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Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 9-311-005 RE V : 1 4 DE DEZE MBRO DE 20 10 CLA Y T ON S. R O SE ALD O SE SI A J R . Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) Nossa tentativa é derrubar a mentalidade “Cara eu ganho; Coroa você perde” que é generalizada na indústria. — Paul Calello, Chefe do Credit Suisse Investment Bank Decidir sobre qual era o programa de remuneração “certo” foi um desafio difícil para o Credit Suisse. A empresa queria estar na vanguarda da reforma de remuneração, mas tão longe na frente para estar em uma desvantagem competitiva. Se a empresa fosse longe demais, manter e recrutar os melhores talentos se tornaria um problema muito sério. — Richard Hille, Chefe de Remuneração & Benefícios Em 20 de outubro de 2009 Brady Dougan, o Diretor Executivo do Grupo Credit Suisse , anunciou um novo plano de remuneração para o banco. O anúncio seguiu imediatamente após a reunião do G-20a nos EUA em Pittsburgh no mês anterior em que, na sequência da crise financeira, os principais governos tinham estabelecidos um conjunto de orientações para remuneração na indústria financeira O Credit Suisse Group foi a primeira empresa a adotar as orientações do G-20, e o fez um ano antes do prazo sugerido (ver Anexo 1 para o anúncio de remuneração do G-20). Enquanto sensível às preocupações dos órgãos reguladores e políticos que a remuneração tinha desempenhado um papel importante no fomento da crise financeira, o programa do Credit Suisse foi mais do que uma reação automática. Wilson Ervin, Conselheiro Sênior no banco e ex-membro da Diretoria, disse que o novo plano de remuneração tinha sido o resultado de uma "jornada de 10 anos" para reformular a cultura da empresa. Como parte deste, no final de 2004, a empresa implementou a estratégia “One-Bank” projetada para fazer com que as várias linhas de negócios - banco de investimento, banco privado e gestão de ativos —trabalhassem mais estreitamente. Dougan disse: Não quero ficar muito arrogante sobre isso, mas uma das coisas que nós, como uma equipe de gestão queríamos fazer era tentar realmente criar uma grande empresa, ou uma das empresas mais admiradas da indústria. Não é um esforço de um ou dois ou mesmo cinco anos; está mais perto de um esforço de 10 anos. Eu pessoalmente sinto que uma importante meta de nosso programa de remuneração seja entregar um nível de parceria e a O G-20 foi um fórum informal que promovia discussão aberta e construtiva entre os países de mercados industriais e emergentes. Começou em 1999, após as crises financeiras na Ásia, Brasil, e Rússia, o G-20 também visavam desenvolver uma visão comum entre os membros sobre as questões relacionadas a um maior desenvolvimento do sistema econômico e financeiro global. Fonte: http://www.g20.org. O Professor Clayton S. Rose e o Pesquisador Sênior Aldo Sesia Jr. do Global Research Group prepararam esse caso. Os Casos da HBS são desenvolvidos somente como base para discussão em aula. Os casos não têm a intenção de servir como endosso, fonte primária de dados, ou ilustrações de gestão eficiente ou ineficiente. Copyright © 2014, 2010 Presidente e Membros do Harvard College. Para solicitar cópias ou pedir permissão para reprodução de materiais, ligue para 1-800-545--7685 ou escreva para Harvard Business School Publishing, Boston, MA 02163, ou visite www.hbsp.harvard.edu/educators. Essa publicação não deve ser digitalizada, feita fotocópia, ou reproduzida de qualquer forma, publicada ou transmitida, sem a permissão da Harvard Business School. Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 311-005 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) atitude de, olha, haverá altos e baixos, haverá ciclos na indústria, mas eu vou continuar até o fim com a empresa nos bons e maus momentos. Grupo Credit Suisse O banco predecessor do Grupo Credit Suisse o Schweizerische Kreditanstalt (SKA), conhecido como Credit Suisse, foi fundado por Alfred Escher em 1856 em Zurique, Suíça. O objetivo original do novo banco era para financiar a expansão da malha ferroviária e industrialização na Suíça. Mais tarde, mudou para banco comercial e de varejo. Na virada do século o SKA tinha se tornado um dos principais subscritores e incorporadores da Suíça. Em 1939, o SKA criou uma subsidiária com sede em Nova York focada em subscrição e outras atividades de banco de investimento, bem como consultoria de investimento. Em 1964, o SKA, tendo recebido uma licença como um banco de serviço completo, aceitou depósitos e realizou todos os outros tipos de serviços bancários nos EUA. Em 1976, o SKA se incorporou ao Schweizerische Bodenkreditanstalt marcando o primeiro grande passo em direção ao crescimento no negócio de massa e que representa uma expansão substancial da rede de vendas e da base de clientes. Em 1978, o Credit Suisse formou uma joint venture com o First Boston Inc.—um dos primeiros, maiores e mais respeitáveis bancos de investimento de Wall Street — chamado Financière Crédit Suisse-First Boston. O Credit Suisse detinha 60% da joint venture enquanto que o First Boston detinha os 40% restantes. A joint venture tinha base em Londres e conduzia atividades de investimento bancário na Europa. Em 1988, o First Boston Inc. tornou-se CS First Boston quando o Credit Suisse adquiriu uma participação de 45%, e foi promovido como o primeiro banco de investimento global, operando a partir de Nova York, Londres e Tóquio. Dois anos mais tarde, a CS Holding, criada em 1982, tomou uma participação majoritária na CS First Boston. Em 1997, o CS First Boston e o Credit Suisse consolidaram seus negócios de banco de investimento no Credit Suisse First Boston (CSFB) e sua matriz CS Holding tornou-se o Grupo Credit Suisse (Credit Suisse ou CSG). Naquela época o CSG operava através de divisões compostas pelo CSFB, o Credit Suisse, o banco de varejo da Suíça, o Credit Suisse Private Bank operando na Suíça e no exterior, o Credit Suisse Asset Management, e a Winterthur Insurance, adquirida em 1997 (que foi vendida em 2006). Em 2000, o CSFB adquiriu banco de investimento com base nos EUA Donaldson, Lufkin & Jenrette (DLJ). Em 2005, o Credit Suisse, consistente com a implementação de sua estratégia “One Bank”, incorporou a entidade jurídica do Credit Suisse na Suíça ao Credit Suisse First Boston. Em 2006, em um movimento para apoiar a estratégia One Bank, o CSG abandonou o nome First Boston, e começou a fazer negócios globalmente como Credit Suisse. (Ver Anexo 2 para uma estrutura jurídica simplificada.) Liderança Em 1998, Allen Wheat se tornou Diretor Executivo do CSFB. Wheat ingressou na empresa em 1990, da Bankers Trust para construir o negócio de derivados, e entre aqueles se juntando a ele de sua empresa anterior estava Brady Dougan. Em julho de 2001, a diretoria do Credit Suisse nomeou John Mack, ex-presidente na Morgan Stanley, para substituir Wheat como Diretor Executivo do CSFB. Um dos primeiros passos de Mack foi nomear Dougan para chefiar as unidades de Ações e Renda Fixa na divisão de Banco de Investimento. Em 2002, a diretoria nomeou Oswald Gruebel, o chefe do Banco Privado do Credit Suisse, e John Mack como co-Diretores Executivos do CSG. Em julho de 2004, Mack renunciou, deixando Gruebel encarregado da empresa; Dougan assumiu como Diretor Executivo do CSFB.b Dougan, habitante do centro oeste, recebeu um Bacharelado em economia em 1981 e um MBAem finanças em 1982 da University of Chicago. Após começar sua carreira no grupo de derivativos na Bankers Trust, ele ingressou no Credit Suisse em 1990. Ele foi o chefe da divisão de Ações por cinco anos antes de ser nomeado chefe global da Divisão de Valores Mobiliários em 2001. Desde 2002 até julho de 2004, ele foi co- b Mack retornaria mais tarde para a Morgan Stanley como Diretor Executivo e Gruebel ingressaria na UBS como seu Diretor Executivo. 