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Endomarketing Unidade 1 O processo da comunicação. A comunicação é essencial para o desenvolvimento de uma pessoa e também de uma empresa. Na década de 1970, descobriu-se o “homem social” (Bordenave, p. 7), isto é, aquele que cria a sua sociedade através das inter-relações com o seu ambiente, consequentemente, com as pessoas. Logo, a comunicação é, sem dúvida, um componente de extrema importância no mundo inteiro, quer corporativo ou não. Definição da comunicação. Mas o que é comunicação? Segundo Chiavenato (2000, p. 142), é a troca de informações entre indivíduos. É tornar público, comum, uma mensagem. Assim, podemos definir que comunicação é o processo de transmitir uma informação, desde que o receptor compreenda a mensagem transmitida. Somente assim podemos afirmar que houve a comunicação. Quando a mensagem é elaborada, é definido um código. Por exemplo, linguagem escrita, falada, simbólica. Isto é a mensagem codificada. O receptor, ao recebê-la, irá descodificá-la, o que significa dizer que o receptor precisa conhecer a linguagem utilizada, para compreender bem a mensagem e, assim, dar uma boa resposta, um bom feedback. Funções da comunicação: Função 1 - Comunicação é troca de ideias Sem esta troca de ideias, não conheceríamos uns aos outros, não haveria interação, viveríamos isolados cada um no seu mundo interior, sem compartilhar nada, inclusive seus sonhos. Função 2 - Comunicação é o esforço para compreender e ser compreendido pelos outros É fundamental entendermos o que as pessoas querem nos dizer, assim como os outros entenderem o que nós queremos lhes dizer. Assim, pode-se planejar o que será transmitido, inclusive com mais qualidade. Função 3 - Comunicação é redução de incertezas Vivemos no mundo das incertezas e, na medida em que há diálogo, compartilhamento, esclarecimento, esta incerteza vai sendo diluída. A comunicação, quando passa uma informação bem elaborada, agiliza as trocas efetuadas, diminuindo as incertezas. Função 4 - Comunicação é interação, vínculos entre as pessoas A comunicação liga as pessoas umas às outras, quebrando as distâncias existentes. Ela possibilita um compartilhamento, acabando com o isolamento das pessoas. Função 5 - Comunicação é participação comum Quando há interação entre as pessoas, consequentemente há um compartilhar que faz com que aquilo que um pensa passe a ser disseminado, fazendo com que novos pensamentos e novas ideias surjam a partir daí. O pensamento passa de individual a coletivo. Função 6 - Comunicação é evocar lembranças Quando acessamos um site, vemos as mensagens no celular, assistimos a um filme e lemos um livro, estamos interagindo através das lembranças dos autores. Função 7 - Comunicação é estimular e responder aos estímulos alheios Como emissores, estamos estimulando alguém, seja de forma verbal ou não verbal; quando receptores, a mesma coisa. Ao dialogarmos, estimulamos e somos estimulados. Função 8 - Comunicação é afetar alguém (poder de influenciar) Sempre que emitimos uma mensagem, o nosso objetivo é mudar o pensamento ou o comportamento de alguém, ou fazê-lo refletir sobre alguma coisa. Ao ser assimilada pelo receptor, foi alcançado o objetivo. Direção da comunicação. A comunicação vertical é a de cima para baixo. Exemplo: uma orientação dada pela direção da empresa que passa por todos os departamentos chegando até a base da organização. A comunicação horizontal é a comunicação que se dá entre os pares, aqueles que se encontram no mesmo nível hierárquico dentro da empresa. Comunicação interpessoal. A comunicação interpessoal, como diz a própria expressão, é aquela que ocorre entre as pessoas, é a troca de ideias, o diálogo, a conversação. Vimos como se dá este processo, a sua importância para os indivíduos e, também, para a sociedade. Um pouco de história: nas sociedades denominadas tradicionais, organizadas há mais tempo, como as europeias, desde a forma mais primitiva do homem, a vida social se baseava fundamentalmente na interação pessoal, face a face. Assim, pode- se descrever a vida do ser humano nestas sociedades como ou isolado, sem qualquer interação social, um solitário, ou em interação com seus semelhantes. Com a invenção da escrita e, consequentemente, da leitura, há uma transformação interessante, pois a partir daí o indivíduo se torna uma ação social de ser de comunicação, pois tem a oportunidade de se comunicar, de conhecer novos pensamentos e ter novas ideias, pela leitura. Segundo Serra (pg.116, Manual da comunicação), nas sociedades atuais, mediatizadas, as mídias têm um papel multiplicador e formador muito grande, a ponto de vários estudos serem feitos sobre o seu efeito junto à população. Comunicação organizacional. Vivemos na era da sociedade do conhecimento: compartilhar o que se sabe, interagir com o outro nas organizações passou a ser uma riqueza imensa. O principal ingrediente do que se produz, compra e vende é o conhecimento. As organizações buscam objetivamente agregar conhecimento, pois sabem que somente quando este conhecimento é difundido, propagado, disseminado, compartilhado é que elas se beneficiam. Comunicação organizacional pode ser entendida (PASQUALE; NETO; GOMES, p. 2), como aquela que estabelece um diálogo entre a empresa e todos os públicos do seu interesse, denominados stakeholders. Desta forma, as organizações traçam estratégias que visam exatamente promover essa relação de maneira contínua, permanente e sistemática. Quando falamos em comunicação organizacional, hoje, não podemos deixar de pensar nesse compartilhamento do conhecimento. Pensar em conhecimento é identificar dois tipos de conhecimento, o tácito e o explícito. A comunicação interna. Sabemos que há a comunicação ao público externo, por meio dos variados veículos de comunicação, inclusive a mídia de massa; entretanto, também sabemos que há a comunicação que ocorre dentro das organizações. Tal comunicação é tão importante quanto a comunicação externa e merece todo o cuidado para que seja clara, objetiva, com qualidade, e