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PLANEJAMENTO DE CAMPANHAS Walter Longo Assim como em qualquer planejamento, o planejamento de uma campanha pressupõe um pensamento estratégico. Se faz necessário trabalhar com um foco, visão holística e muita informação, pois serão os balizadores de todo desenvolvimento do planejamento da campanha. A area de comunicação de marketing está ganhando novas responsabilidades como « comunicação integrada de marketing ». A multidisciplinaridade é a chave da questão! Lembrando: Mix Marketing: É uma combinação específica de variáveis que a empresa utiliza para atingir seus objetivos no mercado-alvo. Produto/ Preço/ Praça ( canais de distribuição)/ Promoção (visão ampla de comunicação ou divulgação). Mix Comunicação: É uma das variáveis de Marketing. Propaganda, Publicidade, Promoção de Vendas, Venda Pessoal, Relações Públicas, Marketing Direto. AINDA HÁ QUEM PENSE QUE COMUNICAÇÃO É FRUTO DE UM ATO DE CRIAÇÃO LUMINOSA, UM INSIGHT. A CRIAÇÃO É FRUTO DE UMA ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA, QUE NASCE DO BRIEFING, É BALIZADA PELOS DADOS DE PESQUISA SOBRE O COMPORTAMENTO E EXPECTATIVAS DO CONSUMIDOR, O POSICIONAMENTO DA MARCA E, POR FIM, É TEMPERADA COM O TALENTO DAQUELES QUE SÃO RESPONSÁVEIS PELA SUA CONCEPÇÃO. A campanha nasce no seu planejamento, que deve ser impregnado de criatividade, assim como a criação deve ser recheada de estratégias. Criação sem planejamento é chute e planejamento sem criatividade é um chute no saco” Julio Ribeiro. Ciro Gusatti Tudo Começa no Briefing Quando consideramos o contexto mercadológico, Briefing é o instrumento que reúne um conjunto de informações relativas à empresa, ao produto, ao público- alvo, etc., com o objetivo orientar e ajudar a agência contratada no desenvolvimento da campanha solicitada. ANTES DE TUDO... (RE)CONHECER A EMPRESA, A MARCA E O MERCADO ENTENDER O CLIENTE E O CONSUMIDOR DO CLIENTE, ANALISAR A CONCORRÊNCIA, PERCEBER OPORTUNIDADES E AMEAÇAS DE COMUNICAÇÃO . Macroambiente e seus Fatores de Influência São os fatores externos que interferem na administração de marketing e comunicação. Microambiente e a Forma que Afeta o Desempenho O microambiente é tudo aquilo que é fator de influência interno da sua empresa. Está ligado diretamente ao fator competitivo já que há controle de cada ambiente que compõe este sistema. Macroambientes Ambiente Demográfico • Está ligado as características da população de um determinado lugar. Pode ser estudo de idade, ocupação, sexo, densidade, natalidade e outros fatores. Este ponto é muito importante para a identificação de oportunidades ligadas ao público alvo. Ambiente Econômico • Esse fator é fundamental para o funcionamento da empresa. A economia afeta não só a forma como realizará investimentos, mas também o comportamento de consumo do público. Ambiente Natural • Pode até parecer que não, mas este é um ambiente que pode afetar e muito a estratégia de negócio. Além da matéria — prima dos produtos estar ligada a este ambiente, ainda entram aspectos como catástrofes naturais, clima — época de chuva, verão, entre outros. Macroambientes Ambiente Tecnológico • Nós já tivemos provas o suficientes que a tecnologia impacta consideravelmente a vida de todo o mundo. Com as novas tecnologia é possível não só otimizar o tempo gasto para montar uma estratégia como também, ela dá novas chances de pesquisas. Ambiente Político-Legal • É muito óbvio a forma como este ambiente afeta a estratégia de administração de marketing de uma empresa. Leis e tributação afetam diretamente na forma como a empresa funcionará e a sua estratégia depende disso. Ambiente Cultural • É o ambiente mais forte na hora de colocar em jogo os fatores de influência do comportamento dos consumidores. A cultura de uma região ou de um país é o que há de mais poderoso na hora de montar a estratégia de marketing. O posicionamento de uma marca pode ser o mesmo para o mundo todo, mas a estratégia que ela vai usar vai depender da cultura de cada região. Microambientes A Empresa • É aquela que produz o produto ou oferece o serviço. Para fazer um bom plano é preciso levar em consideração todos os outros departamentos que compõem uma empresa. O funcionamento dela é como um grande motor e cada departamento é uma parte da engrenagem, por isso é importante ter sempre equipes que estejam alinhadas umas com as outras para garantir uma estratégia de administração brilhante. Os Fornecedores • São peças fundamentais para o funcionamento de uma empresa. São eles que fornecerão o material necessário para a fabricação dos seus produtos, seja ele um perfume, um caderno. Ter os prazos combinados, valores acertados e uma boa comunicação entre fornecedor e empresa são primordiais em uma estratégia de marketing. Públicos Relevantes- stakeholders • São todas aquelas pessoas/organizações que tem o poder de influenciar diretamente na imagem da