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Disciplina: Anatomia do Aparelho Locomotor Aula 8: Miologia dos Membros Superiores (MMSS) Apresentação Vamos continuar nossos estudos de Anatomia, agora, reconhecendo a miologia dos Membros Superiores (MMSS). Estudaremos os músculos do membro superior, como o movimento pode ser gerado, como os músculos do membro superior geram movimentos de �exão, extensão, rotações, abdução, adução etc. Objetivos Reconhecer os músculos localizados no membro superior; Identi�car os músculos dos MMSS, suas origens e inserções; Explicar as ações desses músculos e seus nervos. Movimentos dos MMSS O estudo da miologia dos MMSS se inicia no complexo do ombro. Você certamente se recorda de nossos estudos da osteologia e artrologia do MMSS. Nesta aula, vamos estudar os músculos que geram os movimentos dos MMSS, e aqueles acidentes ósseos agora terão mais visibilidade e sentido ao estudar, pois são esses os locais de �xação, origem e inserção dos músculos. Para iniciar nosso estudo, é interessante conversarmos sobre a ideia de compartimentos: áreas onde podemos observar a separação dos músculos, em regiões ou compartimentos. Precisamos entender sobre septos musculares, para tal, devemos compreender fáscia dos MMSS. A fáscia do braço se junta à fáscia que recobre o músculo deltoide, no ombro, ou a parte proximal dos MMSS. Essa fáscia: Também se une à fáscia que cobre o músculo peitoral maior. Forma uma espécie de bainha �na ligeiramente frouxa para os músculos do braço. Também dá origem aos septos que separam os músculos dos MMSS. Se você observar de perto, perceberá que essa fáscia é �na sobre o ventre do músculo bíceps braquial, porém, espessa sobre o músculo tríceps braquial e os epicôndilos do úmero. Isso acontece devido a sua união a aponeuroses �brosas do músculo peitoral maior e do músculo latíssimo do dorso (medialmente) e do músculo deltoide (lateralmente). Os septos intermusculares mediais e laterais se estendem em ambas as direções (lateral e medial). O septo intermuscular lateral se estende distalmente do lábio lateral do sulco intertubercular do úmero ao longo da crista supraepicondilar lateral e se funde com o tendão do músculo deltoide (inserção na tuberosidade deltoidea no úmero). Esse septo fornece �xação ao músculo tríceps braquial atrás e para os músculos braquial, braquiorradial e extensor radial longo do carpo anteriormente. Mas esse septo não é totalmente contínuo, é "perfurado" em seu terço médio pelo nervo radial e pela artéria colateral radial. O septo intermuscular medial (mais espesso que o lateral) se estende do lábio medial do sulco intertubercular, distal ao músculo redondo maior, juntamente com a crista supraepicondilar medial, se fundindo com o tendão do músculo coracobraquial. Esse septo: Oferece �xação para o músculo tríceps braquial (posteriormente), e músculo braquial (anteriormente). É “perfurado”, mas desta vez pelo nervo ulnar, artéria colateral ulnar superior e ramo posterior da artéria colateral ulnar inferior. De forma inferior, no úmero (e cotovelo), a fáscia do braço se �xa aos epicôndilos do úmero e olécrano da ulna, sendo contínua com a fáscia do antebraço. Ao continuar sua trajetória caudal, logo abaixo da parte média do braço, ele é atravessado pela veia basílica e vasos linfáticos e, em vários níveis, por ramos dos nervos cutâneos do braço. Esses septos observados em conjunto, dividem o braço em compartimentos anterior e posterior. Veja a Figura 1: Figura 1: Septos musculares | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Aqui, você pode observar os septos intermusculares lateral e medial do braço, bem como a fáscia do braço. Assim, �ca fácil perceber os dois compartimentos do braço (anterior e posterior). Para realizar suas funções, os músculos precisam estar �xados a ossos, mas também receber ordens claras do sistema nervoso central. Os MMSS recebem suas ordens via nervos do plexo braquial. O plexo braquial se origina de um “alargamento” da