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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – POLO UNIVERSITÁRIO DE 
VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
– PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do 
Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
Avaliação a Distância- ADI 
Período – 2019/2 
 
 
 
Disciplina: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E COMERCIAL 
 
 
 
 
 
 
ALUNO: CAIO CORRÊA GOMES GUERRA BAPTISTA 
MATRÍCULA: 17213110165 
Polo: Itaocara-RJ 
 
 
 
Aula 4 
1. Após estudar atentamente a evolução histórica do Direito Empresarial 
(p.17), discorra sobre as fases de transição dele e aborde suas 
peculiaridades. 
 
R: A evolução histórica do Direito Empresarial se divide em três períodos: 
Primeiro período, primeiras noções de direito empresarial nascem com os 
primeiros grupos humanos. Nasce dos conflitos gerados entre as pessoas e as 
trocas, ainda não estruturadas como se entende hoje como comércio. Alguns 
registros da existência dessas normas são verificados no Alcorão, no Código 
de Hamurabi, na Bíblia e outros escritos antigos. 
A partir do século XI na Idade Média, que começou a sistematização desse 
direito pela necessidade dos mercadores unificarem as regras do seu ofício 
pela falta de um poder centralizado. Este período foi regido pelo entendimento 
da chamada Teoria Subjetivo-corporativista que durou até o séc. XVII. Essa 
teoria era baseada no corporativismo classista, focado na pessoa do mercador, 
do sujeito que praticava o ofício, e seus conflitos eram resolvidos pelos 
cônsules. 
Na idade Moderna após a Revolução Francesa, durante o liberalismo 
econômico,tendo como marco inicial o Código Comercial Frances em1808, 
aplicado a qualquer um que praticasse os atos previstos em lei independente 
de classe, tanto no comércio quanto na indústria e outras atividades 
econômicas. A Teoria Objetiva, que ora surgia tirava o foco da lei da pessoa do 
comerciante para o ato de comércio. Esse período durou até final do séc. XIX. 
Com a dificuldade de se enquadrar todas as atividades econômicas que foram 
surgindo com o passar dos tempos surge a então vigente Teoria da Empresa, 
esse entendimento tira o foco então dos atos de comércio para a empresa. 
Adotando o termo “Empresa”, inclui outras atividades econômicas que antes 
não eram contempladas, como atividades bancárias, pelo período anterior. 
Esse período teve início com a criação do Código Comercial Alemão em 1987 
e foi fortalecido pelo Código Civil Italiano em meados do séc. XX. 
 
2. Disserte sobre a evolução histórica do Direito Empresarial Brasileiro. 
 
R: O Brasil foi desde seu início uma colônia de exploração e do seu 
descobrimento até1808 viveu sob essa dominação. Era vigente na colônia o 
Pacto Colonial que trazia sob o monopólio da metrópole toda a comercialização 
do produto da exploração do pau-brasil, do açúcar e do ouro e ainda regras 
severas paraa produção de manufaturados fabricados na colônia. Ou 
importados de outra origem diversa à metrópole. 
No sec. XIX, a família real em face das conquistas de Napoleão, se viu 
obrigada a se refugiar no Brasil que com esse fato foi elevado a Reino Unido 
de Portugal e Algarves. A presença real no Brasil trouxe muitos progressos 
para a antiga colônia. Em 1832 foi constituída uma comissão para a elaboração 
de um código comercial, em 1934 essa comissão apresentou o documento ao 
congresso que só promulgou o primeiro Código do Comércio brasileiro em 
1850, a lei 556, influenciado pela teoria objetiva. 
O Código Comercial Brasileiro, criado em 1850, com suas limitações em face 
às mudanças que foram surgindo, foi se adaptando através de alterações que 
não mais atendiam às necessidades das relações econômicas que surgiam. 
Em 2002 com a aprovação do novo Código Civil Brasileiro foi revogado, em 
grande parte o anterior Código de Comércio, adotando enfim a Teoria da 
Empresa. Teoria essa que tem foco na empresa. 
 
3. Faça um quadro relacionando as Pessoas Jurídicas de Direito Público 
Externo, Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno e Pessoas 
Jurídicas de Direito Privado. E após o quadro conceitue as pessoas 
jurídicas. 
 