empresa. • Alguns exemplos poderiam ser a imprensa, acionistas, representantes de algum órgão público, influenciadores, crítico culinário, entre outros. Microambientes Clientes/Consumidores • Este é um tópico óbvio. São a vida de uma empresa, sem a participação deles não há porque existir. Estude de forma aprofundada como seus clientes e seu público-alvo como um todo se comportam e leve cada ponto que for descoberto em consideração na hora de montar uma estratégia. Concorrentes • É o ponto que mais tira o sono dos responsáveis por uma empresa. Precisa ser melhor do que todos os concorrentes. Para isso, analise o mercado no qual faz parte estudando detalhadamente cada um deles, sendo eles concorrentes diretos ou indiretos, substituto e outros. Intermediários • São aqueles que ajudam no funcionamento da empresa. Geralmente são serviços terceirizados, como por exemplo: Light(luz), Distribuidores, Atacadistas etc. Acompanhar tudo aquilo que rodeia a empresa é fundamental para traçar uma estratégia de mercado. Independente de ser fatores controláveis ou não, é fundamental acompanhar cada mudança e cada desejo novo que surge a todo momento no mercado. Mercado –alvo É um recorte do macroambiente onde se encontra o consumidor do benefício do produto. Trata-se de um estudo das necessidades. Não é, ainda, a definição de público-alvo! Ou seja, é aquele que pode consumir o seu produto. Geralmente, para segmentar um mercado é necessário ter um conhecimento mais abrangente, não somente qualitativo mas também quantitativo do mesmo. Análise do Ambiente Interno da Organização É muito importante fazer uma análise da empresa destacando seu histórico, portfólio de produtos, preços, sistemas de distribuição, força de vendas, diferenciais, informações que devem constar do briefing da campanha. Análise SWOT É um tipo de estudo onde se pode determinar pontos a trabalhar dentro do universo analisado. Análise SWOT vem de suas siglas em inglês Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats, ou seja, Forças, Oportunidades, Debilidade e Ameaças. Os dois pontos principais de uma Analise SWOT são o ambiente interno (Forças e Fraquezas, ela pode controlar ) e o ambiente externo (Oportunidades e Ameaças, ela não pode controlar). Essa matriz sugere as estratégias que conduzem a melhor utilização das oportunidades presentes no ambiente externo com base nos pontos fortes presentes dentro da organização, assim como a minimização das ameaças e a redução dos efeitos dos pontos fracos dentro da empresa. A análise, interpretação e o entendimento da análise teórica servirão de base para a construção do projeto de comunicação, a campanha, que será desenvolvido.O conjunto formado pela missão, visão e valores representam a identidade organizacional. Todos devem saber claramente o propósito, a razão da existência da organização. A Missão é uma declaração concisa do propósito e das responsabilidades da sua empresa perante os seus clientes. A Visão é a descrição do futuro desejado para a empresa. Os Valores são os princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério, para os comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam executando a missão, na direção da visão. Comunicação é uma variável de Marketing. É vital saber seus objetivos e estratégias. Marketing pode ser entendido como um conjunto de estratégias que visa agregar valor às marcas, produtos, serviços e, principalmente, às relações entre empresas, clientes, colaboradores, parceiros, governos e sociedade em geral. São objetivos de marketing: Vender mais, fidelizar clientes, aumentar a visibilidade das marcas, gerenciar uma marca (Branding), construir relações com stakeholders, educar o mercado, colaboradores etc. Os 4 Ps do marketing também chamados de Mix de Marketing ou Composto de Marketing representam os quatro pilares básicos de qualquer estratégia de marketing: Produto, Preço, Praça e Promoção. Muitos usam os 4 Ps do Marketing, outros de 7 Ps, 4 Cs, 4 As, enfim. O que deve permanecer é a necessidade de se focar as atenções nos públicos-alvo e fazê-los entender os benefícios e diferenciais de cada marca, de cada empresa. Concorrência É, basicamente, a disputa entre produtores de um mesmo bem ou prestadores de um determinado serviço que buscam atender um mesmo público-alvo, muitas vezes compartilhando na mesma localização. A rivalidade competitiva é um processo permanente das empresas para encontrar e manter uma dada vantagem competitiva. Sem a existência de concorrência não existira, a necessidade de estratégia. Contudo o erro mais comum de todos é pensar-se que sucesso concorrencial decorre do fato de “ser o melhor”, o que não é uma ideia garantida, uma vez que conduz a uma corrida incansável, porém as vezes sem sucesso. ATENÇÃO! UM HÁBITO OU MESMO UMA CRENÇA, PODEM SER GRANDES CONCORRENTES DE UM PRODUTO! Começando com Pesquisa de Marketing Antes de qualquer campanha, devemos trabalhar