medula espinal, denominada intumescência cervical (há ainda a intumescência lombar). A intumescência cervical se inicia em C4 e vai até T1 da medula espinal. Esse plexo nervoso: Chega ao MMSS via canal cervical axilar, localizado sobre a primeira costela. É responsável pelas informações aferentes e pelas respostas eferentes que ocorrem nos músculos do peito, ombro, braço e mão. Observe o plexo braquial na Figura 2: 1 2 Figura 2: Plexo braquial | Fonte: DRAKE, VOGL e MITCHELL, 2016. Para entendermos os movimentos que os MMSS realizam (�exão, extensão, abdução, adução e as rotações), precisamos entender os músculos que geram tais movimentos nas articulações. Entenda melhor observando a �gura 3. Figura 3: Movimentos dos MMSS | Fonte: DRAKE, VOGL e MITCHELL, 2016. Cíngulo do Membro Superior Para estudar os músculos dos MMSS, vamos iniciar pelo cíngulo do membro superior, isto é, pelos músculos que circundam a escápula. Falaremos dos famosos músculos do manguito rotador, mas iniciaremos pelos músculos super�ciais, listados a seguir: 1 Trapézio; 2 Romboide maior; 3 Romboide menor; 4 Levantador da escápula; 5 Peitoral menor; 6 Serrátil anterior; 7 Subclávio. Músculo Origem Inserção Ação Inervação Trapézio Occipital linha nucal, proc. espinhosos C7- T12 Clavícula, acrômio e espinha da escápula Ergue, abaixa, aduz, roda e estabiliza a escápula Nervo acessório (XI) e nervo do trapézio (C3 – C4) Romboides (maior e menor) Proc. Espinhosos C7- T5 Borda medial da escápula Adução e rotação inferior das escápulas Nervo dorsal da escápula (C5) Levantador da escápula Ângulo superior da escápula Proc. transverso do atlas até a C4 Elevação e adução da escápula. Auxílio na inclinação, rotação e extensão do pescoço. Nervo dorsal da escápula (C5) Peitoral menor Proc. coracoide da escápula Face externa da 3ª, 4ª e 5ª costelas Depressão do ombro e rotação inferior da escápula, eleva as costelas (inspiração) Nervo do peitoral medial (C8 – T1) Serrátil anterior Face anterior da 1-9 costelas. Face ventral da margem medial da escápula Rotação, abdução e depressão da escápula Nervo torácico longo (C5 – C7) Subclávio Face inferior da clavícula 1ª costela e cartilagem costal Depressão da clavícula e do ombro Nervo do subclávio (C5 – C6) Aqui, temos músculos que anatomicamente se encontram no dorso e tórax, porém exercem funções nos MMSS. Seguindo o quadro, vejamos o músculo trapézio, na �gura 4: Figura 4: Músculo do trapézio | Fonte: DRAKE, VOGL e MITCHELL, 2016. Na Figura 5, observamos músculo trapézio no movimento de cross over: Figura 5: Músculo do trapézio (movimento cross over) *Músculos profundos | Fonte: MANOCCHIA, 2009. Neste caso concreto, vemos as �bras horizontais, porção de origem nos processos espinhosos de C7-T12 e inserção em espinha e acrômio da escápula. Veja as setas verdes, indicando que a inserção (espinha/acrômio da escápula) se aproxima da origem (processos espinhosos C7-T12). Observe que os músculos romboides menor e maior encontram-se abaixo do músculo trapézio. Aqui, os romboides têm por ação adução das escápulas, trabalhando de forma sinérgica com o músculo trapézio. Continuando nossa análise, veja a Figura 6: Figura 6: Músculos trapézio e levantador da escápula | Fonte: MANOCCHIA, 2009. Aqui, vemos que a carga traciona os MMSS para baixo (seta azul), e que os músculos trapézio e levantador da escápula são ativados para evitar que as escápulas desçam, cedendo a carga (seta amarela). Na Figura 7, vemos a ação do músculo serrátil anterior: Figura 7: Músculo serrátil anterior. Fonte: ELLSWORTH, 2012. Em virtude da posição do corpo, a gravidade forçaria uma adução das escápulas (aproximação das escápulas). Entretanto, o músculo serrátil é ativado, mantendo as escápulas na posiçãoadequada e, assim, gerando a manutenção da posição. Acaso o músculo serrátil não se ativasse, as escápulas se aproximariam, e o tronco desceria em direção ao solo. Sabemos que os músculos peitoral menor e subclávio são pequenos e que agem em