2 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) 311-005 presidente de Serviços Institucionais no CSFB. Em julho de 2004 ele assumiu como Diretor Executivo do CSFB. Quando Gruebel se aposentou em maio de 2007, a diretoria nomeou Dougan Diretor Executivo do CSG, o primeiro Americano a liderar a empresa. Dougan tinha uma reputação por trabalhar com afinco excepcional, dedicando muitas horas mesmo pelos padrões da Wall Street, e era conhecido por ser um ávido corredor e ciclista. Ele chamou a atenção de muitos no banco e na comunidade por dirigir um Toyota Prius em Zurique, a sede da empresa, onde muitos executivos seniores locais escolhiam dirigir automóveis europeus sofisticados. Sob Dougan, a empresa teve aproximadamente 48.000 funcionários e era organizada em três divisões globais — Banco Privado, Banco de Investimento, e Gestão de Ativos — em quatro regiões: Suíça, Europa, Oriente Médio, e África (EMEA), as Américas, e Ásia- Pacífico. (Ver Anexos 2 e 3 para um Organograma, Anexo 4 para um resumo das divisões e regiões globais, e Anexo 5 para uma descrição mais completa das atividades do Banco de Investimentos). Como uma empresa suíça, sua principal autoridade reguladora era a FINMAc mas ela gastou tempo e recursos consideráveis trabalhando com e respondendo à Autoridade de Serviços Financeiros (“FSA”) na Inglaterra, o Conselho da Receita Federal (“Fed”) e a Comissão de Valores Mobiliários (“SEC”) nos EUA, e a Comissão de Valores Mobiliários e Futuros (“SFC”) e a Autoridade Monetária de Hong Kong (“HKMA”) em Hong Kong, bem como órgãos reguladores em cada um dos outros países onde o banco conduzia negócios. A Diretoria do CSG tinha 14 membros, incluindo o presidente não executivo Walter Kielholz. Hans-Ulrich Doerig assumiu como presidente em abril de 2008 (ver Anexo 6 para a lista de membros da diretoria e seus históricos). A gestão diária da empresa foi deixada para Dougan e a Diretoria dos gerentes seniores, consistente com o modelo suíço de governança corporativa. A gestão de remuneração foi realizada dentro desse modelo de governança. O valor total da remuneração e as várias formas de concessões foram determinados por meio de um processo de gestão interna (descrito abaixo) e, em seguida, foram submetidos à aprovação do Comitê de Remuneração da Diretoria, constituído por um mínimo de três, mas normalmente quatro membros da Diretoria do CSG; este foi seguido por uma revisão e ratificação por toda a Diretoria. O Comitê de Remuneração se reuniu formalmente pelo menos seis vezes por ano e também empregou um consultor externo de remuneração para fornecer uma perspectiva independente e análise de mercado. Desempenho 2007-2009 Embora não sem a sua quota de desafios, o Credit Suisse navegou pela crise financeira melhor do que a maioria de seus rivais. Entrando na crise, o CSG teve menos exposição ao mercado hipotecário subprime em comparação com muitos dos seus concorrentes, e movimentou-se mais rapidamente para reduzir a exposição que tinha. A empresa detinha CHF 6,2 bilhões de ativos relacionados com hipotecas subprime em seu balanço no final do ano de 2007; até o final de 2008, esta exposição caiu para CHF 1,9 bilhões.d O grupo registrou um prejuízo líquido de CHF 8,2 bilhões em 2008, do lucro líquido de CHF 7,8 bilhões do ano anterior. Parte da perda em 2008 deveu-se a alguns comerciantes "marcando indevidamente" posições em seus livros em certos títulos relativos à hipotecas chamados obrigações de dívidas colateralizadas (CDOs). A maioria das perdas ocorreu no quarto trimestre após a falência do Lehman desencadear um enorme choque para os preços e liquidez de mercado. A empresa voltou à lucratividade em 2009 (ver Anexos 7 para dados financeiros selecionados de 2004 a 2009, Anexos 8a, 8b, 8c para dados financeiros detalhados para 2007 a 2009, e Anexo 9 resultados do Banco de Investimento). c A Autoridade Federal de Supervisão dos Mercados Financeiros da Suíça (FINMA) era a única supervisora de bancos, seguradoras, corretores de bolsas de valores e valores mobiliários, bem como outros intermediários financeiros na Suíça. d Ao final do ano de 2008 a taxa de câmbio CHF/USD era de 1.068 CHF para 1 USD e ao final do ano de 2009 era de 1.030 CHF para 1 USD. 3 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 311-005 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) Ao contrário de outro grande banco suíço, o UBS, e a maioria das outras grandes instituições financeiras na Europa e nos EUA, o Credit Suisse não recebeu garantias de capital nem de dívidas do governo. Em vez disso, em outubro de 2008 levantou cerca de CHF 10 bilhões de novo capital de Nível 1 em uma combinação de títulos de um pequeno grupo de acionistas institucionais significativos existentes, incluindo uma subsidiária da Qatar Investment Authority, o Olayan Group e a Koor Industries. Entre 2007 e 2009, o preço das ações do CSG tinha superado o de seus colegas, com exceção da Goldman Sachs e JP Morgan (veja Anexo 10). Remuneração no Credit Suisse Processo de Remuneração Como foi o caso em praticamente todas as empresas de Wall Street, a remuneração total para os profissionais do Credit Suisse em geral tomou duas formas: salário e compensação ou bônus de incentivo. Os Salários eram pensados como um custo fixo, enquanto os bônus eram considerados variáveis — dependendo dos resultados da empresa, das unidades de negócios e do desempenho do indivíduo em um determinado ano. Para os profissionais mais seniores na empresa, os salários poderiam ser uma pequena parcela da remuneração total, de acordo com a teoria de que eles deveriam ser pagos com base em sua contribuição e presumindo que os acionistas tivessem recebido um retorno justo. Em anos normais, o Diretor Executivo pediria ao comitê de remuneração do conselho do CSG para aprovar uma parcela da receita da empresa que seria alocada para remuneração de incentivo (o "fundo de bônus"). Este fundo, então, seria alocado pelo Diretor Executivo e sua equipe de liderança pelas três divisões funcionais, a estrutura de gestão nas quatro regiões e as diversas funções de apoio. Eric Varvel, o chefe da região da EMEA, explicou que uma vez que cada divisão teve a sua alocação do fundo, os líderes de divisão ainda alocariam cerca de 90% do seu fundo para as várias unidades de negócios com base em seu desempenho usando dados quantitativos e qualitativos. A Liderança usou os 10% retidos para lidar com as desigualdades percebidas dentro e entre unidades, circunstâncias especiais, e assim por diante. Os indivíduos seriam alocados sua parcela de seu fundo de remuneração de sua unidade com base em uma combinação de sua contribuição econômica específica para a unidade e os resultados da divisão, e uma avaliação qualitativa do seu desempenho e contribuição mais ampla. Varvel explicou, Na verdade existem três componentes que vão para remuneração. Um é como o seu desempenho é classificado pelos seus gerentes.Então se você for um triplo A, um duplo A, um único A, ou um B, isso tem um grande impacto. Seus resultados financeiros reais, para as áreas de geração de receita, também são críticos. E então, em alguns dos departamentos, eles também conduzirão uma revisão de 360 graus para classificar indivíduos entre seus colegas. Determinar quem seria pago consumia uma quantidade substancial de tempo e atenção da gestão sênior a cada ano. O processo geralmente começava em outubro ou novembro, dependendo da área funcional e terminava em janeiro, quando aumentos salariais e de remuneração de incentivo eram concedidos aos funcionários. Uma estimativa dos ganhos do ano era utilizada no início do processo para obter o fundo de bônus, e durante essas discussões o fundo seria ajustado para cima ou para baixo dependendo dos resultados reais para o terceiro e quarto trimestres. Uma vez que o ano terminava e os resultados financeiros eram finalizados, o número de remuneração de incentivo também era finalizado para cada indivíduo. Em seguida, era entregue ao funcionário em várias formas, incluindo algum dinheiro que era pago imediatamente, e alguns prêmios baseados em ações que poderiam “render” ao longo do tempo e não poderiam, portanto, ser vendidos imediatamente. Estes prêmios baseados em ações tinham tomado tradicionalmente a forma de opções sobre ações ou alguma forma de ações, ou ambos. A idéia por trás de dar prêmios baseados em ações aos funcionários com um período de retenção era permitir-lhes acumular exposição às ações que eram significativas em termos de valor líquido de um indivíduo, e, assim, alinhar melhor o interesse dos funcionários com o dos acionistas. 4 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) 311-005 Outras Questões Importantes O Credit Suisse, como todas as empresas, tinha que ser sensível às implicações de contabilidade, hedging, regulamentares, fiscais e de divulgação de qualquer programa de remuneração. As questões de contabilidade giravam em torno da apresentação dos resultados financeiros de GAAP dos EUA — as regras exigiam que a remuneração diferida ou não disponível fosse contabilizada ao longo do tempo uma vez que fosse conferida ou recebida. Quando a remuneração era entregue a um funcionário havia uma despesa tomada para fins contábeis para essa parcela do prêmio que foi pago e disponibilizado ao funcionário (ex., salário, bônus em dinheiro, ações imediatamente disponíveis). Para a parte do prêmio que redeu ao longo de um determinado período, ou esteve sujeito a critérios de desempenho, haveria uma despesa periódica feita pelo Credit Suisse para reconhecer o quanto do prêmio foi realmente recebido pelo funcionário. Isto resultou em uma “cauda” de despesa para a maioria dos programas de compensação em que os custos seriam reconhecidos por vários anos após o prêmio ter sido concedido enquanto ele rendia. Era importante que a empresa entendesse o tamanho potencial dessa despesa, especialmente na circunstância em que o prêmio fosse baseado em alguma métrica de desempenho. A Gestão revia qualquer novo programa à luz dos planos estratégicos de longo prazo da empresa e as implicações das demonstrações financeiras ao longo do tempo. Devido à incerteza dos custos associados com prêmios que mudariam de valor ao longo do tempo em função do desempenho da empresa ou do preço da ação, era preferível que os programas de remuneração pudessem ser concebidos de forma a permitir que os referidos custos incertos estivessem protegidos. Isso era especialmente verdadeiro para