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Eletrotécnica - Segurança do Trabalho

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SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
CETEC - Centro de Especialização Técnica 
www.cetec-ba.com.br 
1 
 
 
 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
CETEC - Centro de Especialização Técnica 
www.cetec-ba.com.br 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 4 
 
2 - NOÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA RELATIVAS À SEGURANÇA E 
SAÚDE DO TRABALHO ............................................................................................................................................. 5 
2.2 - DEFINIÇÕES ........................................................................................................................................................ 5 
2.3 - RESPONSABILIDADES CIVIS E CRIMINAIS DO ACIDENTE DE TRABALHO .................................................................. 5 
2.4 - RESPONSABILIDADE CRIMINAL ............................................................................................................................ 5 
 
3 - NOÇÕES SOBRE SEGURANÇA DO TRABALHO .................................................................................................... 5 
3.1 - O QUE É SEGURANÇA DO TRABALHO? ................................................................................................................ 5 
3.2 - PORQUE MINHA EMPRESA PRECISA CONSTITUIR EQUIPE DE SEGURANÇA DO TRABALHO? .................................... 6 
3.3 - QUE É ACIDENTE DE TRABALHO? ........................................................................................................................ 6 
3.4 - ONDE ATUA O PROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO TRABALHO? ............................................................................ 7 
3.5 - O QUE FAZ O PROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO TRABALHO? .............................................................................. 7 
3.6 - O QUE EXATAMENTE FAZ CADA UM DOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA DO TRABALHO? ..................................... 7 
3.7 - COMO MINIMIZAR OS CUSTOS COM A SEGURANÇA DO TRABALHO? ..................................................................... 11 
3.8 - NA MINHA EMPRESA NUNCA TEVE ACIDENTE DE TRABALHO. ACHO QUE INVESTIR EM SEGURANÇA ATUALMENTE É 
PERDA DE TEMPO ..................................................................................................................................................... 11 
3.9 - ACHO QUE MEU DEVER COMO ADMINISTRADOR DE EMPRESAS E OU DONO DA EMPRESA É CONTRATAR O SERVIÇO DE 
SEGURANÇA DO TRABALHO DA EMPRESA E PONTO FINAL ......................................................................................... 11 
3.10 - O QUE FAZER ENTÃO SE, SENDO DA DIRETORIA DA EMPRESA, NÃO SOU PROFISSIONAL DA ÁREA DE SEGURANÇA?
 ................................................................................................................................................................................ 12 
 
4 - DICAS SOBRE ACIDENTES DOMÉSTICOS E OUTROS ....................................................................................... 12 
4.1 - EM CASA.......................................................................................................................................................... 12 
4.2 - NA CONSTRUÇÃO ............................................................................................................................................. 13 
4.3 - PIPAS E PAPAGAIOS ......................................................................................................................................... 14 
4.4 - SUBESTAÇÕES, LINHAS E REDES ...................................................................................................................... 14 
4.5 - NO TRÂNSITO ................................................................................................................................................... 14 
4.6 - NA ÁREA RURAL .............................................................................................................................................. 15 
 
5 - ESTATÍSTICA DOS ACIDENTES ............................................................................................................................. 15 
5.1 - ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DE TRABALHO (1970-1999) ................................................................................. 16 
5.2 - CAT- COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO ............................................................................................ 17 
5.3 - CONSEQÜÊNCIAS DOS ACIDENTES DO TRABALHO .............................................................................................. 18 
5.4 - DOENÇAS OCUPACIONAIS ................................................................................................................................. 18 
5.4.1 - O que é uma Doença Ocupacional? ................................................................................................... 19 
 
6 - NORMAS REGULAMENTADORAS ......................................................................................................................... 19 
6.1 - NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................ 19 
6.2 - NR5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ................................................................................ 22 
6.2.1 - Do Objetivo ............................................................................................................................................ 22 
6.2.2 - Da Constituição..................................................................................................................................... 22 
6.2.3 - Da Organização ..................................................................................................................................... 22 
 
 
 
 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
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3 
 
6.2.4 - Das Atribuições..................................................................................................................................... 23 
6.2.5 - Do Funcionamento ............................................................................................................................... 25 
6.2.6 - Do Treinamento..................................................................................................................................... 25 
6.2.7 - Do Processo Eleitoral ........................................................................................................................... 26 
6.2.8 - Das Contratantes e Contratadas ......................................................................................................... 27 
6.2.9 - Disposições Finais ............................................................................................................................... 27 
6.3 - NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI (1006.000-7) ................................................................. 28 
6.4 - NR 10 - INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE ........................................................................................ 34 
6.4.1 – Dos Serviços ........................................................................................................................................ 36 
6.4.2 - Dos Procedimentos .............................................................................................................................. 36 
6.4.3 - Das Situações de Emergência ............................................................................................................. 37 
6.4.4 - Da Responsabilidade ...........................................................................................................................38 
 
7 - METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO ................... 38 
7.1 - INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 38 
7.2 - CAUSAS DOS ACIDENTES .................................................................................................................................. 39 
7.2.1 - Ato Inseguro ou Ações fora do Padrão .............................................................................................. 39 
7.2.2 - Condição Insegura ............................................................................................................................... 40 
7.2.3 - Fator Pessoal de Insegurança ............................................................................................................. 40 
7.3 - INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES ........................................................................................................................... 41 
7.4 - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES ........................................................................................................................... 41 
7.5 - ANÁLISE/INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES ............................................................................................................ 41 
 
8 - MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS .................................................................................................................. 42 
8.1 – VÍTIMA INCONSCIENTE ...................................................................................................................................... 42 
8.2 - CONVULSÃO ..................................................................................................................................................... 42 
8.4 – INTOXICAÇÃO ................................................................................................................................................... 45 
8.5 – INTOXICAÇÃO POR PLANTAS............................................................................................................................. 46 
Tabela ................................................................................................................................................................ 46 
8.6 – PARADA CARDIO - RESPIRATÓRIA .................................................................................................................... 47 
8.8 – TRAUMATISMO MÚSCULO-ESQUELÉTICO .......................................................................................................... 50 
Luxação ............................................................................................................................................................. 51 
Fratura ............................................................................................................................................................... 51 
8.9 – QUEIMADURA ................................................................................................................................................... 52 
Conceito ............................................................................................................................................................ 52 
8.10 – CHOQUE ELÉTRICO ........................................................................................................................................ 53 
8.11 - ORIENTAÇÃO FINAL ......................................................................................................................................... 54 
 
9 - REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
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4 
 
1 - Introdução 
 
“O pensamento prevencionista é à base da modernidade”. 
 
