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Aulas 1 a 10 - Filosofia da educação

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Filosofia da Educação
Profa. Dra. Marta Amaral
Aula 1
Filosofia da Educação
OBJETIVOS DA AULA
• Explicar a diferença entre mito e filosofia
• Explicar em que sentido o pensamento filosófico
rompe com a tradição mítica
• Identificar os fatores culturais, políticos,
econômicos e sociais que contribuíram para o
surgimento da Filosofia grega
3
O que é um mito?
• Mito é uma narrativa sobre a origem de alguma
coisa
• Deriva da palavra grega, mythos, e de dois verbos:
mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para
outros) e mytheo (conversar, contar, anunciar,
nomear, designar)
A formação do Mito
4
Como acontece a disseminação dos mitos na Grécia?
• Os ouvintes recebem como verdadeira a narrativa,
porque confiam naquele que narra
• É uma narrativa feita em público baseada na
autoridade e confiabilidade do narrador
• A autoridade vem do fato de que ele ou
testemunhou diretamente o que está narrando ou
recebeu a narrativa de quem testemunhou os
acontecimentos narrados
Disseminação do Mito
5
Quem narra o mito?
• Poeta-rapsodo
• Acredita-se que o poeta é um escolhido dos deuses,
que lhe mostram os acontecimentos passados e
permitem que ele veja a origem de todos os seres e
de todas as coisas para que possa transmiti-la aos
ouvintes
• Sua palavra - o mito - é sagrada porque vem de
uma revelação divina. Por isso, o mito é
incontestável e inquestionável
Narração do Mito
6
• Séculos VIII e IX a.C., a Hélade viveu o período
Homérico
• Homero - poeta, considerado o autor das
epopeias Ilíada e Odisseia
• Compilações de mitos e lendas populares e
determinaram a educação grega
• Pedagogia grega - baseada no aprendizado moral
e psicológico derivado da gramática e da retórica.
Principais atividades: ouvir, ler e decorar versos das
epopeias homéricas
Homero e pedagogia grega
7
• As obras de Homero formaram o homem grego e
influenciaram gerações futuras de poetas, como
Virgílio, poeta latino do início do Império Romano
que escreveu Eneida
• Influenciaram Alexandre Magno, imperador da
Macedônia. Alexandre sempre era visto com os
escritos de Ilíada e considerava-se um herdeiro
direto do herói Aquiles
Mito e educação na Grécia
8
A Filosofia nasceu por meio da transformação 
gradual dos mitos gregos ou de uma ruptura 
radical com eles? 
• Data e local de nascimento: final do século VII e
início do século VI a.C, nas colônias gregas da Ásia
Menor (Jônia), na cidade de Mileto
• Primeiro filósofo - Tales de Mileto
• Conteúdo: cosmologia – cosmos: mundo ordenado
e organizado e logia, Logos: pensamento racional,
discurso racional, conhecimento
Nascimento da Filosofia
9
1. O que tornou possível o surgimento da Filosofia
na Grécia no início do século VI a.C?
2. Quais as condições materiais, isto é,
econômicas, sociais, políticas e históricas que
permitiram o surgimento da Filosofia?
• As viagens marítimas
• A invenção do calendário
• A invenção da moeda
• O surgimento da vida urbana
Condições históricas para o surgimento da filosofia na 
Grécia
10
• A invenção da escrita alfabética
• A invenção da política – introduz 3 aspectos novos e
decisivos para o nascimento da Filosofia Grega:
1. A ideia da lei como expressão da vontade de uma
coletividade que decide o que é melhor para si
2. O surgimento de um espaço público que promove
um discurso diferente do mito
3. A política que estimula um pensamento e um
discurso não formulados por seitas ou mitos mas é
público
Condições históricas para o surgimento da filosofia na 
Grécia
11
• Exigência de que o pensamento apresente suas
regras de funcionamento - o filósofo é aquele que
justifica suas ideias provando que segue regras
universais do pensamento. Quando uma
contradição aparecer numa exposição filosófica, ela
deve ser considerada falsa
• Recusa de explicações preestabelecidas -
exigência de que, para cada problema, seja
investigada e encontrada a solução própria exigida
por ele
Traços principais da Filosofia nascente
12
• Tendência à racionalidade - a razão e somente a
razão, com seus princípios e regras, é o critério da
explicação de alguma coisa
• Tendência a oferecer respostas conclusivas -
colocado um problema, sua solução é submetida à
análise, à crítica, à discussão e à demonstração,
nunca sendo aceita como uma verdade, se não for
provado racionalmente que é verdadeira.
Traços principais da Filosofia nascente
13
• Tendência à generalização - mostrar que uma
explicação tem validade para muitas coisas
diferentes
• Atitude filosófica – capacidade de tomar distância
das ideias do senso comum e começar a fazer
indagações a si mesmo, desejando conhecer por
que cremos no que cremos, por que sentimos o que
sentimos e o que são nossas crenças e nossos
sentimentos
Traços principais da Filosofia nascente
14
• A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes
as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os
valores, os comportamentos de nossa existência
cotidiana
• Jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e
compreendido
O que é Filosofia?
15
• A noção de physis
• A causalidade interpretada em termos estritamente
naturais
• O conceito de arche ou elemento primordial
• A concepção de cosmos (o universo racionalmente
ordenado)
• A noção de logos – racionalidade deste cosmo e
explicação racional
• Caráter crítico dessas teorias – sujeitas à
discussão evitando o dogmatismo
A Filosofia rompe com o pensamento mítico
16
• “Para não darmos nossa aceitação imediata às
coisas, sem maiores considerações”
• A atitude crítica ou filosófica:
1. Negativa - dizer não ao senso comum, aos pré-
conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às ideias da
experiência cotidiana, ao que “todo mundo diz e
pensa”, ao estabelecido
• Positiva - interrogação sobre o que são as coisas,
as ideias, os fatos, as situações, os
comportamentos, os valores, nós mesmos
Para que serve a Filosofia?
17
Diferenças entre Mito e Filosofia
Mito Filosofia
• Relato que oferece uma 
explicação definitiva
• Não precisa de justificativa
• Justifica uma sociedade, uma 
cultura, um costume...
• Não existe para ser criticado ou 
discutido
• Não precisa ser apresentado 
por meio de argumentações
• É simplesmente comunicado 
pelos arautos dos deuses
• É uma narrativa que não oferece 
explicação definitiva, já que a 
discussão é própria da filosofia
• A filosofia sempre precisa se 
justificar
• O próprio ato de filosofar já 
implica a apresentação de uma 
justificativa daquilo que vai ser 
dito
• Está sujeita à crítica por ser um 
processo baseado na experiência 
e/ou no raciocínio lógico
18
Quadro sinótico
• O mito como explicação do real por 
meio de elementos sobrenaturais e 
misteriosos.
• O mito passa a ser considerado 
insatisfatório para as explicações 
cotidianas
• Os primeiros filósofos começam a 
buscar explicações racionais para 
explicar os fenômenos naturais
• Passagem do pensamento mítico-
religioso ao pensamento filosófico-
científico, representando o 
surgimento da filosofia na Grécia 
antiga (séc. VI a.C)
• Ruptura entre essas duas formas de 
pensamento como resultante de 
transformações na sociedade grega 
da época, com especial destaque 
para a atividade comercial
• O surgimento do pensamento 
filosófico nas colônias jônicas devido 
ao grande contato social e difusão 
cultural de vários povos
• O novo pensamento filosófico possui 
características centrais que rompem 
com a narrativa mítica
19
• CHAUÍ, Marilena. O que é Filosofia. São Paulo:
Ática, 2000.
• MARCONDES, Danilo. Iniciação à Históriada
Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 6.ed.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
• JAEGER, Werner. Paideia: a formação do homem
grego. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Referências
20
Sugestão de vídeo
Sabedoria e Antiguidade: Gregos [Dublado] 
Documentário Discovery Civilization
Mito e Filosofia
Marta Teixeira do Amaral Montes
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7207700111214487
Pós doutoranda em Educação pela UFRJ, Doutora em Educação pela UFRJ.
Mestre em Educação pela UNESA, Pós-Graduada em Gestão de Recursos
Humanos pela Universidade Cândido Mendes e Educação a distância pela
UNISEB. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense - UFF.
Professora da Universidade Estácio de Sá e Consultora em T&D. Professora de
pós-graduação na área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Tutora em
cursos a distância de graduação e pós-graduação. Pesquisadora no Programa
Pesquisa e Produtividade da Universidade Estácio de Sá. Pesquisadora na linha
de ética e educação e aprendizagem colaborativa com foco na docência online
pela UFRJ.Conteudista de disciplinas de cursos de graduação e pós-graduação a
distância em Educação e Gestão de Pessoas.
Título do tema da aula
Filosofia da Educação
Profa. Dra. Marta Amaral
Aula 2
23
• Compreender o novo marco da Filosofia Antiga
iniciada por Sócrates
• Identificar as ideias fundamentais dos filósofos
Sócrates, Platão e Aristóteles
• Conhecer os conceitos fundamentais da metafísica
platônica e aristotélica.
Objetivos da aula
24
A Filosofia na Grécia Antiga 
Pré-socráticos
Platão
Aristóteles
SÓCRATES
25
• Precisa se perguntar sobre a natureza (physis)
• Querer entender a origem (arché): a origem das
coisas, o princípio delas
• Divisão das escolas do pensamento por meio dos
problemas que discutiam:
✓ Escola Jônica
✓ Escola Itálica
✓ Escola Eleática
✓ Escola Atomística
O que é ser um pré-socrático?
