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Auditoria e Governança Corporativa

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IESDE Brasil S.A.
Curitiba
2011
Cláudio Marcelo Rodrigues Cordeiro
Auditoria e 
Governança Corporativa
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
IESDE Brasil S.A. 
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. 
CEP: 80730-200 – Batel – Curitiba – PR 
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
Todos os direitos reservados.
Capa: IESDE Brasil S.A.
Imagem da capa: IESDE Brasil S.A.
C 794a Cordeiro, Cláudio Marcelo Rodrigues. / Auditoria e Governança Corporativa./
Cláudio Marcelo Rodrigues Cordeiro.– Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2011.
252 p.
ISBN: 978-85-387-1742-3
1. Auditoria Independente. 2. Auditoria de Demonstrações. 3. Auditoria Con-
tábil. 4. Governança Corporativa. 5. Normas de auditoria. I. Título. 
CDD 657.45
© 2010 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e 
do detentor dos direitos autorais.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
Cláudio Marcelo 
Rodrigues Cordeiro
Mestre em Administração de Empresas e 
Gestão Financeira pela Universidade de Extre-
madura/Espanha (UEX). Especialista em Didáti-
ca no Ensino Superior pelo Instituto Brasileiro de 
Pós-Graduação e Extensão (IBPEX). Especialista 
em Administração com Ênfase em Finanças pela 
Faculdade Católica de Administração e Econo-
mia (FAE). Graduado em Ciências Contábeis pela 
Faculdade Católica de Administração e Econo-
mia (FAE). Coordenador do curso de Ciências 
Contábeis das Faculdades Integradas Santa Cruz 
de Curitiba (FARESC). Professor de disciplinas 
voltadas à área de Contabilidade na Universi-
dade Positivo (UP). Professor de pós-graduação 
voltada à área de contabilidade Internacional, 
auditoria e perícia contábil pelo Instituto Bra-
sileiro de Pós-Graduação e Extensão (IBPEX). 
Possui vasta experiência acadêmica em assun-
tos relacionados às Ciências Sociais Aplicadas, 
atuando principalmente nos seguintes temas: 
contabilidade internacional, auditoria de gestão, 
auditoria interna, auditoria contábil, perícia con-
tábil, contabilidade criativa e fraudes contábeis. 
Possui experiência profissional na área de audi-
toria interna e externa, obtida através de traba-
lhos em empresas nacionais e multinacionais.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
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Fundamentos de auditoria 
13
13 | Origem
15 | Conceito de auditoria
17 | Objetivos e fundamentos da auditoria
19 | Requisitos pessoais do auditor
20 | Órgãos representativos no Brasil
23 | Principais diferenças entre a auditoria interna e a externa
Normas de auditoria externa e interna 
35
35 | Normas de auditoria externa
35 | Relação das normas técnicas de auditoria independente
37 | Resumos dos objetivos das normas técnicas de auditoria independente
47 | Normas de auditoria interna
Procedimentos de auditoria 
61
61 | Segurança para opinar
61 | Procedimentos de auditoria
73 | Os procedimentos de auditoria e sua relação com o balanço patrimonial e a 
demonstração do resultado
Testes em auditoria 
87
87 | Testes de auditoria e controles internos
88 | Identificação dos riscos de auditoria
91 | A materialidade e a auditoria
93 | Amplitude dos testes de auditoria
96 | Extensão dos exames de auditoria
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Planejamento de auditoria 
107
107 | Planejamento em auditoria
108 | Planejamento estratégico
111 | Planejamento estratégico para uma empresa de auditoria
113 | Planejamento operacional
116 | Importância do estabelecimento de um cronograma
Papéis de trabalho: conceito, objetivo e elaboração 
127
127 | Conceito
127 | Objetivos da emissão dos papéis de trabalho
128 | Finalidades dos papéis de trabalho
129 | Extensão da documentação de auditoria
130 | Regras de estruturação dos papéis de trabalho
130 | Espécies de papéis de trabalho
131 | Técnicas de elaboração de papéis de trabalho
132 | Notas em auditoria
133 | Codificação em auditoria
135 | Exceções em auditoria
135 | Aspectos relativos à custódia dos papéis de trabalho
135 | Revisão dos papéis de trabalho
136 | Programas de auditoria
137 | Modelos de papéis de trabalho
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Controle interno e governança corporativa 
147
147 | Controle interno
150 | Objetivos dos controles internos
152 | Elementos de controle interno
153 | Avaliação do controle interno
158 | Governança corporativa e a auditoria 
159 | Princípios fundamentais de governança corporativa
160 | A Lei Sarbanes-Oxley (SOX)
161 | A Lei SOX e a legislação no Brasil
164 | Comparativo entre a legislação norte-americana e a brasileira
Relatório de auditoria 
173
173 | A importância do relatório de auditoria na forma “longa”
174 | Finalidade do relatório de auditoria na forma “longa” 
174 | Técnicas para elaboração do relatório de auditoria na forma “longa”
179 | Diferença entre relatório de auditoria na forma “longa” e na forma “curta”
183 | Espécies de relatórios do auditor independente
187 | Determinação do tipo de modificação na opinião do auditor independente
Auditoria sobre o balanço patrimonial 
199
199 | Balanço patrimonial
201 | Auditoria sobre o balanço patrimonial
Auditoria sobre a demonstração do resultado 
227
227 | Demonstração do resultado
229 | Auditoria sobre o ciclo de receitas
230 | Auditoria sobre o ciclo de gastos
234 | Conexão dos exames de auditoria da demonstração do resultado com o 
balanço patrimonial
238 | Aspectos de controles internos inerentes às contas de resultado
241 | Modelo de programa de auditoria aplicável às contas de resultado
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A
uditoria e G
overnança C
orporativa
Apresentação
O conhecimento voltado para a área de audi-
toria contábil é de fundamental importância, espe-
cialmente nos dias atuais, onde há, cada vez mais, 
a necessidade de transparência das informações 
geradas pelas organizações.
Considerando que a cada dia que passa mais 
empresas estão abrindo capital e negociando as 
suas ações em bolsas de valores, o trabalho da au-
ditoria é vital para dar credibilidade aos números 
expressos nas demonstrações financeiras, contri-
buindo significativamente para a melhoria das prá-
ticas de governança corporativa.
Este livro foi desenvolvido para transmitir aos 
leitores uma visão ampla da atividade de auditoria, 
propiciando, aos interessados pelo tema, conheci-
mentos sobre como é a operacionalização dos tra-
balhos de auditoria, além das normas pertinentes 
à função.
O livro está delineado em 10 capítulos. O capítu-
lo 1 trata dos fundamentos de auditoria, contendo 
definições importantes, seus órgãos reguladores, e 
faz a diferenciação entre as diversas modalidades 
de auditoria.
O capítulo 2 trata sobre as normas de auditoria 
interna e externa, relacionando as diversas norma-
tivas emitidas pelo Conselho Federal de Contabili-
dade, além daquelas recomendadaspor entidade 
voltada a aprimorar as regulamentações da audi-
toria interna.
O capítulo 3 é voltado para os procedimentos 
de auditoria, onde são expostas as suas aplicabili-
dades e a maneira como estas devem ser executa-
das pelo auditor no momento da realização do seu 
trabalho.
No capítulo 4, que versa sobre os testes de au-
ditoria, é demonstrado como os riscos internos e 
externos interferem na auditoria, e como o auditor 
pode minimizar a potencialidade de erros nos seus 
exames.
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A
uditoria e G
overnança C
orporativa
Em relação ao capítulo 5, direcionado ao plane-
jamento de auditoria, demonstramos como é im-
portante essa etapa dos trabalhos, desde aqueles 
operacionais, até os voltados para a estratégia da 
empresa de auditoria.
No capítulo 6, relativo aos papéis de trabalho, 
preocupamo-nos em demonstrar a operacionali-
zação da documentação da auditoria, através das 
evidências da execução do trabalho.
No capítulo 7 a abordagem se concentra no 
controle interno e governança corporativa, onde 
expomos as classificações dos controles e a influ-
ência destes na transparência dos negócios, tra-
çamos um paralelo entre a legislação brasileira, 
voltada à governança corporativa, e a legislação 
americana, denominada de Lei Sarbanes-Oxley.
No capítulo 8, que versa sobre o relatório de 
auditoria, enfatizamos as regras para a sua elabo-
ração, os diferentes tipos de opinião possíveis de 
emissão, além da sua estruturação.
Os dois últimos capítulos são voltados para a 
auditoria sobre duas demonstrações, sendo no ca-
pítulo 9 abordada a auditoria sobre o balanço pa-
trimonial e o capítulo 10 inerente à auditoria sobre 
a demonstração do resultado.