A incidência de acidentes de trabalho, embora seja grave e faça parte de várias estatísticas negativas, 
parece ainda não chocar e indignar o conjunto de nossa sociedade. Os alarmantes números da 
Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que, a cada ano, acontecem cerca de 250 milhões de 
acidentes de trabalho e 160 milhões de doenças profissionais no mundo, dos quais 1,1 milhão resultam em 
morte. Esses números, embora impressionantes recebem menos destaque do que outros, também graves, 
como as mortes no trânsito, que ficam em torno de 900mil, por violência, que chegam a 560 mil ou pelo 
vírus HIV que vitimam 312 mil. 
 
 
 
 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
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2 - Noções Sobre a Legislação Trabalhista e Previdenciária Relativas 
à Segurança e Saúde do Trabalho 
O comportamento humano exige regras que tem como parâmetros o ordenamento jurídico. Assim quando 
ação do homem esta de conformidade com a lei, este ato é chamado de licito; e quando o homem viola o 
direito ou causa prejuízo a alguém, o ato é denominado de ilícito. E este pode gerar responsabilidade civil 
e penal, ou até ambas se resultam da ação e omissão. 
Tanto a ação quanto a omissão são analisadas sob dois aspectos: doloso e culposo. O ato é doloso 
quando a ação e/ou omissão são intencionais e culposos quando a ação ou omissão são involuntárias. 
Na culpa, o agente, por ação ou omissão, não deseja lesar a outrem, mas o dano ocorre pela ausência de 
previsão daquilo que deverá ser previsto. O ato culposo é resultante de negligência, imprudência ou 
imperícia. 
 
2.2 - Definições 
NEGLIGÊNCIA 
Ausência de diligência ou cuidado, ou ainda a demora para prevenir ou 
abastar que o dano ocorra. 
IMPRUDÊNCIA 
Falta de observância de medidas de precaução e de segurança que se 
faziam necessárias, em dado momento, para evitar-se um mal. 
IMPERÍCIA 
Falta de aptidão especial, habilidade ou experiência, ou de previsão, no 
exercício de determinada função, arte ou ofício, segundo da lição do jurista 
Pedro Nunes em seu Dicionário de Tecnologia jurídica. 
DOLO Intenção deliberada de defender o direito ou de ocasionar prejuízo a outrem. 
CULPA É a falta de diligência na observância de normas de conduta. 
 
2.3 - Responsabilidades Civis e Criminais do Acidente de Trabalho 
Resulta das obrigações por atos ilícitos: 
Artigo 259 - Código Civil - “aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar dano”. 
 
2.4 - Responsabilidade Criminal 
Resulta em reparar o dano: 
Artigo 132 - Código Penal - Expor a Vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente. 
Pena - Detenção de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
3 - Noções Sobre Segurança do Trabalho 
3.1 - O que é Segurança do Trabalho? 
Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando 
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a 
capacidade de trabalho do trabalhador. 
 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
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A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à 
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em 
Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, 
Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, 
O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de 
Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, 
Perícias, Proteção do Meio Ambiente,Ergonomia e Iluminação, Proteção contra 
Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. 
O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe 
multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes 
profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da 
empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que 
tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de 
modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida 
e a promoção da saúde do trabalhador. 
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a Legislação de 
Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, Normas 
Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, como portarias e decretos e 
também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, 
ratificadas pelo Brasil. 
 
3.2 - Porque minha Empresa Precisa Constituir Equipe de Segurança do 
Trabalho? 
Porque é exigido por lei. Por outro lado, a Segurança do Trabalho faz com que a empresa se organize, 
aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho. 
 
3.3 - Que é Acidente de Trabalho? 
Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando 
lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho. Equiparam-se aos acidentes de trabalho: 
1. O acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa 
fora do local de trabalho; 
2. O acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa; 
3. O acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa; 
4. Doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho); 
5. Doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do trabalho). 
 
O Acidente de Trabalho deve-se principalmente a duas causas: 
 
I. Ato Inseguro 
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É o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está 
contra as normas de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado 
sem cinto de segurança contra quedas, ligar tomada de aparelhos elétricos com as 
mãos molhadas e dirigir em alta velocidade. 
 
II. Condição Insegura 
É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. 
São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, 
máquinas em estado precário de manutenção, andaime de obras de construção civil 
feitos com materiais inadequados. 
Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os acidentes e as doenças 
ocupacionais. Esse é o papel da Segurança do Trabalho. 
 
3.4 - Onde atua o Profissional de Segurança do Trabalho? 
O profissional de Segurança do Trabalho tem uma área de atuação bastante ampla. Ele atua em todas 
as esferas da sociedade onde houver trabalhadores. Em geral ele atua em fábricas de alimentos, 
construção civil, hospitais, empresas comerciais e industriais, grandes empresas estatais, mineradoras e 
de extração. Também pode atuar na área rural em empresas agro-industriais. 
 
3.5 - O que faz o Profissional de Segurança do Trabalho? 
O profissional de Segurança do Trabalho atua conforme sua formação quer seja ele 
médico, técnico, enfermeiro ou engenheiro. O campo de atuação é muito vasto. Em 
geral o engenheiro e o técnico de segurança atuam em empresas organizando 
programas de prevenção de acidentes, orientando a CIPA, os trabalhadores quanto 
ao uso de equipamentos de proteção individual, elaborando planos de prevenção de 
riscos ambientais, fazendo inspeção de segurança, laudos técnicos e ainda 
organizando e dando palestras e treinamento. 
Muitas vezes esse profissional também é responsável pela implementação de programas de meio 
ambiente e ecologia na empresa. 
O médico e o enfermeiro do trabalho dedicam-se a parte de saúde ocupacional, prevenindo doenças, 
fazendo consultas, tratando ferimentos, ministrando vacinas, fazendo exames de admissão e periódicos 
nos empregados. 
 
