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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA JAMILE CASAIS MACHADO FERREIRA JOYCE CARVALHO SAMUEL LAURO CLAYTON DE CARVALHO BRACHTVOGEL LAYANNA SORAI DA SILVA SANTOS TALITA LORRANY LIMA COSTA LABORATÓRIO DE FÍSICA III: INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA E O TRANSFORMADOR Aracaju – SE Novembro/2019 Turma 3001 JAMILE CASAIS MACHADO FERREIRA JOYCE CARVALHO SAMUEL LAURO CLAYTON DE CARVALHO BRACHTVOGEL LAYANNA SORAI DA SILVA SANTOS TALITA LORRANY LIMA COSTA LABORATÓRIO DE FÍSICA III: INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA E O TRANSFORMADOR Relatório de experimento prático da turma 3001 na disciplina de Física Experimental III do curso das engenharias civil, mecânica e de produção, como requisito parcial para obtenção de nota da AV2. Orientador (a): Prof. Dr. Marcos Antonio Passos Chagas. Aracaju – SE Novembro/2019 Turma 3001 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4 2 OBJETIVO ............................................................................................................. 5 3 MATERIAL UTILIZADO ......................................................................................... 5 4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS.................................................................. 7 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 8 6 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 11 7 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 11 4 1 INTRODUÇÃO No ano de 1820, Hans Christian Oersted descobriu que havia uma relação entre os fenômenos elétricos e magnéticos. Observou que a passagem de corrente elétrica em um fio condutor poderia alterar a direção de alinhamento de algumas bússolas que haviam sido deixadas nas proximidades do fio. Permitiu compreender que a eletricidade e o magnetismo, até então independentes, são fenômenos da mesma natureza, possibilitando assim foi que se iniciaram os estudos sobre o eletromagnetismo. Com os avanços nos estudos pode-se entender que as correntes elétricas eram capazes de gerar campos magnéticos, essa teoria foi observada por Michael Faraday no ano de 1831, através de experimentos com aparatos que consistia em um anel de ferro envolvido em dois enrolamentos (bobinas) de fios de cobre, conectados a uma bateria e a um galvanômetro (dispositivo usado para medir corrente). Em seus muitos experimentos pode ser notado que quando se movimenta um imã em direção ao solenoide, uma corrente elétrica o percorre, descobrindo assim o princípio de indução eletromagnética, sendo o fenômeno responsável pelo surgimento de correntes elétricas em materiais condutores imersos em campos magnéticos, quando sujeitos a mudanças no fluxo de campo. As principais fórmulas de indução eletromagnética são a fórmula do fluxo de campo magnético e a lei de Michael Faraday e Heinrich Lenz, confira: ∅ = BAcosθ Onde: ∅ → fluxo magnético (Wb ou T/m²); B → campo magnético (T – Tesla); A → área (m²); θ → ângulo entre B e a área A. ϵ = ∆∅ ∆t Onde: ϵ → força eletromotriz induzida (V – Volts); ∆∅ → variação de fluxo magnético (Wb); ∆t → intervalo de tempo. 5 Não pode deixar de falar dos transformadores que funcionam com correntes elétricas alternadas e são constituídos de uma barra de ferro, geralmente em formato de U, envolta em duas bobinas, com diferentes números de espiras. Quando a corrente elétrica passa pelo primeiro enrolamento, um campo magnético é produzido pela bobina, sendo então concentrado e transmitido através da barra de fero. A segunda bobina, exposta ao campo magnético oscilante, gera um campo magnético induzido, contrário àquele que é transmitido pela barra de ferro. A diferença entre o número de espiras em cada um dos lados da barra de ferro faz com que a intensidade da corrente elétrica induzida seja diferente nas duas bobinas, no entanto, a potência elétrica em cada uma delas é a mesma. A fórmula utilizada para os transformadores é mostrada a seguir, confira: UP NP = US NS Onde: UP e US → tensões primária e secundária; NP e NS → número de espiras da bobina primária e secundária. Apesar de terem funções parecidas, existem diversos tipos de transformadores que atendem a diferentes necessidades. Confira alguns dos tipos mais comuns: Transformador de corrente, Transformador de potencial, Transformador de distribuição e Transformador de força. 