Nesses dois capítulos estruturamos o raciocínio 
com ênfase na correta interpretação da auditoria 
na estruturação das demonstrações, os controles 
internos inerentes aos grupos de contas e suas 
transações, além de comentarmos sobre as fraudes 
mais rotineiras nessas demonstrações.
Ao término de cada capítulo, existem leituras 
voltadas à ampliação do conhecimento dos leito-
res, sempre interligadas aos assuntos abordados, 
além de atividades de aplicação que visam à assi-
milação e fixação dos conteúdos desenvolvidos.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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Fundamentos de auditoria
Neste capítulo abordaremos os aspectos introdutórios da auditoria, apre-
sentando a sua origem, o conceito, os objetivos e fundamentos, os requisitos 
pessoais do auditor, órgãos representativos e as principais diferenças entre a 
auditoria interna e a externa. 
Origem
O surgimento da auditoria se deu em decorrência do desenvolvimen-
to dos negócios, que ao longo dos anos experimentaram mudanças con-
sideráveis, procurando acompanhar a evolução dos tempos e crescimento 
tecnológico.
Historicamente afirma-se que o auditor surgiu no fim do século XIII, na 
Inglaterra, quando o imperador Eduardo I dizia que se as contas por ele exa-
minadas não refletissem a realidade dos fatos, seu testemunho seria motivo 
para punição. No século XIX, aparece o denominado perito contador, cuja 
função era descobrir erros e fraudes. A partir de 1900 a profissão do auditor 
tomou impulso através do desenvolvimento do capitalismo e as empresas 
tiveram que aprimorar seus produtos para competir no mercado, com isso 
muitas delas necessitaram captar recursos junto a terceiros. Aí surge a audi-
toria como técnica utilizada para apurar a fidedignidade das demonstrações 
financeiras, para que terceiros interessados nesse tipo de informação encon-
trassem a segurança necessária na tomada de decisões de seus negócios.
A necessidade de confiança pelos investidores alavancou a profissão de 
auditor, pois com o advento da Revolução Industrial, na Inglaterra, quando 
a demanda de capital e a expansão das atividades originaram problemas 
contábeis mais complexos, iniciou-se o eixo do desenvolvimento prático da 
auditoria. Com a expansão do mercado capitalista, quando cada vez mais 
os investidores passaram a colocar dinheiro nas empresas, houve a neces-
sidade de que auditores “validassem” a integridade dos números apresen-
tados nas demonstrações financeiras, pois assim aqueles que aplicavam 
capitais nas companhias se sentiam mais confortáveis em relação aos seus 
investimentos.
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Fundamentos de auditoria
Essa necessidade de confiança é a base da auditoria, e faz sentido a partir 
do momento em que as pessoas não estão na administração de uma organi- 
zação, porém têm a intenção de investir recursos naquele empreendimento.
Imagine você se as grandes organizações não realizassem revisões perió-
dicas dos seus processos, a fim de detectar eventuais falhas, erros ou fraudes. 
A auditoria como uma técnica inicialmente contábil, e hoje desmembrada 
em vários segmentos, proporciona aos seus usuários uma maior segurança 
sobre as atividades que estão sendo realizadas em uma organização.
O desenvolvimento da auditoria no Brasil
Não existem divulgações de pesquisas sobre os primórdios da auditoria 
no Brasil, sendo certo, porém, que teve origem inglesa. Autores como Perez 
Junior (2010) e Attie (2010) mencionam que o primeiro parecer de audito-
ria foi publicado em 1903. Esse parecer, emitido pela Clarkson & Cross em 
9 de abril de 1903, era relativo ao exame dos livros de São Paulo Tramway, 
Light and Power Company, na sua matriz em Toronto, Canadá; esse parecer 
mencionava os recebimentos da filial de São Paulo, porém não permitia de-
terminar se eles mantinham escritório no Brasil ou se enviaram auditores de 
Toronto, expressamente para aquela finalidade. 
Afirmam os autores que pela alteração contratual assinada em Lon-
dres, em 1911, por Sir Henry Thomas McAuliffe, Alfred Edward Maidlow e 
David Bell, a firma de auditoria McAuliffe Davis Bell & Co., mais tarde Arthur 
Andersen S/C, já mantinha um escritório no Rio de Janeiro, que tinha o obje-
tivo de fiscalizar os demonstrativos contábeis desde 21 de outubro de 1909. 
Está igualmente documentado que em 1915 a firma Price Waterhouse, 
tendo-se incorporado à W. B. Peat & Co. e Touche, Faller & Co., na América 
do Sul, abriu escritório no Rio de Janeiro, transferindo Richard Wilson, então 
gerente em Nova York, para o dirigir. 
Assim, os autores atribuem a origem da auditoria no Brasil à abertura de 
filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras; financiamento de empresas bra-
sileiras através de entidades internacionais, crescimento e diversificação das 
atividades econômicas das empresas brasileiras e à evolução do mercado de 
capitais.
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Fundamentos de auditoria
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Da mesma forma que ocorreu na Europa, à medida que o mercado de 
capitais começou a expandir também aqui no Brasil, os investidores locais 
passaram a demandar os trabalhos de auditoria para que houvesse seguran-
ça e confiabilidade nos números apresentados pelas companhias.
O problema é que não havia, na época, forte regulamentação local sobre 
as atividades de auditoria, pois essa função era relativamente nova para o 
Brasil. 
Apesar da profissão de auditor estar organizada, somente em 26 de março 
de 1957, quando da instalação do Instituto dos Contadores Públicos do Brasil, 
em São Paulo, é que obteve um conjunto de normas aplicáveis à atividade. No 
entanto somente em 1968 passou a ser reconhecida pelosistema financeiro 
nacional, através de ato do Banco Central do Brasil (Resolução 88, de 30 de 
janeiro de 1968). 
Em 1972, paralelas às regulamentações do Banco Central do Brasil, vieram 
as regulamentações do Conselho Federal de Contabilidade e a formação de 
um órgão nacional para congregar os auditores – o Instituto dos Auditores 
Independentes do Brasil (Resolução 220/72, e circulares 178/72 e 179/72, 
do Banco Central do Brasil, e Resoluções CFC 317/72 e 321/72). Essas regu-
lamentações criaram o cadastro especial de auditores independentes nos 
Conselhos Regionais e aprovaram as normas e procedimentos de auditoria 
elaborados pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. 
Todavia, somente a partir do surgimento da Lei das Sociedades por Ações 
(Lei 6.404/76) e da legislação que instituiu o órgão regulador do mercado de 
capitais no Brasil, que foi a Lei 6.385/76, a qual criou a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), é que a atividade de auditoria efetivamente ficou fortale-
cida no nosso país. 
Conceito de auditoria
Diversos autores, nas mais variadas publicações, despendem esforços em 
conceituar a auditoria, sendo que selecionamos alguns conceitos para em-
basar as nossas discussões.
Na visão de Attie (2010) auditoria consiste em uma atividade especializa-
da da área contábil, que visa testar a eficácia e eficiência dos controles im-
plantados sobre o patrimônio das empresas, com o objetivo de expressar 
uma opinião sobre determinado dado ou operação. 
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Fundamentos de auditoria
Para Franco e Marra (2001) a auditoria compreende o exame de documen-
tos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, 
internas e externas, relacionados ao controle do patrimônio, objetivando 
mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles 
decorrentes. 
Com uma visão mais ampla e completa, com a qual concordamos, Sá 
(1998) comenta que a auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao siste-
mático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou ele-
mentos de consideração contábil, visando apresentar opiniões, conclusões, 
críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza 
aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospecta-
dos e diagnosticados.
Podemos observar, lendo atentamente cada uma das definições, que a 
auditoria consiste em controlar áreas-chave nas empresas, a fim de evitar 
situações que propiciem fraudes e desfalques, por meio de testes regulares 
nos controles internos específicos de cada organização.
Desses conceitos conclui-se que a auditoria se posiciona como uma téc-
nica contábil que utiliza procedimentos específicos e peculiares, os quais, 
aplicados no exame de registros, documentos e inspeções através da obten-
ção de informações e confirmações, estabelecem condições para o contro-
le de patrimônio de uma entidade. Essas condições se efetivam por dados 
confrontados nos princípios fundamentais e normas de contabilidade, que 
refletem se as demonstrações contábeis estão adequadas à situação econô-
mico-financeira do patrimônio. 
