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Dilemas Éticos

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Transfusão de sangue X convicção religiosa 
Transfusão de sangue
→ Aumenta a capacidade do sangue de transportar oxigênio;
→ Restaura o volume sanguíneo do organismo;
→ Melhora a imunidade 
→ Corrige distúrbios da coagulação 
Testemunhas de Jeová
Costumes peculiares e interpretações próprias dos textos bíblicos → 
Condenação pelo recebimento de sangue de outra pessoa → Busca 
de métodos alternativos. 
 O sangue não tem substituto absoleto e eficaz
Transfusão de sangue X testemunhas de Jeová
É válido destacar que as testemunhas de jeová assinam um termo 
de responsabilidade isentando médicos e hospitais da 
responsabilidade civil ao se ausentarem da utilização do sangue como 
tratamento → Afirmam que por mais que morram pela falta de 
tratamento com o sangue, confiam nas promessas divinas. 
A escolha por receber tratamento sem sangue está respaldada 
pelo direito à autonomia do paciente, pelo princípio da dignidade 
humana e pela liberdade de crença, porém existe um conflito de 
valores entre o paciente e o corpo médico, o qual tem o dever de 
socorrer e manter a vida do paciente, utilizando todas as 
ferramentas cabíveis. 
Alguns profissionais da saúde não admitem a recusa da transfusão 
sanguínea, baseando-se na sua responsabilidade civil de promover o 
socorro e salvar vidas, dando prioridade ao direito à vida. Outra 
classe preconiza os métodos alternativos e só utiliza a transfusão 
sanguínea quando a risco iminente de vida, sempre levando em 
consideração o paradigma do risco e do benefício, porém, em certos 
casos, postergar o tratamento sanguíneo pode agravar o quadro do 
paciente, não havendo mais alternativas. 
Jurisprudência internacional
Os riscos advindos da recusa devem ser explicados de forma 
clara para o total entendimento do paciente e a escolha 
deve caber a ele próprio, o princípio da autonomia deve ser 
respeitado juntamente com a sua escolha de crença e 
valores. 
•
"Deve-se respeitar a vontade do paciente, independente dos riscos 
dela decorrente."
Jurisprudência nacional
"Ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude da lei."
"Intervenção médica ou cirurgia, sem o consentimento do paciente 
ou de eu representante legal, deve ser realizada se justificada por 
iminente perigo de vida."
Testemunhas de Jeová - Crianças
"Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: 
representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e 
assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem parte, suprindo-
lhes o consentimento."
Em caso de emergências aonde há recusa ao tratamento 
pelo representante legal, o médico deverá intervir oponente 
ao consentimento do representante recorrendo ao judiciário 
para solucionar o conflito. 
•
Transplante e Doação de Órgãos 
É um procedimento cirúrgico que consiste na substituição de um 
órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou 
tecido saudável, de uma pessoa viva ou morta (doador). 
Detecção, avaliação e manutenção do potencial doador → Diagnóstico 
de morte encefálica → Consentimento familiar → Remoção e 
distribuição de órgãos e tecidos → Transplante e acompanhamento de 
resultados.
→ Aumento significativo no número de transplantes de órgãos em 
quase todos os estados brasileiros 
→ Destaque no contexto mundial de doação de órgãos
→ Seis doadores por milhão de habitantes
A negativa da família em consentir na doação de órgãos se constitui 
como principal entrave na efetivação dos transplantes por questões 
psicológicas e culturais. 
Mesmo com o diagnóstico de morte encefálica e sua 
irreversibilidade, as famílias não compreendem a ideia da 
cessação das funções do cérebro em um ser aparentemente 
vivo, pois o familiar acredita que a morte resume-se à parada 
da função cardiorrespiratória. 
•
Fatores que influenciam 
→ Conhecimento limitado do conceito de morte encefálica 
→ Desconhecimento do desejo do potencial doador
→ Demora na liberação do corpo
→ Medo da comercialização de órgãos
→ Religiosidade
Os profissionais que atuam no contexto da doação de órgãos devem 
atuar junto aos familiares do doador, entrevistando-o e fornecendo 
todas as informações necessárias, antes de obter o seu 
consentimento formal de doação, considerando a liberdade e a 
consciência do familiar do doador e o respeito à dor da perda do 
entre querido naquele instante em que tomar a decisão. 
Lei Nº 9.434 de fevereiro de 1997 e
Lei Nº 10.211 de 23 de março de 2001 → Regulamentam a remoção 
de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de 
transplante e tratamento. 
Doador morto: "(...)a retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de 
pessoas falecidas, para transplante ou outra finalidade terapêutica, 
depende da autorização de qualquer um de seus parentes maiores, na 
linha reta ou colateral, até segundo grau inclusive, ou do cônjuge, 
firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à 
certificação de morte."
Doador vivo: "É permitida á pessoa juridicamente capaz de dispor 
gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, 
para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes 
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consanguíneos até quarto grau, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à 
medula óssea. 
→ O transplante deve corresponder a uma necessidade terapêutica indispensável à pessoa receptora;
→ A legislação brasileira permite apenas a doação de órgãos gratuita, em vida ou pós morte para fins terapêuticos ou 
humanitários;
→ É necessário a abtenção do consentimento tanto do doador quanto do receptor.;
→ Cadastro único: a fila de espera considera não somente a ordem cronológica, como também o tempo de vida estimado, 
os ricos e benefícios no momento da realização do transplante e a compatibilidade. 
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