3.6 - O que exatamente faz cada um dos Profissionais de Segurança do 
Trabalho? 
A seguir a descrição das atividades dos profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, de acordo com a 
Classificação Brasileira de Ocupações - CBO. 
Engenheiro de Segurança do Trabalho 
 
 Assessora empresas industriais e de outro gênero em assuntos 
relativos à segurança e higiene do trabalho, examinando locais e 
condições de trabalho, instalações em geral e material, métodos e 
 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
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processos de fabricação adotados pelo trabalhador, para determinar as necessidades dessas 
empresas no campo da prevenção de acidentes; 
 Inspeciona estabelecimentos fabris, comerciais e de outro gênero, verificando se existem riscos de 
incêndios, desmoronamentos ou outros perigos, para fornecer indicações quanto às precauções a 
serem tomadas; 
 Promove a aplicação de dispositivos especiais de segurança, como óculos de proteção, cintos de 
segurança, vestuário especial, máscara e outros, determinando aspectos técnicos funcionais e 
demais características, para prevenir ou diminuir a possibilidade de acidentes; 
 Adapta os recursos técnicos e humanos, estudando a adequação da máquina ao homem e do 
homem à máquina, para proporcionar maior segurança ao trabalhador; 
 Executa campanhas educativas sobre prevenção de acidentes, organizando palestras e 
divulgações nos meios de comunicação, distribuindo publicações e outro material informativo, para 
conscientizar os trabalhadores e o público, em geral; 
 Estuda as ocupações encontradas num estabelecimento fabril, comercial ou de outro gênero, 
analisando suas características, para avaliar a insalubridade ou periculosidade de tarefas ou 
operações ligadas à execução do trabalho; 
 Realiza estudos sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais, consultando técnicos de 
diversos campos, bibliografia especializada, visitando fábricas e outros estabelecimentos, para 
determinar as causas desses acidentes e elaborar recomendações de segurança. 
 
 Técnico de Segurança do Trabalho 
 
 Inspeciona locais, instalações e equipamentos da empresa, observando as 
condições de trabalho, para determinar fatores e riscos de acidentes; 
estabelece normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais 
modificações nos equipamentos e instalações e verificando sua observância, 
para prevenir acidentes; 
 Inspeciona os postos de combate a incêndios, examinando as mangueiras, hidrantes, extintores 
e equipamentos de proteção contra incêndios, para certificar-se de suas perfeitas condições de 
funcionamento; 
 Comunica os resultados de suas inspeções, elaborando relatórios, para propor a reparação ou 
renovação do equipamento de extinção de incêndios e outras medidas de segurança; 
 Investiga acidentes ocorridos, examinando as condições da ocorrência, para identificar suas 
causas e propor as providências cabíveis; 
 Mantém contatos com os serviços médico e social da empresa ou de outra instituição, utilizando 
os meios de comunicação oficiais, para facilitar o atendimento necessário aos acidentados; 
 Registra irregularidades ocorridas,anotando-as em formulários próprios e elaborando 
estatísticas de acidentes, para obter subsídios destinados à melhoria das medidas de 
segurança; 
 Instrui os funcionários da empresa sobre normas de segurança, combate a incêndios e demais 
medidas de prevenção de acidentes, ministrando palestras e treinamento, para que possam agir 
acertadamente em casos de emergência; 
 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
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 Coordena a publicação de matéria sobre segurança no trabalho, preparando instruções e 
orientando a confecção de cartazes e avisos, para divulgar e desenvolver hábitos de prevenção 
de acidentes; 
 Participa de reuniões sobre segurança no trabalho, fornecendo dados relativos ao assunto, 
apresentando sugestões e analisando a viabilidade de medidas de segurança propostas, para 
aperfeiçoar o sistema existente. 
 
Médico do Trabalho 
 
 Executa exames periódicos de todos os empregados ou em especial daqueles expostos a maior 
risco de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais, fazendo o exame clínico e/ou 
interpretando os resultados de exames complementares, para controlar as condições de saúde 
dos mesmos a assegurar a continuidade operacional e a produtividade; 
 Executa exames médicos especiais em trabalhadores do sexo feminino, menores, idosos ou 
portadores de subnormalidades, fazendo anamnese, exame clínico e/ou interpretando os 
resultados de exames complementares, para detectar prováveis danos à saúde em decorrência 
do trabalho que executam e instruir a administração da empresa para possíveis mudanças de 
atividades; 
 Faz tratamento de urgência em casos de acidentes de trabalho ou alterações agudas da saúde, 
orientando e/ou executando a terapêutica adequada, para prevenir 
conseqüências mais graves ao trabalhador; 
 Avalia, juntamente com outros profissionais, condições de insegurança, 
visitando periodicamente os locais de trabalho, para sugerir à direção da 
empresa medidas destinadas a remover ou atenuar os riscos existentes; 
 Participa, juntamente com outros profissionais, da elaboração e execução 
de programas de proteção à saúde dos trabalhadores, analisando em 
conjunto os riscos, as condições de trabalho, os fatores de insalubridade, 
de fadiga e outros, para obter a redução de absenteísmo e a renovação 
da mão-de-obra; 
 Participa do planejamento e execução dos programas de treinamento das equipes de 
atendimento de emergências, avaliando as necessidades e ministrando aulas, para capacitar o 
pessoal incumbido de prestar primeiros socorros em casos de acidentes graves e catástrofes; 
 Participa de inquéritos sanitários, levantamentos de doenças profissionais, lesões traumáticas e 
estudos epidemiológicos, elaborando e/ou preenchendo formulários próprios e estudando os 
dados estatísticos, para estabelecer medidas destinadas a reduzir a morbidade e mortalidade 
decorrentes de acidentes do trabalho, doenças profissionais e doenças de natureza não-
ocupacional; 
 Participa de atividades de prevenção de acidentes, comparecendo a reuniões e assessorando 
em estudos e programas, para reduzir as ocorrências de acidentes do trabalho; 
 Participa dos programas de vacinação, orientando a seleção da população trabalhadora e o tipo 
de vacina a ser aplicada, para prevenir moléstias transmissíveis; 
 Participa de estudos das atividades realizadas pela empresa, analisando as exigências 
psicossomáticas de cada atividade, para elaboração das análises profissiográficas; 
 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
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 Procede aos exames médicos destinados à seleção ou orientação de candidatos a emprego em 
ocupações definidas, baseando-se nas exigências psicossomáticas das mesmas, para 
possibilitar o aproveitamento dos mais aptos; 
 Participa da inspeção das instalações destinadas ao bem-estar dos trabalhadores, visitando, 
juntamente com o nutricionista, em geral (0-68.10), e o enfermeiro de higiene do trabalho (0-71.40) 
e/ou outros profissionais indicados, o restaurante, a cozinha, a creche e as instalações 
sanitárias, para observar as condições de higiene e orientar a correção das possíveis falhas 
existentes. Pode participar do planejamento, instalação e funcionamento dos serviços médicos 
da empresa. Pode elaborar laudos periciais sobre acidentes do trabalho, doenças profissionais 
e condições de insalubridade. Pode participar de reuniões de órgãos comunitários 
governamentais ou privados, interessados na saúde e bem-estar dos trabalhadores. Pode 
participar de congressos médicos ou de prevenção de acidentes e divulgar pesquisas sobre 
saúde ocupacional. 
 