com dados e fatos. Conhecer o mercado, o consumidor e seu comportamento, além de obter essas informações de uma fonte confiável e sempre atualizadas, é fundamental para a correta tomada de decisões estratégicas e táticas. Começando com Pesquisa de Marketing A pesquisa é a ação de coletar, analisar e utilizar informações sobre o um mercado de atuação, um serviço ou produto ofertado; conseguindo tomar decisões com maior assertividade e atender as demandas e desejos de seus consumidores. As informações coletadas para uma pesquisa de marketing funcionam como indicação para desenvolvimento de ações. Definição do problema da pesquisa- Qual é a dúvida que se quer esclarecer? Definição dos objetivos - Deve ser mais claro sobre quais informações precisam ser encontradas, indicando quais perguntas específicas são importantes para responder o problema (objetivo principal e objetivos secundários). Escolha o método de coleta - Desk Research ( informações já existentes), pesquisas digitais com modelos quantitativos, Face-to-face, por meio de questionários ou roteiros e um Focus Group, onde busca-se um grupo de pessoas com características demográficas ou comportamentais parecidas, e apresentar um conceito ou produto para esse determinado grupo de maneira presencial. Determinar desenho da amostra - Com quem vamos “ falar”. Estruturação do questionário. Coleta e análise de dados. AGORA COMEÇAMOS A PLANEJAR... Briefing de Criação PRINCIPAIS ITENS: Fato principal Problema que a comunicação deve resolver Objetivo Posicionamento Target-group Mídias que irão compor a campanha Promessa (USP) e razão da promessa (Reason Why) Objetivos de Comunicação Definir o objetivo de comunicação é decidir a resposta desejada pelo público-alvo. Você pode estar procurando uma resposta cognitiva, efetiva ou comportamental, como criar uma opinião favorável de seu consumidor, uma mudança de atitude ou levar o consumidor a alguma ação efetiva. Conscientização: gerar o reconhecimento de nossa marca. Conhecimento: o público-alvo está consciente do produto, mas sabe pouco a seu respeito; então, devemos reforçar nossos diferenciais e posicionamento. Simpatia: corresponde à imagem que nosso público tem sobre nosso produto, pontos positivos e negativos. Preferência: nosso público pode até gostar dos nossos produtos, mas prefere outras opções. Convicção: pode até preferir nosso produto, mas não está convencido. Compra: consomem nossos produtos e até podem esperar informações adicionais ou serviços de pós-venda como garantia, por exemplo. No objetivo de comunicação, devemos definir o estágio de resposta esperada do consumidor. O que queremos que as pessoas pensem, sintam ou façam após receber a mensagem. Um aspecto importante do objetivo de comunicação é possa ser medido e, portanto, usar para verificar se realmente estão sendo atingidos. Confronte os objetivos com os de posicionamento. Se forem compatíveis, OK. Caso contrário, jamais coloque em prática! No planejamento da comunicação integrada, podemos optar pelas seguintes alternativas na propaganda de marca: Exemplos de Objetivos de Comunicação Posicionar uma marca. Fazer com que o consumidor mude de outras marcas para a sua. Fazer com que o consumidor experimente um produto totalmente novo. Mudar de ideia a respeito da marca. Aumentar a frequência de uso de um produto. Incentivar outros usos do produto. Conhecer um novo serviço. Lançar a campanha de Natal. Estratégia de Comunicação Existem algumas confusões quando falamos em estratégia aplicada a um planejamento de campanha. Há quem a confunda com mídia ou até mesmo com tipos de campanhas. No entanto, a sua aplicação na comunicação, diz respeito à orientação dos caminhos a serem seguidos. Ela é definida a partir de pesquisa, definições dos objetivos, das metas e do posicionamento adotado por uma empresa para seu produto ou serviço. Como a comunicação poderá solucionar o problema do produto? Quais a estratégias de comunicação e a criativa deverão ser adotadas (conceito, posicionamento, imagem a ser construída, linguagem utilizada)? Que ferramentas de comunicação utilizaremos? Que esforço será necessário (definição do período, distribuição da verba)? Qual a estratégia de mídia a ser utilizada (definição dos meios)? Principais ferramentas: Propaganda, a (mais utilizada; útil para alvos de grande dimensão; mensagens preferencialmente curtas; principais suportes são televisão, internet, imprensa, cartazes, rádio) Marketing Direto - indicado para dar a conhecer informação/novos produtos; baixo custo relativo; efeitos a curto prazo. Publicidade - a comunicação ou esforço de comunicação, divulgando informações sobre as atividades da empresa e seus produtos por intermédio da imprensa, para os diversos públicos-alvo, gerando mídia espontânea. Merchandising PDV - resultados a curto prazo, estímulo à compra ou experimentação. Principais ferramentas: Promoções- variáveis, mas passíveis