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CASOS ESPECIAIS DE RESPONSABILIDADE POR ATO PRÓPRIO
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Ato praticado contra a honra da mulher 
No código de 1916, havia o dispositivo do Art. 1548: previa casamento ou dote nos casos de abuso sexual e rapto.
A responsabilidade do ofensor era objetiva, o dano era presumido, ou seja, não dependia de prova da existência.
Novo código não possui a mesma previsão, ou seja, não há regra específica. Há necessidade da prova do dano. Segue a regra geral da RC.
Atualmente difícil comprovar o dano: virgindade e matrimônio!? Restam apenas alguns danos de natureza patrimonial e moral.
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 Injúria, Calúnia e Difamação 
Crimes contra honra
Dispõe o art. 953 do Código Civil: “A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, de conformidade das circunstâncias do caso”.
Dano moral: consiste no sofrimento íntimo, no desgosto e aborrecimento, na mágoa e tristeza, que não repercutem no patrimônio da vítima.
*
Demanda de pagamento de dívida não vencida ou já paga
Art. 939 O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.
*
 
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
*
 
Art. 941 “As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido”.
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Exige-se a comprovação da malícia do autor cobrança (dolo).
Para Carlos Roberto Gonçalves somente pode ser exigida por meio de ação autônoma ou reconvenção (pelo novo CPC, através de pedido contraposto na própria contestação).
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Responsabilidade por abuso de direito 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
Para a doutrina, o dever de reparar o dano, neste caso, existe independente de culpa.
Ex.: matar gado alheio que pasta em meu campo; provocar prejuízos que excedam os incômodos ordinários da vizinhança.
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Formula para verificação do abuso de direito: considera como abuso de direito o ato que constitui o exercício egoístico, anormal do direito, sem motivos legítimos, com excessos intencionais ou involuntários, dolosos ou culposos, nocivos a outrem, contrários ao destino econômico e social do direito em geral, e, por isso, reprovado pela consciência pública.
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Responsabilidade decorrente do rompimento do noivado 
No Direito Romano os esponsais eram atos solenes e geravam efeitos jurídicos. Existiam arras ou sinal que o noivo perdia, ou até indenizava em triplo ou quádruplo.
 
No Brasil existia no período das ordenações do Reino. O Código Civil não previa o instituto. 
 
É inadmissível atualmente que qualquer dos noivos seja compelido a contrair matrimônio.
 
Mesmo não existindo norma específica o noivo arrependido pode responder civilmente, mas observada a regra geral do ato ilícito.
*
Adquirem peças de enxoval, alugam ou compram imóveis, adiantam pagamentos de bufês, de enfeites da igreja e do salão de festas, pedem demissão de emprego etc. Se não houver justo motivo, o prejudicado poderá pleitear judicialmente a reparação de danos.
Washington B. Monteiro enumera os pré-requisitos: 
a) Promessa ter sido emanada do próprio arrependido;
b) Ausência de justo motivo (infidelidade, mudança de religião ou de nacionalidade, ruína econômica, moléstia grave, condenação criminal, defeito físico oculto).
c) Dano.
Reparação pelo dano moral admitido independente do dano material (noiva deixada no altar – humilhação pública).
*
Responsabilidade decorrente da ruptura do concubinato e da união estável 
Concubinato: conceito amplo da doutrina tradicional. União entre o homem e a mulher, sem casamento.
Concubinato impuro: União entre o homem e a mulher, impedidos de casar.
Concubinato puro: União entre o homem e a mulher, sem casamento, sem impedimento para casar.
*
No passado entedia-se que não pode o concubinato, por si mesmo, fundamentar nenhum direito do amante abandonado.
Depois percebeu-se a injustiça para com a concubina, pois geralmente o patrimônio constituído ficava em nome do varão. 
União estável: Art. 226, § 3º da CF: Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
*
 
Também foi reconhecida união homoafetiva como entidade familiar.
Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
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Inadmissibilidade de os companheiros pleitearem indenização por serviços prestados, em caso de dissolução da união estável, devendo o relacionamento patrimonial entre eles reger-se pelas normas atinentes ao regime da comunhão parcial de bens e ao direito a alimentos.
Outros casos de dano, seguem a regra geral do art. 186.
*
Responsabilidade entre cônjuges
Não há no nosso ordenamento norma que fundamente indenização em caso de separação por infração aos deveres conjugais.
A Jurisprudência proclama que a pensão tem origem diferente da indenização. 
A doutrina sustenta a possibilidade de indenização, quando se configurar dano (Art. 186), além dos já cobertos pela pensão, não se admitindo pedido fundado no só fato da ruptura conjugal. 
*
 