programas maiores que resultavam na entrega de ações aos funcionários, uma vez que estes impactavam na posição de capital da empresa, e poderiam aumentar substancialmente o número de ações em circulação. Hedging também poderia afetar os resultados contábeis e reduzir a volatilidade das despesas de remuneração relatadas ao longo do tempo. As questões fiscais relacionadas à remuneração existiam em todas as jurisdições em que o Credit Suisse tinha funcionários trabalhando, e cada local tinha suas idiossincrasias particulares. Philip Halliday, diretor gerente da remuneração executiva global, explicou: “Nós temos locais onde os prêmios relativos à ações não são dedutíveis para fins de imposto sobre empresas. E temos certas jurisdições onde há impedimentos legais sobre câmbio estrangeiro ou retendo títulos estrangeiros.” A empresa focava em tornar seus programas compatíveis com as regras, e não impunha encargos indevidos aos seus funcionários. Halliday disse, “Quando estamos projetando um programa de remuneração nós vamos até os locais em que estamos operando e focamos em tentar evitar armadilhas fiscais em vez de tentar otimizar os impostos em todos os lugares, o que é um desafio muito maior. Ao longo dos últimos anos, a empresa aumentou significativamente a transparência de seu programa de remuneração. Em seu arquivamento anual de 20-Fe com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) o Credit Suisse forneceu informações que excediam o que era exigido pela SEC para empresas não domiciliadas nos EUA em seus arquivamentos de 10-K do relatório anual aos acionistas. Essas divulgações incluíam todas as remunerações efetivamente concedidas em um ano, além da exigência de divulgação de remuneração efetivamente entregue no mesmo ano (isto é, a parte do prêmio de remuneração deste ano que estava disponível para empregados imediatamente mais a parcela de prêmios anteriormente diferidos agora disponível) . Para 2009, o Credit Suisse forneceu dados de prêmio de remuneração do ano atual ao nível da empresa. Isto permitiu que cada funcionário dentro da empresa a captar detalhes do programa de remuneração. Dougan disse: Existem diferenças culturais em diferentes países e como elas aparentam em uma variedade de questões de negócios, incluindo remuneração. Um dos princípios que adotamos com a remuneração, que é geralmente boa—embora discutível — é ser o mais transparente e O emissor privado estrangeiro de títulos foi obrigado a apresentar o Formulário 20-F junto à SEC. O Formulário 20-F era comparável ao relatório 10-K que uma empresa com sede nos EUA era obrigada a apresentar anualmente junto à SEC. 5 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 311-005 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) possível sobre tudo o que nós fazemos, Enquanto algumas áreas podem ser maiores e algumas menores, a remuneração variável média por toda a empresa era de aproximadamente 144.000 francos suíços, e nós basicamente publicamos esse número. Evolução da Remuneração Nos vários anos que antecederam a crise financeira de 2008-2009, por razões estratégicas e culturais, o Credit Suisse tinha desenvolvido vários novos programas de remuneração de incentivo que o afastaram da estrutura tradicional de pagar uma parcela do bônus em ações e opções de ações. PIP (2004-2005) O Plano de Incentivo de Desempenho (PIP) era um programa baseado em ações a longo prazof projetado para incentivar e reter os gerentes e executivos seniores entre as divisões e grupos de apoio durante 2004 e 2005, quando o banco estava passando por mudança fundamental. Havia uma decisão consciente por parte de Dougan para eliminar aqueles profissionais seniores que estavam mais interessados em sua remuneração ano a ano, ao invés do sucesso a longo prazo da empresa e seu potencial de remuneração de longo prazo. O Consultor Sênior Ervin disse:O PIP foi desenvolvido em conjunto com um novo plano estratégico, que nós precisávamos porque o RSP da empresa estava insatisfatório. Quando Brady chefiou o CSFB ele começou a fazer mudanças no programa de remuneração. Alguns gerentes seniores quiseram ficar em seus silos. Eles não gostavam de seus bônus serem atrelados a resultados fora de seu controle. Pode-se dizer que o PIP não era universalmente amado na época. O PIP era um programa de adesão de cinco anos. Antes do PIP não havia uma aquisição a longo prazo de ações ou opções bonificadas. Brady estava surpreso com a resistência. Ele teve que tomar decisões difíceis de demitir quem não aderiu ao PIP. Eu diria que um número significativo de gerentes seniores ou saíram do Credit Suisse ou aceitaram outros trabalhos dentro da empresa onde o PIP não se aplicava. Para lucrar com os prêmios do PIP, os funcionários eram obrigados a permanecer no Credit Suisse por cinco anos. Dependendo da senioridade do funcionário, até 100% da remuneração variável do ano era convertida em unidades de PIP usando o valor da cota do Credit Suisse de CHF 47,45 para o desempenho de 2004 (PIP I) e CHF 72,00 para o desempenho de 2005 (PIP II). Os prêmios do PIP I foram concedidos para aproximadamente 370 gerentes seniores, essencialmente trabalhando no CSFB. Os prêmios do PIP II foram concedidos para aproximadamente 1.200 gerentes seniores em toda a empresa. Os prêmios do PIP forneciam aos destinatários alavancagem sobre o desempenho da empresa. Se todas as metas financeiras, vinculadas ao plano estratégico durante o período de carência de cinco anos, fossem alcançados, e se o valor da cota atendesse os critérios de desempenho, incluindo o desempenho em relação aos concorrentes, as unidades de PIP poderiam então ser convertidas em até nove cotas das ações do Crédito Suisse para o PIP I; foi reduzida para seis ações para o PIP II. Mas, houve um lado negativo também. Era possível que as unidades PIP pudessem se tornar inúteis se a empresa não conseguisse cumprir determinadas metas de desempenho ou do valor da cota. ISU (2006-2008) Para o desempenho dos anos de 2006 a 2008, o Credit Suisse instalou seu plano baseado em ações de Unidade de Ações de Incentivo (ISU) para substituir o PIP e a maioria de seus outros programas de prêmio de ações, para uso em toda a empresa. Um ISU era similar a uma ação mas oferecia potencial de valorização adicional dependendo de um aumento no preço das ações do Credit Suisse. Fornecer alavancagem na parcela baseada em ações do programa de f O Credit Suisse também tinha outros três programas muito menores de prêmio de ações para os anos de desempenho de 2004 e 2005. 6 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) 311-005 remuneração pretendia remediar uma falha nos programas de remuneração baseados em ações — a incapacidade de construir exposição suficiente para o desempenho da empresa relativo ao valor líquido dos funcionários. Como Dougan disse, “Eu acho que a maioria das pessoas viam os programas tradicionais baseados em ações como um tipo de remuneração diferida. Quando elas venciam você as recebia e ainda teria diferimentos do ano anterior. As pessoas esperam que quando elas vencerem elas valerão mais.” Sean Brady, diretor gerente na área de derivativos no Credit Suisse, explicou, “Você não pode simplesmente dar ações—não pode entregar o suficiente para fazer a diferença. Criar alavancagem real de incentivos é a chave.” Para cada ISU concedida, o funcionário receberia uma ação adicional (unidade base de ISU) por um período de três anos e poderia receber ações adicionais (unidade de alavancagem de ISU) no final do período de três anos. O número de unidades de alavancagem de ISU a ser convertido em ações adicionais era calculado multiplicando o número total de unidades base de ISU concedidas, menos confiscos, por um multiplicador de valor de cota, determinado elo aumento real no preço mensal de média ponderada versus o valor da cota na data de concessão. Um terço das unidades base de ISU concedidas rendiam depois de um ano, um terço depois de dois anos, e um terço depois de três anos. As unidades de alavancagem de ISU, no entanto, rendiam somente no terceiro aniversário da data inicial de concessão da unidade base de ISU. A aplicação do programa de ISU poderia variar ligeiramente em certas jurisdições devido a implicações de imposto sobre empresas ou impedimentos legais. Aproximadamente 8.000 funcionários seniores do Credit Suisse, os diretores gerentes e diretores, nas suas três divisões receberam parte ou toda a parcela diferida de bônus para o ano de desempenho de 2008 na forma de ISUs. A porcentagem de um bônus que seria diferido era determinada por uma escala variável que aumentava conforme o tamanho do bônus aumentava. Começava em 16% de remuneração variável e qualquer valor de bônus acima de CHF 4 milhões seria concedido 100% na forma de prêmios diferidos. As empresas concorrentes frequentemente concediam ações aos funcionários a um desconto de 25%. O CSG não descontava suas ações na concessão, entretanto, cobrindo os direitos a ações adicionais das unidades de alavancadas de ISU custavam à CSG 25% do preço de uma ação. PAF (2008) No final de 2007 o Credit Suisse detinha cerca de CHF 67.2 bilhões de ativos problemáticos em seu balanço, uma parcela