especial realizando depressão (descida) do ombro, porém, exercem funções sinergistas com outros músculos, como, por exemplo, ação inspiratória, elevando as costelas para favorecer a entrada de ar nos pulmões. Agora que já falamos desses músculos, localizando-os e entendendo suas funções, vamos discutir sobre um assunto que suscita muitas dúvidas: o manguito rotador. Veja as �guras 8 e 9, para entender melhor. Figura 8: Manguito rotador (vista posterior) | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Figura 9: Manguito rotador (vista anterior) | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Aqui, você vê os quatro músculos do famoso manguito rotador. Note que o músculo 1 (supraespinhal ou supraespinal) tem origem na fossa supraespinhal (supraespinal); inserção no tubérculo maior do úmero e ação de abdução e rotação externa (lateral) do úmero. Atenção Os 30º iniciais da abdução do úmero são realizados por esse músculo. Após esta angulação inicial, o músculo deltoide se encarrega do restante da abdução. Esse músculo supraespinhal é inervado pelo nervo supraescapular. O músculo 2 (infraespinhal ou infraespinal), tem origem na fossa de mesmo nome e inserção no tubérculo maior do úmero; função rotação externa do úmero (rotação lateral) e inervação pelo mesmo nervo de seu par superior. O músculo 3 (redondo menor), tem origem na borda lateral da escápula e inserção também no tubérculo maior do úmero. Ações: rotação externa do úmero e adução fraca, sendo inervado pelo nervo axilar. O músculo 4 (subescapular), visto na Figura 9, tem origem na fossa subescapular e inserção no tubérculo menor do úmero. Função: rotação interna (medial) do úmero, sendo inervado pelo subescapular. Funções Agora que já visualizamos separadamente cada um desses músculos, vamos entender um pouco mais suas funções. Observe a Figura 10: Figura 10: Manguito rotador (visão lateral) | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Aqui, você tem uma visão lateral do ombro, e pode observar os músculos do manguito rotador se inserindo no úmero. Esses músculos em conjunto geram a coaptação da articulação glenoumeral, em outras palavras, mantêm a cabeça do úmero em contato com a cavidade glenoide, estabilizando a articulação. Claro que cada músculo tem sua ação, mas o conjunto desses realiza tal coaptação. Atenção Quanto à rotação externa que três dos quatro músculos do manguito rotador geram, tome cuidado para não cair na cilada! Os músculos supraespinhal, infraespinhal e redondo menor realizam rotação externa; e apenas o músculo subescapular realiza rotação interna, porém, outros músculos grandes e fortes realizam rotação medial, é o caso dos músculos peitoral maior e latíssimo do dorso. Ambos se inserem anteriormente no úmero e, assim, realizam rotação interna. Tradicionalmente, nos conceituados livros de Anatomia, o manguito rotador é constituído pelos quatro músculos acima descritos, entretanto, há outras correntes que descrevem um quinto músculo nesse seleto grupo: o bíceps braquial (cabeça longa). Músculo deltoide Agora que já estudamos os músculos escapulares (manguito rotador), vamos iniciar o estudo da parte livre dos MMSS. Comecemos com o músculo deltoide. É um músculo que dá forma ao ombro, tem formato de triângulo invertido e se localiza na região superior do braço. Origem: feixes anteriores, laterais e posteriores. Estas três partes (origens) se localizam no terço distal da clavícula (parte clavicular), sobre o acrômio da escápula (parte acromial), e na espinha da escápula (parte espinal). O trajeto de suas �bras se direciona caudalmente, convergindo a um ponto comum às três porções, formando um tendão relativamente curto, que se insere na tuberosidade do músculo deltoide ou tuberosidade deltoide (inserção). Quanto à ação, o deltoide é o principal abdutor do membro superior quando se contrai como um todo. Mas, quando cada uma das três partes se contrai de maneira individualizada, ele realiza diferentes funções de acordo com a disposição