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Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma aprovado

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TEF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento Opera-
cional Padrão 
POP/UNIDADE DE REABILITA-
ÇÃO/010/2015 
Fisioterapia em Pacientes Pediátricos 
 com Asma 
Versão 1.0 
UNIDADE DE 
REABILITAÇÃO 
 
 
 
 
 
Procedimento Operacional 
Padrão 
 
 
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/010/2015 
Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
 
 
 
 
 
Versão 1.0 
 
 
 
® 2015, Ebserh. Todos os direitos reservados 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh 
www.Ebserh.gov.br 
 
 
Material produzido pela Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do 
Triângulo Mineiro / Ebserh 
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação 
 
POP: Fisioterapia em pacientes pediátricos com asma - Unidade de Reabili-
tação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro – Uberaba: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitala-
res, 2015. 14p. 
Palavras-chaves: 1 – POP; 2 – Técnicas; 3 – Respiratória. 
 
 
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH 
HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
Avenida Getúlio Guaritá, nº 130 
Bairro Abadia | CEP: 38025-440 | Uberaba-MG 
Telefone: (034) 3318-5200 | Sítio: www.uftm.edu.br 
 
 
ALOIZIO MERCADANTE OLIVA 
Ministro de Estado da Educação 
 
 
NEWTON LIMA NETO 
Presidente da Ebserh 
 
 
LUIZ ANTÔNIO PERTILI RODRIGUES DE RESENDE 
Superintendente do HC-UFTM 
 
 
AUGUSTO CÉSAR HOYLER 
Gerente Administrativo do HC-UFTM 
 
 
DALMO CORREIA FILHO 
Gerente de Ensino e Pesquisa do HC-UFTM 
 
 
DANIEL FERREIRA DA CUNHA 
Gerente de Atenção à Saúde do HC-UFTM 
 
 
JUVERSON ALVES TERRA JUNIOR 
Chefe do Setor de Apoio Terapêutico do HC-UFTM 
 
 
RENATA DE MELO BATISTA 
Chefe da Unidade de Reabilitação do HC-UFTM 
 
 
EXPEDIENTE 
 
 
Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro 
 
Produção 
 
 
 
 
HISTÓRICO DE REVISÕES 
 
Data Versão Descrição Gestor do POP 
Autor/responsável por 
alterações 
03/09/2015 1.0 
Trata da padronização da assis-
tência fisioterapêutica aos paci-
entes pediátricos com Asma 
Renata de Melo Batista 
Rodrigo Leonardo Barce-
los de Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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SUMÁRIO 
OBJETIVO ...................................................................................................................................6 
GLOSSÁRIO ...............................................................................................................................6 
APLICAÇÃO ...............................................................................................................................6 
I. INFORMAÇÕES GERAIS ..............................................................................................7 
 Introdução...................................................................................................................................7 
 Fisiopatologia...............................................................................................................................8 
 Objetivos .....................................................................................................................................9 
 Indicações .................................................................................................................................10 
 II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS ........................................................................................10 
 Fisioterapia....................................................................................................................................10 
 
REFERENCIAIS TEÓRICOS.......................................................................................................13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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OBJETIVO 
 
 Padronizar entre os membros da equipe de fisioterapia a assistência fisioterapêutica ao 
paciente pediátrico com asma. 
 
GLOSSÁRIO 
 
AAP – Academia Americana de Pediatria 
AVDs – Atividades de vida diária 
DF – Distrito Federal 
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares 
Ed. - Edifício 
OMS – Organização Mundial de Saúde 
p. - Página 
POP – Protocolo Operacional Padrão 
UTI – Unidade de Terapia Intensiva 
PCO2 – Pressão Parcial de Dióxido de Carbono 
VEF1 – Volume Expiratório Forçado no 1º minuto 
CVF – Capacidade Vital Forçada 
PFE – Pico de Fluxo Expiratório 
 
APLICAÇÃO 
 
UTI Neonatal e Pediátrica 
Enfermaria de Pediatria 
Berçário 
Pronto-socorro Infantil 
 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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I. INFORMAÇÕES GERAIS 
 
Introdução 
 A asma pode ser definida como uma doença inflamatória crônica pulmonar, caracterizada 
por hiperreatividade das vias aéreas inferiores e limitação variável ao fluxo aéreo, sendo reversí-
vel ou não, com o uso de medicamentos, como os broncodilatadores. Ela resulta de uma intera-
ção entre fatores genéticos, exposição ambiental e alguns fatores específicos que levam ao de-
senvolvimento e à manutenção dos sintomas. 
 
