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Revista Pontes de Aço

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Obras nO brasil 
alternativas estruturais 
aspectOs de prOjetO
técnicas de mOntagem 
evOluçãO histórica
AÇOPONTES DE
Uma publicação especial do Centro Brasileiro da Construção em Aço - Setembro/2015
Faça download gratuitamente através do site
www.cbca-acobrasil.org.br
Ÿ Defensas de aço
Ÿ Painéis e divisórias
Ÿ Portas e janelas em aço
Ÿ Telhas de aço
Ÿ Engradamento de aço
Ÿ Parafusos e elementos de 
fixação
Ÿ Proteção térmica
Ÿ Tintas
Ÿ Estruturas em aço
Ÿ Perfis de aço
Ÿ Steel deck
Ÿ Tubos de aço
Ÿ Distribuição e Centros de Serviço em 
Aço
Ÿ Projetos e detalhamentos de 
construções em aço
Ÿ Galvanização
Ÿ Software para projetos em aço
Ÿ Montagem de estruturas de aço
FABRICANTES SERVIÇOS
Guia Brasil da Construção em Aço
Se sua empresa atua na cadeia produtiva da construção em aço e ainda não faz 
parte do Guia, participe e divulgue sua marca, produtos e serviços.
editorial
Capazes de diminuir distâncias e ultrapassar obstáculos, pontes e viadutos são imprescindí-
veis para a organização do tráfego de veículos e pessoas. A necessidade de garantir segurança 
e durabilidade a essas obras de arte, aliada ao custo competitivo de construção e manutenção, 
vem impulsionando o uso do aço como solução estrutural para esse tipo de projeto. Uma série 
de obras concluídas, de diferentes portes, podem ser encontradas pelo país, como apresenta-
mos nessa publicação. 
No decorrer das páginas seguintes, o leitor poderá conhecer casos em que o aço foi deci-
sivo para o sucesso do projeto principalmente com relação à leveza estrutural, à velocidade 
de execução, à estética arrojada e à durabilidade. Também poderá conferir requisitos para a 
elaboração de projetos de pontes, bem como conhecer os principais métodos de montagem 
disponíveis. Vale lembrar que a construção de pontes e viadutos, sobretudo em áreas urbanas, 
demandam agilidade e organização para gerar o mínimo de transtornos no local da obra.
Aliás, no quesito interferência urbana, o aço é um material imbatível por ser uma solução 
industrializada e que permite o uso de elementos mais esbeltos, aponta o engenheiro Filemon 
Botto de Barros, referência nacional no projeto de pontes e viadutos, em entrevista exclusiva.
Outros destaques são o panorama histórico das pontes de aço, desde a construção das 
estruturas de ferro fundido na Europa no final do século 18, e as múltiplas alternativas de con-
cepção estrutural já consagradas, como vigas retas, treliças, arcos e pontes suspensas (pênseis 
e estaiadas). 
Concebida com o propósito de auxiliar a difusão do conhecimento sobre pontes e viadutos 
de aço no Brasil, Pontes de Aço tem todo o seu conteúdo técnico produzido pelo engenheiro 
Fernando Ottoboni Pinho, especialista em projetos de obras de arte e coordenador da Comissão 
de Estudo que, no momento, elabora uma norma brasileira para projeto de pontes e viadutos 
rodoviários de aço e mistas aço e concreto. 
Tenha uma ótima leitura!
EsbEltEz e economia
Informações complementares, artigos técnicos e manuais sobre o projeto 
e a construção de pontes de aço podem ser obtidos no site do CBCA www.cbca-acobrasil.org.br
1Pontes de Aço
2 Pontes de Aço
03. conhecendo as Pontes de aço 
Evolução ao longo do tempo e alternativas estruturais
13. entrevista 
Eng. Filemon Botto de Barros
20. Utilizando pontes e viadutos de aço 
Exemplos de aplicação em diferentes situações
15. compreendendo as pontes de aço 
Aspectos de projeto e métodos de montagem
Viaduto metroviário 
no Rio de Janeiro foi 
construído com estrutura 
de aço em arco
Pontes e viadutos de aço são solução para transpor obstáculos com durabilidade, esbeltez e economia
CONHECENDO aS PonteS de aÇo 
Não é de hoje que a civilização precisa de poNtes e viadutos 
para transpor rios, vales e outros obstáculos. Elementos-chave para garantir 
fluidez e eficiência ao transporte terrestre, as pontes representam trechos de 
grande complexidade técnica e de alto custo na construção de rodovias e fer-
rovias. Por isso mesmo, merecem todo o cuidado no momento da definição 
do partido estrutural, na elaboração de um projeto econômico, e na execução 
em conformidade com as melhores práticas e com as normas técnicas.
3Pontes de Aço
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aç
ão
Pontes de aço – evolução ao longo do temPo
a primeira ponte toda 
executada em ferro 
fundido foi a Ponte 
sobre o rio Severn 
construída em 1779, na 
inglaterra, para vencer 
um vão de 31 m.
1
em 1857 foi construída a 
ponte sobre o rio Paraíba 
do Sul, no rio de Janeiro 
(foto). considerada a ponte 
mais antiga no Brasil em 
ferro fundido, tem cinco 
vãos de 30 m em treliça 
arqueada com largura de 6 
m. a introdução das treliças 
de ferro forjado permitiu 
ampliar os vãos. no Brasil 
as primeiras pontes desse 
tipo foram construídas na 
segunda metade do século 
19 . Um exemplo é a Ponte 
de Santana sobre o rio 
Piabanha em areal (rJ) com 
um vão de 46 m, construída 
em 1862.
2
as grandes pontes 
surgiram com o uso 
dos aços ligados, o que 
permitiu maior controle 
de qualidade, e das 
treliças em balanço. a 
mais importante desse 
período é a Firth of 
Forth em edimburgo 
(reino Unido), 
construída em 1890. em 
uso até os dias de hoje, 
essa ponte vence um 
vão livre de 521 m.3
as pontes e viadutos em aço, embora muitas vezes sejam tratadas como 
uma alternativa construtiva nova, possuem um histórico de mais de cem 
anos de uso, e são bastante difundidas, principalmente nos estados 
Unidos, na europa e na Ásia. Uma ampla lista de vantagens econômicas 
e técnicas explica a preferência pelo aço nesses locais. alguns exemplos 
são a elevada resistência para vencer grandes vãos, o peso próprio 
reduzido e o menor custo com fundações, a rapidez de construção e 
montagem, que implica também em menores transtornos em obras 
urbanas, além da estética esbelta e contemporânea.
4 Pontes de Aço
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ão
o passar dos anos trouxe o 
aperfeiçoamento da tecnologia, 
que culminou na produção de 
aços de alta resistência, estais 
e ancoragens mais avançados, 
bem como no desenvolvimento 
de softwares que facilitaram 
a análise das estruturas. isso 
levou arquitetos e projetistas a 
explorarem com mais segurança 
a estética leve e contemporânea 
de pontes, viadutos e passarelas 
de aço, sobretudo suspensas. 
em algumas cidades, como 
em São Paulo, obras-de-arte 
com formas mais elegantes 
tornaram-se verdadeiros 
cartões-postais urbanos.