de suas �bras e todas atuam sobre o membro superior: A parte anterior atua na �exão e rotação medial. A parte posterior realiza a extensão e rotação lateral. A parte média age para abduzir. Por �m, o músculo deltoide é inervado pelo nervo axilar. Observe a �gura 11 e conheça melhor o músculo deltoide. Figura 11: Músculo deltoide | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Vamos lembrar dos compartimentos dos MMSS – anterior e posterior (Figura 1): Figura 1: Septos musculares | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Compartimento Anterior do Braço Vamos estudar, agora, o compartimento anterior do braço, no qual estão o bíceps braquial, braquial e corocabraquial. Um dos músculos mais famosos do corpo humano é o bíceps braquial. Conheça-o na Figura 12: Figura 12: Músculo bíceps braquial | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Esse é o músculo mais super�cial do compartimento anterior do braço, e possui duas cabeças de origem: 01 A cabeça curta localiza-se medialmente, tendo origem comum com o músculo coracobraquial (que veremos mais àfrente), no processo coracoide da escápula. 02 A cabeça longa se encontra lateralmente. Origem: tubérculo supraglenoidal e lábio �brocartilagíneo da cavidade glenoidalda escápula. Ambas as porções são cobertas na extremidade proximal pelo músculo deltoide. O músculo recobre a face anterior do úmero e se insere na tuberosidade do rádio. Sua principal ação é a �exão de cotovelo, assiste no movimento de supinação do antebraço, além de contribuir para a �exão do braço. Por �m, é inervado pelo nervo musculocutâneo. O músculo braquial está localizado de forma profunda no músculo bíceps braquial. Origem: metade distal da face anterior do úmero. As �bras do braquial convergem e formam um tendão achatado que se insere na cápsula articular do cotovelo, e na superfície anterior do processo coronoide e tuberosidade da ulna. Ação de �exão do cotovelo, que realiza de forma potente, independentemente da posição do antebraço (supinada ou pronada). Esse músculo é inervado pelo nervo musculocutâneo e algumas �bras laterais pelo nervo radial. O último músculo do compartimento anterior do braço é também o mais profundo – coracobraquial, que você vê na Figura 13: Figura 13: Músculo coracobraquial | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Localizado na parte superomedial do braço, é o menor dos três músculos desse compartimento: Tem origem comum com a cabeça curta do bíceps braquial. Processo coracoide da escápula. Insere-se na face anteromedial, no terço distal do úmero por intermédio um tendão achatado. Possui ação de �exão e adução do membro do braço. Possui ação de �exão e adução do membro do braço. O compartimento posterior do braço é formado por apenas um músculo – tríceps braquial, que você confere na Figura 14: Figura 14: Músculo tríceps braquial | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Esse músculo é formado por três cabeças, a mais super�cial é a cabeça longa, tem origem no tubérculo infraglenoidal da escápula; a cabeça curta tem origem lateralmente abaixo do tubérculo maior, na face posterior do úmero. A cabeça mais profunda é a medial com origem na face posterior do úmero. Esta última cabeça �ca coberta pelas cabeças longa e curta. As três cabeças inserem-se distalmente na face posterior do olécrano da ulna por meio da aponeurose do tríceps. Ação: extensão do cotovelo, mas sua cabeça longa contribui para a extensão do membro superior. Finalizando, esse músculo é inervado pelo nervo radial. Chegamos, assim, ao antebraço, onde existe um conjunto de músculos muito importantes para os movimentos do punho e da mão. Vamos estudá-lo sob um enfoque funcional,dividindo esses músculos da seguinte forma: 1 Flexores e pronadores (compartimento anterior do antebraço) Aqueles que têm origem no epicôndilo medial do úmero. 