26
Escolas pré-socráticas
• Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, 
Anaximandro de Mileto e Heráclito de 
Éfeso
• Arché: água, ar, fogo
Jônica
• Pitágoras de Samos
• Arché: os númerosItálica
Eleática
• Leucipo, Demócrito e Epicuro
• Arché: vários elementos que formam as 
coisas. ÁtomoAtomística
• Xenófanes, Parmênides e Zenão
• Arché: Um – Ser-Absoluto
27
Qual era a preocupação de Sócrates? (469-399 a.C)
✓Como disse Cícero, coube ao grego
"trazer a filosofia do céu para a terra"
✓Concentrou a filosofia no homem e em
sua alma (psique)
✓A preocupação de Sócrates era levar
as pessoas, por meio do
autoconhecimento, à sabedoria e à
prática do bem
mbhel
Destacar
28
Qual era a preocupação de Sócrates? (469-399 a.C)
✓Concebia um homem dual: alma e
corpo
✓Maiêutica: consiste em fazer perguntas
e analisar as respostas de maneira
sucessiva até chegar à verdade ou
contradição do enunciado. Estimula o
pensamento a partir daquilo que não se
conhece
“Só sei que nada sei”
mbhel
Destacar
29
Qual era a preocupação de Sócrates? (469-399 a.C)
Preocupação
Moral
Razão
Verdade
Conceito
Verdade 
universal
Homem
Alma e Espírito
Virtudes levam 
à excelência e 
à perfeição
Método
Maiêutica
Conhece-te a ti 
mesmo
30
A maiêutica na sala de aula
✓Técnica é pedagógica e didática
✓Todos carregam dentro de si o saber, sem
saber
✓O questionamento traz a reflexão e a
compreensão do que é real
✓O professor faz uma série de perguntas
mas não apresenta respostas
diretamente. Estimula o aluno a buscar
em sua mente a sabedoria e as respostas
para as questões
mbhel
Destacar
31
A maiêutica na sala de aula
✓Por meio de perguntas a mente
consegue encontrar, em si mesma, a
verdade
✓O método socrático induz uma pessoa
a formular conceitos latentes através
da dialética ou da sequencia lógica de
perguntas
32
Qual era a preocupação de Platão? (428-347 a.C)
Preocupação
1ª fase: Defesa 
de Sócrates
Diálogos
Ideias próprias
Bom, Belo, 
Grande
Homem
Corpo e Alma 
Teoria do 
conhecimento: 
Mundo das 
ideias e 
sensível
Filosofia
Dialética
Verdade e o Ser
Reminiscência
Ética
33
Platão
✓Distingue 2 formas de conhecimento:
1. Sensível - crença e opinião
2. inteligível ou intelectual - raciocínio
✓O conhecimento sensível deve ser
afastado da Filosofia por ser ilusório ou
das aparências (Mito da Caverna)
✓O inteligível deve ser considerado
válido pois o raciocínio treina e exercita
nosso pensamento para alcançar a
essência que formam a realidade ou
que constituem o Ser
34
Platão
• As ideias não são materiais mas reais
e perfeitas, por isso são eternas
• Os sentidos captam apenas cópias das
ideias (formas) perfeitas
• Teoria do conhecimento:
✓ Conhecer é relembrar as ideias do
“mundo inteligível” contempladas pela
alma antes de se tornar prisioneira
num corpo
✓ A ideia é o ideal a ser alcançado
35
Platão
.
Crença e 
opinião 
Alcança a
mera
aparência
das coisas
Sensível
Raciocínio 
e intuição
Alcança o
Ser e a
verdade
Inteleligível
36
Qual era a preocupação de Aristóteles? (384-322 a.C)
✓Problema fundamental: o ser
✓A filosofia aristotélica é conceitual como
a de Platão mas parte da experiência
✓Silogismo: “todo grego é humano. Todo
ser humano é mortal. Logo, todo grego
é mortal”
✓Pensava que por meio da lógica era
possível aprender tudo sobre o mundo
37
Qual era a preocupação de Aristóteles? (384-322 a.C)
✓A filosofia segundo Aristóteles se divide
em:
✓Teorética - física, matemática e
metafísica
✓Prática - ética e política
✓Poética - estética e técnica
38
A metafísica aristotélica
✓Ciência que estuda “o ser enquanto
ser”, ou os princípios e as causas do
ser e de seus atributos essenciais
✓A metafísica aristotélica se apresenta
em quatro questões gerais:
✓1. Potência e ato
✓2. Matéria e forma
✓3. Movido e motor
✓4. Particular e universal
39
Teoria aristotélica
• Epistemologia (episteme = conhecimento)
• Doxa (=opinião) é diferente de Episteme
• Todo conhecimento deriva da empiria (=experiência) e 
deve ser passível de verificação (= pode ser provado)
40
Teoria aristotélica
• Há quatro causas implicadas na existência de algo: 
✓Causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a 
argila, por exemplo) 
✓Causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila) 
✓Causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo em que 
a coisa surge, como as mãos do artesão) 
✓Causa final (aquilo para o qual a coisa é feita: um vaso 
para por flores)
mbhel
Máquina de escrever
Alma vegetativa: nutrição, crescimento e reprodução.nullA alma vegetativa é responsável pela geração, nutrição, pelo crescimento e pela reprodução dos seres vivos. A tese de Aristóteles: a natureza – o corpo apenas – não é suficiente para explicar todas essas atividades;
mbhel
Máquina de escrever
Alma sensitiva: buscar prazeres e os sentidos internos. Os animais possuem sensações, apetites e movimento. Destes três elementos, o básico é a sensação. Ora, o que é a sensação? A resposta lança mão da teoria aristotélica do ato e da potência
mbhel
Máquina de escrever
Alma racional ou intelectiva: operar o pensamento, abstrações, juízo e raciocínio. Assim como a alma sensitiva capta a forma sensível, a alma racional capta a forma inteligível. Assim, a faculdade perceptiva capta a cor da pele de um ser humano, ao passo que a faculdade intelectiva apreende sua forma inteligível, a alma e suas partes ou faculdades. A faculdade intelectiva, no entanto, não está misturada ao corpóreo como a alma sensitiva. 
41
• CHAUÍ, Marilena. O que é Filosofia. São Paulo:
Ática, 2000.
• MARCONDES, Danilo. Iniciaçãoà História da
Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 6.ed.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
• JAEGER, Werner. Paideia: a formação do homem
grego. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Referências
Marta Teixeira do Amaral Montes
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7207700111214487
Pós doutoranda em Educação pela UFRJ, Doutora em Educação pela UFRJ.
Mestre em Educação pela UNESA, Pós-Graduada em Gestão de Recursos
Humanos pela Universidade Cândido Mendes e Educação a distância pela
UNISEB. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense - UFF.
Professora da Universidade Estácio de Sá e Consultora em T&D. Professora de
pós-graduação na área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Tutora em
cursos a distância de graduação e pós-graduação. Pesquisadora no Programa
Pesquisa e Produtividade da Universidade Estácio de Sá. Pesquisadora na linha
de ética e educação e aprendizagem colaborativa com foco na docência online
pela UFRJ.Conteudista de disciplinas de cursos de graduação e pós-graduação a
distância em Educação e Gestão de Pessoas.
Filosofia da Educação
Profa. Dra. Marta Amaral
Aula 3
Objetivos da Aula
Filosofia Medieval – Parte I
• Identificar os fatores fundamentais que permitiram a
formação do Mundo Ocidental e o nascimento da
filosofia cristã
• Analisar a relação entre a filosofia grega pagã e o
cristianismo
• Conhecer o pensamento de Agostinho, Anselmo e
Aquino
45
• Período da história da Europa entre os séculos V e
XV
• Invasões bárbaras
• Inicia-se com a Queda do Império Romano (476
d.C) do Ocidente e termina em 1453 d.C com a
tomada de Constantinopla – Império Romano do
Oriente
Idade Média
Pré-
História
Antiga Média Moderna Contemp
46
Periodização clássica da História
Pré- história Antiga Média Moderna Contemporânea
✓ Surgimento 
do homem
✓ Invenção 
da escrita –
4 mil a.C
✓ 4 mil a.C
✓ 476 d. C –
queda do 
Império 
Romano do 
Ocidente
✓ 476 d.C. até 
1453 –
conquista de 
Constantino-
pla pelos 
turcos
✓ 1453 -1789
✓ Revolução 
Francesa
✓ Imprensa
✓ Renascimento
✓ Capitalismo
✓ 1789
✓ Dias atuais
47
Filosofia Medieval – Parte I
Idade Média
Alta Idade 
Média
476 a 1000
Invasões 
bárbaras
Despovoamento
Territórios 
islâmicos
Feudalismo
Poder 
fragmentado
Fortalecimento do 
cristianismo
Baixa Idade 
Média
XI ao XV
Técnicas 
agrícolas
Comércio
Burgos
Declínio do 
feudalismo
Cruzadas
Império Romano
✓ Morte do imperador romano
Teodosio em 395 marca a
partilha definitiva do Império
Romano
✓ Arcadius, 18 anos, fica com o
Oriente,capital: Constantinopla
✓ Honorius, 11 anos, fica com o
Ocidente, com capital em
Roma
✓ Esta cisão pode ainda hoje ser
vista na fronteira que separa a
Croácia, ocidental e católica,
da Sérvia e da Bósnia, oriental
e ortodoxa
Nascimento da Filosofia Cristã
✓ Judaísmo + Cultura grega + Cristianismo
✓ Século II d.C por meio da comunidade cristã
✓ União da razão e da fé
✓ Patrística (pater) - filosofia cristã católica (III a
VIII d.C) elaborada pelos padres ou pais da
Igreja
✓ Consiste na elaboração doutrinal das verdades
de fé do cristianismo e na sua defesa contra os
ataques dos pagãos e heresias
mbhel
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Nascimento da Filosofia Cristã
✓ Império Romano do Ocidente entra em declínio e expande-
se o cristianismo
✓ Dissolução do Império do Ocidente (476 d.C), invasões
bárbaras e desestruturação da economia escravagista e do
exército romano
✓ A Igreja Católica se torna um expoente
✓
Antes de 
Cristo
753 
fundação de 
Roma
Nascimento 
de Cristo
Ano I
Depois de 
Cristo
mbhel
Destacar
51
• Questão central: fé x razão
• Período profundamente teocêntrico
• Filósofos foram todos homens religiosos
• Preocupação filosófica: análise das diferenças e da
relação entre os dogmas aceitos pela fé e as
verdades descobertas pela razão
Filosofia da Idade Média
Fé Razão
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Aspectos da Filosofia Cristã Medieval
Patrística
Filosofia 
medieval em 
gestão
(III a VII)
Escolástica
Maior riqueza 
conceitual
(IX-XIII)
Pré-Modernos
Filosofia em 
processo de 
mutação e 
superação
(XIV e XV)
Filosofia Medieval – Agostinho de Hipona (354-430)
✓ Resgata Platão – credo ut intelligam – “creio
para entender”
✓ Um dos primeiros autores cristãos latinos a
professar uma visão clara sobre antropologia
teológica: afirma que o ser humano é união
perfeita de duas substâncias: corpo e alma
✓ Filosofia de Agostinho definiu a cultura de seu
tempo
✓ Educação e catequese se equivalem:
formação do clero, ficando em segundo plano
a transmissão dos conteúdos tradicionais
mbhel
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Filosofia Medieval – Agostinho de Hipona (354-430)
✓ Conhecimento era o centro na filosofia de Agostinho
✓ Estimulava a obediência aos mestres, a resignação e a
humildade diante do desconhecido
✓ Objetivo: treinar o controle das paixões para merecer a
salvação na vida após a morte
✓ Reflexão de Agostinho parte da indagação sobre o
conhecimento, introduzindo a razão, o pensamento e
os sentidos humanos no debate teológico
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Filosofia Medieval – Agostinho de Hipona (354-430)
✓ Formação deve ser de acordo com os princípios
cristãos
✓ Interiorização agostiniana - para encontrar a Verdade
é preciso que o homem deixe de lado sua
materialidade e se volte para seu interior, pois na alma
está o verdadeiro conhecimento, possibilitado pela
iluminação divina
✓ Nesse processo, Cristo é o verdadeiro Mestre, de
modo que os mestres terrenos têm a função de
estimular seus discípulos a buscarem a Verdade em
seu interior
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Filosofia Medieval – Anselmo de Cantuária (1033 a 1109)
✓ Seguia as ideias de Agostinho
✓ Lema: fides quaerens intellectum: “fé que
procura entender”
✓ Principal criador da filosofia Escolástica
✓ Argumento Ontológico – O que é isso?
