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EXCELENTISSÍMO(A) SENHOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE RAINHA-RJ. Processo nº XXXXXXXXXXXX MATILDE (...), estado civil (...), profissão (influencer digital), portadora do RG nº (...), CPF nº (...), e-mail (...), residente e domiciliada Rua (...), Bairro (...), CEP (...), na cidade de Rainha/RJ, por meio de seu advogado regularmente constituído, vide procuração inclusa, vem, respeitosamente, perante V. Ex.ª, apresentar CONTESTAÇÃO Nos autos da Ação Indenizatória por Danos Materiais e Morais C/C Obrigação de Fazer C/C Pedido de Liminar, movida pela PARTE AUTORA, em conformidade com as inclusas razões: DA TEMPESTIVIDADE: Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição no prazo de 15 dias, cujo termo inicial será a data: Salienta-se que a presente contestação é devidamente tempestiva, haja vista que o prazo para sua apresentação, nos moldes do Art. 335.CPC, foi realizada em XXXX, o termo final ocorre em XXXX. BREVE RELATO DA EXORDIAL: A autora, em sede de exordial, narra que é “digital influencer” na cidade de Belezinha/CE, atua na área de cosméticos e dicas de beleza, tendo até antes da data dos fatos mais de 5.000,000 (cinco milhões) de seguidores em suas redes sociais, bem como vários patrocinadores, e que após ser alvo de campanha difamatória de incentivo a erotização do público infantil, segundo a autora, fato provocado pela Ré, vem sofrendo consequências que estão lhe causando grandes prejuízos. perdendo mais de 2.000,000 (dois milhões) de inscritos (seguidores) por mês, como também vários contratos de patrocínio e desta forma, requer-se os auspícios do poder judiciário para reparar os danos. Os fatos e argumentos apresentados, como será demonstrado a seguir, não merecem prosperar. PRELIMINARES DE MÉRITO: A autora ajuizou ação em face da ré, alegando ser a responsável pelo seu prejuízo, ocorre que tudo não passou de um mau entendido, pois, Matilde, jamais teve a intenção de acusar a autora de fazer campanha estimulando a erotização de crianças. Apenas citou a autora, em uma SITUAÇÃO HIPOTÉTICA. O conteúdo foi editado e utilizado fora do contexto pela repórter Sra. Caroline, sendo veiculada a publicação do material ao público, interpretada e compreendida de maneira descontextualizada, conforme toda a situação narrada, já exposta nos autos. I - DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. A peticionária indica que a Sra. Caroline é quem deveria figurar na presente lide, devendo a autora manifestar-se sobre a substituição processual, II - DA PRELIMINAR DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO DA AUTORA Art 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. Da análise dos autos, vislumbra-se a ausência do instrumento procuratório da parte demandante. Neste sentido, nos termos do art. 321, requer a devida intimação da parte adversa para o saneamento da petição inicial, sob pena da extinção do processo sem resolução de mérito (CPC, art. 485, I). III -DA PRELIMINAR DE INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA O valor da causa foi indicado de forma errônea, uma vez que consta na exordial o montante de R$1.000,00, quando, em verdade, deveria constar o valor de R$650.000,00, em conformidade com o art. 292, VI, do CPC. Art 337. Incube ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: III – Incorreção do valor da causa; IX – Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; XI – Ausência de legitimidade ou de interesse processual; DO MÉRITO: Caso as preliminares invocadas não sejam acolhidas, o que não é esperado, cabe à peticionária impugnar de modo integral a demanda ajuizada; Ausência de conduta ilícita praticada por Matilde, uma vez que Caroline teria veiculado as notícias difamatórias em desfavor de Gisele. Responsabilidade civil: não houve conduta ilícita praticada por Matilde. Inexistência de nexo causal entre a conduta difamatória e os danos patrimoniais, bem como a inocorrência de danos morais DO PEDIDO: Diante de todo o exposto, requer-se perante Vossa Excelência: Preliminares de mérito Mérito: improcedência total da ação Condenação da parte autora ao pagamento de despesas processuais e honorários advocatícios (CPC, arts. 85, §§2º e 6º) Neste Termos Pede deferimento Local, data [assinatura do advogado] [OAB....]
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