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Filosofia da Educação Profa. Dra. Marta Amaral Aula 1 Filosofia da Educação OBJETIVOS DA AULA • Explicar a diferença entre mito e filosofia • Explicar em que sentido o pensamento filosófico rompe com a tradição mítica • Identificar os fatores culturais, políticos, econômicos e sociais que contribuíram para o surgimento da Filosofia grega 3 O que é um mito? • Mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa • Deriva da palavra grega, mythos, e de dois verbos: mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para outros) e mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear, designar) A formação do Mito 4 Como acontece a disseminação dos mitos na Grécia? • Os ouvintes recebem como verdadeira a narrativa, porque confiam naquele que narra • É uma narrativa feita em público baseada na autoridade e confiabilidade do narrador • A autoridade vem do fato de que ele ou testemunhou diretamente o que está narrando ou recebeu a narrativa de quem testemunhou os acontecimentos narrados Disseminação do Mito 5 Quem narra o mito? • Poeta-rapsodo • Acredita-se que o poeta é um escolhido dos deuses, que lhe mostram os acontecimentos passados e permitem que ele veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa transmiti-la aos ouvintes • Sua palavra - o mito - é sagrada porque vem de uma revelação divina. Por isso, o mito é incontestável e inquestionável Narração do Mito 6 • Séculos VIII e IX a.C., a Hélade viveu o período Homérico • Homero - poeta, considerado o autor das epopeias Ilíada e Odisseia • Compilações de mitos e lendas populares e determinaram a educação grega • Pedagogia grega - baseada no aprendizado moral e psicológico derivado da gramática e da retórica. Principais atividades: ouvir, ler e decorar versos das epopeias homéricas Homero e pedagogia grega 7 • As obras de Homero formaram o homem grego e influenciaram gerações futuras de poetas, como Virgílio, poeta latino do início do Império Romano que escreveu Eneida • Influenciaram Alexandre Magno, imperador da Macedônia. Alexandre sempre era visto com os escritos de Ilíada e considerava-se um herdeiro direto do herói Aquiles Mito e educação na Grécia 8 A Filosofia nasceu por meio da transformação gradual dos mitos gregos ou de uma ruptura radical com eles? • Data e local de nascimento: final do século VII e início do século VI a.C, nas colônias gregas da Ásia Menor (Jônia), na cidade de Mileto • Primeiro filósofo - Tales de Mileto • Conteúdo: cosmologia – cosmos: mundo ordenado e organizado e logia, Logos: pensamento racional, discurso racional, conhecimento Nascimento da Filosofia 9 1. O que tornou possível o surgimento da Filosofia na Grécia no início do século VI a.C? 2. Quais as condições materiais, isto é, econômicas, sociais, políticas e históricas que permitiram o surgimento da Filosofia? • As viagens marítimas • A invenção do calendário • A invenção da moeda • O surgimento da vida urbana Condições históricas para o surgimento da filosofia na Grécia 10 • A invenção da escrita alfabética • A invenção da política – introduz 3 aspectos novos e decisivos para o nascimento da Filosofia Grega: 1. A ideia da lei como expressão da vontade de uma coletividade que decide o que é melhor para si 2. O surgimento de um espaço público que promove um discurso diferente do mito 3. A política que estimula um pensamento e um discurso não formulados por seitas ou mitos mas é público Condições históricas para o surgimento da filosofia na Grécia 11 • Exigência de que o pensamento apresente suas regras de funcionamento - o filósofo é aquele que justifica suas ideias provando que segue regras universais do pensamento. Quando uma contradição aparecer numa exposição filosófica, ela deve ser considerada falsa • Recusa de explicações preestabelecidas - exigência de que, para cada problema, seja investigada e encontrada a solução própria exigida por ele Traços principais da Filosofia nascente 12 • Tendência à racionalidade - a razão e somente a razão, com seus princípios e regras, é o critério da explicação de alguma coisa • Tendência a oferecer respostas conclusivas - colocado um problema, sua solução é submetida à análise, à crítica, à discussão e à demonstração, nunca sendo aceita como uma verdade, se não for provado racionalmente que é verdadeira. Traços principais da Filosofia nascente 13 • Tendência à generalização - mostrar que uma explicação tem validade para muitas coisas diferentes • Atitude filosófica – capacidade de tomar distância das ideias do senso comum e começar a fazer indagações a si mesmo, desejando conhecer por que cremos no que cremos, por que sentimos o que sentimos e o que são nossas crenças e nossos sentimentos Traços principais da Filosofia nascente 14 • A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana • Jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido O que é Filosofia? 15 • A noção de physis • A causalidade interpretada em termos estritamente naturais • O conceito de arche ou elemento primordial • A concepção de cosmos (o universo racionalmente ordenado) • A noção de logos – racionalidade deste cosmo e explicação racional • Caráter crítico dessas teorias – sujeitas à discussão evitando o dogmatismo A Filosofia rompe com o pensamento mítico 16 • “Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações” • A atitude crítica ou filosófica: 1. Negativa - dizer não ao senso comum, aos pré- conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às ideias da experiência cotidiana, ao que “todo mundo diz e pensa”, ao estabelecido • Positiva - interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos Para que serve a Filosofia? 17 Diferenças entre Mito e Filosofia Mito Filosofia • Relato que oferece uma explicação definitiva • Não precisa de justificativa • Justifica uma sociedade, uma cultura, um costume... • Não existe para ser criticado ou discutido • Não precisa ser apresentado por meio de argumentações • É simplesmente comunicado pelos arautos dos deuses • É uma narrativa que não oferece explicação definitiva, já que a discussão é própria da filosofia • A filosofia sempre precisa se justificar • O próprio ato de filosofar já implica a apresentação de uma justificativa daquilo que vai ser dito • Está sujeita à crítica por ser um processo baseado na experiência e/ou no raciocínio lógico 18 Quadro sinótico • O mito como explicação do real por meio de elementos sobrenaturais e misteriosos. • O mito passa a ser considerado insatisfatório para as explicações cotidianas • Os primeiros filósofos começam a buscar explicações racionais para explicar os fenômenos naturais • Passagem do pensamento mítico- religioso ao pensamento filosófico- científico, representando o surgimento da filosofia na Grécia antiga (séc. VI a.C) • Ruptura entre essas duas formas de pensamento como resultante de transformações na sociedade grega da época, com especial destaque para a atividade comercial • O surgimento do pensamento filosófico nas colônias jônicas devido ao grande contato social e difusão cultural de vários povos • O novo pensamento filosófico possui características centrais que rompem com a narrativa mítica 19 • CHAUÍ, Marilena. O que é Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. • MARCONDES, Danilo. Iniciação à Históriada Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 6.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. • JAEGER, Werner. Paideia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1994. Referências 20 Sugestão de vídeo Sabedoria e Antiguidade: Gregos [Dublado] Documentário Discovery Civilization Mito e Filosofia Marta Teixeira do Amaral Montes Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7207700111214487 Pós doutoranda em Educação pela UFRJ, Doutora em Educação pela UFRJ. Mestre em Educação pela UNESA, Pós-Graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Cândido Mendes e Educação a distância pela UNISEB. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense - UFF. Professora da Universidade Estácio de Sá e Consultora em T&D. Professora de pós-graduação na área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Tutora em cursos a distância de graduação e pós-graduação. Pesquisadora no Programa Pesquisa e Produtividade da Universidade Estácio de Sá. Pesquisadora na linha de ética e educação e aprendizagem colaborativa com foco na docência online pela UFRJ.Conteudista de disciplinas de cursos de graduação e pós-graduação a distância em Educação e Gestão de Pessoas. Título do tema da aula Filosofia da Educação Profa. Dra. Marta Amaral Aula 2 23 • Compreender o novo marco da Filosofia Antiga iniciada por Sócrates • Identificar as ideias fundamentais dos filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles • Conhecer os conceitos fundamentais da metafísica platônica e aristotélica. Objetivos da aula 24 A Filosofia na Grécia Antiga Pré-socráticos Platão Aristóteles SÓCRATES 25 • Precisa se perguntar sobre a natureza (physis) • Querer entender a origem (arché): a origem das coisas, o princípio delas • Divisão das escolas do pensamento por meio dos problemas que discutiam: ✓ Escola Jônica ✓ Escola Itálica ✓ Escola Eleática ✓ Escola Atomística O que é ser um pré-socrático? 