Esses exames são efetuados de acordo com princípios e normas de audi-
toria usualmente aceitas, incluindo os procedimentos que os auditores jul-
garem necessários, conforme a circunstância, e com a finalidade de obter 
elementos de convicção, para comprovar se os registros contábeis foram 
executados de acordo com os princípios fundamentais e normas de conta-
bilidade e se as demonstrações contábeis refletem a situação econômico-fi-
nanceira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado 
e outras situações neles demonstradas. 
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Fundamentos de auditoria
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Objetivos e fundamentos da auditoria
Como objetivo principal, a auditoria sempre será contratada por uma 
pessoa, ou grupo de pessoas, para o exame e a verificação de documentos e 
registros contábeis e administrativos, de forma que o auditor, após essa aná-
lise, possa emitir uma opinião sobre a validade desses documentos e regis-
tros, que serão de utilidade para as tomadas de decisão nas organizações.
Portanto, a auditoria está fundamentada em “confiança”, de quem contra-
tou os serviços do auditor, para que ele, através da sua especialização, relate 
a forma com que foram conduzidos os trabalhos executados e quais foram 
as suas conclusões.
A contratação do trabalho de um especialista, que é o auditor, tem por 
finalidade atender a distintos públicos, que podem ser classificados como 
usuários externos e usuários internos. As finalidades básicas de cada tipo de 
usuário podem ser classificadas em:
Quanto aos usuários externos: �
interesse dos acionistas; �
interesse dos financiadores; �
interesse do Estado; �
compra e fusões de empresas. �
Quanto aos usuários internos: �
interesse dos acionistas; �
interesse em estratégias de investimentos relevantes em projetos; �
investigação de fraudes; �
revisão de processos. �
De acordo com Crepaldi (2010) é notório no Brasil ouvirmos que o gover-
no autorizou a realização de auditoria em determinados ministérios, cujas 
irregularidades são marcantes, contudo, em poucas situações se tem retor-
no desses trabalhos. Nas empresas multinacionais e nas grandes empresas é 
justamente o contrário, pouco se divulgam os resultados de uma auditoria, 
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18
Fundamentos de auditoria
pois seu objetivo é corrigir possíveis falhas nos controles, aplicação da lei, 
onde os envolvidos e os interessados possam cada vez mais, confiar na filo-
sofia da empresa. 
Nos países em que a importância da auditoria é reconhecida, há muitos 
anos existem comissões permanentes especialmente criadas para emitir 
normas de auditoria, à medida que novas circunstâncias assim exigem.
A filosofia da auditoria consiste em avaliar a política de sistemas da em-
presa, em termos de adequação, comunicação, aceitação, aplicação e con-
trole, se é necessária na situação, se contribui para atingir os objetivos da 
empresa, se permite assegurar a correta utilização dos recursos da empresa, 
tanto de natureza financeira como fonte de informação para terceiros.
A base fundamental da auditoria está ligada diretamente à contabilidade, 
que embora exerça o principal papel da empresa, no sentido de registrar 
e informar os reflexos das transações nos aspectos econômico-financeiros, 
muitas vezes é manipulada por interesses estranhos ao objetivo maior da 
empresa, visando vantagens ilícitas ou aproveitamento particular com em-
préstimos, aprovações e operações com vantagens próprias.
Classificações das auditorias quanto aos seus 
objetivos
De acordo com estudos realizados por Arruda, Araújo e Humberto (2007), 
as auditorias podem ser classificadas quanto aos seus objetivos em: audito-
ria contábil-financeira, auditoria operacional e auditoria integrada.
Auditoria contábil-financeira
É aquela que, aplicados os procedimentos técnicos emanados do Conse-
lho Federal de Contabilidade (CFC), tem por objetivo a emissão de um pare-
cer com a opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras, em relação 
ao cumprimento pela empresa das práticas usuais de contabilidade.
Auditoria operacional
Também conhecida como auditoria de otimização de recursos, auditoria 
de desempenho ou de gestão, é aquela onde busca-se avaliar a eficácia e o 
desempenho das operações, dos sistemas, dos métodos de condução dos 
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Fundamentos de auditoria
19
negócios, além do cumprimentodas políticas administrativas da empresa. 
O foco principal desse tipo de auditoria é apresentar constantes sugestões 
de melhoria nos processos auditados.
Auditoria integrada
É mais um conceito do que propriamente uma técnica, a Organização 
Latino-Americana e do Caribe das Entidades de Fiscalização Superiores 
(OLACEFS1, 1981) define como sendo uma auditoria de escopo amplo, com o 
objetivo de revisar sistematicamente e emitir relatórios sobre as relações de 
responsabilidade de prestação de contas e sobre as atividades de apoio, os 
sistemas e controles utilizados pela administração no cumprimento dos seus 
deveres e obrigações. 
Conforme Cordeiro (1998) a “auditoria integral” pressupõe um envolvi-
mento total do auditor com o objeto auditado, propiciando um aprofunda-
mento nas metodologias internas de gestão, e não somente a preocupação 
com o adequado cumprimento, por parte dos funcionários da empresa, das 
rotinas e procedimentos internos da organização. 
Requisitos pessoais do auditor
Há uma série de predicados que a pessoa que pretende exercer a função 
de auditoria deve possuir para que seu trabalho seja desenvolvido da melhor 
maneira possível. Entre essas qualidades destacamos franqueza, honestida-
de, sinceridade e zelo.
O auditor deve manter uma postura imparcial diante dos fatos que ele ob-
serva e registra nas organizações, mantendo uma atitude íntegra em todas 
as fases do seu trabalho.
Destacamos ainda outras virtudes necessárias tais como: integridade, 
objetividade, independência, confidencialidade, habilidade e competência. 
Discorreremos a seguir um pouco sobre cada um desses requisitos.
Integridade
O profissional de auditoria deve examinar toda a documentação, obter 
dados e conversar com as pessoas de maneira íntegra, honesta, transmitindo 
a todo momento sua honestidade.
1 Essa organização é vol-
tada ao estudo científico e 
técnico das entidades que 
têm por finalidade a fisca-
lização, como é o caso da 
auditoria. Maiores infor-
mações sobre a entidade 
podem ser obtidas através 
do endereço: <http://ola-
cefs.net>.
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20
Fundamentos de auditoria
Objetividade
O auditor deve ser objetivo na consecução do seu trabalho, coletando in-
formações pertinentes de forma direta, de maneira que propicie a execução 
da auditoria com qualidade, e no menor tempo possível.
Independência
O profissional de auditoria deve ser livre de qualquer interesse direto, ou 
indireto, sobre os resultados gerados pelo seu trabalho, adotando uma pos-
tura de independência e imparcialidade.
Confidencialidade
O auditor deve respeitar a confidencialidade das várias informações e 
dados obtidos durante e após a realização do seu trabalho, estando impedi-
do de divulgar essas informações e dados a terceiros, sem autorização espe-
cífica da organização auditada, exceto por obrigação legal ou profissional.
Habilidade e competência
O profissional de auditoria deve ser uma pessoa que acumule habilida-
des e competências obtidas através de sólida formação técnica e cultural. 
Essas habilidades e competências são conseguidas após leitura, treinamen-
to, estudo e vivência prática.
Órgãos representativos no Brasil
No Brasil, os principais órgãos relacionados aos auditores são os 
seguintes:
Comissão de Valores Mobiliários (CVM); �
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon); �
Conselho Federal de Contabilidade (CFC); �
Conselho Regional de Contabilidade (CRC); �
Instituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra). �
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Fundamentos de auditoria
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CVM
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada pela Lei 6.385/76, é uma 
entidade vinculada ao Ministério da Fazenda. Ela funciona como um órgão 
fiscalizador do mercado de capitais no Brasil. O auditor externo, ou indepen-
dente, para exercer atividades no mercado de valores mobiliários, compa-
nhias abertas e instituições, sociedades ou empresas, que integram o sistema 
de distribuição e intermediação de valores mobiliários, está sujeito ao prévio 
registro na CVM. Para obter o registro deverá comprovar cumulativamente:
estar registrado no CRC; �
haver exercido atividade de auditoria por um período não inferior a �
cinco anos, contado a partir da data de registro no CRC;
estar exercendo atividade de auditoria, mantendo escritório profissio- �
nal legalizado, em nome próprio, com instalações compatíveis com o 
exercício da atividade. Por instalações compatíveis entende-se aquelas 
que ofereçam segurança e integridade sobre os dados armazenados 
nos sistemas computacionais dos auditores, além de boa guarda da 
documentação física.