6
as pontes suspensas ou 
pênseis, sustentadas por cabos 
na catenária, representam um 
capítulo à parte. entre as mais 
emblemáticas estão a ponte 
sobre o estreito de menai, feita 
por t. telford entre 1820-1826 
com 174 m de vão central, 
no reino Unido, e a ponte do 
Brooklyn, em nova York, eUa, 
cujo vão principal mede 480 
m, dos anos 1870. no Brasil, 
alguns exemplares são a ponte 
pênsil de São Vicente (SP) 
erguida em 1914 com 180 m de 
vão livre, e a Ponte Hercílio luz, 
cartão postal de Florianópolis 
(Sc), construída em 1926 com 
340 m de vão (foto).
4
a partir de 1930, tiveram 
início as pontes mistas, 
nas quais o tabuleiro é 
de concreto e a viga é de 
aço. Sobretudo a partir da 
Segunda Guerra, as pontes 
em vigas caixão, estaiadas 
e mistas adquiriram 
protagonismo. Um exemplo 
desse período é a Ponte 
Severin, em colônia, 
alemanha, cuja construção 
ocorreu em 1960.
5
5Pontes de Aço
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ão
6 Pontes de Aço
Seções transversais 
típicas de vigas 
de alma cheia.
Múltiplas PoSSiBilidadeS
Para vãos 
pequenos e 
médios, as 
pontes com vigas 
múltiplas de alma 
cheia mistas 
são sempre a 
primeira opção. 
Nos dias atuais, háuma série de solu-
ções estruturais para serem utilizadas como 
superestruturas no projeto de uma ponte 
ou viaduto, capazes de gerar estruturas das 
mais simples às mais arrojadas. Dentre elas, 
destacam-se as vigas de alma cheia, as vigas 
em caixão, e as pontes suspensas por cabos. 
A definição da superestrutura de uma ponte 
ou viaduto depende da análise de vários fato-
res, entre os quais destacam-se topografia e 
natureza do solo, extensão e vão livre a serem 
vencidos, gabaritos a serem obedecidos, logís-
tica, tempo de execução previsto e recursos 
disponíveis. Confira a seguir, algumas alter-
nativas viáveis para a construção de pontes e 
viadutos de aço, suas principais característi-
cas e indicações:
Vigas DE alMa CHEia
Disponibilizados no Brasil em alturas de até 
610 mm, os perfis laminados permitem a 
construção de pontes com vãos de até 16 m. 
As vigas de uma só alma podem ser simples-
mente apoiadas ou contínuas, associadas à 
laje ou não.
Os perfis soldados não têm limitação de 
altura de fabricação e podem ser compostos 
de várias maneiras para tornarem mais com-
petitiva a construção de pontes e viadutos. Em 
Pontes executadas 
com vigas de alma 
cheia são simples 
e eficientes
geral são econômicos para vãos na faixa de 20 
a 60 m, usando-se o sistema misto.
Para vãos de até 20 m em estruturas não mis-
tas usa-se muitas vezes uma mesma espessura 
e largura para as chapas de mesa. Nos casos do 
sistema misto deve-se empregar uma chapa de 
mesma largura e de espessuras diferentes para 
as mesas, sendo a mais fina reservada para a 
mesa comprimida. Para vãos superiores a 20 m, 
a sugestão é o uso de vigas mistas com variação 
de espessura das mesas e/ou variação de largura.
A principal vantagem de uma viga de alma 
cheia é a simplicidade de sua geometria, o 
que propicia custos baixos de fabricação. Mas 
esse tipo de solução requer um detalhamento 
cuidadoso. Em construções soldadas, o projeto 
deve prever a adoção de processos automáti-
cos ou semiautomáticos de solda. A simplici-
dade da seção transversal também contribui 
para a redução de custos de manutenção.
Ao se projetar a alma de uma viga, há a 
possibilidade de optar por uma alma espessa 
com poucos enrijecedores transversais inter-
mediários ou por uma alma esbelta com um 
número maior de enrijecedores. A escolha vai 
depender principalmente dos custos de mate-
rial e de mão de obra. Uma viga com alma 
esbelta pode ser mais eficiente quando enrije-
cida por uma série de enrijecedores transver-
sais associados a enrijecedores longitudinais. 
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/F
Op
pórtiCOs
Indicado para os casos em que a topografia é 
favorável, como em vales, o sistema de pórti-
cos é aquele em que as vigas do tabuleiro são 
continuas à estrutura dos pilares. Com grande 
apelo estético, esta solução é utilizada para 
diminuir os vãos da viga reta. 
Normalmente os pilares são inclinados e 
dentro deste quadro formado por pilares e 
vigas, são inseridos os gabaritos exigidos. Pelo 
pilar inclinado desce uma grande carga de 
compressão, que deverá ser absorvida por fun-
dações inclinadas. Isso faz com que a solução 
seja especialmente recomendada para terre-
nos com bom suporte de cargas. Na interse-
ção entre viga e pilar, as chapas tendem a 
ser esbeltas mesmo sob altas tensões, o que 
demanda um estudo mais acurado dos enrije-
cedores desta região.
Outra particularidade dos pórticos é que, 
como há inversão no sentido dos valores 
dos momentos fletores, surgem momentos 
negativos junto aos pilares, fazendo com que 
as vigas não possam ser mistas em todo o 
seu comprimento.
As pontes em pórticos 
com perfis de alma 
cheia redistribuem os 
esforços e deformações, 
conseguindo vencer vãos 
com vigas de baixa altura, 
formando um conjunto 
esbelto e elegante.
Pontes construídas em pórticos tiram proveito da topografia existente
7Pontes de Aço
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Pontes de Aço
trEliças
Uma treliça é um conjunto de triângulos for-
mados por peças retas. Quando adequada-
mente projetada, com proporções normais, 
uma treliça tem os eixos de todos os seus 
elementos retos e concorrentes nos nós ou 
juntas. O sistema de treliças tem duas prin-
cipais vantagens: permitir alturas maiores 
com menor peso e redução de flecha, e pos-
sibilitar que os elementos só sejam solicita-
dos por cargas axiais (tração ou compressão). 
Também conta a favor desse sistema a leveza 
relativa de uma ponte ou viaduto em treli-
ça, que se reverte em facilidade na constru-
ção, já que permite o uso de equipamento de 
içamento de pequena capacidade. O ponto 
de atenção da estrutura treliçada é o maior 
custo de fabricação, pintura e manutenção, e 
às vezes, a estética comprometida pelo cruza-
mento visual dos elementos. Utilizadas para 
vencer vãos de 50 m até 120 m (isostáticas) e 
de até 250 m (contínuas), as treliças são mais 
econômicas com altura variando de 1/8 a 1/15 
do vão. Isso não inviabiliza, contudo, a cons-
trução de vãos maiores.