26 Escolas pré-socráticas • Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso • Arché: água, ar, fogo Jônica • Pitágoras de Samos • Arché: os númerosItálica Eleática • Leucipo, Demócrito e Epicuro • Arché: vários elementos que formam as coisas. ÁtomoAtomística • Xenófanes, Parmênides e Zenão • Arché: Um – Ser-Absoluto 27 Qual era a preocupação de Sócrates? (469-399 a.C) ✓Como disse Cícero, coube ao grego "trazer a filosofia do céu para a terra" ✓Concentrou a filosofia no homem e em sua alma (psique) ✓A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem mbhel Destacar 28 Qual era a preocupação de Sócrates? (469-399 a.C) ✓Concebia um homem dual: alma e corpo ✓Maiêutica: consiste em fazer perguntas e analisar as respostas de maneira sucessiva até chegar à verdade ou contradição do enunciado. Estimula o pensamento a partir daquilo que não se conhece “Só sei que nada sei” mbhel Destacar 29 Qual era a preocupação de Sócrates? (469-399 a.C) Preocupação Moral Razão Verdade Conceito Verdade universal Homem Alma e Espírito Virtudes levam à excelência e à perfeição Método Maiêutica Conhece-te a ti mesmo 30 A maiêutica na sala de aula ✓Técnica é pedagógica e didática ✓Todos carregam dentro de si o saber, sem saber ✓O questionamento traz a reflexão e a compreensão do que é real ✓O professor faz uma série de perguntas mas não apresenta respostas diretamente. Estimula o aluno a buscar em sua mente a sabedoria e as respostas para as questões mbhel Destacar 31 A maiêutica na sala de aula ✓Por meio de perguntas a mente consegue encontrar, em si mesma, a verdade ✓O método socrático induz uma pessoa a formular conceitos latentes através da dialética ou da sequencia lógica de perguntas 32 Qual era a preocupação de Platão? (428-347 a.C) Preocupação 1ª fase: Defesa de Sócrates Diálogos Ideias próprias Bom, Belo, Grande Homem Corpo e Alma Teoria do conhecimento: Mundo das ideias e sensível Filosofia Dialética Verdade e o Ser Reminiscência Ética 33 Platão ✓Distingue 2 formas de conhecimento: 1. Sensível - crença e opinião 2. inteligível ou intelectual - raciocínio ✓O conhecimento sensível deve ser afastado da Filosofia por ser ilusório ou das aparências (Mito da Caverna) ✓O inteligível deve ser considerado válido pois o raciocínio treina e exercita nosso pensamento para alcançar a essência que formam a realidade ou que constituem o Ser 34 Platão • As ideias não são materiais mas reais e perfeitas, por isso são eternas • Os sentidos captam apenas cópias das ideias (formas) perfeitas • Teoria do conhecimento: ✓ Conhecer é relembrar as ideias do “mundo inteligível” contempladas pela alma antes de se tornar prisioneira num corpo ✓ A ideia é o ideal a ser alcançado 35 Platão . Crença e opinião Alcança a mera aparência das coisas Sensível Raciocínio e intuição Alcança o Ser e a verdade Inteleligível 36 Qual era a preocupação de Aristóteles? (384-322 a.C) ✓Problema fundamental: o ser ✓A filosofia aristotélica é conceitual como a de Platão mas parte da experiência ✓Silogismo: “todo grego é humano. Todo ser humano é mortal. Logo, todo grego é mortal” ✓Pensava que por meio da lógica era possível aprender tudo sobre o mundo 37 Qual era a preocupação de Aristóteles? (384-322 a.C) ✓A filosofia segundo Aristóteles se divide em: ✓Teorética - física, matemática e metafísica ✓Prática - ética e política ✓Poética - estética e técnica 38 A metafísica aristotélica ✓Ciência que estuda “o ser enquanto ser”, ou os princípios e as causas do ser e de seus atributos essenciais ✓A metafísica aristotélica se apresenta em quatro questões gerais: ✓1. Potência e ato ✓2. Matéria e forma ✓3. Movido e motor ✓4. Particular e universal 39 Teoria aristotélica • Epistemologia (episteme = conhecimento) • Doxa (=opinião) é diferente de Episteme • Todo conhecimento deriva da empiria (=experiência) e deve ser passível de verificação (= pode ser provado) 40 Teoria aristotélica • Há quatro causas implicadas na existência de algo: ✓Causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a argila, por exemplo) ✓Causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila) ✓Causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos do artesão) ✓Causa final (aquilo para o qual a coisa é feita: um vaso para por flores) mbhel Máquina de escrever Alma vegetativa: nutrição, crescimento e reprodução.nullA alma vegetativa é responsável pela geração, nutrição, pelo crescimento e pela reprodução dos seres vivos. A tese de Aristóteles: a natureza – o corpo apenas – não é suficiente para explicar todas essas atividades; mbhel Máquina de escrever Alma sensitiva: buscar prazeres e os sentidos internos. Os animais possuem sensações, apetites e movimento. Destes três elementos, o básico é a sensação. Ora, o que é a sensação? A resposta lança mão da teoria aristotélica do ato e da potência mbhel Máquina de escrever Alma racional ou intelectiva: operar o pensamento, abstrações, juízo e raciocínio. Assim como a alma sensitiva capta a forma sensível, a alma racional capta a forma inteligível. Assim, a faculdade perceptiva capta a cor da pele de um ser humano, ao passo que a faculdade intelectiva apreende sua forma inteligível, a alma e suas partes ou faculdades. A faculdade intelectiva, no entanto, não está misturada ao corpóreo como a alma sensitiva. 41 • CHAUÍ, Marilena. O que é Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. • MARCONDES, Danilo. Iniciaçãoà História da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 6.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. • JAEGER, Werner. Paideia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1994. Referências Marta Teixeira do Amaral Montes Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7207700111214487 Pós doutoranda em Educação pela UFRJ, Doutora em Educação pela UFRJ. Mestre em Educação pela UNESA, Pós-Graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Cândido Mendes e Educação a distância pela UNISEB. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense - UFF. Professora da Universidade Estácio de Sá e Consultora em T&D. Professora de pós-graduação na área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Tutora em cursos a distância de graduação e pós-graduação. Pesquisadora no Programa Pesquisa e Produtividade da Universidade Estácio de Sá. Pesquisadora na linha de ética e educação e aprendizagem colaborativa com foco na docência online pela UFRJ.Conteudista de disciplinas de cursos de graduação e pós-graduação a distância em Educação e Gestão de Pessoas. Filosofia da Educação Profa. Dra. Marta Amaral Aula 3 Objetivos da Aula Filosofia Medieval – Parte I • Identificar os fatores fundamentais que permitiram a formação do Mundo Ocidental e o nascimento da filosofia cristã • Analisar a relação entre a filosofia grega pagã e o cristianismo • Conhecer o pensamento de Agostinho, Anselmo e Aquino 45 • Período da história da Europa entre os séculos V e XV • Invasões bárbaras • Inicia-se com a Queda do Império Romano (476 d.C) do Ocidente e termina em 1453 d.C com a tomada de Constantinopla – Império Romano do Oriente Idade Média Pré- História Antiga Média Moderna Contemp 46 Periodização clássica da História Pré- história Antiga Média Moderna Contemporânea ✓ Surgimento do homem ✓ Invenção da escrita – 4 mil a.C ✓ 4 mil a.C ✓ 476 d. C – queda do Império Romano do Ocidente ✓ 476 d.C. até 1453 – conquista de Constantino- pla pelos turcos ✓ 1453 -1789 ✓ Revolução Francesa ✓ Imprensa ✓ Renascimento ✓ Capitalismo ✓ 1789 ✓ Dias atuais 47 Filosofia Medieval – Parte I Idade Média Alta Idade Média 476 a 1000 Invasões bárbaras Despovoamento Territórios islâmicos Feudalismo Poder fragmentado Fortalecimento do cristianismo Baixa Idade Média XI ao XV Técnicas agrícolas Comércio Burgos Declínio do feudalismo Cruzadas Império Romano ✓ Morte do imperador romano Teodosio em 395 marca a partilha definitiva do Império Romano ✓ Arcadius, 18 anos, fica com o Oriente,capital: Constantinopla ✓ Honorius, 11 anos, fica com o Ocidente, com capital em Roma ✓ Esta cisão pode ainda hoje ser vista na fronteira que separa a Croácia, ocidental e católica, da Sérvia e da Bósnia, oriental e ortodoxa Nascimento da Filosofia Cristã ✓ Judaísmo + Cultura grega + Cristianismo ✓ Século II d.C por meio da comunidade cristã ✓ União da razão e da fé ✓ Patrística (pater) - filosofia cristã católica (III a VIII d.C) elaborada pelos padres ou pais da Igreja ✓ Consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e heresias mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar Nascimento da Filosofia Cristã ✓ Império Romano do Ocidente entra em declínio e expande- se o cristianismo ✓ Dissolução do Império do Ocidente (476 d.C), invasões bárbaras e desestruturação da economia escravagista e do exército romano ✓ A Igreja Católica se torna um expoente ✓ Antes de Cristo 753 fundação de Roma Nascimento de Cristo Ano I Depois de Cristo mbhel Destacar 51 • Questão central: fé x razão • Período profundamente teocêntrico • Filósofos foram todos homens religiosos • Preocupação filosófica: análise das diferenças e da relação entre os