Na presença de crises asmáticas ocorre broncoconstrição, edema de mucosa, aumento da 
permeabilidade vascular, hipersecreção, descamação epitelial e processo inflamatório. Sua etio-
logia é multifatorial, determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais, resultando no 
estreitamento dos brônquios. As crises de broncoespasmo são desencadeadas por alguns alérge-
nos inalatórios (ou injetáveis), por infecção respiratória (principalmente virótica), estímulos físi-
cos (esforço excessivo) e por fatores emocionais. 
 
O quadro clínico é caracterizado por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto 
no peito e tosse à noite e ao despertar. Em crianças os sintomas mais comuns são a tosse, sibilos 
e aperto no peito, com notável piora durante a atividade física. 
 
O diagnóstico é essencialmente clínico, orientado pela anamnese e exame físico cuidadoso. Os 
critérios para o diagnóstico da asma são: a) Sintomas: dispnéia, sibilância, tosse, “aperto no pei-
to”; b) Padrão: episódico ou variável freqüentemente com piora noturna; c) Desencadeantes: e-
xercício, inalação de ar frio, exposição a alergênicos, infecção viral das vias aéreas superiores, 
ingestão de antiinflamatórios não esteróides ou sulfitos; d) Avaliação funcional: obstrução variá-
vel; e) Presença de hiperresponsividade das vias aéreas: teste de broncoprovocação positivo. A 
abordagem diagnóstica da asma depende da idade do paciente. 
 
Nos pacientes menores de seis anos, o diagnóstico baseia-se na história clínica detalhada e no 
exame físico minucioso. Os exames complementares, nessa faixa etária, são importantes para 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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excluir outras doenças o como refluxo gastroesofágico,fibrose cística, malformações, sinusites e 
infecções virais. Na idade escolar, as provas de função pulmonar, a espirometria e a medida do 
fluxo de pico expiratório (PFE) ajudam a avaliar o grau de obstrução brônquica e facilitam o di-
agnóstico. 
 
O diagnóstico da asma em crianças é difícil, considerando-se que as medidas de função pulmo-
nar nem sempre são possíveis de serem feitas e que nem todas as crianças que chiam nos primei-
ros anos de vida, sãos asmáticas. Por esse motivo o diagnóstico da asma em crianças deve ser 
basicamente clinico. A Espirometria é um teste para diagnóstico diferencial, onde a obstrução 
das vias aéreas é caracterizada por redução de VEF1 sendo inferior a 80% do previsto e da rela-
ção com VEF1/CVF sendo inferior a 75%. 
 
Segundo o III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, esta doença pode ser classificada quanto 
à gravidade em intermitente e persistente (leve, moderada e grave) e sua avaliação é feita segun-
do a freqüência e intensidade dos sintomas e a função pulmonar. 
Tabela 1: Classificação da asma quanto à gravidade 
Classificação Sintomas diurnos Sintomas noturnos PFE ou VFE1 Variabilidade PEF 
Intermitente Nenhum ou <2 vezes 
na semana 
< 2/mês >80% <20% 
Persistente leve 3-4/semana 3-4/mês >80% 20%-30% 
Persistente modera-
da 
Diariamente >5/mês >60% e <80% >30% 
Persistente grave Contínuos Freqüente <60% >30% 
Fonte: III Congresso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002. 
 
Fisiopatologia da Asma Brônquica 
 A conseqüência da alteração fisiopatológica da asma é a obstrução brônquica ao fluxo 
aéreo que aumenta a resistência das vias respiratórias e, consequentemente, o trabalho muscular 
respiratório, podendo levar à fadiga muscular e causar dispnéia. 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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Durante a crise asmática, o espasmo, o edema e a hipersecreção são os fatores responsáveis pela 
obstrução brônquica com prejuízo nas duas fases da respiração. Enquanto a inspiração se torna 
rápida e superficial, a expiração é longa e ineficaz, levando a hiperinsuflação pulmonar. Ocorre 
alteração da mecânica ventilatória com rebaixamento das cúpulas diafragmáticas, redução do seu 
trajeto durante os movimentos respiratórios prejudicando a ventilação basal. A caixa torácica a-
dota uma atitude em inspiração, com diminuição da mobilidade costal. Em vista das alterações 
citadas, entram em ação os músculos acessórios da respiração (trapézio, peitorais e esternoclei-
domastóideos), caracterizando a respiração torácica superior, que leva a um grande consumo de 
energia levando o asmático à exaustão. O esforço muscular posto em jogo demanda de um maior 
consumo de oxigênio para manter a atividade metabólica, porém faz de tal forma que a PCO2 e a 
acidose respiratória conseqüentemente piorem ao invés de melhorarem. 
 