Há vários tipos de treliças planas usuais 
em projetos de pontes e viadutos. Enquan-
to a Howe é mais indicada para estruturas 
de madeira, a treliça Pratt isostática costuma 
ser mais vantajosa em estruturas metálicas. 
Isso porque os montantes (elementos mais 
curtos) estão em compressão, enquanto que 
Principais tipos de treliças
Estruturas de 
pontes em 
longarinas 
treliçadas tendem 
a ser utilizadas em 
vãos de maiores 
proporções que 
os tipos já citados. 
Estas estruturas 
reticuladas 
geralmente pesam 
menos que as 
equivalentes em 
alma cheia para 
cobrir vãos 
livres maiores.
Treliças de aço oferecem 
solução competitiva e durável 
para a construção de passarelas 
sobre rodovias e vias urbanas. 
Na foto, ponte rodoferroviária 
sobre o Rio Paraná
as diagonais (elementos mais longos) estão 
sujeitas à tração, embora esta vantagem seja 
parcialmente anulada pelo fato do banzo 
central comprimido ser mais fortemente 
carregado que o central tracionado. A treliça 
Warren pode ser modificada pela adição de 
montantes colocados em todos os painéis, ou 
somente a partir do tabuleiro para as diago-
nais opostas. A Warren Composta é emprega-
da quando se tem diagonais muito grandes e 
é preciso diminuir o comprimento de flamba-
gem da diagonal. A treliça Whoppe é utilizada 
por motivos estéticos.
Por economia, a altura da treliça é usu-
almente fixada como uma fração do vão. À 
medida que o vão aumenta, a altura da treliça 
cresce e com ela o comprimento do painel. 
Para se obter apoio adequado ao tabuleiro, 
pode ser necessário subdividir o painel. 
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9Pontes de Aço
arCOs
Este tipo de superestrutura está entre as mais 
antigas utilizadas em pontes. Mas seu gran-
de uso se deu a partir de 1900. Econômicos 
na faixa de 60 a 500 m, os arcos podem ser 
aproveitados na superestrutura de pontes ou 
viadutos em três tipologias: arco inferior com 
tabuleiro superior, arco superior com tabuleiro 
inferior, ou arco com tabuleiro intermediário.
A escolha do tipo de arco varia em função 
das condições locais e da estética desejável. 
O arco inferior costuma harmonizar bem em 
vales, compondo com a natureza. O arco supe-
rior é muito adotado quando há restrições 
do gabarito na parte inferior. Já o arco com 
tabuleiro intermediário pode se adequar às 
duas situações.
Em relação ao cálculo, os arcos podem ser 
definidos como engastados, bi rotulados e tri-
-rotulados. Cabe ao projetista definir a solução 
mais adequada a cada situação levando em 
consideração as condições do solo para as fun-
dações, o sistema de montagem, o tamanho 
do vão, entre outros aspectos. O arco para ser 
eficiente e resultar em uma boa estética deve 
ter uma relação flecha/vão da ordem de 1/5.
Tipos dearco
Viaduto Reinaldo de 
Oliveira, em Osasco, 
tem estrutura 
de aço em arco
Os arcos vencem vãos médios e 
grandes, mas necessitam de um 
sistema para conter os grandes esforços 
horizontais. São constituídos de seções 
abertas ou fechadas e o tabuleiro pode 
ser inferior, médio ou superior ao arco.
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10 Pontes de Aço
Vigas EM CaixãO
As vigas caixão são formadas por duas ou 
mais almas, por uma mesa inferior única e por 
uma ou mais mesas superiores, formando um 
caixão. As seções transversais são altamente 
eficientes nas estruturas em curva, devido a 
sua grande resistência a torção, bem como 
nas pontes com grandes vãos, para evitar pro-
blemas de instabilidade. Além dos elementos 
longitudinais, uma viga caixão tem também 
um sistema de diafragmas transversais ou 
transversinas. Em geral, a relação altura/vão 
fica em torno de 1/20 a 1/30. 
No projeto de pontes e viadutos, uma das 
vantagens mais importantes da viga caixão 
é a possibilidade de se usar a mesa superior 
como laje do tabuleiro. Essa tipologia se carac-
teriza por apresentar grande resistência e rigi-
dez à torção, mesas de grande largura e maior 
inércia com alturas menores, espaço livre útil 
para passagem de tubulações e equipamen-
tos, bem como manutenção facilitada. Além 
disso, a viga caixão permite agregar esbeltez 
e regularidade à superfície inferior da ponte 
ou viaduto. 
Nesses casos, a mais importante decisão 
de projeto é a escolha da seção transversal, 
relacionada a custos de material, custos de 
ligações, capacidade dos equipamentos dis-
poníveis, acessos, largura de pista e gabaritos.
Ao se decidir pela geometria da seção 
Seções transversais em viga caixão
As pontes em 
viga caixão são 
variantes das 
pontes de vigas 
de alma cheia. 
A diferença 
reside na chapa 
horizontal de 
união entre as 
mesas inferiores 
das longarinas, 
formando uma 
seção transversal 
fechada. São 
adequadas para 
situações em 
curva ou com 
pouca altura 
para as vigas. 
transversal, o projetista deve considerar qua-
tro princípios essenciais:
1) As almas das vigas devem apoiar ade-
quadamente o tabuleiro.
2) A seção transversal deve ser relacionada 
com o sistema de montagem.
3) O uso de paredes finas, sejam horizon-
tais ou verticais, obriga o uso de enrije-
cedores.
4) Qualquer variação de altura das chapas 
exige um diafragma.
Terceira Ponte liga as cidades 
de Vitória e Vila Velha, no 
Espírito Santo. Obra-de-arte 
foi construída em caixão com 
balanços sucessivos e conta 
com vão central de 70 m de 
altura. O vão livre (distância 
entre pilares) é de de 260 m
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Pontes de Aço
pONtEs sUspENsas 
pOr CabOs
Reconhecidas em todo o mundo por sua bele-
za, as pontes suspensas oferecem uma solu-
ção competitiva quando se deseja transpor 
grandes vãos com o apoio de poucos pilares.
Mais antigas, as pontes pênseis são sus-
tentadas por cabos e mastros. Nessa tipolo-
gia, os cabos principais partem de um mastro 
a outro formando uma parábola. Dos cabos 
principais partem os cabos de sustentação 
da plataforma, que são verticais e espaçados 
igualmente. Nessas pontes, é necessária a uti-
lização de vigas de grande rigidez para evitar 
oscilações verticais do tabuleiro.
Já nas pontes estaiadas os esforços são 
absorvidos pela parte superior do tabuleiro 
por meio de vários cabos que se concentram 
em uma torre apoiada em um bloco de fun-
dação. A fixação dos cabos pode ser feita em 
forma de leque (com um ponto fixo no pilar), 
em forma de harpa (com cabos paralelos par-
tindo de vários pontos do pilar) ou em forma 
mista. Competitivas com piso em caixão orto-
trópico para vãos acima de 300 m, as pontes 
Pontes Pênseis
Pontes Estaiadas
Ponte estaiada construída 
no Rio de Janeiro faz 
parte do projeto do BRT 
Transcarioca
estaiadas não são indicadas quando o traçado 
da rodovia exige curvas acentuadas e rampas 
íngremes. Essa tipologia costuma ser utilizada 
nos casos em que apoios intermediários sobre 
o leito de rios e braços de mar são muito difí-
ceis de serem executados. 