✓ Discurso que defende a existência de Deus
por meio da ideia de que Ele é
obrigatoriamente um ser perfeito e, portanto,
deve existir
✓ Definiu Deus como sendo o maior SER que
a mente humana pode conceber
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Filosofia Medieval – Anselmo de Cantuária
✓ Defendeu que, se o maior ser possível existe na
imaginação, ele também deve existir na realidade
✓ Colocou em seu argumento que uma das características
de tal ser, o maior e melhor que se pode imaginar, é
a Existência
✓ Defensor do teocentrismo – do grego theos (Deus)
e kentron (centro) – que é a concepção segundo a qual
Deus é o centro do Universo
✓ Tudo foi criado por Deus, por Ele é dirigido e não há
outra razão além do desejo divino sobre a vontade
humana
Filosofia Medieval – Tomás de Aquino(1227-1274)
✓ Retoma Aristóteles e contribui para o
desenvolvimento da escolástica
✓ Levantamento de questões que 
aproxima Teologia da Filosofia
✓ Investigação racional dos 
fundamentos da fé cristã
✓ Transição helenismo (366 a.C a 30 
a.C) para cristianismo
Filosofia Medieval – Tomás de Aquino(1227-1274)
✓ Formulou um amplo sistema filosófico que conciliava a fé
cristã com o pensamento do grego de Aristóteles
✓ Adotou princípios opostos aos dosagostinianos e trouxe
para dentro da Igreja o pensamento o conhecimento não
sofre a influência do divino porque existe como
potencialidade
✓ Cabe ao homem acessar o conhecimento por meio do
estudo, aprendizado, da pedagogia
✓ Período final da Idade Média - transição de uma sociedade
agrária para urbana, comercial e avanços tecnológicos:
instrumentos de trabalho
mbhel
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Filosofia Medieval – Tomás de Aquino(1227-1274)
✓ Aristóteles colocava razão e investigação intelectual
em primeiro plano
✓ Realidade material era considerada a fonte primordial
de conhecimento científico e de satisfação pessoal
✓ Tomás afirma que há no ser humano uma alma única:
ideia revolucionária para uma época marcada pelo
espiritualismo de Santo Agostinho
✓ Segue o princípio aristotélico: cabe à razão ordenar e
classificar o mundo para entendê-lo (Tomismo)
mbhel
Destacar
mbhel
Destacar
Filosofia Medieval – Tomás de Aquino(1227-1274)
✓ Relação razão x fé: embora esteja subordinada à fé, a
razão funciona por si mesma, segundo as próprias leis
✓ O conhecimento não depende da fé nem da presença
de uma verdade divina no interior do indivíduo, mas é
um instrumento para se aproximar de Deus
✓ A inteligência é uma potência espiritual
✓ Processo de abstração: vai da realidade concreta até a
essência universal (Ato e Potência)
✓ A extração da essência das coisas se dá pela
transformação da potência em ato - Inteligência Ativa
mbhel
Destacar
mbhel
Destacar
mbhel
Destacar
mbhel
Destacar
mbhel
Destacar
mbhel
Destacar
mbhel
Destacar
Filosofia Escolástica
✓Do século IX até o Renascimento (XVI)
✓UNIVERSITAS- universalidade, conjunto,
totalidade.
✓Universitas Magistrorum et Scholarium –
Associação de Mestres e Alunos
✓Disciplinas do currículo:
1. Trivium: (literário): gramática, retórica e
dialética
2. Quadrivium: (científico) aritmética,
geometria, astronomia e música
Idade Média – Idade das Trevas?
✓Renascimento denominou a Idade Média
de Idade das Trevas pois os
renascentistas se colocaram como
herdeiros do pensamento e da ciência
desenvolvidos por gregos e romanos
✓Para os renascentistas, durante a Idade
Média, as artes e as ciências, se
comparadas à Antiguidade, haviam
declinado
Idade Média – Idade das Trevas?
✓ Igreja Católica, que dominou política,
econômica e culturalmente a Europa
✓Dominação religiosa impediu o
desenvolvimento da razão, criando uma era
de atraso e primitivismo
✓Século XIX, essa forma de entender o
período foi se alterando
✓Desenvolvimento tecnológico: agricultura,
artesanato, arquitetura própria, criação das
escolas e das universidades
Filosofia da Educação
Profa. Dra. Marta Amaral
Aula 4
Objetivos da Aula
Filosofia Medieval – Parte II
• Identificar fatores históricos que contribuíram para a fusão
entre cultura árabe, filosofia grega e pensamento cristão
• Entender o contexto histórico que favoreceu o
desenvolvimento da alta escolástica
• Conhecer a importância de São Tomás de Aquino e seu
papel na escolástica
• Entender as ideias de Guilherme de Ockham, que
contribuíram para o desmantelamento do grande sistema
filosófico medieval
67
Fusão Cultural
Fusão 
Cultural 
Cultura 
Árabe
Filosofia 
Grega
Alexandre 
expande seu 
Império 
difundindo a 
cultura grega
Cristianismo
Perseguição aos 
cristãos provoca 
a migração 
dessas pessoas 
para o Oriente. 
Síria e 
Mesopotâmia
Maomé
Expansão do 
Islamismo (VII)
Fraqueza militar 
bizantina
68
• Desenvolvimento de intensa atividade
artesanal e comercial, no século XIII
promoveu o surgimento de núcleos
urbanos importantes que tiveram
grande influência no enriquecimento de
uma pequena parte da população
• Rompimento com o feudalismo
favoreceu novas relações sociais e
mobilidade social
• Aumento da atividade artesã
Contexto cultural da Idade Média
69
✓ Árabes, origem semita, até o século VI
organizavam-se em tribos independentes
com lideranças políticas próprias e
politeístas
✓ A partir de 610 d.C um comerciante
nômade chamado Maomé mudou a
sociedade árabe, cria o Islamismo
(submissão em árabe) inspirado no
cristianismo e judaísmo, duas religiões
monoteístas
A cultura árabe
70
• Maomé viu no monoteísmo uma forma
de unificar as tribos árabes, vindo a se
tornar o principal profeta do Islamismo
após afirmar ter recebido a visita do
anjo Gabriel que teria lhe revelado a
existência de um Deus único, Alá
(Deus no idioma árabe)
• A partir deste momento, dedicou sua
vida para a conversão e união das
cidades, tribos e povos árabes
A cultura árabe
71
• Impregnaram o mundo ocidental do
pensamento aristotélico
• Avicena e Averrois, muito lidos nas escolas e
universidades medievais
• A efervescência cultural durante a Idade
Média foi alvo de forte influência árabe:
✓ Poesia: Mil e uma noites
✓ Matemática: algarismos arábicos, a álgebra e
o emprego do zero, medicina, química,
Astronomia, Geografia, Cartografia, até na
criptografia
A cultura árabe na filosofia da Idade Média
72
A cultura árabe
73
• Império de Carlos Magno (768-814),
Carolíngio, mais importante rei dos
francos
• Destacou-se por conquistas militares e
organização administrativa
• Organizou um exército forte: seus
soldados, grandes proprietários de terras
e camponeses equipados para a guerra
• Expandiu fronteiras com uma política
voltada para o expansionismo militar
Cristianismo e reforma educacional na Idade Média
74
• Letrados responsáveis pela educação:
monge Alcuíno de York e Teodulfo
• Cria a Escola do Palácio: centro cultural
que repassa conhecimento para as escolas
catedrais e monásticas
• Manutenção dos conhecimentos clássicos
foi o objetivo principal desta reforma
educacional
• Escolas funcionavam junto aos mosteiros
(escolas monacais), aos bispados (escolas
catedrais) ou às cortes (escolas palatinas)
O projeto escolar de Carlos Magno
75
• Nas regiões conquistadas construía fortalezas e igrejas
e obrigava os povos conquistados a converterem-se ao
cristianismo
• Investiu em cultura e educação e preservou a cultura
greco-romana com a construção de escolas, criou um
novo sistema monetário e estimulou o desenvolvimento
das artes: Renascimento Carolíngio
• Eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética,
geometria, astronomia, música, gramática, retórica e
dialética
A reforma educacional na Idade Média
76
Carta-ordenança:
Nós, Carlos, pela graça de Deus, rei dos
francos e dos lombardos, patrício dos romanos
[...[ fazemos saber à sua devoção[..] que juntos
com nossos fieis, julgamos útil que os bispos e
os monges sobre os quais o favor de Cristo nos
deu o governo, cuidem não apenas de levar
uma vida regular e de manter a nossa santa
religião, mas também de meditar as belas letras
e de dispensar a instrução aos que, graças a
Deus, são capazes de aprender, segundo a
capacidade de cada um
O projeto escolar de Carlos Magno
Escolástica
• Os primeiros e conturbados séculos da Idade
Média europeia foram dominados pelo
pensamento de Agostinho a partir das ideias
platônicas
• Escolástica – ambiente de debate que deu 
origem as atividades intelectuais, artísticas e 
filosóficas
• Século XII há a valorização do saber refletida 
na criação das universidades e na ascensão 
da classe letrada
Filosofia Medieval e Escolástica
• Na metade do século XII chegam às
universidades as versões árabes das obras de
Aristóteles
• Professores eram clérigos e lecionavam as
sete artes liberais: gramática, retórica,
lógica, aritmética, geografia, astronomia e
músicaque constituiriam o currículo
• Há um choque cultural que muda o rumo do
Ocidente em que o pensamento de Agostinho
deixa de ser o centro e a filosofia natural
aristotélica se desenvolve grandemente
Escolástica
• Século IX até século XV
• Escolástica – latim scholasticus: sábio,
estudioso, e do grego schola – discussão,
palestra
• A questão-chave: conciliar fé e razão
• Filosofia grega + valores cristãos =
filosofia da Idade Média
• Criação, Providência e Revelação Divina...