R: 
Pessoas Jurídicas de Direito Público 
Externo 
Países soberanos, Santa Sé e 
Organizações Internacionais 
Pessoas Jurídicas de Direito Público 
Interno 
Administraçã o Pública Direta (União, 
Distrito Federal, Estados, Municípios) 
e Administração Pública Indireta 
(Autarquias, Fundações Públicas, 
Agências Reguladoras e Agências 
Executivas). 
 
Pessoas Jurídicas de Direito Privado Fundações Particulares, Associações, 
Organizações Religiosas, Sociedades 
Civis ou Simples, Sociedades 
Comerciais ou Empresariais, Partidos 
Políticos, e Entidades Estatais 
(Empresa Pública e Sociedade de 
Economia Mista) 
 
 
 
4. Fatos, atos e negócios jurídicos. Dê um exemplo para cada modalidade. 
 
R: Fatos jurídicos são acontecimentos naturais ou humanos que podem 
produzir efeitos jurídicos. Ex: Um alagamento, um incêndio. O Ato Jurídico 
pode ser considerado as ações humanas, em que a atividade da pessoa se alia 
à vontade de produzir as conseqüências jurídicas oriundas do mandamento 
legal. Rodrigues (2011, p.36). Ex: Casamento. Já o Negócio Jurídico 
caracteriza-se pela maior liberdade de deliberação das partes, na fixação dos 
termos e das decorrências jurídicas. Rodrigues (2011, p.36). Ex: Contrato de 
compra e venda. 
 
 
 
5. Discorra sobre a natureza jurídica das pessoas coletivas. 
 
R: sobre a natureza jurídica das pessoas coletivas, quatro teorias se destacam: 
1. Teoria da Ficção legal, a qual entende que a pessoa jurídica seria uma 
ficção, uma mera criação artificial da lei, pois só o ser humano é de fato sujeito 
de direito; 2. Teoria da Equiparação: quer entender que a pessoa moral é um 
patrimônio equiparado no seu tratamento jurídico às pessoas físicas; 3.Teoria 
da Realidade objetiva ou orgânica, admite que há junto às pessoas naturais 
(organismos físicos) organismos sociais, constituídos pelas pessoas jurídicas, 
que têm existência e vontade própria distinta da de seus membros, com 
finalidade atingir um objetivo social; e, 4. Teoria da realidade das instituições 
jurídicas: estabelece, a partir da conjugação das teorias anteriores, com 
extrema propriedade que a pessoa moral é uma realidade jurídica. (DINIZ, 
2005, p. 518). 
 
Aula 5 
6. Conceitue direito empresarial e disserte sobre o seu surgimento. 
 
R: Segundo Diniz (2005, p. 274), direito empresarial é o conjunto de normas 
que regem a atividade empresarial; porém, não é propriamente um direito dos 
empresários, mas sim um direito para a disciplina da atividade econômica 
organizada para a produção e circulação de bens ou de serviços; [Então,] [...] 
para o ato ser regulado pelo direito comercial, não é preciso seja praticado 
apenas por empresários, basta que se enquadre na configuração de atividade 
empresarial. O direito comercial, empresarial ou mercantil disciplina não 
somente a atividade do comerciante, mas também indústrias, bancos, 
transportes e seguros. 
Já para Ramos (2008, p. 50), o Direito Empresarial consiste no regime jurídico 
especial destinado à regulação das atividades econômicas e dos seus agentes 
produtivos. Na qualidade de regime jurídico especial, completa todo um 
conjunto de normas específicas que se aplicam aos agentes econômicos, hoje 
chamados de empresários. 
 
7. Identifique o "proprietário" de um estabelecimento comercial e 
entreviste-o. Procure saber quais os Livros relacionados ao 
estabelecimento dele são obrigatórios equais são facultativos. Confira 
com o que você aprendeu. 
 
R: 
 
 
8. Diferencie empresário individual e sócios. Em seguida, responda a estes 
questionamentos: O sócio exerce a empresa? Por que? Justifique sua 
resposta. 
 
R: Empresário individual é a pessoa física que desenvolve atividade econômica 
organizada para produção e/ou circulação de bens e prestação de serviços. Já 
sócio diz respeito ao empreendedor ou ao investidor (acionista ou cotista), que 
não exerce empresa, atividade que cabe à sociedade empresarial. 
 