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pONtEs Mistas
Há diferentes tipos de tabuleiros que podem 
ser combinados às superestruturas men-
cionadas até aqui. Os inteiramente em aço 
formam uma placa ortotrópica (placa enri-
jecida de aço) e exigem consumo elevado do 
metal, tornando-se pouco econômicos para 
vãos pequenos e médios. Em compensação, 
os tabuleiros metálicos, por serem mais leves, 
trazem vantagens significativas aos projetos 
que envolvem grandes vãos. 
Muito aproveitada atualmente, a solução 
mista consiste na junção de vigas metálicas 
com o tabuleiro de concreto por meio da soli-
darização dos dois materiais. Isto é garantido 
por elementos de ligação, denominados conec-
tores de cisalhamento. Esses elementos podem 
ser de vários tipos, sendo que os mais usuais os 
Que cerca de 70% a 80% das pontes e passarelas construídas no Brasil poderiam 
ser executadas com sistemas mistos de aço e concreto? além de permitir maior 
racionalização dos processos construtivos, os sistemas mistos promovem rapidez e 
versatilidade de execução. esse é um diferencial importante em obras rodoviárias e 
ferroviárias, especialmente em áreas urbanas e com tráfego intenso de veículos.
você sabia?
As pontes 
mistas são 
econômicas 
para vãos entre 
6 e 60 m.
Complexo viário em São Paulo utiliza 
viadutos mistos, com vigas de aço 
combinadas a pilares e tabuleiro de concreto
Tabuleiro misto
Tabuleiro ortotrópico
pinos tipo “stud” e os perfis laminados tipo U. 
Econômicas para vãos entre 6 e 60 m, as 
pontes mistas têm como ponto crítico a deter-
minação da distribuição de esforços no con-
creto e no aço, levando-se em conta a ligação 
solidária do tabuleiro com as vigas metálicas. 
O dimensionamento das vigas mistas deve 
ser feito levando-se em conta se a viga vai ser 
escorada ou não durante a concretagem.
De modo geral, as vigas são calculadas 
como não escoradas, implicando em um custo 
de construção menor. Nesses casos, é necessá-
rio distribuir os vários tipos de carga nas eta-
pas do processo. Assim o peso próprio da viga 
e do concreto será suportado somente pela 
viga de aço, e as outras cargas pelo conjunto 
viga - concreto.
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Referência no projeto de pontes e viadutos, o 
engenheiro Filemon Botto de Barros é dire-
tor da Projconsult, empresa de consultoria em 
engenharia, especializada em empreendimen-
tos de grande porte. No seu portfólio estão 
obras que foram consideradas referências, seja 
pelo desafio técnico superado, seja pela esté-
tica obtida. É o caso do viaduto metroviário 
sobre a avenida Francisco Bicalho, com um arco 
metálico que cobre um vão de 110 m, no Rio 
de Janeiro. Outro projeto importante em que 
Filemon esteve envolvido foi o da Ponte Jus-
celino Kubitschek, em Brasília, premiado pelo 
IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) e pela 
Abcem (Associação Brasileira da Construção 
Metálica). Em entrevista exclusiva concedida 
à Pontes de Aço, o engenheiro fala mais sobre 
sua experiência e sobre os avanços tecnoló-
gicos que favoreceram o uso, cada vez mais 
recorrente, de pontes com estruturas de aço e 
mistas. Confira a seguir: 
Pontes de Aço – O senhor é uma das referên-
cias quando o assunto é projeto de pontes no 
Brasil. Poderia comentar como foi o início de 
sua carreira?
Filemon Botto de Barros – Comecei como pro-
jetista e desenhista na construção da Ponte Rio-
-Niterói, participando de projetos de estruturas 
diversas. Depois disso, trabalhei na empresa 
do engenheiro Mário Vila Verde, onde tive a 
oportunidade de realizar uma série de detalha-mentos de estruturas de aço. Durante três anos, 
morei no canteiro da barragem de Itaipu, e por 
seis anos, estive em Tucuruí (PA), projetando 
toda a parte de estrutura metálica dessa obra. 
De volta ao Rio, trabalhei em diversas pontes e 
viadutos estruturados com aço, concreto e com 
pré-moldados. Mais recentemente participei do 
projeto das baias metálicas que estão na ponte 
rio Niterói, construídas com estrutura mista. 
Essas duas baias foram dimensionadas e cons-
truídas para receber trem tipo do metrô.
PA – O senhor projetou recentemente duas 
obras emblemáticas que utilizam arcos metáli-
cos: a ponte Juscelino Kubitschek, em Brasília, e 
o viaduto sobre a avenida Francisco Bicalho, no 
Rio. Poderia comentar esses dois projetos?
FBB – O viaduto metroviário no Rio liga São Cris-
tóvão à estação Cidade Nova, na cidade do Rio 
de Janeiro. São 1.200 metros de viaduto e mais 
um arco metálico de 110 metros sobre a aveni-
da Francisco Bicalho. O viaduto foi executado 
em concreto e o arco é metálico. Esse elemento 
tem um papel importante para dar estabilida-
de e rigidez. Em função da passagem de metrô 
e trem, a obra de arte exigia uma deformação 
mínima para minimizar o risco de descarrila-
mento. Em Brasília, projetamos uma ponte com-
posta por arcos metálicos que vencem 240 m de 
vão e por um tabuleiro em placa ortotrópica de 
25 m de largura estaiado nesses arcos. Os trechos 
de acesso foram executados com caixão metáli-
co e estrutura mista (laje de concreto e viga de 
aço) para vencer vãos de 45 m.
PA – Sobre as estruturas mistas, como o senhor 
vê a evolução dessa solução nos últimos anos?
FBB – A estrutura mista para a construção de 
pontes vem ganhando muita utilização na 
medida em que propicia encurtar o prazo de 
execução da obra. Uma vantagem desse siste-
ma é que enquanto a fundação é executada, a 
superestrutura é fabricada, simultaneamente. 
Além disso, esse tipo de solução tem uma mon-
tagem muito facilitada por ser mais leve.
“Os melhores 
resultados (no 
projeto de pontes 
e viadutos) 
surgem quando se 
aproveita a grande 
capacidade de 
resistência do 
aço para criar 
estruturas mais 
esbeltas e menos 
impactantes à 
paisagem das 
cidades
“
13Pontes de Aço
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PA – Em que casos a estrutura mista é indica-
da no projeto de pontes e viadutos?
