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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
ANA LUÍZA DE SOUZA SENA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Movimento 
Vila Dança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2015.1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Movimento Vila Dança 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Curso de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no 
semestre de 2015.1, como requisito para a obtenção do grau de 
Arquiteta e Urbanista. 
 
 
 
 
Graduanda: Ana Luíza De Souza Sena 
Orientadora: Professora Dra. Virgínia Maria Dantas de Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2015.1 
 
ANA LUÍZA DE SOUZA SENA 
 
 
Centro de Movimento Vila Dança 
 
 
Trabalho Final de Graduação apresentado ao 
Curso de Arquitetura e Urbanismo da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no 
semestre de 2015.1, como requisito para a 
obtenção do grau de Arquiteta e Urbanista. 
 
 
Aprovado em: ____ de junho de 2015 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
____________________________________________________ 
Professora Dra. Virgínia Maria Dantas de Araújo– UFRN(Orientadora) 
 
 
 
____________________________________________________ 
Professor(a): Professora Dra. Luciana de Medeiros– UFRN 
(Examinador interno) 
 
 
____________________________________________________ 
 
(Examinador externo) 
Natal / RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“E aqueles que foram vistos dançando foram 
julgados insanos por aqueles que não podiam 
escutar a música.” - Friedrich Nietzsche 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço em primeiro lugar a Deus, pelo dom da vida e por ter feito essa caminhada 
comigo desde antes da minha entrada na UFRN. Por ter renovado as minhas forças e me dado 
sabedoria, criatividade e disciplina durante todos os dias ao longo desses anos. 
À minha família: pai, mãe e irmã. Pelo amor, carinho, proteção e apoio. Sem vocês eu não 
teria chegado até aqui. Obrigada, amo vocês! 
Aos professores do Departamento de Arquitetura da UFRN que se mostraram dispostos a 
ensinar e compartilhar seu conhecimento conosco durante esses 5 anos de curso. 
À minha orientadora, Virginia M. Dantas de Araújo, que com sua calma e sabedoria me 
acompanhou durante todo o processo de desenvolvimento desse trabalho. 
Ao amigo, pastor e conselheiro Bruno Jehú, que mesmo sem entender o andamento do 
trabalho estava sempre em prontidão para me acalmar e me dar forças para continuar essa 
jornada. Você é o cara mesmo! 
Às amigas de curso Mariana Lucena, Viviane Medeiros, Rafaella Bulhões e Bárbara 
Gondim, por cada conversa, lanche, conselhos e aulas dadas. Por causa de vocês que lembrarei 
com carinho desse tempo na universidade. 
A arquiteta Evânia Bezerra, pelas dúvidas tiradas e por não ser apenas chefe, mas amiga e 
professora. E ao amigo Paulo Costa, pelas ajudas com as imagens para ilustrar o trabalho. 
E aos demais amigos que perdoaram minha ausência e meus estresses e se alegraram 
comigo no final desse semestre. 
Obrigada! 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
SENA, Ana Luiza de Souza. Centro de Movimento Vila Dança. Trabalho Final de Graduação em 
Arquitetura e Urbanismo, UFRN. Natal, 2015. 
 
A dança é uma das mais antigas formas de arte e é uma modalidade extremamente valorizada 
e difundida mundialmente, tendendo a crescer cada vez mais. Apesar disso, na cidade de 
Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, muitas instituições de ensino dessa prática 
não possuem a infraestrutura adequada para esse fim. Com objetivo de suprir essa carência, 
esse Trabalho Final de Graduação desenvolveu o anteprojeto de uma escola de dança para a 
Vila de Ponta Negra com ênfase questões de conforto ambiental e contribuindo para a 
divulgação da arte e da cultura em nossa cidade. Iniciou-se o trabalho com o levantamento de 
dados sobre o tema da dança e de estudos de referências diretos e indiretos. Após estudos 
dos condicionantes legais, bioclimáticos e funcionais, foi desenvolvida uma proposta de 
setorização (administrativo, social, serviço e aulas) reunidos em um único bloco de um 
pavimento. A escola ocupa 37.08% do lote e tem área total de 1853.57m2. Sua volumetria 
utiliza formas puras e resulta em uma forma contemporânea e simples, podendo servir de 
referência para trabalhos futuros. 
Palavras-chave: Escola de dança; Projeto de arquitetura; Vila de Ponta Negra. 
ABSTRACT 
SENA, Ana Luiza de Souza. Movement Vila Dance Center. Final Work Undergraduate 
Architecture and Urbanism, UFRN. Natal, 2015. 
 
Dancing is one of the oldest forms of art and it´s an extremely valued modality and worldwide 
widespread, tending to grow more and more. However, in Natal many educational institutions 
of this practice do not have the appropriate infrastructure for this purpose. In order to meet 
this need, this Final Graduation Work developed the draft of a dance school for Ponta Negra 
Village making use of environmental comfort issues and contributing to the dissemination of 
art and culture in our city. The work began with data collection on the dance theme and of 
direct and indirect references studies. After studies of legal, bioclimatic and functional 
constraints, a proposal for four sectors (administrative, social, service and classes) together in 
a single block of a floor has been developed. The school occupies 37.08% of the lot with a total 
area of 1853.57m2. Its volumetric uses pure forms and results in a modern and simple form. 
 
Keywords: Dance School; Architecture Project; Ponta Negra village. 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Foto do prédio onde funciona a Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão ................ 13 
Figura 2 - Foto do prédio onde funciona a Escola de Ballet Prof. Rooselvet Pimenta .......................... 13 
Figura 3 – Foto do prédio onde funciona a unidade I do Studio Corpo de Baile .................................. 14 
Figura 4 – Foto do prédio onde funciona a unidade II do Studio Corpo de Baile ................................. 14 
Figura 5 – Foto do prédio onde funciona a Cia do Movimento ............................................................ 15 
Figura 6 – Foto do prédio onde funciona o Espaço vivo ....................................................................... 15 
Figura 7 – Foto do prédio onde funciona a Escola de Ballet Maria Cardoso ........................................ 15 
Figura 8- Localização Escola de Ballet Maria Cardoso .......................................................................... 19 
Figura 9 – Foto da recepção da EBMC .................................................................................................. 20 
Figura 10 – Foto da Sala de aula 1 da EBMC ......................................................................................... 20 
Figura 11 – Foto da Sala de aula 2 da EBMC ......................................................................................... 20 
Figura 12 - Localização Studio Corpo de Baile ...................................................................................... 21 
Figura 13 – Foto da fachada da unidade I do Studio Corpo de Baile .................................................... 22 
Figura 14 – Foto da fachada do Anexo do SCB .....................................................................................22 
Figura 15 – Foto da entrada/espera do SCB ......................................................................................... 23 
Figura 16 – Foto da loja de artigos de dança do SCB ............................................................................ 23 
Figura 17 – Foto da Lanchonete do SCB ............................................................................................... 23 
Figura 18 – Foto do cantinho virtual do SCB ......................................................................................... 23 
Figura 19 – Foto da entrada/espera do anexo do SCB ......................................................................... 23 
Figura 20 – Foto da sala de yoga/vídeo do SCB .................................................................................... 23 
Figura 21 – Foto da sala 1 do SCB ......................................................................................................... 24 
Figura 22 – Foto da sala 2 do SCB ......................................................................................................... 25 
Figura 23 – Foto da sala infantil do SCB ................................................................................................ 25 
Figura 24 – Foto da sala de aula pratica do anexo do SCB ................................................................... 26 
Figura 25 - Localização EDTAM ............................................................................................................. 27 
Figura 26 – Foto da sala do primeiro pavimento da EDTAM ................................................................ 28 
Figura 27 – Foto da sala do segundo pavimento da EDTAM ................................................................ 28 
Figura 42 - Localização do CMDC .......................................................................................................... 29 
Figura 43 – Foto do hall de entrada do CMDC ...................................................................................... 30 
Figura 44 – Foto da lanchonete e loja do CMDC ................................................................................... 30 
Figura 45 – Foto da sala 01 do CMDC ................................................................................................... 30 
Figura 46 – Foto da sala 02 do CMDC ................................................................................................... 30 
Figura 47 – Foto da sala 03 do CMDC ................................................................................................... 30 
Figura 48 – Foto da sala 04 do CMDC ................................................................................................... 30 
Figura 28 - Localização Houston Ballet Center for Dance ..................................................................... 31 
Figura 29 – Foto das aberturas do HBCD .............................................................................................. 32 
Figura 30 – Corte esquemático do HBCD .............................................................................................. 32 
Figura 31 - Planta baixa do pavimento térreo do HBCD ....................................................................... 33 
Figura 32 – Foto de uma das salas de aula práticas do HBCD .............................................................. 34 
Figura 33 – Foto do espaço para socialização do HBCD........................................................................ 34 
Figura 34 – Foto de uma das salas de aulas práticas do HBCD ............................................................. 35 
Figura 35 - Localização da Escola Municipal de dança de Oleiros ........................................................ 35 
Figura 36 - Planta baixa da EMDO ......................................................................................................... 36 
Figura 37 – Foto da fachada da EMDO ................................................................................................. 37 
Figura 38 – Foto do espaço para espera da EMDO ............................................................................... 37 
 