dogmas aceitos pela fé e as verdades descobertas pela razão Filosofia da Idade Média Fé Razão mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar Aspectos da Filosofia Cristã Medieval Patrística Filosofia medieval em gestão (III a VII) Escolástica Maior riqueza conceitual (IX-XIII) Pré-Modernos Filosofia em processo de mutação e superação (XIV e XV) Filosofia Medieval – Agostinho de Hipona (354-430) ✓ Resgata Platão – credo ut intelligam – “creio para entender” ✓ Um dos primeiros autores cristãos latinos a professar uma visão clara sobre antropologia teológica: afirma que o ser humano é união perfeita de duas substâncias: corpo e alma ✓ Filosofia de Agostinho definiu a cultura de seu tempo ✓ Educação e catequese se equivalem: formação do clero, ficando em segundo plano a transmissão dos conteúdos tradicionais mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar Filosofia Medieval – Agostinho de Hipona (354-430) ✓ Conhecimento era o centro na filosofia de Agostinho ✓ Estimulava a obediência aos mestres, a resignação e a humildade diante do desconhecido ✓ Objetivo: treinar o controle das paixões para merecer a salvação na vida após a morte ✓ Reflexão de Agostinho parte da indagação sobre o conhecimento, introduzindo a razão, o pensamento e os sentidos humanos no debate teológico mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar Filosofia Medieval – Agostinho de Hipona (354-430) ✓ Formação deve ser de acordo com os princípios cristãos ✓ Interiorização agostiniana - para encontrar a Verdade é preciso que o homem deixe de lado sua materialidade e se volte para seu interior, pois na alma está o verdadeiro conhecimento, possibilitado pela iluminação divina ✓ Nesse processo, Cristo é o verdadeiro Mestre, de modo que os mestres terrenos têm a função de estimular seus discípulos a buscarem a Verdade em seu interior mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar Filosofia Medieval – Anselmo de Cantuária (1033 a 1109) ✓ Seguia as ideias de Agostinho ✓ Lema: fides quaerens intellectum: “fé que procura entender” ✓ Principal criador da filosofia Escolástica ✓ Argumento Ontológico – O que é isso? ✓ Discurso que defende a existência de Deus por meio da ideia de que Ele é obrigatoriamente um ser perfeito e, portanto, deve existir ✓ Definiu Deus como sendo o maior SER que a mente humana pode conceber mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar Filosofia Medieval – Anselmo de Cantuária ✓ Defendeu que, se o maior ser possível existe na imaginação, ele também deve existir na realidade ✓ Colocou em seu argumento que uma das características de tal ser, o maior e melhor que se pode imaginar, é a Existência ✓ Defensor do teocentrismo – do grego theos (Deus) e kentron (centro) – que é a concepção segundo a qual Deus é o centro do Universo ✓ Tudo foi criado por Deus, por Ele é dirigido e não há outra razão além do desejo divino sobre a vontade humana Filosofia Medieval – Tomás de Aquino(1227-1274) ✓ Retoma Aristóteles e contribui para o desenvolvimento da escolástica ✓ Levantamento de questões que aproxima Teologia da Filosofia ✓ Investigação racional dos fundamentos da fé cristã ✓ Transição helenismo (366 a.C a 30 a.C) para cristianismo Filosofia Medieval – Tomás de Aquino(1227-1274) ✓ Formulou um amplo sistema filosófico que conciliava a fé cristã com o pensamento do grego de Aristóteles ✓ Adotou princípios opostos aos dosagostinianos e trouxe para dentro da Igreja o pensamento o conhecimento não sofre a influência do divino porque existe como potencialidade ✓ Cabe ao homem acessar o conhecimento por meio do estudo, aprendizado, da pedagogia ✓ Período final da Idade Média - transição de uma sociedade agrária para urbana, comercial e avanços tecnológicos: instrumentos de trabalho mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar Filosofia Medieval – Tomás de Aquino(1227-1274) ✓ Aristóteles colocava razão e investigação intelectual em primeiro plano ✓ Realidade material era considerada a fonte primordial de conhecimento científico e de satisfação pessoal ✓ Tomás afirma que há no ser humano uma alma única: ideia revolucionária para uma época marcada pelo espiritualismo de Santo Agostinho ✓ Segue o princípio aristotélico: cabe à razão ordenar e classificar o mundo para entendê-lo (Tomismo) mbhel Destacar mbhel Destacar Filosofia Medieval – Tomás de Aquino(1227-1274) ✓ Relação razão x fé: embora esteja subordinada à fé, a razão funciona por si mesma, segundo as próprias leis ✓ O conhecimento não depende da fé nem da presença de uma verdade divina no interior do indivíduo, mas é um instrumento para se aproximar de Deus ✓ A inteligência é uma potência espiritual ✓ Processo de abstração: vai da realidade concreta até a essência universal (Ato e Potência) ✓ A extração da essência das coisas se dá pela transformação da potência em ato - Inteligência Ativa mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar mbhel Destacar Filosofia Escolástica ✓Do século IX até o Renascimento (XVI) ✓UNIVERSITAS- universalidade, conjunto, totalidade. ✓Universitas Magistrorum et Scholarium – Associação de Mestres e Alunos ✓Disciplinas do currículo: 1. Trivium: (literário): gramática, retórica e dialética 2. Quadrivium: (científico) aritmética, geometria, astronomia e música Idade Média – Idade das Trevas? ✓Renascimento denominou a Idade Média de Idade das Trevas pois os renascentistas se colocaram como herdeiros do pensamento e da ciência desenvolvidos por gregos e romanos ✓Para os renascentistas, durante a Idade Média, as artes e as ciências, se comparadas à Antiguidade, haviam declinado Idade Média – Idade das Trevas? ✓ Igreja Católica, que dominou política, econômica e culturalmente a Europa ✓Dominação religiosa impediu o desenvolvimento da razão, criando uma era de atraso e primitivismo ✓Século XIX, essa forma de entender o período foi se alterando ✓Desenvolvimento tecnológico: agricultura, artesanato, arquitetura própria, criação das escolas e das universidades Filosofia da Educação Profa. Dra. Marta Amaral Aula 4 Objetivos da Aula Filosofia Medieval – Parte II • Identificar fatores históricos que contribuíram para a fusão entre cultura árabe, filosofia grega e pensamento cristão • Entender o contexto histórico que favoreceu o desenvolvimento da alta escolástica • Conhecer a importância de São Tomás de Aquino e seu papel na escolástica • Entender as ideias de Guilherme de Ockham, que contribuíram para o desmantelamento do grande sistema filosófico medieval 67 Fusão Cultural Fusão Cultural Cultura Árabe Filosofia Grega Alexandre expande seu Império difundindo a cultura grega Cristianismo Perseguição aos cristãos provoca a migração dessas pessoas para o Oriente. Síria e Mesopotâmia Maomé Expansão do Islamismo (VII) Fraqueza militar bizantina 68 • Desenvolvimento de intensa atividade artesanal e comercial, no século XIII promoveu o surgimento de núcleos urbanos importantes que tiveram grande influência no enriquecimento de uma pequena parte da população • Rompimento com o feudalismo favoreceu novas relações sociais e mobilidade social • Aumento da atividade artesã Contexto cultural da Idade Média 69 ✓ Árabes, origem semita, até o século VI organizavam-se em tribos independentes com lideranças políticas próprias e politeístas ✓ A partir de 610 d.C um comerciante nômade chamado Maomé mudou a sociedade árabe, cria o Islamismo (submissão em árabe) inspirado no cristianismo e judaísmo, duas religiões monoteístas A cultura árabe 70 • Maomé viu no monoteísmo uma forma de unificar as tribos árabes, vindo a se tornar o principal profeta do Islamismo após afirmar ter recebido a visita do anjo Gabriel que teria lhe revelado a existência de um Deus único, Alá (Deus no idioma árabe) • A partir deste momento, dedicou sua vida para a conversão e união das cidades, tribos e povos árabes A cultura árabe 71 • Impregnaram o mundo ocidental do pensamento aristotélico • Avicena e Averrois, muito lidos nas escolas e universidades medievais • A efervescência cultural durante a Idade Média foi alvo de forte influência árabe: ✓ Poesia: Mil e uma noites ✓ Matemática: algarismos arábicos, a álgebra e o emprego do zero, medicina, química, Astronomia, Geografia, Cartografia, até na criptografia A cultura árabe na filosofia da Idade Média 72 A cultura árabe 73 • Império de Carlos Magno (768-814), Carolíngio, mais importante rei dos francos • Destacou-se por conquistas militares e organização administrativa • Organizou um exército forte: seus soldados, grandes proprietários de terras e camponeses equipados para a guerra • Expandiu fronteiras com uma política voltada para o expansionismo militar Cristianismo e reforma educacional na Idade Média 74 • Letrados responsáveis pela educação: monge Alcuíno de York e Teodulfo • Cria a Escola do Palácio: centro cultural que repassa conhecimento para as escolas catedrais e monásticas • Manutenção dos conhecimentos clássicos foi o objetivo principal desta reforma educacional • Escolas funcionavam junto aos mosteiros (escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes (escolas palatinas) O projeto escolar de Carlos Magno 75 • Nas regiões conquistadas construía fortalezas e igrejas e obrigava os povos conquistados a converterem-se ao cristianismo • Investiu em cultura e educação e preservou a cultura greco-romana com a construção de escolas, criou um novo sistema monetário e estimulou o desenvolvimento das artes: Renascimento Carolíngio • Eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética, geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética A reforma educacional na Idade Média 76 Carta-ordenança: Nós, Carlos, pela graça de Deus, rei dos francos e dos lombardos, patrício dos romanos [...