FBB – Toda vez que a obra apresenta alguma 
dificuldade de acesso e de montagem, a estru-
tura mista acaba sendo a escolha natural. O 
interessante da estrutura mista é que permite 
aproveitar as melhores propriedades de cada 
material. O aço, que tem excelente desempe-
nho quando submetido à tração, tem um uso 
nobre na parte de vigas. Já o concreto, que 
resiste bem à compressão, é utilizado nas lajes, 
que demandam esse comportamento.
PA – Ainda há resistência entre os contratan-
tes quanto ao uso da estrutura de aço no pro-
jeto de pontes e viadutos?
FBB – Não mais. Houve uma restrição muito 
grande no passado em função da qualida-
de dos aços produzidos e que exigiam uma 
manutenção muito atuante. Mas na medida 
em que os aços de alto desempenho e de resis-
tência à corrosão se difundiram, esse receio 
deixou de existir. O desenvolvimento de novas 
ligas de alta resistência à corrosão trouxe um 
benefício muito grande. Hoje os contratantes 
já não têm motivo técnico para evitar as pon-
tes de aço ou mistas. O avanço da qualidade 
dos aços foi determinante para que pudésse-
mos ter um uso mais frequente desse mate-
rial, com mais segurança, durabilidade e com 
menos manutenção.
PA – Quando comparada ao concreto, em 
quais situações as estruturas de aço e mistas 
são competitivas?
FBB – No caso de pontes simples, de pequenas 
dimensões, e sem qualquer restrição ou dificul-
dade de construção, o concreto pode ser mais 
competitivo. Mas quando você tem um pro-
grama de pontes em estradas vicinais no qual 
a questão do transporte e da montagem da 
estrutura pode ser dificultada, o aço tende a ser 
mais vantajoso. Toda vez que há qualquer difi-
culdade de logística, de montagem ou necessi-
dade de vencer grandes vãos, o aço passa a ser 
uma alternativa viável e interessante.
PA – De que forma um projetista pode maxi-
mizar as virtudes do aço?
FBB – Penso que os melhores resultados sur-
gem quando se aproveita a grande capaci-
dade de resistência do aço para criar estru-
turas mais esbeltas e menos impactantes à 
paisagem das cidades. Essa é uma virtude 
importante e cada vez mais valorizada. Os 
conselhos municipais arquitetônicos, inclu-
sive, têm exigido uma melhor adequação 
das pontes e viadutos ao contexto urbano no 
qual elas se inserem. Utilizando o aço, temos 
mais facilidade para agregar leveza a essas 
grandes estruturas. M
No alto, a Ponte Juscelino 
Kubitschek, em Brasília (DF), 
projetada pelo arquiteto 
Alexandre Chan. Com 1.200m 
de extensão, a obra-de-arte 
é composta por três vãos 
de 240 m em arco metálico 
e por tabuleiro metálico 
estaiado. Embaixo, obras 
para a construção de um dos 
viadutos da TransCarioca e 
que faz parte pacote de obras 
proposto pela prefeitura para 
melhorar o transporte público 
da cidade para os Jogos 
Olímpicos de 2016. Estrutura 
combina estrutura mista com 
caixão metálico e laje de 
concreto e arco metálico
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14 Pontes de Aço
Execução de ponte estaiada 
com o tabuleiro todo metálico 
em balanços sucessivos
Local de execução e particularidades como tamanho dos vãos são aspectos que impactam 
o projeto de pontes e viadutos
COMprEENDENDO aS PonteS de aÇo 
No projeto de poNtes e viadutos, uma boa coNcepção certa-
mente levará a uma solução simples, elegante, segura para a montagem, e 
de baixo custo. A escolha da abordagem mais adequada para uma ponte ou 
viaduto de aço passa por uma análise minuciosa que deve envolver quatro 
fatores principais: particularidades da obra, domínio do sistema construtivo, 
possibilidades oferecidas pelas diversas alternativas de concepção possíveis 
e, finalmente, os métodos de montagem. Vale lembrar a importância de não 
se adotar qualquer ideia sem analisar previamente todas as alternativas. 
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15Pontes de Aço
16 Pontes de Aço
Montagem pelo solo 
Se aplica aos viadutos e aos trechos secos 
das cabeceiras das pontes. É um processo 
que normalmente exige poucas estruturas 
auxiliares e o pessoal e os equipamentos 
trabalham em terra firme. Esta 
montagem é feita por meio de guindastes 
localizados no solo. Os guindastes são 
empregados em um grande número de 
situações de pré-montagem e montagem 
de pontes e viadutos.
Métodos de MontageM 
As pontes são quase sempre estruturas de grande 
porte instaladas em locais de difícil acesso. 
Por isso mesmo requerem uma engenharia de 
montagem mais sofisticada que garanta a execução 
mais rápida, segura e econômica possível. Um 
complicador típico da montagem de pontes é a 
necessidade de estruturas auxiliares de custo 
relativamente elevado.
Os métodos de montagem mais comuns 
empregados nas pontes e viadutos em aço são:
Exemplo de montagem 
de ponte pelo solo com 
guindaste hidráulico
Em relação às características da obra, os principais pon-
tos a serem observados são:
> Geometria do traçado no local da ponte ou viaduto - 
Em planta - eixo reto, curvo ou esconso, em elevação 
– em nível, em rampa ou em curva;
> Se a estrutura está sobre curso d’água e se possui 
calado suficiente para uma balsa;
> Condições dos apoios - simplesmente apoiados ou 
contínuos;
> Extensão e número de vãos da travessia;
> Condições dos acessos até o local da obra;
> Espaço para pré-montagens nas margens.
O projetista também deve levar em consideração e pro-
curar tirar partido de vantagens importantes queo aço 
pode agregar às obras de arte. Entre elas, vale destacar:
> Menor peso próprio
> Menor altura de construção – especialmente nos casos 
em que o espaço estrutural (distância entre o topo da 
pista e o limite inferior da estrutura) for limitado;
> Uso de componentes industrializados – as peças são 
levadas para o local da obra apenas para a montagem;
> Rapidez de construção e montagem;
> Leveza, permitindo a montagem de grandes compo-
nentes de uma única vez;
> Eliminação da necessidade de escoramentos que mui-
tas vezes estreitam a passagem inferior aumentando 
o risco de acidentes durante a obra;
> Possibilidade de adaptações e alterações, como alar-
gamentos, incorporando acostamentos ou novas vias;
> Exposição da estrutura, o que permite inspeções e 
eventuais reparos com facilidade;
> Estética atraente pela esbeltez e formas;
> Fundações mais econômicas devido ao menor peso 
das estruturas;
> Menor necessidade de área para os canteiros de obra;
> Menores incômodos durante a obra para os usuários 
da própria via ou de vias próximas e áreas vizinhas;
> Sustentabilidade. Fácil demolição e total reaproveita-
mento do aço.
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Montagem por balsa 
Sempre que a ponte estiver sobre um curso 
d’água com baixa correnteza e profundidade 
adequada, essa técnica pode ser considerada. 
A montagem se faz transportando-se as 
peças por um equipamento de içamento, 
normalmente um guindaste sobre uma balsa. 