Enfermeiro do Trabalho 
 
 Estuda as condições de segurança e periculosidade da empresa, 
efetuando observações nos locais de trabalho e discutindo-as em 
equipe, para identificar as necessidades no campo da segurança, 
higiene e melhoria do trabalho; 
 Elabora e executa planos e programas de proteção à saúde dos 
empregados, participando de grupos que realizam inquéritos 
sanitários, estudam as causas de absenteísmo, fazem levantamentos de doenças profissionais e 
lesões traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados estatísticos de morbidade 
e mortalidade de trabalhadores, investigando possíveis relações com as atividades funcionais, para 
obter a continuidade operacional e aumento da produtividade; 
 Executa e avalia programas de prevenções de acidentes e de doenças profissionais ou não-
profissionais, fazendo análise da fadiga, dos fatores de insalubridade, dos riscos e das condições 
de trabalho do menor e da mulher, para propiciar a preservação de integridade física e mental do 
trabalhador; 
 Presta primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença, fazendo curativos 
ou imobilizações especiais, administrando medicamentos e tratamentos e providenciando o 
posterior atendimento médico adequado, para atenuar conseqüências e proporcionar apoio e 
conforto ao paciente; 
 Elabora e executa ou supervisiona e avalia as atividades de assistência de enfermagem aos 
trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento ambulatorial, no local de trabalho, controlando 
sinais vitais, aplicando medicamentos prescritos, curativos, instalações e teses, coletando material 
para exame laboratorial, vacinações e outros tratamentos, para reduzir o absenteísmo profissional; 
organiza e administra o setor de enfermagem da empresa, provendo pessoal e material 
necessários, treinando e supervisionando auxiliares de enfermagem do trabalho, atendentes e 
outros, para promover o atendimento adequado às necessidades de saúde do trabalhador; 
 Treina trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material adequado ao tipo de trabalho, 
para reduzir a incidência de acidentes; 
 Planeja e executa programas de educação sanitária, divulgando conhecimentos e estimulando a 
aquisição de hábitos sadios, para prevenir doenças profissionais, mantendo cadastros atualizados, 
 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
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a fim de preparar informes para subsídios processuais nos pedidos de indenização e orientar em 
problemas de prevenção de doenças profissionais. 
 
Auxiliar de Enfermagem do trabalho 
 
 Desempenha tarefas similares às que realiza o auxiliar de 
enfermagem, em geral (5-72.10), porém atua em dependências de 
fábricas, indústrias ou outros estabelecimentos que justifiquem 
sua presença. 
 
Fonte: Código Brasileiro de Ocupação - CBO 
 
3.7 - Como minimizar os custos com a Segurança do Trabalho? 
A melhormaneira de minimizar os custos da empresa é investir na 
prevenção de acidentes. 
Muitos empresários têm a idéia errônea que devem diminuir seus 
investimentos em equipamentos de proteção individual, contratação de 
pessoal de segurança do trabalho e medidas de segurança. 
O custo de um acidente pode trazer inúmeros prejuízos à empresa. 
O acidente leva a encargos com advogados, perdas de tempo e materiais e na produção. Sabem-se casos 
de empresas que tiveram que fechar suas portas devido à indenização por acidentes de trabalho. 
Com certeza seria muito mais simples investir em prevenção e em regularização da segurança nesta 
empresa, evitando futuras complicações legais. 
 
3.8 - Na minha Empresa nunca teve Acidente de Trabalho. Acho que investir 
em Segurança atualmente é perda de Tempo 
Isso não é correto. Investir em segurança também vai aumentar o grau de conscientização dos 
empregados. Fazer treinamento de segurança vai melhorar o relacionamento entre eles. Se nunca 
aconteceu acidente não quer dizer que nunca vai acontecer. 
Já diz a Bíblia, "Vigiai e orai, pois não sabeis o dia nem a hora”. Nunca se sabe a hora que um acidente 
pode acontecer, por isso deve estar sempre prevenido. 
 
3.9 - Acho que meu dever como Administrador de Empresas e ou Dono da 
Empresa é contratar o Serviço de Segurança do Trabalho da Empresa e Ponto 
Final 
Errado. Em uma campanha de segurança da empresa toda a diretoria deve estar envolvida. 
De nada adianta treinar os funcionários, fazer campanhas, se a diretoria, a maior responsável pela 
empresa, não estiver envolvida e engajada com a Segurança do Trabalho. 
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Se isso acontecer a empresa fica sendo acéfala, isto é, sem cabeça, sem coordenação, perdendo-se tudo 
o que foi feito, caindo a Segurança do Trabalho no esquecimento em poucos meses. 
 
3.10 - O que fazer então se, sendo da Diretoria da Empresa, não sou 
Profissional da Área de Segurança? 
A primeira coisa a fazer é manter a mente aberta, conversar com os 
empregados, com o pessoal da área de segurança, participar do processo. 
Também é de muita valia assistir palestras e seminários, fazer cursos de 
atualização sobre gerenciamento, qualidade e meio ambiente. 
Em muitos desses cursos são ministradas tópicos envolvendo Segurança do 
Trabalho, que vem somar-se ao conhecimento necessário para fazer a 
empresa mais eficiente, segura, organizada e produtiva. 
 
 
4 - Dicas Sobre Acidentes Domésticos e Outros 
4.1 - Em Casa 
Em casa, utilizamos vários eletrodomésticos conectados à rede. É muito 
importante observar certos cuidados, especialmente quando há crianças 
por perto. 
Ensine as crianças a não colocar os dedos ou quaisquer objetos dentro 
das tomadas. Para maior segurança, instale protetores de plástico que só 
deverão ser retirados quando a tomada for utilizada. 
Cuidado dobrado com os nenês. Não deixe que coloquem fios elétricos na 
boca. 
 
Ferros, torradeiras, ventiladores e aquecedores 
devem ser guardados ou utilizados fora do alcance 
das crianças. 
E não deixe eletrodomésticos ligados sem alguém por perto. 
 
 
 
 
As extensões e cabos dos aparelhos devem estar sempre em boas condições. Não 
se arrisque. 
 