promova a troca de conhecimento, agregando assim, valor à organização. Canal de comunicação: Definição. Canal de comunicação é o veículo por meio do qual se alcança o receptor, entregando-lhe uma determinada mensagem, na expectativa de que ele entenda, compreenda e dê uma resposta positiva. Hoje existem inúmeros canais de comunicação, o que exige uma seleção com grau de assertividade muito mais preciso. O fato é que está na seleção o sucesso da comunicação; muitas vezes, o sucesso é muito mais provável ao se escolher o canal adequado. As organizações utilizam todos esses veículos com o objetivo de alcançar o seu público, tanto o interno quanto o externo. Ora, partindo do princípio de que a informação é a maior arma de uma organização, significa dizer que a comunicação, que normalmente é a mensagem entregue, é vital; logo, a escolha do veículo para a entrega da informação é de suma importância. Quanto mais adequado o canal, maior a possibilidade de atingir o objetivo da organização, pois a mensagem será facilmente entendida e respondida com a rapidez esperada. Barreiras para uma comunicação eficaz: 1. Identificação do público alvo. 2. Determinação dos objetivos. 3. Elaboração da comunicação. 4. Seleção dos canais de comunicação. 5. Estabelecimento do orçamento. 6. Decisão sobre o mix de comunicação. 7. Mensuração dos resultados da comunicação. 8. Gerenciamento da comunicação integrada de marketing. O ruído da comunicação, o que é? • Mensagem inadequadaao entendimento do receptor. • Muito barulho. • Veículo de comunicação inadequado. • Informações desorganizadas. • Distorção da mensagem. • Utilização de sinais e/ou símbolos desconhecidos. • Dispersão/falta de atenção. A comunicação via informação pode ajudar muito a questão da integração do funcionário com a organização, e da organização com o funcionário. É uma via de mão dupla em que todos saem ganhando. O papel da organização é oferecer um ambiente que propicie o desenvolvimento desta integração. Isto deve partir do ápice da pirâmide, deve haver de fato um comprometimento da alta direção da organização, para que o sucesso seja alcançado. Afinal, a organização é beneficiada. Quando a organização entende o seu papel junto aos funcionários e deseja de fato fazer a diferença no mercado, ela começa então a trabalhar o endomarketing, a olhar para dentro de si mesma e perceber que pode ser melhor e obter melhores resultados na ponta. Inicia então a implantação de um programa específico de endomarketing. Resumo da Unidade. Nesta unidade, verificamos a importância da comunicação interpessoal e organizacional, que são largamente utilizadas na ferramenta de marketing: endomarketing. Aprendemos conceitos e processos de comunicação que ampliaram o nosso universo e aumentaram a nossa percepção do outro, da sociedade e das organizações. Entendemos o quanto a comunicação é importante e os diversos veículos que temos à nossa disposição para nos comunicarmos com qualidade e clareza. Compreendemos que há muitos ruídos que atrapalham a comunicação e que precisam ser evitados ao máximo, para que as informações cheguem adequadamente ao receptor, atingindo os objetivos esperados. Unidade 2 Fundamentos do endomarketing. Brum (p. 21) afirma que aplicar endomarketing é oferecer ao funcionário educação, atenção e carinho, tornando-o bem preparado e mais bem informado, com o objetivo de torná-lo uma pessoa criativa e feliz, para que, assim, ele possa surpreender e encantar o cliente. É função da organização, hoje, além de produzir e comercializar seus produtos e serviços, proporcionar um nível de satisfação interna que seja capaz de fazer com que o funcionário veja a empresa como “sua”, fidelizando-o. Isto é, a empresa, a organização deve criar um clima altamente positivo, gerando, assim, colaboradores, funcionários que sejam facilitadores, para consolidar a imagem da empresa e, ato contínuo, o seu valor para o mercado. Para que de fato ocorra essa transformação do funcionário, há necessidade de a entidade (empresa, organização) compartilhar os seus objetivos, sejam eles empresariais ou sociais, promovendo a harmonia para fortalecer o seu relacionamento com o público interno. O endomarketing surge em razão das novas necessidades impostas pelo mercado globalizado. Como tudo na vida, ao surgir uma necessidade, o ser humano busca supri-la, daí o seu processo criativo é ativado. O mercado altamente competitivo e mutável, a cada dia tem nova necessidade, por isso não existe uma receita de bolo para resolver todos os seus problemas. Estratégia A origem da palavra estratégia é grega, strategia. Segundo o dicionário Michaelis, significa: “arte de conceber operações de guerra em planos de conjunto. Ardil, manha estratagema. Arte de dirigir coisas complexas”. Naturalmente, dirigir uma organização, uma entidade, não importa o seu fim (lucrativo ou não), sempre é algo complexo. Sabe-se também que o mercado é muito complexo, repleto de nuances, cheio de variáveis, e a competitividade se faz muito presente. Ora, para lidar com tal cenário, é preciso traçar formas, maneiras de se atingir os objetivos propostos pelas organizações. É aí que entra a estratégia, o como chegar. É preciso pensar em caminhos, em vias que levem aos objetivos planejados. O endomarketing é um instrumento estratégico para as organizações que desejam chegar mais facilmente aos seus objetivos. Portanto, não adianta apenas conhecer os conceitos, mas praticá- los. As organizações diziam que o seu público interno era importante, mas não davam a importância devida, por meio das ações. Agora é diferente, por isso utilizam-se do endomarketing. As organizações passaram a se preocupar de fato com o público interno, dando-lhes formação, utilizando as técnicas de marketing para estabelecer um alinhamento entre os seus discursos com o público interno e externo. Com o acirramento da concorrência, é preciso estar atento ao mercado e às novidades, assim como às tendências, e sempre identificar novas fórmulas de se alcançar os objetivos com mais facilidade e em menor