Figura 39 – Foto da sala de aulas teóricas da EMDO ............................................................................ 37 
Figura 40 – Foto do estúdio de dança menor da EMDO ....................................................................... 37 
Figura 41 – Foto do estúdio de dança maior da EMDO ........................................................................ 38 
Figura 49 - Mapa da divisão dos bairros de Natal com destaque para Ponta Negra ............................ 42 
Figura 50 – Planta do terreno escolhido ............................................................................................... 42 
Figura 51 - Planta topográfica do terreno escolhido ............................................................................ 43 
Figura 52 - Cortes topográficos do terreno escolhido .......................................................................... 43 
Figura 53 - Foto de entulhos no terreno escolhido .............................................................................. 44 
Figura 54 - Fotos da vegetação existente no terreno escolhido ........................................................... 44 
Figura 55 - Estudo da ventilação no terreno ......................................................................................... 45 
Figura 56 - Estudo solar do terreno ...................................................................................................... 46 
Figura 57 - Calculo de largura mínima necessária para saídas de emergência .................................... 51 
Figura 58 - piso tátil de alerta ............................................................................................................... 52 
Figura 59 - piso tátil direcional .............................................................................................................. 52 
Figura 60 - Espaço de circulação compartilhado entre duas vagas perpendiculares à calçada ........... 53 
Figura 61 - Vaga paralela à calçada ....................................................................................................... 53 
Figura 62 - Banheiro pra pessoas com necessidades especiais ............................................................ 54 
Figura 63 - Boxe para chuveiro com banco e barras de apoio .............................................................. 54 
Figura 64 - Matriz de relações ............................................................................................................... 58 
Figura 65 - Organograma ...................................................................................................................... 59 
Figura 66 - Fluxograma .......................................................................................................................... 60 
Figura 67 - Proposta de zoneamento 01 ............................................................................................... 63 
Figura 68 - Proposta de zoneamento 02 ............................................................................................... 64 
Figura 69 - Zoneamento final ................................................................................................................ 65 
Figura 70 – Primeira proposta de fachada principal ............................................................................. 65 
Figura 71 - Segunda proposta de fachada principal.............................................................................. 66 
Figura 72 - Proposta final de fachada principal .................................................................................... 66 
Figura 73 - Estudo 01 para fachada noroeste....................................................................................... 67 
Figura 74 - Estudo 02 para fachada noroeste ....................................................................................... 67 
Figura 75 – Modelo de brise usado na fachada noroeste ..................................................................... 67 
Figura 76 – Implantação inicial ............................................................................................................. 68 
Figura 77 - Implantação ........................................................................................................................ 69 
Figura 78 - Cortes topográficos original e proposto ............................................................................. 70 
Figura 79 - Salas de aula ........................................................................................................................ 72 
Figura 80 - Telha metálica sanduiche com lã de vidro .......................................................................... 73 
Figura 81 - Modelo de porta acústica das salas de aula ....................................................................... 74 
Figura 82 - Detalhe de porta acústica ................................................................................................... 74 
Figura 83 - Brises ................................................................................................................................... 75 
Figura 84 - Sistema Drywall ................................................................................................................... 76 
Figura 85 - Piso flutuante acústico ........................................................................................................ 76 
Figura 86 - cobogó acústico .................................................................................................................. 76 
Figura 87 - Painéis absorventes ............................................................................................................ 77 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 - Resultados do estudo de insolação .................................................................................... 46 
Quadro 2 - Itens programáticos dos estudos de referencia ................................................................. 55 
Quadro 3- Pré-dimensionamento ......................................................................................................... 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 8 
PARTE I – APRESENTAÇÃO DO TEMA ESCOLHIDO ................................................................................10 
1 A DANÇA E SEU SIGNIFICADO......................................................................................................... 11 
1. 1 A dança em Natal ................................................................................................................... 13 
2. O CONFORTO AMBIENTAL ............................................................................................................ 16 
PARTE II. ESTUDOS DE REFERÊNCIAS ...................................................................................................18 
2 ESTUDOS DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS ........................................................................................ 19 
2.1. Estudos diretos ....................................................................................................................... 19 
2.2. Estudos indiretos .................................................................................................................... 28 
2.3 Análises e conclusões dos estudos de referência ................................................................... 38 
2.4 Uma Escola de Dança para a Vila de Ponta Negra .................................................................. 38 
PARTE III CONDICIONANTES PROJETUAIS ............................................................................................41 
3. CONDICIONANTES PROJETUAIS .................................................................................................... 42 
3.1. Condicionantes físico-ambientais .......................................................................................... 42 
3.2. Condicionantes legais ............................................................................................................. 47 
3.3 Condicionantes funcionais ...................................................................................................... 54 
PARTE IV. A PROPOSTA ARQUITETÔNICA ............................................................................................61 
4. O PARTIDO ARQUITETÔNICO ........................................................................................................ 62 
4.1 Evolução da proposta .............................................................................................................. 62 
5. MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO .................................................................................... 68 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................... 79 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 8 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A dança é uma das formas mais antigas de arte, por meio dela expressamos emoções 
e conseguimos nos comunicar através de movimentos corporais. Independente das razoes 
que causaram sua prática, a dança é uma atividade bastante difundida pelo mundo, com 
tendência a crescer mais. Além do lazer, ela traz benefícios para o corpo, como disciplina, 
postura, concentração e coordenação motora. 
Da mesma forma no contexto mundial, a dança também está ganhado mais espaço em 
Natal, porém, a maior parte do locais utilizados para a prática dessa atividade não possuem a 
infraestrutura adequada para tal. 
Diante dessa realidade, o objeto de estudo deste Trabalho Final de Graduação é o 
anteprojeto arquitetônico de uma escola de dança para Natal, visando suprir a demanda por 
melhores espaços para essa modalidade, mas que também alcance às camadas mais baixas 
da nossa sociedade. O principal objetivo do trabalho é realizar um projeto de escola de dança 
na Vila de Ponta Negra fazendo uso das questões de conforto ambiental, contribuindo para a 
divulgação da arte e da cultura em nossa cidade. Para alcançar esse propósito, foram 
estabelecidos objetivos específicos: entender o funcionamento e as necessidades de espaços 
destinados à dança; estudar as diretrizes do conforto ambiental (ventilação e iluminação 
natural e acústica) e propor uma solução arquitetônica que atenda ao programa de 
necessidades das escolas de dança e às diretrizes do conforto ambiental dentro do contexto 
da Vila de Ponta Negra. 
O tema escolhido se deu por interesse pessoal e também por constatar que, apesar 
dos muitos espetáculos apresentados e de novas instituições de ensino da dança que estão 
surgindo, a estrutura das mesmas não conseguia suprir as necessidades dos usuários. Desta 
forma, a escola proposta será um incentivo para o desenvolvimento ainda maior desse setor, 
incentivando investimentos públicos e privados. Além disso, a instituição proposta tem papel 
social, que é contribuir para o processo de inclusãocultural da população carente, e também 
funcionará como equipamento para revitalizar a Vila e atrair moradores das outras regiões 
administrativas da cidade para o bairro. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 9 
 
 
Metodologicamente o trabalho se desenvolveu por meio de pesquisas bibliográficas 
sobre o tema da dança, estudos de referências (diretos e indiretos) com enfoque em função 
e/ou forma plástica, escolha do lote, estudo da legislação vigente, estudo dos condicionantes 
físico-ambientais, desenvolvimento do estudo preliminar e desenvolvimento da proposta 
arquitetônica final. 
Este TFG está organizado em dois volumes: a parte escrita e a parte gráfica, ou seja, o 
anteprojeto arquitetônico. Na primeira parte temos o desenvolvimento da proposta e se 
encontra divido em 4 partes. Primeiramente temos uma apresentação do tema dança, 
incluindo um pequeno resumo da história da dança no mundo e um pouco da mesma na nossa 
cidade, e considerações básicas acerca do conforto ambiental. Na segunda parte temos os 
estudos de referências diretos e indiretos e as análises de cada um deles. A terceira traz 
informações a respeito da escola proposta, incluindo o perfil do usuário e sua proposta 
pedagógica e os condicionantes projetuais físico-ambientais, funcionais e legislativos do 
anteprojeto, e a quarta apresenta a proposta arquitetônica final, desde o partido e evolução 
projetual até o memorial descritivo e justificativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 10 
 