80
• No novo contexto social e econômico as
obras de Aristóteles acertam o “alvo”
• As preocupações científicas e empíricas
na obra de Aristóteles se adequaram a
esse novo contexto, devido a dois
fatores fundamentais que são
característicos do século XIII:
1. surgimento das universidades
2. criação das ordens religiosas
(franciscanos e dominicanos)
O pensamento aristotélico na Filosofia Medieval 
Escolástica (séculos IX ao XVI)
• A IM marcada por uma filosofia voltada para a
resignação, intuição e revelação divina chega a um
ponto de tensão ideológica que inverte alguns
princípios
• São Tomás de Aquino (1225-1274), o grande nome da
filosofia escolástica cujo pensamento privilegiou a
atividade, a razão e a vontade humana
• Obra-prima de Aquino, Summa Theologica é vista
como a maior obra da escolástica em que defende
maior autonomia da razão na obtenção de respostas
A Filosofia da Aquino
• Filosofia = fé cristã + pensamento do grego
• Isso parecia impossível, até herético, para boa parte
dos teólogos da época
• Ideias aristotélicas respondiam melhor aos novos
tempos que fazia uma transição de sociedade agrária
para modo de produção urbana, atividade comercial,
avanços tecnológicos e organização das guildas
• Por que? Aristóteles via razão e investigação
intelectual em primeiro plano
• Realidade material como fonte primeira
de conhecimento e satisfação pessoal
A Filosofia da Aquino
• Revê a teologia cristã sob nova ótica, seguindo o
princípio aristotélico de que cabe à razão ordenar e
classificar o mundo para entendê-lo: princípio
operacional do pensamento tomista
• Realismo tomista: contemplação inteligente da verdade
que está enunciada na fé
• Centro de seu interesse: embora a razão esteja
subordinada à fé, a razão funciona por si mesma,
segundo as próprias leis
Relação Fé x Razão
• O conhecimento não depende da fé nem da
presença de uma verdade divina no interior
do indivíduo, mas é um instrumento para se
aproximar de Deus
• A inteligência é uma potência espiritual
• Sua filosofia acirra a tensão entre a tradição
cristã medieval e a nova cultura e promove
a criação das ordens mendicantes: São
Francisco de Assis (1181/2-1226) e São
Domingos de Gusmão (1170-1221)
Todos têm uma essência
• Processo de abstração que vai da realidade concreta
até a essência universal das coisas é um exemplo da
dualidade entre ato e potência, princípio fundamental
tanto para Aristóteles quanto para Aquino
• A essência das coisas: é necessário transformar em ato
algo que está em potência, para isso é necessário
utilizar a inteligência ativa
• Cada ser humano tem uma essência particular, à
espera de ser desenvolvida e os instrumentos
fundamentais são razão e prudência
A filosofia de Tomás de Aquino baseada na metafísica 
aristotélica
• Realismo aristotélico
• O pensamento aristotélico tem 
um “telos”, ou seja uma 
finalidade, um propósito final
• Material, eficiente, formal, final
• Potência e Ato
• Movimento
Guilherme de Ockham (1280 a 1349)
• Frade franciscano e filósofo escolástico inglês
• Teve suas ideias combatidas pela Igreja sendo 
acusado de heresia
• Sua obra marca a transição para o pensamento 
renascentista
• Mentor Duns Scotus que acentuou separação
entre filosofia e teologia, razão e fé
• “Doutor Sutil“ afirma que Deus é objeto da
teologia e o ser da metafísica
• A fé não pode fazer conhecer de maneira clara
e inequívoca as verdades
mbhel
Destacar
Guilherme de Ockham (1280 a 1349)
• A fé não pode apresentar argumentos que
possam ser demonstrados
• A verdade manifesta por Deus não pertence ao
mundo racional
• A filosofia não pode se submeter à teologia
porque a teologia não é uma ciência, mas uma
série de afirmações e sentenças que não se
relacionam lógica e racionalmente
• Defendeu a tese de que a autoridade papal seria
limitada pelo direito natural e pela liberdade dos
cristãos e explicava os Evangelhos
Tipos de conhecimento para Guilherme de Ockham
• Conhecimento abstrato - relações entre as ideias, sem
nada garantir sobre sua conformidade com o real
• Conhecimento intuitivo traz a evidência imediata,
assegurando a verdade e a realidade das proposições
• Só a intuição prova a existência das coisas, ponto de
partida do conhecimento experimental, que generalizando
o particular, chega ao universal, à lei
• O que é conhecimento intuitivo? Forma de conhecimento
direta, clara e imediata, capaz de investigar objetos
pertencentes ao âmbito intelectual, a uma dimensão
metafísica ou à realidade concreta
Navalha de Ockham ou Princípio da Parcimônia
• Princípio lógico revolucionário para sua época
• Traça a simplicidade como forma de conhecer as coisas,
ou seja, qualquer explicação deve apelar ao menor
número possível de fatores para explicar o fato em
análise
• Defendia a intuição como ponto de partida para o
conhecimento do universo
• Para ele filosofia era razão e teologia era crença e,
portanto, coisas muito diferentes
Filosofia da Educação
Profa. Dra. Marta Amaral
Aula 5
Objetivos da Aula
• Identificar mudanças que trouxeram a ideia de progresso e
valorização do indivíduo na modernidade
• Conhecer o papel de Lutero na mudança política e
religiosa da Europa
• Entender a reação da Igreja Católica à Reforma
• Entender diferentes fatores que permitiram a revolução
científica
• Analisar a redescoberta do ceticismo no contexto do início
da modernidade e verificar as suas principais
características
93
Fusão Cultural
Idade 
Moderna
1453 
Queda de 
Constantinopla 
pelos turcos 
otomanos
A filosofia Medieval 
era escolástica e 
teológica
1789 
Revolução 
Francesa
Filosofia 
Moderna era 
humanista e 
antropocêntrica
A importância de Guilherme de Ockham
• Empirista e cético
• Empirista - defendia necessidade da
experimentação como fonte do
conhecimento, em oposição a ideia de
que o verdadeiro conhecimento só
poderia ser obtido pelo uso da razão
pura
• Cético - impossível provar a
existência de Deus por meio de qualquer
explicação racional
• Separa fé e razão/ Teologia e Filosofia
Mudanças no pensamento
Ideias fundamentais para a chegada do moderno:
• A ideia de progresso faz com que o novo seja considerado o
melhor
• Valorização do indivíduo, da subjetividade humana como
lugar da certeza e da verdade
Fatores históricos que ocasionaram as mudanças no 
pensamento
1. O humanismo Renascentista do 
Século XV
2. A descoberta do Novo Mundo (1492)
3. A Reforma Protestante do Século XVI
4. A Revolução Científica do Século XVII
5. Redescoberta do Ceticismo
Como estava a Europa no final da Idade Média?