espaço de tempo. Para isso, as organizações preparam melhor os seus funcionários ou colaboradores, termo usado a partir da década de 1990 (Brum, p. 24). Desafio Desafio é a palavra-chave para a vida. O ser humano é movido a desafios, portanto cada ação da organização deve gerar um novo desafio aos seus colaboradores. Desafios que levem a alvos alcançáveis, é bem verdade, mas que impulsionem os colaboradores a irem adiante, além, rompendo barreiras, que sempre existem. Aliás, barreiras existem para serem quebradas, vencidas, ultrapassadas. O programa do endomarketing Programa de endomarketing é aquela parte que consta no planejamento estratégico, que contém um conjunto de ações que devem ser seguidas por um determinado grupo e que tem regras, normas, formas a serem utilizadas e aplicadas, visando um determinado objetivo comum. Em aulas anteriores, vimos a importância dos colaboradores para a organização e já sabemos que estes precisam estar motivados, para que o programa dê certo. Também identificamos que há necessidade do diagnóstico para saber exatamente a real situação da organização, o clima organizacional e o pensamento e sentimento dos colaboradores, que são o alvo do programa. Segundo Bekin (2004, p. 63), existem 11 passos que precisam ser seguidos na implantação do programa de endomarketing. São eles: 1. Análise tradicional da demanda e medições de qualidade percebida/valor. 2. Análise interna da percepção pelos colaboradores sobre a qualidade e o desempenho desejados pelos clientes. 3. Percepção da gerência sobre a qualidade desejada de serviço/decisões sobre especificações da qualidade. 4. Endomarketing das especificações da qualidade e do desempenho desejado mais cooperação entre departamento e áreas. 5. Marketing externo. 6. Percepção pelos colaboradores sobre a qualidade desejada do serviço disposição e habilidade de ter um desempenho de acordo com as especificações dos clientes. 7. Interpretação da qualidade esperada, análise da demanda e aferição da qualidade no ato do uso. 8. Engajamento para execução e entrega do serviço para o cliente. 9. Valor e qualidade esperados. 10. Valor e qualidade experimentados. 11. Avaliação = qualidade percebida do serviço pelo mercado. O programa elaborado empregando estes passos tende a ser bem- sucedido, alcançando os seus objetivos internos e externos. Embora seja um programa focado no público interno, sabe-se que há influência no público externo, que percebe o valor agregado dos produtos e ou serviços da organização. Os pilares do endomarketing Cultura organizacional Vejamos um pouco sobre a cultura organizacional. A cultura organizacional é o conjunto de princípios, hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhados por todos os membros que fazem parte da organização. A cultura refere-se, assim, ao sistema de significados compartilhados por todos os que compõem a organização eque a diferencia das demais. É o modo de pensar institucional e agir de uma organização. A natureza da cultura de uma organização é observada pela forma com que ela executa os seus negócios, pela maneira que trata sua marca, seu público-alvo e seu público interno. Clima organizacional O clima organizacional nada mais é do que o estado de ânimo do público interno. Como eles veem e sentem a organização. O seu comportamento é reflexo desse sentimento. Tal sentimento advém dos princípios, valores, hábitos e das ações da organização ao longo do tempo. Do seu tratamento ao colaborador. Para auxiliar as organizações, efetua-se anualmente uma pesquisa de clima, visando justamente aparar arestas, procurando oferecer o melhor para os seus colaboradores, dentro da sua realidade, corrigindo desvios, melhorando benefícios. Brum (2010, p. 100) afirma que “a informação é o produto da comunicação interna e o objeto de valor que se estabelece na relação empresa/empregado.” Isso é verdade, é a troca de informações que gera uma via de mão dupla em função do interesse daqueles que trocam a informação. O porquê do endomarketing Já estamos cientes de que são as necessidades que fazem surgir uma série de soluções para os problemas existentes no dia a dia das organizações. Assim, vejamos o porquê da existência do endomarketing: • A redescoberta do indivíduo como o principal componente de um processo produtivo. • A necessidade de envolver emocionalmente os funcionários. • A necessidade de agregar relações afetivas e valores éticos nas empresas. • A necessidade de transformar e adaptar a empresa para atender seus clientes internos, assim como faz com seus produtos para encantar seus consumidores, torna-se condição sine qua non, para não somente sobreviver, mas prosperar neste mercado cada vez mais competitivo. Marketing interno "Tarefa de contratações acertadas, treinamento e motivação de funcionários hábeis que desejam atender bem os clientes". (Phillip Kotler) Endomarketing Busca da verdadeira satisfação do trabalhador em seu ambiente de trabalho. O que acontece é que as empresas estão treinando, capacitando e até (pelo menos pensam assim) motivando seus funcionários para atender ao cliente externo, mas não pensam em seu bem-estar. É exatamente aí que reside a diferença entre um e outro. O endomarketing prima pelos funcionários, pelo seu cliente interno, que é tão importante quanto o seu cliente externo. O bem-estar deste cliente interno é que gera uma série de benefícios, inclusive ao cliente externo. Portanto, tratar, cuidar, zelar pelo cliente interno, pelo funcionário, pelo colaborador é muito importante. O bem-estar do seu cliente interno reflete diretamente na satisfação dos clientes externos, na expansão dos negócios e na produtividade nas empresas. Diagnóstico Diagnosticar é uma palavra muito usada na área da saúde, proveniente originariamente do grego. No dicionário Michaellis, o seu significado é: “a qualificação dada por um médico a uma enfermidade ou estado fisiológico, com base nos sinais que observa.” Pois bem, a partir deste significado à luz do que já conhecemos do endomarketing e pela vivência nas organizações, podemos