2 OBJETIVOS Determinar a dependência funcional entre a tensão induzida no secundário e a tensão aplicada no primário de um transformador e, a relação entre o número de espiras do primário e do secundário. 3 MATERIAIS UTILIZADOS Os materiais utilizados na aula foram: Fonte de corrente alternada (Figura 1), núcleo de ferro em forma de “U” (Figura 2), multímetros (Figura 3), bobinas (Figura 4) e cabos (Figura 5). 6 Figura 1 – fonte de corrente alternada. Figura 2 – núcleo de ferro em forma de “U”. Figura 3 – multímetros. 7 Figura 4 – bobinas. Figura – cabos. 4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Inicialmente, tem-se à bancada de experimento de Física III, os materiais necessários para realizar o experimento relacionado à Transformadores. Para dar início ao experimento, os operadores possuiam dois multímetros conectados ao sistema, um de entrada e o outro de saída. Para a primeira parte do experimento, foi escolhida uma das bobinas para ser fixada até o final de todas as trocas das bobinas de saída. Foram utilizadas bobinas de 800, 600, 400 e 200 espiras para as aferições, então liga-se a fonte de tensão (multímetro adaptado para a função voltímetro) e mediu-se as tensões em ambas as fontes para a bobina fixada, nessa primeira parte foi a de 800 espiras que estava fixa na entrada do sistema. Dando continuidade, desligou-se a fonte para a retirada da bobina que não estava fixa, na saída do sistema. Em seguida trocou-se a bobina de saída com um número diferente de espiras da inicial colocada, ligaram-se as fontes de tensão para realizar a coleta dos 8 valores para a segunda bobina utilizada e por fim o mesmo procedimento repetiu-se para a última bobina que restava ser utilizada no sistema. Tendo terminado a primeira parte do experimento, os operadores agora desligam todas as fontes de alimentação do sistema e agora selecionam uma bobina qualquer, das utilizadas anteriormente, para ser fixada na saída do sistema e mais uma vez analisar os valores de tensões experimentais obtidas. Começando a segunda parte do experimento, após escolher uma das bobinas a ser fixa na saída do sistema, sendo essa a de 200 espiras, agora os operadores selecionam as outras boninas a serem postas na estrada do sistema, estas, desta vez, serão completamente removíveis ao longo das análises de tensão. Selecionou-se a primeira bobina para a entrada do sistema e ligaram-se as fontes de alimentação (voltímetros) para a coleta dos dados de tensão. O mesmo procedimento foi repetido para as últimas duas bobinas restantes para o experimento. Ao final, todos os valores foram anexos às tabelas e agora os operadores devem verificar a diferença entre as tensões obtidas na prática e as tensões calculadas teoricamente. Vale lembrarque todas as trocas entre as bobinas tanto de entrada, quanto de saída do sistema foram realizadas desligando previamente todas as fontes de alimentação, para evitar danos à aparelhagem e também aos operadores. 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Tabela 1: número de espiras e medidas de tensão no primário e no secundário do transformador. Tensão no primário (U1): 12,68 V Número de espiras (n) da Bobina 1 (primária): 800 Número de espiras (n) Tensão no secundário (U2) - experimental Tensão no secundário (U2) - teórica Bobina 2 (secundária) 200 3,08 3,17 Bobina 3 (secundária) 400 6,20 6,34 Bobina 4 (secundária) 600 9,27 9,53 Os valores da tensão teórica no secundário foram obtidos através da seguinte equação: NP NS = UP US 9 Onde: NP → número de espiras primárias; NS → número de espiras secundárias; UP → tensão primária (de entrada); US → tensão secundária (de saída). - Para a bobina 2 (secundária), com n = 200: 800 200 = 12,68 Us ∴ 4 = 12,68 Us ∴ Us = 12,68 4 ∴ Us = 3,17 V - Para a bobina 3 (secundária), com n = 400: 800 400 = 12,68 Us ∴ 2 = 12,68 Us ∴ Us = 12,68 2 ∴ Us= 6,34 V - Para a bobina 4 (secundária), com n = 600: 800 600 = 12,68 Us ∴ 1,33 = 12,68 Us ∴ Us = 12,68 1,33 ∴ Us= 9,53 V Tabela 2: tensão no secundário em relação a tensão no primário do transformador. Tensão no primário (U1): 12,6 V Número de espiras (n) da Bobina 1 (secundária): 200 Bobina 1 (secundária) Bobina 2 (primária) / 400 espiras Bobina 3 (primária) / 600 espiras Bobina 4 (primária) / 800 espiras Tensão no secundário (U2) - experimental 6,11 4,06 3,05 Tensão no secundário (U2) - teórica 6,3 4,2 3,15 Nesta segunda parte do experimento, a tensão teórica foi calculada pelo mesmo método. - Para a bobina 2 (primária), com n = 400: 400 200 = 12,6 Us ∴ 2 = 12,6 Us ∴ Us = 12,6 2 ∴ Us = 6,3 V - Para a bobina 3 (primária), com n = 600: 600 200 = 12,6 Us ∴ 3 = 12,6 Us ∴ Us = 12,6 3 ∴ Us = 4,2 V - Para a bobina 4 (primária), com n = 800: 800 200 = 12,6 Us ∴ 4 = 12,6 Us ∴ Us = 12,6 4 ∴ Us = 3,15 V 10 Ao fazer a análise das tabelas 1 e 2, e comparar os valores das tensões experimental e teórica, fica perceptível que os valores obtidos foram relativamente próximos, ou seja, a margem de erro entre elas é bem pequena. Em ambas as tabelas, os dados apresentam o exemplo de transformadores rebaixadores de tensão, pois o número de espiras do secundário é menor que no primário, fazendo com que a indução magnética seja menor e, consequentemente, reduza a tensão elétrica. Exemplos de sua utilização no cotidiano podem ser encontrados, como o carregador portátil de celular. Caso a quantidade de espiras secundárias fosse maior, ocorreria a elevação de tensão devido ao aumento da indução magnética. Seu uso pode ser visto em elevadores domésticos com tensão de 110V para 220V. Na primeira parte do experimento, ao variar o número de espiras das bobinas no secundário, a tensão foi maior à medida que a quantidade de espiras aumentava, obedecendo a uma relação proporcional. Já na segunda parte do experimento, variando o número de espiras das bobinas no primário, a tensão no secundário diminuía à medida que a quantidade de espiras aumentava, ou seja, a relação entre elas é inversamente proporcional. O funcionamento de um transformador é baseado na criação de uma corrente induzida no secundário, a partir da variação de fluxo gerada pelo primário. Os transformadores possuem um alto rendimento, ou seja, a perda é mínima. Sendo assim, a potência de entrada (P1) é aproximadamente igual à potência de saída (P2). P1= UP.IP / P2= US.IS Considerando que P1= P2, conclui-se que a equação que relaciona a corrente ao número de espiras é: UP.IP= US.IS IP IS = US UP Como: US UP = NS NP , têm-se: IP IS = NS NP As correntes são inversamente proporcionais tanto às tensões quanto ao número de espiras correspondentes. 11 6 CONCLUSÃO Durante a prática sobre indução eletromagnética e transformador, foi possível observar que os valores obtidos experimentalmente se aproximaram dos valores teóricos, comprovando assim o êxito do experimento. Foi visto também que existem relações de proporcionalidade, primeiramente entre o número de espiras e a tensão, que foi tanto inversa quanto diretamente proporcional, e depois entre o número de espiras e a corrente, que foi somente inversamente proporcional. Por fim foram citados exemplos da utilização de transformadores rebaixadores e elevadores de tensão no cotidiano. Dessa forma, diante dos fatos expostos, foi possível entender um pouco sobre o funcionamento do transformador elétrico e a importância de tais conceitos no dia a dia. 7 BIBLIOGRAFIA BRUM, Bruno; “Transformadores”, Info Escola; disponível em: <https://www.infoescola.com/eletricidade/transformadores/>; acesso em 07/11/2019. HELERBROCK, Rafael; "Indução eletromagnética", Brasil Escola; disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-inducao-eletromagnetica.htm>; acesso em 09/11/2019. HELERBROCK, Rafael; "O que é um transformador?", Brasil Escola; disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-um- transformador.htm>; acesso em 09/11/2019. MORAES, Everton; “Trafo: Transformador Monofásico”, Sala da elétrica; disponível em: <https://www.saladaeletrica.com.br/trafo-monofasico/>, acesso em 05/11/2019. SANTOS, Marco Aurélio da Silva; "Fluxo Magnético e a Lei de Faraday", Brasil Escola; disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/fluxo-magnetico- lei-faraday.htm>; acesso em 09/11/2019. SANTOS, Marco Aurélio da Silva; “O transformador de tensão”, Mundo Educação”; disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/o- transformador-tensao-1.htm>; acesso em 07/11/2019.
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