• Convulsão política, social e religiosa 
• Revoltas de camponeses
• Guerras e epidemias
• Declínio do feudalismo
• Contestação sobre a liderança dos papas e da igreja
• População se ressentia dos abusos da Igreja e da sua 
falta de propósitos e corrupção
• Violência, baixa expectativa de vida, 
desigualdades sociais e 
econômicas
Humanismo Renascentista
• Movimento intelectual e filosófico em XV e XVI a partir da
Itália
• Traz o antropocentrismo (homem no centro do mundo)
no lugar do teocentrismo(Deus no centro)
• Queda do sistema feudal e formação de nova classe
social (burguesia)
• Intensificação do comércio
• Expansão do cientificismo (Copérnico (1453), Galileu
(1564), Kepler (1571), Newton (1642) que confronta
dogmas da Igreja Católica e culmina na Reforma
Protestante (1517)
O poder da Igreja
• No fim da Idade Média, a Igreja Católica tinha grande
influência política e social
• Potência financeira e poder político
• Papas tinham fortunas maiores do que alguns príncipes
e os cargos eclesiásticos eram disputados pela
aristocracia (moeda de troca)
• Venda de indulgências tem seu
auge no papado de Leão X (1513-1521)
para a construção da catedral de São
Pedro
Movimentos contra a corrupção da Igreja
• XIV e XV já havia movimentos de protestos
contra os ensinos e práticas da Igreja: pré-
reformadores: João Wycliff(1325-1384), João
Huss (1372-1415) e Jerônimo Savonarola
(1452-1498)
• Combatiam irregularidades e imoralidades do
clero, superstições, peregrinações,
veneração de santos, celibato e pretensões
papais
• Nasce o interesse em estudar as obras da
Antiguidade pelos Renascentistas
Reforma Protestante
• 31 de outubro de 1517, o monge
Martinho Lutero afixa na porta da Igreja
de Wittemberg, Alemanha, 95 teses
criticando a conduta dos papas
• Os textos denunciavam: deturpação do
evangelho, venda de indulgências e
corrupção, enriquecimento ilícito, falta
do celibato clerical e conclamavam os
cristãos ao arrependimento e à fé
O que defendia a Reforma Protestante?
• Bíblia como única fonte segura para a fé
• Justificação pela fé - a salvação é obtida pela fé e
não pelos atos
• Sacerdócio universal – todos são sacerdotes e não
necessitam de intermediários para ter contato com
Deus
Lutero e a Escolástica
• A ruptura provocada pela Reforma é um dos fatores
propulsores da modernidade mas Lutero retoma as
ideias de Santo Agostinho
• Concepção teológica - suficiência da fé - toda pessoa
tem luz natural que possibilita entendimento da
revelação, sem precisar de intermediação da igreja, dos
teólogos, da doutrina dos concílios
• Salvação pela graça – a salvação não vem por obras,
pagamentos ou saber mas é um favor de Deus
Qual foi a resposta da Igreja à Reforma Protestante?
• Contrarreforma mediante o Concílio de Trento (1545-
1563)
• Criou regras para a Igreja Católica e revisão de práticas
• Culto em língua nacional
• Surgimento dos seminários
• Reafirmação do celibato
• Princípios rejeitados: diminuição do
poder papal, livre interpretação
da Bíblia e devoção às imagens
Resposta à Reforma Protestante
• Para conter a expansão do
protestantismo estimulou as ordens
religiosas como jesuítas e
capuchinhos que viajavam para
fundar missões nas Américas e na
Ásia
• Reorganizou o Tribunal do Santo
Ofício e a publicação do Índex (Índice
dos livros proibidos)
Fatores que contribuíram para a Modernidade
• Humanismo Renascentista + Reforma
Protestante + Revolução Científica +
Ceticismo = Modernidade
• Revolução Científica: Nicolau Copérnico –
rompe com o sistema geocêntrico da Terra
e insere o heliocentrismo (hélio = Sol)
• Transformações Científicas:
1. Modelo de Galileu: universo infinito e
movimento dos corpos celestes
2. Valorização do método experimental em
oposição à contemplação
Revolução Científica
Modelo 
matemático 
do 
heliocentrismo
Copérnico
Aprimora o 
modelo de 
Copérnico
Johannes
Kepler
Dá 
explicação 
física causal 
do modelo de 
Kepler
Lei da 
gravitação
Isaac 
Newton
Ceticismo para a Modernidade
• O que é ceticismo? (Investigação)
• Doutrina filosófica em que o espírito
humano não pode atingir nenhuma
certeza a respeito da verdade, o que
resulta em um procedimento intelectual
de dúvida permanente e na abdicação,
por inata incapacidade, de uma
compreensão metafísica, religiosa ou
absoluta do real
Ceticismo
• Surge com o grego Pirro de Élis (III a. C.) e
Carnéades de Cirene (II a.C). Enesidemo,
Clitômaco e Sexto Empírico (I a.C)
• Pirrônico nada afirma sobre a verdade, mas
busca a verdade e sua investigação por meio
de um exame crítico dos sistemas
dogmáticos
• O cético utiliza a Antilogia - nenhum sistema
filosófico garante certeza absoluta sobre a
verdade. Todo sistema tem um outro sistema
dogmático oposto e igualmente convincente
Revolução Científica e o Ceticismo Moderno
• Na Idade Média houve a negação do
ceticismo por causa das ideias de Agostinho
• Cetismo Moderno (XVI) ressurge por meio do
interesse pelo antigo ceticismo pirrônico
grego nos escritos de Sexto Empírico
• As obras de Sexto Empírico voltaram
justamente quando aconteciam Reforma e
Contrarreforma e as pessoas se perguntavam
sobre o verdadeiro conhecimento religioso e
perspectivas falsas ou duvidosas
Revolução Científica e o Ceticismo
• Não é possível afirmar sobre a verdade
absoluta de nada, é preciso estar em
constante questionamento
• Duas linhas: filosófico e científico
• Ceticismo Filosófico - escola de Pirro
(360-275 a.C) na Grécia Antiga e nega
verdades absolutas e mentiras
• Ceticismo Científico - Prática de
questionar se uma afirmação está
sustentada em pesquisa empírica e
reproduzível
Michel de Montaigne (1533-1592) como representante do 
Ceticismo
• Filósofo humanista, burguesia francesa
• França dividida pelos conflitos intelectuais
entre católicos e protestantes, violência e
guerras
• Montaigne é seduzido pelos filósofos
do ceticismo, da dúvida
• Seus “Ensaios”, são muito pessoais e uma
crítica radical dos costumes, dos saberes e
das instituições da época
• Contribuição de Montaigne é fundamental na
constituição do pensamento moderno
Michel de Montaigne (1533-1592) e a Educação
• Revolucionário no tema da educação porque entendia
que o ensino deveria estar vinculado à experiência
• Criticou a memorização e o uso dos livros (baseado na
cultura livresca do Renascimento), que segundo ele,
afastaria os alunos do conhecimento
• Educação deveria criar seres humanos voltados para a
investigação e conclusões, exercitar a mente para um
posicionamento crítico do indivíduo
Cuidamos apenas de encher a memória e deixamos 
vazios o entendimento e a consciência
Filosofia da Educação
Profa. Dra. Marta Amaral
Aula 6
Objetivos da Aula
✓ Identificar o fundamento de Descartes quanto à
possibilidade do conhecimento científico encontrando uma
verdade inquestionável
✓ Analisar e conhecer o Racionalismo no processo do
conhecimento, enfatizada pela necessidade do método
para bem conduzir a razão
✓ Identificar a importância fundamental da filosofia de
Descartes para a aquisição do conhecimento
116
Fusão Cultural
Idade 
Moderna
Revolução 
Francesa 
1789
Rompimento 
com o 
pensamento 
escolástico
Iluminismo
Razão e 
Ciência
Empirismo Racionalismo
A Idade Moderna
• As novas percepções trazidas com o desenvolvimento
científico dos séculos XV e XVI, como os novos modelos
astronômicos trazidos por Nicolau Copérnico e Galileu
Galilei contestavam a visão religiosa medieval e
motivaram novas maneiras de ver o mundo
• Pensamento cartesiano está fortemente baseado nesse
novo modelo de se fazer ciência
a partir da busca do progresso e
conhecimento
A Idade Moderna
• Filósofo francês René Descartes (1596-1650) é considerado
por muitos o autor inaugural da modernidade
• Suas obras são base para a construção da filosofia moderna
• Discurso do Método (1637) – apresenta o método
cartesiano que é o ponto alto de sua filosofia
René Descartes e o conhecimento
• O objetivo de Descartes é alcançar, por meio da razão,
algum ponto no qual nenhuma dúvidaabale a verdade
• Toma a dúvida como método para chegar a esse ponto
• Método cartesiano: caminho a ser seguido para a
construção do conhecimento cientifico: evidência, análise,
síntese e enumeração
Método Cartesiano
Só aceitar o que 
não pode ser 
colocado em 
dúvida
Dividir a 
dificuldade no 
maior número 
de partes
Partir dos fatos 
mais simples 
para os mais 
complexos
DEDUÇÃO
Rever todo o 
processo do 
começo ao fim 
para que nada 
importante seja 
omitido
EVIDÊNCIA DIVISÃO/ 
ANÁLISE
ORDEM/
SÍNTESE
ENUMERAÇÃO
Cogito, ergo sum
• Descartes se coloca contrário ao ceticismo
• Partir de uma dúvida não tornaria sua filosofia 
cética?
• Utiliza-se da dúvida como um método para 
chegar a determinados resultados mas não 
permanece na dúvida, deixando o ceticismo 
para se firmar em certezas
• A verdade absoluta está sintetizada na
fórmula “eu penso”, por isso sei que existo
• “Penso, logo existo” – “Cogito, ergo sum”
Por que Descartes duvida tanto?
• Procura uma certeza que não possa ser
contestada pelos céticos por meio de um
método seguro, reconstruindo seu
conhecimento com uma base sólida, racional
• Questiona tudo aquilo que parece ser uma
verdade absoluta, já que, caso haja o menor
motivo para a dúvida, toda e qualquer
sentença deve ser rejeitada
A dúvida torna-se um estimulo à certeza e à 
verdade
A dúvida metódica
• Leva a dúvida as últimas consequências
• Não podemos confiar em nossos sentidos, já 
que podemos ser enganados por eles
• O que vemos é real ou é um sonho, uma 
ilusão? Real x Ilusório
• O procedimento da dúvida põe em dúvida 
nossos sentidos
E se?
• E se existisse um gênio maligno, uma 
entidade do mal, disposta a me enganar 
todo o tempo? 
• A conclusão do filósofo foi imediata. 
Mesmo que esse gênio usasse toda sua 
inteligência para me enganar e fazer 
pensar numa ilusão ainda assim alguma 
coisa de real existe. O que?