Por causa da dificuldade ao expirar o ar contido nos pulmões, a capacidade residual funcional e o 
volume residual aumentam muito durante uma crise de asma. Se a doença persiste ao longo de 
muitos anos, a caixa torácica fica permanentemente aumentada de volume, resultando no “tórax 
em barril” e a capacidade funcional residual e o volume residual ficam permanentemente aumen-
tados. As crises de asma são episódicas, mas a inflamação das vias aéreas está cronicamente pre-
sente. Mesmo no paciente com asma leve, podem ser identificados marcadores da presença de 
inflamação das vias aéreas. Por isso, considera-se a asma uma doença crônica que requer trata-
mento prolongado. 
 
Objetivos: 
 Minimizar sua intensidade e promover o controle respiratório, quando nos períodos 
intercrise, para oferecer orientações ao paciente, manter a permeabilidade da via aérea e 
adequar à ventilação pulmonar; 
 Aliviar o broncoespasmo, ajudar na remoção de secreções, melhorar o padrão respiratório 
e treinar posturas específicas para controlar a dispnéia; 
 Evitar os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados para o seu tratamento, prevenir o 
desenvolvimento de obstrução irreversível das vias aéreas e prevenir a mortalidade por asma; 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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 Reabilitação funcional respiratória, através da execução adequada de exercícios que 
atuam na mobilidade dos músculos respiratórios, exercícios ritmados com a respiração bem 
como a adoção de posturas que exercem ação facilitadora e corretiva da ventilação pulmonar; 
 Melhorar endurance e força dos músculos respiratórios; 
 Otimizar o sistema de umidificação para obter adequada viscosidade de secreções; 
 Correção e prevenção de deformidades e contraturas; 
 Avaliar padrão respiratório e das características da crise (início, reação do doente e familiares, 
postura assumida pela criança); 
 Reeducação postural; 
 
Indicações 
 Pacientes com relato de um ou mais dos seguintes sintomas: dispnéia, tosse crônica, aper-
to no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã. 
 Espirometria com redução de VEF1 inferior a 80% do previsto, e da relação VEF1/CVF 
inferior a 75%. 
 
 
II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
Fisioterapia 
A avaliação e o tratamento fisioterapêutico da criança com asma é baseado na situação 
clinica do momento. Dentre os principais pontos a serem considerados na avaliação, devem-se 
determinar o padrão ventilatório e a expansibilidade torácica, investigar a presença ou acúmulo 
de secreções brônquicas, observar os distúrbios posturais e investigar a qualidade de vida. 
 Os objetivos gerais das principais técnicas utilizadas são a desobstrução brônquica, a me-
lhora da expansibilidade torácica, a reeducação postural, o reequilibrio muscular e a reabilitação 
e o condicionamento físico. 
 