2 Extensores e supinadores (compartimento posterior do antebraço) Aqueles originados no epicôndilo lateral do úmero. A maneira mais adequada de identi�carmos um músculo do antebraço é acompanhar o tendão distal e, assim, identi�car corretamente onde ele se insere. Iniciando nosso estudo dos músculos do compartimento anterior do antebraço, existem três camadas musculares nesse compartimento: camada super�cial, camada intermediária e camada profunda. Começaremos com a camada super�cial. Vamos partir do epicôndilo medial do úmero, veja que é aí que se encontra o tendão comum a todos os �exores do antebraço. Existe um "macete" muito simples para se aprender os quatro primeiros músculos dessa região. Apoie a palma de sua mão sobre o epicôndilo medial de seu braço, estenda seus dedos ligeiramente afastados, como na Figura 15: Figura 15: Epicôndilo medial do úmero O dedo 1 corresponde ao músculo pronador redondo, o dedo 2 ao músculo �exor radial do carpo, o dedo 3 ao músculo palmar longo e o dedo 4 ao �exor ulnar do carpo. Agora, compare à imagem da Figura 16, localizando os músculos pelo número: Figura 16: Músculos do antebraço | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Percebeu? O músculo pronador redondo (1) tem origem no epicôndilo medial do úmero; inserção na face lateral e posterior do rádio; ação de pronação do antebraço; além de auxiliar na �exão de cotovelo, inervado pelo nervo mediano. O músculo �exor radial do carpo (2) tem origem no epicôndilo medial do úmero; inserção na base do II metacarpo; ação de �exão e abdução (desvio radial) do punho, inervado também pelo nervo mediano. O músculo palmar longo (3) tem origem também no epicôndilo medial do úmero; inserção na aponeurose palmar; ação de auxiliar na �exão do punho e tencionar a aponeurose palmar; é inervado pelo nervo mediano; por �m, esse músculo é a referência para localização do nervo. O músculo �exor ulnar do carpo é diferente dos três músculos anteriores, esse possui duas origens: Uma a cabeça umeral, com origem no epicôndilo medial do úmero e; A cabeça ulnar, com origem no olécrano e nos dois terços superiores da margem posterior da ulna. Sua inserção é no osso pisiforme se prolongando até o osso hamato. Esse músculo tem ação de �exão e adução (desvio ulnar) da mão. É inervado pelo nervo ulnar. Dissecando os músculos super�ciais chegamos aos músculos intermediários, ou camada intermediária do compartimento anterior do antebraço. Aqui encontramos o músculo �exor super�cial dos dedos. Esse músculo possui duas cabeças: 01 cabeça radial 02 cabeça umeroulnar Tem origem no epicôndilo medial do úmero, processo coronoide da ulna e ligamento colateral ulnar. A inserção ocorre por quatro tendões que se inserem na base da falange média do II ao V dedos, passando pelo retináculos dos �exores. Ação: �exionar as falanges médias dos dedos, mas também auxiliar na �exão do cotovelo, inervado pelo nervo mediano. Chegamos aos músculos da camada profunda do compartimento anterior do antebraço. Encontramos agora o músculo �exor profundo dos dedos. Percorre o túnel do carpo distalmente, dividindo-se em quatro tendões que passam atravessando os tendões bifurcados do músculo �exor super�cial dos dedos que estão �xados na base da falange média. Assim, segue em direção à base da falange distal do II ao IV dedo, onde se insere. Ação: �exão do punho, das articulações interfalângicas proximal e distal do II ao V dedos. Inervado pelos nervos mediano (II e III dedos) e ulnar (IV e V dedos). Lateralmente ao �exor profundo dos dedos, encontra-se o músculo �exor longo do polegar. Tem origem na face anterior do rádio (distal) e membrana interóssea do antebraço; inserção na margem medial da base da falange distal do primeiro dedo (polegar). Ação: �exionar a falange distal do primeiro dedo e realizar, discreta abdução radial. Inervado pelos nervos interósseo anterior e nervo mediano. De forma profunda e distal se encontra o músculo pronador quadrado que atual junto com o músculo pronador redondo, efetuando a pronação do antebraço, inervado pelo nervo interósseo anterior. No compartimento posterior do