Nossa capacidade de pensar
A dúvida metódica
• No primeiro momento, nossas ideias sobre as 
coisas são postas em dúvida
• Aos poucos vemos que há um alargamento
nos estágios de dúvida: objetos exteriores,
sujeito, percepção, ideias
• A dúvida segue crescendo e chega ao
questionamento sobre a ideia que se tem de
algo corresponder à realidade
Descartes e o conhecimento
1. Qual o objetivo principal de
Descartes? Constituir um sistema
de conhecimento firme e seguro
em que não haja lugar para
crenças ou opiniões falsas
2. Qual é a função da dúvida?
Separar verdadeiro do falso para se
chegar a verdade indubitável
Descartes e o conhecimento
3. Que função tem o argumento do deus
enganador? Mostrar que nem as verdades da
razão, conhecimentos da matemática, são
imunes à dúvida
4. Pode a dúvida cartesiana ser considerada
cética? Não. A dúvida cética tem por objetivo
mostrar que o conhecimento não é possível. A
dúvida cartesiana tem o objetivo oposto, mostrar
que há conhecimento, isto é, verdades
indubitáveis
Filosofia da Educação
Profa. Marta Amaral
Aula 7
Objetivos da Aula
✓ Conhecer os empiristas modernos Francis Bacon (1561-
1626), John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776)
✓ Conhecer a influência de Jean Jacques Rousseau
130
Fusão Cultural
Idade 
Moderna
Descartes
Dúvida 
Metódica
Bacon
Ordem e 
Igualdade
Locke
Papel em 
Branco
Hume
Princípios 
da mente
Rousseau
Contrato 
Social
Teoria de Bacon
✓ A ciência é uma técnica e os conhecimentos científicos
considerados instrumentos práticos de controle da
natureza
✓ Pretendia demostrar sua grande preocupação com os
conhecimentos científicos na vida prática
✓ A ciência deve valorizar a pesquisa experimental
baseada na corrente empirista
A filosofia de Francis Bacon
✓ Caracteriza-se por uma ruptura com o
pensamento medieval, sobretudo a
escolástica de inspiração aristotélica
✓ Sua preocupação fundamental é com
formulação de um método que evite o erro
e coloque o homem no caminho do
conhecimento correto
✓ Teoria dos ídolos: são ilusões ou
distorções que bloqueiam a mente
humana e impedem o verdadeiro
conhecimento
Novum Organum
✓ Ídolos da tribo: fundados na espécie humana
e na fragilidade dos sentidos. O intelecto
humano é semelhante a um espelho que reflete
desigualmente os raios das coisas e as
distorce.
✓ Ídolos da caverna: são os dos homens
enquanto indivíduos pois cada um tem uma
caverna que intercepta e corrompe a luz da
natureza devido sua natureza própria e singular
e pelos ensinamentos
Novum Organum
✓ Ídolos do foro: derivados da inter-relação entre
os indivíduos devido ao comércio e consórcio
entre os homens. Os homens se associam pelo
discurso e palavras que são impostas de
maneira imprópria, bloqueiam o intelecto e
levam às inúteis controvérsias e fantasias
✓ Ídolos do teatro: imigraram para o espírito dos
homens por meio das diversas doutrinas
filosóficas e regras viciosas da demonstração,
princípios, fábulas produzidas e representadas
Método da Indução de Bacon
✓ Bacon criou um modelo de investigação
por meio do método da indução baseado
na observação precisa e minuciosa dos
fenômenos naturais
✓ Seu objetivo era combater os erros
provocados pelas crenças nos “ídolos”
Etapas do método indutivo
✓ Coleta de informações a partir da
observação rigorosa da natureza
✓ Reunião, organização sistemática e
racional dos dados recolhidos
✓ Formulação de hipóteses segundo a
análise dos dados recolhidos
✓ Comprovação das hipóteses a partir de
experimentações
O empirismo crítico de John Locke
✓ A filosofia empírica ganha formulação
sistemática, metodológica e crítica consciente
a partir de Locke
✓ Segue a linha tradicional do empirismo, e
pensa que todo conhecimento vem da
experiência, dos sentidos
✓ Locke tenta entender qual o início, a função e
os limites do entendimento humano
✓ Critica Descartes e retoma Aristóteles quando
diz que “A mente é uma tabula rasa”
A mente para Locke (1632-1704)
✓ A mente é desprovida de conteúdos
✓ Os sentidos imprimem as ideias
✓ Compreende o sujeito como um ser particular
em que todas as ideias estão encerradas no modo como
cada indivíduo percebe a realidade
✓ A única coisa inata no homem é a abstração das ideias
dos fatos singulares (como em Aristóteles) e não que as
ideias sejam inatas (como em Descartes
✓ Abstrair – isolar mentalmente um elemento ou uma
propriedade de um todo, para considerar individualmente
A mente para Locke (1632-1704)
✓ As ideias derivam das sensações
✓ Não existe pensamento puro sobre conceitos
meramente inteligíveis
✓ Pensar é sempre pensar em algo recebido
pelas sensações e impresso na mente
✓ A experiência é a observação tanto dos
objetos externos como das operações
internas da mente
✓ Pensamento é uma síntese entre forma e
conteúdo derivados da experiência e
limitados por ela
A experiência para Locke (1632-1704)
Dois tipos de experiência:
1. Externa - desta derivam as ideias simples de 
sensação (extensão, figura e movimento...)
2. Interna - da qual derivam as ideias simples 
de reflexão (dor, prazer...)
A substância em Locke (1632-1704)
✓ A essência real seria a estrutura das coisas, mas nós
conhecemos apenas a essência nominal
✓ Abstração (que nos antigos era o meio pelo qual se
alcançava a essência do ser) torna-se, em Locke, uma
parcialização de outras ideias complexas
✓ Geral e universal não pertencem à existência das coisas,
mas são invenções da mente por meio de sinais, símbolos,
palavras ou ideias
O empirismo de Hume (1711-1776)
✓ Tudo que conhecemos tem origem em duas fontes diferentes
da percepção:1. Impressões: dados fornecidos pelos sentidos
Podem ser internas, como um sentimento de prazer ou dor,
ou externas como a visão de um praia, o cheiro de uma flor
ou a sensação tátil do vento no rosto
2. Ideias: impressões representadas na
mente de acordo com lembranças
e imaginação. Lembrança de um dia de
passeio
O empirismo de Hume (1711-1776)
✓ As ideias simples que temos por meio das sensações podem
se relacionar e se transformar em ideias complexas mediante
a memória e a imaginação
✓ As ideias simples se associam em ideias complexas:
1. Semelhança – quando olhamos uma fotografia lembramos
de uma pessoa
2. Proximidade no espaço e no tempo – quando pensamos
em comida pensamos em fogão, geladeira, restaurante...
3. Relação de causa e efeito - quando pensamos em gol
pensamos em alguém que chutou uma bola, pois o chutar a
bola é a causa e o gol o efeito
Os princípios da mente em Hume (1711-1776)
✓ A mente funciona por meio das noções de: percepções,
impressões, ideias, hábitos, sensações, emoções,
experiência
✓ A realidade da ideia depende de uma impressão que lhe
corresponda e da sua origem
✓ Ao utilizar-se das faculdades do
pensamento, da imaginação e da
memória, o homem tem em sua
mente imagens imperfeitas
✓ A imaginação e o pensamento se originam dos sentidos e
se ligam internamente à experiência
O hábito em Hume (1711-1776)
✓ A observação repetida de algo nos leva a
acreditar que esse algo vai acontecer sempre,
essa tendência torna-se um hábito e por meio
dele estabelecemos relação entre os fatos
✓ O homem está em constante mudança porque
sempre recebe novas percepções por isso o
conhecimento não é certo e definitivo
✓ A ciência é resultado da indução e o único
critério de certeza que podemos ter é a
probabilidade. Por isso, é considerado um
cético
A filosofia de Rousseau (1712-1778)
✓ Tem como essência a crença de que o
homem é bom naturalmente, embora esteja
sempre sob o jugo da vida em sociedade
✓ O pensamento de Rousseau foi um dos mais
influentes para a geração de filósofos e
cientistas sociais dos séculos XIX e XX que
se propôs a refletir sobre os fundamentos da
sociedade, bem como suas contradições,
como a exploração, a violência e a
desigualdade
Contrato Social de Rousseau
✓ Como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo
tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em
sociedade?
✓ Por meio do Contrato Social em que prevaleceria a
soberania da sociedade, a soberania política da vontade
coletiva
✓ A busca pelo bem-estar seria o único móvel das ações
humanas e do interesse comum e a concorrência faria com
que todos desconfiassem de todos
✓ O contrato social define a igualdade e o comprometimento
✓ Vontade coletivo x vontade individual
A proposta inovadora de educação
✓ Um dos mais bem conceituados pensadores do
Século XVIII, na sua obra Emílio propõe um
projeto para a formação de um novo homem e
de uma nova sociedade
✓ Apresenta os princípios gerais para uma
educação de qualidade
✓ A criança deve ser acompanhada de um
preceptor que a auxiliará a ter uma educação
conforme a natureza, preservando-a da
sociedade corruptora
✓ .
A proposta inovadora de educação
✓ Apresenta uma proposta que valoriza a
liberdade e o desenvolvimento das faculdades
das crianças
✓ Entende que o homem deve ser educado para si
mesmo
✓ Por isso a necessidade de repensar a
educação, considerando uma nova forma de
compreender a infância, a adolescência e a fase
adulta
✓ Educação segundo as diferentes etapas de
formação humana
Filosofia da Educação
Profa. Marta Amaral
Aula 8
Objetivos da Aula
✓ Identificar as características do Iluminismo e seu papel no
contexto do século XVIII
✓Caracterizar o pensamento de Immanuel Kant e sua
contribuição na elaboração de uma teoria que investiga o
valor dos nossos conhecimentos, a partir da crítica das
possibilidades e limites da razão
✓Estabelecer as diferenças entre o empirismo e o
racionalismo e suas implicações para o conhecimento,
segundo Kant
152
Fusão Cultural
Iluminismo
XVIII
Autonomia 
de 
pensamento
Uso da 
Razão e da 
Ciência
Resgate 
de 
valores 
da 
cultura 
clássica
Oposição 
aos 
valores 
medievais
Filósofo 
faz uso da 
razão ao 
usar sua 
liberdade 
de pensar
A importância do Iluminismo na história humana
✓ Movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na
Europa (França, Inglaterra, Holanda), defendia o uso da
razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior
liberdade econômica e política
✓ Promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais,
baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade
✓ Apoiado pela burguesia com objetivos e interesses comuns
Quais eram as críticas do Iluminismo?