Ibracon
O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) é uma pessoa 
jurídica de direito privado sem fins lucrativos, e anteriormente também foi 
denominado Instituto dos Contadores Públicos do Brasil e Instituto Brasileiro 
dos Auditores Independentes, em 1957 e 1968, respectivamente. Os principais 
objetivos desse instituto são os seguintes:
fixar princípios de contabilidade; �
elaborar normas e procedimentos relacionados com auditoria e perí- �
cia contábil.
CFC e CRC
Os Conselhos de Contabilidade foram criados em 1946, e representam 
entidades de classe dos contadores, ou seja, é o local onde o aluno, após 
concluir o curso de Ciências Contábeis, registra-se na categoria de contador.
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A finalidade desses conselhos é o registro e a fiscalização do exercício da 
profissão de contabilista.
Quem desejar executar atividade de auditoria sobre organizações com 
ações negociadas em bolsa de valores deverá realizar exame de qualifica-
ção técnica para registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes 
(CNAI) do CFC, instituído pela Norma Brasileira de Contabilidade Profissional 
5 (NBC P 5), a qual foi regulamentada pela Resolução 1.109/2007, emitida 
pelo CFC em 29/11/2007, sendo um dos requisitos para a inscrição do con-
tador no CNAI, com vistas à atuação na área da auditoria independente. 
O projeto foi desenvolvido pela vice-presidência de desenvolvimento 
profissional do Conselho Federal de Contabilidade e iniciou-se devido a uma 
preocupação do CFC em elevar o nível técnico e científico do contador bra-
sileiro da área da auditoria independente, considerando o disposto na Ins-
trução da Comissão de Valores Mobiliários 308, de 14 de maio de 1999, na 
Resolução 3.198, de 27 de maio de 2004, alterada pela Resolução 3.771, de 
26 de agosto de 2009, do Banco Central do Brasil, e na Resolução CNSP 118, 
de 22 de dezembro de 2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados. 
O objetivo desse projeto é estimular o aperfeiçoamento do contador na 
execução do trabalho a ser desenvolvido na área de auditoria independente. 
Para isso, o exame tornou-se um dos requisitos para a inscrição do contador 
que pretende atuar no mercado de valores mobiliários. 
O exame é administrado por uma comissão formada por contadores indi-
cados pelo próprio CFC e pelo Ibracon.
Audibra
O Instituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra) foi fundado em 
1960, sendo uma sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos. 
O principal objetivo é promover o desenvolvimento da auditoria interna, 
mediante o intercâmbio de ideias, reuniões, conferências, publicações de 
livros e revistas e divulgação da importância da auditoria interna junto a 
terceiros.
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Principais diferenças entre a auditoria interna 
e a externa
Quandouma pessoa tem a intenção de utilizar-se de trabalhos de audito-
ria, normalmente surge a dúvida se é melhor ter auditoria interna ou contra-
tar auditores externos.
O propósito dessa etapa final do primeiro tópico é caracterizarmos o que 
vem a ser cada uma dessas atividades.
Auditoria externa
Normalmente os trabalhos executados por auditores externos, que são 
pessoas alheias à empresa e não fazem parte da folha de pagamento, têm 
por objetivo principal a emissão de parecer sobre as demonstrações con-
tábeis (balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, de-
monstração das mutações do patrimônio líquido, demonstração das origens 
e aplicações de recursos e notas explicativas), opinando se estas estão de 
acordo com as práticas contábeis.
Essa atividade é executada mediante contrato de prestação de serviço, 
e os testes de auditoria se espalham por onde haja necessidade de levantar 
questões que auxiliem na conclusão dos trabalhos.
No Brasil atualmente todas as empresas constituídas sobre a forma de 
sociedades anônimas, além daquelas reguladas por controles de fiscalização 
da CVM, Banco Central do Brasil (Bacen) e Superintendência de Seguros Pri-
vados (Susep), devem ser auditadas por auditores externos, também conhe-
cidos por auditores independentes.
Auditoria interna
A auditoria interna foi concebida em virtude de a auditoria externa ter 
por objetivo unicamente a emissão de uma parecer acerca da fidedignidade 
das demonstrações contábeis da empresa. A tarefa de análise detalhada de 
políticas e procedimento interno coube à auditoria interna.
A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente, dentro de 
uma organização, para revisar as operações contábeis, financeiras e outras, 
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Fundamentos de auditoria
dentro da finalidade de prestar serviço à administração. É um controle admi-
nistrativo cuja função é medir e avaliar a eficiência dos outros controles.
A função moderna da auditoria interna é fazer aquilo que a direção da 
empresa gostaria de fazer, se tivesse tempo para tanto e soubesse fazê-la. 
Segundo o Audibra, a auditoria interna é uma atividade de avaliação inde-
pendente e de assessoramento da administração voltada para o exame e 
avaliação da adequação, eficiência dos sistemas de controle, bem como da 
qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições e aos planos, 
metas, objetivos e políticas definidos para as mesmas.
A auditoria deve se assegurar de que os auditores internos possuam com-
petência técnica e grau de instrução compatíveis com as tarefas que execu-
tarão, é de responsabilidade do gerente de auditoria estabelecer padrões e 
critérios de recrutamento e seleção, levando-se em conta: conhecimento, ex-
periência, capacitação prévia do candidato, perfil comportamental e, sempre 
que possível, deve ser examinada a vida pregressa do candidato.
A auditoria interna deve elaborar um plano anual de treinamento, base-
ado nas avaliações periódicas, no plano de carreiras e no rodízio de trabalho 
dentro do órgão. Independente do plano de treinamento preparado pela 
área de auditoria, os auditores devem ter uma atitude de contínuo aperfei-
çoamento e ampliação de seus conhecimentos. Os atuais objetivos da audi-
toria interna, na sua essência, estão direcionados para:
examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e �
operacionais e comunicar essas informações;
examinar sistemas estabelecidos, visando certificar a observância das �
políticas, planos e leis que possam impactar as operações e verificar se 
a organização caminha em conformidade com as diretrizes traçadas;
examinar os meios usados para proteção de ativos da companhia e, �
quando necessário, verificar sua existência física;
certificar-se de que os recursos da companhia são utilizados de forma �
eficiente e econômica;
examinar operações e programas, certificar-se de que os resultados �
são compatíveis com os planos, e se essas operações, planos e progra-
mas foram executados em consonância com o que foi planejado;
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comunicar o resultado do trabalho de auditoria e se certificar que �
foram tomadas as providências necessárias a respeito de suas des-
cobertas.
A finalidade da revisão do controle interno, por parte do trabalho do au-
ditor, é a de determinar sua qualidade, adequação e desempenho, a forma 
como é monitorado pela alta administração e sua economicidade em rela-
ção aos custos dos controles e atividades controladas e, finalmente, formar 
uma base para determinar a extensão de seus próprios testes, natureza e 
oportunidades de sua realização.
Os auditores internos devem examinar os meios usados para proteger 
o ativo contra diversos tipos de danos, como os que decorrem de roubo, 
incêndio, atividade ilícita e exposição dos bens às intempéries. Ao verifi-
carem a existência do ativo devem empregar procedimentos adequados 
para esse fim.
A importância da auditoria interna reside na articulação de movimentos 
que sua implantação redunda, ou seja, em seus efeitos e impactos, não é 
sua função exclusiva apontar falhas e informar ao alto escalão, essa visão 
simplista dos serviços de auditoria é o maior óbice impeditivo à conquista 
da eficácia. Sinalizar falhas é importante na medida em que alerta para a 
necessidade de mudança, entretanto, a análise das mesmas falhas e o en-
caminhamento de soluções são os fatores que realmente dão utilidade à 
ação de buscar a informação. 
Auditor interno não é um policial, mas um profissional que pretende 
responder às expectativas da administração sobre os maiores riscos da 
empresa, observando, aconselhando e esclarecendo os responsáveis en-
volvidos, persuadindo-os a implantar as ações corretivas necessárias. Além 
disso, é uma função de apoio à gestão baseada num processo sistemático, 
utilizando técnicas de auditoria apropriadas.
A auditoria interna é uma atividade profissional e seu propósito é fazer jul-
gamento, portanto ela necessita do maior grau de imparcialidade, integridade 
e objetividade, os quais se atrofiam na ausência de independência prática.
Devido às limitações inerentes à auditoria, existe risco inevitável de que 
distorções relevantes, resultantes de fraude e, em menor grau, de erro, 
possam deixar de ser detectadas. Embora a existência de sistema contábil 
e de controle interno eficaz reduza a probabilidade de distorção, sempre 
irá existir algum risco dos controles internos não funcionarem como o 
planejado. Além disso, qualquer sistema contábil pode ser ineficaz contra 
fraude que envolva conluio entre empregados ou que sejam cometidas 
pela administração. 