antebraço encontramos mais duas camadas a estudar: camada super�cial, e camada profunda. De forma geral, os músculos deste compartimento são chamados de extensores/supinadores. Na camada super�cial, iniciamos com o músculo braquiorradial, tem origem na crista supracondiliana lateral do úmero e inserção no processo estiloide do rádio, sendo inervado pelo nervo radial. Observe a Figura 17: Figura 17: Nervo radial | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. O músculo extensor radial longo do carpo, tem origem na crista supraepicondilar lateral do úmero; inserção na face dorsal da base do II osso metacarpal, e inervação nervo radial. O músculo extensor radial curto do carpo, tem origem no epicôndilo lateral do úmero; inserção na face dorsal da base do III osso metacarpal. Ação: juntamente ao extensor radial longo do carpo estender e abduzir o punho; inervação, também nervo radial. Extensor dos dedos, tem origem no epicôndilo lateral do úmero; inserção nas falanges média e distal do 2º ao 5º dedo; sua ação é a extensão de punho, sendo inervado pelo nervo radial. Músculo extensor do 5° dedo (mínimo), tem origem no epicôndilo lateral do úmero; inserção no tendão do extensor comum para o 5º dedo; e inervação também pelo nervo radial. Músculo extensor ulnar do carpo, tem origem no epicôndilo lateral do úmero; inserção na base do 5º metacarpal, é inervado pelo nervo radial. Sua ação é a extensão do punho e a adução da mão (desvio ulnar). Músculo extensor curto do polegar, tem origem na face posterior do rádio e membrana interóssea; inserção, face dorsal da falange proximal do polegar. Ação: extensão do polegar, inervação, nervo radial. Músculo extensor longo do polegar, tem origem na face posterior do terço médio da ulna e membrana interóssea; inserção, falange distal do polegar. Ação: extensão do polegar e inervado pelo nervo radial. Músculo extensor do 2° dedo, tem origem na face posterior da diá�se da ulna e membrana interóssea; inserção no tendão do extensor comum do 2º dedo; sua ação é a extensão do 2º dedo e também é inervado pelo nervo radial. Todos esses músculos podem ser vistos nas �guras 18a e 18b: Figura 18a: Músculo braquiorradial | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Figura 18b: Músculo braquiorradial | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. A mão Finalizando o conteúdo desta aula, chegamos à mão. Esta é a parte mais distal do esqueleto apendicular dos MMSS. Veja que é com as mãos que se realizam as tarefas de preensão, manuseio de precisão, pinça, entre diversos outros movimentos nas mais distintas tarefas desde o cotidiano ao hábil manuseio de um bisturi por um cirurgião. Vamos estudar essa região, que está dividida em: 1 Região palmar lateral (eminência tenar) Uma porção muscular relacionada à movimentação do polegar. 2 Região palmar medial (eminência hipotenar) Tem relação com músculos que movimentam o dedo mínimo (entre as eminências encontra-se a região palmar média). Observe as �guras 19a e 19b: Figura 19a: Músculos das mãos | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Figura 19b: Músculos das mãos | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Os músculos das mãos são pequenos, porém, sua inervação é robusta proporcionando-lhes uma cadeia de comando de extrema con�abilidade e precisão. Prova disso é sua capacidade de escrever, Mas vamos além, imagine a precisão e a �rmeza que um cirurgião necessita ao realizar uma incisão, como mencionamos rapidamente acima! Na região tenar, encontramos o músculo abdutor curto do polegar, tem origem nos ossos escafoide e trapézio e noretináculo dos �exores; inserção na falange proximal do polegar. Ação: abdução do polegar, porém, ainda é um músculo auxiliar do músculo oponente do polegar, logo no início do movimento de oposição do polegar; inervado pelo nervo mediano. Músculo �exor curto do polegar, possui duas cabeças, a super�cial tem origem no retináculo dos músculos �exores, a segunda cabeça (profundo) tem origem