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PUC – PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA Campus Poços de Caldas/MG Laboratório de Física I ATIVIDADE 6 – QUEDA LIVRE Relatório AUTORES: Edinei Ribeiro da Costa RA: 669823 Engenharia Elétrica Helieverton Ramos da Silva RA: 631301 Engenharia Elétrica Pedro Henrique Ferreira Lima RA: 684394 Engenharia Elétrica Saulo Soares de Morais RA: 446997 Engenharia Civil Poços de Caldas, 17 de setembro de 2019. 2 de 9 Objetivo: O objetivo deste experimento foi estudar o movimento uniformemente acelerado sob a ação da força gravitacional, determinar a aceleração gravitacional local e verificar a independência da massa na aceleração de corpos em queda livre. Introdução: No Movimento Uniformemente Acelerado a aceleração escalar é uma constante diferente de zero e a velocidade escalar varia uniformemente com o tempo. Neste experimento o estudo se restringe à cinemática, não sendo necessário conhecer as relações do movimento com as forças a ele associadas. De acordo com a definição, a aceleração escalar média de um corpo em movimento é: 𝑨𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 = ∆𝑣 ∆𝑡 = 𝑣2 − 𝑣1 𝑡2 − 𝑡1 Onde temos ∆𝑣 como uma variação da velocidade do corpo e ∆𝑡 como uma variação do tempo correspondente. Sabe-se que, no caso do movimento uniformemente acelerado, a aceleração escalar 𝑨 é uma constante independente do tempo. Como o valor médio de uma constante é igual a essa constante, então a equação (1) fornece (para 𝑡1 = 0): 𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡 Além destas equações, a cinemática possui uma que é fundamental e se refere à equação do movimento de um corpo que se move em regime uniformemente acelerado: 𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0𝑡 + 1 2 𝑎𝑡² Analisando o movimento de queda livre e considerando a aceleração como sendo o valor da gravidade que deverá ser encontrada, tem-se que: 𝑨𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒕𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 = 2. 𝑎 ± 𝐸𝑅𝑅𝑂 Para efeitos de comparação com o Software SciDavis ®, que define a equação o movimento tal como: 𝑦 = 𝑎0 + 𝑎1𝑥 + 𝑎2𝑥2 Temos: S = Y S0 = a0 Vot = a1x 1/2at² = a2x² (1) (2) (3) (4) (5) 3 de 9 Ainda há além destas equações, uma maneira de minimizar uma margem de erro após a realização do experimento, determinada como linearização da parábola. Para experimentos que possuam um coeficiente de correção muito próximo de 100%, esta linearização pode não ser adequada e provavelmente terá efeito contrário quando aplicada, deixando os valores obtidos mais longe da realidade. A linearização da parábola trata-se de modificar a equação do movimento de tal forma: 𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0𝑡 + 1 2 𝑎𝑡² Para 𝑡2 considera-se 𝑧, e para 𝑣0𝑡 considera-se 0: 𝑆 = 𝑆0 + 1 2 𝑎𝑧 Quando compara a equação obtida no Software SciDavis ® obtém-se: 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 Onde: z = ax b = S0 Portanto: 𝑨𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒕𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 = 2. 𝑎𝑥 ± 𝐸𝑅𝑅𝑂 Materiais: Os materiais utilizados neste experimento de queda livre foram: Tripé de ferro com sapatas niveladoras com haste de ferro cilíndrico. Figura 1 - Tripé de ferro com sapatas niveladoras, com haste de ferro cilíndrico. Fonte: Google Imagens. (3) (6) (7) (4) 4 de 9 Esfera de aço Figura 2 - Esfera de aço. Fonte: Google Imagens. Bobina de retenção e disparo, incluindo fonte Figura 3 - Ilustração da bobina e esfera. Fonte: Google Imagens. Figura 4 – Aparato experimental (estudo do movimento de um corpo em queda livre). Fonte: Google Imagens. Eletroímã / Bobina de retenção 5 de 9 Régua Figura 5 - Régua escolar. Fonte: Google Imagens. Cronômetro digital acionado por fotosensores Figura 6 - Aparato experimental (estudo do movimento de um corpo em queda livre). Fonte: Google Imagens. Microcomputador com o Software SciDavis ® Figura 7 - Software SciDavis ® (Scientific Data Analysis and Visualization). OpenSource. Fonte: Wikipedia.org Fotosensores Cronômetro digital 6 de 9 Procedimento experimental Este procedimento experimental necessitou da realização de conexões entre os sistemas do cronômetro e foto sensores e entre o sistema disparador e bobina/eletroímã, mas ambos não foram realizados pelos alunos integrantes do grupo, e sim previamente montados pelo instrutor do experimento. Porém, inicialmente foi necessário a verificação do nível da haste vertical e a adequação da posição da esfera de metal que estava suspensa (sob o eletroímã) em relação a posição do primeiro foto sensor. Esta deveria estar com sua sombra, provocada pela luz do sensor, tangenciando o ponto inicial do experimento a uma distância mínima do orifício do sensor. Após isto, os 04 (quatro) foto sensores foram posicionados ao decorrer da haste vertical de metal, alocados à uma distância de 0,10 m entre cada foto sensor (a contar à partir do ponto inicial 0). Para isso, foi usado uma régua escolar comum de material transparente. Com os pontos devidamente posicionados, foram anotados em uma