elencar alguns fatores que nos levam a identificar o estágio em que as organizações se encontram e quais etapas podem ser vencidas, para preparar a entidade rumo à implantação do endomarketing. Análise do ambiente Nesta fase, verificam-se as necessidades e os recursos existentes: materiais, humanos, tecnológicos e financeiros. Sem dúvida, embora todos sejam importantes, o mais importante são os recursos humanos. Isto é, quem você tem na empresa, quais as pessoas? Qual o seu comportamento, sua conduta? Qual a sua disposição e motivação? Nesta etapa da primeira fase, são analisados os equipamentos, materiais e processos da organização. As forças e fraquezas existentes, tudo é visto minuciosamente. Analisar o ambiente implica a avaliação apurada dos ambientes interno e externo, para observar internamente a cultura, os valores, a missão, a visão e a filosofia da organização. Externamente observar, identificar, conhecer as variáveis externas que influenciam a vida da organização. Normalmente, faz-se uma pesquisa de clima, para se obter informações de como anda o relacionamento da empresa com os seus colaboradores e vice-versa. Essas informações são fundamentais para uma boa leitura do cenário da organização. Por isso, tal pesquisa de clima tem que ser muito bem elaborada e aplicada. Diagnóstico da situação O diagnóstico propicia o conhecimento dos pontos fracos e fortes da organização, assim como das ameaças e oportunidades do mercado. É usada a ferramenta conhecida como análise SWOT. De posse do resultado da pesquisa de clima, aliado a análise SWOT, há necessidade de compartilhar com todos os envolvidos, pois segundo Brum (p. 53): ”A informação, acompanhada de explicação da informação, permite ao colaborador sentir-se parte do processo.” Quando isto acontece, o colaborador tem um comprometimento muito maior e o sucesso de qualquer programa passa a ter uma perspectiva muito positiva. Desta forma, o colaborador passa a ter foco nos objetivos da organização, pois ele percebe os benefícios advindos da informação positiva passada pelo programa e isso acaba estreitando a relação com a organização. Interessante observar que a revista Exame publica anualmente as 150 melhores empresas para você trabalhar. Entretanto, segundo Brum (p. 54): “Não é a revista Exame que coloca uma empresa entre as 150 melhores... e sim a percepção positiva do público interno retratada nas suas respostas.” Vê-se assim o quanto o público interno é importante dentro do contexto empresarial. É ele que fornece os subsídios que levam a empresa a estar entre as 150 mais. Resumo da unidade Nesta unidade, vimos o conceito do endomarketing, a sua importância e consequente necessidade, dentro das organizações. Identificamos como o endomarketing tem uma função bastante estratégica dentro do contexto, já que trabalha com o recurso mais precioso da organização: o recurso humano. Vimos também noções básicas de marketing, ampliando nosso conhecimento e facilitando a compreensão desta ferramenta tão fundamental que é o endomarketing. Identificamos que marketing é bem mais do que os 4 Ps de Mcarthy e que existem inúmeras ferramentas úteis, no dia a dia das organizações, a serem usadas para atingir os seus objetivos. Concluímos com uma etapa importante do endomarketing, o diagnóstico. Esta etapa é essencial para o desenvolvimento do programa de endomarketing, pois nela analisamos o ambiente, as forças e fraquezas da organização, aquilo que ela tem a oferecer, interna e externamente. Unidade 3 A implementação do endomarketing As etapas da implementação “A pesquisa de marketing é a função que conecta o consumidor, o cliente e o público ao profissional de marketing através de informações – informações usadas parra identificar e definir oportunidades e problemas de marketing, para gerar, refinar, e avaliar ações de marketing, para monitorar o desempenho de marketing para melhorar a compreensão do marketing como processo. A pesquisa de marketing especifica a informação requerida para abordar questões, formula o método para coletar informações, gerencia e implementa o processo de coleta de dados, analisa os resultados e comunica os resultados e suas implicações.” Assim, a pesquisa junto aos funcionários, olhando os pontos fortes e fracos da organização, se reveste de importância capital, inclusive quanto à abrangênciapara que o programa de endomarketing seja adequado, isto é, na medida certa. Tipos de pesquisa Pesquisa para identificação do problema: • Pesquisa de potencial de mercado • Pesquisa de participação de mercado • Pesquisa de imagem • Pesquisa de características de mercado • Pesquisa de análise de vendas • Pesquisa de previsão • Pesquisa de tendências de negócios Pesquisa para a solução de problemas: • Pesquisa de segmentação • Pesquisa de produto • Pesquisa de preço • Pesquisa de promoção • Pesquisa de distribuição Planejamento é um documento, um roteiro que procura se antecipar aos fatos, traçando estratégias que visam alcançar os objetivos da organização. Para que seja elaborado um bom planejamento, é fundamental que o diagnóstico seja bem feito, principalmente em se tratando do endomarketing. Historicamente, segundo Brum (2010, p. 159), somente ao longo das décadas de 1980 e 1990, empresas passaram a dar importância à comunicação com o público interno, por meio de campanhas voltadas para este público. Desta forma, a partir daí, é que no planejamento estratégico da organização passou a incluir o endomarketing no seu bojo. A partir dessas décadas, a expectativa das organizações passou a ser planejar e implantar um processo estruturado, que pudesse, então, documentar, oficializar e veicular a informação, em todos os níveis. É a informação que dá os detalhes a serem transformados em estratégias, objetivando alcançar o estágio pretendido. De acordo com Pimenta (2004, p. 124), “Endomarketing envolve ações de marketing para o público interno ressaltando, ao mesmo tempo, a importância do funcionário no processo produtivo e o respeito como ser humano, com potencialidades e dificuldades.”