Técnicas de Desobstrução Brônquica: 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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- Drenagem Postural: Nessa técnica a ação da gravidade atua auxiliando o deslocamento de se-
creções periféricas para regiões proximais do pulmão. O uso do posicionamento como forma de 
drenagem baseia-se na anatomia da árvore brônquica. Adotando-se a postura invertida do seg-
mento pulmonar acometido, a secreção é encaminhada para uma porção mais central, em que 
será removida por meio de tosse ou aspiração. Geralmente está associada a outras técnicas como 
vibração. 
A posição de Trendelemburg não é utilizada na UTI Pediátrica devido à labilidade do paciente e 
é contra indicada nos casos de refluxos gastroesofágico, fístula traqueoesofágica, hipertensão 
intracraniana e desconforto respiratório do paciente. 
- Tosse: A tosse é um mecanismo de defesa para remoção de secreções brônquicas e de corpos 
estranhos das vias aéreas. Ela pode ser dirigida ou provocada. A tosse dirigida trata-se de um es-
forço de tosse voluntária que o fisioterapeuta obtém quando solicita à criança cooperante. A tos-
se provocada trata-se de uma tosse reflexa aplicada na criança pequena incapaz de cooperar e, 
portanto, de realizar uma tosse ativa. É induzida pela estimulação dos receptores mecânicos situ-
ados na parede da traquéia extratorácica. 
A criança é colocada em decúbito dorsal e desencadeada preferencialmente ao final da inspiração 
ou no inicio da expiração por meio de uma breve pressão do polegar sobre o conduto traqueal em 
sua saída torácica esternal (fúrcula esternal). 
Para que a tosse seja eficaz a ponto de produzir altos fluxos inspiratórios, capazes de deslocar e 
remover o muco das paredes das vias aéreas é necessário que haja o mínimo de integridade dosistema respiratório. 
Dessa forma é importante que se realize uma criteriosa avaliação da eficácia da tosse durante o 
atendimento, a ponto de determinar a necessidade, ou não, de intervir de uma maneira mais inva-
siva, realizando a aspiração nasotraqueal. 
Em crianças com menos de três anos de idade, em virtude da incapacidade de expectoração, as 
secreções removidas pelo mecanismo da tosse são deglutidas pelo sistema gastrointestinal. 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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Em crianças menores de 18 meses, a estimulação da fúrcula pode ser eficaz a ponto de induzir o 
arcorreflexo da tosse, entretanto, nos neonatos esse procedimento não deve ser realizado, pois 
seus efeitos negativos são mais relevantes do que a própria remoção da secreção. 
Técnica da Expiração Forçada (TEF): Define-se como a combinação de uma ou duas 
expirações forçadas ('huffs') de volume pulmonar médio a baixo e períodos de controle diafrag-
mático e relaxamento. O objetivo desse método é promover a remoção de secreções brônquicas 
acumuladas com a menor alteração da pressão pleural e menor probabilidade de colapso bron-
quiolar. 
A glote deve manter-se aberta durante a técnica e, para isso, o paciente deve emitir sons 
de "huff" durante a expiração. O "huff" é uma manobra forçada e a sua duração ou a força de 
contração dos músculos expiratórios podem ser moduladas para ampliar o fluxo expiratório e 
diminuir o risco de colapso das vias aéreas. 
Um "huff" de volume pulmonar médio é realizado a partir de uma respiração média com 
a boca e a glote abertas e o ar deve ser expulso dos pulmões pela ação dos músculos da parede 
torácica e os abdominais. 
Enquanto um "huff" de baixo volume pulmonar move secreções periféricas, um "huff" de 
alto volume remove muco localizado nas partes proximais das vias aéreas superiores. Portanto, 
quando necessário, o "huff" deve ser longo o bastante para descolar secreções mais distais, po-
rém não deve se prolongar muito, o que causaria uma tosse paroxística desnecessária, ou mais 
breve uma vez que as secreções já atingiram as vias aéreas superiores. 
 
- Aceleração Fluxo Expiratório (AFE): Consiste em um movimento toracoabdominal sincroni-
zado. O fisioterapeuta posiciona-se em pé ao lado do paciente, coloca uma mão sobre o tórax da 
criança (entre a fúrcula esternal e a linha intermamária) e a outra sobre o abdome (em cima do 
umbigo) e faz um movimento sincrônico aproximando as duas mãos do inicio ao fim da expira-
ção. 
A posição mais adequada em crianças é o decúbito dorsal elevado, pois evita o refluxo gastroe-
sofágico. Pode ser dividida em aceleração do fluxo expiratório (AFE) rápido, progressão da se-
creção dos brônquios de médio para os de grande calibre, ou AFE lento, que mobiliza secreções 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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dos pequenos brônquios até as vias aéreas periféricas, com expiração longa e não forçada inibin-
do fechamento precoce dos pontos de igual pressão (PIP). 
- Vibração / Vibrocompressão: A vibração pode ser realizada manualmente ou por meio de a-
parelho especifico. A vibração manual consiste em movimentos oscilatórios empregados no tó-
rax por meio de contração isométrica da musculatura do antebraço e deve ser realizada na fase 
expiratória; entretanto, no recém-nascido não é possível aplicar a vibração somente durante a 
expiração, devido à sua alta frequência respiratória. 
A vibrocompressão associa essa vibração com compressão torácica. O fundamento da vibração 
está vinculado à propriedade do muco de liquefazer-se durante a agitação, portanto, o emprego 
desse recurso facilita a depuração da secreção. 
 Ciclo Ativo da Respiração: Controle respiratório através de respirações relaxadas ao 
nível do volume corrente e predominantemente diafragmáticas com intuito de prevenção do 
broncoespasmo; Os exercícios de expansão são inspirações profundas com expirações tranqüilas, 
podendo estar acompanhadas por técnicas de vibração e percussão 
 