 
PARTE I – APRESENTAÇÃO DO TEMA ESCOLHIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 11 
 
 
1 A DANÇA E SEU SIGNIFICADO 
 
 
Não se sabe exatamente quando e como os homens começaram a dançar, mas existem 
indícios de que eles dançam desde os primórdios, para expressar sentimentos, adorar a 
deuses ou aquecer o corpo. Independente da motivação, a dança foi ganhando espaço e 
consolidando sua importância nas sociedades com o passar dos séculos. Assim: 
Como todas as artes, a dança é fruto da necessidade de expressão do 
homem. Essa necessidade liga-se ao que há de básico na natureza humana. 
Assim, se a arquitetura veio da necessidade de mora, a dança, 
provavelmente, veio da necessidade de aplacar os deuses ou exprimir a 
alegria por algo de bom concedido pelo destino (FARO, 1986, p. 13) 
 
Segundo Faro (1986), inicialmente a dança possuía um sentido mais místico e 
raramente era executada em festas comemorativas, foi no período do Renascimento que esta 
atividade adquiriu um caráter mais social e passou a ser realizada em festas pela nobreza, 
como entretenimento ou recreação. A partir disso, a dança social foi se transformando e aos 
poucos tornou-se acessível às camadas mais baixas da sociedade, dando origem a um outro 
tipo de dança: as danças populares. 
De acordo com o mesmo autor, o balé desenvolveu-se inicialmente na Itália (a palavra 
ballet vem do italiano ballo e de seu diminutivo balleto, que significam baile), no século XV, e 
chegou à França através do casamento da rainha Catarina de Médicis com o rei Henrique II. 
Ela importou artistas especializados em preparação de grandes espetáculos para manter a 
corte distraída e também foi responsável pela criação da primeira companhia de dança, o balé 
cômico da rainha, em 1581. 
Faro (1986) conta que durante o reinado de Luís XIV (quase 100 anos mais tarde) a 
dança ganhou ainda mais destaque, pois o rei amava dançar e fundou, em 1661, a Academia 
Real de Ballet, primeira instituição com objetivo de normatizar a pratica e o ensino da dança, 
tendo surgido a Escola Nacional de Ballet oito anos mais tarde. 
Inicialmente, segundo Faro (1986), a dança era praticada exclusivamente por homens, 
que inclusive assumiam os papeis femininos nos espetáculos. Só no fim do século XVII que a 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 12 
 
 
Escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres, que mesmo tendo seus movimentos 
ainda limitados pelos complicados figurinos foram ganhando importância e espaço no ramo. 
No Brasil, as danças da corte chegaram através do rei D. Joao XVI e o primeiro 
espetáculo de balé clássico foi realizado em 1813, no Real Teatro de São Joao no Rio de 
Janeiro. Ainda no Rio, em 1921, foi criada a Escola Bailado do Teatro Municipal do Rio de 
Janeiro e, em 1936, formou-se a primeira companhia de dança oficial do pais: o Corpo de Baile 
do Teatro Municipal. No século XX, com a vinda para o Brasil de bailarinos de fora, 
consequência do início da segunda guerra mundial, se desenvolveu a dança com caráter mais 
profissional 
Faro (1986) ainda explica que de uma revolução contra o sistema de regras rígidas do 
balé clássico, no fim do século XIX, surgiu a dança moderna, que hoje conhecemos como dança 
contemporânea. Nela os bailarinos possuem uma maior liberdade: os movimentos são mais 
soltos, espontâneos, os figurinos são menos pesados e volumosos, as músicas não se 
restringem às clássicas e, muitas vezes, as coreografias são dançadas com os pés descalços. 
Portanto, a dança moderna “veio somar-se ao que já existia de valor sob a forma de dança.”. 
O mesmo autor ainda fala que além dos estilos de dança já comentados, temos o jazz, 
que tem seu surgimento na cultura negra, pois, nos navios negreiros, era através da dança 
que os escravos conseguiam se manter saudáveis durante as longas viagens. Os movimentos 
eram uma mistura dos costumes negros com a imitação dos ritmos europeus. Já o sapateado 
americanos surgiu da variação da clog dance (dança dos tamancos), uma dança tradicional da 
Irlanda. E da dança de salão, tão praticada nos bailes da corte, surgiram o tango argentino, a 
salsa, o maxixe, o samba de gafieira, entre outras. 
Nas últimas décadas, a dança percorreu novos caminhos e chegou aos cinemas, à 
televisão e ao teatro musicado. Essa arte também chegou às universidades em vários países, 
inclusive no Brasil, oferecendo-se cursos de formação e reciclagem de artistas e professores. 
Assim, segundo Faro (1986) “Da elite a dança chegou ao povo, e sua identificação com a 
juventude fez com que ela se tornasse uma das artes mais fáceis de serem apreciadas por 
pessoas de todas as idades.”. 
Atualmente, somado aos significados desde sua origem, a dança é considerada 
atividade de lazer e serve de complemento na educação de crianças e jovens. Além disso, esta 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 13 
 
 
atividade traz benefícios aos corpo, como melhora na postura, no equilíbrio e no 
desenvolvimento da coordenação motora. 
 
1. 1 A dança em Natal 
 
A primeira escola de dança fundada na nossa cidade em 1974, mas foi no ano 2000 
que a dança começou a ganhar mais espaço na cidade do Natal, pois a partir deste ano novas 
escolas surgiram. Consequentemente houve um aumento no número de espetáculos e 
amostras de dança e, além disso, as escolas de ensino regular passaram a ofertar algumas 
modalidades de dança, principalmente o ballet, como opção de esporte. 
As escolas mais conhecidas na cidade deo Natal são: Escola Municipal de Ballet 
Professor Roosevelt Pimenta (Balé Municipal, 1974), Escola do Teatro Alberto Maranhão 
(EDTAM, 1986), Studio Corpo de Baile, Cia do Movimento, Espaço Vivo e Escola de Ballet Maria 
Cardoso. Destas seis apenas a EDTAM (Figura 1) e o Balé Municipal (Figura 2) são financiadas 
pelo poder público e possuem mensalidades acessíveis à população mais carente da nossa 
cidade. Ambas estãolocalizadas no bairro da Ribeira e funcionam em prédios históricos. 
 
Figura 1 – Foto do prédio onde funciona a Escola de 
Dança do Teatro Alberto Maranhão 
 
Fonte: <http://tribunadonorte.com.br> Acesso em 
05.04.2015. Acesso em: 07.04.2015 
Figura 2 - Foto do prédio onde funciona a Escola de Ballet Prof. 
Rooselvet Pimenta 
 
Fonte: <http:// http://www.natal.rn.gov.br> Acesso em 
05.04.2015. Acesso em: 07.04.2015 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 14 
 
 
Já as escolas privadas estão localizadas nas regiões administrativas Leste ou Sul 
de Natal, normalmente próximas a avenidas/ruas conhecidas em nossa cidade. O Studio 
Corpo de Baile (Figura 3 e Figura 4) é a escola mais antiga dentre as privadas, fundada 
em 1997, e também a com maior estrutura física, possuindo duas unidades, uma no 
bairro de Tirol e outra no bairro de Neópolis. No ano 2000 a Cia do Movimento (Figura 
5) abriu suas portas, no bairro Barro Vermelho, em 2005 veio o Espaço Vivo (Figura 6) 
no bairro de Lagoa Nova e em 2007 a Escola de Ballet Maria Cardoso (Figura 7) no bairro 
de Capim Macio. 
Figura 3 – Foto do prédio onde funciona a unidade I do 
Studio Corpo de Baile 
 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> 
Acesso em 05.04.2015. 
 
Figura 4 – Foto do prédio onde funciona a unidade II 
do Studio Corpo de Baile 
 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> 
Acesso em 05.04.2015. 
 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 15 
 
 
Figura 5 – Foto do prédio onde funciona a Cia do 
Movimento 
 
Fonte: < http://www.ciadomovimento.com> Acesso 
em 05.04.2015. 
 
Figura 6 – Foto do prédio onde funciona o Espaço vivo 
 
 
Fonte: <http://www.espacovivonatal.com> Acesso em 
05.04.2015. 
 
Figura 7 – Foto do prédio onde funciona a Escola de Ballet Maria Cardoso 
 
Fonte: <http://www.maps.google.com.br> Acesso em 05.04.2015. 
 