nos ossos trapézio, trapezoide e capitato. Inserção na falange proximal do polegar. Ação: �exão do polegar; inervado por dois nervos, a cabeça super�cial é inervada pelo nervo mediano, e a cabeça profunda pelo nervo ulnar. Músculo oponente do polegar, tem origem nos ossos escafoide e trapézio e no retináculo dos �exores; inserção na face lateral do I metacarpo. Ação: oposição do polegar, dirigindo-o ao centro da palma da mão; inervação, nervo mediano. Músculo adutor do polegar, também possui duas cabeças, sendo uma oblíqua, cuja origem está na parte da base do I e II metacarpos, capitato e ossos adjacentes. A outra cabeça é a transversa, com origem na parte da face anterior do corpo do III metacarpo. Ambas as cabeças se inserem na base da falange proximal do polegar. Ação: adução do polegar, sendo inervado pelo nervo ulnar. Vimos esses músculos nas �guras 19a e 19b. Agora, observe-os na Figura 20: Figura 20: Músculos das mãos (região xxx) | Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Tivemos um foco nos músculos da região tenar (lateral), isso porque esses músculos são próximos e envolvidos nos movimentos do polegar, abdução, adução e consequentemente importantes ao movimento do polegar opositor. Na região hipotenar (medial), não entraremos em detalhes, mas apresentamos aqui os músculos desta região: palmar curto, abdutor do mínimo, �exor curto do mínimo e oponente do mínimo. Veja a Figura 21: Figura 21: Músculos das mãos (região medial)| Fonte: GILROY e MacPHERSON, 2017. Agora que já aprendemos sobre os músculos dos MMSS, vamos fazer alguns exercícios para testar nossos conhecimentos? Atividade 1. Os músculos do braço são anatomicamente separados por tecidos fasciais que formam uma espécie de "parede" entre eles. Como se chama essa "parede"? E como os músculos do braço são separados? 2. Complete as lacunas: Os músculos ____ que têm a função de aduzir e elevar as escápulas originam-se na parte �nal da região cervical (C7) e ______, e inserem-se na face ____ da escápula. a) Romboides; coluna torácica; medial b) Romboides, coluna lombar; medial c) Romboides, coluna torácica, lateral d) Romboides, coluna cervical, medial e) Romboides, coluna cervical, lateral 3. Quanto ao músculo bíceps braquial, qual/quais sua origem, inserção, ação e inervação. Notas Aferentes 1 Informações da periferia ao sistema nervoso central. Eferentes2 Do sistema nervoso central que culmina com movimento. Referências DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHELL, A. W. M. Membro superior. In: ______. Gray’s anatomia clínica para estudantes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. cap. 7. ELLSWORTH, A. Treinamento do core: Anatomia ilustrada - guia completo para o fortalecimento do core. Barueri (SP): Manole, 2012. GILROY, A. M.; MACPHERSON, B. R. Atlas de Anatomia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. KAPANDJI, A. I. Fisiologia articular 1: ombro, cotovelo, pronosupinação, punho e mão. 6. ed. Guanabara Koogan, 2007. MANOCCHIA, P. Anatomia do exercício. São Paulo: Manole, 2009. MOORE, K. Anatomia: orientada para a clínica. 7. ed., Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2014. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 5. ed., Porto Alegre: ArtMed, 2004. PUTZ, R.; PABST, R. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2010. STANDRING, S. (Ed.). Gray's anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e �siologia. 4. ed., Porto Alegre: ArtMed, 2000 Próxima aula Osteologia e artrologia dos membros inferiores (MMII); Principais acidentes ósseos dos MMII – pontos de origem e inserção do músculos; Articulações dos MMII. Explore mais Como vimos, há uma corrente de estudos que assume o tendão longo do bíceps braquial como parte do manguito. Para tirar suas conclusões a respeito do assunto, assista ao vídeo indicado. Assista ao vídeo: O manguito rotador - Descrição dos músculos. <https://www.youtube.com/embed/v4TDqB8U5iI>
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