Instrumentos de Oscilação de Alta Frequência: 
Flutter: é um aparelho portátil formado por um bocal, um cone, uma bola de ácido ino-
xidável e uma tampa perfurada. A melhor posição para realizá-lo é sentado. O fisioterapeuta so-
licita uma inspiração profunda seguida de expiração. Durante a expiração a esfera vibra e produz 
uma pressão expiratória oscilatória positiva de 20 a 25 cmH2O com o objetivo de melhorar a de-
puração mucociliar e a função pulmonar, o paciente deve manter bochechas contraídas para que 
as ondas de pressão não sejam dissipadas na cavidade bucal. 
Shaker: é um aparelho nacional portátil composto por um bocal, um cone, uma bola de 
aço inoxidável e uma tampa perfurada. Apresenta o mesmo principio do Flutter. Há produção de 
frenagem do fluxo respiratório por produzir curtas e sucessivas interrupções à passagem do flu-
xo, com pressão expiratória positiva de 10 a 18 cm H2O, permitindo uma repercussão oscilatória 
produzida pelo resistor do aparelho com frequência de 9 a 18 Hz, que é transmitida à arvore 
brônquica. 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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Acapella: tem mecanismo baseado, também, na vibração com pressão oscilatória positiva 
intrabrônquica durante a expiração. A diferença está na forma como acontece a oscilação, que é 
realizada por um cone pivotante que possui uma válvula que regulará a resistência. O paciente 
pode executar em qualquer posição; com frequência ajustável ou máscara. O Acapella pode ser 
associado com nebulização para medicamentos em aerossol. 
Todos esses dispositivos atuam como um monolítico físico, acentuando a tosse e deslocando as 
secreções. 
 
Exercícios Respiratórios e Técnicas Desinsuflativas: 
 
Técnica Expiratória Manual Passiva (TEMP) ou Pressão Manual Torácica e Abdominal 
(PMTA): É uma força exercida manualmente sobre uma parte do tórax e/ou abdômen com obje-
tivo de aumentar o fluxo respiratório. A mão do terapeuta é colocada de forma plana sobre o tó-
rax respeitando-se a mobilidade costal. No abdômen a mão apoia no sentido cranial para a eleva-
ção do diafragma ou no sentido descendente para reter a massa abdominal. Aplicar a técnica com 
cautela, respeitando o ciclo respiratório para não modificá-lo, acarretando em hiperventilação ou 
hipoventilação, sempre na fase expiratória. 
Pressão Positiva Expiratória Final: O aparelho de PEP consiste em uma máscara facial e uma 
válvula com uma saída para que a resistência expiratória possa ser conectada. Um manômetro é 
inserido no sistema para monitorar a pressão. Esta técnica leva a um aumento na eliminação de 
muco ao efeito da PEP nas vias aéreas periféricas e nos canais colaterais. 
A terapia com pressão expiratória positiva consiste em realizar uma expiração contra uma 
resistência ao fluxo compreendida entre 10 e 20 cmH2O. A PEP remove as secreções nas vias 
aéreas maiores através da chegada de ar a segmentos pouco ou não ventilados pela ventilação 
colateral e por prevenir o colapso das vias aéreas durante a expiração. Portanto, um aumento no 
volume pulmonar faz com que o ar localizado atrás das secreções, que obstruem as pequenas vi-
as, ajude a removê-las. 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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Para a realização da técnica, o paciente deve estar sentado, inclinado para frente, com os 
cotovelos apoiados sobre uma superfície estável e segurando a máscara firmemente sobre a boca 
e o nariz. Um bucal pode ser usado no lugar da máscara, caso hajamaior preferência, ou melhor, 
adaptação do paciente. 
Primeiramente, o indivíduo inspira em volume corrente e expira ativa e levemente em 
torno de 6 a 10 respirações, sendo importante que o volume pulmonar se mantenha, evitando ex-
pirações completas. A máscara do PEP é removida, e uma TEF de médio volume é realizada no 
intuito de eliminar as secreções mobilizadas. 
A duração e a freqüência do tratamento dependem da reação de cada paciente à técnica, 
mas equivale, de maneira geral, a 15 minutos por sessão, 2 vezes ao dia, em pacientes com doen-
ça pulmonar estável, mas com traços de hipersecreção. 
Fortalecimento dos músculos expiratórios: Cinesioterapia respiratória descrita anteri-
ormente focando a musculatura expiratória (MM Abdominais). 
Alongamento dos músculos inspiratórios: Promovendo posicionamento adequado, a-
lém de alongamentos passivos, ativos e ativo-assistido da musculatura inspiratória (Diafragma, 
Intercostais, Escalenos e musculatura acessória – Peitoral Maior e Menos, Trapézio, Serrátil An-
terior e Esternocleidomastóideo) 
Compressão e Descompressão torácica: Terapeuta coloca a mão na base inferior das úl-
timas costelas do paciente. Enquanto o paciente expira o fisioterapeuta faz uma compressão torá-
cica para dentro e para baixo, e posteriormente uma descompressão súbita quando o paciente ini-
cia a inspiração. Isto gera uma elevação no fluxo da expiração e uma variação súbita de fluxo 
durante a inspiração. 
Freno Labial: Esse exercício tem como objetivo aumentar o VC e diminuir a freqüência 
respiratória, melhorando a oxigenação por manutenção de pressão positiva nas vias aéreas. Paci-
ente realiza inspiração nasal lenta e expiração contra a resistência dos lábios franzidos. Tempo 
expiratório pode ser longo ou curto. 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/010/2015 Fisioterapia em Pacientes Pediátricos com Asma 
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Terapia de Expansão Pulmonar: 
 
