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AULA 4: Kurt Lewin : Dinâmica de Grupos PROCESSOS GRUPAIS 1 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Bock ( 1999) explica que a instituição consiste em um valor ou regra social que reproduzimos em nosso cotidiano. Organização consiste na base concreta da sociedade, um aparato que reproduz o quadro de instituições no cotidiano da sociedade. Grupo 2 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Kurt Lewin foi um dos psicólogos mais influentes da história. Ele é considerado o pai da Psicologia Social e da Psicologia das Organizações. Suas explicações e sua teoria se aplicam às mais diversas áreas hoje em dia, principalmente no mundo organizacional. Kurt Lewin 3 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN A DINÂMICA DE GRUPOS, DE KURT LEWIN, LHE DÁ OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO GRUPAL; LEWIN,(1890-1948), PESQUISADOR POR EXCELÊNCIA, FORMULOU UM MÉTODO QUE DENOMINOU PESQUISA-AÇÃO. COM A PESQUISA-AÇÃO E A SISTEMÁTICA DOS GRUPOS DE FORMAÇÃO OU T-GROUP, LEWIN E SEUS DISCÍPULOS FORMAVAM PROFISSIONAIS DESTINADOS A COORDENAR ATIVIDADES GRUPAIS. KURT LEWIN DESENVOLVEU AS NOÇÕES BÁSICAS DO CAMPO GRUPAL, AS FORMAS DE LIDERANÇA E O GRUPO ESTUDADO COMO CIÊNCIA - NASCIA A DINÂMICA DE GRUPOS. Grupo 4 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Para ser válida, toda exploração científica de problemas relativos ao campo da psicologia das relações grupais deve operar-se em constante referência à sociedade global na qual este fenômeno de grupo se inserem e se manifestam. Assim os reflexos e as atitudes dos grupos minoritários não se tornariam inteligíveis se não em referência ao contexto sociocultural em que se inscrevem, isto é, em referência às interações e às interdependências que toda minoria estabelece forçosamente com a maioria pela qual é discriminada. Conclusões Metodológicas 5 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Além disso, Kurt Lewin chegou a sua segunda conclusão: para abordar e interpretar cientificamente fenômenos desta magnitude e desta complexidade, somente uma aproximação complementar de todas as ciências do social ofereceria alguma possibilidade de identificar corretamente as constantes e as variáveis em causa. Conclusões Metodológicas 6 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN A pesquisa de laboratório lhe parecia mais artificial e inadequada. Para ele só a pesquisa de campo poderia oferecer condições válidas de experimentação. Conclusões Metodológicas 7 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Para Lewin as hipóteses que a ciência formula, as leis que destaca e as teorias que elabora não têm valor para a psicologia de grupo, se não na medida em que são aplicáveis, isto é, na medida em que permitem efetuar, sob sua luz, de modo eficaz e durável, modificações dos fenômenos sociais que elas querem explicar. Kurt Lewin 8 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN A validade de uma hipótese, a verdade de uma teoria são proporcionais à exatidão das previsões que elas permitem. A dinâmica própria de um grupo não se revelará realmente, senão ao pesquisador que tenha conseguido assimilar todos os dados concretos da vida deste grupo. A pesquisa em psicologia social, conclui Lewin, deve originar-se a partir de uma situação social concreta a modificar . Kurt Lewin 9 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Por outro lado, Kurt Lewin, de acordo com a concepção hegeliana do devir social tal qual é exposta pelo filósofo Karl Jaspers, propõe como hipótese que os fenômenos sociais não podem ser observados do exterior, do mesmo modo que não podem ser observados em laboratório, de modo estático . Eles não se tornam inteligíveis senão ao pesquisador que os alcança consentindo em participar de seu devir. Kurt Lewin 10 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Para Lewin, os pequenos grupos constituem as únicas totalidades dinâmicas acessíveis à observação e consequentemente à experimentação científica. É necessário de início precisar que se trata de pequenos grupos concretos, formados sobre a base das interações que ligam os indivíduos em contato direto. Somente no pequeno grupo concreto de dimensões reduzidas, isto é, a célula social bruta, estas relações de reciprocidade tornam-se acessíveis à observação. Plano dos objetos 11 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Kurt Lewin denuncia como inválidas e estéreis as aproximações atomísticas que então prevaleciam nos meios de pesquisa em psicologia social. Não é decompondo o fenômeno estudado em elementos e em segmentos para reconstituí-lo em laboratório, em escala reduzida, que o pesquisador pode conhecer sua dinâmica essencial. Será, antes, tentando atingi-lo em sua totalidade concreta, existencial, não de fora, mas do interior. Plano dos métodos 12 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Pequenos grupos-testemunhas: átomos sociais radioativos. Por sua presença no interior do fenômeno de grupo a ser