significativa dos quais diminuíram em qualidade e valor de crédito, e tornaram-se cada vez mais ilíquidas. O Credit Suisse reduziu agressivamente essas posições durante 2008, mas ainda tinha CHF 14.1 bilhões dessas no final de dezembro de 2008, incluindo empréstimos alavancados, hipotecas comerciais e hipotecas residenciais subprime, quando ativos desse tipo se tornaram virtualmente invendáveis. Por causa das ponderações de risco atribuídas pelos reguladores, os ativos exigiam capital significativo a ser alocado à eles (consulte o Anexo 7 para os índices de capital de Nível 1), e havia um foco pesado dos investidores sobre esses ativos. Para 2008, o Credit Suisse para fins de remuneração acrescentou um novo componente inédito único chamado Facilidade de Ativos de Sócios (PAF) relacionado a esses ativos de hipoteca. Richard Hille, chefe de remuneração e benefícios, disse: “Nós tínhamos esse foco intenso sobre ativos de risco. Nós desenvolvemos o PAF para reduzir o risco, gerir o portfólio desses ativos de forma um pouco diferente, dando aos funcionários do Banco de Investimento uma participação da ação.” Os funcionários nas divisões de Gestão de Ativos e Banco Privado do Credit Suisse não participavam do PAF porque eles tiveram nenhum envolvimento na criação de ativos ilíquidos. O valor do PAF era indexado a um fundo de cerca de USD 5 bilhões (ou CHF 5.3 bilhões) de valor de mercado de ativos ilíquidos originados no Banco de Investimento.1 Os prêmios de PAF de funcionários os deu uma participação sintética nas ações, ou primeira perda, dos ativos do PAF. Presumindo que os ativos mantenham ou melhorem em termos de valor, os titulares começariam a receber uma premiação de PAF depois de cinco anos, com pagamento final em oito anos. Os funcionários também receberiam um pagamento semestral de LIBOR mais 250 bps 7 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 311-005 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) sobre o valor nocional dos ativos de PAF. Dois terços das unidades de PAF ficaram disponíveis na data deconcessão e um terço em 31 de março de 2009. Na época, o programa foi anunciado que a empresa acreditava que 90% dos ativos foram "cumprindo", ou seja, os emissores estavam atuais em suas obrigações.2 No entanto, esses ativos eram quase inteiramente ilíquidos, já que a empresa estava tentando vender esses ativos por um valor razoável há muitos meses para aliviar seu balanço, em resposta à crise de crédito. O valor justo total na data de concessão de unidades de PAF concedidos aos funcionários foi de CHF 686 milhões. O programa ajudou a reduzir ativos problemáticos do Credit Suisse, para CHF 11,6 bilhões, e reduzir os ativos ponderados pelo risco significativamente, o que era uma grande prioridade. (Os ativos globais ponderados pelo risco do Credit Suisse caíram de CHF 324 bilhões no final do ano de 2007 para CHF 257 bilhões no final do ano de 2008, principalmente a partir da venda de ativos e reduções comerciais). 2.100 empregados receberam um prêmio PAF, e alguns banqueiros receberam 75% ou mais de seus bônus nas unidades de PAF.3 Dougan disse: “Em geral, nós achávamos que o PAF provavelmente era a coisa certa a fazer do ponto de vista de um acionista, nós achávamos que ele se revelaria um instrumento de remuneração bastante razoável para as pessoas. Mas certamente não seria muito popular, pelo menos no início.” O Credit Suisse estava preocupado sobre a questão da percepção de vários ângulos — que os acionistas poderiam acreditar que os funcionários tiveram uma oferta generosa, e inversamente, que os funcionários poderiam acreditar que receberam um “saco de pedras,” nas palavras de um beneficiário. Uma abordagem que foi utilizada para abordar a preocupação anterior era se aproximar de investidores sofisticados e dar-lhes o direito de comprar uma parcela das ações de PAF em valor nominal — qualquer “valor extra” seria então recapturado em benefício dos acionistas da empresa.. Embora as restrições legais impedissem uma ampla oferta pública, a empresa se aproximou de várias partes privadas para ver se todos os investidores privados poderiam proporcionar um melhor valor para os acionistas para estas posições do que o PAF. Devido ao estresse contínuo e iliquidez do mercado no início de 2009, não houve interesse por parte dos investidores. Sobre a reação dos funcionários, Paul Calello, chefe da divisão de Banco de Investimento, disse: “No início, a resposta foi desfavorável. As pessoas perguntavam 'por que temos de fazer isso?’ É bom ser responsável, mas por que temos de mostrar mais responsabilidade do que o resto de Wall Street?” Ervin acrescentou: "Nossos funcionários pensavam 'estamos sendo servidos com mingau.’” Um banqueiro sênior que aconselhou sobre fusões e aquisições disse: “Eu não perdi um centavo pela empresa este ano. Eu acho que tenho dificuldade oscilando entre o que era mais ofensivo: que o dinheiro não é mais dinheiro ou que a ação não é mais ação.”4 Alguns banqueiros questionaram a legalidade. Mas os funcionários se interessaram pela idéia. Sean Brady, uma pessoa chave envolvida na concepção do programa PAF, disse: Nós anunciamos o PAF em dezembro e foi um choque. As pessoas já estavam se sentindo um pouco desconfortáveis e inseguras sobre seus trabalhos e se eles receberiam um bônus. De repente, eles ouvem que receberão estas unidades. Alguns pensaram que a empresa estava se aproveitando deles; ou seja, elas estavam a preços que as tornavam invendáveis. Mas, então, o nosso pessoal foi para casa para as festas de fim de ano e acho que as pessoas de fora disseram: “Ah você trabalha no Credit Suisse, isso é ótimo, finalmente, um banco que fez a coisa certa.” Quando as pessoas voltaram das férias elas estavam bastante positivas. A reação dos outros — acionistas, a mídia e o público em geral — variou. Na Suíça, foi bem recebido. O Financial Times informou que os acionistas estavam favoráveis, mas descontentes. Um acionista foi citado: “Eles retiraram todo o esterco acumulado nos últimos 8 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) 311-005 anos e esperarão até que as plantas cresçam nele. Depois eles distribuirão a fruta entre os gerentes. Isso não é muito arriscado, é?”5 Dougan e Calello, em um memorando aos funcionários, escreveram: “Embora a solução que encontramos pode não ser ideal para todos, nós acreditamos que ela estabelece o equilíbrio adequado entre os interesses dos nossos funcionários, acionistas e reguladores. . . .”6 Realmente uma das razões para a implementação do PAF era mostrar aos reguladores nos EUA e na Europa que a empresa levava a crise financeira e as práticas de remuneração envolvidas a sério. O Credit Suisse foi a única instituição financeira a implementar um programa como o PAF. Calello observou: Eu presumi que outras instituições financeiras seguiriam nosso exemplo, mas não o fizeram. Eu recebi ligações de grandes investidores, dizendo: “Sabe, isso é realmente responsável Eu admiro mais o Credit Suisse.” Eu acho que as outras instituições acharam que perderiam pessoas importantes se elas dessem a elas “lixo tóxico,” como muitos dos jornais o chamavam. Em vez disso, deu dinheiro, mas com PAF nossos funcionários têm potencial de valorização do quanto eles podem conseguir. Claro, nos preocupávamos em perder pessoas boas também. Nós apenas sentimos que o sentido de agir com responsabilidade ultrapassava o potencial de perda de talentos. Embora Dougan e Calello tenham recebido prêmios de PIP nos anos anteriores, em 2008, eles não participaram do PAF ou receberam qualquer bônus, dizendo à diretoria que “não seria apropriado que eles recebessem remuneração variável em 2008.”7 No final do ano de 2008, através de uma variedade de meios os ativos de hipotecas e finanças alavancadas tinha caído para cerca de CHF 11,6 bilhões e a taxa de capital Nível 1 da empresa tinha aumentado para 13,3% de 11,1% um ano antes. O CSG também saiu de várias hipotecas não relacionadas a clientes, finanças alavancadas e empresas de comércio de derivativos, que eram usuários pesados de capital. Crise Global Financeira & Remuneração E marco de 2008, o Bear Stearns faliu e foi vendido ara a JP Morgan Chase em uma transação organizada pelo governo dos EUA. Em setembro de 2008 os mercados financeiros e a economia envolvida na pior crise desde a Grande Depressão. Os Governos e reguladores apontariam mais tarde diretamente para uma remuneração de banqueiro como um fator contribuinte para os problemas. O Grupo de Trabalho sobre Mercados Financeiros do Presidente dos EUA Barack Obama, que analisou a crise financeira, tinha isso para dizer: Entre as muitas causas significativas da crise financeira estavam as práticas de remuneração. Em particular, os incentivos para ganhos de curto prazo sobrecarregaram os pesos e contrapesos para mitigar os riscos de alavancagem em excesso. . . . Em linha com os compromissos do G-20, instamos cada autoridade nacional a colocar em prática diretrizes para alinhar a remuneração com o valor do acionista de longo prazo e promover estruturas de remuneração que não forneçam incentivos para a assunção de risco excessivo.8 A FINMA da Suíça disse: Os sistemas de