 
Não passe os fios elétricos debaixo dos tapetes. Pode provocar incêndio! 
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Desligue os aparelhos corretamente, usando a tecla ou botão de ligar e 
desligar. Nunca puxe pelo fio. 
Não ligue vários aparelhos numa só tomada. Essa é outra causa comum de 
incêndios. 
 
Aparelhos elétricos no banheiro é um grande 
risco. Utilize apenas rádios, secadores e barbeadores a pilha. Certifique-se 
também de que o chuveiro esteja bem instalado. 
 
Nunca toque em eletrodomésticos ligados enquanto você estiver trabalhando 
com as mãos mergulhadas na pia. 
Faça uma coisa de cada vez. 
 
Desligue a torradeira antes de retirar os pães com um garfo ou faca. 
 
Se o seu eletrodoméstico começar a fazer barulhos 
estranhos ou a soltar faíscas, desligue-o imediatamente. Conserte somente em 
oficinas de confiança. 
Sua casa está protegida por fusíveis ou disjuntores, 
instalados na caixa do medidor ou no quadro de 
distribuição. 
Eles foram especialmente projetados para desligar o 
circuito em caso de defeito. Nunca bloqueie as chaves dos disjuntores ou substitua os fusíveis por arame, 
moeda, papel de cigarro, etc. 
 Durante a instalação de antenas de rádio e TV, muitos cuidados devem ser 
tomados. Os suportes dessas antenas em geral são metálicos e condutores 
de eletricidade. Durante a instalação devem ser movimentados longe dos fios 
da rede. As antenas devem ser instaladas de maneira que não toquem ou 
caiam sobre os fios da rede elétrica. 
 
4.2 - Na Construção 
 
Ferros de construção, trilhos de cortina, escadas e outros objetos metálicos também 
representam perigo e devem ser movimentados longe dos fios elétricos. 
 
A utilização de ferramentas elétricas requer cuidados 
especiais. Siga as instruções do fabricante e nunca 
improvise extensões ou emenda dos fios. 
 
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Se for construir uma piscina, lembre-se de que no 
processo de limpeza o equipamento usado não 
pode encostar-se à fiação ou nas luminárias. 
Planeje bem para ter segurança. 
 
 
 
4.3 - Pipas e Papagaios 
 Soltar papagaio é uma brincadeira divertida, mas é preciso brincar longe dos 
fios elétricos. 
Como os fios dos postes não são encapados, a linha do papagaio pode ser um grande perigo se estiver 
suja, molhada ou com cerol. 
A linha poderá conduzir eletricidade e a brincadeira pode terminar em tragédia. Use sempre linhas de 
algodão, secas e sem cerol. 
 
4.4 - Subestações, Linhas e Redes 
Subestações elétricas, torres de transmissão e outras instalações de energia 
elétrica mostram avisos de perigo. Todos os anos ocorrem inúmeros acidentes 
com pessoas que desobedecem a esses avisos. Nunca suba em postes ou 
torres de transmissão. 
Um fio partido é extremamente perigoso. Nunca toque em nenhum fio, qualquer que seja a circunstância. 
Ensine as crianças a jamais se aproximarem e avise o quanto antes o Plantão Coelba. 
Subir em árvores é divertido, mas certifique-se de 
que não existam fios por perto. 
Se os galhos da árvore encostarem-se aos fios, 
poderão conduzir eletricidade e acabar com a 
brincadeira. 
 
Os postes podem estar presos em estais. 
Cuidado para não se machucar e cuidado dobrado ao trabalhar a terra e 
campear o gado. 
 
Nunca se deve podar ou cortar uma árvore, se 
houver a possibilidade delas caírem sobre os fios 
elétricos. 
Também não se devem plantar árvores debaixo das 
linhas de transmissão. Na dúvida, chame o Plantão 
Coelba. 
 
4.5 - No Trânsito 
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Infelizmente são muito comuns os acidentes automobilísticos envolvendo rede elétrica. 
No caso de colisão com um poste, não saia do carro se o fio estiver sobre ele. 
Poderá tomar um choque se tocar o chão e o carro ao mesmo tempo, pois fechará um curto-circuito. 
Se tiver mesmo que abandonar o carro, pule com os dois pés juntos o mais 
longe possível do carro. 
Se você não for à vítima, mas a testemunha do acidente instrua as pessoas do 
carro sobre como proceder para sair do carro e chame imediatamente o 
Plantão Coelba. 
Caminhões altos podem tocara rede elétrica e 
nesse caso ficam energizados. Não toque no caminhão. 
Os responsáveis pelas obras em construção e os operadores de 
guindastes, dragas, escavadeiras, tratores, caminhões basculantes, etc., 
devem manter e operar estas máquinas longe da rede elétrica. 
 
4.6 - Na Área Rural 
Na área rural, a situação é ainda mais perigosa, pois as propriedades em geral são 
atravessadas por redes elétricas de alta-tensão. 
Observe os seguintes cuidados: 
 Nunca abra ou feche a chave do transformador. 
 Em caso de problema, chame a Coelba. Muitas vezes, a 
falta de energia pode ser causada por desligamentos 
programados, necessários para a execução de um serviço. 
 Se verificar uma chave aberta num poste dentro de sua propriedade, nunca tente 
fechá-la. 
 
 
 
5 - Estatística dos Acidentes 
As estatísticas de acidentes formam o conjunto de números relativos à ocorrência de acidentes e tem por 
finalidade a identificação das áreas prioritárias em matéria de prevenção de acidentes e a aferição dos 
resultados alcançados pelas mudanças realizadas. 
As estatísticas de acidentes são de fundamental importância para estabelecer os planos de segurança a 
serem traçados. 
Embora hoje não há obrigatoriedade em lançar no corpo de atas das CIPAs, a estatísticas devem ser 
elaboradas como uma ferramenta para servir de parâmetro das medidas que estão sendo implantadas 
com o objetivo de garantir ACIDENTE ZERO, DOENÇA OCUPACIONAL ZERO. 
 