. De posse das informações necessárias e com o plano estratégico elaborado, é hora de colocar em prática o que foi pensado em termos de endomarketing. Segundo Pasquale (2012, p. 27), além de ouvir os colaboradores, são necessárias algumas outras práticas, como: • Fazer com que o grupo coopere, seja leal e parceiro, transformando o grupo numa equipe. • Dar valor a cada elemento da equipe. • Gerar integração alicerçada nos valores e objetivos da organização. • Reafirmar a atitude com base nos valores compartilhados. • Definir recompensas e premiação dirigidas a equipe. • Criar um clima dentro da empresa propiciando a interação. • Envolver os colaboradores também no planejamento e na tomada de decisão. • Estimular iniciativa e atitudes criativas dos colaboradores. • Aplicar o princípio da delegação, dando poder aos colaboradores. • Conceder um salário adequado. O programa de endomarketing Programa de endomarketing é aquela parte que consta no planejamento estratégico, que contém um conjunto de ações que devem ser seguidas por um determinado grupo e que tem regras, normas, formas a serem utilizadas e aplicadas, visando um determinado objetivo comum. Segundo Bekin (2004, p. 63), existem 11 passos que precisam ser seguidos na implantação do programa de endomarketing. São eles: • Análise tradicional da demanda e medições de qualidade percebida/valor. • Análise interna da percepção pelos colaboradores sobre a qualidade e o desempenho desejados pelos clientes. • Percepção da gerência sobre a qualidade desejada de serviço/decisões sobre especificações da qualidade. • Endomarketing das especificações da qualidade e do desempenho desejado mais cooperação entre departamento e áreas. • Marketing externo. • Percepção pelos colaboradores sobre a qualidade desejada do serviço disposição e habilidade de ter um desempenho de acordo com as especificações dos clientes. • Interpretação da qualidade esperada, análise da demanda e aferição da qualidade no ato do uso. • Engajamento para execução e entrega do serviço para o cliente. • Valor e qualidade esperados. • Valor e qualidade experimentados. • Avaliação = qualidade percebida do serviço pelo mercado. O programa elaborado empregando estes passos tende a ser bem- sucedido, alcançando os seus objetivos internos e externos. Embora seja um programa focado no público interno, sabe-se que há influência no público externo, que percebe o valor agregado dos produtos e ou serviços da organização. Bases para o endomarketing São duas a saber: a cultura organizacional e o clima organizacional. Segundo os estudiosos do assunto, um programa de endomarketing tem que ajudar a organização, logo as bases precisam ser bem identificadas. A cultura organizacional: Vejamos um pouco sobre a cultura organizacional. A cultura organizacional é o conjunto de princípios, hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhados por todos os membros que fazem parte da organização. A cultura refere-se, assim, ao sistema de significados compartilhados por todos os que compõem a organização e que a diferencia das demais. É o modo de pensar institucional e agir de uma organização. A natureza da cultura de uma organização é observada pela forma com que ela executa os seus negócios, pela maneira que trata sua marca, seu público-alvo e seu público interno. Clima organizacional: O clima organizacional nada mais é do que o estado de ânimo do público interno. Como eles veem e sentem a organização. O seu comportamento é reflexo desse sentimento. Tal sentimento advém dos princípios, valores, hábitos e das ações da organização ao longo do tempo. Do seu tratamento ao colaborador. Para auxiliar as organizações, efetua-se anualmente uma pesquisa de clima, visando justamente aparar arestas, procurando oferecer o melhor para os seus colaboradores, dentro da sua realidade, corrigindo desvios, melhorando benefícios. Brum (2010, p. 100) afirma que “a informação é o produto da comunicação interna e o objeto de valor que se estabelece na relação empresa/empregado.” Isso é verdade, é a troca de informações que gera uma via de mão dupla em função do interesse daqueles que trocam a informação. Por isso, há necessidade da organização democratizar a informação, quanto mais colaboradores souberem sobre a organização, melhor. Precisam conhecer seus processos, mercados, produtos, serviços, sua missão, sua visão, seus objetivos e desafios. Quando o colaborador se sente participante dos projetos da organização, a sua motivação é outra, o entusiasmo toma conta da sua vida e ele passa a produzir muito mais e melhor. Assim, existe, de fato, uma troca: a organização oferece, mas também recebe – e muito – dos seus colaboradores, gerando riqueza para ambos. As atividades: aplicação ampliada Liderança Todo grupo social, toda equipe, precisa de um líder. A liderança é capital dentro de todo e qualquer processo, por isso, antes de entrarmos nas atividades, vamos refletir um pouco sobre a liderança. Até porque sem ela nenhum programa sai do papel. Segundo Brum (2010, p. 226): “O funcionário considera o seu chefe um canal de comunicação.”. O que é verdade. É lógico que o líder não deve ser apenas um canal de comunicação, o seu papel é maior. Ele é o representante da organização no que se refere à informação. Portanto, precisa ser municiado pela alta direção de informações que sejam relevantes para todos. A forma, a maneira, como o gestor passa a informação também é revestida de muita importância, pois influencia o grupo positiva ou negativamente. A expressão facial o tom de voz são instrumentos que precisam ser muito bem utilizados, caso contrário, a mensagem, a informação, não chegará adequadamente aos colaboradores. É bom lembrar que o gestor é um ser humano, portantoele também precisa estar motivado. Em razão deste fato, há treinamentos constantes promovidos pelas organizações, voltados para a sua liderança. Brum (2010, p. 227), após examinar várias literaturas a respeito deste tema, aponta algumas características que um líder precisa cultivar, são elas: • Autodisciplina. • Responsabilidade. • Carisma. • Tolerância ao estresse. • Poder de síntese. • Capacidade de assumir riscos. • Conhecimento. • Capacidade de aprender. • Capacidade de desaprender. • Saber delegar. • Saber falar. • Saber ouvir. • Saber se comunicar. • Ser sensível. • Eficiente. • Determinado. • Automotivado. • Tolerante. • Criativo. • Dinâmico. • Objetivo. Naturalmente, não encontramos um ser humano com todas estas características, por isso há necessidade de se trabalhar com a realidade que se tem e com treinamento desenvolver as características dos líderes. Brum (2010, p. 228) ainda afirma: “A liderança pode ser modificada, ampliada, desenvolvida e até mesmo anulada através de treinamento ou apoio psicológico.”