Em determinados casos, o equipamento 
ocupa uma balsa e as peças outra. Uma 
atenção especial deve ser dada ao equilíbrio 
da embarcação quando o guindaste estiver 
com a carga içada.
Montagem por lançamento 
Consiste em pré-montar as estruturas 
em terreno firme em uma das margens, 
e fazer o conjunto da estrutura se 
deslocar sobre apoios deslizantes até 
sua posição final sobre o rio ou vale 
profundo. Normalmente demanda um 
bico de lançamento mais leve, que é 
usado como prolongamento provisório da 
estrutura que será lançada, e em casos 
de um único vão, requer um contrapeso 
para evitar o tombamento da estrutura.
Montagem por balanços sucessivos 
Consiste na técnica de progredir a montagem 
por seções parciais ou aduelas que se ligam 
às anteriormente montadas. Parte-se de 
uma das margens, de um apoio intermediário 
ou de um vão secundário. Existem várias 
aplicações da montagem por balanços 
sucessivos. Elas dependem do tipo de 
estrutura, do sistema de alimentação dos 
elementos e do tipo de equipamento que fará 
o içamento, bem como do posicionamento 
das peças na extremidade do balanço.
Caso de montagem por lançamento
Montagem por balanços sucessivos com aduelas
Içamento com o apoio de balsas
17Pontes de Aço
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18 Pontes de Aço
MAtEriAiS E tiPOlOgiAS
tipo da Ponte Faixa útil de vãos 
livres (m)
Vigas múltiplas de 
alma cheia mistas
6 ~100
Vigas caixão 40 ~200
treliças 40 ~300
Pórticos 30 ~100
Arcos 100 ~400
Estaiadas 150 ~800
Pênseis Maior que 800
Chapas grossas de aço carbono 
com fins estruturais
ChaPas grossas:
> Chapa grossa de aços carbono 
para uso estrutural. Devem ser 
empregadas pintadas.Seguem as 
normas: ABNt NBr 6648:2014 
e AStM A36/A36M-14
> Chapa grossa de aços de alta 
resistência e baixa liga para uso 
estrutural. também devem ser 
empregadas pintadas. Seguem as 
normas: ABNt NBr 5000:2015, 
AStM A572/572M-15 e 
AStM A709: 2013
> Chapa grossa de aços de alta 
resistência e baixa liga para 
uso estrutural com resistência 
à corrosão atmosférica 
(patináveis). Podem ser 
empregadas com 
e sem pintura. Seguem as 
normas ABNt NBr 5008:2015 
e AStM A588/588M-15
PerFis estruturais:
> Perfis laminados. Produzidos 
nas seções i, H, l, t e U. 
Seguem as normas da ABNt NBr 
15.980:2011 e da NBr 7007:2011
> Perfis soldados. São compostos 
de chapas grossas com grandes 
possibilidades de seções, 
podendo ser padronizadas 
(CS, CVS e VS) ou PS quando 
há dimensões fora do padrão. 
Podem apresentar alturas de 
mais de 4 m. Seguem a 
ABNt NBr 5884:2013
> tubos estruturais com e sem 
costura – Seguem a ABNt NBr 
8261:2010 - tubos de aço-carbono, 
formado a frio, com e sem solda, 
de seção circular, quadrada ou 
retangular para usos estruturais
> Steel deck (utilizado em tabuleiros, 
como forma)
ParaFusos estruturais 
e ConeCtores:
> Parafusos de aço de alta 
resistência tratado a quente 
(AStM A325-14)
> Parafusos de liga de aço de 
alta resistência tratado 
a quente (AStM A490-14a)
> Conectores de cisalhamento 
tipo pino com cabeça – Studs
> Conectores de cisalhamento 
tipo U laminado
outros:
> Eletrodos e arames de solda 
(AWS D1.5/D1.1M: 2010, Bridge 
Welding Code) 
> Defensas metálicas (ABNt NBr 
6970:2012, NBr 6971:2012)
As pontes em aço empregam materiais metá-
licos importantes para a superestrutura e seus 
travamentos, para as ligações entre os ele-
mentos, para a proteção dos veículos e pedes-
tres, e para a sinalização vertical. Disponíveis 
no Brasil, quase todos são produzidos de 
acordo com as normas da ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas). Conheça a 
seguir mais sobre cada um desses materiais.
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19Pontes de Aço
As pontes de aço no Brasil ainda são concebi-
das e executadas com o respaldo de normas 
internacionais e de uso consagrado no exte-
rior. Isso porque ainda não há uma norma téc-
nica brasileira publicada para tratar de modo 
específico dessas obras de arte. As principais 
referências são as norte-americanas - AASHTO 
– Bridge Design Specifications 7th ed., AWS 
D1.5 Bridge Welding Code - e as europeias - 
Eurocodes EN 1990, EN 1991, EN 1993, EN 1994. 
Não há impedimentos para projetar pontes e 
viadutos com base em normas internacionais 
e muitos projetistas brasileiros estão habitua-
dos a trabalhar com tal bibliografia.
NOrMAS tÉCNiCAS
grande parte das pontes construídas com estrutura de aço no Brasil utilizam 
tabuleiros de concreto. Mas especialmente em projetos que precisam vencer grandes 
vãos, os tabuleiros com chapa ortotrópica de aço revestido com asfalto podem gerar 
vantagens técnicas e econômicas em função do menor peso do conjunto.
Em maio de 2014 foi instalada na ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) 
uma Comissão de Estudo para a elaboração 
da norma brasileira para “Projeto de pontes 
e viadutos rodoviários de aço e mistas aço 
e concreto”. A iniciativa tem a participação 
dos órgãos públicos responsáveis pelo setor, 
das concessionárias que detêm a concessão 
para a manutenção das principais rodovias 
do país, dos escritórios de engenharia espe-
cializados em pontes, dos fabricantes de 
estruturas de aço, dos montadores de estru-
turas, dos profissionais ligados ao setor e 
das universidades.
você sabia?
Ponte mista com viga 
de aço e tabuleiro de 
concreto em Volta 
Redonda (RJ)
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 Aço foi determinante 
para viabilizar as formas 
arrojadas e leves da Ponte da 
Passagem, no Espírito Santo
Vantagens técnicas, financeiras e estéticas impulsionam a utilização 
do aço na construção de obras de arte
UtilizANDO POntes e viADUtOs De AçO
DurabiliDaDe, estética refinaDa, velocidade de execu-
ção, facilidade de manutenção e custo competitivo. Essas são 
algumas características associadas às pontes de aço e que jus-
tificam essa opção construtiva em projetos de grande, médio 
e pequeno porte. No Brasil, já há uma série de exemplos bem-
-sucedidos que comprovam essas e outras qualidades. A seguir 
apresentamos alguns dessesprojetos emblemáticos. 