remuneração também eram culpados parcialmente pela crise. Aqueles dos bancos de investimento, com sua falta de qualquer foco a longo prazo, criaram falsos incentivos que favoreciam a aceitação de riscos desnecessários. Os supervisores reconheceram o problema, mas sentiram que a intervenção era inútil devido a pressões competitivas ou de confiança no bom funcionamento da própria governança e processos decontrole de riscos dos bancos.9 9 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 311-005 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) Em uma investigação das práticas de remuneração em bancos sob sua supervisão, a FSA do Reino Unido concluiu: Embora seja difícil de provar um nexo causal direto, existe um consenso generalizado de que as práticas de remuneração podem ter sido um fator que contribuiu para a crise de mercado. As práticas de uso comum durante o período que antecedeu a crise, principalmente, mas não exclusivamente, no banco de investimento, tendiam a recompensar receita e metas de lucro de curto prazo. Estes incentivaram o pessoal a buscar práticas desmedidamente arriscadas, por exemplo, através da realização de investimentos de maior risco ou atividades que proporcionavam um rendimento elevado a curto prazo, apesar de expor a instituição a perdas potenciais mais elevadas a longo prazo. Em muitos casos, as práticas de remuneração estavam correndo contra a gestão eficaz dos riscos, efetivamente prejudicando os sistemas que foram estabelecidos para controlar riscos.10 Calello, embora reconhecesse que a remuneração exerceu um papel, ofereceu uma visão mais sutil, envolvendo um fenômeno da indústria—fervor competitivo: Honestamente: Eu não acho que a remuneração teve muito a ver com a crise financeira. Eu acho que o maior contribuinte individual no nível executivo sênior que resultou em lapsos de gestão de risco foi o que chamamos de análise de lacunas. Toda grande empresa de consultoria que presta serviços em Wall Street produz algo chamado análise de lacunas. Eles olham para o Goldman Sachs fez, o Morgan Stanley fez, etc.—em todas as áreas do produto. Se você fosse o melhor em tudo, você ganharia um extra de $60 bilhões para a sua empresa, e o que quer que fosse, números absurdos se você fosse o melhor em tudo. Acho que foi mais a análise de lacunas e a natureza competitiva de executivos seniores nesta indústria — ou seja, o impulso para ser o melhor no que fazemos — que levou à assunção de riscos excessivos. Eu não acho que o risco foi assumido para atingir metas monetárias. Se você olhar para o Bear Stearns e Lehman Brothers, as duas empresas que mais sofreram através de tudo isso, eles tinham as políticas mais restritivas no que respeita à venda de ações, e eles tinham a maior participação dos funcionários, e assim por diante. Não estou dizendo que é errado alinhar incentivos à participação do acionista, eu só não compro a idéia de que a remuneração foi a causa de algumas das assunções de risco que vimos. SISU & APPA (2009-2010) Na gestão de início de 2009, o comitê de remuneração e o colegiado queriam levar o programa de remuneração do CSG um passo adiante. “Nós realmente começamos a pensar em um novo projeto de compensação no início de 2009,” disse Hille. “Nós estávamos à frente da curva e teríamos feito alterações em nosso programa de remuneração, mesmo sem pressão dos reguladores para a reforma.” Dougan conseguia ver o negócio melhorando no início de 2009, e viu uma oportunidade para continuar incentivando a mudança cultural. Ele explicou: Na época nos sentimos bem confiantes sobre como o nosso negócio estava em alta, o que foi um pouco estranho, porque os mercados e os investidores estavam no seu mais negativo no final de fevereiro. Mas eu acho que, ao mesmo tempo, dissemos que é provavelmente o momento certo para pensar mais fundamentalmente sobre a nossa estrutura de remuneração; e aplicar o que aprendemos com a crise financeira. Ele continuou a explicar o seu objetivo central: Definitivamente, este conceito de se preocupar com a instituição de forma holística porque a sua remuneração é estruturada dessa forma é uma parte importante do que estávamos e estamos tentando fazer. Tentando obter um grupo de pessoas — digamos, o grupo diretor gerente, as principais 1.000 pessoas— 10 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) 311-005 realmente trabalhando juntos para influenciar positivamente as, ou o RSP da empresa, você tem que chegar a um ponto onde realmente o peso desses instrumentos seja maior do que o bônus desse ano. Por quê? Porque essa é a única maneira que você pode chegar ao ponto onde você pode dizer a alguém que está gerenciando o grupo de negociação, temos de tirar o capital do seu grupo, porque isso vai ser o que é bom para o preço das ações, e ele não dizer, bem, espere um minuto, isso certamente significa que meu fundo de bônus para este ano vai ser menor. Um grupo de trabalho inter-funcional/entre empresas de pessoas seniores foi criado para examinar como melhorar o que foi entregue aos funcionários, à luz das lições sendo aprendidas com a crise. Os membros da equipe incluíam representantes de todos os grupos de apoio e voltados para o cliente em toda a empresa. Assim começou um processo iterativo ao longo de vários meses, que envolveu o grupo de trabalho, Dougan, e o comitê de remuneração da diretoria que resultou em um novo programa. Um Novo Programa de Remuneração Havia duas partes no novo programa: ajustar o “modelo” que conduzia o tamanho do bônus e as novas estruturas para os prêmios de remuneração variável conforme eles fossem entregues aos funcionários. O Modelo Havia várias metas para a nova versão do modelo; entre elas estavam o desejo de afastar-se da longa tradição de Wall Street de desenvolver de forma simplista o fundo pagando cerca de 50 centavos de cada dólar de receita em remuneração, para uma abordagem em que o fundo de compensação foi acumulado em uma base ajustada ao risco após dar margem a todas as despesas. David Mathers, o chefe de operações da divisão de Banco de Investimento disse: “O conceito de ‘vendas de mesma loja’, em que a remuneração do ano passado foi o ponto de partida para a deste ano, não discriminou o suficiente para o desempenho, especialmente em uma base ajustada ao risco.” A equipe de gestão em Banco de Investimento também queria aproveitar o impulso do programa PAF, e criar uma maior disciplina nas unidades de negócio em torno do uso de capital e minimização dos ativos ponderados pelo risco. Anteriormente, houve limitado custo direto incorrido pelas unidades de negócios para o uso do capital, o que incentivou a sua utilização e colocou pressão sobre o RSP da empresa. “O uso de Capital—e o valor do risco assumido — era medido pela empresa e reportado no SIG empresarial, mas afetou apenas indiretamente a remuneração,” disse Mathers.g “Em vez disso, nós buscamos alinhar a remuneração explicitamente aos retornos após permitir o uso do capita..” Os resultados das unidades de negócios do qual o fundo de remuneração seria determinado, foram calculados após uma taxa para o uso de capital. Além disso, este número do lucro antes de impostos seria derivado usando o valor econômico total dos prêmios de remuneração; o resultados das unidades de negócio não se beneficiariam de qualquer diferimento de contabilidade de custos de remuneração. Consideravelmente, Dougan e sua equipe de gestão, com a aprovação da Diretoria, mantiveram certa flexibilidade na decisão sobre o fundo de remuneração para permitir o ambiente competitivo em que empresa operava. Os parâmetros do modelo seriam revisados regularmente a fim de permitir o ambiente de mercado, preservando os princípios da abordagem, mas também refletindo, pelo menos até certo ponto, fatores externos.g SIG Sistemas de Informação de Gestão. 