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Diferenças pontuais entre a auditoria interna e a 
externa
Auditoria interna Auditoria externa
Cl
áu
di
o 
M
ar
ce
lo
 R
od
rig
ue
s 
Co
rd
ei
ro
.
Existe a relação direta de subordinação hie-
rárquica, considerando que as atividades são 
executadas por colaboradores da própria 
empresa.
Não há relação de subordinação, pois as ativi-
dades são executadas por pessoas sem vínculo 
de emprego com a empresa.
Em razão da atividade ser realizada por co-
laborador da empresa, normalmente existe 
maior abrangência nos exames que são exe-
cutados, considerando que a pessoa está o 
tempo todo na empresa auditada.
Devido à escassez de tempo para a realização 
dos exames, normalmente é executada com 
bases amostrais, que assegurem o mínimo de 
risco para o auditor emitir a sua opinião.
Tem como principais objetivos avaliar os 
processos internos,adequação das práticas 
às expectativas da alta administração, me-
lhoria contínua e avaliação da eficácia orga-
nizacional. 
Tem como principais objetivos a revisão 
das práticas administrativas, com reflexos 
nas demonstrações financeiras, pois a ade-
quação dessas práticas atende a terceiros, 
interessados na empresa, especialmente os 
investidores.
Existe a preocupação direta com a ocorrência 
de erros e fraudes, em todos os processos, 
pois a responsabilidade primária pela detec-
ção destes é da alta administração.
Os erros e as fraudes são preocupações que 
devem contemplar o planejamento das ati-
vidades, principalmente relacionando-os aos 
seus reflexos nas demonstrações financeiras. 
O sistema de controle interno é permanente-
mente avaliado, possibilitando assim a revisão 
e aperfeiçoamento das rotinas da empresa.
O sistema de controle interno é base para a de-
finição do escopo da auditoria, possibilitando 
a avaliação da necessidade de um maior ou 
menor aprofundamento. 
Possibilita maior acompanhamento posterior 
à auditoria, evidenciando se as áreas/proces-
sos foram corrigidos.
O acompanhamento posterior à auditoria 
somente é possível quando da realização de 
nova auditoria, revisando os pontos falhos que 
foram detectados anteriormente.
O produto final da auditoria interna é um 
relatório detalhado com as observações e 
sugestões de melhorias com maior grau de 
detalhamento.
O produto final da auditoria é a emissão de 
um parecer sobre as demonstrações financei-
ras, acompanhado de um relatório com as ob-
servações e sugestões de melhorias, todavia 
normalmente com menor grau de detalha-
mento
Envolvendo auditoria sobre demonstrações 
financeiras há a necessidade de afiliação ao 
CRC, sendo desejável a afiliação junto ao Au-
dibra.
Há a necessidade de afiliação ao CRC e ao 
Ibracon.
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Ampliando seus conhecimentos
Auditoria: do gênesis aos dias de hoje
(FLORIANI, 2006)
Quando se fala em auditoria, um dos fortes instrumentos de proteção 
do patrimônio das empresas é o controle interno, como sendo um conjunto 
coordenado de procedimentos adotados para certificar-se da exatidão e fi-
dedignidade dos dados contábeis, promoverem a eficiência e encorajarem 
a adesão à política traçada pela Administração. Dentro desse conjunto coor-
denado de procedimentos, previamente planejados, está também a preocu-
pação quanto à existência e o conjunto de normas estabelecidas.
A auditoria tradicional é uma função exercida por um ser humano, ge-
ralmente oriundo da profissão contábil, denominado auditor. Termo de 
origem latina, e que, segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural, “Audi-
tor é aquele que ouve, ouvinte, ouvidor. Pessoa encarregada das tarefas de 
auditoria”.
Nos dias de hoje a auditoria, mesmo que se admita ser uma função, está 
calcada em normas técnicas e profissionais, estabelecidas por várias entida-
des de classe existentes no mundo inteiro. No Brasil, destacamos o Ibracon 
– Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, o Audibra – Instituto dos 
Auditores Internos do Brasil, o CFC – Conselho Federal de Contabilidade, 
CRC – Conselho Regional de Contabilidade e a CVM – Comissão de Valores 
Mobiliários.
Não é de se estranhar os diversos episódios ocorridos que envolveram 
auditores e que abalaram a credibilidade e, por que não dizer, reduzindo o 
número de empresas conceituadas de auditoria que faziam parte das big do 
mundo. Mas afinal, o que falta?
Todos os órgãos de classe de auditoria e de contabilidade estão preocupa-
dos em recuperar a credibilidade, impondo uma série de medidas, tais como: 
teste de capacitação, educação continuada, controle de qualidade entre os 
pares, responsabilidades civis por perdas e danos etc. Ao se falar de como 
iniciou a auditoria aparecem registros de várias versões e procedências.
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28
Fundamentos de auditoria
Na verdade, por acaso, hoje a denominamos auditoria, todavia a necessi-
dade dela se justifica desde o surgimento do mundo. Após Deus ter criado o 
homem, deu-lhe a atribuição de cultivar e guardar o jardim do Éden, dando-
lhe poderes para comer dos frutos de todas as árvores do jardim, restringin-
do, apenas, o fruto da árvore da ciência do bem e do mal.
Certamente, este primeiro homem, chamado Adão, não entendeu o sen-
tido da autoridade e da limitação de acesso dada por Deus, quando este 
disse “porque no dia em que deles comeres, morrerás indubitavelmente”. Na 
verdade foi estabelecida uma norma com uma justificativa que não foi sufi-
cientemente clara para o ser humano.
A limitação de acesso, possivelmente foi proposital, fez com que houves-
se uma desobediência, para não dizer, descumprimento de norma, a ponto 
de encontrarmos o registro de um ser astuto, denominado “serpente”, que no 
sentido figurado representaria hoje um dos riscos de fraudes, com a partici-
pação de um terceiro, denominado Eva, a mulher.
Certamente se Deus tivesse colocado um anjo para cuidar, ou um sensor 
eletrônico para alarmar qualquer aproximação, junto à árvore, o mundo in-
teiro não teria conhecimento dessa primeira desobediência, da forma como 
está registrada na Bíblia, e como comentamos. Mais tarde, no ano de 1200 
d.C., encontrou-se um registro de Marco Polo que, segundo Italo Calvino, em 
As Cidades Invisíveis, narrava a Kublai Kahn “Eu falo, falo, mas quem me ouve 
retém somente as palavras que deseja. Quem comanda a narração não é a 
voz: é o ouvido”.
Nós, seres humanos, muitas vezes, não sabemos aplicar normas e puni-
ções na medida certa e no momento certo, nem sabemos exatamente como 
proporcionar desafio extra através de uma tarefa especial, como forma de 
oportunizar alguém a recuperar sua imagem e de mostrar sua capacidade 
de superação e, por fim, levar em consideração o esforço, proporcionando 
a sua retomada para uma atividade profissional normal, porém, monitorada 
(Gênesis 2.3).
O ser humano precisa estar sempre supervisionado e suas atitudes devem 
ser validadas por terceiros, com instrumentos cada vez mais modernos, e 
com a adoção de procedimentos críticos. Tanto é verdade que, o próprio 
Deus arrependeu-se em determinado momento de ter criado o homem e a 
Terra, e teve o coração ferido de íntima dor (Gênesis 6.6).
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29
Então, para evitar a “dor”, como consequência de inobservâncias de 
normas, falta de ética, fraudes financeiras e fiscais, principalmente, há ne-
cessidade de se ter consciência quanto à utilidade dos controles internos, 
adequadamente instituídos a fim de melhor distribuir atribuições e possibi-
litar uma visão clara das responsabilidades, limites de autoridade, tanto do 
empresário quanto do próprio auditado.
Muito se tem falado de segregação de funções, principalmente invocan-
do cuidados de “registros-custódia e conferência”, através de seres humanos, 
todavia, a constante evolução dá lugar cada vez mais à virtualidade, e se isso 
só não bastasse, a serpente apresentada no Gênesis dá lugar a ataques e in-
vasões inescrupulosas como por exemplo de hackers, causando séria instabi-
lidade no sistema de informações, além de prejuízos financeiros. E o auditor, 
como fica?
Validando números, operações, demonstrações através de testes diri-
gidos, aleatórios ou estatísticos? Auditor também muda. De ser humano 
exemplar, multidisciplinar e extremamente racional, altera-se para função 
que, com o uso de máquina eletrônica, vai até a auditoria integral da em-
presa, quase sempre como medida para proteger o patrimônio, sob a ótica 
econômico-financeira,como também o patrimônio, imagem e a integridade 
das poucas pessoas que ainda atuam nas empresas, incumbidas de atribui-
ções e responsabilidades.