de resultados a curto prazo; mais indicada para estímulo de compra ou escoamento de estoques. Relações Públicas - mais importante em alturas de crise; efeitos a longo prazo na imagem da empresa; aplicada a todos os stakeholders da empresa. Força de Vendas- mais completa; alvos médios; responde a objetivos de fidelização, alto custo, demonstração e informação sobre marca. Marketing Interativo - interage com o cliente e utiliza esta interação para criar a tão desejada fidelização. Plano Tático Na campanha, o plano tático passa diretamente pela criação da campanha publicitária e diversas outras ações de comunicação e sua produção. É como efetivamente a mensagem chegará aos públicos alvo . É a concretização das estratégias, traduzidas em peças publicitárias. Dentre as tendências, destacam-se a da inclusão, a da horizontalização e a do processo de compra cada vez mais pessoal. Inclusão no sentido de a conectividade diminuir distâncias e eliminar barreiras, de forma a permitir que as pessoas se comuniquem, criem comunidades e troquem experiências de forma abrangente. Horizontalização da dinâmica de mercado, no que diz respeito a forma como as marcas inovam e se relacionam com as pessoas, cenário no qual os consumidores passam a fornecer insights, cocriar e relacionar-se de maneira mais próxima das marcas que, em contrapartida, precisam agir como seus pares e amigas. Processo de compra mais pessoal na medida em que cada vez mais as pessoas estabelecem relações de confiança entre seus pares, buscando neles referências no momento da aquisição de um bem ou serviço. É nesse contexto que se inclui o novo formato de Posicionar uma marca. A marca precisa ter identidade, integridade e imagem. O resultado não é atingido completamente sem esses três pontos – os 3Is. A marca é inútil se apenas articular um posicionamento. Ela pode ter uma imagem clara, mas não necessariamente boa. E o posicionamento pode ser apenas uma alegação perante os consumidores. De nada valem as ações, se os ‘3Is’ não estiverem completos e sintonizados. Anos depois, esse conceito não apenas se consolidou como também se ampliou, com o aumento do poder de comunicação das pessoas e da importância que dão à sustentabilidade e ao socialmente correto, somados à capacidade de comunicação e persuasão das mídias sociais – naquilo que chamam de marketing 4.0. Empresas com uma imagem estabelecida, que provam às pessoas que estão preocupadas com o meio ao seu redor, certamente serão mais bem vistas, mais bem divulgadas e mais bem aceitas pelos seus consumidores, o que impactará diretamente nos resultados financeiros. Algumas perguntas para guiar: Porque a marca foi criada e qual foi a inspiração? Existe algo único especial importante sobre a visão dos fundadores e da filosofia dela? Se a marca fosse uma pessoa, como essa pessoa seria? Que imagens vêm à cabeça ao pensarmos na empresa? O que tem de diferente na sua empresa que seus clientes se importaram? – Defina em apenas uma frase. Como você quer ser percebido ao ser visto pelo público? Como você torna o mundo melhor? Quem é o consumidor esperado? O que esse consumidor espera do teu produto ou serviço? De que forma seu produto ou serviço vai impactar a vida deles? Qual a melhor abordagem na comunicação com o consumidor da sua marca? Qual a visão para sua marca daqui 5 anos? Modelo de Posicionamento Basicamente, deverá se fazer as seguintes perguntas a respeito da marca: “O quê? Como? Quem? Onde? e Por quê?” 1. No item “O quê”, não esquecer de palavra ÚNICA. Isso ajudará a posicionar a marca de forma original no mercado. Nesse item escrever a, ou as, características que só seu produto ou serviço tem. 2. No item “Como”, você descreve a proposta da sua marca. Modelo de Posicionamento 3. No item “Quem”, você define a personalidade do consumidor da sua marca. 4. No item “Onde”, você descreve qual o estilo e vida e cultura do público da sua marca. 5. No item “Por quê” você vai deixar claro porque determinado público teria interesse na sua marca. Exemplo de Modelo de Posicionamento Harley-Davidson O quê: a ÚNICA fabricante de motocicletas, Como: que fabrica motos grandes e barulhentas, Quem: para pessoas aventureiras de espírito, Onde: estilo de vida americano, Por quê: em uma época de restrição a liberdades individuais. ANTES DE PENSAR EM CAMPANHAS, VAMOS PENSAR EM CONSTRUÇÃO DE RELEVÂNCIA DE MARCA O posicionamento orienta a mensagem que a marca deve transmitir, definindo “ o que dizer”. O passo seguinte é definir a abordagem criativa que será utilizada , ou seja, “ como dizer”. Descrição do Posicionamento: Afirmação Básica: o benefício principal da marca a ser comunicado. O motivo que levará o consumidor a preferir a marca. Justificativa da afirmação básica: argumento de suporte que explica a firmação básica. É o porquê de poder ser feita a afirmação ( Reason Why). Atributos complementares da afirmação básica: as qualidades da marca que se quer adicionar à comunicação, complementando os itens anteriores. DICA Como encontrar um posicionamento para seu produto/serviço. 