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1 JENNIFER DELGADO FONTES INSTALAÇÃO DA PRÓTESE E CONTROLE INTRODUÇÃO: Na consulta de instalação, devem ser previstos ajustes, primeiramente na base da prótese em contato com a mucosa, em busca de pontos que o paciente relate como dolorosos ou traumáticos e, em um segundo momento, dos contatos oclusais dos dentes artificiais para corrigir distorções oriundas do processo de acrilização da base da prótese. Não deve ser uma consulta rápida ou em um momento que o paciente ou o profissional não possam dar a devida atenção às orientações para o uso da prótese. Em casos de bolhas positivas realiza-se o desgaste, em bolhas negativas reembasa e reenvia ao laboratório para reajustes. INSTALAÇÃO DA PRÓTESE: * Reestabelecimento funcional e estético * Tornar-se cômoda, agradável e eficiente * Interação entre CD e paciente * Interação entre os elementos biológicos e protéticos * Perfeita adaptação do paciente sucesso no tratamento satisfação do CD e do paciente. FATOES QUE IMPEDEM A INSEÇÃO DA PPR: * Alteração da posição do braço de retenção, oposição e corpo do grampo; * Excessos de resina próximos dos dentes de suporte (podem ser removido com fresas) * Recortes na base para inserções musculares e freios labiais * Mudanças da posição dos dentes remanescentes; quando o paciente é moldado e retorna depois de muito tempo para confecção da prótese, os dentes remanescentes de moveram. Devido a isso, só deve moldar o paciente quando for realizar a confecção da prótese. AJUSTES NA BASE DA PRÓTESE: A base da prótese deve ser inspecionada visualmente e através de sensação tátil para detectar irregularidades ou asperezas que possam traumatizar a mucosa. Tais irregularidades devem ser removidas e as asperezas, polidas. Pode-se utilizar uma pasta evidenciadora ou um elastômero de baixa viscosidade para tentar antecipar pontos traumáticos da base da prótese sobre a mucosa, e assim diminuir o número de consultas de retorno. Pode ser utilizado a pasta base da pasta Lysanda na parte interna da sela para realizar as verificações. Ajustes da Base de PT e PPR * Pasta base da pasta Lysanda na parte interna da sela * Pressão digital * Oclusão do paciente * Desgastar aonde extravasar a pasta até que não ocorra mais * Acabamento e polimento das partes que foram desgastadas * Assentamento passivo sem interferências “As bases deve, cobrir a maior extensão possível de tecido para que haja um suporte das forças funcionais e resista deslocamento lateral da prótese, e não deve-se reduzir de uma maneira arbitrária e sem causa justificada.” Teste de estabilidade: * Pressões nas regiões anterior e posterior * Pressões alternadas lados esquerdo e direito * Não deve haver deslocamentos AJUSTES OCLUSAIS: As funções dos ajustes oclusais são: * Redirecionamento das forças oclusais e sua distribuição para o rebordo; 2 JENNIFER DELGADO FONTES * Obtenção de contatos puntiformes e eficiência das cúspides; * Liberdade de movimentos; * Contatos oclusais estáveis dos dentes posteriores em relação central; * Contatos simultâneos em lateralidade e protrusão; * Evitar rotação e deslocamento da prótese; * Prevenir trauma nos tecidos de suporte; * Favorecer a retenção e a estabilidade. Os ajustes em MIH/RC protrusão e lateralidade, deve ser avaliado os contatos com carbono, e os degastes realizado fora da broca. O pré-requisito para o ajuste de uma oclusão é conhecer previamente os contatos dentários que devem existir no padrão oclusal no qual se está trabalhando. No caso das PTs, deve existir pelo menos um contato em cada cúspide cêntrica com sua fossa antagonista correspondente. Nos movimentos laterais da mandíbula, deve haver contatos de todos os dentes antagonistas a partir dos caninos. Essa característica vai nortear os ajustes, visto que uma cúspide equilibrada em cêntrica deverá manter esse equilíbrio também nos movimentos excursivos mandibulares. Assim, quando for detectado que uma cúspide apresenta-se com um contato prematuro em cêntrica, deve-se verificar se esta mesma cúspide também se apresenta com contato prematuro em lateralidade. Caso isto ocorra, a cúspide em questão deve ser desgastada, porem, caso a cúspide apresente um con- tato prematuro em cêntrica, mas esteja equilibrada em lateralidade, o contato cêntrico deve ser ajustado pelo