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casos Tributário

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Caso concreto 1
Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia
Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de
votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição ?
ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste
conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta
compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida
provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta
argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se:
Quais seriam estes argumentos?
 O argumento é de que não se admite edição de medida provisória em matéria orçamentária por expressa vedação constitucional salvo os adicionais extraordinários.
Pode o governador editar medida provisória?
Pode mas tem que ter expressa previsão na constituição estadual pois não se aplica por simetria.
Cabe medida provisória em Direito Financeiro.
 Sim pois não há vedação expressa na constituição sobre seu cabimento no direito financeiro portanto não versando sobre orçamento ou na matéria reservada na lei complementar caberia.
Obj. D
Caso concreto 4
Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de regular a cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito à atividades do contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos segurados que prestem serviço às empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores (incidentes sobre o seu
salário-de-contribuição), incidentes sobre o faturamento e lucro das empresas e sobre a
receita de concursos de prognósticos. Estas contribuições são, por lei, designadas de
contribuições sociais. A mesma lei que as institui estabelecia um prazo de dez anos para a
apuração e constituição dos créditos da seguridade social. Sabendo que normas gerais do
Direito Tributário são reservadas pela Constituição para lei complementar, identifique e
analise o dispositivo, tendo para tanto a compreensão da natureza da cobrança realizada
e, portanto, o ordenamento jurídico específico ao qual está submetida.
 As contribuições sociais são em verdade contribuições especiais e, portanto uma espécie tributária. Como tal se submete a norma geral em matéria tributária que é o CTN. Tal norma tem o status de lei complementar (Art. 146, III da CR) e prevê prazo máximo para apuração e constituição do crédito de 5 anos. Desta forma a lei em apreço não pode alterar tal prazo máximo para 10 anos já que se trata de uma L.O. (Súmula Vinculante 08).
Obj. D
Caso concreto 5
A União através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve
fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. Comente a
legalidade e a Constitucionalidade da referida lei.
Não. Está isenção viola o Princípio da vedação heterônoma a referida lei é inconstitucional. Tal vedação admite algumas exceções, ISSQN exportação, ICMS exportação e tratados internacionais contudo nenhuma delas é a do caso concreto: A União pode conceder tratamento diferenciado para o ICMS estadual, contudo tal tratamento deve ser feito por lei complementar.
Obj. C
Caso concreto 6
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo
em função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na fonte pelo órgão ao
qual pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a
competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se
procede a alegação do Estado.
De fato o IR é Tributo de competência da União. Entretanto, por determinação constitucional (Art. 157,I e 158, I CR) o IR retido na fonte de servidor estadual fica para o próprio Estado não havendo repasse para a União. Assim o indevido se encontra nos cofres do Estado, tornando o legitimado para demanda pretendida (Súmula 447 STJ).
Obj. (3; 1; 2; 1; 3; 2; 2).
(Art. 158 CR; 157, II CR; 158, II CR; 158, I, a CR; 158, IV CR; 159, I, b CR; 153, $5, II CR).
Caso concreto 7
Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de inconstitucionalidade contra emenda constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer movimentação financeira, inclusive as realizadas por pessoas jurídicas de direito público e que entraria em vigor imediatamente. Incialmente, os argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, a saber a imunidade recíproca (vedação à imposição de impostos entre os entes federativos) e anterioridade (obrigatoriedade de aguardar até o exercício financeiro para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma preliminar questionada: a possibilidade de se questionar a constitucionalidade de dispositivo constitucional. Analise a questão e indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal.
É possível o controle de constitucionalidade de norma constitucional quando esta norma for fruto do poder constituinte derivado.

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