[ fazemos saber à sua devoção[..] que juntos com nossos fieis, julgamos útil que os bispos e os monges sobre os quais o favor de Cristo nos deu o governo, cuidem não apenas de levar uma vida regular e de manter a nossa santa religião, mas também de meditar as belas letras e de dispensar a instrução aos que, graças a Deus, são capazes de aprender, segundo a capacidade de cada um O projeto escolar de Carlos Magno Escolástica • Os primeiros e conturbados séculos da Idade Média europeia foram dominados pelo pensamento de Agostinho a partir das ideias platônicas • Escolástica – ambiente de debate que deu origem as atividades intelectuais, artísticas e filosóficas • Século XII há a valorização do saber refletida na criação das universidades e na ascensão da classe letrada Filosofia Medieval e Escolástica • Na metade do século XII chegam às universidades as versões árabes das obras de Aristóteles • Professores eram clérigos e lecionavam as sete artes liberais: gramática, retórica, lógica, aritmética, geografia, astronomia e músicaque constituiriam o currículo • Há um choque cultural que muda o rumo do Ocidente em que o pensamento de Agostinho deixa de ser o centro e a filosofia natural aristotélica se desenvolve grandemente Escolástica • Século IX até século XV • Escolástica – latim scholasticus: sábio, estudioso, e do grego schola – discussão, palestra • A questão-chave: conciliar fé e razão • Filosofia grega + valores cristãos = filosofia da Idade Média • Criação, Providência e Revelação Divina... 80 • No novo contexto social e econômico as obras de Aristóteles acertam o “alvo” • As preocupações científicas e empíricas na obra de Aristóteles se adequaram a esse novo contexto, devido a dois fatores fundamentais que são característicos do século XIII: 1. surgimento das universidades 2. criação das ordens religiosas (franciscanos e dominicanos) O pensamento aristotélico na Filosofia Medieval Escolástica (séculos IX ao XVI) • A IM marcada por uma filosofia voltada para a resignação, intuição e revelação divina chega a um ponto de tensão ideológica que inverte alguns princípios • São Tomás de Aquino (1225-1274), o grande nome da filosofia escolástica cujo pensamento privilegiou a atividade, a razão e a vontade humana • Obra-prima de Aquino, Summa Theologica é vista como a maior obra da escolástica em que defende maior autonomia da razão na obtenção de respostas A Filosofia da Aquino • Filosofia = fé cristã + pensamento do grego • Isso parecia impossível, até herético, para boa parte dos teólogos da época • Ideias aristotélicas respondiam melhor aos novos tempos que fazia uma transição de sociedade agrária para modo de produção urbana, atividade comercial, avanços tecnológicos e organização das guildas • Por que? Aristóteles via razão e investigação intelectual em primeiro plano • Realidade material como fonte primeira de conhecimento e satisfação pessoal A Filosofia da Aquino • Revê a teologia cristã sob nova ótica, seguindo o princípio aristotélico de que cabe à razão ordenar e classificar o mundo para entendê-lo: princípio operacional do pensamento tomista • Realismo tomista: contemplação inteligente da verdade que está enunciada na fé • Centro de seu interesse: embora a razão esteja subordinada à fé, a razão funciona por si mesma, segundo as próprias leis Relação Fé x Razão • O conhecimento não depende da fé nem da presença de uma verdade divina no interior do indivíduo, mas é um instrumento para se aproximar de Deus • A inteligência é uma potência espiritual • Sua filosofia acirra a tensão entre a tradição cristã medieval e a nova cultura e promove a criação das ordens mendicantes: São Francisco de Assis (1181/2-1226) e São Domingos de Gusmão (1170-1221) Todos têm uma essência • Processo de abstração que vai da realidade concreta até a essência universal das coisas é um exemplo da dualidade entre ato e potência, princípio fundamental tanto para Aristóteles quanto para Aquino • A essência das coisas: é necessário transformar em ato algo que está em potência, para isso é necessário utilizar a inteligência ativa • Cada ser humano tem uma essência particular, à espera de ser desenvolvida e os instrumentos fundamentais são razão e prudência A filosofia de Tomás de Aquino baseada na metafísica aristotélica • Realismo aristotélico • O pensamento aristotélico tem um “telos”, ou seja uma finalidade, um propósito final • Material, eficiente, formal, final • Potência e Ato • Movimento Guilherme de Ockham (1280 a 1349) • Frade franciscano e filósofo escolástico inglês • Teve suas ideias combatidas pela Igreja sendo acusado de heresia • Sua obra marca a transição para o pensamento renascentista • Mentor Duns Scotus que acentuou separação entre filosofia e teologia, razão e fé • “Doutor Sutil“ afirma que Deus é objeto da teologia e o ser da metafísica • A fé não pode fazer conhecer de maneira clara e inequívoca as verdades mbhel Destacar Guilherme de Ockham (1280 a 1349) • A fé não pode apresentar argumentos que possam ser demonstrados • A verdade manifesta por Deus não pertence ao mundo racional • A filosofia não pode se submeter à teologia porque a teologia não é uma ciência, mas uma série de afirmações e sentenças que não se relacionam lógica e racionalmente • Defendeu a tese de que a autoridade papal seria limitada pelo direito natural e pela liberdade dos cristãos e explicava os Evangelhos Tipos de conhecimento para Guilherme de Ockham • Conhecimento abstrato - relações entre as ideias, sem nada garantir sobre sua conformidade com o real • Conhecimento intuitivo traz a evidência imediata, assegurando a verdade e a realidade das proposições • Só a intuição prova a existência das coisas, ponto de partida do conhecimento experimental, que generalizando o particular, chega ao universal, à lei • O que é conhecimento intuitivo? Forma de conhecimento direta, clara e imediata, capaz de investigar objetos pertencentes ao âmbito intelectual, a uma dimensão metafísica ou à realidade concreta Navalha de Ockham ou Princípio da Parcimônia • Princípio lógico revolucionário para sua época • Traça a simplicidade como forma de conhecer as coisas, ou seja, qualquer explicação deve apelar ao menor número possível de fatores para explicar o fato em análise • Defendia a intuição como ponto de partida para o conhecimento do universo • Para ele filosofia era razão e teologia era crença e, portanto, coisas muito diferentes Filosofia da Educação Profa. Dra. Marta Amaral Aula 5 Objetivos da Aula • Identificar mudanças que trouxeram a ideia de progresso e valorização do indivíduo na modernidade • Conhecer o papel de Lutero na mudança política e religiosa da Europa • Entender a reação da Igreja Católica à Reforma • Entender diferentes fatores que permitiram a revolução científica • Analisar a redescoberta do ceticismo no contexto do início da modernidade e verificar as suas principais características 93 Fusão Cultural Idade Moderna 1453 Queda de Constantinopla pelos turcos otomanos A filosofia Medieval era escolástica e teológica 1789 Revolução Francesa Filosofia Moderna era humanista e antropocêntrica A importância de Guilherme de Ockham • Empirista e cético • Empirista - defendia necessidade da experimentação como fonte do conhecimento, em oposição a ideia de que o verdadeiro conhecimento só poderia ser obtido pelo uso da razão pura • Cético - impossível provar a existência de Deus por meio de qualquer explicação racional • Separa fé e razão/ Teologia e Filosofia Mudanças no pensamento Ideias fundamentais para a chegada do moderno: • A ideia de progresso faz com que o novo seja considerado o melhor • Valorização do indivíduo, da subjetividade humana como lugar da certeza e da verdade Fatores históricos que ocasionaram as mudanças no pensamento 1. O humanismo Renascentista do Século XV 2. A descoberta do Novo Mundo (1492) 3. A Reforma Protestante do Século XVI 4. A Revolução Científica do Século XVII 5. Redescoberta do Ceticismo Como estava a Europa no final da Idade Média? • Convulsão política, social e religiosa • Revoltas de camponeses • Guerras e epidemias • Declínio do feudalismo • Contestação sobre a liderança dos papas e da igreja • População se ressentia dos abusos da Igreja e da sua falta de propósitos e corrupção • Violência, baixa expectativa de vida, desigualdades sociais e econômicas Humanismo Renascentista • Movimento intelectual e filosófico em XV e XVI a partir da Itália • Traz o antropocentrismo (homem no centro do mundo) no lugar do teocentrismo(Deus no centro) • Queda do sistema feudal e formação de nova classe social (burguesia) • Intensificação