11 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 311-005 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) As Estruturas O Credit Suisse alterou tanto seus salários quanto seus programas de remuneração variável. Ele reequilibrou a proporção de salário para remuneração variável, aumentando os salários como uma percentagem da remuneração total, embora para os funcionários mais bem pagos os salários foram limitados. Hille explicou: “Primeiro, precisamos decidir se devemos aumentar os salários como uma proporção da remuneração global. A indústria é conhecida por salários-base baixos, porque sempre existiu esta visão—certa ou errada— que mantinha os custos fixos baixos.” Hille acrescentou: “Se você é um diretor gerente no Banco de Investimento, a porcentagem do salário para remuneração variável nunca vai chegar a 50-50. Ele podia estar em 30-70, mas costumava ser 10-90 naqueles indivíduos com salários muito altos.” Com relação ao bônus para os diretores gerentes e diretores,h essa parcela da remuneração variável que não foi paga em dinheiro seria agora dividida 50/50 entre duas novos instrumentos diferidos — Unidades Escaladas de Ação de Incentivo (SISUs) e Prêmios Ajustáveis do Plano de Desempenho (APPAs). (Ver Anexo 11.) Os SISUs seriam prêmios de remuneração diferida baseados em ações, o que era uma modificação do programa de ISU existente do banco. O componente-base de um SISU era uma cota de ação concedida pelo valor justo que seria investido e entregue depois de quatro anos, em uma base pro rata. O programa SISU diferia de seu predecessor o programa de ISU de duas maneiras: as ações da unidade de base rendiam ao longo de quatro anos em vez de três, e o valor adicional seria baseado tanto no preço das ações do CSG quanto no retorno médio sobre o patrimônio (RSP) em vez de apenas no preço das ações. Sean Brady disse que acrescentar o RSP à estrutura "faz com que todos sejam mais como sócios." O APPA era novo, e seria um prêmio de remuneração diferida baseado em caixa, que rendiam ao longo de três anos e vinham com um "reembolso" (ou seja, o funcionário perderia dinheiro em sua conta de diferido caso o reembolso fosse acionado). Além do aspecto do reembolso punitivo, o APPA oferecia a oportunidade de valorização, com o valor diferido crescendo com bom desempenho. A decisão mais importante e o ponto mais importante de debate entre o grupo de trabalho, Dougan, e o comitê de remuneração da diretoria, foi a unidade organizacional que seria utilizada como base para determinar o desempenho para o APPA. Hille disse: Nós debatemos longamente o nível de granularidade que devemos usar para o APPA. Nós queríamos criar uma linha de visão mais poderosa, então fomos com os desempenhos na área de negócios dentro de cada divisão onde há discretos P&Ls. Sabíamos mantê-lo no nível do grupo era demasiado elevado. Por outro lado, não queríamos ir muito fundo na organização porque seria difícil de gerir o programa. Poderia parecer uma caça às bruxas. Assim que surgiu com a área de negócios ou nível de agregados. Eles identificaram áreas de negócio ou “agregados de desempenho” que seriam utilizados para medir o desempenho em toda a empresa. O Banco de Investimento tinha três agregados de desempenho: Ações, Renda Fixa e Serviços de Assessoria.i Para o bônus de cada ano que foi diferido para o APPA, um funcionário receberia um terço desse valor em cada um dos três anos seguintes, sujeito a ajuste; este ajuste seria feito em dois níveis. Primeiramente, em qualquer ano em que o agregado de desempenho h Todos os outros oficiais elegíveis até o nível de Vice Presidente receberiam dinheiro e ISUs como remuneração variável. Outros funcionários recebiam salário e poderiam receber prêmios em dinheiro não diferidos. i Os agregados de desempenho da empresa eram: Gestão de Fortunas e os Clientes Empresariais e Institucionais no Banco Privado; e Estratégias de Investimento Alternativo e Estratégias Tradicionais de Gestão de Ativos na Gestão de Ativos. A remuneração variável para as diferentes funções de apoio e estruturas de Gestão Regional era baseada em resultados de grupo. 12 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) 311-005 do funcionário sofresse uma perda o saldo pendente de APPA seria reduzido. (Não houve ajuste para cima que seria feito para o desempenho positivo.) O valor de referência de retorno para cada agregado de desempenho era antes de impostos, a renda pré-bônus. Hille explicou, “No reembolso nós queríamos mantê-lo realmente limpo para que os funcionários pudessem entendê-lo.” Em segundo lugar, o montante na conta APPA diferida seria ajustado para cima ou para baixo, dependendo RSP anual do CSG. A vantagem máxima para o APPA era o RSP cumulativo ao longo do período de três anos, e, no pior caso, um funcionário poderia perder todo o seu APPA diferido se o RSP do Credit Suisse tivesse que ser negativo ou estar sujeito a um ajuste para baixo se o agregado de desempenho não conseguisse gerar um retorno positivo por três anos consecutivos. O reembolso era permanente, como Halliday explicou, “Você nunca pode obtê-lo de volta, porque uma vez que tivesse sido reembolsado, ele se foi. Não é como se você, em seguida, obtivesse um lucro e ele torna-se magicamente reintegrado.” A porcentagem do saldo do APPA de um funcionário que poderia ser “reembolsado” pela empresa era igual à porcentagem do rendimento antes de impostos que um agregado de desempenho historicamente pago como remuneração. Halliday explicou: “Se em sua divisão a premiação de bônus é tipicamente 20% do lucro líquido das divisões, então, a porcentagem do reembolso seria de 20%.” Os prêmios seriam vinculados ao agregado de desempenho onde o funcionário estava quando ele ou ela recebeu o prêmio. Em outras palavras, se um diretor gerente se mudasse das Ações para a Unidade de Serviços de Assessoria, seus APPAs concedidos enquanto estava em Ações continuaria a ser ajustado sobre o desempenho futuro do agregado de Ações. (Ver Anexos 12 e 13 para ilustração do APPA e de como o reembolso funcionaria.) Calello explicou seu pensamento: “O reembolso é a nossa tentativa de derrubar a mentalidade “Cara eu ganho; Coroa você perde” que é generalizada na indústria. Eu acho que é uma boa política porque os funcionários devem estar cientes de que na situação em que a empresa não ganhar dinheiro ou perder dinheiro, eles também perderão dinheiro.” No entanto, o Credit Suisse estava preocupado como os seus concorrentes reagiriam. Eles adeririam aos pedidos do G-20 e dos reguladores por limites sobre os bônus e garantias ou eles manteriam um sistema de remuneração que fosse semelhante ao status quo? Se a última resposta prevaleceu, então o Credit Suisse seria uma indústria atípica e vulnerável aos rivais atraindo os melhores talentos da empresa. Implementação E junho de 2009, Dougan, o comitê de remuneração, e o grupo de trabalho acordaram sobre as principais facetas do novo programa de remuneração. Foi decidido não anunciar o novo plano imediatamente porque havia uma grande quantidade de incerteza em torno do potencial de reforma de remuneração dos órgãos governamentais em todo o mundo. O G-20 estava programado para se reunir em poucos meses e os reguladores soberanos estavam cada um a sua própria maneira reagindo à crise financeira. Ao longo dos próximos meseso CSG discutiu o seu novo projeto de remuneração com os seus próprios reguladores. A FINMA indicou que não tentaria impedir sua implementação. No final de setembro de 2009, o G-20 reuniu-se em Pittsburg, PA. O Financial Times noticiou: (O G-20) endossou os pedidos aos reguladores para limitar a participação dos lucros pagos em bônus, dividendos e recompra de ações por parte dos bancos que são propensos a necessidade de construir seu capital para cumprir normas reguladoras futuras mais rígidas. A promessa foi apoiada por um compromisso de apoiar um calendário para as reformas financeiras regulatórias — incluindo um tipo de índice de alavancagem e novos requisitos de liquidez. Sob as novas normas . . . os supervisores exigirão que 40-60 por cento de todos os bônus de banqueiros seniores venham em forma de remuneração diferida que rende ao longo do tempo. . . . Esses pagamentos seriam diferidos por pelo menos três anos e estariam sujeitos a potencial reembolso em caso de baixo desempenho futuro. Além disso, uma “proporção substancial como mais de 50 por cento” deve ser na forma de ações ou instrumentos ligados a ações“ sujeitos 13 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 311-005 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) a políticas adequadas de retenção de ações.” O restante deve ser em forma de dinheiro que renda gradualmente.11 Em 20 de outubro de 2009, logo após o anúncio do G-20, o CSG anunciou o seu novo programa de remuneração e revelou que a empresa começaria a implementar o novo programa imediatamente, o que significa dizer que os bônus começariam a ser concedidos em janeiro de 2010. Internamente, o Credit Suisse se referiu aos SISUs e APPAs como remuneração variável, não bônus. Além disso, a empresa anunciou que o Diretor Executivo seria exigido deter um mínimo de 300.000 cotas de ações da CSG, e que os membros da Diretoria precisariam deter 150.000 cotas. Refletindo sobre o novo programa, Sean Brady disse: Há uma linha direta do PAF ao APPA. O PAF estava dizendo que vocês — diretor gerente e diretor — geraram esses ativos ilíquidos; vocês parecem não ter nenhuma desvalorização nos ativos, esperando um bônus em dinheiro para originá-los. Agora nós vamos dar a vocês um bônus em dinheiro que está vinculado à valorização ou desvalorização desses ativos. Vocês podem fazer um programa parecido com o PAF novamente quando as coisas derem errado. Entretanto, não é nosso plano para ser pego com um monte de maus ativos quando a música parar novamente. E então o APPA é uma tentativa de criar algum impacto regularmente e mais diretamente. Isto é, fazer nossos banqueiros pensar sobre os riscos a longo prazo. A gestão acreditava que tinha estruturado um programa que permitiria seus funcionários seniores acumular exposição significativa ao desempenho de empresa. Hille disse, “A remuneração anual que você recebe começa a ser ofuscada pelo efeito cumulativo de todos os saldos de contas diferidas. É esse efeito cumulativo nesses programas que é bastante substancial par aos funcionários. São oportunidades de criação de riqueza, mas amigo, nós temos que realizá-lo se quisermos manter essa riqueza e fazê-la crescer.” Dougan reconheceu que o programa