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Cinesiologia e Biomecânica Prof. Dr. Bruno Jotta da Costa UNIDADE 3 - UNIDADE 3 - Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Tema: Abordagem mecânica das ações musculares Funções do músculo Fatores mecânicos que afetam a força muscular Abordagem mecânica das Ações Musculares 1. Ação isométrica 2. Ação Concêntrica 3. Ação Excêntrica Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Abordagem mecânica das Ações Musculares Ação isométrica A ação muscular isométrica é aquela em que o músculo gera tensão sem ocasionar mudança visível na posição da articulação Desenvolvimento de tensão sem alteração no comprimento do músculo Velocidade = Zero Condição a qual os torques muscular e de resistência são equivalentes e o comprimento do músculo como um todo não mudará Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Enoka, 2000, Silva, 2015) Abordagem mecânica das Ações Musculares Ação isotônica Movimentação de um peso especifico por uma amplitude de movimento Peso constante x carga real imposta ao músculo, variação pela amplitude de movimento Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Abordagem mecânica das Ações Musculares Ação isotônica As contrações isotônicas envolvem desenvolvimento de tensão por parte do músculo para originar ou controlar o movimento articular, proporcionando variação no grau de tensão dos músculos de modo que os ângulos articulares se modifiquem. 1. Concêntrica 2. Excêntrica Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Abordagem mecânica das Ações Musculares 1. Concêntrica Torque de muscular interno maior que de resistência; Redução do comprimento do musculo. Desenvolvimento de tensão com encurtamento muscular. Aceleração Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Abordagem mecânica das Ações Musculares 2. Excêntrica Torque de resistência maior que torque interno ou muscular Aumento do comprimento do musculo Desenvolvimento de tensão com estiramento muscular Desaceleração Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Abordagem mecânica das Ações Musculares Ação isoinercial Já a contração isoinercial é uma resistência a qual o músculo tem de se contrair constantemente Manutenção da inércia ao longo do movimento, conseguida através da resistência dinâmica variável Resistência externa constante ou momento de inércia constante ? Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Abordagem mecânica das Ações Musculares Ação isoinercial Resistência variável Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Variação do torque de resistência em função de alteração do raio da polia Abordagem mecânica das Ações Musculares Ação isoinercial– Resistência variável Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Variação do torque de resistência em função de alteração do raio da polia Abordagem mecânica das Ações Musculares Ação Isocinética A contração isocinética é a contração muscular dinâmica, na qual a velocidade de movimento é mantida constante e associada a uma sobrecarga muscular, proporcionada por meio do uso de um equipamento específico. Velocidade angular constante Velocidade controlada e constante (0 graus/s a 600 graus/s); resistência variável e força contínua. Necessidade de um dinamômetro isocinético Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Abordagem mecânica das Ações Musculares Ação Isocinética Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Abordagem mecânica das Ações Musculares Ação Isocinética Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Funções do Músculo Agonista Os músculos que geram o movimento articular Antagonista Os músculos que se opõem ao movimento articular, ou que promovem o movimento oposto. Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Funções do Músculo Acessório Ajuda o motor primário a realizar a ação muscular. Se divide em 3 tipos: 1. Sinergista 2. Estabilizador 3. Neutralizador Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Funções do Músculo Sinergista Músculo que atua juntamente com outro ou com um grupo de músculos. Estabilizador Músculo que atua para estabilizar uma parte do corpo, para que um outro músculo ativo tenha uma base firme sobre a qual possa exercer tração. Contribui para um movimento específico em uma articulação adjacente Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Funções do Músculo Neutralizador Músculo que atua para eliminar uma ação indesejada produzida por um outro músculo que se contrai. Impede aa ocorrência de uma ação indesejada. O músculo se contrai para eliminar um movimento indesejado de outro músculo Exemplo: Função do pronador redondo durante a flexão do cotovelo por ação bíceps Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Músculos Biarticulares Músculos biarticulares ou poliarticulares exercem movimento tanto na origem quanto na inserção Por atravessarem mais de uma articulação, promovem movimentos em diferentes articulações Algumas vezes opostos Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Músculos Biarticulares Exemplo: Ação dos isquiotibiais na corrida Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Músculos Biarticulares Exemplo: Ação do Quadríceps na corrida Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Músculos Biarticulares Exemplo: Ação dos isquiotibiais e quadríceps na corrida Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Músculos Biarticulares Insuficiência Ativa - Ocorre quando um músculo atinge um ponto em que não pode mais ser encurtado Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Músculos Biarticulares Insuficiência Passiva - Ocorre quando um músculo não pode mais ser alongado sem danificar suas fibras. Maior capacidade de resistir ao estiramento. Músculo previamente