do comércio • Expansão do cientificismo (Copérnico (1453), Galileu (1564), Kepler (1571), Newton (1642) que confronta dogmas da Igreja Católica e culmina na Reforma Protestante (1517) O poder da Igreja • No fim da Idade Média, a Igreja Católica tinha grande influência política e social • Potência financeira e poder político • Papas tinham fortunas maiores do que alguns príncipes e os cargos eclesiásticos eram disputados pela aristocracia (moeda de troca) • Venda de indulgências tem seu auge no papado de Leão X (1513-1521) para a construção da catedral de São Pedro Movimentos contra a corrupção da Igreja • XIV e XV já havia movimentos de protestos contra os ensinos e práticas da Igreja: pré- reformadores: João Wycliff(1325-1384), João Huss (1372-1415) e Jerônimo Savonarola (1452-1498) • Combatiam irregularidades e imoralidades do clero, superstições, peregrinações, veneração de santos, celibato e pretensões papais • Nasce o interesse em estudar as obras da Antiguidade pelos Renascentistas Reforma Protestante • 31 de outubro de 1517, o monge Martinho Lutero afixa na porta da Igreja de Wittemberg, Alemanha, 95 teses criticando a conduta dos papas • Os textos denunciavam: deturpação do evangelho, venda de indulgências e corrupção, enriquecimento ilícito, falta do celibato clerical e conclamavam os cristãos ao arrependimento e à fé O que defendia a Reforma Protestante? • Bíblia como única fonte segura para a fé • Justificação pela fé - a salvação é obtida pela fé e não pelos atos • Sacerdócio universal – todos são sacerdotes e não necessitam de intermediários para ter contato com Deus Lutero e a Escolástica • A ruptura provocada pela Reforma é um dos fatores propulsores da modernidade mas Lutero retoma as ideias de Santo Agostinho • Concepção teológica - suficiência da fé - toda pessoa tem luz natural que possibilita entendimento da revelação, sem precisar de intermediação da igreja, dos teólogos, da doutrina dos concílios • Salvação pela graça – a salvação não vem por obras, pagamentos ou saber mas é um favor de Deus Qual foi a resposta da Igreja à Reforma Protestante? • Contrarreforma mediante o Concílio de Trento (1545- 1563) • Criou regras para a Igreja Católica e revisão de práticas • Culto em língua nacional • Surgimento dos seminários • Reafirmação do celibato • Princípios rejeitados: diminuição do poder papal, livre interpretação da Bíblia e devoção às imagens Resposta à Reforma Protestante • Para conter a expansão do protestantismo estimulou as ordens religiosas como jesuítas e capuchinhos que viajavam para fundar missões nas Américas e na Ásia • Reorganizou o Tribunal do Santo Ofício e a publicação do Índex (Índice dos livros proibidos) Fatores que contribuíram para a Modernidade • Humanismo Renascentista + Reforma Protestante + Revolução Científica + Ceticismo = Modernidade • Revolução Científica: Nicolau Copérnico – rompe com o sistema geocêntrico da Terra e insere o heliocentrismo (hélio = Sol) • Transformações Científicas: 1. Modelo de Galileu: universo infinito e movimento dos corpos celestes 2. Valorização do método experimental em oposição à contemplação Revolução Científica Modelo matemático do heliocentrismo Copérnico Aprimora o modelo de Copérnico Johannes Kepler Dá explicação física causal do modelo de Kepler Lei da gravitação Isaac Newton Ceticismo para a Modernidade • O que é ceticismo? (Investigação) • Doutrina filosófica em que o espírito humano não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade, o que resulta em um procedimento intelectual de dúvida permanente e na abdicação, por inata incapacidade, de uma compreensão metafísica, religiosa ou absoluta do real Ceticismo • Surge com o grego Pirro de Élis (III a. C.) e Carnéades de Cirene (II a.C). Enesidemo, Clitômaco e Sexto Empírico (I a.C) • Pirrônico nada afirma sobre a verdade, mas busca a verdade e sua investigação por meio de um exame crítico dos sistemas dogmáticos • O cético utiliza a Antilogia - nenhum sistema filosófico garante certeza absoluta sobre a verdade. Todo sistema tem um outro sistema dogmático oposto e igualmente convincente Revolução Científica e o Ceticismo Moderno • Na Idade Média houve a negação do ceticismo por causa das ideias de Agostinho • Cetismo Moderno (XVI) ressurge por meio do interesse pelo antigo ceticismo pirrônico grego nos escritos de Sexto Empírico • As obras de Sexto Empírico voltaram justamente quando aconteciam Reforma e Contrarreforma e as pessoas se perguntavam sobre o verdadeiro conhecimento religioso e perspectivas falsas ou duvidosas Revolução Científica e o Ceticismo • Não é possível afirmar sobre a verdade absoluta de nada, é preciso estar em constante questionamento • Duas linhas: filosófico e científico • Ceticismo Filosófico - escola de Pirro (360-275 a.C) na Grécia Antiga e nega verdades absolutas e mentiras • Ceticismo Científico - Prática de questionar se uma afirmação está sustentada em pesquisa empírica e reproduzível Michel de Montaigne (1533-1592) como representante do Ceticismo • Filósofo humanista, burguesia francesa • França dividida pelos conflitos intelectuais entre católicos e protestantes, violência e guerras • Montaigne é seduzido pelos filósofos do ceticismo, da dúvida • Seus “Ensaios”, são muito pessoais e uma crítica radical dos costumes, dos saberes e das instituições da época • Contribuição de Montaigne é fundamental na constituição do pensamento moderno Michel de Montaigne (1533-1592) e a Educação • Revolucionário no tema da educação porque entendia que o ensino deveria estar vinculado à experiência • Criticou a memorização e o uso dos livros (baseado na cultura livresca do Renascimento), que segundo ele, afastaria os alunos do conhecimento • Educação deveria criar seres humanos voltados para a investigação e conclusões, exercitar a mente para um posicionamento crítico do indivíduo Cuidamos apenas de encher a memória e deixamos vazios o entendimento e a consciência Filosofia da Educação Profa. Dra. Marta Amaral Aula 6 Objetivos da Aula ✓ Identificar o fundamento de Descartes quanto à possibilidade do conhecimento científico encontrando uma verdade inquestionável ✓ Analisar e conhecer o Racionalismo no processo do conhecimento, enfatizada pela necessidade do método para bem conduzir a razão ✓ Identificar a importância fundamental da filosofia de Descartes para a aquisição do conhecimento 116 Fusão Cultural Idade Moderna Revolução Francesa 1789 Rompimento com o pensamento escolástico Iluminismo Razão e Ciência Empirismo Racionalismo A Idade Moderna • As novas percepções trazidas com o desenvolvimento científico dos séculos XV e XVI, como os novos modelos astronômicos trazidos por Nicolau Copérnico e Galileu Galilei contestavam a visão religiosa medieval e motivaram novas maneiras de ver o mundo • Pensamento cartesiano está fortemente baseado nesse novo modelo de se fazer ciência a partir da busca do progresso e conhecimento A Idade Moderna • Filósofo francês René Descartes (1596-1650) é considerado por muitos o autor inaugural da modernidade • Suas obras são base para a construção da filosofia moderna • Discurso do Método (1637) – apresenta o método cartesiano que é o ponto alto de sua filosofia René Descartes e o conhecimento • O objetivo de Descartes é alcançar, por meio da razão, algum ponto no qual nenhuma dúvidaabale a verdade • Toma a dúvida como método para chegar a esse ponto • Método cartesiano: caminho a ser seguido para a construção do conhecimento cientifico: evidência, análise, síntese e enumeração Método Cartesiano Só aceitar o que não pode ser colocado em dúvida Dividir a dificuldade no maior número de partes Partir dos fatos mais simples para os mais complexos DEDUÇÃO Rever todo o processo do começo ao fim para que nada importante seja omitido EVIDÊNCIA DIVISÃO/ ANÁLISE ORDEM/ SÍNTESE ENUMERAÇÃO Cogito, ergo sum • Descartes se coloca contrário ao ceticismo • Partir de uma dúvida não tornaria sua filosofia cética? • Utiliza-se da dúvida como um método para chegar a determinados resultados mas não permanece na dúvida, deixando o ceticismo para se firmar em certezas • A verdade absoluta está sintetizada na fórmula “eu penso”, por isso sei que existo • “Penso, logo existo” – “Cogito, ergo sum” Por que Descartes duvida tanto? • Procura uma certeza que não possa ser contestada pelos céticos por meio de um método seguro, reconstruindo seu conhecimento com uma base sólida, racional • Questiona tudo aquilo que parece ser uma verdade absoluta, já que, caso haja o menor motivo para a dúvida, toda e qualquer sentença deve ser rejeitada A dúvida torna-se um estimulo à certeza e à verdade A dúvida metódica • Leva a dúvida as últimas consequências • Não podemos confiar em nossos sentidos, já que podemos ser enganados por eles • O que vemos é real ou é um sonho, uma ilusão? Real x Ilusório • O procedimento da dúvida põe em dúvida nossos sentidos E se? • E se existisse um gênio maligno, uma entidade do mal, disposta a me enganar todo o tempo? • A conclusão do filósofo foi imediata. Mesmo que esse gênio usasse toda sua inteligência para me enganar e fazer pensar numa ilusão ainda assim alguma coisa de real existe. O