APPA criaria maior foco em resultados na área de negócios, potencialmente com o custo de fazer os funcionários considerem toda a empresa, em suas decisões. Ele refletiu: “Nesse ponto, eu acho que nós provavelmente encorajamos de volta um pouco da filosofia ’one bank‘ no sentido de que uma parte da remuneração variável seria baseada não sobre o desempenho global do Grupo, mas sobre o desempenho de um dos os vários agregados de desempenho. Mas nós sentimos, dadas as visões de nossos reguladores, que era algo que precisava ser feito.” Reação Inicialmente, a reação dos funcionários foi pouco entusiasmada. Entre a sua data de anúncio e o início de dezembro de 2009, a empresa realizou cerca de 150 fóruns diferentes (tele-conferências, reuniões da câmara municipal, etc.) para explicar o programa aos seus funcionários. Dougan sabia que até a empresa pagar seus bônus em janeiro o ceticismo permaneceria. Ele disse: Existem alguns funcionários que irão dizer-lhe que o reembolso é injusto. Eles perguntam: Se eu o recebi pelo ano passado, então por que deveria depender do desempenho dos futuros anos? Por outro lado, muitos acionistas e reguladores diriam que o reembolso é justo. Você deve ter que continuar a desempenhar, etc. Há muito poucos membros do público em geral que acham que o que nossa indústria recebe é justo, ponto final. E então isso é realmente um problema muito maior, que eu não tenho certeza de que nós ou qualquer outra pessoa tenhamos uma boa resposta. Ainda assim, a estratégia de comunicação estava funcionando e parecia ser uma aceitação sólida entre os funcionários. Eric Varvel disse: “Nós estávamos claramente nos beneficiando em algum grau por um aumento no valor de nossa marca no mercado, e um nível de segurança que os nossos colaboradores sentiram com relação a nossa forte posição de capital.” “Nós pensamos,” Hille refletiu, “que estávamos avançando lindamente e então . . . .” 14 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) 311-005 “Imposto de Banqueiros” do Reino Unido Em 9 de dezembro de 2009, Alistair Darling, o Ministro das Finanças do Reino Unido disse que imporia um imposto único de 50% sobre os bônus de banqueiros maiores que £25.000 que foram pagos em 2010. O imposto seria aplicável apenas aos banqueiros que vivem e trabalham no Reino Unido, e o imposto era cobrado diretamente aos bancos pagando os bônus, não aos indivíduos recebendo os bônus. "Há alguns bancos que ainda acreditam que sua prioridade é pagar prêmios substanciais para alguns funcionários com salários já elevados," Darling, disse aos legisladores ao entregar relatório de pré-orçamento do governo no Parlamento. "A prioridade deveria ser reconstruir a sua força financeira e aumentar seus empréstimos. Se eles insistirem em pagar recompensas substanciais, estou determinado a reembolsar o dinheiro de volta para o contribuinte. "12 Varvel disse: O imposto foi anunciado e minha primeira reação foi isto não pode ser verdade. Ou é para consumo público e, em seguida, eles vão descobrir uma maneira de mitigar o golpe aos bancos, ou os bancos simplesmente sairão do Reino Unido. Então, quando parecia que não estavam brincando, estávamos preocupados que outros governos seguissem o exemplo; que começaria uma epidemia de imposto de bônus bancários em todo o mundo. Pensamos em uma série de maneiras de reduzir possivelmente o imposto, mas em última análise, se resumiu a quem suportaria os custos — os acionistas da empresa e/ou seus funcionários, e se for os funcionários, quais? Isso era o que precisávamos para descobrir. Para aumentar a confusão estava a ausência de detalhes sobre como o imposto seria implementado, e uma preocupação de que se aplicava em algumas circunstâncias, mas em outras não. Ervin disse: "Nós estávamos indignados. Garantias de remuneração aos funcionários recém- contratados estavam isentas (o que incentivaria a caça de talentos pelos concorrentes), os fundos de cobertura estavam isentos. . . . O plano de imposto parecia arbitrário. O imposto bancário do Obama não atingiu o mesmo nervo.j Parecia haver economia por trás plano do Obama, enquanto o imposto do Reino Unido parecia caprichoso. " Dougane a equipe executiva tiveram que decidir qual a melhor forma de financiar este imposto. Era justo ou apropriado que os acionistas arcassem com o ônus do imposto? Da mesma forma, era justo pedir que os funcionários do Reino Unido sofressem em relação a seus colegas em outros países? Neste momento, a gestão do Credit Suisse estimou que o imposto do Reino Unido era cerca de CHF 600 milhões. (Observação dos Autores: Paul Calello faleceu em novembro de 2010. Ele teve uma contribuição substancial para o desenvolvimento deste caso, e era profundamente admirado por seus colegas no Credit Suisse e na comunidade financeira mais ampla.) j Em janeiro de 2010, O Presidente dos EUA Barack Obama propôs um imposto a 0,15% sobre instituições financeiras com mais de $50 bilhões em ativos. O plano de acordo com a estimativa da administração renderia $90 bilhões em receitas tributárias durante dez anos. 15 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 311-005 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) Anexo 1 G-20 Declaração dos Líderes do G20 na Cúpula de Pittsburgh, 24-25 de setembro de 2009 (trecho da Reforma de Remuneração) Reformando as práticas de remuneração para apoiar a estabilidade financeira: A remuneração excessiva no setor financeiro tanto refletiu quanto encorajou a assunção de riscos excessivos. Reformar as políticas de remuneração e práticas é uma parte essencial de nosso esforço para aumentar a estabilidade financeira. Apoiamos plenamente as normas de implementação do FSBk destinadas a alinhar a remuneração com a criação de valor a longo prazo, não assunção de riscos excessivos, incluindo (i) evitar bônus plurianual garantidos; (ii) exigir que uma parcela significativa da remuneração variável seja diferida, vinculada ao desempenho e sujeito a reembolso apropriado e a ser investida na forma de instrumentos de ações ou semelhante, desde que estes criem incentivos alinhados com a criação de valor a longo prazo e o horizonte temporal de risco; (iii) assegurar que as remunerações para os executivos seniores e outros empregados que tenham um impacto material sobre a exposição ao risco da empresa se alinhem com o desempenho e risco; (iv) tornar as políticas e estruturas transparentes através de requisitos de divulgação de remuneração das empresas; (v) limitar a remuneração variável em termos de porcentagem da receita líquida total, quando for incompatível com a manutenção de uma base sólida de capital; e (vi) garantir que os comitês de remuneração supervisionando as políticas de remuneração sejam capazes de agir de forma independente. Os supervisores devem ter a responsabilidade de rever as políticas de remuneração das empresas e estruturas com risco institucional e sistêmico em mente e, se necessário, para compensar os riscos adicionais, aplicar medidas corretivas, tais como requisitos de capital mais elevados, para aquelas empresas que falham em implementar políticas de remuneração sólidas e práticas. Os supervisores devem ter a capacidade de modificar as estruturas de compensação no caso de empresas que falham ou que exijam a intervenção pública extraordinária. Apelamos às empresas para implementar essas práticas sólidas de remuneração imediatamente. Encarregamos o FSB de monitorar a implementação de padrões de FSB e propor medidas adicionais, conforme necessário até março de 2010. Fonte: http://www.g20.org/Documents/pittsburgh_summit_leaders_statement_250909.pdf, acessado em 1 de abril de 2010. k O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) foi criado em abril de 2009 para coordenar a nível internacional o trabalho das autoridades financeiras nacionais e agências de definição de normas internacionais e para desenvolver e promover a implementação de políticas eficazes regulatórias, de supervisão e outras do setor financeiro. Ele reuniu autoridades nacionais responsáveis pela estabilidade financeira nos centros financeiros internacionais significativos, instituições financeiras internacionais, agrupamentos internacionais setoriais de reguladores e supervisores, e comitês de peritos dos bancos centrais. 16 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) 311-005 Anexo 2 Estrutura Jurídica Simplificada do Credit Suisse Fonte: Empresa. Anexo 3 Estrutura Organizacional e Diretoria do Credit Suisse Fonte: Empresa. 17 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 311-005 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) Anexo 4 Resumo das Divisões e Regiões do Credit Suisse Divisões Regiões Banco Privado Suíça Ofereceu conselho abrangente e uma ampla gama de solução financeira para clientes privados, empresariais e institucionais. A divisão teve dois braços: os clientes de Gestão de Fortunas, que serviram cerca de 2,25 milhões de indivíduos de ultra-alta e alta renda, assim como clientes privados na Suíça, e Clientes Corporativos e Institucionais, mais de 100.000 no total, principalmente na Suíça. O mercado doméstico da empresa. Havia cerca de 40 filiais e um centro de investimento para servir as pequenas e médias empresas e 266 filiais para atender clientes de gestão de fortunas. Banco de Investimento Europa, Oriente Médio e África Forneceu uma ampla gama de produtos e serviços financeiros (ver Anexo 5). 