Todas essas escolas não foram projetadas para tal uso, mas sim abrigadas em 
edificações existentes, passando por reformas a medida que a demanda de alunos 
aumentava. Assim, a estrutura física dos espaços é bastante limitada e não atende às 
necessidades dos usuários do local. Falta espaço de convivência e locais para 
apresentações de pequeno porte, por exemplo. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 16 
 
 
Mesmo assim, a dança na cidade do Natal vem se destacando em qualidade 
técnica, tanto em território nacional quanto internacional. Um exemplo disso é que todo 
ano a EDTAM recebe professores de escolas renomadas de fora do país para realizações 
de audições com os alunos locais. Nos festivais de dança nas cidades de Indaiatuba (SP) 
e Joinville (SC) nossos bailarinos também ganham destaque. Neste contexto de ascensão 
da dança em nossa cidade que se insere a proposta de Escola de Dança apresentada 
nesse TFG. 
 
2. O CONFORTO AMBIENTAL 
 
 
Segundo o Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética em 
Edificações da Escola de Arquitetura de Belo Horizonte, o conforto ambiental em 
Arquitetura e Urbanismo está relacionado à proporcionar as pessoas as condições 
necessárias de habitualidade, utilizando-se dos recursos disponíveis de forma racional. 
É fazer com que o produto arquitetônico corresponda (conceitual e fisicamente) às 
necessidades e condicionantes do meio ambiente natural, social, cultural e econômico 
de cada sociedade 
Assim, a edificação proposta pretende fazer uso da ventilação e iluminação 
natural, utilizando grandes esquadrias e elementos vazados. 
O uso do elemento vazado - cobogó – será interessante por ser um elemento 
comum em nossa arquitetura local e que proporciona ventilação e iluminação natural, 
além de proteção solar. Fora isso, é um elemento de fácil fabricação e baixo custo. 
A escola também terá isolamento e condicionamento acústico em suas salas de 
aulas práticas, de forma a não provocar ruídos indesejáveis na vizinhança. Porém, existe 
a preocupação de combinar este isolamento/condicionamento com a ventilação 
natural. Desta forma, o uso do cobogó acústico (ARAÚJO, 2010) se faz útil e necessário 
para que o conforto térmico e lumínico coexistam com o conforto acústico. 
A acústica estuda os fenômenos do som e sua interação com nossos sentidos 
buscando eliminar/reduzir os ruídos que possa comprometer nossa audição e 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 17 
 
 
“controlar” os sons, de forma a evitar interferências em excesso (ecos, reverberação, 
etc), ou seja, preocupa-se não só com o isolamento do ambienta, mas com a 
preservação da qualidade ambiental do mesmo. 
Em uma sala de aula (seja de escola de ensino regular, de dança, teatro, etc) é 
importante que a comunicação entre aluno e professor ocorra sem interferências. Uma 
sala mal projetada pode causar problemas de saúde aos usuários da mesma, como 
estresse, problemas de audição, além da dificultar o aprendizado. 
Desta forma, o uso de materiais isolantes nas salas da escola proposta também 
será necessário para se alcançar o conforto ambiental (luminoso, térmico e acústico.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 18 
 
 
PARTE II. ESTUDOS DE REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 19 
 
 
2 ESTUDOS DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS 
 
Buscou-se, neste capítulo, referências funcionais, formais, estéticas e 
construtivas que auxiliassem na elaboração da presente proposta arquitetônica. A partir 
da seleção de referências encontradas, balizada pelas relações com a temática, realizou-
se os estudos de forma direta e indireta. Nos estudos diretos, a partir de visitas técnicas 
aos locais escolhidos, buscou-se obter informações que poderiam auxiliar na concepção 
do projeto, a partir de fotografias, esboços e notas de visita. Nos estudos indiretos, as 
informações foram colhidas a partir de pesquisas em meio digital, sobretudo em sites 
especializados. 
 
2.1. Estudos diretos 
2.1.1 Escola de Ballet Maria Cardoso - EBMC 
Localização/data: Capim Macio, Natal/RN, 2007 
Fonte: Visita in loco, Abril de 2013 
Figura 8- Localização Escola de Ballet Maria Cardoso 
 
Fonte: <http://www.maps.google.com.br> com modificação da autora. 
Escola fundada por sua atual proprietária e diretora, Maria Cardoso, voltada para 
o ensino do ballet clássico para crianças, jovens e adultos. Além da pratica do ballet, os 
alunos têm aulas de condicionamento físico, anatomia e consciência corporal. 
Incialmente o prédio possuía um único pavimento e era a residência da família 
da diretora. O projeto de reforma aproveitou apenas as paredes externas da casa, para 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 20 
 
 
que além de moradia, a edificação pudesse funcionar como escola de dança. Hoje, são 
dois pavimentos: no térreo funciona a escola e no primeiro andar, a residência. 
A escola possui uma entrada que também funciona como local de espera (Figura 
9), uma recepção (Figura 10), dois banheiros e duas salas. Uma das salas, a maior (Figura 
11) constitui-se em uma ampliação e a outra (Figura 12) foi reformada. 
Figura 9 – Foto da recepção da 
EBMC 
 
Figura 10 – Foto da Sala de aula 1 da 
EBMC 
 
Figura 11 – Foto da Sala de aula 2 da 
EBMC 
 
 
O entorno da EBMC é basicamente residencial, mas existem estabelecimentos 
de serviço (clínica veterinária, igreja, barzinhos, oficina mecânica)e institucionais 
(Universidades). 
Apesar de pequena, a escola possui uma boa proporção de espaço aberto e 
verde, promovendo uma boa ventilação dos ambientes. As salas possuem ventiladores, 
mas segundo a diretora mal são usados, pois as janelas fornecem uma boa ventilação 
natural durante todo o dia. 
A escola atende hoje a uma demanda de 120 a 150 alunos e segundo a 
proprietária duas salas de aula não são mais suficientes. A limitação espacial também 
causa outros problemas: não existem vestiários, local para deposito de cenários e outros 
aparatos utilizados no espetáculos de fim de ano, espaço para os alunos estudarem para 
as provas praticas/teóricas e nem um ambiente recreativo para as crianças. Também 
não existe estacionamento próprio para os usuários. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 21 
 
 
Porém, pontos positivos também foram apontados: as salas são bem iluminadas 
e ventiladas, os pisos são apropriados para a pratica da dança e as salas possuem pé 
direito com altura suficiente para prática de saltos. 
 
2.1.2 Studio Corpo de Baile, SCB - unidade I 
 
Localização/data: Tirol, Natal/RN, 1997 
Fonte: Visita in loco, Abril de 2013. 
Figura 12 - Localização Studio Corpo de Baile 
 
Fonte: <http://www.maps.google.com.br> com modificação da autora. Acesso em: 07.04.2015 
Escola de dança localizada no bairro de Tirol com enfoque no ballet clássico e 
voltada para crianças, jovens e adultos. Além do ballet oferece sapateado, jazz, dança 
contemporânea, dança de salão e pilates. 
Assim como a Escola de Maria Cardoso, o SCB funciona em um reuso de uma 
residência unifamiliar e sua reforma também foi feita pelos proprietários, porém o 
edifico é de uso exclusivo da escola. O Corpo de Baile iniciou seus trabalhos em 1997, 
com apenas uma sala de aula e hoje, após várias reformas e ampliações, o SCB funciona 
no prédio original (Figura 13), em um anexo (Figura 14) localizado na mesma rua deste 
primeiro e ainda em uma segunda unidade, no bairro de Neópolis. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 22 
 
 
Figura 13 – Foto da fachada da unidade I do Studio 
Corpo de Baile 
 
Fonte: <http://www.maps.google.com.br> Acesso em: 
07.04.2015 
 
Figura 14 – Foto da fachada do Anexo do SCB 
 
 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> 
Acesso em: 07.04.2015 
O prédio original possui uma estrutura melhor que o anexo, pois está em um lote 
maior. Os ambientes que compõe a unidade I são: entrada/espaço de espera (Figura 15), 
recepção, tesouraria, loja de artigos para dança (Figura 16), lanchonete (Figura 17), 
vestiários (dois), banheiros (dois), salas administrativas (secretaria, sala dos professores 
e diretoria), espaço para uso de computadores (Figura 18) e outro para as crianças 
pintarem e desenharem, deposito (fantasias, cenários e objetos utilizados em 
espetáculos) e três salas de aula - duas de tamanho médio e uma menor, destinada à 
crianças. O anexo é composto de dois pavimentos, no térreo encontra-se uma área 
espera (Figura 19) e uma sala de aula grande, um vestiário, um banheiro e o espaço 
pilates. O segundo pavimento abriga uma pequena sala - utilizada para aulas de yoga ou 
de vídeo/teórica (Figura 20), um banheiro e um deposito. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 23 
 
 
Figura 15 – Foto da entrada/espera do SCB 
 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> Acesso 
em: 07.04.2015 
Figura 16 – Foto da loja de artigos de dança do SCB 
 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> 
Acesso em: 07.04.2015 
 
Figura 17 – Foto da Lanchonete do SCB 
 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> Acesso 
em: 07.04.2015 
 