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20 Pontes de Aço
21Pontes de Aço
estéticA
Cartão portal de Vitória, a Ponte da Passagem foi a primeira estrutura estaiada 
erguida no Brasil integralmente em aço, ou seja, com torres, vigas e cabos metá-
licos. O uso do aço nesse caso auxiliou a superação de desafios técnicos, como o 
prazo de execução reduzido e a necessidade de garantir segurança e produtivi-
dade, mesmo dispondo de uma área de canteiro reduzida.
A obra de arte é composta por seis pistas, com 311 metros de comprimen-
to, 24 metros de largura e um gabarito náutico de 50 metros de largura x 
8 metros de altura. Fabricadas na indústria, as estruturas metálicas foram 
transportadas para o canteiro, onde foram pré-montadas e lançadas com des-
lizamento horizontal sobre roletes, apoiados sobre os pilares com auxílio de 
guincho de grande capacidade. Com trechos curvos e segmentos assimétricos, 
o projeto mostra como o aço é capaz de agregar esbeltez, elegância e contem-
poraneidade às pontes estaiadas.
Ponte da Passagem 
Vitória, ES
> Ano da obra: 2009
> Projeto e fabricação: 
Usiminas Mecânica
> contratante: Departamento 
de Estradas de Rodagem do 
Espírito Santo – DER-ES
> Dimensões: 228,7 m de 
comprimento, dos quais 80,6 
m estaiado
> tipologia: Estaiada com 
vigas e torres de aço
> Aço utilizado: Patinável de 
alta resistência 
Montagem dos pilares 
de aço durante a 
construção da Ponte da 
Passagem 
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BelezA cOMBinADA à FUnciOnAliDADe
22 Pontes de Aço
estéticA
A 3ª Ponte sobre Rio Orinoco é uma ligação rodoferroviária situada na região 
central da Venezuela, próxima à cidade de Cabruta. Em sua parte principal, 
consiste em uma estrutura double deck: a rodovia passa no piso superior, 
enquanto a ferrovia percorre o piso inferior. A superestrutura da ponte foi 
projetada com caixão treliçado metálico de aproximadamente 12 m de altura, 
para a instalação da linha férrea, e com tabuleiro de concreto, por onde passa 
a rodovia. Para sustentar os estais de aço, há duas torres principais em forma 
de diamante, construídas em concreto armado, com 135,5 m de altura e 11,13 
km de extensão. 
Sob a ponte, o canal de navegação possui um vão de 360 m, com 40 m de 
altura e 21 m de largura sobre o nível máximo do rio. Além do porte e da com-
plexidade técnica, o que mais se destaca nesse caso é a beleza da obra de arte, 
sob qualquer ângulo, que contou com engenharia brasileira.
3ª Ponte sobre o Rio 
Orinoco 
Caicara del Orinoco, 
Venezuela Em construção
> Projeto: Fiqueiredo Ferraz e 
Lustgarten Y Asociados
> construtora: Odebrecht
> contratante: Ministerio de 
Obras Públicas y Viviendas - 
Venezuela
> Dimensões: 11.125 m de 
extensão total, sendo o trecho 
de aço com 4.160 m (1.880 + 
2.280 m)
> tipologia: Caixão, Treliça, e 
Treliça estaiada
> Aço utilizado: ASTM A 709
Detalhe da construção 
dos pilares na Venezuela. 
Abaixo, ponte atualmente 
em construção contará com 
caixão treliçado de aço por 
onde passa a linha férrea
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visUAl leve eM gRAnDes PROPORções
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23Pontes de Aço
Viaduto Prefeito Luís Tortorello, em São Caetano do Sul, 
adicionou toque de cor à árida paisagem urbana
ARcO sOBRe FeRROviA
O arco é uma das concepções estruturais mais efi-
cientes para a construção de pontes e viadutos em 
aço. A tipologia foi explorada no projeto desse via-
duto rodoviário, em São Caetano do Sul, na Grande 
São Paulo, construído sobre uma linha férrea. 
A obra de arte vence um vão livre de 56 m com 
elegância, liberando o gabarito necessário para 
os trens trafegarem com segurança. O viaduto é 
um prolongamento da Avenida Guido Aliberti e 
foi concebido para desafogar o trânsito da região 
central do município.
estéticA
viaduto rodoviário sobre linha 
da cPtM 
São Caetano do Sul, SP
> Ano da obra: 2004
> Projeto: Contracta Engenharia 
e Metasa
> Fabricação: Metasa
> contratante: Prefeitura de São 
Caetano do Sul
> Dimensões: Vão livre de 56 m
> tipologia: Arco 
Obra de arte sobre via férrea 
tem estrutura em forma de arco
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24 Pontes de Aço
Com 90 m de comprimento, o Viaduto Cidade do Aço passa sobre a rodovia 
Presidente Dutra e é um dos acessos ao município de Volta Redonda (RJ). 
Montado em apenas cinco dias sem interferir no tráfego da via, tem formas 
esbeltas e elegantes com as suas pernas inclinadas. 
Quem passa pela obra de arte não imagina que ela tenha sido erguida há 
mais de três décadas. O viaduto em aço patinável sem pintura mantém-se em 
perfeito estado e praticamente sem nenhuma intervenção para manutenção 
ou reparos na estrutura de aço. É, portanto, uma demonstração bem-sucedida 
de como o aço pode combinar beleza, rapidez de construção e durabilidade.
Viaduto foi concebido sob duas 
premissas principais: ter grande 
representatividade estética e 
não causar grandes prejuízos 
ao tráfego durante a montagem. 
Na página ao lado, detalhe da 
estrutura em aço patinável
elegânciA e viDA lOngA
25Pontes de Aço
DURABiliDADe
viaduto cidade do Aço 
Volta Redonda, RJ
> Ano da obra: 1980
> Projeto: FEM
> construtora: FEM / CONSID
> contratante: Prefeitura 
Municipal de Volta Redonda
> Manutenção: CCR
> Dimensões: 89,50 m 
(18,55 + 52,40 + 18,55 m)
> tipologia: Pórtico rígido de 
pernas inclinadas
> Aço utilizado: Patinável
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26 Pontes de Aço
tRáFegO intensO eM AMBiente AgRessivO 
A ponte Presidente Costa e Silva, inaugurada em 1974, liga as cidades do Rio de Janeiro 
e de Niterói sobre a Baía da Guanabara. A superestrutura de aço do vão central de 848 
m de comprimento, é composta por uma viga caixão contínua de três vãos (200 + 300 
+ 200 m). Também há balanços de 30 m em cada extremidade e mais dois segmentos 
de 44 m que completam a parte de aço da obra de arte.
Maior ponte do hemisfério sul, a Rio-Niterói é referência mundial em manuten-
ção de grandes estruturas. Com mais de quarenta anos de operação, em uma área de 
intensa agressividade (ambiente marinho), mantém-se íntegra e segura graças ao 
projeto, que previu acessos para facilitar a inspeção periódica, e a boas práticas de 
manutenção que incluem monitoramento e processos de inspeção não destrutivos. 
Trafegam pelas pistas da Rio-Niterói cerca de 150 mil veículos diariamente.