78 escritórios em 25 países, uma mistura de mercados desenvolvidos e emergentes. Gestão de Ativos Américas Ofereceu uma ampla gama de produtos e soluções em classes de ativos de investimento para todos os estilos de investimento. A divisão geriu carteiras globais e regionais, contas separadas, fundos mútuos e outros veículos de investimento para governos, instituições, corporações e indivíduos em todo o mundo. Operações nos EUA, Canadá, Caribe e América Latina. Havia escritórios em 51 cidades em 15 países. Em 2009, o Credit Suisse reforçou a sua presença de banco de investimento e banco privado no México e no Brasil. Serviços Compartilhados Ásia-Pacífico Prestou serviços corporativos centralizados e apoio às empresas para três divisões do Credit Suisse. Serviços incluíram finanças, jurídicos e de conformidade, gestão de riscos, tecnologia da informação, comunicações e recursos humanos. 25 escritórios em 13 mercados. Singapura foi sede das maiores operações de banco privado do Credit Suisse fora da Suíça empregando mais de 360 gerentes de relacionamento. Fonte: Empresa. 18 Este documento é autorizado para uso com fins educacionais somente por Ana Paula Delgado, E OUTRO até janeiro de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860 Remuneração Pós-Crise no Credit Suisse (A) 311-005 Anexo 5 Divisão de Banco de investimento do Credit Suisse Ações O Grupo de Ações realizou uma variedade de atividades para investidores aoredor do mundo, incluindo vendas, negociação, financiamento, corretagem prime e criação de mercado nos EUA e ações Internacionais e títulos relativos a ações, opções, futuros, gestão de riscos e produtos de cobertura. As suas atividades abrangiam tanto títulos negociados na bolsa quanto ao balcão, incluindo Recibos de Depósitos de Ações, ações restritas, recompras de ações, execuções de comércio do bloco, execuções de negociação do programa, derivativos de ações e títulos conversíveis. Os escritórios estavam localizados na Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China (incluindo Hong Kong), Dubai, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Rússia, Arábia Saudita, Singapura, Coréia do Sul, Espanha, Suíça, Taiwan, Tailândia, Reino Unido e EUA Serviços de Assessoria (também conhecido como Banco de Investimento) Os banqueiros assistiam os clientes a alcançar seus objetivos por meio de fusões e aquisições, bem como serviços de débito, capital e outros serviços de levantamento de capital. Serviços de Assessoria incluem os seguintes grupos: Grupo de Fusões & Aquisições consistia de profissionais localizados em Nova York, Londres, Hong Kong e ao redor do mundo que consultava com as empresas buscando fusões e aquisições. Grupo de Mercados de Capitais supervisionava as atividades do Banco nos mercados de ações primárias e ligados a ações, bem como monetizações e derivativos de ações. Forneceu apoio na criação de operações de mercado primário e geriu sua estruturação, sindicalização, marketing e distribuição. O escopo de atividades do grupo se estendia desde as maiores privatizações, ofertas públicas iniciais e colocações secundárias para menores transações públicas e investimentos privados; Ele também era ativo em operações relacionadas a ações. O grupo tinha profissionais em Nova York, Palo Alto, Londres, Zurique, Frankfurt, Hong Kong, Tóquio e Sydney. Grupo de Mercados de Capital de Empréstimos era responsável por todas as atividades de levantamento de capital de renda fixa realizadas por clientes do Credit Suisse globalmente. Os principais centros de execução eram Nova York, Londres, Zurique e Tóquio. O grupo era um prestador de serviço completo para sua base de clientes, a partir de financiamentos simples para a consultoria de gestão de responsabilidade, finanças estruturadas, consultoria de hedging e derivativos e todas as áreas da estrutura de capital. Grupo de Mercados de Capitais de Câmbio de Banco de Investimento era responsável por ajudar clientes globais a analisar e estruturar soluções de hedging de câmbio para risco decorrente de aquisições desinvestimentos, e atividades de levantamento de capital transnacionais. Havia equipes de profissionais residindo em Grupos de Banco de Investimento em Nova York, Londres, Zurique e Sydney, dedicados unicamente às operações de Banco de Investimento. A Equipe de Câmbio Global de Câmbio do Credit Suisse de profissionais de negociação e estruturação e tem parceiros FX em cada grande centro financeiro mundial apoiando o grupo, que tinha experiência em patrocinadores financeiros, mercados de capitais de alto rendimento e empréstimos sindicalizados. Grupo de Finanças Alavancadas era responsável pela cobertura de fundos de compra com financiamento (LBO) globalmente (ex. KKR, Bain Capital, Blackstone), além de suas respectivas empresas da carteira, fornecendo a amplitude do levantamento de capital e serviços de consultoria disponível em todo o banco; e a comercialização e execução dos principais produtos de crédito alavancado (ex., empréstimos bancários, empréstimos-ponte, dívida de alto rendimento) para empresas abaixo do grau de investimento que não eram filiadas com empresas de LBO. Renda Fixa A franquia de Renda Fixa do Credit Suisse operava como uma plataforma unificada que lidou com todo o dinheiro de Renda Fixa e produtos derivados. Produtos e serviços variaram desde transações de gestão de securitização e responsabilidade para vendas e negociação e pesquisa superior. Serviços de Pesquisa Globalmente, analistas financeiros do Credit Suisse forneciam cobertura em profundidade de mais de 2.500 empresas. Os principais pontos fortes da Pesquisa do Credit Suisse incluíam análise intensa do modelo de negócios e empresas, pensamento global, e serviços personalizados de cliente. Os analistas de pesquisa de renda fixa do Credit Suisse focavam na macroeconomia, câmbio, a pesquisa de alto rendimento global, de alto grau dos EUA, e pesquisa de ativos de securitização, e fornecia ferramentas analíticas para avaliar os spreads de crédito, por exemplo. Fonte: Empresa. 19 E s te d o c u m e n to é a u to riz a d o p a ra u s o c o m fin s e d u c a c io n a is s o m e n te p o r A n a P a u la D e lg a d o , E O U T R O a té ja n e iro d e 2 0 1 6 . A c ó p ia o u p u b lic a çã o v io la d ire ito s a u to ra is . P erm issio n s@ h b sp .h arvard .ed u o u 6 1 7 .7 8 3 .7 8 6 0 311-005 -20- Anexo 6 Membros da Diretoria do Credit Suisse Group AG Nome Cidadania Na Diretoria Desde Comitês Observação Hans-Ulrich Doerig (Presidente) Suíça 2003 Governança (presidência) Urs Rohner (Vice Presidente)* Suíça 2009 Governança, Risco Peter Brabeck-Letmathe (Vice Presidente) Áustria 1997 Governança, Remuneração No Comitê desde 2008 Noreen Doyle EUA e Irlanda 2004 Risco Walter B Kielholz Suíça 1999 Remuneração No Comitê desde 2009 Andreas N. Koopman Suíça 2009 Risco Jean Lanier França 2005 Auditoria Aziz R. D. Syriani Canadá 1998 Governança, Remuneração (presidência) No Comitê desde 2004 David W. Syz Suíça 2004 Auditoria Ernst Tanner Suíça 2002 Auditoria Richard E. Thornburgh EUA 2006 Governança, Risco (presidência) John Tiner Grã Bretanha 2009 Auditoria Anton van Rossum Holanda 2005 Risco Serviu ao Comitê de Remuneração de 2005 a 2008 Peter F. Weibel Suíça 2004 Governança, Auditoria (presidência) * Rohner é o único membro da diretoria não considerado independente. Biografias dos Membros da Diretoria Doerig foi Vice-Presidente da Diretoria do Grupo e Diretor de Riscos desde 1998 até 2003. Rohner foi membro das Diretorias Executivas do Credit Suisse Group AG e Credit Suisse AG (2004 - 2009) e serviu como Consultor Jurídico do Credit Suisse Group AG (2004 - 2009) e Diretor de Operações e Consultor Jurídico do Credit Suisse AG (2006 - 2009). Brabeck-Letmathe foi Diretor Executivo da Nestlé (1997 a 2008) e como membro da Diretoria da Nestlé. Em 2005, ele foi nomeado Presidente da Diretoria da Nestlé. Doyle foi o Primeiro Vice Presidente e Chefe de Operações Bancárias do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (EBRD) de 2001 a 2005. Kielholz foi membro da Diretoria da Swiss Re em 1993 e Diretor Executivo da Swiss Re de 1997 a 2002. Presidente da Diretoria da Swiss Re desde maio de 2009. De 1982 a 2009, Koopmann ocupou vários cargos na Bobst Group S.A. Lausanne (Suíça), um dos fornecedores mundiais líderes de equipamentos e serviços para fabricantes de embalagens. Ele foi Membro de sua Diretoria (1998 – 2002) e Diretor Executivo do Grupo de 1995 a maio 2009. De 1995 a 1999, Koopmann serviu como Membro da Diretoria do SKA (ex-Credit Suisse) e Credit Suisse First Boston. Ele também foi Membro do Conselho Consultivo do Credit Suisse de 1999 a 2007. Lanier foi ex-Presidente do Conselho de Gestão Diretor Executivo do Grupo de Euler Hermes, Paris. Syriani foi Presidente e Diretor Executivo da Olayan Group, uma multinacional privada envolvida na distribuição, fabricação e investimento global.
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