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Acidente Vascular Cerebral AVC

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Acidente Vascular Cerebral 
AVC 
Prof. Dr. Francisco Lúcio A. Silva 
“Rápido desenvolvimento de sinais clínicos de 
distúrbio focal (por vezes global) da função 
cerebral, durando mais de 24 horas ou levando 
à morte sem nenhuma outra causa aparente 
que a origem vascular.” 
Merrit, 2005 
 O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das 
maiores causas de morte e incapacidade adquirida em 
todo o mundo. A mortalidade varia 
consideravelmente em relação ao grau de 
desenvolvimento sócio-econômico, sendo que cerca 
de 85% ocorre em países subdesenvolvidos ou em 
desenvolvimento e um terço dos casos atinge a 
parcela economicamente ativa da população. 
 Considerando-se a previsão de um crescimento 
da ordem de 300% da população idosa nas próximas 
três décadas, concentrado nos países em 
desenvolvimento, o prognóstico epidemiológico do 
AVC torna-se ainda mais sombrio. 
 Estatísticas brasileiras indicam que o AVC é a 
causa mais frequente de óbito (10%) na população adulta 
e consiste no diagnóstico de 10% das internações 
hospitalares públicas. Na América Latina, a taxa de 
incidência do AVC gira em torno de 150 casos por 
100.000 habitantes e as taxas de letalidade variam de 10 a 
55%. O Brasil apresenta a quarta taxa de mortalidade por 
AVC entre os países da América Latina e Caribe. A 
mortalidade nos primeiros 30 dias é de 10%, atingindo 
40% no primeiro ano pós-evento. 
 A imensa maioria dos sobreviventes necessitam de 
reabilitação para as sequelas neurológicas consequentes, 
sendo que aproximadamente 70% não retornam ao seu 
trabalho e 30% necessita de auxílio para caminhar. 
ATENÇÃO 
• Homens (maior risco) / Latinos, negros e 
Japoneses (55/100.000) 
 
 Obs.: O AVC é a terceira causa mais 
comum de morte em todo o mundo. 
Tipos de AVC 
 Ataque Isquêmico Transitório (infarto cerebral); 
 Déficit Neurológico Isquêmico Reversível (infarto 
aterosclerótico, embolias cardíacas); 
 Hemorragia subaracnóidea (se localiza entre o 
espaço existente entre as duas meninges, a piamáter 
e a aracnóide, cujos sintomas típicos são a forte 
cefaléia de início súbito e, muitas vezes, a 
inconsciência); 
 Hemorragia intraparênquimatosa: ocorre 
sangramento de uma das artérias do cérebro no 
tecido cerebral. 
Exames de Imagem: 
Avc Isquêmico 
Hemorragia intracraniana 
Fatores de Risco 
 Hipertensão; 
 Cardiopatias; 
 Diabetes Mellitus; 
 Hipercolesterolemia; 
 Inatividade Física; 
 Tabagismo; 
 Alcoolismo; 
 Estenose Carotídea; 
 AIT (Ataque Isquêmico Transitório). 
Sinais e Sintomas 
 Hemorragias: Cefaleia, vômitos, convulsões ou 
coma; 
 
 Isquemias: Hemianopsia gradual, diplopia, 
paresia, parestesia, disartria, disfasia e outros. 
Complicações 
 Convulsões; 
 
 Insuficiência respiratória e fadiga; 
 
 Traumas e quedas; 
 
 Tromboflebites; 
 
 Distrofia simpática reflexa. 
Tratamento 
 Medicamentoso: Diazepam; 
 Baclofen (Lioresal); 
 Toxina Botulínica. 
 
 Cirúrgico; 
 
 Fisioterapêutico. 
Avaliação em Hemiplegia 
 Anamnese; 
 
 Reflexos superficiais: Cutâneo plantar; 
 Sucedâneos do Babinski; 
 
 Profundos. 
 
 
 
 
 
Reflexos Patológicos 
 
 
Babinski 
 
 
 
 
Oppenheim 
 
 
Chaddock 
 
 
Schaeffer 
 
 
Padrão de Postura e Movimento 
 Fase Aguda: 
 Insuficiências de movimentos; 
 Controle proximal x controle distal; 
 Luxação do ombro; 
 Controle de tronco; 
 Controle pélvico; 
 Membro inferior. 
Padrão de Postura e Movimento 
 Fase Intermediária: 
 Movimentos atípicos; 
 Insuficiência na ativação muscular; 
 Retorno parcial do controle muscular; 
 Espasticidade; 
 Subluxação do ombro; 
 Hiperextensão do joelho; 
 Padrão Wernick Man. 
 Fase Espástica: 
 Padrões compensatórios indesejáveis; 
 Não utilização aprendida; 
 Espasticidade. 
Padrão de Postura e Movimento 
Fisiopatologia 
 
Local da 
espasticidade 
Postura do membro Músculos Envolvidos 
 
Ombro 
Adução Grande dorsal 
Rotação interna Redondo maior, peitoral 
maior e subescapular 
Cotovelo Flexão Braquiorradial e bíceps 
Punho Flexão Flexor radial do carpo e 
flexor ulnar do carpo 
Mão Flexão Flexor superficial dedos e 
flexor profundo dedos 
Quadril Extensão Glúteo máximo, iliopsoas 
e quadríceps femoral 
Joelho Extensão Quadríceps femoral 
 
 
Tornozelo 
 
 
Flexão plantar 
Tibial anterior e 
posterior, extensor longo 
do hálux, flexor profundo 
dos dedos, sóleo e 
gastrocnêmio 
 
Métodos de Avaliação Funcional 
Escala de Ashworth Modificada (Bohannon, 1987) 
 
0 - Nenhum aumento do tônus muscular; 
1 - Ligeiro aumento do tônus muscular, manifestado por uma tensão 
momentânea ou por resistência mínima, no final da amplitude de 
movimento articular, quando a região é movida em flexão ou 
extensão; 
1 + - Leve aumento do tônus muscular, manifestado por uma tensão 
abrupta, seguida por uma resistência mínima em menos da metade da 
amplitude de movimento restante; 
2 - Aumento mais marcante do tônus muscular, durante a maior parte 
da amplitude de movimento, porém a região é movida facilmente; 
3 - Considerável aumento do tônus muscular, o movimento passivo é 
difícil; 
4 - Parte afetada rígida em flexão ou extensão. 
Métodos de Avaliação 
Padrão Postural 
Tratamento 
 Conceito Bobath; 
 PNF; 
 Crioterapia; 
 Cinesioterapia; 
 Órteses; 
 Funcionais; 
 Estáticas. 
Órteses Funcionais 
Órteses Estáticas 
PREVENÇÃO 
• Hábitos de vida saudáveis 
• Atividade física regular 
• Evitar a obesidade e o tabagismo 
• Não consumir álcool em excesso 
• Controlar a pressão arterial e o diabetes. 
Obrigado! 
Até a próxima Aula...

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