 
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5.1 - Estatísticas de Acidentes de Trabalho (1970-1999) 
 
Ano Trabalhadores Típico Trajeto Doenças Óbitos Total 
1970 7.284.022 1.199.672 14.502 5.937 2.232 1.220.111 
1971 7.553.472 1.308.335 18.138 4.050 2.587 1.330.523 
1972 8.148.987 1.479.318 23.389 2.016 2.854 1.504.723 
1973 10.956.956 1.602.517 28.395 1.784 3.173 1.632.696 
1974 11.537.024 1.756.649 38.273 1.839 3.833 1.796.761 
1975 12.996.796 1.869.689 44.307 2.191 4.001 1.916.187 
1976 14.945.489 1.692.833 48.394 2.598 3.900 1.743.825 
1977 16.589.605 1.562.957 48.780 3.013 4.445 1.614.750 
1978 16.638.799 1.497.934 48.511 5.016 4.342 1.551.461 
1979 17.637.127 1.388.525 52.279 3.823 4.673 1.444.627 
1980 18.686.355 1.404.531 55.967 3.713 4.824 1.464.211 
1981 19.188.536 1.215.539 51.722 3.204 4.808 1.270.465 
1982 19.476.362 1.117.832 57.874 2.766 4.496 1.178.472 
1983 19.671.128 943.110 56.989 3.016 4.214 1.003.115 
1984 19.673.915 901.238 57.054 3.233 4.508 961.525 
1985 21.151.994 1.010.340 63.515 4.006 4.384 1.077.861 
 1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 4.578 1.207.859 
1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 5.738 1.137.124 
1988 23.661.579 926.356 60.202 5.025 4.616 991.583 
1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 4.554 888.443 
1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 5.355 693.572 
1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 4.527 632.322 
1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 3.516 532.514 
1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 3.110 412.293 
1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 3.129 388.304 
1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 3.967 424.137 
1996 23.838.312 325.870 34.696 34.889 4.488 395.455 
1997 24.140.428 347.482 37.213 36.648 3.469 421.343 
1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 3.793 414.341 
1999 - 319.617 36.716 22.032 3.605 378.365 
Total 546.600.455 30.039.594 1.319.722 269.652 121.719 31.628.968 
 
 Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV 
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Para compreender mais as estatísticas de acidentes é preciso conhecer alguns conceitos básicos: dias 
perdidos, dias transportados, dias debitados, taxa de freqüência, taxa de gravidade, homens horas 
trabalhadas. 
Dias Perdidos: são os dias que o empregado fica afastado após o dia do acidente. São contados de forma 
corrida, ou seja, incluindo domingo e feriados, até o dia da alta médica, que sempre ocorre um dia antes do 
retorno ao trabalho. Caso o acidentado volte a trabalhar no dia seguinte a ocorrência do acidente não são 
contados dias perdidos. 
Dias Debatidos: são dias correspondentes a perda de membros, parte do corpo ou morte. Representa 
mais perda em prejuízo econômico da vida de um indivíduo, com base na vida ativa do empregado, que 
corresponde a 20 (vinte) anos ou 6.000 (seis mil) dias. 
Dias Transportados: refere-se à contagem de dias perdidos e lançados em cada mês por acidentes do 
trabalho, ocorrido em mês (es) anterior (es), ou seja, são os dias perdidos nos meses posteriores ao 
acidente até a lata médica. 
 
5.2 - CAT- Comunicação de Acidente do Trabalho 
A lei 8.213 de 24 de agosto de 1991 determina, no seu artigo 22, que todo acidente do trabalho ou doença 
ocupacional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão. 
Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento do 
formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, 
estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social. Havendo ou não afastamento, o acidente de 
trabalho deverá ser comunicado. 
Art. 22 - A empresa deverá comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil 
seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade compete, sob pena de multa 
variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada na 
reincidência, aplicada e cobrada pela Previdência Social. 
§ 1º - Da comunicação a que se refere este artigo, recebendo cópia fiel o acidentado ou seus dependentes 
bem como o sindicato a que corresponde à categoria. 
§ 2º - Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus 
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não 
prevalecendo nestes casos, o prazo previsto neste artigo. 
 § 3º - A comunicação a que se refere o parágrafo 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta 
do cumprimento do disposto neste artigo. 
 § 4º - Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela 
Previdência Social, das multas previstas neste artigo. 
Art. 2 - Considera-se como dia do acidente, nos casos de doença profissional ou do trabalho, a data do 
início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação 
compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo, para este efeito, o que ocorrer primeiro. 
A CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho deverá ser feita em seis vias, com a seguinte destinação: 
1ª via 2ª via 3ª Via 4ª via 5ª via 6ª via 
INSS Empresa 
Segurado ou 
dependente 
Sindicato de 
Classe 
Sistema Único de 
Saúde 
DRT 
A responsabilidade da entrega das vias é do emitente da comunicação, cabendo a este comunicar ao 
segurado ou seus dependentes em qual Posto do Seguro Social foram registrados a CAT. 
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5.3 - Consequências dos Acidentes do Trabalho 
O acidente do trabalho é uma ocorrência que não interessa ninguém. São várias as consequências e nesta 
ciranda quem mais perde é o trabalhador, pois além do sofrimento físico, arca também com todas as 
despesas que um acidente custa para o país. 
Vejamos as sérias consequências dos acidentes para o trabalhador, a empresa e a nação e assim 
poderemos pensar que a prevenção é o melhor remédio para estes males. 
 
Trabalhador 
 
 Sofrimento físico; 
Incapacidade para o trabalho;Desamparo à família; 
Perdas financeiras. 
 
 
Empresa 
 
 
Gastos com Primeiros Socorros e transporte do acidentado; 
Tempo perdido por outros empregados para socorrerem um acidentado; 
Atraso na entrega de produtos e consequência descontentamento com o cliente; 
Danificação ou perda de máquinas, ferramentas e matérias-primas. 
 
Nação 
 
Perda de elemento produtivo; 
Aumento do número de dependentes da coletividade; 
Aumento do custo de vida. 
 
