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DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM COMPONENTE CURRICULAR: SAÚDE DO ADULTO II DOCENTE: ELOÍDE DISCENTES: CLEISLA THAMIRES LACERDA KARLA PEREIRA VASCONCELOS YAMANI PEDRO GONÇALVES EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO Fatores que influenciam a quantidade de líquidos Idade; Sexo; Tecido adiposo. Primordial para a vida e para a homeostasia; Mantém a saúde e a função de todos os sistemas do corpo; DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO COMPARTIMENTOS HÍDRICOS 33% dos líquidos orgânicos 66% dos líquidos corporais; Dividido em: Intravascular; Intersticial; Transcelular. Os líquidos se localizam em 2 compartimentos: LIC LEC DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO COMPARTIMENTOS HÍDRICOS Separados por uma membrana semipermeável; Líquidos movem-se por esses compartimento para manter o equilíbrio. Desvio de líquido para o terceiro espaço Diminuição do débito urinário, PA Aumento do FC, peso Edema DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO EQUILÍBRIO HÍDRICO Interação de três processos: Ingestão de líquidos: VO Intravenosa Retal Distribuição de líquidos: Movimento entre os compartimentos; Eliminação de líquidos: Renal; Cutânea; Pulmonar; Digestiva; Anormal. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS São distúrbios acerca do volume de líquidos; CLASSIFICADOS HIPOVOLEMIA HIPERVOLEMIA DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO HIPOVOLEMIA Causas Perdas anormais de líquidos; Ingestão diminuida; Desvio para o terceiro espaço; Outras causas. Manifestações clínicas Perda de peso aguda; Tugor cutâneo diminuído; Oligúria/Urina concentrada; Hipotensão postural; FC rápida e fraca; Temperatura aumentada; Pele fria e pegajosa; Déficit de volume de líquidos; DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO TRATAMENTO Reposição hídrica; *Desidratação: perda de água isolada, com aumento de sódio HIPERVOLEMIA Excesso de volume de líquidos; Secundário ao aumento de Na; Causas Sobrecarga de líquidos; Consumo excessivo de sal; Insuficiência cardíaca e renal; Cirrose hepática. Manifestações clínicas Edema; Jugular distendida; Taquicardia; Aumento PA e peso; Aumento do débito urinário; Dispneia. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO TRATAMENTO Interromper infusões; Administrar diuréticos; Restrição de líquidos e sódio. DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS Distúrbios acerca dos déficit ou excesso de determinados eletrólitos CLASSIFICADOS SÓDIO POTÁSSIO HIPONATREMIA HIPERNATREMIA HIPOCALEMIA HIPERCALEMIA DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO HIPONATREMIA Nível sérico de sódio inferior a 135 mEq/ℓ. CAUSAS Vômitos; Diarréia; Uso de diuréticos; Uso de anticonvulsivantes; Deficiência aldosterona. MANISFESTAÇÕES CLÍNICAS turgor cutâneo deficiente; mucosa seca, cefaleia, produção diminuída de saliva, queda na pressão arterial, Náuseas vômitos cólicas abdominais Alterações neurológicas DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO Tratamento Reposição de sódio HIPERNATREMIA CAUSAS Ganho de Sódio; Déficit de água. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Manifestações neurológicas; Edema; Fraqueza muscular; Hipotensão postural; Sede; Nível sérico de Sódio acima de > 145 mEq/L; DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO TRATAMENTO Diminuição de sódio; SG 5%; Diuréticos; Aumento da ingesta hídrica HIPOCALEMIA/ HIPOPOTASSEMIA Causas Aporte Baixo; Renais; Aumento da oferta/ absorção de Sódio; Aumento dos níveis de insulina; Alcalose metabólica e respiratória; Manifestações clínicas Fadiga, anorexia; Náuseas, vômitos, fraqueza muscular; Cãibras nas pernas, parestesias; Motilidade intestinal diminuída; Sede excessiva. Concentração de potássio abaixo de 3,5 mEq/ℓ. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO Tratamento Aumento da ingestão na dieta diária; Suplementos de potássio oral; Terapia de reposição IV. HIPERCALEMIA/ HIPERPOTASSEMIA Causas Excreção renal diminuída de potássio; Administração rápida de potássio ; Movimento de potássio do compartimento do LIC para LEC. Manifestações clínicas Distúrbios na condução cardíaca; Fraqueza muscular; Manifestações GI. Concentração de potássio maior que 5,0 mEq/ℓ DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO ACIDOSE RESPIRATÓRIA Ph arterial < 7,35 e paCO2 > 42 mmHG; Má função pulmonar + respiração lenta = Acúmulo de CO2; Causas Sedação profunda Doença nos músculos ou nervos torácicos; Doença grave nos pulmões; DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO ACIDOSE RESPIRATÓRIA Manifestações clínicas: FR, FC e PA; Dor de cabeça; Sonolência; Embotamento mental. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO ALCALOSE RESPIRATÓRIA Ph arterial > 7,45 e paCO2 < 38 mmHG; Respiração lenta e profunda = Diminuição de CO2; DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO ACIDOSE METABÓLICA Ph arterial < 7,35 e NaHCO3 <22 mmHG; Causas: Aumento da ingestão ou produção de Ácido; Diminuição de excreção de ácido. Manifestações Clínicas Náuseas e vômitos; Sonolência; Respiração rápida e profunda; Pele fria e pegajosa; PA, arritmias, choque. Tratamento Corrigir defeito metabólico; Diálise; Adm líquidos/bicarbonato. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO ALCALOSE METABÓLICA Causas: Perda de ácido em excesso; Grande ingestão de subs. Alcalina; Perda excessiva de sódio ou potássio. Manifestações clínicas: Irritabilidade; Contrações musculares e câimbras; Formigamento dos dedos e artelhos; Respiração deprimida; Motilidade diminuída e íleo paralítico. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO Tratamento: Monitorar BH; Repor água e eletrólitos; Adm. cloreto de amônio Ph arterial < 7,35 e NaHCO3 >26 mmHG; HIDRATAÇÃO NO PACIENTE CIRÚRGICO O paciente pode apresentar alterações do equilíbrio hidroeletrolítico em qualquer período cirúrgico: DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO HIDRATAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA Há diferença no estado pré-operatório do paciente se a doença está complicada ou não DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO HIDRATAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO HIDRATAÇÃO INTRA-OPERATÓRIA O estresse do paciente inicia na operação, aumenta com a anestesia e ato cirúrgico; DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO HIDRATAÇÃO INTRA-OPERATÓRIA Oferta de líquidos Volume urinário PVC Monitor cardíaco, oxímetro DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO Não é possível estimar com precisão as perdas pela exposição de vísceras nem a perda interna no terceiro espaço; Infunde-se de 2 a 10 ml/Kg/h de solução salina. Pacientes críticos ou de cirurgias de grande porte Estimativa do Volume de sangue perdido: HIDRATAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA Jejum e hidratação parenteral são mantidos; Reestabelecer VO logo que possível; DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO Pequeno Porte Grande Porte 500 a 100ml de solução isotônica, glicosada a 5% ou salina, em poucas horas Reestabelecimento precoce da VO Sequestrado de água e eletrólitos e íleo adinâmico; Hidratação parenteral por vários dias; HIDRATAÇÃO PÓS-OPERATÓRIAErro terapêutico – se baseado no balanço hidroeletrolítico tentar repor a perda urinária; Diurese ruim Restringir líquidos; Diuréticos; Diálise. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO HIDRATAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA Necessidade de água no paciente bem hidratado: 30 a 35 ml/kg. Exemplo: paciente de 70 kg = 2100 a 2450 ml/dia. Sódio é de 100 mEq/dia; Cloro de 80 mEq/dia; Potássio de 60 mEq/dia. A necessidade diária de calorias varia conforme idade e peso corporal DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO ASSISTÊNCIA DE DE ENFERMAGEM Identificar precocemente a ocorrência dos distúrbios Observar comorbidades e fatores de risco Oferecer dieta VO logo que possível Monitorar SSVV Manter o paciente calmo e informado Verificar nível de consciência DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO ASSISTÊNCIA DE DE ENFERMAGEM Verificar condições da pele Acompanhar peso corporal Adm. Líquidos e eletrólitos Avaliar presença de edema, ascite, íleo paralítico Monitorar débito urinário e BH Verificar presença de vômito, diarreia, perda intestinal DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS NO PACIENTE CIRÚRGICO REFERÊNCIAS BRUNNER; SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. CENEVIVA, R.; VICENTE, Y. A. M. V. A. Equilíbrio hidroeletrolítico e hidratação no paciente cirúrgico. In: SIMPÓSIO FUNDAMENTOS EM CLÍNICA CIRÚRGICA. ANAIS [...]. Ribeirão Preto: 2008. POTTER, P. Fundamentos de Enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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