Figura 18 – Foto do cantinho virtual do SCB 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> 
Acesso em: 07.04.2015 
Figura 19 – Foto da entrada/espera do anexo do SCB 
 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> Acesso 
em: 07.04.2015 
Figura 20 – Foto da sala de yoga/vídeo do SCB 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> 
Acesso em: 07.04.2015 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 24 
 
 
O entorno do Studio é formado majoritariamente por residências térreas e 
edifícios residenciais multifamilares, mas são encontrados estabelecimentos de serviço 
(academia, clinicas, igreja, escolas de inglês) e institucionais (IFRN, Tribunal Regional 
eleitoral, Tribunal de Contas da União). 
As salas de aula são os ambientes que ocupam maior espaço nos dois prédios, 
todas possuem piso flutuante de madeira (exceção da sala voltada para as crianças), 
ventilação e iluminação natural, espelhos e barras fixas e móveis. 
A sala de aula 1 (Figura 21) foi a primeira da escola e construída de uma 
adaptação da sala de estar da antiga casa, por esse motivo possui um pé direito comum 
em residências térreas, 2.60m. A ventilação é proporcionada por meio de uma janela e 
um pergolado, mas possui ventiladores, pois essas aberturas não são suficientes. 
Figura 21 – Foto da sala 1 do SCB 
 
Fonte:< http://www.studiocorpodebaile.com.br >Acesso em: 02.05.2015 
A sala 2 (Figura 22) foi construída depois, por isso possui um pé direito mais 
adequado para a prática da dança - 3.43m. Possui duas janelas e assim como a primeira 
sala, conta com a ajuda de ventiladores para auxiliar na ventilação, já que por uma das 
janelas, no período da tarde, incide bastante sol e precisa ser fechada. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 25 
 
 
Figura 22 – Foto da sala 2 do SCB 
 
Fonte:: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> Acesso em: 02.05.2015 
A sala 3 é a menor do prédio original e é usada para as aulas de ballet do nível 
Baby. Seu pé direito é de 2.66m, não possui piso flutuante e conta com apenas uma 
janela. 
Figura 23 – Foto da sala infantil do SCB 
 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> Acesso em: 02.05.2015 
A sala do anexo é a maior das quatro, com 100m² e pé direito de 4m, sendo a 
mais usada pelas companhias da escola para a pratica de grandes saltos e acrobacias. É 
também a sala utilizada para ensaios gerais dos grandes espetáculos e para pequenos 
eventos (carnaval e pascoa, por exemplo). Sua ventilação natural é proporcionada 
através de seis janelas e complementada por ventilação mecânica (ventiladores de 
parede). 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 26 
 
 
Figura 24 – Foto da sala de aula pratica do anexo do SCB 
 
Fonte: <http://www.studiocorpodebaile.com.br> Acesso em: 02.05.2015 
As salas 1 e 2 do SCB são as que possuem melhor ventilação e iluminação natural. 
A sala 3 (infantil) tem sua ventilação prejudicada pelas outras construções da escola, 
que se constituem barreiras para o vento. A sala 4 (do anexo) encontra-se voltada para 
o oeste e praticamente não possui recuos, sendo bastante quente especialmente no 
turno da tarde. Nenhuma das salas possui tratamento acústico. 
Apesar de ocupar quase todo o lote, no prédio original existe um pátio 
descoberto, que é bastante utilizado pelas crianças enquanto esperam suas aula 
iniciarem e por seus responsáveis. A escola possui pequenos canteiros com plantas, 
tornando o ambiente agradável de se permanecer. 
Mesmo sendo uma escola antiga e de grande porte, o SCB também sofre com as 
limitações espaciais dos seus prédios. Não existe um deposito para o estoque da loja, 
estacionamento próprio, um espaço destinado a apresentações e nem um local para 
reunião de pais e professores. 
Porém, as dimensões das salas, a localização da escola, os espaços recreativos e 
o pátio aberto são pontos positivos a serem considerados. 
 
2.1.3Escola de dança do Teatro Alberto Maranhão – EDTAM 
 
Localização/data: Ribeira, Natal/RN, 1986 
Fonte: Visita in loco, Abril de 2013. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 27 
 
 
Figura 25 - Localização EDTAM 
 
Fonte: <http://www.maps.google.com.br> com modificação da autora. 
Uma das mais antigas escolas de dança da nossa cidade, a Escola de Dança do 
Teatro Alberto Maranhão possui um papel indispensável na educação de jovens e 
crianças desde que foi fundada pelos professores Carmem Borges e Edson Claro em 
1986. 
A EDTAM tem como proposta atender a uma faixa da população que não tem 
condições financeiras para pagar uma academia de dança, mudando assim a visão de 
que estudar ballet é apenas para a elite. 
Seu foco principal é o ballet clássico, mas após um tempo de estudo do clássico 
os alunos podem aprender também sobre danças populares. 
A escola iniciou seus trabalhos no próprio Teatro Alberto Maranhão, mas com o 
aumento da demanda de alunos transferiu-se, em 1998, para o antigo prédio da 
governadoria da cidade, na Rua Chile, no bairro da Ribeira. Portanto, assim como as duas 
escolas já citadas, a EDTAM também é fruto de um reuso. 
A edificação possui três pavimentos. No térreo temos a entrada, uma espera que 
dá acesso a uma sala pequena usada para as aulas do nível Baby, cozinha, cantina, 
banheiros, secretaria (com um cantinho de leitura) e um deposito de figurinos. O 
primeiro e o segundo pavimento possuem os mesmos ambientes: uma sala grande e 
banheiros, que servem de vestiário. 
As salas de aula do primeiro e segundo pavimento (Figuras 26 e 27) possuem 
praticamente a mesma estrutura: piso de madeira, barras moveis e fixas, espelhos e 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 28 
 
 
muitas janelas. O que difere uma da outra é a sala do primeiro pavimento possui uma 
menor quantidade de janelas. Mas ambas são bastante ventiladas durante todos os 
períodos do dia, sendo dispensável o uso de ventiladores. 
Figura 26 – Foto da sala do primeiro pavimento da 
EDTAM 
 
Fonte: <http://www.tribunadonorte.com.br> Acesso 
em: 02.05.2015 
 
Figura 27 – Foto da sala do segundo pavimento da 
EDTAM 
 
Fonte: <http://www.tribunadonorte.com.br> Acesso 
em: 02.05.2015 
 
Mesmo sendo pequena, a edificação é bem arejada, pois possui um grande recuo 
na área posterior, ajudando a ventilar a sala infantil, e não possui construções que 
barrem o vento nas salas do segundo e terceiro pavimento. O tamanho das salas 
também é um ponto positivo observado. 
Porém, pontos negativos foram apontados: a quantidade de banheiros não é 
suficiente e não existem vestiários, a escola também não possui um espaço para eventos 
e apresentações de pequeno porte, sendo necessário improvisar uma das salas maiores 
para isso, também não conta com estacionamento próprio para os usuários. 
 
2.2. Estudos indiretos 
2.2.1 Centro de Movimento Deborah Colker – CMDC 
 
Localização/data: Rio de Janeiro/RJ, 1994. 
Fonte: <http://www.cmdc.art.br> 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 29 
 
 
Figura 28 - Localização do CMDC 
 
Fonte: <http://www.maps.google.com.br> com modificação da autora. Acesso em: 13.04.2015. 
Localizado na Rua Benjamin Constant, na Glória, um dos bairros mais antigos do 
Rio de Janeiro, o Centro de Movimento Deborah Colker ocupa três casarões, um deles, 
a antiga residência do pintor Victor Meirelles. 
As casas foram completamente restauradas pela companhia, mantendo as 
fachadas típicas do período do segundo reinado. A construção data de 1893 e na porta 
da escola mantém-se uma placa como referência ao artista e alusão ao histórico do 
espaço. 
 O CMDC oferece aulas de ballet clássico, dança contemporânea, jazz, sapateado, 
hip hop, jazz funk, capoeira, aulas para bebês, circo, ioga, alongamento e profilaxia do 
movimento para todas as faixas etárias: de bebês a adultos. 
As instalações contam com sala de ensaio, mezanino e escritório da Cia de Dança 
Deborah Colker, hall de entrada (Figura 43), recepção, secretaria, lanchonete (Figura 
44), copa, salas de aula (Figuras 45, 46, 47 e 48), sala de figurinos, loja, vestiários e 
banheiros. Todas as salas possuem piso flutuante de madeira revestido com linóleo, 
barras fixas nas paredes, espelhos, sistema de som, ventiladores e aparelhos de ar 
condicionados. Por funcionar em um reuso, as salas não possuem muitas aberturas, 
portanto, a ventilação e iluminação são proporcionadas através de recursos artificiais. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 30 
 
 
Figura 29 – Foto do hall de entrada do CMDC 
 
Fonte: <http://www.cmdc.art.br> Acesso em: 25.04.2015. 
 