estirado Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Área de secção transversa fisiológica (AST) Bipenado Multipenado Fusiforme Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Enoka, 2000, Silva, 2015) Área de secção transversa fisiológica “Soma da área em corte transversal de todas as fibras musculares” Relação direta com a produção de força Componentes contrateis e componentes elásticos Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Silva, 2015) Área de secção transversa fisiológica Normalmente avaliada por ultrassom, ressonância magnética e perimietria para caracterização da hipertrofia muscular Aumento do número de sarcômeros em paralelos Aumento natural da força gerada Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Enoka, 2000, Silva, 2015) Área de secção transversa fisiológica (AST) A relação de AST e a produção de força é influenciada pela arquitetura muscular Essa arquitetura é caracterizada pela desvio angular das fibras a partir da linha de tração Caracterização de diferentes padrões de arquitetura muscular Vantagem por abrigar um maior número de sarcômeros em paraleloem um determinado volume Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Enoka, 2000, Silva, 2015) Área de secção transversa fisiológica (AST) Bipenado Multipenado Fusiforme Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Enoka, 2000, Silva, 2015) Área de secção transversa fisiológica (AST) Essa arquitetura é caracterizada pelo ângulo de penação da fibra muscular Caracterização de diferentes padrões de arquitetura muscular Influencia nos componentes horizontais e verticais da força produzida Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Enoka, 2000, Silva, 2015) Área de secção transversa fisiológica (AST) Essa arquitetura é caracterizada pelo ângulo de penação da fibra muscular Caracterização de diferentes padrões de arquitetura muscular Influencia nos componentes horizontais e verticais da força produzida Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Enoka, 2000, Silva, 2015) Área de secção transversa fisiológica (AST) Na prática a área de corte transversal fisiológica dos músculos oblíquos é maior quando comparados aos músculos paralelos, ou seja, uma maior quantidade de fibras por área de corte. Influencia na velocidade e força gerada Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Área de secção transversa fisiológica (AST) Fibras curtas e espessas, com grande ângulo de penação ou orientação, maior número de sarcômeros em paralelo são capazes de gera maior magnitude de força Fibras longas, com menor ângulo de penação ou orientação, maior número de fibras em série se contraem com maior velocidade Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento (Nordin e Frankel, 2004) Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Fatores mecânicos e produção de força - Ângulo de inserção do tendão O ângulo de tração ou inserção é formado entre a inserção do músculo e o osso, e está do lado da articulação que serve de base para realização do movimento. O ângulo de inserção se relaciona com a estabilidade e geração de movimento angular ou rotacional na articulação (Silva, 2015) Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Fatores mecânicos e produção de força - Ângulo de inserção do tendão Com base no ângulo de inserção pode- se definir a magnitude de dois componentes da força gerada 1. Componente Rotação – Relacionada a componente vertical da decomposição da força Fy (Silva, 2015) Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Fatores mecânicos e produção de força - Ângulo de inserção do tendão Com base no ângulo de inserção pode- se definir a magnitude de dois componentes da força gerada 2. Componente Estabilizadora – Relacionada a componente horizontal da decomposição da força (Fx) (Silva, 2015) Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Fatores mecânicos e produção de força - Ângulo de inserção do tendão Variações do ângulo de inserção e magnitude das componentes estabilizadoras e rotacional Ângulo de inserção = 90° Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Fatores mecânicos e produção de força - Ângulo de inserção do tendão Quando o ângulo de inserção for igual a 90º - 100% da força gerada pelo músculo é aproveitada para realizar o movimento (Silva, 2015) Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Fatores mecânicos e produção de força - Ângulo de inserção do tendão Quando o ângulo de inserção for menor do que 90º, a decomposição da força muscular gera duas componentes: Uma de rotação e outra de estabilização. Componente horizontal ou de estabilização diferente de zero Componente horizontal para ângulo de inserção maior que 90° - “componente estabilizador” (Silva, 2015) Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Fatores mecânicos e produção de força - Ângulo de inserção do tendão Quando o ângulo de inserção for menor do que 90º, a decomposição da força muscular gera duas componentes: Uma de rotação e outra de estabilização. Componente horizontal ou de estabilização diferente de zero Componente horizontal para ângulo de inserção menor que 90° - “componente de luxação” (Silva, 2015) Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Exercício Cinesiologia Biomecânica – Sistema Neuromuscular e movimento Exercício Referências Bibliográficas 1. SILVA, VALERIA REGINA. Cinesiologia e biomecânica. Rio de Janeiro: SESES, 2015. 2. HALL, Susan Jean. Biomecânica Básica . Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2000. 3. NORDIN, Margareta; FRANKEL, Victor H.; FORSSÉN, Katja. Biomecánica básica del sistema musculoesquelético. McGraw-Hill. Interamericana, 2004. 4. OKUNO, Emico; FRATIN, Luciano. Desvendando a física do corpo humano: biomecânica. São Paulo: Manole, 2003.
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