. Atividades de um programa de endomarketing: Vamos mencionar aqui algumas atividades que são usadas mais frequentemente. • Publicações internas – aquelas produzidas para o público interno especificamente. Ex.: boletins, jornais e revistas. • Memorando – é uma comunicação usada normalmente entre os departamentos da organização, informando ou instruindo sobre alguma coisa. • Rádio interna – algumas organizações utilizam em seus refeitórios e/ou em reuniões que envolvam todo o corpo de funcionários. • Circular – comunicação escrita dirigida a diversas pessoas com alguma recomendação ou ordem. • Relatório – documento redigido relatando um assunto ou vários assuntos. Muito utilizado pelas organizações. • Correio eletrônico – bastante usado na atualidade com o advento do computador. Largamente utilizado pelas organizações. • Newsletters – boletins informativos, normalmente, viabilizados pelo site das organizações. • Murais – é uma comunicação visual, bastante utilizada pelas organizações que afixam neles informações para os colaboradores. • Intranet – é uma rede interna, que torna mais ágil a comunicação e por ser interna está mais protegida de invasões externas. • Entrevistas – é uma forma de se obter informações, modo de pensar, opiniões sobre fatos e comportamento. • Eventos – acontecimentos especiais, que fogem à rotina e que congrega os colaboradores da organização. • Palestras – muito usadas nos programas de endomarketing, pois cumprem dupla finalidade: desenvolvem o profissional e os motivam. • Reuniões – encontros periódicos, onde, normalmente, são passadas informações, discutidos assuntos em busca de soluções para os problemas ventilados./li> • Workshops – são encontros realizados com pessoas da mesma área empresarial que têm por finalidade buscar soluções para determinados problemas. Como tudo na vida, o processo de endomarketing se encontra em evolução. Novas variáveis surgem e, com elas, novos problemas que exigem soluções. Segundo Bekin (2004, p. 85), quando em uma organização, um departamento é mal entendido pelos outros, ele fica isolado, distante. Quando ele percebe que precisa dos outros departamentos, vai recorrer às atividades de endomarketing. Bekin (2004, p. 86) denomina essa ação de endomarketing interdepartamental, pois é uma prática que se caracteriza pela interação com outras áreas, departamentos da organização. Motivação Vemos a todo momento que a motivação é um fator preponderante para o sucesso do programa. Bekin (2004, p. 88) explicita que, quando se trata de motivação, existem sete etapas no processo que precisam ser percorridas. Elas são: 1. Estímulo 2. Esforço 3. Desempenho 4. Valorização 5. Recompensa 6. Satisfação 7. Comprometimento Essas etapas são encadeadas e dão uma compreensão melhor do processo de motivação. O que caracteriza o endomarketing é justamente o objetivo de estabelecer um processo permanente de motivação do colaborador, portanto trata-lo bem como cliente interno, dando-lhe liberdade de agir, de ser e de fazer com responsabilidade o tornará comprometido com a organização, fiel a ela, assim, produzindo mais e melhor. Quando este processo ocorre, no seu final, o resultado é evidenciado pela postura de todos os envolvidos. Há uma unificação de comportamento, entendimento e uma busca determinada pelos resultados da organização. Brum (2010, p. 234) afirma que: “A unificação do comportamento do público interno é um dos pontos máximos que se pode chegar através de um processo de endomarketing.”. Ela continua afirmando que tal unificação tem como elementos mais importantes para ela os seguintes: • Postura interativa • Transparência • Democracia • Foco Desta forma, a organização fica totalmente alinhada. Resumo da unidade Nesta unidade, descrevemos todo o processo para implantação do endomarketing, vimos as etapas que compõem este processo, assim como a importância de cada uma delas. Identificamos, assim, as bases que são necessárias para colocar em prática um programa de endomarketing que, de fato, supra as deficiências da organização, tornando-a mais forte no mercado e internamente. Consideramos com propriedade e relacionamos várias atividades pertinentes a um programa de endomarketing e vimos a sua aplicação ampliada e o quanto ela é útil para o crescimento da organização. Concluímos, assim, mais uma etapa da nossa disciplina. Você, agora, conhece um pouco sobre comunicação, sabe da sua importância no desenvolvimento pessoal, interpessoal e organizacional. Sabe a contribuição da comunicação para a sociedade. Você conhece os fundamentos do endomarketing, a sua visão estratégica e o seu relacionamento com o marketing. Aprendeu a diagnosticar quando há necessidade do endomarketing em uma organização e identificou as etapas do endomarketing. Sabe da importância do programa de endomarketing, conhece as diversas atividades e como utilizá-las adequadamente para o sucesso do programa. Unidade 4 Gerenciando endomarketing A avalição do processo de endomarketing Endomarketing nada mais é do que o marketing aplicado internamente nas organizações, tendo como alvo o cliente interno, os seus colaboradores. Logo, da mesma forma que as organizações se preocupam em suprir as necessidades do mercado, buscando os canais mais apropriados para levarem o seu produto e ou serviço aos consumidores, definindo