Figura 30 – Foto da lanchonete e loja do CMDC 
 
Fonte: <http://www.cmdc.art.br> Acesso em: 
13.04.2015. 
 
Figura 31 – Foto da sala 01 do CMDC 
 
Fonte: <http://www.cmdc.art.br> Acesso em: 
25.04.2015. 
 
Figura 32 – Foto da sala 02 do CMDC 
 
Fonte: <http://www.cmdc.art.br> Acesso em: 
25.04.2015. 
Figura 33 – Foto da sala 03 do CMDC 
 
Fonte: <http://www.cmdc.art.br> Acesso em: 
25.04.2015. 
Figura 34 – Foto da sala 04 do CMDC 
 
Fonte: <http://www.cmdc.art.br> Acesso em: 
25.04.2015. 
 
2.2.2 Houston Ballet Center for Dance - HBCD 
Localização/data: Houston, Texas, USA, 2010. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 31 
 
 
Fonte: <http://www.archdaily.com/129307/houston-ballet-center-for-dance-
gensler> e < http://www.houstonballet.org> 
 
Figura 35 - Localização Houston Ballet Center for Dance 
 
Fonte: < http://www.houstonballet.org> Acesso em: 02.05.2015 
 
O centro de dança é um lembrete visual do compromisso da Escola Houston para as 
artes do espetáculo e um outdoor vivo para dançar, pois o projeto do escritório de arquitetura 
Gensler mostra aulas e ensaios através de grandes janelas nos estúdios (Figura 29). A 
academia possui aproximadamente 10.700 m2 distribuídos em seis andares e é composta por 
nove estúdios de dança, um laboratório de dança e instalações administrativas e de apoio 
(Figuras 30 e 31). É também a maior instalação de ensino de dança nos Estados Unidos. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 32 
 
 
Figura 36 – Foto das aberturas do HBCD 
 
Fonte: 
<http://www.archdaily.com/129307/houston-
ballet-center-for-dance-gensler> Acesso em: 
02.05.2015 
Figura 37 – Corte esquemático do HBCD 
 
Fonte: <http://www.archdaily.com/129307/houston-ballet-
center-for-dance-gensler> Acesso em: 02.05.2015 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 33 
 
 
Figura 38 - Planta baixa do pavimento térreo do HBCD 
 
 Fonte: <http://www.archdaily.com/129307/houston-ballet-center-for-dance-gensler> Acesso em: 
06.05.2015 
 
 
 
 O interior da edificação é espaçoso e arejado e possui estúdios com pé direto 
duplo (Figura 32), permitindo que os dançarinos desfrutem das belas vistas do entorno 
e também serem vistos por quem passa pelo prédio. A nova instalação da escola possui 
ainda uma grande variedade de espaços para bailarinos, estudantes, professores e 
administradores interagirem e socializarem (Figura 33). 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 34 
 
 
Figura 39 – Foto de uma das salas de aula 
práticas do HBCD 
 
Fonte: 
<http://www.archdaily.com/129307/housto
n-ballet-center-for-dance-gensler> Acesso 
em: 02.05.2015 
Figura 40 – Foto do espaço para socialização do HBCD 
 
 
Fonte: <http://www.archdaily.com/129307/houston-ballet-
center-for-dance-gensler> Acesso em: 02.05.2015Um sistema de captação de luz do dia maximiza a utilização da iluminação natural 
e reduz o consumo de energia e a fachada oeste possui cortinas que fecham 
automaticamente de acordo com a incidência solar. 
A escola oferece educação em dança que atinge alunos da pré-escola até a idade 
adulta, incluindo um programa que promove dança terapia para as pessoas com doença 
de Parkinson. Além das aulas de balé, os alunos tem acesso a aulas de produção de 
performance e administração artística. 
As salas de aulas práticas possuem piso flutuante e acusticamente tratado de 
forma que minimiza a transferência de ruídos de uma sala para outra. Eles também 
dispõe de grandes aberturas que promovem uma boa iluminação natural durante o dia 
e equipamentos que permitem a gravação e a visualização de performances (Figura 34). 
 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 35 
 
 
Figura 41 – Foto de uma das salas de aulas práticas do HBCD 
 
Fonte: <http://www.archdaily.com/129307/houston-ballet-center-for-dance-gensler> Acesso em: 13.04.2015. 
 
 O laboratório comporta duzentas pessoas e oferece aos usuários da escola um 
espaço único para desenvolver novas obras; o palco existente tem as mesmas 
dimensões do palco onde a escola de Houston realizou suas primeiras apresentações. 
 
2.2.3 Escola Municipal de Dança de Oleiros - EMDO 
Localização/data: Oleiros, Espanha, 2010. 
Fonte: <http://architizer.com/projects/dance-school-in-oleiros-1> 
Figura 42 - Localização da Escola Municipal de dança de Oleiros 
 
Fonte: <http://www.maps.google.com.br> com modificação da autora. 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 36 
 
 
 A Escola Municipal de Dança de Oleiros, Espanha é um edifício térreo, de planta 
livre, com forma volumétrica simples baseado em um programa de necessidade claro. É 
um edifício compacto, com funcionalidade nos ambientes e circulações para otimizar os 
espaços e aumentar a eficiência operacional da escola (Figura 36): os ambientes foram 
dispostos de forma que usuários e servidores tenham rotas internas independentes. 
 Figura 43 - Planta baixa da EMDO 
 
Fonte: <http://architizer.com/projects/dance-school-in-oleiros-1> Acesso em: 13.04.2015. 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 37 
 
 
São dois grandes volumes (Figura 37) que se diferenciam em altura, material e 
forma e separam as principais áreas de funcionamento. O primeiro, de menor de altura, 
é o bloco público e de transição e abriga hall, área de espera (Figura 38), administração, 
salas de aula – para atividades musicais e aulas teóricas e de vídeo (Figura 39), vestiários 
e salas de dança menores (Figura 40). O bloco mais alto abriga os salões de dança 
maiores (Figura 41). O programa foi pensado de forma a fornecer em apenas um edifício, 
uma escola de dança com uma ampla oferta de atividades para satisfazer o seu público. 
Figura 44 – Foto da fachada da EMDO 
 
 
Fonte: <http://architizer.com/projects/dance-school-in-oleiros-1> 
Acesso em: 13.04.2015. 
 
Figura 45 – Foto do espaço para espera da 
EMDO 
 
Fonte: 
<http://architizer.com/projects/dance-
school-in-oleiros-1> Acesso em: 13.04.2015. 
 
Figura 46 – Foto da sala de aulas teóricas da EMDO 
 
 
Fonte: <http://architizer.com/projects/dance-school-in-
oleiros-1> Acesso em: 13.04.2015. 
 
Figura 47 – Foto do estúdio de dança menor da 
EMDO 
 
Fonte: <http://architizer.com/projects/dance-
school-in-oleiros-1> Acesso em: 13.04.2015. 
 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 38 
 
 
Figura 48 – Foto do estúdio de dança maior da EMDO 
 
Fonte: < http://architizer.com/projects/dance-school-in-oleiros-1 > Acesso em: 13.04.2015. 
 
O prédio foi implantado de forma a tirar o máximo proveito dos recursos 
energéticos naturais. Neste sentido, a orientação do lote e a ausência de edifícios 
vizinhos se tornou uma grande vantagem para utilização dos recursos naturais. O edifício 
é voltado para o sul, que ajuda a usar eficientemente a luz solar. Além disso foram 
usados materiais com grande durabilidade e assim, reduzir os custos com manutenção. 
 
