Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS E BIOTECNOLOGIA LABORATÓRIO DE BIOLOGIA CELULAR E TECIDUAL Relatório aula prática: Urinálise e Exame parasitológico de fezes ALUNA: Heloysa de Fátima Araujo Bouzada MATRÍCULA: 00115120057 1.0 INTRODUÇÃO Urinálise: A urinálise é um teste laboratorial simples, não invasivo e de baixo custo, de grande importância para avaliar a função renal. Através dele é possível diagnosticar diversas patologias e também monitorar o progresso de doenças no organismo, acompanhar a eficácia de algum tratamento e ainda constatar cura. Para isso, é primeiramente necessário que o paciente faça a coleta da urina. A forma como a coleta é feita pode afetar os resultados da análise. Assim, a coleta deve ser realizada em frascos limpos e secos dando-se preferência à utilização de frascos descartáveis e, no caso de crianças, coletores de plástico com adesivos (Figura 1). Após a coleta, o recipiente de amostra deve ser entregue o mais rapidamente para ser analisado e quando a amostra não puder ser analisada dentro deste prazo, deve ser refrigerada. Figura 1: Imagem representativa de um coletor de urina. A direita coletor adulto e a esquerda coletor infantil. Primeiramente é realizado o exame físico, onde se analisa principalmente cor e turbidez da urina. A urina normal é tipicamente transparente e amarela à inspeção visual. Amostras de urina concentrada podem apresentar uma coloração âmbar enquanto diluídas mostram-se amarelo claras. No entanto, a coloração da urina nunca deve ser utilizada para a determinação da gravidade específica. Existem inúmeros pigmentos endógenos e exógenos que podem levar a uma coloração anormal da urina, sendo as cores mais observadas a vermelha, a marrom e a preta. Da mesma forma que a cor, a turbidez da urina pode ser influenciada pela concentração urinária. Uma amostra concentrada está mais propensa à turbidez do que uma amostra diluída. Leucócitos, eritrócitos, cristais, bactérias, muco, lipídeos e materiais contaminantes podem aumentar a turbidez da amostra. Indica-se a observação da turbidez imediatamente após a coleta da urina, pois os cristais podem precipitar durante o armazenamento e influenciar neste parâmetro. Posteriormente é realizado o exame químico, que consiste na utilização de tiras reagentes (figura 2), um método qualitativo e semiquantitativo de monitorar vários aspectos bioquímicos da urina. Figura 2: Imagem representativa de tiras de teste de urina. A terceira etapa da urinálise consiste na avaliação microscópica do sedimento urinário. Esta é a última etapa da urinálise e é uma das mais importantes, pois fornece informações diferentes das situações do organismo, como: metabolismo dos açúcares, função hepática e função renal. Estas informações são obtidas através dos exames químicos e microscópicos. A finalidade da sedimentoscopia é detectar e identificar elementos como as hemácias, leucócitos, cilindros, células epiteliais, bactérias, leveduras, parasitas, muco, espermatozóides, cristais, etc. Exame parasitológico de fezes: O exame de fezes pode ser realizado para diversos fins, como: avaliar as funções digestivas, quantidade de gordura nas fezes, presença de ovos de parasitas, entre outros. A coleta das fezes deve ser feita com cuidado para não haver contaminação com a urina ou com a água do vaso sanitário. Para a coleta é preciso: 1. Evacuar no penico ou numa folha de papel branco colocada no chão do banheiro; 2. Coletar um pouco de fezes com uma pazinha (que vem junto do pote) e coloca-la dentro do frasco; 3. Escrever o nome completo no frasco e guardar na geladeira por até ser levado para o laboratório. O procedimento é simples e deve ser o mesmo para adultos, bebês e crianças. Sendo que quando o paciente usa fraldas a coleta deve ser feita logo após a evacuação. Para examinar as fezes, os profissionais avaliam a sua consistência, odor, e também a existência de sangue ou de pus, os quais são indicativos de problemas no trato intestinal. Quando as fezes estão muito moles podem indicar a presença de parasitas, vírus e bactérias. O exame consiste ainda no uso de microscópio para encontrar vermes ou ovos. 2.0 OBJETIVO GERAL Realizar os exames de urinálise e de fezes em sala de aula, a fim de que os alunos possam ter uma maior compreensão do processo e dos ensinamentos dados em sala de aula. 2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS -Realizar a análise físico, química e microscópica da urina. -Realizar a análise físico e microscópica das fezes. 3.0 METODOLOGIA Urinálise: As amostras foram coletadas por 4 pacientes adultos em frascos limpos, secos e descartáveis. O exame macroscópico foi feito analisando-se: Volume, cor, odor e turbidez da urina. Posteriormente foi realizado o exame químico com o uso de tiras reativas para: pH, proteínas, glicose, cetona, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, leucócitos e densidade. Posteriormente foi feito a análise no microscópico, sendo que para isso a urina foi centrifugada e as lâminas foram preparadas. Exame parasitológico de fezes: As fezes foram doadas por um laboratório de análises clinicas. A análise foi feita primeiramente observado-se a consistência e odor das fezes. Posteriormente foi realizada a coação das fezes que foram filtradas para um cálice de sedimentação, usando gaze dobrada. Após 2 horas, utilizou-se o material decantado para montagem das lâminas com posterior análise no microscópio. 4.0 RESULTADO: Urinálise: De forma geral duas urinas se destacaram no exame físico: Urina 1: Coloração esverdeada, odor forte e alta turbidez; Urina 2: Coloração amarelo clara, odor fraco e baixa turbidez. No exame químico, a urina 1 apresentou baixo pH, enquanto a urina 2 apresentou pH normal e presença de nitrito e glicose levemente alta. No exame microscópico as 4 amostras foram analisadas a fim de tentar mostrar uma maior variedade de elementos para os alunos: Nas análises foi possível encontrar hemácias (indicativo de sangue), leucócitos e fosfato triplo. Exame parasitológico de fezes: No exame de fezes os resultados foram observados principalmente na análise microscópica, onde se viu a presença Trichuris thichiura e Ascaris lumbricoides nas fezes. 5.0 REFERÊNCIAS: Exame Parasitológico de Fezes - Helmintoses e Protozooses - Diagnóstico Laboratorial - Atlas de Parasitologia Clínica e Doenças Infecciosas Associadas ao Sistema Digestivo». ufsc.br. Consultado em 14 de abril de 2019 OLIVEIRA LIMA, A ; BENJAMIN SOARES, J.; GRECO, J.B.; GALIZZI, J.; ROMEU CANÇADO, J.. Métodos de laboratório aplicados à clínica. Guanabara Kogan, 1992 . Ultima edição. WU, X. Urinalysis: a review of methods and procedures. Crit Care Nurs Clin N Am, v. 22, p 121-128, 2010.
Compartilhar