1. Desenvolva uma pesquisa como o público-alvo e veja quais as características do produto/serviço mais se destacam. 2. Faça uma lista de elementos motivadores e dos principais diferenciais do produto/serviço. 3. Escolha nesta lista qual atributo melhor descreve os elementos motivadores e diferenciais do produto/serviço. 4. Descreva esse atributo principal como Afirmação Básica da Comunicação. 5. Explique e argumente a Afirmação Básica da comunicação no item “ Justificativa da Afirmação Básica”. 6. Descreva os demais elementos motivadores e diferenciais no item “ Atributos Complementares à Afirmação Básica”. COMO CHEGAR AO CONCEITO CRIATIVO Quem trabalha na criação sabe como é difícil criar algo quando não se tem as informações certas. O processo se torna cansativo pois não sabe a direção que deve seguir e as inúmeras propostas não atingem as expectativas do cliente. Você parte para a tentativa e erro, o cliente elimina sucessivamente ideias que não o agradam, até que ambos, cansados e insatisfeitos, decidem apostar na ideia mais razoável ou pior, reunir os fragmentos mais interessantes de cada proposta e “costurar um cobertor de retalhos”, um Frankstein! O PROBLEMA Por mais desafiador que um briefing possa parecer, nem se compara ao desafio de criar algo do nada. A criação pode achar maravilhoso ter liberdade total, poder criar o que quiser, mas quando estiver no meio do processo criativo, vai se sentir em um barco à deriva no meio do oceano sem uma bússola, sem nada no horizonte. E o pior é que o cliente não tem culpa, ele não sabe quais informações você precisa, você sabe. Mesmo que seja difícil obter as informações através do cliente a internet facilitou muito esse processo, pois a maioria das empresas tem informações disponíveis na internet, sejam elas fornecidas pela empresa, pelos clientes ou por sites que avaliam empresas. A SOLUÇÃO Ter as informações que precisa para o processo criativo. Todas as empresas, marcas e produtos tem problemas de Marketing. Segundo Kotler, esses problemas são divididos em quatro grupos, conhecidos como “os 4 P’s do Marketing”, sendo que a Comunicação se encaixa no P de “Promotion” (que significa comunicação). Então o briefing deve compreender o problema de comunicação do cliente que não é divulgar um produto ou serviço, mas é algo mais específico, como melhorar a percepção de marca, combater a estratégia do concorrente, etc. Para deixar claro, o planejamento é responsável por quase todas as etapas da elaboração do briefing, como levantar informações sobre o cliente e o mercado, reunir as informações que o cliente passa e construir o briefing a partir dessas informações. O atendimento é responsável por coletar as informações com o cliente e obter ofeedback das propostas do planejamento. “Não há nada mais maçante do que uma comercial mostrando a verdade de maneira óbvia” Bill Bernbach” Chegou o momento de encantar o consumidor, fazer com que seus olhos brilhem, o momento da sedução. Esse é o momento de quebrar barreiras e paradigmas e propor algo novo, com uma visão diferente com base nas aspirações, sensações e mesmo nas frustrações do consumidor (dos públicos alvo). Atenção: toda a criação deve estar de acordo com o planejamento e principalmente adequada e decodificável ao público alvo. A concorrência, cada vez mais difícil e crescente, o consumidor bombardeado de informações, obriga a uma incessante busca do novo, do relevante, que se desgasta e se renova em um ciclo de mudanças rápidas e dentro de um clima agitado e excitante. O Conceito Criativo nada mais é do que o posicionamento expresso sob a forma de texto, o que se pretende dizer com a campanha. Aglutina a afirmação básica, justificativa e atributos complementares. O trabalho da Criação consiste, fundamentalmente, em: Achar uma ideia básica que sirva de tema ou diretriz – o que dizer? Em seguida saber como apresentar o tema – como dizer ? Determinar através de que gênero de Meios de comunicação esta ideia pode ser levada, mais rápida e vantajosamente, ao conhecimento do grupo consumidor visado. Elementos Básicos Para Discussão: Brainstorming Posicionamento USP e Reason Why Tema Policies Apelos e Linha Criativa BRAINSTORMING Criar em propaganda é resolver um problema com originalidade, envolvendo os targets através de mensagem forte, persuasiva, capaz de fazê-lo desejar a marca. Algumas técnicas de criação são utilizadas para tanto. A mais conhecida é o Brainstorm - a turma da criação, redator, diretor de arte, produtores se reúnem e, conhecendo os objetivos da campanha e o briefing, passam a conversar sobre o tema, liberando a mente, buscando uma solução inusitada, mas que esteja de acordo com os valores que a marca deseja expressar para seu público. Importante no Brainstorm é estimular o fluxo