2.3 Análises e conclusões dos estudos de referência 
 
Tanto os estudos diretos quanto os indiretos foram de grande utilidade e 
importância para o desenvolvimento do presente Trabalho de Final de Graduação. 
Os estudos diretos tinham como objetivo entender o funcionamento das escolas: 
os espaços essenciais para a pratica da dança e de apoio e as necessidades dos alunos e 
funcionários e o dimensionamento dos ambientes, pois não foi possível encontrar 
publicações técnicas (livros, artigos, etc.) dentro do tema deste TFG que auxiliassem 
nessas questões. Mesmo apresentando pontos negativos e deficiências, os pontos 
positivos foram considerados no desenvolvimento do trabalho. 
Os estudos indiretos possuíam um caráter mais formal, permitindo 
complementar e suprir as carências que foram detectadas nos estudos diretos. 
2.4 Uma Escola de Dança para a Vila de Ponta Negra 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 39 
 
 
A escola proposta neste trabalho tem como intuito se tornar referência no 
ensino da dança em nossa cidade. Além de formar dançarinos, irá colaborar com a 
promoção e divulgação de arte e cultura em Natal. Será um empreendimento particular 
mas com mensalidade acessível à comunidade do bairro. 
As aulas serão direcionadas às crianças a partir dos quatro anos até idosos, não 
tendo limite máximo de idade. E os usuários da escola serão professores, alunos, 
funcionários e os pais/responsáveis dos alunos. Quando a escola realizar espetáculo de 
encerramento do ano letivo, outras pessoas frequentarão o local. 
A escola oferecerá cursos de ballet clássico, dança contemporânea, jazz, 
sapateado, danças populares e danças folclóricas. E contará com três salas, duas maiores 
e uma menor. 
As turmas baby (crianças a partir dos 4 anos) funcionarão na sala menor, com no 
máximo 15 alunos e as demais nas maiores, com uma média de 15-20 alunos. Cada aula 
terá duração de 1h e 30min e haverá um intervalo de 1h entre o final de uma e o início 
da próxima, assim serão duas aulas por turno em cada sala. Desta forma, teremos 110 
alunos por turno e 330 por dia, considerando as salas com lotação máxima. Como as 
turmas se dividem em seg/qua/sex ou ter/qui, estima-se que a escola tem capacidade 
para comportar 660 alunos. Em relação a quantidade de professores, serão 3 por turno, 
totalizando 9 profissionais. 
As aulas práticas serão complementadas com aulas teóricas, onde se estudará a 
história da dança com enfoque na modalidade praticada por cada turma. Serão exibidas 
filmagens de grandes espetáculos e filmes com o tema da dança. A biblioteca servirá de 
apoio para essas aulas e também para estudo e pesquisas para as provas teóricas. 
No final do ano letivo a escola promoverá um espetáculo envolvendo todas 
turmas, afim de apresentar o trabalho realizado naquele ano. Este espetáculo ocorrerá 
na área externa da escola, onde será proposta uma praça, assim, os moradores da Vila 
de Ponta Negra poderão ter contato com este tipo de atividade cultural sem sair do seu 
espaço de convívio. Fora isso, teremos comemoração de São João, Carnaval e Páscoa. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 40 
 
 
Como as turmas são anuais as provas práticas e teóricas serão realizadas duas 
vezes ao ano afim de avaliar o conhecimento dos alunos. A média das notas dessas duas 
provas dirá se o aluno pode ou não subir de nível.C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 41 
 
 
PARTE III CONDICIONANTES PROJETUAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 42 
 
 
3. CONDICIONANTES PROJETUAIS 
3.1. Condicionantes físico-ambientais 
3.1.1 O terreno e seu entorno 
 
O terro escolhido para a intervenção arquitetônica está localizado na Vila de 
Ponta Negra, no bairro de mesmo nome, na Região Administrativa Sul da cidade de 
Natal, Rio Grande do Norte (Figura 49). Se encontra no quarteirão delimitado pela Rua 
Vereador Manoel Coringa de Lemos, Rua Nossa Senhora dos Navegantes, Rua Antônio 
Mor e Rua da Floresta (Figura 50) e dentro de uma Área Especial de Interesse Social, 
chama de AEIS – Vila de Ponta Negra. 
Figura 49 - Mapa da divisão dos bairros de Natal com 
destaque para Ponta Negra 
 
 
Figura 50 – Planta do terreno escolhido 
 
O lote possui aproximadamente 5.040 m ² e, em relação a topografia, apresenta 
um desnível de 5m no sentindo da Rua Antônio Mor para a Rua vereador Manoel 
Coringa de Lemos (Figura 51 e Figura 52). 
 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 43 
 
 
Figura 51 - Planta topográfica do terreno escolhido 
 
 
 
Figura 52 - Cortes topográficos do terreno escolhido 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 44 
 
 
O acesso pode ser feito pela Rua Nossa Senhora dos Navegantes, pela Rua 
Antônio Mor ou pela Rua da Floresta. Todas estas ruas são classificadas como vias locais 
de acordo com o Código de obras de Natal. Na rua Nossa Senhora dos Navegantes circula 
ônibus e existe um ponto de ônibus em frente ao terreno. 
Atualmente o terreno encontra-se desocupado, apresentando apenas entulhos, 
vegetação rasteira e algumas árvores (Figura 53 e 54). Seu entorno é constituído 
predominantemente de residências térreas, porem existem edificações de uso misto, 
comercial e institucional. 
 
Figura 53 - Foto de entulhos no terreno escolhido 
 
 
Figura 54 - Fotos da vegetação existente no terreno 
escolhido 
 
 
A escolha do terreno se deu pela sua área e por ser de fácil acesso, não estando 
muito afastado do perímetro da vila, as dimensões também influenciaram na decisão. 
 
3.1.2 Análise bioclimática 
 
Não existem barreiras para ventilação ou iluminação natural no terreno, pois o 
entorno do mesmo é formado por residências térreas. Desta forma, será possível 
projetar ambientes que façam uso desses recursos disponíveis. 
Em nossa cidade a ventilação predominante é do sudeste, assim, as testadas 
mais ventiladas do terreno são as voltadas para a rua da Floresta e a rua Antônio Mor 
(Figura 55). 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 45 
 
 
Figura 55 - Estudo da ventilação no terreno 
 
A radiação solar é a condicionante ambiental que causa grande impacto em 
nossa cidade, pois devido à baixa latitude os raios solares incidem perpendicularmente, 
favorecendo a ocorrência de altas temperaturas, dessa forma foi realizado um estudo 
da incidência da mesma em cada testada do terreno escolhido (Figura 56). 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 46 
 
 
Figura 56 - Estudo solar do terreno 
 
Os resultados desse estudo estão descritos no quadro 1, abaixo. 
Quadro 1 - Resultados do estudo de insolação 
TESTADAS INSOLAÇÃO 
A 
Incidência solar no período da tarde durante o ano todo. 
No Solstício de verão o sol é basicamente das 13:00hs às 18:20hs e no Solstício 
de inverno, das 11:00hs às 17:40hs. 
Nos Equinócios a incidência é das 12:00hs às 18:00hs. 
B 
Incidência solar principalmente no turno da manhã, com alguns meses também 
no período da tarde. 
No Solstício de verão o sol é praticamente das 5:40hs às 9:00hs e no de inverno, 
das 6:20hs às 17:40hs. 
Nos Equinócios a incidência é das 6:00hs às 13:00hs. 
C 
Incidência solar no período da manhã durante o ano todo. 
No Solstício de verão o sol é basicamente das 5:40hs às 12:30hs e no de inverno, 
das 6:20hs às 11:00hs. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 47 
 
 
Nos Equinócios a incidência é das 6:00hs às 12:00hs. 
D 
Incidência solar principalmente no turno da manhã, com alguns meses também 
no período da tarde. 
No Solstício de inverno o sol é praticamente das 6:20hs às 17:40hs e nos 
equinócios, das 6:00hs às 13:30hs. No solstício de verão não ocorre incidência 
solar. 
E 
Incidência solar no período da manhã durante o ano todo. 
No Solstício de verão o sol é basicamente das 5:40hs às 12:00hs e no de inverno, 
das 6:20hs às 11:00hs. 
Nos Equinócios a incidência é das 6:00hs às 11:30hs. 
F 
Incidência solar principalmente no turno da manhã, com alguns meses também 
no período da tarde. 
No Solstício de verão o sol é basicamente das 5:40hs às 10:30hs e no de inverno, 
das 6:20hs às 14:00hs. 
Nos Equinócios a incidência é das 6:00hs às 12:30hs. 
G 
Incidência solar no período da manhã durante o ano todo. 
No Solstício de verão o sol é basicamente das 5:40hs às 12:30hs e no de inverno, 
das 6:20hs às 10:30hs. 
Nos Equinócios a incidência é das 6:00hs às 11:30hs. 
H 
Incidência solar no período da tarde durante o ano todo. 
No Solstício de verão o sol é basicamente das 11:00hs às 18:20hs e no Solstício 
de inverno, das 13:30hs às 17:40hs. 
Nos Equinócios a incidência é das 12:30hs às 18:00hs. 
I 
Incidência solar no período da manhã durante o ano todo. 
No Solstício de verão o sol é basicamente das 5:40hs às 13:00hs e no de inverno, 
das 6:20hs às 09:30hs. 
Nos Equinócios a incidência é das 6:00hs às 11:30hs. 
J 
Incidência solar no período da tarde durante o ano todo. 
No Solstício de verão o sol é basicamente das 11:00hs às 18:20hs e no Solstício 
de inverno, das 13:30hs às 17:40hs. 
Nos Equinócios a incidência é das 12:00hs às 18:00hs. 
As fachadas voltadas para as direções Norte/Sul poderão ser protegidas com 
grandes beirais, já as voltadas para Leste/Oeste deverão utilizar brises ou cobogós. 
Através dessas proteções será possível aproveitar a iluminação natural disponível 
controlando a entrada de radiação solar nos ambientes e proporcionar conforto aos 
usuários dos mesmos. 
3.2. Condicionantes legais 
Para se ter um maior aproveitamento do terreno foi importante consultar a 
legislação vigente que incide sobre a área e a edificação em questão. Assim, a Lei 
Complementar n° 082, de 21 de julho de 2007 (Plano Diretor de Natal), a Lei 
Complementar n° 055, de 27 de janeiro de 2004 (Código de Obras e Edificações do 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 48 
 