5.4 - Doenças Ocupacionais 
Os seres humanos são complicados e seus corpos constituem um complexo de partes e sistemas. Muitas 
dessas artes podem se comparadas ao aparelho mecânico a que estamos familiarizados. Vejamos uma 
comparação de nosso corpo como partes de um automóvel: 
NO AUTOMÓVEL NO CORPO HUMANO FUNÇÃO 
Fluído Sangue 
Percorrer por toda parte levando 
combustível para gerar energia. 
Bomba Coração Manter em funcionamento (andando). 
Filtros Rins, fígado Eliminar os resíduos tóxicos. 
Mas o corpo humano tem lago mais que uma máquina a auto-reparação, pois se for cortado poderá ser 
emendado; se sofrer uma infecção poderá combater e com bastante freqüência, os germes estranhos sem 
auxilio da medicina; se ferir, o corpo humano forma um coágulo de sangue para estancar a hemorragia. 
Este sistema ajuda a manter vivo, dia após dia, ainda que vivamos num mundo de germes, sujeira e outros 
riscos à saúde. 
Tal sistema levou milhões de anos para se desenvolver e foram em função disso que as pessoas que 
vivem em climas quentes, ensolarados, têm uma constituição de pele diferente das pessoas que vivem em 
climas frios, as diferenças existem no sangue de pessoas cujos ancestrais vieram de áreas de Malásia. 
Porém, o que as pessoas têm em comum é que ninguém se desenvolveu para trabalhar em umas fábricas 
cujo meio ambiente de trabalho seja ruidoso, sujo, cercado de névoas, poeira tóxicas, etc., sem se 
protegerem adequadamente. O moderno ambiente de trabalho desafia constantemente as defesas do 
corpo, embora o meio ambiente as mantenha sem cessar e, lamentavelmente ele as derrote em muitos 
casos. 
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5.4.1 - O que é uma Doença Ocupacional? 
 Podemos definir doenças ocupacionais como sendo aquelas adquiridas pelo trabalhador no exercício de 
suas atividades. 
O artigo 20 da Lei 8.213 de 24/07/1991 considera com acidente de trabalho nos termos do artigo 19 da 
mesma lei, as seguintes mórbidas: 
1. Doença Profissional, assim entendida, a produzida ou desencadeada pelo trabalhador peculiar 
a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do 
Trabalho e Previdência. 
2. Doença Profissional, assim entendida e adquirida ou desencadeada em função de condições 
especiais de trabalho realizado e com ele relacione diretamente, constante de relação 
mencionada no inciso anterior. 
 
Causas 
As causas das doenças profissionais estão fundamentalmente ligadas às exposições dos trabalhadores 
aos diversos agentes agressivos existentes nos locais de trabalho, sem proteção e controle. Daí a 
importância dos CIPISTAS trabalharem em conjunto com o SESMT, quando houver, ou com a Segurança 
do Trabalho buscando uma acentuada melhoria dos ambientes de trabalho. 
Quando for recomendado o uso de qualquer que seja um EPI - Equipamento de Proteção Individual - o 
trabalhador deve usá-lo, pois a doença só prejudica a si próprio. 
Os efeitos das doenças ocupacionais podem ser crônicos ou agudos. O efeito crônico é resultante da 
exposição com manifestação mediata (médio e longo prazo); o efeito agudo é resultante da exposição com 
manifestação imediata. 
Meios de Contaminação 
V 
I 
A 
S 
Respiratórias Processo de intoxicação resultante da inalação ou aspiração de substância tóxica. 
Cutânea 
Processo de intoxicação decorrentes da exposição direta da pele com 
substâncias químicas. 
Digestiva 
Processo de intoxicação decorrente de contato bucal com as mãos contaminadas 
alimentar-se em local não apropriado, fumar em ambientes onde substâncias 
tóxicas estão presentes. 
 
 
6 - Normas Regulamentadoras 
 
6.1 - NR 1 - Disposições Gerais 
1.1. As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do 
trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da 
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam 
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 
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1.1.1. As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras - NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores 
avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas 
categorias profissionais. 
1.2. A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as empresas do cumprimento de outras 
disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos 
estados ou municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. 
1.3. A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST é o órgão de âmbito nacional competente para 
coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, 
inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do 
Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e 
medicina do trabalho em todo o território nacional. 
1.3.1. Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST conhecer, em última instância, dos 
recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, matéria de 
segurança e saúde no trabalho. 
1.4. A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional competente para 
executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de 
Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a 
fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. 
1.4.1. Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou à Delegacia do Trabalho Marítimo - DTM, nos 
limites de sua jurisdição: 
a) Adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e 
medicina do trabalho; 
b) Impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança 
e medicina do trabalho; 
c) Embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho, locais de 
trabalho, máquinas e equipamentos; 
d) Notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou neutralização de insalubridade; 
e) Atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina do trabalho nas 
localidades onde não houver médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, registrado no MTb. 
1.5. Podem ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais e municipais, mediante convênio autorizado pelo 
Ministro do Trabalho, atribuições de fiscalização e/ou orientação às empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos 
legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. 
1.6. Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR considera-se: 
a) Empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite,assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as 
instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem 
trabalhadores como empregados; 
b) Empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não-eventual a empregador, sob a dependência 
deste e mediante salário; 
c) Empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho, locais 
de trabalho e outras, constituindo a organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos; 
d) Estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: 
fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório; 
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e) Setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento; 
f) Canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução 
à construção, demolição ou reparo de uma obra; 
g) Frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e 
execução à construção, demolição ou reparo de uma obra; 
h) Local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos. 
1.6.1. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem 
sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra 
atividade econômica, serão, para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, solidariamente 
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
1.6.2. Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, a obra de engenharia, compreendendo ou não 
canteiro de obra ou frentes de trabalho, será considerada como um estabelecimento, a menos que se disponha, de 
forma diferente, em NR específica. 
1.7. Cabe ao empregador: 
a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; 
(101.001-8 / I1) 
b) Elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os 
seguintes objetivos: (101.002-6 / I1) 
I - Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; 
II - Divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e cumprir; 
III - Dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das 
ordens de serviço expedidas; 
IV - Determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenças 
profissionais ou do trabalho; 
V - Adotar medidas determinadas pelo MTb; 
VI - Adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de trabalho. 
c) Informar aos trabalhadores: (101.003-4 / I1) 
I - Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; 
II - Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; 
III - Os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os 
próprios trabalhadores forem submetidos; 
IV - Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. 
d) Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e 
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (101.004-2 / I1) 
1.8. Cabe ao empregado: 
a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens 
de serviço expedidas pelo empregador; 
b) Usar o EPI fornecido pelo empregador; 
c) Submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR; 
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d) Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR; 
1.8.1. Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto no item anterior. 
1.9. O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará 
ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente. 
1.10. As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das Normas Regulamentadoras - NR serão 
decididos pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho - SSMT. 
 
6.2 - NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
6.2.1 - Do Objetivo 
5.1. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças 
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a 
promoção da saúde do trabalhador. 
 
6.2.2 - Da Constituição 
5.2. Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, 
públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, 
associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. 
5.3. As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às entidades que lhes 
tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos 
específicos. 
5.4. A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir a integração 
das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde no 
trabalho. 
5.5. As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de membros de CIPA ou 
designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o desenvolvimento de ações de prevenção de 
acidentes e doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da 
administração do mesmo. 
 