desgaste da fossa antagonista. OBS: O desgaste deve ser realizado com broca esfera de baixa rotação, ou fresa (minicut – jamais usar a maxxicut), respeitando sempre a anatomia dos dentes. No movimento de protrusão, os contatos deverão ser simétricos e equilibrados a partir da linha média e, se o biótipo do paciente permitir, com a presença de contatos posteriores bilaterais. Com o ajuste finalizado deve haver conta- tos equilibrados bilaterais em posição cêntrica, confirmados pela afirmação de conforto oclusal pelo paciente. OBS: após os desgastes, realizar o polimento com as borrachas abrasivas e o pelo de cabra. AJUSTE DA ESTETICA E FONETICA: * Harmonia dos dentes naturais e artificiais * Harmonia da cor da base e gengiva natural (caracterização) * Aceitação pelo paciente do resultado final - mostra-se a paciente o resultado final, depois da realização dos ajustes necessários, para que ele veja o resultado final. * Avaliação do paciente * Satisfação do paciente ORIENTAÇÕES AO PACIENTE: O paciente deverá ser orientado a como proceder para conseguir os melhores resultados possíveis dentro das limitações de seu caso. Como higienizar a prótese? A higienização das próteses pode ser realizada de maneira mecânica, por escovação; de maneira química, através de soluções apropriadas, ou associando-se os dois métodos; Embora tais estudos comprovem a preferência do paciente pelo uso da escovação da prótese, os resultados afirmam que a limpeza mecânica sozinha não é suficiente para garantir a higienização adequada, reforçando a necessidade da associação da técnica mecânica com produ- tos químicos para limpeza eficiente das próteses, especialmente em pacientes acometidos por es- tomatites protéticas persistentes.. Uso dos agentes químicos de limpeza – principalmente para os pacientes que não possui controle físico. Esse agente químico é para utilizar-se todos os dias, uma vez ao dia, porém devido ao preço ser muito elevado, recomenda-se o uso pelo menos 1 vez na semana. (Coloca-se na agua morna, coloca o comprimido, quando inicia a fase efervescente coloca- se a prótese por 5 minutos e tira). Pacientes que possui uma deficiência na escovação, indicar a cada 15 dias o paciente colocar a PT em um copo de agua com uma colher de hipoclorito. 3 JENNIFER DELGADO FONTES LIMPEZA: Uma solução química que pode ser facilmente preparada pelo próprio paciente é obtida com a diluição de 15 ml de hipoclorito de sódio, com concentração entre 2 e 3% (água sanitária), em um copo (cerca de 300ml) de água. Esta so- lução tem ação antimicrobiana, atuando também sobre restos orgânicos aderidos às próteses. Entretanto, não deve ser usada em próteses com metal em sua estrutura devido à presença do hipocloritode sódio, que pode manchá-lo ou corroê- lo. O paciente pode deixar a prótese à noite nessa solução e escová-la pela manhã sob água corrente. O digluconato de clorexidina também tem sido utilizado para a desinfecção de PTs. Em uma concentração de 4%, em imersões de 10 minutos, garantiu eficácia na desinfecção. O digluconato de clorexidina, na concentração de 0,12% é aprovado para o tratamento de gengivite, contra a formação de placa bacteriana e na cicatrização de feridas advindas da inserção de PTs Como higienizar a boca na ausência dos dentes? Com uma escova de dentes com cerdas macias, o paciente deve escovar e massagear a língua, a gengiva e o palato para eliminar a placa bacteriana e os resíduos alimentares, estimulando a circulação nesses locais. Recomendações: * Ressaltar que os ajustes e retornos posteriores são necessários e prioritários, pois os tecidos de suporte podem sofrer modificações imprevisíveis por causas anatômicas, fisiológicas, mecânicas e patológicas e também por reações individuais; * Relembrar que as próteses totais são peças artificiais e que não são iguais aos dentes naturais; * Fornecer informações por escrito sobre os cuidados e instruções sobre o uso da prótese, principalmente no caso de pacientes idosos; * Usar a prótese com confiança. * Retornar após 24 horas para controle (os demais retornos serão feitos após uma, duas ou três semanas, conforme as necessidades do caso). * No início, ingerir apenas alimentos moles. * Não desgastar, nem raspar a prótese. Somente o cirurgião-dentista poderá fazê-lo. * Usar a mastigação bilateral nos dentes posteriores. Não