9. Analise, de forma minuciosa, os requisitos necessários para o exercício 
da empresa pelo empresário individual. 
 
R: Dentre as obrigações estritamente impostas pela legislação empresarial, 
destacam-se as relativas ao devido registro da empresa junto aos órgãos 
competentes; à regular escrituração e guarda dos livros empresariais; à 
elaboração de balanço patrimonial periodicamente, no mínimo anual; as 
concernentes ao nome comercial, ao estabelecimento empresarial e ao ponto 
comercial; à observação e respeito às regras de livre concorrência e 
inviolabilidade da propriedade industrial, entre outras. 
 
10. Tomamos conhecimento das obrigações dos empresários e dos 
registros de interesse da empresa por meio dos sites indicados na 
página 52. Servindo-se deles destaque alguns requisitos legais para o 
Registro do Comércio e Registro da Propriedade Industrial. 
 
R: Para o registro do comércio, a matrícula, que consiste no registro dos 
auxiliares do comércio; o arquivamento, que consiste no registro relativo à 
constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais e 
sociedades mercantis; a autenticação de escrituração e documentos mercantis 
refere-se ao livro mercantil, que deve ser levado à Junta Comercial para ser 
autenticado; e o assentamento de usos e costumes comerciais, entre outras 
atribuições. O Registro da Propriedade Industrial, conforme Lei n. 9.279/96, 
prevê que as invenções, modelos de utilidade, desenhos industriais, marcas, 
patentes e outros bens incorpóreos são tutelados por meio do chamado 
Registro da Propriedade Industrial. Art. 22. O pedido de patente de invenção 
terá de se referir a uma única invenção ou a um grupo de invenções inter-
relacionadas de maneira a compreenderem um único conceito inventivo. 
 Art. 23. O pedido de patente de modelo de utilidade terá de se referir a um 
único modelo principal, que poderá incluir uma pluralidade de elementos 
distintos, adicionais ou variantes construtivas ou configurativas, desde que 
mantida a unidade técnico-funcional e corporal do objeto. 
 Art. 24. O relatório deverá descrever clara e suficientemente o objeto, de 
modo a possibilitar sua realização por técnico no assunto e indicar, quando for 
o caso, a melhor forma de execução. 
 Parágrafo único. No caso de material biológico essencial à realização 
prática do objeto do pedido, que não possa ser descrito na forma deste artigo e 
que não estiver acessível ao público, o relatório será suplementado por 
depósito do material em instituição autorizada pelo INPI ou indicada em acordo 
internacional. 
 Art. 25. As reivindicações deverão ser fundamentadas no relatório 
descritivo, caracterizando as particularidades do pedido e definindo, de modo 
claro e preciso, a matéria objeto da proteção. 
 Art. 26. O pedido de patente poderá ser dividido em dois ou mais, de ofício 
ou a requerimento do depositante, até o final do exame, desde que o pedido 
dividido: 
 I - faça referência específica ao pedido original; e 
 II - não exceda à matéria revelada constante do pedido original. 
 Parágrafo único. O requerimento de divisão em desacordo com o disposto 
neste artigo será arquivado. 
 Art. 27. Os pedidos divididos terão a data de depósito do pedido original e 
o benefício de prioridade deste, se for o caso. 
 Art. 28. Cada pedido dividido estará sujeito a pagamento das retribuições 
correspondentes. 
 Art. 29. O pedido de patente retirado ou abandonado será 
obrigatoriamente publicado. 
 § 1º O pedido de retirada deverá ser apresentado em até 16 (dezesseis) 
meses, contados da data do depósito ou da prioridade mais antiga. 
 § 2º A retirada de um depósito anterior sem produção de qualquer efeito 
dará prioridade ao depósito imediatamente posterior. 
 
 Atenção, todas as citações devem conter a fonte em referências 
bibliográficas. As respostas fazem parte do material de estudos para 
avaliação presencial. Prazo de entrega 01/09/2019 às 23h55min. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
RODRIGUES, Luis Antônio Barroso. Livro texto da disciplina Direito 
Empresarial- Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/ 
UFSC;Brasília: CAPES: UAB, 2011. 
 
interesse da empresa e sua legislação, veja a Lei n.8.934/94. Disponível 
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8934.htm>. Acesso em: 28 
ago.2019 
 
Lei 9.279/96. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9279.htm>. Acesso em: 28 ago. 
2019

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