que? Nossa capacidade de pensar A dúvida metódica • No primeiro momento, nossas ideias sobre as coisas são postas em dúvida • Aos poucos vemos que há um alargamento nos estágios de dúvida: objetos exteriores, sujeito, percepção, ideias • A dúvida segue crescendo e chega ao questionamento sobre a ideia que se tem de algo corresponder à realidade Descartes e o conhecimento 1. Qual o objetivo principal de Descartes? Constituir um sistema de conhecimento firme e seguro em que não haja lugar para crenças ou opiniões falsas 2. Qual é a função da dúvida? Separar verdadeiro do falso para se chegar a verdade indubitável Descartes e o conhecimento 3. Que função tem o argumento do deus enganador? Mostrar que nem as verdades da razão, conhecimentos da matemática, são imunes à dúvida 4. Pode a dúvida cartesiana ser considerada cética? Não. A dúvida cética tem por objetivo mostrar que o conhecimento não é possível. A dúvida cartesiana tem o objetivo oposto, mostrar que há conhecimento, isto é, verdades indubitáveis Filosofia da Educação Profa. Marta Amaral Aula 7 Objetivos da Aula ✓ Conhecer os empiristas modernos Francis Bacon (1561- 1626), John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776) ✓ Conhecer a influência de Jean Jacques Rousseau 130 Fusão Cultural Idade Moderna Descartes Dúvida Metódica Bacon Ordem e Igualdade Locke Papel em Branco Hume Princípios da mente Rousseau Contrato Social Teoria de Bacon ✓ A ciência é uma técnica e os conhecimentos científicos considerados instrumentos práticos de controle da natureza ✓ Pretendia demostrar sua grande preocupação com os conhecimentos científicos na vida prática ✓ A ciência deve valorizar a pesquisa experimental baseada na corrente empirista A filosofia de Francis Bacon ✓ Caracteriza-se por uma ruptura com o pensamento medieval, sobretudo a escolástica de inspiração aristotélica ✓ Sua preocupação fundamental é com formulação de um método que evite o erro e coloque o homem no caminho do conhecimento correto ✓ Teoria dos ídolos: são ilusões ou distorções que bloqueiam a mente humana e impedem o verdadeiro conhecimento Novum Organum ✓ Ídolos da tribo: fundados na espécie humana e na fragilidade dos sentidos. O intelecto humano é semelhante a um espelho que reflete desigualmente os raios das coisas e as distorce. ✓ Ídolos da caverna: são os dos homens enquanto indivíduos pois cada um tem uma caverna que intercepta e corrompe a luz da natureza devido sua natureza própria e singular e pelos ensinamentos Novum Organum ✓ Ídolos do foro: derivados da inter-relação entre os indivíduos devido ao comércio e consórcio entre os homens. Os homens se associam pelo discurso e palavras que são impostas de maneira imprópria, bloqueiam o intelecto e levam às inúteis controvérsias e fantasias ✓ Ídolos do teatro: imigraram para o espírito dos homens por meio das diversas doutrinas filosóficas e regras viciosas da demonstração, princípios, fábulas produzidas e representadas Método da Indução de Bacon ✓ Bacon criou um modelo de investigação por meio do método da indução baseado na observação precisa e minuciosa dos fenômenos naturais ✓ Seu objetivo era combater os erros provocados pelas crenças nos “ídolos” Etapas do método indutivo ✓ Coleta de informações a partir da observação rigorosa da natureza ✓ Reunião, organização sistemática e racional dos dados recolhidos ✓ Formulação de hipóteses segundo a análise dos dados recolhidos ✓ Comprovação das hipóteses a partir de experimentações O empirismo crítico de John Locke ✓ A filosofia empírica ganha formulação sistemática, metodológica e crítica consciente a partir de Locke ✓ Segue a linha tradicional do empirismo, e pensa que todo conhecimento vem da experiência, dos sentidos ✓ Locke tenta entender qual o início, a função e os limites do entendimento humano ✓ Critica Descartes e retoma Aristóteles quando diz que “A mente é uma tabula rasa” A mente para Locke (1632-1704) ✓ A mente é desprovida de conteúdos ✓ Os sentidos imprimem as ideias ✓ Compreende o sujeito como um ser particular em que todas as ideias estão encerradas no modo como cada indivíduo percebe a realidade ✓ A única coisa inata no homem é a abstração das ideias dos fatos singulares (como em Aristóteles) e não que as ideias sejam inatas (como em Descartes ✓ Abstrair – isolar mentalmente um elemento ou uma propriedade de um todo, para considerar individualmente A mente para Locke (1632-1704) ✓ As ideias derivam das sensações ✓ Não existe pensamento puro sobre conceitos meramente inteligíveis ✓ Pensar é sempre pensar em algo recebido pelas sensações e impresso na mente ✓ A experiência é a observação tanto dos objetos externos como das operações internas da mente ✓ Pensamento é uma síntese entre forma e conteúdo derivados da experiência e limitados por ela A experiência para Locke (1632-1704) Dois tipos de experiência: 1. Externa - desta derivam as ideias simples de sensação (extensão, figura e movimento...) 2. Interna - da qual derivam as ideias simples de reflexão (dor, prazer...) A substância em Locke (1632-1704) ✓ A essência real seria a estrutura das coisas, mas nós conhecemos apenas a essência nominal ✓ Abstração (que nos antigos era o meio pelo qual se alcançava a essência do ser) torna-se, em Locke, uma parcialização de outras ideias complexas ✓ Geral e universal não pertencem à existência das coisas, mas são invenções da mente por meio de sinais, símbolos, palavras ou ideias O empirismo de Hume (1711-1776) ✓ Tudo que conhecemos tem origem em duas fontes diferentes da percepção:1. Impressões: dados fornecidos pelos sentidos Podem ser internas, como um sentimento de prazer ou dor, ou externas como a visão de um praia, o cheiro de uma flor ou a sensação tátil do vento no rosto 2. Ideias: impressões representadas na mente de acordo com lembranças e imaginação. Lembrança de um dia de passeio O empirismo de Hume (1711-1776) ✓ As ideias simples que temos por meio das sensações podem se relacionar e se transformar em ideias complexas mediante a memória e a imaginação ✓ As ideias simples se associam em ideias complexas: 1. Semelhança – quando olhamos uma fotografia lembramos de uma pessoa 2. Proximidade no espaço e no tempo – quando pensamos em comida pensamos em fogão, geladeira, restaurante... 3. Relação de causa e efeito - quando pensamos em gol pensamos em alguém que chutou uma bola, pois o chutar a bola é a causa e o gol o efeito Os princípios da mente em Hume (1711-1776) ✓ A mente funciona por meio das noções de: percepções, impressões, ideias, hábitos, sensações, emoções, experiência ✓ A realidade da ideia depende de uma impressão que lhe corresponda e da sua origem ✓ Ao utilizar-se das faculdades do pensamento, da imaginação e da memória, o homem tem em sua mente imagens imperfeitas ✓ A imaginação e o pensamento se originam dos sentidos e se ligam internamente à experiência O hábito em Hume (1711-1776) ✓ A observação repetida de algo nos leva a acreditar que esse algo vai acontecer sempre, essa tendência torna-se um hábito e por meio dele estabelecemos relação entre os fatos ✓ O homem está em constante mudança porque sempre recebe novas percepções por isso o conhecimento não é certo e definitivo ✓ A ciência é resultado da indução e o único critério de certeza que podemos ter é a probabilidade. Por isso, é considerado um cético A filosofia de Rousseau (1712-1778) ✓ Tem como essência a crença de que o homem é bom naturalmente, embora esteja sempre sob o jugo da vida em sociedade ✓ O pensamento de Rousseau foi um dos mais influentes para a geração de filósofos e cientistas sociais dos séculos XIX e XX que se propôs a refletir sobre os fundamentos da sociedade, bem como suas contradições, como a exploração, a violência e a desigualdade Contrato Social de Rousseau ✓ Como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em sociedade? ✓ Por meio do Contrato Social em que prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva ✓ A busca pelo bem-estar seria o único móvel das ações humanas e do interesse comum e a concorrência faria com que todos desconfiassem de todos ✓ O contrato social define a igualdade e o comprometimento ✓ Vontade coletivo x vontade individual A proposta inovadora de educação ✓ Um dos mais bem conceituados pensadores do Século XVIII, na sua obra Emílio propõe um projeto para a formação de um novo homem e de uma nova sociedade ✓ Apresenta os princípios gerais para uma educação de qualidade ✓ A criança deve ser acompanhada de um preceptor que a auxiliará a ter uma educação conforme a natureza, preservando-a da sociedade corruptora ✓ . A proposta inovadora de educação ✓ Apresenta uma proposta que valoriza a liberdade e o desenvolvimento das faculdades das crianças ✓ Entende que o homem deve ser educado para si mesmo ✓ Por isso a necessidade de repensar a educação, considerando uma nova forma de compreender a infância, a adolescência e a fase adulta ✓ Educação segundo as diferentes etapas de formação humana Filosofia da Educação Profa. Marta Amaral Aula 8 Objetivos da Aula ✓ Identificar as características do Iluminismo e seu papel no contexto do século XVIII ✓Caracterizar o pensamento de Immanuel Kant e sua