Atividades de aplicação
1. Para o exercício profissional da auditoria é necessária uma série de re-
quisitos, tanto da pessoa física quando da pessoa jurídica. Caso uma 
pessoa física decida constituir uma organização que preste serviço de 
auditoria contábil, quais serão os requisitos necessários?
2. Quais fatores internos e externos podem levar uma organização a con-
tratar serviços de auditoria independente?
3. Em relação à natureza dos trabalhos, grau de confiabilidade e época dos 
exames, no que se diferencia a auditoria interna da auditoria externa?
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Fundamentos de auditoria
Referências
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BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução 3198, de 27 de maio de 2004. Altera e 
consolida a regulamentação relativa à prestação de serviços de auditoria inde-
pendente para as instituições financeiras, demais instituições autorizadas a fun-
cionar pelo Banco Central do Brasil e para as câmaras e prestadores de serviços de 
compensação e de liquidação. Disponível em: <www.cnb.org.br/CNBV/resoluco-
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BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução 3771, de 26 de agosto de 2009. Altera a 
Resolução 3.198, de 2004, que regulamenta a prestação de serviços de auditoria 
independente para as instituições financeiras, demais instituições autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central do Brasil e para as câmaras e prestadores de serviços 
de compensação e de liquidação. Disponível em: <www3.bcb.gov.br/normativo/
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nalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6385.htm>. Acesso em: 11 out. 2010.
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BRASIL. Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por 
ações. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. 
Acesso em: 11 out. 2010.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 308, de 14 de maio de 
1999. Dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de auditoria independen-
te no âmbito do mercado de valores mobiliários, define os deveres e as responsa-
bilidades dos administradores das entidades auditadas no relacionamento com 
os auditores independentes, e revoga as Instruções CVM números 216, de 29 de 
junho de 1994, e 275, de 12 de março de 1998. Disponível em: <www.cvm.gov.
br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst308.htm.>. Acesso em: 11 
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução 1.109, de 29 de novembro 
de 2007. Dispõe sobre a NBC P 5 − Norma sobre o Exame de Qualificação Técnica 
para Registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Con-
selho Federal de Contabilidade (CFC). Disponível em: <www.cfc.org.br>. Acesso 
em: 11 out. 2010.
CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. Resolução CNSP 118, de 22 de 
dezembro de 2004. Dispõe sobre a prestação de serviços de auditoria indepen-
dente para as sociedades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de 
previdência complementar e sobre a criação do Comitê de Auditoria. Disponível 
em: <www.susep.gov.br/textos/resol118-04.pdf>. Acesso em: 11 out. 2010.
CORDEIRO, Cláudio Marcelo Rodrigues. Auditoria Interna: qual a sua postura em 
um ambiente globalizado e competitivo? Revista do Conselho Regional de 
Contabilidade do Paraná, Curitiba, n.122, p. 17-18, nov.1998.
CREPALDI. Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010.
FLORIANI, Oldoni Pedro. Auditoria: do gênesis aos dias de hoje. Publicado em: 08 
fev. 2006. Disponível em: <www.consultores.com.br/artigos.asp?codartigo=79>. 
Acesso em: 01 out. 2010.
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Fundamentos de auditoria
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2001.
MAGALHÃES, Antônio de Deus; LUNKES, Irtes Cristina; MÜLLER, Aderbal Nicolas. 
Auditoria das Organizações. São Paulo: Atlas, 2001.
PEREZ JUNIOR, José Hernandez. Auditoria de Demonstrações Contábeis: 
normas e procedimentos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SÁ, Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
Gabarito
1. Para que a pessoa física possa constituir uma organização que preste 
serviço de auditoria contábil, será necessário que ela seja formada no 
curso de Ciências Contábeis e que tenha realizado e sido aprovada no 
exame de suficiência, regulamentado pelo Conselho Federal de Con-
tabilidade.
 Caso a pessoa preste serviço de auditoria para empresas com ações 
negociadas em bolsa de valores, haverá ainda a necessidade de pres-
tar exame de qualificação técnica junto ao Conselho Federal de Conta-
bilidade, para que possua seu nome registrado no Cadastro Nacional 
de Auditores Independentes.
 Por fim, e não menos importante, deverá ter instalações físicas compa-
tíveis com a atividade de auditoria.
2. Vários fatores podem levar as organizações à contratação de auditoria 
independente, entre eles estão: 
 Fatores internos: melhoria nos processos organizacionais, descober-
ta de fraudes, venda da empresa, dissolução da sociedade, inventários, 
solicitação dos acionistas.
 Fatores externos: exigência imposta pela Lei das Sociedades Anônimas, 
abertura de capital, determinação judicial, solicitação dos acionistas.
3. A diferenciação entre a auditoria interna e externa, concernente à na-
tureza dos trabalhos, grau de confiabilidade e época dos exames, é 
referente à(ao): 
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Fundamentos de auditoria
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 Natureza dos trabalhos: a auditoria interna está mais voltada à re-
visão dos processos organizacionais em busca da melhoria contínua, 
ao passo que na auditoria externa o principal objetivo é a emissão de 
opinião sobre as demonstrações financeiras, e se estas atendem às 
principais práticas contábeis de um país.
 Grau de confiabilidade: não deveria existir diferença no grau de con-
fiabilidade entre os auditores internose os externos, uma vez que a 
confiança é condição indispensável para o exercício da profissão. Toda-
via, o público em geral entende que a auditoria externa possui maior 
credibilidade, dado ao fato de não ser executada por funcionário da 
empresa auditada.
 Época dos exames: o trabalho da auditoria interna é efetuado diaria-
mente, ao longo do ano, somente estabelecido o período dos exames 
através de planejamento da área. Na auditoria externa, há a concen-
tração dos trabalhos no final e início do ano, pois é nesta época que as 
demonstrações financeiras são elaboradas e publicadas. 
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Normas de auditoria 
externa e interna
Neste capítulo abordaremos as normas existentes para a realização dos 
trabalhos por parte dos auditores externos e internos, apresentando um 
breve resumo sobre os conjuntos das normativas para o adequado desem-
penho das funções inerentes a esses profissionais. 
Normas de auditoria externa
As normas de auditoria representam o conjunto de técnicas, procedimen-
tos e rotinas necessárias para o adequado exercício profissional de auditor 
das demonstrações financeiras, também conhecido como auditor externo/
independente. Esse conjunto de normas é formado por três normas profis-
sionais e 37 normas técnicas.
O conjunto de normas a serem seguidas é emitido pelo Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC), e possui algumas letras que formam o seu sufixo, o 
qual explicamos a seguir. As normas podem vir precedidas de suas nomen-
claturas, quer sejam:
NBC PA – Normas Brasileiras de Contabilidade – Profissional de Audi- �
toria; 
NBC TA – Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnica de Auditoria. �
Relação das normas técnicas de 
auditoria independente
Atualmente o Brasil adotou na íntegra as normas emitidas pelo Interna-
tional Federation of Accountants (IFAC1), pois tanto a contabilidade como a 
auditoria estão em um processo mundial de harmonização das práticas.
As normas técnicas e as profissionais formam, atualmente, um conjunto 
de 40 instruções as quais relacionamos a seguir.
1 <www.ifac.org>.