estudado, eles se tornam os elementos indicados para provocar em modificações completas de estrutura de uma situação social e atitudes coletivas que lhe correspondem Plano dos métodos 13 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Os comportamentos dos indivíduos enquanto seres sociais são função de uma dinâmica independente das vontades individuais. Os fenômenos de grupo são irredutíveis e não podem ser explicados à luz da psicologia individual. Toda dinâmica de grupo é a resultante do conjunto das interações no interior de um espaço psicossocial. Dinâmica de Grupo 14 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Ao nível da percepção , as atitudes comuns a um grupo, isto é, suas atitudes coletivas, seus esquemas mentais e seus esquemas afetivos de adaptação à situação social determinam a perspectiva geral na qual os membros do grupo percebem o conjunto de uma situação. As percepções respectivas dos membros de um grupo, sobre a situação social, são condicionadas por suas atitudes coletivas. Atitudes coletivas 15 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Por outro lado, ao nível do comportamento, os esquemas coletivos e as atitudes pessoais estão presentes no campo dinâmico, enquanto constituem uma inclinação para certos tipos de comportamento de grupo. Esta inclinação, por sua vez, ou cria uma atração por certos aspectos da situação ou uma repulsa em direção a outros aspectos ou regiões desta situação. Atitudes coletivas 16 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN São as direções, as orientações dadas a um comportamento, ou, nos casos opostos, constituem barreiras mais ou menos impermeáveis que dificultam a expressão de si. Vetores de comportamento 17 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN A preocupação com grupos, de Moreno e de Lewin aparecem em seguida às inovações tayloristas e fordistas que levam à elevação dos lucros, mas também à deterioração das relações tanto dos operários entre si quanto em relação a chefias e patrões . Contexto Histórico 18 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Lewin centra a sua definição de grupo, na interdependência dos membros do grupo, onde qualquer alteração individual afeta o coletivo. Kurt Lewin 19 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Na tradição lewiniana temos um ideal de grupo coeso, estruturado, acabado; Passa a ideia de um processo linear; este modelo não há lugar para o conflito; Estes conflitos são vistos como algo ameaça dor; O grupo é como um modelo de relações horizontais, equilibradas, equitativas, onde as pessoas se amem e se respeitem; Um modelo ideal de funcionamento social; Grupo Ideal 20 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN O grupo precisa ser visto como um campo onde os trabalhadores sociais que se aventuram devem ter claro que o homem sempre é um homem alienado e o grupo é uma possibilidade de libertação (Lane, 1986), possibilidade de ser sujeito ; Mas também pode ser uma maneira de fixá-lo na sua posição de alienado; As relações que se estabelecem podem ser meramente de reprodução das relações de dominação e de alienação . Grupo Ideal 21 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Para entender fenômenos grupais é precisoparticipar do grupo: pesquisa-ação, o investigador ao participar, modifica o grupo. - Constatação: os indivíduos quando estão em grupo modificam seus comportamentos. - Pequenos grupos. As relações precisam estar baseadas em uma comunicação autêntica para que haja integração. Dinâmica de grupo: Kurt Lewin 22 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Três tipos básicos de liderança : autocrático, laissez- faire democrático. Liderança autocrática: a chefia tem uma atuação mais centralizadora e diretiva, exige obediência do grupo, decide quais são as tarefas e como devem ser executadas. Os grupos de trabalho podem apresentar sinais de tensão, frustração e descontentamento. A ênfase recai sobre o líder; corresponde ao modelo gerencial de Taylor e Fayol. Dinâmica de grupo: Kurt Lewin 23 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Liderança democrática: a chefia procura ouvir as ideias, aceita sugestões e discussões com a equipe de trabalho, estimula e encoraja a participação de todos. Os grupos de trabalho tendem a apresentar maior qualidade no seu trabalho e um clima de satisfação, comprometimento e maior integração. A ênfase está simultaneamente no líder e nos subordinados; corresponde a um modelo gerencial presente nas escolas de relações humanas e comportamentalistas. Tipos de liderança 24 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Liderança liberal ou laissez-faire: a chefia tem uma conotação de agente de informações, ou seja, estimula a iniciativa e a criatividade do grupo e exerce um mínimo de controle das atividades. A ênfase recai sobre os subordinados. É comum considerarmos a liderança democrática como sendo a mais eficaz na condução de equipes, porém na realidade não é bem assim. O grande desafio para os dirigentes é ter ciência de