✓ Mercantilismo
✓ Absolutismo monárquico
✓ Os privilégios da nobreza e do clero
✓ Poder da igreja e as verdades reveladas 
pela fé
Por isso o Iluminismo defendia:
✓ Liberdade econômica: sem intervenção do 
estado na economia
✓ Antropocentrismo: avanço da ciência e da 
razão
✓ Predomínio da burguesia e seus ideais
Alguns pensadores que se destacaram
✓ John Locke - considerado o “pai do Iluminismo” com a 
teoria da tábula rasa
✓ Voltaire - destacou-se pelas críticas feitas ao clero 
católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos 
poderosos
✓ Montesquieu- defendeu a tripartição de poderes: 
Legislativo, Executivo e Judiciário
✓ Rousseau - sua obra “O contrato social” afirma que o 
soberano deveria dirigir o Estado com base na democracia 
e na vontade do povo
Alguns pensadores que se destacaram
✓ Adam Smith - representante do liberalismo econômico, o 
qual é composto pelo seguinte:
✓ o Estado é legitimamente poderoso se for rico
✓ para enriquecer, o Estado necessita expandir as 
atividades econômicas capitalistas
✓ para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve 
dar liberdade econômica e política para os grupos 
particulares
✓ “A riqueza das nações”, defende que a economia deveria 
ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura
Filosofia do Iluminismo
✓ A influência da Revolução Científica a partir
de Copérnico no século XVI, Galileu Galilei, no
século XVII, Isaac Newton, século XVIII
espalhou-se pelo mundo
✓ Trouxe a aplicação da razão e do
conhecimento científico para estudar os
fenômenos da sociedade: governo, economia,
educação
✓ Meados do século XVIII o Iluminismo ganha
seu ápice
As raízes do Iluminismo
✓ Humanismo renascentista (XV e XVI)
✓ Raciocínio Filosófico de Descartes (XVII)
✓ Nova visão trazida por Locke e outros 
filósofos com base na Ciência (XVII): Bacon, 
Keppler, Galileu e Newton
✓ Críticas ao antigo regime medieval
✓ Ascenção da burguesia
✓ Novo modo de pensar por meio da razão, 
da liberdade e da igualdade: Revolução 
Francesa
As raízes do Iluminismo
✓ Ápice na França: local de encontro de pensadores
✓ Razão era a base do pensamento
✓ Oposição aos ideais da monarquia e do Direito Divino
✓ Protesto contra regalias dos nobres e clero
✓ Filósofos se baseavam na lógica e na razão
Immanuel Kant e o Iluminismo
✓ Alemão, um dos principais pensadores do 
século XVIII
✓ Promove a reunião conceitual entre 
racionalismo (Descartes) e o empirismo (Hume)
Razão humana + importância da experiência = 
conhecimento
✓ Contribuiu para estabelecer a crítica aos 
limites da razão humana e ao mesmo tempo 
apontá-la como a fonte e o fundamento do 
conhecimento
Immanuel Kant e o empirismo
✓ Empiristas como Locke e Hume diziam que o conhecimento
humano se origina em nossas sensações
✓ Locke entendia que a mente é uma tábula rasa que se
torna povoada com ideiasadvindas das sensações e
experiências
✓ Kant argumenta que o modelo de tábula rasa da mente é
insuficiente para explicar as crenças que temos sobre as
coisas e objetos
O sistema filosófico de Kant
✓ Criticismo - Crítica da razão pura
✓ Desenvolveu a "filosofia transcendental" na qual expõe
a crítica a que há que submeter a razão humana a fim de
indagar as condições que tornam possível o conhecimento a
priori
✓ Considerou que existem duas faculdades
que operam na aquisição de
conhecimentos: a sensibilidade e o
entendimento
Como é possível o conhecimento?
✓ O conhecimento é possível porque o homem possui
faculdades cognitivas que o tornam possível de fazer
experiências
✓ Fontes de conhecimentos em Kant
1. A sensibilidade – os objetos são conhecidos pela intuição
2. O entendimento – os objetos são pensados pelos conceitos
Como é possível o conhecimento?
✓ Para que o conhecimento aconteça são precisos dois tipos 
de condições: empíricas e a priori
✓ Empíricas - são particulares e contingentes: dizem respeito a 
um sujeito e podem ser modificadas (por exemplo, para ver uma 
coisa intervém a agudeza visual e o tamanho do objeto)
✓ A priori – são universais e necessárias: o espaço e o tempo, 
que estão sempre presentes e não procedem da experiência 
mas a antecedem (para ver algo, primeiro é preciso um lugar e 
um tempo no qual se ordenam as impressões recebidas pela 
vista)
Conclusão de Kant sobre o conhecimento
✓ Se existem condições a priori, isto implica que o sujeito
desempenha um papel ativo no processo do conhecimento,
traz algo para esse conhecimento e não se limita a receber
passivamente o que percebe
Ética Kantiana
✓ O propósito de Kant é estabelecer uma ética racional que
seja que possa ser efetivamente implementada e racional,
independente da fé e da revelação divina
✓ Conclui que as três coisas que envolvem nossas
preocupações morais são: Deus, alma imortal e liberdade, que
podem apenas serem pensadas e não conhecidas
efetivamente
Razão Prática
✓ A razão não consegue objetivamente conhecer os objetos 
que correspondam aos conceitos pensados
✓ Necessidade de ultrapassar o uso intelectual da razão para 
uma razão prática 
✓ Se não é dado conhecermos conceitos intelectualmente e 
para não aceitá-los dogmaticamente, é necessário os justificar e 
os fundamentar através da razão prática 
✓ É inerente a razão prática admitir a 
realidade da liberdade, da alma imortal e Deus
"Fui obrigado, portanto, a suprimir o saber para dar lugar à fé“
Razão Prática de Kant
✓ A "fé" pressupõe base para a razão prática e não pela
revelação e crença
✓ Se a razão prática tem o poder para criar normas e fins
morais, tem também o poder para impô-los a si mesma
✓ Essa imposição que a razão prática faz a si mesma daquilo
que ela própria criou é o dever
✓ Não é uma imposição externa feita à nossa vontade e à
nossa consciência
✓ É a expressão da lei moral em nós, manifestação mais alta
da humanidade em nós
✓ Obedecê-la é obedecer a si mesmo
Ética Kantiana
✓ Dever – nos confere valores, fins e leis de nossa ação moral 
e por isso somos autônomos
✓ Fundamentada pela "razão prática" e pela "liberdade“
✓ Razão teórica - por meio da investigação reflexiva, o 
conhecimento
✓ Razão prática – visa o agir
✓ Para que o homem realize o seu desejo inato de ser feliz, ele 
terá que agir em sociedade com prudência e boa vontade
1. Em função disto, a pergunta "o que devo pensar para ser 
feliz? Como devo pensar?
Imperativo Categórico de Kant
✓ Ética e a liberdade em Kant são interdependentes
✓ Perfeição moral, por exemplo, a ética de um homem é um 
atributo de uma vontade livre, que é capaz de agir segundo a 
lei moral: imperativo categórico - expressa por Kant de 
quatro maneiras diferentes:
1. "Age somente segundo uma máxima por meio da qual 
possas querer ao mesmo tempo que ela se torne lei 
universal.“
2. "Age de tal maneira que a máxima de tua vontade possa 
valer igualmente em todo tempo como princípio de uma 
legislação universal."
. 
Imperativo Categórico de Kant
3. "Age de tal sorte como se a máxima de tua ação devesse 
tornar-se, por tua vontade, lei universal da Natureza.“
4. “Age de tal maneira que trates sempre a humanidade, tanto 
em tua pessoa quanto na de qualquer outro nunca 
simplesmente como meio, mas ao mesmo tempo e 
simultaneamente como fim." 
O imperativo categórico é semelhante ao ditado: “Não faças com 
os outros aquilo que não queres que faças contigo."