 
Município de Natal), o Código de Segurança e Prevenção contra incêndio do Rio Grande 
do Norte e da Instrução Técnica Nº 11/2011 do Corpo de Bombeiros do Estado de São 
Paulo (SÃO PAULO, Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública, 2001), 
adotada pelo Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte a partir de 2014 e a Norma 
Técnica Brasileira de Acessibilidade (NBR-9050) foram de fundamental importância na 
elaboração do projeto. 
3.2.1 – Plano Diretor de Natal 
 
O Plano Diretor é a lei que prevê o controle do impacto urbanístico e ambiental 
dos empreendimentos públicos e privados. De acordo com este instrumento, o terreno 
escolhido encontra-se em uma Área Especial de Interesse Social (AEIS – Vila de Ponta 
Negra) e possui coeficiente de aproveitamento igual a 1.2. 
O gabarito máximo permitido é de 7.5m, a taxa de ocupação é de 80% para 
edificações com até 2 pavimentos e a taxa de impermeabilizaçãomáxima do lote 
também é de 80%. 
Os recuos mínimos necessários são de 3m a testada frontal e 1.5 nas laterais e 
fundo, caso a edificação tenha até dois pavimentos, sendo térrea estes últimos não são 
obrigatórios. 
 
3.2.2 – Código de Obras 
 
Código que regulamenta o licenciamento prévio de obras de construção, 
ampliação, reforma ou demolição por parte do Município. O título III trata 
especificamente das edificações e de acordo com o capítulo II (que trata de acessos, 
estacionamentos e calçadas) quando o lote tiver frente para mais de um logradouro, a 
entrada/saída deve ser feita na via de menor hierarquia. Como o lote escolhido é 
circundado por três vias, sendo todas locais, optou-se por criar o acesso principal de 
pedestres pela rua Nossa Senhora dos Navegantes, devido à proximidade à parada de 
ônibus existente, e o acesso ao estacionamento pela rua Antônio Mor. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 49 
 
 
Segundo o anexo III, ainda do título III, os serviços de educação em geral (escolas 
de arte, dança, idiomas, etc.) são classificados como edificações que geram tráfego, 
assim é exigida uma vaga a cada 60m2 de área construída para vias locais. Essas vagas 
possuem dimensões mínimas de 2.40m por 4.50m. 
Em relação a insolação, iluminação e ventilação, temos no capítulo IV (do mesmo 
título já citado) que são necessárias aberturas de no mínimo 1/6 da área do ambiente 
no caso daqueles de uso prolongado e 1/8 naqueles de uso transitórios. 
 
3.2.3 – Código de Segurança e Prevenção contra Incêndio e Pânico do Rio Grande do 
Norte 
 
Código que tem como objetivo estabelecer critérios básicos indispensáveis à 
segurança contra incêndio nas edificações de todo o RN, visando garantir os meios 
necessários ao combate a incêndio, evitar ou minimizar a propagação do fogo, facilitar 
as ações de socorro e assegurar a evacuação segura dos ocupantes das edificações. 
O empreendimento em estudo é classificado como ocupação de reunião pública 
e deve possuir os seguintes itens: hidrantes (prevenção fixa), extintores de incêndio 
(prevenção móvel), chuveiros automáticos (sprinkler) nas circulações e áreas comuns e 
nas dependências de risco “c”, iluminação de emergência, sinalização, escada 
convencional e instalação de hidrantes públicos. 
Nos cinemas, auditórios e demais locais onde as cadeiras estejam dispostas em 
fileiras e colunas, os assentos deverão obedecer aos seguintes requisitos: distância 
mínima de 90cm (noventa centímetros) de encosto a encosto, número máximo de 15 
assentos por fila e de 20 assentos por coluna, distância mínima de 1,20 m entre séries 
de assentos e distância de no mínimo 1.20 da parede na lateral. A edificação também 
deverá possuir locais de espera com área obedecendo a proporção de 12m2/200 
pessoas, acrescentando-se 2m2 a cada excedente de 100 pessoas. 
 
3.2.4 – Instrução Técnica Nº 11/2011 (IT-11) – Saídas de Emergência 
 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 50 
 
 
Estabelece os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento das 
saídas de emergência para que a população possa abandonar a edificação, em caso de 
incêndio ou pânico, completamente protegida, e permitir o acesso de guarnições de 
bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas. 
As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da 
edificação. 
Largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que 
por elas deva transitar, observados os seguintes critérios: 
A. os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que sirvam à 
população; 
B. as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento 
de maior população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços 
correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída. 
As larguras mínimas das saídas de emergência, em qualquer caso, devem ser de 
1,2 m, para as ocupações em geral e as portas das rotas de saídas e aquelas das salas 
com capacidade acima de 100 pessoas, em comunicação com os acessos e descargas, 
devem abrir no sentido do trânsito de saída. 
Para a edificação em questão, a distância máxima a ser percorrida até a saída de 
emergência é de 65m, considerando que o prédio terá chuveiros automáticos e 
detecção automática de fumaça. 
A largura mínima necessário para a saída de emergência é de aproximadamente 
1.80 metros, segundo o cálculo descrito na imagem abaixo. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 51 
 
 
Figura 57 - Calculo de largura mínima necessária para saídas de emergência 
 
FONTE: Instrução Técnica Nº 11/2011 (IT-11) 
 
3.2.5 – NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos 
urbanos 
 
Norma que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados em 
projetos, construções e adaptações de edificações, instalação de mobiliário e 
equipamentos urbanos às condições de acessibilidade, visando proporcionar à maior 
quantidade possível de pessoas (independentemente de idade, estatura ou limitação de 
mobilidade/percepção) a utilização de maneira autônoma e segura dos mesmos. 
Seguir os critérios de acessibilidade presentes nesta Norma garantirá o direito de 
uso igualitário da edificação proposta, o que é importante já que a mesma é de uso 
público e coletivo. 
Sendo assim, os pisos deverão ser regulares, estáveis e antiderrapantes sob 
qualquer circunstância, de forma a não provocar trepidação em dispositivos com rodas 
(cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê). O piso tátil (Figura 58) de alerta deve ser 
utilizado para sinalizar situações que envolvem risco de segurança e possuir cor 
diferente ou contrastante com a do piso comum. Já o piso tátil direcional (Figura 59) 
deve ser utilizado quando da ausência ou descontinuidade de linha-guia identificável, 
como guia de caminhamento em ambientes internos ou externos, ou quando houver 
caminhos preferenciais de circulação. 
C e n t r o d e M o v i m e n t o V i l a D a n ç a | 52 
 
 
Figura 58 - piso tátil de alerta 
 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
Figura 59 - piso tátil direcional 
 
Fonte: NBR 9050 (2004) 
 
Para rampas com inclinação igual a 5% o desnível máximo de cada segmento é 
de 1.50m, no intervalo de 5 a 6.25%, 1m e no intervalo de 6.25 a 8.33%, 80cm. A largura 
livre mínima adequada para rampas em rotas acessíveis é de 1.50m, sendo 1.20m a 
largura mínima permitida. No início e fim da rampa devem existir patamares com 
comprimento recomendável de 1.50m, sendo 1.20 o mínimo admitido. 
As escadas devem estar associadas às rampas ou elevadores/plataformas 
elevatórias. As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a escada, 
sendo o piso maior que 28 e menor que 32cm; o espelho maior que 16 e menor que 
18cm e piso mais 2x o espelho maior que 63 e menor que 65cm. A largura mínima da 
escada é a mesma que a recomendável para rampas: 1.50m, sendo 1.20m o mínimo 
aceito. Devem existir um patamar a cada 3.20m de desnível de 1.20m de largura no 
mínimo e sempre que houver mudança de direção. 
As circulações devem ser dimensionadas de acordo com o número de pessoas, 
proporcionando uma faixa livre de barreiras ou obstáculos. Para corredores de uso 
comum e com até 4m de extensão aconselha-se largura de 90cm, 1.20m para os de uso 
comum extensão superior a 10m, 1.50m para corredores de uso público e maior que 
1.50m para grandes fluxos de pessoas. Calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres 
devem possuir faixa livre com largura mínima recomendável é de 1.50m, sendo 1.20m 
o mínimo admissível. 
As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre de 80cm

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