estratégias de comunicação, logística e outras, sempre visando o fortalecimento da sua marca, da sua imagem, é preciso também fazer isso dentro da organização, levando os seus colaboradores a um comprometimento e envolvimento, transformando-os em agentes de mudança, trazendo benefícios para a organização. Assim, o endomarketing precisa ser estratégico. Precisa atingir o coração e a mente das pessoas, mas, principalmente, o coração. Por isso, as organizações devem fortalecer a sua imagem e as marcas dos seus produtos internamente. Para que isso aconteça, é necessário um gerenciamento qualitativo do endomarketing. Agindo desta forma, a probabilidade de sucesso é muito maior. Gerenciamento A gestão das organizações, via de regra, é multidisciplinar: independentemente do mercado, são várias áreas e profissionais com atribuições distintas, e as soluções precisam congregar diversos campos do conhecimento. Gerenciamento se refere à ação de administrar ou gerenciar um negócio. Por intermédio de um gerenciamento, várias diligências, ações, trâmites serão levados a cabo,objetivando alcançar lucro segundo aquilo que foi previamente estipulado. Ao mesmo tempo, um gerenciamento de qualidade terá que dirigir, liderar, organizar e controlar os objetivos propostos pela organização. Naturalmente, isso requer liderança, esforço, recursos e muita vontade para ser levado de maneira satisfatória. O Processo do endomarketing O processo do endomarketing é composto de etapas, e estas precisam ser cuidadas minuciosamente. Gerenciar cada etapa requer muita atenção e percepção, já que o gestor lida com elementos objetivos e subjetivos. Lidar com elementos objetivos é mais fácil do que com os elementos subjetivos, pois estes se referem a sentimentos depositados no íntimo de cada colaborador. Podemos dividir as etapas em dois grandes pilares: diagnóstico e análise do ambiente. O primeiro pilar ocorre quando das duas primeiras etapas: levantamento de informações e pesquisa, quando é feito o levantamento das reais condições e características da organização e dos seus colaboradores, inclusive o seu sentimento em relação à organização. Após as etapas temos a análise do ambiente composto por: • Preparação • Integração • Construção • Superação Como isso ocorre? É feito um raio x da organização no início do programa de endomarketing, depois são realizadas leituras, de tempos em tempos, com o objetivo de verificar o andamento do programa, se há desvios, ruídos, ou algo que precisa ser redirecionado ou corrigido. Como o endomarketing é um serviço prestado ao público interno, é preciso gerenciar este serviço. Segundo Bekin (p. 115), é preciso levar em conta o ciclo de serviço, que são etapas percorridas pelo cliente ao utilizar um determinado serviço. Ora, como este círculo ocorre constantemente, são necessários os seguintes procedimentos: • Cada departamento precisa identificar seus clientes internos, segmentá-los de acordo com o serviço que prestam. • É preciso uma atitude proativa, procurar o cliente interno para obter retorno, feedback em relação ao serviço que lhe é prestado. • Selecionar os momentos da verdade, isto é, momentos capitais, identificados pela manifestação expressa pelos clientes internos e que impactam o resultado. Nestas manifestações se têm as expectativas, necessidades e valores do cliente interno. • Outro procedimento é a identificação e análise do ciclo de serviço. • O último procedimento é denominado por Bekin (p. 116) de relatório do cliente. Na verdade, um conjunto de procedimentos utilizados e adotados pela gerência para avaliar os serviços prestados, segundo a visão e a percepção do cliente. As etapas do endomarketing, seguidas e aplicadas adequadamente, aliadas às diversas análises que precisam ser feitas de todo o processo, dão a garantia de que a organização está no caminho certo, zelando pelos seus clientes e futuro. O agregar valor é uma consequência natural da aplicação correta dos processos, assim como sua avaliação de cada etapa, tendo sempre o foco no colaborador, pois é este que realiza, que faz acontecer. O feedback dos colaboradores Seja qual for o meio de comunicação, a transparência da empresa para com seus empregados é um elemento crucial para o estreitamento das relações empresa-empregados. Sabe-se que é muito importante estabelecer na empresa uma linha de comunicação que tenha tal comprometimento: a transparência, a clareza das intenções. Quando os colaboradores percebem que o relacionamento da organização é baseado na comunicação transparente, clara, isto gera confiança, respeito, e dá aos colaboradores motivação, componente essencial para levar a organização ao desenvolvimento e obtenção de resultados financeiros positivos. Conclui-se que o papel da comunicação nas organizações vai além da disseminação de informações para o público interno. É necessária uma conversa diária, uma troca de ideias, uma verdadeira interação entre colaboradores e aqueles que comandam a organização. Respeitar a opinião de cada colaborador é essencial, dá credibilidade. É facilitar a troca de informações para que haja crescimento, desenvolvimento, para que a organização cresça com qualidade. Os gestores precisam estar imbuídos deste pensamento, inteiramente focados nisto, pois esta é a comunicação que realmente faz a diferença. Alinhamento organizacional Quando os colaboradores percebem que o relacionamento da organização é baseado na comunicação transparente, clara, isto gera confiança, respeito, e dá aos colaboradores motivação, componente essencial para levar a organização ao desenvolvimento e obtenção de resultados financeiros positivos. Conclui-se que o papel da comunicação nas organizações vai além da disseminação de informações para o público interno. É necessária uma conversa diária, uma troca de ideias, uma verdadeira interação entre colaboradores e aqueles que comandam a organização. Respeitar a opinião de cada colaborador é essencial, dá credibilidade. É facilitar a troca de informações para que haja crescimento, desenvolvimento, para que a