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Normas de auditoria externa e interna
Nomenclatura Descrição da norma
NBC PA 01 Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes
NBC PA 02 Independência
NBC PA 03 Revisão Externa da Qualidade pelos Pares
NBC TA 01 Estrutura Conceitual para Trabalho de Asseguração
NBC TA 200 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Audito-ria em Conformidade com Normas de Auditoria
NBC TA 210 Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria
NBC TA 220 Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis
NBC TA 230 Documentação de Auditoria
NBC TA 240 Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis
NBC TA 250 Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria de Demonstra-ções Contábeis
NBC TA 260 Comunicação com os Responsáveis pela Governança
NBC TA 265 Comunicação de Deficiências do Controle Interno
NBC TA 300 Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis
NBC TA 315 Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente
NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria
NBC TA 330 Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados
NBC TA 402 Considerações de Auditoria para a Entidade que Utiliza Organização Prestadora de Serviços
NBC TA 450 Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria
NBC TA 500 Evidência de Auditoria
NBC TA 501 Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Sele-cionados
NBC TA 505 Confirmações Externas
NBC TA 510 Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais
NBC TA 520 Procedimentos Analíticos
NBC TA 530 Amostragem em Auditoria
NBC TA 540 Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo, e Divul-gações Relacionadas
NBC TA 550 Partes Relacionadas
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Normas de auditoria externa e interna
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Nomenclatura Descrição da norma
NBC TA 560 Eventos Subsequentes
NBC TA 570 Continuidade Operacional
NBC TA 580 Representações Formais
NBC TA 600 Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes
NBC TA 610 Utilização do Trabalho de Auditoria Interna
NBC TA 620 Utilização do Trabalho de Especialistas
NBC TA 700 Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Indepen-dente sobre as Demonstrações Contábeis
NBC TA 705 Modificações na Opinião do Auditor Independente 
NBC TA 706 Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente
NBC TA 710 Informações Comparativas – Valores Correspondentes e Demonstra-ções Contábeis Comparativas
NBC TA 720
Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações In-
cluídas em Documentos que Contenham Demonstrações Contábeis 
Auditadas
NBC TA 800
Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis 
Elaboradas de Acordo com Estruturas Conceituais de Contabilidade 
para Propósitos Especiais
NBC TA 805
Considerações Especiais – Auditoria de Quadros Isolados das De-
monstrações Contábeis e de Elementos, Contas ou Itens Específicos 
das Demonstrações Contábeis
NBC TA 810 Trabalhos para a Emissão de Relatório sobre Demonstrações Contá-beis Condensadas
Resumos dos objetivos das normas técnicas 
de auditoria independente
A seguir serão apresentados, de maneira resumida, os objetivos das 
normas técnicas e profissionais que regem o trabalho de auditoria indepen-
dente. As normas completas podem ser consultadas no site: <www.cfc.org.
br/sisweb/sre/Default.aspx>.
NBC PA 01
Essa norma, cuja descrição consiste em Controle de Qualidade para Firmas 
(Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes, estabelece as di-
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Normas de auditoria externa e interna
retrizes necessárias para que efetivamente haja a implantação de medidas 
que visem assegurar a qualidade nos trabalhos de auditoria, definindo entre 
outros itens a ética e responsabilidade pela liderança da firma de auditoria.
NBC PA 02
Essa norma, denominada Independência, direciona situações em que 
existe a perda da independência por parte do auditor e estabelece a necessi-
dade de rotação dos responsáveis por trabalhos técnicos de auditoria, além 
de demonstrar os critérios quanto aos honorários cobrados pelos auditores. 
NBC PA 03
O objetivo da norma Revisão Externa da Qualidade pelos Pares é asse-
gurar a qualidade e confiabilidade dos trabalhos executados por auditores 
independentes. Essa norma visa revisar as documentações de auditoria pre-
paradas por uma firma, de modo a demonstrar que os procedimentos e téc-
nicas utilizadas pelas empresas de auditoria independente são revestidos de 
critérios e práticas adequadas aos trabalhos, transmitindo qualidade, confi-
dencialidade e competência por parte dos auditores. 
NBC TA 01
Denominada Estrutura Conceitual para Trabalho de Asseguração, essa 
norma estabelece todas as condições para que o trabalho do auditor possa 
ser executado dentro de um padrão de segurança e confiabilidade. O termo 
asseguração está vinculado à responsabilidade do auditor independente 
quando esteexpressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau 
de confiança dos usuários das demonstrações financeiras. 
NBC TA 200
Essa norma de auditoria, cuja descrição é dada por Objetivos Gerais do 
Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com 
Normas de Auditoria, define o contexto da auditoria sobre as demonstrações 
contábeis, preceitua os conceitos fundamentais de materialidade, relevância 
e ética, empregados nos trabalhos de auditoria. Importantes definições de 
evidências de auditoria e risco nos trabalhos são destacados nessa norma. 
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Normas de auditoria externa e interna
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NBC TA 210
Essa norma, Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, esta-
belece as diretrizes para a execução dos trabalhos de auditoria, desde a fase 
de contratação dos serviços. Na norma estão contidas as instruções sobre as 
condições prévias para a adequada execução de uma auditoria, como acesso 
irrestrito às pessoas da entidade e informações e documentos relevantes.
NBC TA 220
Descrita como Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações 
Contábeis, essa norma fornece o detalhamento dos requisitos necessários 
que asseguram que os trabalhos de auditoria estão sendo monitorados e 
executados com ética e responsabilidade. Estabelece as condições que as-
seguram a efetiva utilização de um sistema de controle da qualidade dentro 
das firmas de auditoria.
NBC TA 230
Essa norma, que recebe o nome de Documentação de Auditoria, é vol-
tada para estabelecer os requisitos para que seja evidenciada a execução 
dos trabalhos do auditor, através de documentação gerada por ele ou obtida 
junto a terceiros. Define a finalidade da documentação de auditoria, seus 
objetivos, e como deve ser a montagem final dos arquivos de auditoria. 
NBC TA 240
Essa norma, descrita como Responsabilidade do Auditor em Relação à 
Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis, estabelece 
os requisitos necessários para que o auditor possa avaliar os riscos de distor-
ção relevante nas demonstrações contábeis, decorrentes de fraudes. Esta-
belece os fatores de risco de fraudes, bem como direciona como deve ser a 
postura da auditoria perante a administração, quando detectadas possíveis 
fraudes na organização.
NBC TA 250
A norma de auditoria que trata da Consideração de Leis e Regulamentos 
na Auditoria de Demonstrações Contábeis direciona o posicionamento do 
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Normas de auditoria externa e interna
auditor em relação a leis e regulamentos, atentando para que a empresa pro-
duza demonstrações contábeis que atendam à legislação vigente. Estabele-
ce quais devem ser os procedimentos da auditoria diante de uma possível 
ausência de cumprimento de legislação por parte da empresa auditada. 
NBC TA 260
Comunicação com os Responsáveis pela Governança é a norma que es-
tabelece como deve ser a comunicação da auditoria com as áreas ou pesso-
as que são responsáveis pela governança dentro das organizações. Dentro 
dos assuntos a tratar diretamente com os responsáveis pela governança 
estão a avaliação dos controles internos e como o auditor tratará os riscos 
detectados.
NBC TA 265
A norma que trata sobre a Comunicação de Deficiências do Controle In-
terno demonstra como deve ser a avaliação do auditor na definição, se as 
deficiências isoladas nos controles internos podem afetar a segurança no 
desenvolvimento do seu trabalho. Essa norma estabelece os indicadores de 
deficiência significativa nos controles internos, e como deve ser a comunica-
ção para a área de governança da empresa, indicando a melhor época para a 
formalização dos riscos e falhas detectadas no processo de auditoria.
NBC TA 300
A norma denominada Planejamento da Auditoria de Demonstrações 
Contábeis demonstra as atividades preliminares que devem ocorrer na fase 
de planejamento dos trabalhos. Estabelece quais são os documentos de au-
ditoria importantes para o adequado planejamento, tais como documenta-
ção da estratégia global da auditoria e o plano da auditoria. 
NBC TA 315
Na norma que trata sobre a Identificação e Avaliação dos Riscos de Distor-
ção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente, 
é demonstrado o entendimento que o auditor deve ter da entidade e o seu 
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Normas de auditoria externa e interna
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ambiente de negócios de modo a estabelecer procedimentos adequados 
para a atividade relacionada. A norma relaciona também os componentes 
da avaliação do controle interno, como ambiente de controle e processo de 
avaliação de riscos.
NBC TA 320
Denominada Materialidade no Planejamento e na Execução da Audito-
ria, essa norma define os parâmetros para o estabelecimento do que é re-
levante dentro de um processo de auditoria. De acordo com essa norma, a 
materialidade nos trabalhos de auditoria pode ser estabelecida sobre com-
ponentes específicos do patrimônio como ativos, passivos ou patrimônio 
líquido.
NBC TA 330
A norma de Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados trata dos testes e 
procedimentos de auditoria que devem ser aplicados na condução dos tra-
balhos. Aborda sobre a natureza, época e tipos de testes a aplicar em cada 
situação, destacando a relação existente entre os testes de auditoria e a ava-
liação do controle interno.
NBC TA 402
No que se refere à norma que trata sobre as Considerações de Auditoria 
para a Entidade que Utiliza Organização Prestadora de Serviços é estabe-
lecido como deve ser o procedimento de auditoria quando a contabilida-
de não é realizada nas dependências da empresa auditada, e sim em uma 
entidade prestadora de serviços. Demonstra como deve ser o posiciona-
mento do auditor diante da distorção relevante de uma informação pres-
tada pela entidade contratada por elaborar atividades específicas como a 
contabilidade. 