criativo, sem barrar as ideias que surgem, por mais inadequadas que pareçam. Por isso deve-se anotar tudo e dar asas à imaginação. Após esse processo, é necessário verificar aquelas que realmente se adéquam aos objetivos traçados, o que chamamos de reverse Brainstorm. POSICIONAMENT O Ocupando espaços. “Ser completamente inédito é um desafio quase impossível, mesmo para o melhor dos criativos. Um bom posicionamento não precisa ser completamente inovador, mas sim manipular o que já existe lá dentro da mente, realinhavando as conexões já existentes” POSICIONAMENTO Para entendermos melhor esse processo, vejamos o exemplo da Natura. A Natura estimula uma relação harmoniosa das pessoas consigo próprias e com o mundo e as pessoas que as cercam. Seus produtos desempenham um papel fundamental, já que para relacionar-se bem é preciso estar bonito, ter autoconfiança, estar bem. Os consumidores que tomam decisões com base puramente em fatos representam uma ínfima minoria da população mundial. Mas sempre existe algum produto ou serviço que até mesmo essas pessoas compram.” “A grande maioria da população consome e compra com a mente e o coração (emoções). As pessoas buscam uma razão lógica: o que o produto oferece e por que é uma escolha superior. E tomam uma decisão emocional: gosto dele, prefiro-o, me sinto bem com ele.” Maurice Levy – Chairman do Publicis Group É buscar a essência da marca e no que ela difere de seus competidores. Nunca inventando algo que pudesse ser vantajoso (mas fake) e sim encontrando em sua própria razão de ser o que deve ser iluminado. Nunca esquecer!!!! Atributo não é igual ao de benefício! Atributo Tem hexaclorofeno nas listras vermelhas. Benefício Protege melhor os dentes e as gengivas. UNIQUE SELLING PROPOSITION (USP): Promessa básica, principal benefício do produto/serviço. Pode ser tangível ou intangível. Racional ou emocional. Reason Why. Justificativa da promessa, ou seja, são as características do produto/marca que justificam a afirmativa do benefício. Exemplo: 3D White deixa os dentes mais brancos rapidamente e por mais tempo. Promessa Básica (USP) 3D White deixa os dentes mais brancos em 3 dias e com efeito que dura meses. Reason Why é a marca Oral-B que tem confiabilidade e o aval da Gisele Bündchen. Atributos complementares da imagem : tudo o que é necessário se dizer além da promessa básica entra como promessa secundária: preço, forma de uso, entrega, cores, garantia e etc. – beleza, jovialidade, mulher bonita e vencedora. TEMA A campanha publicitária deve obedecer a um Tema, assim a mensagem fica unificada em todas as peças e com força de penetração e memorização na mente do consumidor. Exemplo: Um shopping irá realizar uma campanha para o dia das crianças. O que devemos dizer? O shopping estará realizando sorteios de muitos prêmios no dia das crianças, e uma grande viagem a Disney. TEMA Como vamos dizer? CRIANÇAS FELIZES NA DISNEY = TEMA. Não devemos confundir Tema com Título: O título é uma “chamada” com a função de fixar a atenção, despertar o interesse e induzir à leitura do texto. O título pode ser direto ou indireto. PANO DE FUNDO OU AMBIENTAÇÃO DA CAMPANHA. É o tema que faz a coesão (união; harmonia), indicando uma linha a ser seguida. Todas as peças da campanha devem seguir a temática. O tema , assim como o conceito criativo, pode ser apresentado ao público alvo de várias e várias maneiras. A maneira mais comum utilizada pela criação pára essa definição é a ABORDAGEM. A ABORDAGEM é a forma pela qual a criação escolhe para comunicar o conceito e o tema, respeitando as limitações de cada Meio. A Abordagem é a forma é a forma como a história vai ser contada. Consiste na trama dos personagens envolvidos que irá levar a “ moral da história”: o conceito criativo. APELOS VISUAIS E ORIENTAÇÃO PARA CRIAÇÃO O Planejamento determina as informações que o público- alvo quer ver ou não no produto, por exemplo, uma demonstração de uso, ou uma animação da ação do produto, se querem ver preço e etc. A definição da linha criativa ( estilo) é fundamental, pois fornece um caminho a seguir. Os apelos são formas de chamar a atenção para a peça. Devem ser utilizados nas campanhas, conforme os valores que a marca deseja exprimir. Dividem-se em: Racionais: Saúde, segurança, economia, durabilidade, resistência, garantia, tempo (ganhar), distância (encurtar), confiança, preço, praticidade, tecnologia, fidelidade, sexo (seguro). Emocionais: felicidade, beleza, dor, prazer, status, orgulho, paixão/amor, liberdade, ciúme, fantasia, sonhos, sensações. Após a escolha do tipo de apelo, é determinada uma forma de abordar a mensagem, utilizando-se o comportamento do público-alvo perante o seu produto, isso é fundamental como fator de persuasão da peça publicitária. LINHAS CRIATIVAS Erótica Humorística Narrativa Testemunhal (depoimentos de autoridades no assunto - evidência científica), Apresentadores, artistas, personagens