6.2.3 - Da Organização 
5.6. A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento 
previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos 
específicos. 
5.6.1. Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados. 
5.6.2. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual 
participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. 
5.6.3. O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos recebidos, 
observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos 
normativos de setores econômicos específicos. 
5.6.4. Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável pelo 
cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados, através 
de negociação coletiva. 
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5.7. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição. 
5.8. É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões 
Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. 
5.9. Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades normais na 
empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos 
parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. 
5.10.O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a discussão e 
encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA. 
5.11. O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos 
empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente. 
5.12. Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após o término do mandato 
anterior. 
5.13. Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre os 
componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do empregador. 
5.14. Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na unidade 
descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões 
ordinárias. 
5.15. Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, a CIPA não poderá ter seu 
número de representantes reduzido, bem como não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do 
mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de 
encerramento das atividades do estabelecimento. 
 
6.2.4 - Das Atribuições 
5.16. A CIPA terá por atribuição: 
a) Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior 
número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; 
b) Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde 
no trabalho; 
c) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como 
da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; 
d) Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de 
situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; 
e) Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir 
as situações de risco que foram identificadas; 
f) Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; 
g) Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os 
impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos 
trabalhadores; 
h) Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere 
haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; 
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i) Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à 
segurança e saúde no trabalho; 
j) Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e 
convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; 
l) Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das 
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; 
m) Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e 
saúde dos trabalhadores; 
n) Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; 
o) Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Prevenção de 
Acidentes do Trabalho - SIPAT; 
p) Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS. 
5.17. Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas 
atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de trabalho. 
5.18. Cabe aos empregados: 
a. Participar da eleição de seus representantes; 
b. Colaborar com a gestão da CIPA; 
c. Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das 
condições de trabalho; 
d. Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto a prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho. 
5.19. Cabe ao Presidente da CIPA: 
a. Convocar os membros para as reuniões da CIPA; 
b. Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decisões 
da comissão; 
c. Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA; 
d. Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria; 
e. Delegar atribuições ao Vice-Presidente; 
5.20. Cabe ao Vice-Presidente: 
a. Executar atribuições que lhe forem delegadas; 
b. Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporários; 
5.21. O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes atribuições: 
a. Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus trabalhos; 
b. Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam 
alcançados; 
c. Delegar atribuições aos membros da CIPA; 
d. Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver; 
e. Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento; 
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f. Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA; 
g. Constituir a comissão eleitoral. 
5.22. O Secretário da CIPA terá por atribuição: 
a. Acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura 
dos membros presentes; 
b. Preparar as correspondências; e 
c. Outras que lhe forem conferidas. 
 
6.2.5 - Do Funcionamento 
5.23. A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido. 
5.24. As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em local 
apropriado. 
5.25. As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para todos os 
membros. 
5.26. As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho - AIT. 
5.27. Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando: 
a) Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas de 
emergência; 
b) Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; 
c) Houver solicitação expressa de uma das representações. 
5.28. As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso. 
5.28.1. Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com mediação, será instalado 
processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião. 
5.29. Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento justificado. 
5.29.1. O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária, quando será 
analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessários. 
5.30. O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro reuniões 
ordinárias sem justificativa. 
5.31. A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, obedecida à ordem de 
colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o empregador comunicar à unidade descentralizada do 
Ministério do Trabalho e Emprego as alterações e justificar os motivos. 
5.31.1. No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois dias úteis, 
preferencialmente entre os membros da CIPA. 
5.31.2. No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membrostitulares da representação dos 
empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis. 
 
6.2.6 - Do Treinamento 
5.32. A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse. 
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5.32.1. O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a partir 
da data da posse. 
5.32.2. As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente treinamento para o designado 
responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR. 
5.33. O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens: 
a. Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo; 
b. Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho; 
c. Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na 
empresa; 
d. Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção; 
e. Noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho; 
f. Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; 
g. Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão. 
5.34. O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e será realizado 
durante o expediente normal da empresa. 
5.35. O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou 
por profissional que possua conhecimentos sobre aos temas ministrados. 
5.36. A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou profissional que o 
ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que 
ministrará o treinamento. 
5.37. Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade 
descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego determinará a complementação ou a realização de outro, que 
será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a decisão. 
 
6.2.7 - Do Processo Eleitoral 
5.38. Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados na CIPA, até 
sessenta dias antes do término do mandato em curso. 
5.38.1. A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da categoria 
profissional. 
5.39. O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, com no mínimo 55 dias do inicio 
do pleito, a Comissão Eleitoral – CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo 
eleitoral. 
5.39.1. Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela empresa. 
5.40. O processo eleitoral observará as seguintes condições: 
a. Publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no mínimo 45 dias antes da data 
marcada para a eleição; 
b. Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias; 
c. Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou 
locais de trabalho, com fornecimento de comprovante; 
d. Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição; 
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e. Realização da eleição no mínimo trinta dias antes do término do mandato da CIPA, quando houver; 
f. Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que 
possibilite a participação da maioria dos empregados. 
g. Voto secreto; 
h. Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representante do empregador 
e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral; 
i. Faculdade de eleição por meios eletrônicos; 
j. Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de cinco 
anos. 
5.41. Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação, não haverá a apuração dos 
votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação que ocorrerá no prazo máximo de dez dias. 
5.42. As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade descentralizada do MTE, até 
trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA. 
5.42.1. Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, confirmadas irregularidades no 
processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder a anulação quando for o caso. 
5.42.2. Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a contar da data de ciência, 
garantidas as inscrições anteriores. 
5.42.3. Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a prorrogação do 
mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo eleitoral. 
5.43. Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados. 
5.44. Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento. 
5.45. Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração, em ordem decrescente 
de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de suplentes. 
 
6.2.8 - Das Contratantes e Contratadas 
5.46. Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se estabelecimento, para fins 
de aplicação desta NR, o local em que seus empregados estiverem exercendo suas atividades. 
5.47. Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou designado da 
empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de 
integração e de participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes no 
estabelecimento. 
5.48. A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão implementar, de forma 
integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a 
garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento. 
5.49. A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas, suas CIPA, os 
designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as informações sobre os riscos 
presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas. 
5.50. A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o cumprimento pelas empresas 
contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho. 
 
6.2.9 - Disposições Finais 
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5.51. Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de portaria específica. 
 
6.3 - NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI (1006.000-7) 
6.1. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual 
- EPI todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a 
integridade física do trabalhador. 
6.2. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de 
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem

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