 -Incentivadores Inspiratórios: São aparelhos que oferecem um estimulo visual 
para o paciente, como forma de encorajá-lo a realizar uma inspiração máxima sustentada e al-
cançar a capacidade pulmonar total. A execução é feita com parte do volume residual seguido de 
uma inspiração máxima até atingir a capacidade pulmonar total e aplicada no incentivador por 
via oral, ativa e profunda, de inicio rápido e mantido no final, no qual ocorre o maior incremento 
do trabalho ventilatório. 
Após a inspiração máxima pode-se ou não realizar uma pausa inspiratória fora do bocal, que po-
tencializa o ar intra-alveolar e ocorre maior ventilação colateral e o recrutamento de unidades 
alveolares colapsadas. 
Existem dois tipos de incentivadores: a fluxo e a volume. 
O incentivador a fluxo consiste em uma ou mais câmaras plásticas que abrigam esferas seme-
lhantes a bolas de pingue-pongue que se elevam em fluxos inspiratórios altos e turbulentos. O 
utilizado no HC-UFTM é o Respiron. 
O incentivador a volume consiste em um sistema de pistão em que um êmbolo ou disco deve ser 
elevado até atingir a capacidade inspiratória máxima ou nível predeterminado. Esse tipo é mais 
fisiológico, pois o volume de treinamento é mais constante e gera um fluxo menos turbulento 
quando comparado com o incentivador a fluxo. O Voldyne é o utilizado no HC-UFTM. 
-Máscara de Pressão Positiva nas Vias Aéreas (EPAP): Aparelho que consiste no uso de uma 
máscara facial acoplada a uma válvula unidirecional em que resistores expiratórios podem ser 
ajustados com a função de manter pressão positiva em toda a fase expiratória. Um manômetro 
determina o nível de pressão positiva nas vias aéreas (PEP) correto entre a válvula e o resistor. 
A sessão deve durar de 15 a 20 minutos. A PEP aumenta a oxigenação e a capacidade residual 
funcional, melhora a complacência pulmonar, diminui o shunt pulmonar e auxilia na higiene 
brônquica. 
 
 
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- Respiração por Pressão Positiva Intermitente (RPPI): É uma pressão positiva aplicada na 
fase inspiratória, por intermédio de uma máscara facial ou bocal, com a expiração retornando a 
níveis de pressão atmosférica com ou sem retardo. A RPPI leva ao aumento da pressão alveolar 
na inspiração, com o objetivo de aumentar a capacidade inspiratória. 
O fisioterapeuta irá ajustar a pressão inspiratória máxima de acordo com cada paciente, a sensibi-
lidade (que deve permitir o inicio da inspiração com esforço mínimo) e o fluxo (baixo a modera-
do para permitir um tempo inspiratório mais longo possível). 
 