que: • a liderança ou chefia autocrática não significa ditadura ou satisfação pessoal à custa da equipe; • a liderança democrática não implica pôr tudo em votação; • a liderança liberal não corresponde à ausência de liderança ou abandono do grupo. Tipos de liderança 25 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN - Etapas para solução de problemas: definição do problema; promoção de ideias; verificação de ideias; tomada de decisão e execução. - Formação de profissionais: treinamentos para formar coordenadores de grupos. Lewin conseguiu reunir em torno do seu trabalho um grupo de pesquisadores. Lewin observou nos momentos de auto avaliação da equipe a falta de integração real dos seus membros e a partir dessa hipótese partiu para a configuração de grupos fora do local de pesquisa, com o objetivo de observar e estimular a comunicação autêntica. Esse trabalho prosseguiu após a morte de Lewin, reconfigurado. - Dinâmica de grupo: Kurt Lewin 26 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN T- Group: grupos de formação centrados em si mesmos sem uma tarefa predeterminada ou coordenadores que representassem o papel de condutores, mas apenas de catalisadores. Esse trabalho cresceu e expandiu-se para instituições variadas. Dinâmica de grupo: Kurt Lewin 27 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Dinâmica de grupo: Kurt Lewin 28 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Estudou detalhadamente a interação social, assim como os efeitos da pressão social no comportamento e as dinâmicas de trabalho nas organizações. Graças a tudo isso, ele estabeleceu as bases do que seria a Psicologia Social. Para Lewin, cada indivíduo não era passivo, mas estabelecia uma interação com seu entorno. Kurt Lewin 29 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Ele pegou emprestado da Física o conceito de “campo”. Nessa disciplina, este termo se refere a uma área do espaço que conta com determinadas propriedades ou fatores que lhe dão uma configuração específica. Para Kurt Lewin, o comportamento humano é o resultado de um campo. Este compreende um conjunto de fatos coexistentes, onde a mudança em uma parte influencia a mudança do conjunto em sua totalidade. Por sua vez, o sujeito percebe estes fatos e sua dinâmica de uma maneira particular. Tudo isso configura o que Kurt Lewin chamou de “espaço vital”. Kurt Lewin 30 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN Ele pegou emprestado da Física o conceito de “campo”. Nessa disciplina, este termo se refere a uma área do espaço que conta com determinadas propriedades ou fatores que lhe dão uma configuração específica. Para Kurt Lewin, o comportamento humano é o resultado de um campo. Este compreende um conjunto de fatos coexistentes, onde a mudança em uma parte influencia a mudança do conjunto em sua totalidade. Por sua vez, o sujeito percebe estes fatos e sua dinâmica de uma maneira particular. Tudo isso configura o que Kurt Lewin chamou de “espaço vital”. Kurt Lewin 31 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN As variáveis que estão operando nesse campo dinâmico, o espaço vital, são fundamentalmente três: tensão, força e necessidade. Graças a esta última, a conduta estabelece uma finalidade determinada. A força: A força é a causa das ações, a motivação. Quando existe uma necessidade, se produz uma força ou um campo de forças, o que leva à produção de uma atividade. Estas atividades têm uma valência que pode ser positiva ou negativa. Por outro lado, a valência das atividades dirige forças até as outras atividades (positivas) ou contra elas (negativas). O comportamento resultante corresponde à mistura psicológica de diferentes forças. Kurt Lewin 32 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN A tensão: a tensão é a diferença entre as metas propostas e o estado atual da pessoa. A tensão é interna e nos empurra para finalizar a intenção. A necessidade: é aquilo que inicia as tensões motivadoras. Quando existe uma necessidade física ou psicológica no indivíduo, se desperta um estado interior de tensão. Este estado de tensão faz com que o sistema, neste caso a pessoa, se altere para tentar restabelecer o estado inicial e satisfazer a necessidade. Kurt Lewin 33 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN 34 PROCESSOS GRUPAIS AULA 4: KURT LEWIN A principal contribuição de Kurt Lewin foi postular que o indivíduo e o entorno nunca devem ser vistos como duas realidades separadas. Na prática, são duas instâncias que sempre estão interagindo entre si e que se modificam mutuamente, em tempo real. Isso ocorre a todo momento. A teoria de campo de Lewin nos chama ao estudo do indivíduo em função dessas dinâmicas. Assim, ele indica que, quando queremos compreender o comportamento humano, devemos considerar todas as variáveis que podem estar incidindo em seu espaço vital. Isto inclui desde o grau de iluminação de um recinto, até os padrões de socialização que existem em seu grupo. Contribuições de Kurt Lewin 35
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