Sevícia, lesão corporal e difamação são exemplos de causas que determinam o dever de indenizar.
A indenização, neste caso, não se fundamenta na necessidade alimentar.
A doutrina admite também no caso da anulação de casamento putativo.
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A ação de divórcio e a de indenização são independentes. 
Podem ser formulados em uma mesma demanda.
Podem ser pleiteadas antes ou depois da instauração do processo para a obtenção da dissolução contenciosa da sociedade conjugal, e até mesmo em reconvenção, sendo competente, em qualquer caso, o juízo de família, e não o cível. 
*
Responsabilidade por danos ao meio ambiente
Meio ambiente: natural, cultural, artificial.
A responsabilidade jurídica por dano ecológico pode ser penal e civil.
Penal: Lei nº 9605/1998.
Civil: Lei nº 6938/1981. Responsabilidade objetiva do causador do dano (teoria do risco) e legitimidade do Ministério Público para propor as ações criminal e civil.
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Na ação civil pública ambiental não se discute, necessariamente, a legalidade do ato. É a potencialidade do dano que o ato possa trazer aos bens e valores naturais e culturais que servirá de fundamento da sentença.
Solidariedade passiva. Ex. Distrito industrial.
Caso fortuito e força maior: a doutrina majoritária defende que o poluidor deve assumir integralmente todos os riscos que advêm de sua atividade. O poluidor tem também a sua parcela de sacrifício, que é, justamente, a submissão à teoria do risco integral subsistindo o dever de indenizar ainda quando o dano seja oriundo de caso fortuito ou força maior.
*
Instrumentos de proteção de interesses difusos e coletivos
Ação Civil Pública (Lei nº 7347/1985):
Legitimados: Ministério Público, Defensoria Pública, entes estatais, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundação, associação (ver condições), Conselho da OAB.
Ação Popular (Lei nº 4717/65)
Legitimado: cidadão eleitor.
*Violação ao direito à própria imagem
O direito à própria imagem integra o rol dos direitos da personalidade. 
Proteção constitucional Art. 5º, X. 
Representado pela pintura, escultura, fotografia, filme, da própria pessoa.
O dano é evidenciado quando há a utilização da imagem, contra a vontade do indivíduo. 
*
Agrava-se quando da utilização da imagem há proveito econômico.
Art. 20 do Código Civil, a reprodução de imagem para fins comerciais, sem autorização do lesado, enseja o direito a indenização, ainda que não lhe tenha atingido a honra ou a respeitabilidade.
Dano moral: quando é feita de forma vexatória, ridícula e ofensiva ao decoro.
*
A AIDS e a responsabilidade civil
Em regra a responsabilidade civil depende da existência de culpa ou dolo.
A responsabilidade civil nos casos de transmissão da doença por bancos de sangue, hospitais e laboratórios é contratual e objetiva.
Pessoa que sabe ter o vírus e mantém conjunção carnal: dolo eventual.
*
Admite-se culpa concorrente da vítima: dever de se prevenir, em certas circunstâncias.
A reparação do dano abrange o dano emergente e os lucros cessantes. 
Após a morte a família terá direito à indenização por danos morais e materiais.
A ação civil independe da criminal.
Omissão de socorro do estabelecimento de saúde.
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Responsabilidade Civil na Internet
O direito brasileiro não contém nenhuma norma específica sobre o comércio eletrônico.
O Marco Civil da Internet contém regras e princípios de implicação direta em tudo o que ocorre na internet em âmbito brasileiro, inclusive o e-commerce, enquanto operações envolvendo a produção e a circulação de bens e de serviços. 
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O art. 7º, inc. XIII, da Lei n. 12.965/2014 reafirma a aplicação das normas de defesa do consumidor nas relações firmadas pela internet, desde que configurada uma relação de consumo.
Uma norma que trata mais especificamente sobre comércio eletrônico é o Decreto n. 7.962, de 15 de março de 2013, que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (CDC) para dispor sobre a contratação no comércio eletrônico. Ele dispõe acerca da necessidade de informações claras sobre o produto, o serviço, o fornecedor, o atendimento facilitado ao consumidor e o respeito ao exercício do direito de arrependimento.
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Comércio eletrônico internacional: Art. 9º, § 2º do Dec. Lei nº 4657/1942. O contrato então celebrado rege-se pelas leis do país do contratante que fez a oferta ou proposta.
Comércio interno: normas do CDC. O anunciante é o responsável pelos vícios do produto ou serviço. O estabelecimento eletrônico (que atua somente como veículo) e o provedor de internet não respondem.
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 Responsabilidade Civil nos meios eletrônicos
Violação da propriedade intelectual, ao indevido desrespeito à intimidade, ao envio de mensagens não desejadas e ofensivas da honra, à divulgação de boatos infamantes, à invasão de caixa postal, ao envio de vírus etc.
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Às empresas que exploram a information providers a responsabilidade é plena pelo que ocorre em seus conteúdos. Com relação aos hosting providers, serão responsáveis desde que tenham sido notificados do conteúdo ilícito que estão propagando e houver demora para baixar a página ou site. As empresas de access providers não terão responsabilidade porque apenas entregam o ciberespaço aos demais servidores.
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Responsabilidade por dano atômico
Direito Nuclear: convenções e tratados internacionais e legislação interna de países.
Princípio da utilização de energia atômica para fins pacíficos.
Responsabilidade objetiva (teoria do risco), exceto EUA.
No Brasil Lei nº 6453/1977.
Monopólio Estatal no Brasil. 
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Responsabilidade objetiva nesse caso, não é relativizada em caso fortuito ou força maior.
A Lei 6453/77 admite algumas atenuantes:
a) Culpa exclusiva da vítima (somente a ela).
b) Direito de regresso quando operador admitir o direito por escrito, ou por quem causou dolosamente.
c) Fatos excepcionais, como conflito armado, guerra civil etc.
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Dano certo
No Brasil os casos de danos nucleares fora das instalações nucleares ou delas provenietes, segue as regras gerais da Responsabilidade Civil (Art. 186 e s.) e não da citada Lei.
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