NBC TA 450
Na norma denominada Avaliação das Distorções Identificadas durante a 
Auditoria, é estabelecido como deve ser a comunicação para o órgão res-
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Normas de auditoria externa e interna
ponsável pela governança, diante de uma distorção detectada, bem como o 
acompanhamento da correção dessa distorção. Estabelece ainda como deve 
ser a avaliação da auditoria diante de uma distorção comunicada, porém não 
regularizada pela área de governança da companhia. 
NBC TA 500
A norma que recebe o nome de Evidência de Auditoria, além de relacio-
nar quais são os principais documentos e fontes de informações que pro-
piciam ao auditor segurança no seu trabalho, também auxilia na forma de 
selecionar itens para testes que permitam obter a confiabilidade sobre o que 
o auditado está repassando ao auditor. 
NBC TA 501
Essa norma recebe o nome de Evidência de Auditoria – Considerações 
Específicas para Itens Selecionados e trata exclusivamente de três itens em 
que o auditor deve ter especial cuidado no momento de obter informações 
precisas e confiáveis, sendo estes relacionados aos estoques, litígios e recla-
mações e dados do segmento em que ele está executando a auditoria.
NBC TA 505
A norma que recebe o nome de Confirmações Externas estabelece os 
procedimentos para que o auditor possa obter informações junto a fontes 
externas da empresa, relacionando as operações em que é possível a apli-
cação dessa técnica de auditoria. Também direciona qual deve ser o posi-
cionamento do auditor diante da administração da empresa quando esta se 
recusa a autorizar a obtenção de dados de fontes externas.
NBC TA 510
Nessa norma, denominadaTrabalhos Iniciais – Saldos Iniciais, estão des-
critos quais são os procedimentos que o auditor deve adotar na condução 
do seu trabalho, sobre saldos de demonstrações que não haviam sido au-
ditados anteriormente por ele. Estabelece também condições especiais de 
verificação dos saldos de demonstrações de entidade públicas, pois normal-
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Normas de auditoria externa e interna
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mente estas são auditadas por auditores designados por entidades públicas, 
onde pode haver limitação de acesso à documentação produzida por estes 
profissionais.
NBC TA 520
A norma sobre os Procedimentos Analíticos estabelece a forma de análise 
que o auditor deve empregar sobre os dados contábeis, definindo os tipos 
de teste utilizados nos trabalhos de auditoria. Os testes descritos na norma 
propiciam ao auditor maior segurança na formação da opinião global sobre 
os trabalhos executados. 
NBC TA 530
A norma sobre Amostragem em Auditoria é extremamente útil quando o 
auditor tem a impossibilidade de certificação da totalidade dos itens exami-
nados. Nessa norma são descritos os principais termos utilizados na seleção 
das amostras adequadas, de maneira a propiciar a diminuição dos riscos da 
auditoria. 
NBC TA 540
Essa norma é denominada Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive 
do Valor Justo, e Divulgações Relacionadas, aponta os caminhos para que o 
auditor consiga verificar se há consistência nos critérios estabelecidos pela 
empresa quando da formação de estimativas contábeis, as quais são neces-
sárias na ausência de um meio de mensuração preciso. 
NBC TA 550
A norma que recebe o nome de Partes Relacionadas propicia ao auditor 
a identificação e avaliação dos riscos relativos às operações realizadas por 
empresas do mesmo grupo e seus diretores. Define quais situações demons-
tram que as transações entre partes relacionadas foram praticadas de acordo 
com condições normais de mercado e quais foram praticadas com favoreci-
mento para uma, ou ambas as partes. 
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Normas de auditoria externa e interna
NBC TA 560
Eventos Subsequentes é o nome dado para essa norma, a qual direciona 
a responsabilidade do auditor diante dos possíveis fatos que vieram ao seu 
conhecimento durante e após a auditoria. Estabelece como esses eventos 
afetam as demonstrações contábeis, seja na forma de ajustes, ou apenas 
como explicações contidas em notas que acompanham as demonstrações 
financeiras.
NBC TA 570
Essa norma, conhecida como Continuidade Operacional, determina os 
procedimentos de auditoria diante de situações que denotam a possibili-
dade da empresa interromper as suas atividades operacionais. Demonstra 
também a responsabilidade pela avaliação da capacidade da entidade em 
manter sua continuidade operacional. 
NBC TA 580
Denominada Representações Formais, essa norma tem por objetivo ga-
rantir ao auditor que todas as informações relevantes foram apresentadas a 
ele, e que a empresa não omitiu dados e saldos contábeis nas demonstrações. 
A norma estabelece a formatação do documento que será entregue pelo au-
ditor para a área de governança da empresa, para que esta assine a declara-
ção atestando a veracidade e legitimidade das informações prestadas. 
NBC TA 600
Na norma que recebe o nome de Considerações Especiais – Auditorias 
de Demonstrações Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores 
dos Componentes, estão estabelecidos os procedimentos a adotar quando 
um grupo econômico é auditado por empresas distintas de auditoria, indi-
cando como deve ser o planejamento global dos trabalhos.
NBC TA 610
Nessa norma denominada Utilização do Trabalho de Auditoria Interna, 
estão estabelecidas as condições de relacionamento entre a auditoria inter-
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Normas de auditoria externa e interna
45
na e a auditoria independente, descrevendo em quais situações é possível a 
utilização dos trabalhos dos auditores internos. A norma determina, ainda, 
como deve ser a avaliação das atividades executadas pelo auditor interno, 
sob o ponto de vista da auditoria externa. 
NBC TA 620
Na norma sobre a Utilização do Trabalho de Especialistas, estão contidas 
as situações em que é necessária a contratação de uma pessoa para executar 
determinadas atividades que não são de domínio da empresa de auditoria. 
A norma estabelece a responsabilidade do auditor sobre as atividades exe-
cutadas por especialistas.
NBC TA 700
A norma sobre a Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor 
Independente sobre as Demonstrações Contábeis é muito importante, pois 
conceitua os tipos de opinião possíveis de se emitir, ao término dos traba-
lhos de auditoria. Na norma constam exemplos de relatórios de auditoria, 
indicando a estrutura adequada desse documento.
NBC TA 705
Essa norma trata das Modificações na Opinião do Auditor Independente, 
indicando as circunstâncias em que é necessário emitir uma opinião contrá-
ria ao que seria o convencional. A norma destaca os tipos de opiniões mo-
dificadas, as quais são classificadas em três categorias: opinião com ressalva, 
opinião adversa e abstenção de opinião. 
NBC TA 706
A norma sobre Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no 
Relatório do Auditor Independente é especialmente útil quando o desejo do 
auditor é chamar a atenção dos usuários das demonstrações contábeis para 
assuntos considerados relevantes. A norma destaca que o auditor deve co-
locar em seu relatório um item denominado ênfase para assuntos, tais como 
desfechos de incertezas sobre litígios que a empresa possua. 
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Normas de auditoria externa e interna
NBC TA 710
Nessa norma, que é denominada Informações Comparativas – Valores 
Correspondentes e Demonstrações Contábeis Comparativas, está descrito 
o posicionamento que o auditor deve ter quando realizar o seu trabalho e 
houver a necessidade de comparabilidade com saldos de demonstrações 
que foram auditadas por outros auditores. 
NBC TA 720
Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações Incluídas 
em Documentos que Contenham Demonstrações Contábeis Auditadas é a 
norma que determina até onde vai a responsabilidade do auditor na inter-
pretação dos dados inclusos em documentos que não sejam as demonstra-
ções contábeis. Durante o processo de auditoria é comum a apresentação de 
documentos auxiliares como resumos financeiros, índices, nomes de direto-
res, sendo que o auditor avalia o impacto dessas informações nas demons-
trações contábeis.
NBC TA 800
A norma relativa às Considerações Especiais – Auditorias de Demonstra-
ções Contábeis Elaboradas de Acordo com Estruturas Conceituais de Conta-
bilidade para Propósitos Especiais foi desenvolvida com o objetivo de estabe-
lecer diretrizes para a condução dos trabalhos do auditor quando se depara 
com entidades em que há regulamentações específicas, as quais podem ser 
substancialmente diferentes dos padrões usuais de contabilidade e apresen-
tação das demonstrações.
NBC TA 805
Essa norma diz respeito às Considerações Especiais – Auditoria de Qua-
dros Isolados das Demonstrações Contábeis e de Elementos, Contas ou Itens 
Específicos das Demonstrações Contábeis, direcionando os cuidados que 
o auditor deve ter na aceitação de trabalhos que não contemplam análises 
completas das demonstrações contábeis, estabelecendo como deve ser o 
planejamento da auditoria e a forma de relatar a sua opinião isolada sobre 
determinados itens. 
Este material é parte integrante do acervo

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