de TV/cinema, Comparativa (direta/indireta) Informativa Humanitária Irônica Ambígua Polêmica Lúdica Autoritária Dramatização (problema x solução) Demonstração de uso/desempenho Personagem (garoto (a) propaganda, mascote) Situação da vida cotidiana ou aspiracionais Datas, fatos ou eventos de oportunidade, entre outras. Após essa fase, apresentar as peças da campanha. Peças eletrônicas, impressas e digitais. Impressas: outdoor, anúncios em jornais e revistas, mídia interior etc. Material promocional e merchandising: cartazes, folders, lâminas, banners, infláveis,bandeirolas, stoppers, displays etc. Eletrônicas: spots, jingles, filme TV, vídeos, material para script advertising, Cinemídia etc. Digitais: sites, hot sites, flash mob, banners, radio digital, TV digital, presença no Youtube, Google, Virais etc. Ações diferenciadas. ESTRATÉGIAS DE CAMPANHAS Estratégia é a forma como as marcas deverão atingir os objetivos. O caminho que a marca deverá percorrer para executar seu objetivo e sua meta. Existem vários tipos: Estratégia de Informação: caracteriza-se pela prioridade que dá às informações de um produto ou empresa. É utilizada em lançamentos ou reformulações do produto/serviço ou embalagem. Essa estratégia deve informar algo. Estratégia de Testemunho ou Testemunhal: Usa o testemunho de alguém (famoso ou não) para dar credibilidade ao produto. Estratégia de Comparação: Compara os atributos de seu produto com o do concorrente. Ela não ataca o concorrente, apenas faz comparações. Não é muito utilizada no Brasil ESTRATÉGIAS DE CAMPANHAS Estratégia de Humor: utilização da piada ou sátira. Deve ser usada com cuidado. Depende do público alvo e do problema a ser resolvido. Estratégia Ofensiva: Ataca o concorrente, tentando atingir as suas vulnerabilidades. Normalmente é utilizada para ganhar participação de mercado de um concorrente maior. Estratégia de Defesa: Normalmente utilizada pelos líderes de mercado. Repele o ataque e mostra as forças empresariais. Estratégia Indiferenciada: Quando a empresa não conhece as diferenças entre o os segmentos de mercado e o público alvo. Ela não prioriza a venda, apenas fixa a imagem de marcas de empresas ou linhas de produtos. Estratégia de Posicionamento ou Reposicionamento: posiciona a marca na mente do consumidor. TIPOS DE CAMPANHAS E SEUS OBJETIVOS Relembrando: Toda campanha publicitária possui Conceito e Tema. Conceito é a mensagem que se deseja transmitir, já o tema é a forma como o conceito será expressado. É função do tema construir a unidade da campanha, de forma a comunicar a mesma ideia, além de provocar impacto e empatia entre o público-alvo e o produto. CAMPANHA DE PROPAGANDA Sua característica principal é a comunicação do produto, informando benefícios e atributos levando o consumidor à ação de compra. Ela não interage com o consumidor. Ela leva o consumidor ao produto. Posiciona marcas. CAMPANHA INSTITUCIONAL Este tipo de campanha busca tornar uma instituição conhecida e não um produto. Ela oferece a marca corporativa e geralmente faz uso de datas comemorativas e apelos emocionais. CAMPANHA DE VAREJO Os produtos são anunciados pelo intermediário, no caso o varejista. Geralmente estão em forma de tabloides, anúncios de jornais ou comercial de ofertas para TV, usando o preço como CAMPANHAS SOCIAIS Campanhas voltadas para causas sociais, como desemprego, adoção de menor, tóxicos, prevenção de doenças, entre outros. CAMPANHAS ELEITORAIS Objetiva conquistar votos para determinado postulante a um cargo letivo. Os principais instrumentos de comunicação são programas de TV e Rádio, adesivos para automóveis, camisetas, bonés, balões e faixas personalizadas. CAMPANHAS GOVERNAMENTAIS São destinadas a criar, reforçar ou mudar a imagem de um determinado governo. Representa um enorme % da propaganda veiculada no Brasil. CAMPANHAS EDUCATIVAS Veiculadas com o objetivo de educar ou orientar a população sobre determinado aspecto, como, por exemplo, campanhas de trânsito, vacinação, respeito às diferenças etc. CAMPANHAS INDUSTRIAIS (B2B) É aquela em que a empresa anuncia seus serviços a outra empresa. Seu diferencial se dá no conteúdo, pois está vendendo algo a alguém que entende do produto que está adquirindo. CAMPANHAS PARA O TRADE Propaganda do fabricante do produto para o revendedor. O alvo aqui é o supermercadista, lojista, distribuidor. A abordagem do benefício é diferente. Enquanto o consumidor espera que o sabão lave melhor, o revendedor espera que dê mais lucro. O objetivo é mostrar o quanto aquele produto pode ser rentável e trazer lucros para CAMPANHAS PROMOCIONAIS Comunicam a promoção de venda de produtos ou serviços. Geralmente, usam a mídia de forma massiva, através de Rádio, TV, Revista, Internet etc. Curto prazo. CAMPANHAS DE OPORTUNIDADE Aproveitam a oportunidade de algum tema ou assunto recente e utiliza como mote para comunicar determinado produto ou serviço. CAMPANHAS DE