Imperativo Categórico de Kant
✓ Ética kantiana- pautada na "vontade livre" que 
significa a autonomia da vontade, este é o 
princípio supremo da moralidade ou da eticidade
✓ Vontade autônoma adota o imperativo categórico 
como o único modo de atingir a moralidade
✓ Vontade autônoma é uma causalidade dos seres 
racionais e a liberdade é a propriedade dessa 
causalidade pela qual ela pode agir 
independentemente de causas externas que a 
determinem
Síntese de Kant
✓ Kant faz uma síntese entre racionalismo e empirismo
✓ Sem o conteúdo da experiência, dados na intuição, os 
pensamentos são vazios de mundo (racionalismo)
✓ Sem os conceitos, os pensamentos não têm nenhum sentido 
para nós (empirismo)
✓ Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem 
conceitos são cegas
Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, se sem 
entendimento nenhum objeto seria pensado
Filosofia da Educação
Profa. Marta Amaral
Aula 9
Objetivos da Aula
✓ Identificar o significado do positivismo de Augusto Comte
e suas implicações para a educação
✓ Conhecer as contribuições dos educadores Pestalozzi,
Herbart, Froebel e Comte do século XIX para a prática
escolar nos séculos XX e XXI
Transição na Idade Moderna
Medieval
Feudalismo
Absolutismo monárquico
Mercantilismo
Igreja é o Estado
Idade Moderna
Iluminismo
Capitalismo
Antropocentrismo
Separação entre 
fé/ciência
Revolução Francesa
Nova concepção de 
homem
O Estado e a escola 
✓ Sistematização das lutas sociais
✓ Predomínio das Revoluções Liberais
✓ Burguesia se torna classe social hegemônica
✓ Operariado se organiza e começa a
participar da luta por direitos e poder
✓ Escola não é uma instituição social desvinculada 
do Estado, está comprometida com sociedade, 
economia e política
✓ Não existe educação neutra porque está dentro 
do jogo de forças e poder no contexto político de 
cada época histórica
Escola Liberal 
✓ Não significa, como geralmente se pensa, 
uma escola ‛aberta’, ‛avançada’ mas à 
educação proposta pelo Liberalismo
✓ Liberalismo - teoria política e econômica do 
capitalismo burguês
✓ Reflete os ideais do homem burguês:
1. individualismo e liberdade
2. valorização do homem, da capacidade de 
autonomia e do conhecimento racional
Escola Liberal 
✓ Nasce excludente e seletiva
✓ A escola não democrática persistiu na 
sociedade liberal porque sua principal função 
era a legitimação da ordem econômica e social
✓ Liberalismo clássico, fundado na livre 
concorrência, entra em crise, volta o Estado 
intervencionista
✓ Acentuam-se as exigências de benefícios 
sociais: a escola nacional leiga e gratuita, 
oferecida pelo Estado
Ampliação da rede escolar 
✓ Não significou a equalização de 
oportunidades pois se estrutura uma escola 
dualista
✓ Na escola dualista, os estudantes eram 
encaminhados de acordo com o seu status 
social:
1. formação global
2. estrita profissionalização técnica 
3. simples iniciação no ler, escrever e contar
Novas vertentes liberais de pensamento educacional 
✓ John Amós Comênius (1592-1670)
✓ Diderot (1713-1784)
✓ Condorcet (1743-1794)
✓ John Dewey (1859-1952)
✓ Pensavamsobre a reconstrução
social e os fins sociais da educação,
na tentativa de superar a tendência
individualista da educação burguesa e
orientar-se numa linha de maior
democratização
Pestalozzi: afeto como item central 
✓ Afeto tem papel central na pedagogia
moderna
✓ Função do ensino: levar as crianças a
desenvolver habilidades naturais e inatas
✓ Escola: extensão do lar (segurança e afeto)
✓ A criança se desenvolve de dentro para fora
✓ Professor deve respeitar os estágios de
desenvolvimento da criança
✓ Dar atenção à sua evolução, às suas
aptidões e necessidades, de acordo com
as diferentes idades
Pestalozzi: afeto como item central 
✓ Princípio da educação integral em três
dimensões humanas: cabeça, mão e
coração/intelectual, física e moral
✓ Método de estudo: três elementos mais simples:
som, forma e número
Percepção – linguagem – condições de aprender –
liberdade – autonomia moral
✓ Desenvolver trajetória íntima pelo cultivo da
disciplina interior, essencial à moral protestante
✓ Sem julgamento externo: notas ou provas,
castigos ou recompensas
A pedagogia de Johann Friedrich Herbart (1776-1841) 
✓ Formula pela primeira vez a pedagogia como
ciência organizada e sistemática, com fins claros
e meios definidos
✓ Constrói uma estrutura teórica baseada na
filosofia do funcionamento da mente, o que
a torna duplamente pioneira:
1. caráter científico
2. adoção da Psicologia como eixo central da educação
✓ Desde Herbart o pensamento pedagógico se vincula às
teorias de aprendizagem e à psicologia do
desenvolvimento
A dinâmica da mente para Herbart 
✓ Funciona por representações: imagens, ideias ou
manifestação psíquica
✓ Negava a existência de ideias inatas
✓ Está nas relações entre as representações que se combinam
e produzem resultados
✓ A doutrina pedagógica, para ser realmente científica, precisa
comprovar-se experimentalmente (influencia de Kant),
surgem daí as escolas de aplicação, que conhecemos até
hoje
Teoria dos passos formais de Herbart 
✓ Preparação: recordação do assunto
anteriormente aprendido
✓ Apresentação: exposição dos conteúdos a
serem aprendidos de forma clara e de fácil
entendimento
✓ Associação: correlação que os alunos deverão
fazer entre o assunto novo e o precedente
✓ Generalização: criação de leis e regras que
possibilitem o entendimento geral do aluno
✓ Aplicação: por meio de exercícios aplica o que
aprendeu
Friedrich Froebel (1782-1852)
✓ Um dos primeiros educadores a considerar o
início da infância como uma fase de
importância decisiva na formação das pessoas
✓ Ideia consagrada pela Psicologia, ciência da
qual foi precursor
✓ Fundador dos jardins-de-infância, destinado
aos menores de 8 anos
✓ Brincadeira- primeiro recurso no caminho da
aprendizagem por criar representações do
mundo concreto com a finalidade de entendê-
lo
Friedrich Froebel (1782-1852)
✓ A natureza é manifestação de Deus no mundo
terreno e expressa a unidade de todas as
coisas
✓ A criança traz e si a semente divina de tudo o
que há de melhor no ser humano
✓ Cabe à educação desenvolver esse germe e
não deixar que se perca
✓ Deixar a criança livre para expressar seu
interior porque quanto mais ativa é a mente da
criança, mais ela é receptiva a novos
conhecimentos
Auguste Comte (1789-1857) 
✓ Pensamentos nos campos da sociologia,
filosofia, política, educação
✓ Dedicou a sua vida à tentativa de encontrar
uma maneira de reduzir as relações sociais e
a organização das sociedades às leis
similares as das ciências exatas, podendo
assim se fazer manipulações, previsões e
tomar decisões no sentido de conduzir a
sociedade ao caminho da unidade
Ordem e Progresso 
✓ Para Comte, a sociedade apresenta
duas leis fundamentais:
1. Estática social - o desenvolvimento
só pode ocorrer se a sociedade se
organizar de modo a evitar o caos,
a confusão - ORDEM
2. Dinâmica social - organizada, pode
dar saltos qualitativos, e nisso
consiste a dinâmica social -
PROGRESSO
Defesa do Positivismo 
✓ Conhecimento científico é o verdadeiro
✓ Três estágios pelos quais a sociedade tende
a passar:
1. Teológico - explicações aos fenômenos são
atribuídas à divindade, ao sobrenatural
2. Metafísico – as explicações vêm dos
fenômenos naturais, a natureza é
autossuficiente para explicar as suas
próprias manifestações
3. Positivo ou Científico – ciência explica tudo
A escola positivista 
✓ Prevê a construção do comportamento 
altruísta
✓ Tem como base a fraternidade entre os 
homens
✓ A gestão das escolas deve ocorrer 
exclusivamente pela elite científica
✓ Monopoliza o poder e o controle do 
conhecimento
✓ Disciplina é fundamental obrigação da 
educação
A pedagogia positivista
✓ Infância é uma fase marcada pelas
soluções teológicas dos problemas
✓ As inferências do ensino científico darão
maturidade ao indivíduo
✓ Na escola positivista os estudos
científicos terão plena prioridade sobre
os literários
✓ Educação terá por objetivo principal
promover o altruísmo e repreender o
egoísmo
A pedagogia positivista
✓ Pensamento empirista considera apenas os fenômenos que 
podem ser observados
✓ Quaisquer outros pensamentos são anticientíficos, inclusive 
os que provêm de processos mentais do observador
✓ A educação passa por verificações, 
tanto dos métodos de ensino como do 
desempenho do aluno
Filosofia da Educação
Profa. Marta Amaral
Aula 10
Objetivos da Aula
✓ Identificar os fatores que permitiram as rupturas com o
pensamento moderno e a transição para o pensamento
contemporâneo.
✓ Identificar as linhas de pensamentos e as diferenças na
aplicação das propostas de educação: John Dewey,
Anísio Teixeira e Paulo Freire.
✓ Enumerar as contribuições do Paulo Freire, que o tornou
um educador conhecido e admirado no mundo inteiro e
sua contribuição para a educação.
O conceito de Modernidade 
✓ História bem longa – XV ao XVIII - período no qual houve
um retorno aos clássicos gregos e romanos
✓ Principais acontecimentos da Idade Moderna:
❖ As Grandes Navegações
❖ O Renascimento
❖ A Reforma Religiosa
❖O Absolutismo
❖ O Iluminismo
❖ Início da Revolução Francesa
A Idade Contemporânea – após 1789 
✓ Marcada por transformações profundas
na organização da sociedade e por
conflitos de amplitude mundial
✓ Inicia-se com a Revolução Francesa
que marca nova configuração do poder
político característico da burguesia em
ascensão: republicano, constitucional,
representativo, defensor da propriedade
e com forças militares
profissionalizadas
Principais características no mundo ocidental
➢ Consolidação do capitalismo como sistema econômico
➢ Desenvolvimento industrial
➢ Consolidação do regime democrático após meados do
século XIX
✓ Ascensão política e econômica da burguesia industrial,
principalmente nos países europeus
✓ Neocolonialismo e Imperialismo:
disputa de territórios, mercados
consumidores e fontes de matérias-
primas pelas potências europeias
✓ Amplo desenvolvimento tecnológico
A Razão para a Modernidade 
✓ A Filosofia Moderna foi o período em que
mais se confiou nos poderes da razão para
conhecer e conquistar a realidade e o
✓ O marco dessa forma de pensamento é
René Descartes, matemático e filósofo,
inventor da geometria analítica
✓ Método - matemático, por ser o exemplo de
conhecimento integral racional
✓ Para o racionalismo o conhecimento vem do
sujeito pensante e não do mundo exterior
✓ Razão em detrimento da experiência
A Idade Contemporânea – após 1789 
✓ Despontamento, no século XX, dos Estados
Unidos como grande potência
✓ Globalização da economia
✓ Polarização política – Capitalismo x Socialismo

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