tabela os valores obtidos de cada posição após a aferição. Ligou-se os cronômetros digitais, configurando-os para a quantidade de sensores em uso e o preparando para o início do experimento. Ao acionar o disparador, a bobina/eletroímã solta do repouso a esfera de metal que passa pelos foto sensores em queda livre. Resultados foram extraídos do cronômetro digital e repassados para a tabela (espaço x tempo) para análise (construção de gráficos, análise do coeficiente de correlação e geração da equação do movimento) no Software SciDavis ®. Resultados: Os resultados obtidos pela extração de dados do experimento estão contidos nesta tabela a seguir: Espaço (m) Tempo (s) z = t² (s²) 0,00 0,00 0,00 0,10 0,13805 0,0190578025 0,20 0,19675 0,0387105625 0,30 0,24210 0,0586124100 0,40 0,28000 0,0784000000 Tabela 1 - Dados do experimento. Com estes dados foi possível criar um gráfico no Software SciDavis ®, que ajustou os dados à uma função apropriada, ficando de tal forma (figura 8): 7 de 9 Figura 8 - Gráfico obtido pelo Software SciDavis ® Fazendo a extração dos dados do gráfico, é possível obter os seguintes valores: a0 = 3,81564267735666e-06 +/- 0,000252966337059213 a1 = 0,040356058938602 +/- 0,00400164542254316 a2 = 4,95634035177304 +/- 0,0141079897973255 R^2 = 0,999998705346986 Nesta medição é possível observar que a precisão do experimento possibilitou um coeficiente de correlação aproximado de 99,99% (R^2). Equiparando os dados com a equação do movimento a fim de determinar a aceleração gravitacional local com a sua respectiva incerteza, temos: 𝑨𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒕𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 = 2. 𝑎2 ± 𝐸𝑅𝑅𝑂 a2 = 4,95634035177304 +/- 0,0141079897973255 𝑨𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒕𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 = 2(4,95634035177304 ± 0,0141079897973255) (4) 8 de 9 Aplicando a distributiva, obteve-se que: 𝑨𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒕𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 = (9,91268070354608 ± 0,028215979594651) m/s² Arredondando os valores, concluiu-se que a aceleração gravitacional no local onde o experimento foi realizado, possui um valor de 9,91 ± 0,03 m/s². Como dito anteriormente, há a possibilidade de realizar a linearização do gráfico obtido mudando as variáveis para uma determinação da aceleração gravitacional local com sua respectiva incerteza mais aproximada da realizada. Porém, neste caso em específico o coeficiente de correlação estava muito próximo de 100%, apresentando dados confiáveis e consistentes. Ou seja, neste caso a linearização da equaçãofaria com que os dados fossem alterados de tal maneira que fugisse da realidade. Para fins de comparação, a linearização foi realizada: Figura 9 - Gráfico linearizado obtido pelo Software SciDavis ® Na extração dos dados, obteve-se: B = 0,00161637132886535 +/- 0,00115250433096155 9 de 9 A = 5,09248486380731 +/- 0,0240904369418506 R^2 = 0,999932869178819 Nesta medição é possível observar que a precisão do experimento possibilitou um coeficiente de correlação aproximado de 99,99% (R^2). Equiparando os dados com a equação do movimento a fim de determinar a aceleração gravitacional local com a sua respectiva incerteza, temos: 𝑨𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒕𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 = 2. 𝑎𝑥 ± 𝐸𝑅𝑅𝑂 A = 5,09248486380731 +/- 0,0240904369418506 𝑨𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒕𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 = 2(5,09248486380731 ± 0,0240904369418506) Aplicando a distributiva, obteve-se que: 𝑨𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒕𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 = (10,18496972761462 ± 0,0481808738837012) m/s² Arredondando os valores, concluiu-se que com a linearização a aceleração gravitacional no local onde o experimento foi realizado passa a ter um valor de 10,18 ± 0,05 m/s². Conclusões: Conclui-se através deste que a aceleração da gravidade atuante sob o corpo em queda livre, estudado neste experimento, foi determinada em 9,91 ± 0,03 m/s² sob um precisão de 99,99%. Quando a equação foi ajustada e repassada por uma linearização, os valores resultantes ultrapassaram o estimado, como já previsto, sendo descartados como valor da aceleração da gravidade. A aceleração da gravidade (g) é um tipo de aceleração que é produzida pela atração gravitacional entre dois corpos. Neste caso, trata-se da aceleração de um corpo quando está em movimento de queda livre atraído pela gravidade da terra no local. Se fosse possível desprezar todas as demais influências físicas do ambiente e realizar o experimento no vácuo, o experimento poderia ser realizado com diversos outros corpos e a aceleração obtida seria a mesma pois o seu valor independe da massa dos corpos. Referências bibliográficas: https://www.todamateria.com.br/aceleracao-da-gravidade/ https://pt.wikipedia.org/wiki/SciDAVis http://www.ufjf.br/fisica/files/2010/03/05_Roteiro5_queda-livre.pdf (4)
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