mastigar com os dentes anteriores. * Dormir sem a prótese. Se precisar usá-las à noite, dar um descanso de algumas horas durante o dia. Para preservar a saúde dos tecidos bucais (mucosa e osso), é importante que estes sejam poupados da pressão exercida pela base da prótese por 6 a 8 horas por dia. Por essa razão, idealmente, deve-se remover as próteses à noite, permitindo que haja melhor circulação do sangue pelos tecidos mais afetados. De fato, o uso noturno de PTs está associado a um considerável aumento da prevalência de estomatites protéticas * Massagear as gengivas com os dedos. * Higienizar a prótese após cada refeição principal; * São necessários retornos semestrais; * Paciente classe I e II de kennedy necessitam de um controle mais rígido devido a reabsorção fisiológica do rebordo residual; * Ulcerações na mucosa (muito frequente) – usa pasta branca para verificar onde está machucando e fazer o desgaste; * Náuseas; * Problemas fonéticos no início. Recomendar ao paciente que evite reuniões importantes, encontros importantes, aulas... * Dificuldade na mastigação no início; * Lesões por mordedura de língua e lábios; * Quando necessário, reembasamento da prótese; RECOMENDAÇÕES PARA PACIENTES QUE UTILIZAM COREGA: 1. Limpe e seque a superfície de apoio da prótese. 4 JENNIFER DELGADO FONTES ATENÇÃO! Remova completamente qualquer resíduo de material adesivo usado da base da prótese com o auxílio de toalhas de papel ou gaze. Evite usar artefatos que possam arranhar ou danificar a superfície de apoio da prótese. 2. Remova todo resíduo de adesivo, muco, saliva, e restos alimentares da mucosa epitelial que entrará em contato com a superfície de apoio da prótese. 3. Aplique pequenas quantidades de adesivo à superfície de contato da prótese com a mucosa. Umedeça a prótese antes de aplicar, caso esteja usando adesivo em pó. 4. Fixe a prótese pressionando-a firmemente com a mão por 5 a 10 segundos. 5. Feche a boca em oclusão cêntrica para distribuir o adesivo em fina camada entre a base da prótese e a mucosa, mantendo os dentes em contato por 1 minuto. Retire o excesso de adesivo (que vazar pela borda) com gaze ou lenço de papel. CONTROLE DA PRÓTESE: O principal problema ou queixa dos pacientes nas consultas que sucedem a instalação de uma prótese removível são as úlceras traumáticas causadas pelo contato direto da base da prótese sobre a mucosa. Essas lesões podem resultar de uma sobreextensão ou áreas de maior pressão sob a base da prótese; da suscetibilidade de áreas nas quais a mucosa que recobre o osso seja mais delgada; de desarmonias oclusais; ou mesmo de alguma irregularidade ou aspereza na resina acrílica do interior da base da prótese. Utilizar a pasta branca da Lysanda para verificar os locais que estão ferindo a mucosa. REEMBASAMENTO E REEMBASADORES: Indicações • Próteses totais imediatas, de 3 a 6 meses após instalação. • Próteses mal-adaptadas em razão de reabsorção do rebordo residual e com os padrões oclusal e estético aceitáveis. • Corrigir eventuais problemas de distorções na polimerização, e conseqüente desadaptação, da resina acrílica da base de uma prótese nova. • Próteses que serão utilizadas como guias para o planejamento e a instalação de implantes osteointegráveis. Classificação dos reembasadores – composição química: * Resina acrílica – padrão ouro, devido a adesão de um material com o outro * Silicone Classificação – tempo de duração: * Temporárias * Definitivos – não existe definitivo e sim de longa duração. SOFT-LINERS: Métodos de polimerização: - Autopolimerizáveis - utiliza-se, porém dura muito pouco tempo; libera mias monômero residual, duram menos tempo em boca por que mudam a cor. Dura em torno de 1-2 meses. - Termopolimerizáveis – A termopolimerizável, possui maior resistência, maior durabilidade (PADRÃO OURO) - Fotopolimerizáveis – dura em média 2 anos, possui uma boa estabilidade, porém o custo é muito alto. O material é vendido fora do Brasil. Obs: A termopolimerizável, é mais resistente, estável, porém, a sua desvantagem é a necessidade do paciente ficar sem a prótese durante um tempo. REFERÊNCIAS: Prótese Total Convencional- Livro do Estudande. TELLES, Daniel de Moraes. Prótese Total e Prótese Parcial Removível- Série Abeno. RUSSI, Sérgio. ROCHA, Eduardo P.
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