contribuição na elaboração de uma teoria que investiga o valor dos nossos conhecimentos, a partir da crítica das possibilidades e limites da razão ✓Estabelecer as diferenças entre o empirismo e o racionalismo e suas implicações para o conhecimento, segundo Kant 152 Fusão Cultural Iluminismo XVIII Autonomia de pensamento Uso da Razão e da Ciência Resgate de valores da cultura clássica Oposição aos valores medievais Filósofo faz uso da razão ao usar sua liberdade de pensar A importância do Iluminismo na história humana ✓ Movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa (França, Inglaterra, Holanda), defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política ✓ Promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade ✓ Apoiado pela burguesia com objetivos e interesses comuns Quais eram as críticas do Iluminismo? ✓ Mercantilismo ✓ Absolutismo monárquico ✓ Os privilégios da nobreza e do clero ✓ Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé Por isso o Iluminismo defendia: ✓ Liberdade econômica: sem intervenção do estado na economia ✓ Antropocentrismo: avanço da ciência e da razão ✓ Predomínio da burguesia e seus ideais Alguns pensadores que se destacaram ✓ John Locke - considerado o “pai do Iluminismo” com a teoria da tábula rasa ✓ Voltaire - destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos ✓ Montesquieu- defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário ✓ Rousseau - sua obra “O contrato social” afirma que o soberano deveria dirigir o Estado com base na democracia e na vontade do povo Alguns pensadores que se destacaram ✓ Adam Smith - representante do liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte: ✓ o Estado é legitimamente poderoso se for rico ✓ para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas ✓ para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares ✓ “A riqueza das nações”, defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura Filosofia do Iluminismo ✓ A influência da Revolução Científica a partir de Copérnico no século XVI, Galileu Galilei, no século XVII, Isaac Newton, século XVIII espalhou-se pelo mundo ✓ Trouxe a aplicação da razão e do conhecimento científico para estudar os fenômenos da sociedade: governo, economia, educação ✓ Meados do século XVIII o Iluminismo ganha seu ápice As raízes do Iluminismo ✓ Humanismo renascentista (XV e XVI) ✓ Raciocínio Filosófico de Descartes (XVII) ✓ Nova visão trazida por Locke e outros filósofos com base na Ciência (XVII): Bacon, Keppler, Galileu e Newton ✓ Críticas ao antigo regime medieval ✓ Ascenção da burguesia ✓ Novo modo de pensar por meio da razão, da liberdade e da igualdade: Revolução Francesa As raízes do Iluminismo ✓ Ápice na França: local de encontro de pensadores ✓ Razão era a base do pensamento ✓ Oposição aos ideais da monarquia e do Direito Divino ✓ Protesto contra regalias dos nobres e clero ✓ Filósofos se baseavam na lógica e na razão Immanuel Kant e o Iluminismo ✓ Alemão, um dos principais pensadores do século XVIII ✓ Promove a reunião conceitual entre racionalismo (Descartes) e o empirismo (Hume) Razão humana + importância da experiência = conhecimento ✓ Contribuiu para estabelecer a crítica aos limites da razão humana e ao mesmo tempo apontá-la como a fonte e o fundamento do conhecimento Immanuel Kant e o empirismo ✓ Empiristas como Locke e Hume diziam que o conhecimento humano se origina em nossas sensações ✓ Locke entendia que a mente é uma tábula rasa que se torna povoada com ideiasadvindas das sensações e experiências ✓ Kant argumenta que o modelo de tábula rasa da mente é insuficiente para explicar as crenças que temos sobre as coisas e objetos O sistema filosófico de Kant ✓ Criticismo - Crítica da razão pura ✓ Desenvolveu a "filosofia transcendental" na qual expõe a crítica a que há que submeter a razão humana a fim de indagar as condições que tornam possível o conhecimento a priori ✓ Considerou que existem duas faculdades que operam na aquisição de conhecimentos: a sensibilidade e o entendimento Como é possível o conhecimento? ✓ O conhecimento é possível porque o homem possui faculdades cognitivas que o tornam possível de fazer experiências ✓ Fontes de conhecimentos em Kant 1. A sensibilidade – os objetos são conhecidos pela intuição 2. O entendimento – os objetos são pensados pelos conceitos Como é possível o conhecimento? ✓ Para que o conhecimento aconteça são precisos dois tipos de condições: empíricas e a priori ✓ Empíricas - são particulares e contingentes: dizem respeito a um sujeito e podem ser modificadas (por exemplo, para ver uma coisa intervém a agudeza visual e o tamanho do objeto) ✓ A priori – são universais e necessárias: o espaço e o tempo, que estão sempre presentes e não procedem da experiência mas a antecedem (para ver algo, primeiro é preciso um lugar e um tempo no qual se ordenam as impressões recebidas pela vista) Conclusão de Kant sobre o conhecimento ✓ Se existem condições a priori, isto implica que o sujeito desempenha um papel ativo no processo do conhecimento, traz algo para esse conhecimento e não se limita a receber passivamente o que percebe Ética Kantiana ✓ O propósito de Kant é estabelecer uma ética racional que seja que possa ser efetivamente implementada e racional, independente da fé e da revelação divina ✓ Conclui que as três coisas que envolvem nossas preocupações morais são: Deus, alma imortal e liberdade, que podem apenas serem pensadas e não conhecidas efetivamente Razão Prática ✓ A razão não consegue objetivamente conhecer os objetos que correspondam aos conceitos pensados ✓ Necessidade de ultrapassar o uso intelectual da razão para uma razão prática ✓ Se não é dado conhecermos conceitos intelectualmente e para não aceitá-los dogmaticamente, é necessário os justificar e os fundamentar através da razão prática ✓ É inerente a razão prática admitir a realidade da liberdade, da alma imortal e Deus "Fui obrigado, portanto, a suprimir o saber para dar lugar à fé“ Razão Prática de Kant ✓ A "fé" pressupõe base para a razão prática e não pela revelação e crença ✓ Se a razão prática tem o poder para criar normas e fins morais, tem também o poder para impô-los a si mesma ✓ Essa imposição que a razão prática faz a si mesma daquilo que ela própria criou é o dever ✓ Não é uma imposição externa feita à nossa vontade e à nossa consciência ✓ É a expressão da lei moral em nós, manifestação mais alta da humanidade em nós ✓ Obedecê-la é obedecer a si mesmo Ética Kantiana ✓ Dever – nos confere valores, fins e leis de nossa ação moral e por isso somos autônomos ✓ Fundamentada pela "razão prática" e pela "liberdade“ ✓ Razão teórica - por meio da investigação reflexiva, o conhecimento ✓ Razão prática – visa o agir ✓ Para que o homem realize o seu desejo inato de ser feliz, ele terá que agir em sociedade com prudência e boa vontade 1. Em função disto, a pergunta "o que devo pensar para ser feliz? Como devo pensar? Imperativo Categórico de Kant ✓ Ética e a liberdade em Kant são interdependentes ✓ Perfeição moral, por exemplo, a ética de um homem é um atributo de uma vontade livre, que é capaz de agir segundo a lei moral: imperativo categórico - expressa por Kant de quatro maneiras diferentes: 1. "Age somente segundo uma máxima por meio da qual possas querer ao mesmo tempo que ela se torne lei universal.“ 2. "Age de tal maneira que a máxima de tua vontade possa valer igualmente em todo tempo como princípio de uma legislação universal." . Imperativo Categórico de Kant 3. "Age de tal sorte como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, por tua vontade, lei universal da Natureza.“ 4. “Age de tal maneira que trates sempre a humanidade, tanto em tua pessoa quanto na de qualquer outro nunca simplesmente como meio, mas ao mesmo tempo e simultaneamente como fim." O imperativo categórico é semelhante ao ditado: “Não faças com os outros aquilo que não queres que faças contigo." Imperativo Categórico de Kant ✓ Ética kantiana- pautada na "vontade livre" que significa a autonomia da vontade, este é o princípio supremo da moralidade ou da eticidade ✓ Vontade autônoma adota o imperativo categórico como o único modo de atingir a moralidade ✓ Vontade autônoma é uma causalidade dos seres racionais e a liberdade é a propriedade dessa causalidade pela qual ela pode agir independentemente de causas externas que a determinem Síntese de Kant ✓ Kant faz uma síntese entre racionalismo e empirismo ✓ Sem o conteúdo da experiência, dados na intuição, os pensamentos são vazios de mundo (racionalismo) ✓ Sem os conceitos, os pensamentos não têm nenhum sentido para nós (empirismo) ✓ Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, se sem entendimento nenhum objeto seria pensado Filosofia da Educação Profa. Marta Amaral Aula 9 Objetivos da Aula ✓ Identificar o significado do positivismo de Augusto Comte e suas implicações para a educação ✓ Conhecer as contribuições dos educadores Pestalozzi, Herbart, Froebel e Comte do século XIX para a prática escolar nos séculos XX e XXI Transição na Idade Moderna Medieval Feudalismo Absolutismo monárquico Mercantilismo Igreja é o Estado Idade Moderna Iluminismo Capitalismo Antropocentrismo Separação