Trecho central em aço 
da Ponte Rio-Niterói 
com caixão-metálico
Ponte Rio-niterói 
Rio de Janeiro, RJ
> inauguração: 1974
> Projeto: Howard, Needles Tammen and 
Bergendoff Int.Inc. e Noronha Serviços 
de Engenharia
> construtora: ECEX
> contratante: Ministério dos Transportes
> extensão total: 13,29 km, dos quais 
8,83 km são sobre a água, e 72 m de 
altura em seu ponto mais alto
> tipologia: Viga caixão contínua
> Aço utilizado: BS 43-A, 50-C, 55-C 
e 55-E (13 mil toneladas)
> empresa responsável pela 
manutenção: CCR-Ponte - Grupo 
CCR (de 1995 a maio de 2015). 
Atualmente a ponte está sob 
concessão da Ecoponte
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Ponte Rio-Niterói 
em operação
27Pontes de Aço
FAciliDADe De MAnUtençÃO
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28 Pontes de Aço
Construídos em cinco meses, 
viadutos treliçados na capital 
baiana vencem vãos de 88 e de 
86 m. Na página ao lado, detalhe 
da treliça utilizada em Salvador
Em obras realizadas no perímetro urbano, a velocidade de exe-
cução é algo bastante desejável por minimizar transtornos à 
populaçãoe reduzir custos. Durante a construção do Complexo 
da Rótula do Abacaxi, em Salvador, na Bahia, o aço contribuiu 
para que esse objetivo fosse alcançado. A obra transcorreu em 
apenas cinco meses, graças à adoção de peças industrializadas 
e à montagem facilitada.
O aço teve presença garantida na execução de dois via-
dutos treliçados de estrado inferior que compõem o trecho. 
O material se mostrou a solução técnica mais recomendada 
em função do reduzido espaço estrutural existente entre 
o greide das vias e o gabarito das linhas do metrô. No caso 
utilizou-se a treliça tipo Warren com elementos diagonais, 
que além da grande rigidez e fabricação rápida, tem linhas 
bastante elegantes.
Rótula do Abacaxi 
Salvador, BA
> Ano da obra: 2010
> Projeto: Consep Consultoria 
Engenharia e Projetos
> Fabricação: Rótula 
Metalúrgica
> contratante: CONDER 
- Companhia de 
Desenvolvimento Urbano 
do Estado da Bahia
> Dimensões: 88 m e 86 m 
de vão
> tipologia: Treliça Warren 
de estrado inferior
> Aço utilizado: ASTM A572 G 
50 (912 t)
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viADUtOs tReliçADOs eM sAlvADOR
29Pontes de Aço
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30 Pontes de Aço
Ponte rodoferroviária tem superestrutura 
metálica formada por treliças de aço. São 
2,6 quilômetros de estrutura metálica, com 
cerca de 10 m de altura e 7 m de largura
Com uma extensão total de 2.6 km, a ponte rodoferroviária 
sobre o Rio Paraná interliga os sistemas da Ferronorte e da 
Fepasa possibilitando aos estados produtores do centro-oeste 
o escoamento da produção agrícola no maior porto da América 
Latina, em Santos (SP). Para a construção da obra de arte, após 
examinar aspectos técnicos, econômicos e principalmente pra-
zos, optou-se por superestrutura metálica, formada por duas 
treliças de banzos paralelos, com estrado inferior para suporte 
da via férrea e estrado superior para suporte da via rodoviária. 
As treliças de aço, nesse caso, viabilizaram vãos livres de 100 m, 
com grande eficiência.
A escolha de uma solução estrutural mais leve permitiu 
que houvesse menor trabalho na execução da infraestrutura, 
especialmente por reduzir os esforços sobre as fundações. 
eFiciÊnciA e cUstO
Ponte rodoferroviária 
sobre Rio Paraná 
De Rubineia, SP, a Aparecida 
do Taboado, MS
> Ano da obra: 1995
> Projeto: RMG Engenharia
> Fabricação: Usiminas 
Mecânica
> contratante: Fepasa – 
Ferrovia Paulista S.A.
> Dimensões: Parte metálica 
com 2100 m em vãos de 100 m
> tipologia: Treliça em dois 
níveis (estrado inferior ferrovia 
e estrado superior rodovia)
> Aço utilizado: Patinável 350 
MPa (20.650 t)
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POnte RODOFeRROviáRiA sOBRe O RiO PARAná
31Pontes de Aço
As estradas vicinais têm como principal função assegurar o 
deslocamento das populações rurais, a entrada dos insumos 
necessários e o escoamento da produção das propriedades 
agrícolas. Nessas ligações, as pontes costumam ser pontos 
críticos, sendo muitas vezes construídas de madeira, que além 
de baixa durabilidade, podem se tornar inseguras pela falta 
de manutenção e/ou pela degradação natural. Pontes vicinais 
demandam, portanto, soluções construtivas duráveis, de baixo 
custo e de execução fácil. O aço desponta como resposta a esse 
desafio ao compor uma solução estrutural simples com vigas 
metálicas e tabuleiros de concreto.
O programa “O Estado para os Cidadãos”, realizado pela 
Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas de 
Minas Gerais, ilustra como isso pode ser feito na prática. A 
iniciativa já entregou cerca de 1.500 conjuntos de vigas metá-
licas para a construção de pontes de 8, 10, 12, 15 e 18 m. Com 
largura padronizada (4,2 m), as ligações são construídas em 
prazos de 20 a 40 dias, representando uma resposta rápida às 
necessidades dos municípios. 
BAiXO cUstO
Programa de construção 
de Pontes vicinais 
Vários municípios de 
Minas Gerais
> Ano das obras: 2006 a 2012
> contratante: Secretaria de 
Transportes e Obras Públicas 
do Estado de Minas Gerais 
(SETOP-MG)
> Dimensões: 8 m, 10 m, 
12 m, 15 m e 18 m de vão
> tipologia: Sistema misto com 
vigas de aço e laje de concreto
> Aço utilizado: ASTM A588
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sOlUçÃO cOMPetitivA PARA POntes vicinAis
Vigas de aço garantem solução simples e de rápida execução para a 
construção de pontes vicinais em Minas Gerais. Abaixo, detalhe da viga 
com largura padronizada utilizada nos municípios mineiros 
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op
32 Pontes de Aço
- Heins, Conrad P. Design of modern steel highway bridges.
- Pinho, Fernando O. Bellei Ildony H., Pontes e Viadutos em vigas mistas – 
Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2007.
- Corus Construction Center, Bringing steel to life, 2000.
- Viaduto Cidade do Aço; Premio Machado da Costa, ABCEM, 1981.
- Pfeil, Walter. Ponte Presidente Costa e Silva, Rio-Niterói: Métodos cons-
trutivos, Rio de Janeiro, Livros técnicos e científicos,1975.
- Palestra do engenheiro Carlos Henrique Siqueira no III Congresso Brasi-
leiro de Pontes e Estruturas. Rio de Janeiro, 2010.
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