Terapias Posturais: 
 
 Reeducação Postural Global – RPG: - Este método utiliza o alongamento muscular ativo, 
procurando alongar em conjunto os músculos estáticos antigravitários, os rotadores internos e os 
inspiratórios. O método RPG descreve a presença de cinco cadeias musculares: cadeia posterior, 
cadeia anterior do braço, cadeia ântero-interna do ombro, cadeia ântero-interna do quadril e ca-
deia inspiratória. Os músculos que compreendem a cadeia inspiratória são: escalenos, peitoral 
menor, intercostais externos e o diafragma acompanhado. O encurtamento dessa cadeia leva ao 
aumento do volume da caixa torácica em repouso, formando-se um tórax com grande diâmetro, 
porém recebendo pequeno volume de ar corrente. 
 
As posturas empregadas no método RPG visam corrigir retrações existentes nas diferentes cadei-
as e devem ser mantidas o máximo de tempo possível, uma vez que o tempo de manutenção é 
proporcional ao ganho de alongamento. 
 
O alongamento da cadeia muscular inspiratória pode ser feito nas posturas realizadas no solo, 
como a "rã no chão" e a "rã no ar", que permitem melhor estabilidade dos pontos de inserção do 
diafragma, sendo ideais para trabalhar o alongamento dessa cadeia. 
 
Reequilíbrio Tóraco-abdominal – RTA: 
 
 
 
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Tem o objetivo de recuperar o sinergismo entre o tórax e abdômen, melhorar a justaposição entre 
o músculo diafragma e os arcos costais, aumentar o tônus e a força dos músculos respiratórios, 
desempenhar com eficiência as funções inspiratórias e expiratórias, aumentando o volume cor-
rente, melhorar a complacência pulmonar e diminuir a resistência expiratória. 
 
O método utiliza-se de massagens miofasciais e musculares, fortalecimento e alongamento dos 
músculos respiratórios acessórios, fortalecimento e facilitação do músculo diafragma, estimula-
ção tátil e proprioceptiva e reestruturação do posicionamento articular normal. 
 
 
Treinamento Muscular Inspiratório – TMI: 
 
 Threshold IMT é um aparelho na forma de um cilindro plástico transparente, contendo, 
em uma das extremidades, uma válvula de spring load que se mantém fechada pela pressão posi-
tiva de uma mola e, na outra extremidade, um bocal. A válvula bloqueia o fluxo aéreo até que o 
paciente gere pressão inspiratória suficiente para vencer a carga imposta pela mola. 
 O Treinamento da musculatura Inspiratória com Treshould é realizado através da impo-
sição da resistência inspiratória regulável com o objetivo de trabalhar a endurance dos músculos 
inspiratórios. Este treinamento é realizado em 3 séries com 10 inspirações, com intervalos de 60 
segundos entre as séries, podendo ser iniciado com valor de 40% da PiMáx, elevando se gradu-
almente até 100% da PiMáx ou o valor da pressão máxima do Threshould IMT (41cmH2O). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAIS TEÓRICOS3ª Jornada Interdisciplinar em saúde - Considerações Gerais Sobre Crianças Asmáticas. Promo-
vendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão Santa Maria, RS, 
08 a 11 de junho de 2010. 
Intervenção Fisioterapêutica na Criança com Asma, GONÇALVES, Renata Maba; ALBU-
QUERQUE, Yessa do Prado; FERREIRA, Letícia Goulart; ASSUMPÇÃO, Maíra Seabra de; 
BOBBIO, Tatiana Godoy; SCHIVINSKI, Camila Isabel Santos 
Principais técnicas fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da criança asmática – revisão - Re-
vista de Pediatria SOPERJ - v.7, no 1, p4-9, abril 2006. 
Treinamento muscular inspiratório e exercícios respiratórios em crianças asmáticas, Jornal de 
Brasileiro de Pneumologia – vol.34 no.8 São Paulo Agosto 2008. 
Fisioterapia Respiratória em Pediatria e Neonatologia / SARMENTO, George Jerre Vieira; 
CARVALHO, Fabiane Alves de; PEIXE, Adriana de Arruda Falcão – Barueri, SP: Manole, 
2007. 36 – 60 p; 357 – 381p. 
Fisioterapia Respiratória Pediátrica / POSTIAUX, Guy – Porto Alegre, RS: Artmed, 2000. 198 – 
199 p; 135 – 226 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPITAL DE CLÍNICAS 
DA UNIVERSIDADE FEDERAL 
DO TRIÂNGULO MINEIRO 
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