entre fé/ciência Revolução Francesa Nova concepção de homem O Estado e a escola ✓ Sistematização das lutas sociais ✓ Predomínio das Revoluções Liberais ✓ Burguesia se torna classe social hegemônica ✓ Operariado se organiza e começa a participar da luta por direitos e poder ✓ Escola não é uma instituição social desvinculada do Estado, está comprometida com sociedade, economia e política ✓ Não existe educação neutra porque está dentro do jogo de forças e poder no contexto político de cada época histórica Escola Liberal ✓ Não significa, como geralmente se pensa, uma escola ‛aberta’, ‛avançada’ mas à educação proposta pelo Liberalismo ✓ Liberalismo - teoria política e econômica do capitalismo burguês ✓ Reflete os ideais do homem burguês: 1. individualismo e liberdade 2. valorização do homem, da capacidade de autonomia e do conhecimento racional Escola Liberal ✓ Nasce excludente e seletiva ✓ A escola não democrática persistiu na sociedade liberal porque sua principal função era a legitimação da ordem econômica e social ✓ Liberalismo clássico, fundado na livre concorrência, entra em crise, volta o Estado intervencionista ✓ Acentuam-se as exigências de benefícios sociais: a escola nacional leiga e gratuita, oferecida pelo Estado Ampliação da rede escolar ✓ Não significou a equalização de oportunidades pois se estrutura uma escola dualista ✓ Na escola dualista, os estudantes eram encaminhados de acordo com o seu status social: 1. formação global 2. estrita profissionalização técnica 3. simples iniciação no ler, escrever e contar Novas vertentes liberais de pensamento educacional ✓ John Amós Comênius (1592-1670) ✓ Diderot (1713-1784) ✓ Condorcet (1743-1794) ✓ John Dewey (1859-1952) ✓ Pensavamsobre a reconstrução social e os fins sociais da educação, na tentativa de superar a tendência individualista da educação burguesa e orientar-se numa linha de maior democratização Pestalozzi: afeto como item central ✓ Afeto tem papel central na pedagogia moderna ✓ Função do ensino: levar as crianças a desenvolver habilidades naturais e inatas ✓ Escola: extensão do lar (segurança e afeto) ✓ A criança se desenvolve de dentro para fora ✓ Professor deve respeitar os estágios de desenvolvimento da criança ✓ Dar atenção à sua evolução, às suas aptidões e necessidades, de acordo com as diferentes idades Pestalozzi: afeto como item central ✓ Princípio da educação integral em três dimensões humanas: cabeça, mão e coração/intelectual, física e moral ✓ Método de estudo: três elementos mais simples: som, forma e número Percepção – linguagem – condições de aprender – liberdade – autonomia moral ✓ Desenvolver trajetória íntima pelo cultivo da disciplina interior, essencial à moral protestante ✓ Sem julgamento externo: notas ou provas, castigos ou recompensas A pedagogia de Johann Friedrich Herbart (1776-1841) ✓ Formula pela primeira vez a pedagogia como ciência organizada e sistemática, com fins claros e meios definidos ✓ Constrói uma estrutura teórica baseada na filosofia do funcionamento da mente, o que a torna duplamente pioneira: 1. caráter científico 2. adoção da Psicologia como eixo central da educação ✓ Desde Herbart o pensamento pedagógico se vincula às teorias de aprendizagem e à psicologia do desenvolvimento A dinâmica da mente para Herbart ✓ Funciona por representações: imagens, ideias ou manifestação psíquica ✓ Negava a existência de ideias inatas ✓ Está nas relações entre as representações que se combinam e produzem resultados ✓ A doutrina pedagógica, para ser realmente científica, precisa comprovar-se experimentalmente (influencia de Kant), surgem daí as escolas de aplicação, que conhecemos até hoje Teoria dos passos formais de Herbart ✓ Preparação: recordação do assunto anteriormente aprendido ✓ Apresentação: exposição dos conteúdos a serem aprendidos de forma clara e de fácil entendimento ✓ Associação: correlação que os alunos deverão fazer entre o assunto novo e o precedente ✓ Generalização: criação de leis e regras que possibilitem o entendimento geral do aluno ✓ Aplicação: por meio de exercícios aplica o que aprendeu Friedrich Froebel (1782-1852) ✓ Um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas ✓ Ideia consagrada pela Psicologia, ciência da qual foi precursor ✓ Fundador dos jardins-de-infância, destinado aos menores de 8 anos ✓ Brincadeira- primeiro recurso no caminho da aprendizagem por criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê- lo Friedrich Froebel (1782-1852) ✓ A natureza é manifestação de Deus no mundo terreno e expressa a unidade de todas as coisas ✓ A criança traz e si a semente divina de tudo o que há de melhor no ser humano ✓ Cabe à educação desenvolver esse germe e não deixar que se perca ✓ Deixar a criança livre para expressar seu interior porque quanto mais ativa é a mente da criança, mais ela é receptiva a novos conhecimentos Auguste Comte (1789-1857) ✓ Pensamentos nos campos da sociologia, filosofia, política, educação ✓ Dedicou a sua vida à tentativa de encontrar uma maneira de reduzir as relações sociais e a organização das sociedades às leis similares as das ciências exatas, podendo assim se fazer manipulações, previsões e tomar decisões no sentido de conduzir a sociedade ao caminho da unidade Ordem e Progresso ✓ Para Comte, a sociedade apresenta duas leis fundamentais: 1. Estática social - o desenvolvimento só pode ocorrer se a sociedade se organizar de modo a evitar o caos, a confusão - ORDEM 2. Dinâmica social - organizada, pode dar saltos qualitativos, e nisso consiste a dinâmica social - PROGRESSO Defesa do Positivismo ✓ Conhecimento científico é o verdadeiro ✓ Três estágios pelos quais a sociedade tende a passar: 1. Teológico - explicações aos fenômenos são atribuídas à divindade, ao sobrenatural 2. Metafísico – as explicações vêm dos fenômenos naturais, a natureza é autossuficiente para explicar as suas próprias manifestações 3. Positivo ou Científico – ciência explica tudo A escola positivista ✓ Prevê a construção do comportamento altruísta ✓ Tem como base a fraternidade entre os homens ✓ A gestão das escolas deve ocorrer exclusivamente pela elite científica ✓ Monopoliza o poder e o controle do conhecimento ✓ Disciplina é fundamental obrigação da educação A pedagogia positivista ✓ Infância é uma fase marcada pelas soluções teológicas dos problemas ✓ As inferências do ensino científico darão maturidade ao indivíduo ✓ Na escola positivista os estudos científicos terão plena prioridade sobre os literários ✓ Educação terá por objetivo principal promover o altruísmo e repreender o egoísmo A pedagogia positivista ✓ Pensamento empirista considera apenas os fenômenos que podem ser observados ✓ Quaisquer outros pensamentos são anticientíficos, inclusive os que provêm de processos mentais do observador ✓ A educação passa por verificações, tanto dos métodos de ensino como do desempenho do aluno Filosofia da Educação Profa. Marta Amaral Aula 10 Objetivos da Aula ✓ Identificar os fatores que permitiram as rupturas com o pensamento moderno e a transição para o pensamento contemporâneo. ✓ Identificar as linhas de pensamentos e as diferenças na aplicação das propostas de educação: John Dewey, Anísio Teixeira e Paulo Freire. ✓ Enumerar as contribuições do Paulo Freire, que o tornou um educador conhecido e admirado no mundo inteiro e sua contribuição para a educação. O conceito de Modernidade ✓ História bem longa – XV ao XVIII - período no qual houve um retorno aos clássicos gregos e romanos ✓ Principais acontecimentos da Idade Moderna: ❖ As Grandes Navegações ❖ O Renascimento ❖ A Reforma Religiosa ❖O Absolutismo ❖ O Iluminismo ❖ Início da Revolução Francesa A Idade Contemporânea – após 1789 ✓ Marcada por transformações profundas na organização da sociedade e por conflitos de amplitude mundial ✓ Inicia-se com a Revolução Francesa que marca nova configuração do poder político característico da burguesia em ascensão: republicano, constitucional, representativo, defensor da propriedade e com forças militares profissionalizadas Principais características no mundo ocidental ➢ Consolidação do capitalismo como sistema econômico ➢ Desenvolvimento industrial ➢ Consolidação do regime democrático após meados do século XIX ✓ Ascensão política e econômica da burguesia industrial, principalmente nos países europeus ✓ Neocolonialismo e Imperialismo: disputa de territórios, mercados consumidores e fontes de matérias- primas pelas potências europeias ✓ Amplo desenvolvimento tecnológico A Razão para a Modernidade ✓ A Filosofia Moderna foi o período em que mais se confiou nos poderes da razão para conhecer e conquistar a realidade e o ✓ O marco dessa forma de pensamento é René Descartes, matemático e filósofo, inventor da geometria analítica ✓ Método - matemático, por ser o exemplo de conhecimento integral racional ✓ Para o racionalismo o conhecimento vem do sujeito pensante e não do mundo exterior ✓ Razão em detrimento da experiência A Idade Contemporânea – após 1789 ✓ Despontamento, no século XX, dos Estados Unidos como grande potência ✓ Globalização da economia ✓ Polarização política – Capitalismo x Socialismo
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