organização cresça com qualidade. Os gestores precisam estar imbuídos deste pensamento, inteiramente focados nisto, pois esta é a comunicação que realmente faz a diferença. O desafio do feedback O feedback muitas vezes é inadequado, em função de as pessoas repassarem considerações baseadas em sentimentos e não em fatos e conhecimento sobre o assunto. Ora é preciso basear as observações com o intuito de agregar valor, conhecimento. Também quem recebe o feedback tem o dever de orientar o receptor de modo a motivá-lo, fazê-lo crescer. Um bom feedback motiva as pessoas, o mal feedback frustra as pessoas. Para formalizar o feedback em um departamento, há necessidade de escolher as competências-chave para que a pessoa se desenvolva na área em que trabalha. Bekin (p. 100 e 101) enumera dez pontos que auxiliam a motivar a equipe, fazendo com que o feedback seja positivo. São eles: 1. A alta direção da empresa empenhada no trabalho orientado para o cliente e para a valorização dos colaboradores. 2. A gerência comprometida com a visão e capacidade de liderança. 3. O conhecimento é disseminado por todos os setores da organização, integrando setores e estimulando o potencial do colaborador. 4. Os colaboradores conhecem os objetivos da organização. 5. Os colaboradores conhecem suas tarefas, sentem-se motivados e estão envolvidos em um trabalho de equipe que dá margem à iniciativa individual. 6. Os treinamentos são realizados constantemente. 7. Os processos de avaliação são transparentes, informando corretamente o principal interessado: o colaborador. 8. Há um permanente processo de informação e comunicação. 9. O processo de comunicação tem o modelo da “mão dupla”, o que permite que os colaboradores revelem suas necessidades e expectativas. 10. O atendimento às expectativas e às necessidades dos colaboradores, com base em critérios claros e nos objetivos da organização, gera um ambiente de confiança mútua e alta eficiência. Os cuidados com a preparação, pois a comunicação interna tem que ser muito bem articulada e elaborada, para que o clima organizacional seja propício, a fim de que cada colaborador se sinta participante dos projetos da organização e assim possa dar o seu melhor, agregando valor à imagem da organização. Tomando as medidas corretas, a probabilidade de o feedback ser positivo é grande, propiciando ações mais rápidas, efetivas e eficazes por parte da organização, refletindo sempre no mercado, onde a sua imagem será fortalecida. A cultura de serviços e estrutura organizacional O endomarketing devecriar uma nova maneira de pensar dentro da organização, a noção de marketing deve estar presente em todas as áreas, na consciência e prática de cada colaborador. Cada colaborador precisa se ver como integrante do processo organizacional, os setores precisam estar integrados, o trabalho em equipe, valorizado, e a cultura de serviços precisa ser desenvolvida. O endomarketing fortalece valores da cultura de serviços, que passam a integrar o dia a dia da organização. A cultura de uma organização é um elemento de estruturação e promoção da propagação de princípios, valores, ações e comportamento das pessoas que compõe aquela organização, de modo a criar e incentivar um clima organizacional de qualidade. Em serviços, isto se torna ainda mais importante em função da influência das pessoas na prestação dos serviços. Segundo Lima; Sapiro; Vilhena; Gangamna (p. 83), “O setor de serviços já detém a maior participação do PIB dos países desenvolvidos e de muitos países em desenvolvimento.” Ora, num mercado cada vez mais competitivo como o atual, onde a exigência do cliente é maior, é preciso manter a fidelidade do cliente e, para isso, há novas exigências no que diz respeito à gestão. Toda organização possui duas estruturas, a estrutura formal, aquela que está disposta no organograma, e a estrutura informal, que não é explicitada em lugar algum, mas existe e que normalmente é denominada de “rádio corredor”. Ambas têm o seu grau de importância, dentro da organização, e precisam ser percebidas e observadas pelo gestor. Naturalmente, quanto maior a organização, mais complexa será a sua estrutura, o número de departamentos, o número de máquinas, de colaboradores etc. Entretanto, independentemente da dimensão e da estrutura, a organização deverá atingir os seus propósitos. Sabemos que o endomarketing é uma ferramenta do marketing, muito útil para as organizações, objetivando melhorar o seu clima organizacional, para atingir seus objetivos com qualidade e felicidade. Sabemos também que, para isso ocorrer, há necessidade de que o cliente interno seja entendido, percebido e tratado como tal, isto é com a atenção que lhe é devida. Considerando tudo que foi visto até aqui, fica claro que o endomarketing, para ser aplicado, deve levar em consideração estes dois aspectos: a cultura de serviços, que, muitas vezes, é implantada por meio do endomarketing, caso a organização ainda não tenha uma, e a estrutura existente em cada organização. Conhecendo amiúde estes dois aspectos pertinentes a toda organização, aplicando de maneira adequada as técnicas que envolvem o endomarketing, a probabilidade de sucesso da organização é bastante factível. Resumo da unidade Nesta unidade, verificamos um pouco da complexidade que é o gerenciamento do endomarketing dentro de uma organização, suas implicações e necessidades capitais. Percebemos a importância de uma análise criteriosa de cada passo a ser dado na implantação do programa de endomarketing para que tudo seja feito de forma adequada e positiva. Identificamos o quanto a cultura de serviços é importante para o endomarketing e que, às vezes, essa cultura precisa ser implantada justamente pelo programa de endomarketing. Finalmente observamos que toda empresa, organização, instituição tem uma estrutura e esta precisa ser levada em consideração na hora de implementar o programa de endomarketing, aliando a estrutura à cultura de serviços, criando, inoculando no colaborador tal cultura.
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