo desse benefício.
Parágrafo único. Na hipótese de neoplasia, é garantida estabilidade
provisória ao trabalhador, durante o tratamento da doença,
independentemente de percepção de auxílio-doença, até o prazo de
doze meses após a alta médica.”

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