LANÇAMENTO Visam comunicar o lançamento de novos produtos ou serviços. CAMPANHAS DE SUSTENTAÇÃO Veiculadas na fase de maturação do produto, ou seja, após o lançamento do produto. O principal objetivo é sustentar os esforços de marketing, de forma a não dar espaço para a concorrência. O mais importante é lembrar que o produto existe, fixar a marca na mente do consumidor. CAMPANHAS GUARDA- CHUVA Também conhecida como campanha de linha de produtos. Reúne características das campanhas institucional e promocional. CAMPANHA TESTEMUNHAL São campanhas nas quais uma pessoa de credibilidade presta seu testemunho sobre as qualidades de um produto. CAMPANHA DE INCENTIVO Não se destina ao consumidor final. Incentiva a equipe interna visando aumento de vendas ou de performance. Campanha Cooperada Típica de varejo. Veicula vários produtos da mesma marca em acordo com o varejista. Muitos anunciantes acreditam que a avaliação da campanha é retratada pelos resultados de vendas. No entanto, é muito difícil calcular o volume de vendas gerado por uma campanha. Há de considerar que o aumento de vendas não é objetivo de comunicação. E mais, para a venda dar certo, é preciso que as variáveis controláveis de marketing ( produto, preço, praça e promoção) estejam funcionando harmonicamente. A comunicação é responsável por apenas uma das variáveis - a “Promoção”. TESTES DE CAMPANHAS Permitem investigar se as mensagens das campanhas são bem interpretadas pelos públicos alvo. São testes realizados antes do início das campanhas, e, dependendo dos resultados, poderão servir para alterar a estratégia. Os Pós-Testes de Campanha têm com objetivo avaliar o impacto da campanha, a eficácia da mensagem transmitida. Estas informações irão possibilitar um melhorar comunicações futuras. Os “pré-testes” acontecem antes da campanha ser produzida: buscam orientação para a criação testando se a ideia é compreendida, se está objetiva e coerente enfim, reduzindo riscos. Podem ser Grupos de Discussão onde avaliam o conceito, o tema, a embalagem, entre outros da campanha. Os “pós-testes” avaliam os efeitos causados pela campanha. E as pesquisas de mídia informam previsto foi atingido com a intensidade desejada. AVALIAÇÃO DA COMUNICAÇÃO Existe uma série de testes pós- veiculação DART – DAY AFTER RECALL TEST- grau de memorização do consumidor exposto à comunicação. GRUPO DE CONTROLE DE CONSUMIDORES: pode-se pesquisar os resultados de um grupo de consumidores que não tenha sido exposto à campanha. Comparando o desempenho deste com outro grupo exposto à campanha. AVALIAÇÃO DA COMUNICAÇÃO ESQUEMA DE REVES: método que utiliza diversas campanhas objetivando detectar a melhor. Ele mede: a) quantas pessoas lembram e quantas não lembram da campanha; b) porcentagem de consumidores do produto a que a propaganda se refere em cada um dos grupos. ESQUEMA DAGMAR (DEFINING ADVERTISING Goals for Measured Advertising Results): mede a identificação dos objetivos da comunicação,até que ponto foram alcançados os objetivos da campanha. APLIQUE O 5W2H Consiste basicamente em gerar as 7 perguntas essenciais: O que? (What): O que precisa ser feito? O que fazer para atingir o Goal? Quem? (Who): Quem estará envolvido na ação? Quem são os personagens? Onde? (Where): "Onde" irá acontecer a ação? Quais canais? Por que? (Why): Por que esta ação é importante para nossa persona? E para a empresa? Quando? (When): Em que momento? Qual momento é mais adequado? Como? (How): Como vamos fazer? Como vai funcionar esta ação? Quanto vai Custar? (How Much): Quais os custos envolvidos? Quanto vamos investir? Preço Alto --- Usar a bicicleta não é hábito OBJEÇÕES Vender bicicletas no próximo dia dos pais. GOAL Criar uma ação onde possamos apresentar algumas histórias que só foram possíveis através de um passeio de bicicleta entre pai e filho. RESULTADO Goal – Objeções = Resultado EXEMPLO WHO WHY WHEN WHERE WHAT HOW HOW MUCH 5W+2H PLANO DE AÇÃO 🏁 Mães Depois que compram, a bicicleta fica abandonada Eventos Podemos investir R$ 9.000 em impressos e ”vestimenta” para a loja física. Devemos economizar 20% na produção de vídeos. Valorizar as experiências criadas no pedal. Promover o ato de pedalar Experiências entre pai e filho(a). Fortalecer o laço entre pai e filho(a). Atenção Estágios da Comunicação Histórias nascidas em um pedal. Promover experiências que só uma bicicleta pode oferecer. Interesse Apresentar especificações técnicas de nossos melhores produtos. Mostrar nossas certificações internacionais. Mostrar depoimentos. Desejo Oferecer um desconto de 20% somente para compras nesta campanha. Oferecer um coquetel no dia dos pais. Oferecer aulas de manutenção de bicicletas para pais e filhos. Ação Atração Conversão Ativação Atração Ativação CAMPANHA ON-LINE CAMPANHA OFF-LINE E-MAIL MARKETING ANÚNCIO CARROUSEL POST REDE SOCIAL BOTÃO SITE PARCEIRO BANNER SITE VÍDEO YOUTUBE Compra na Loja Landing Page NOVA VITRINE FOLDER TOTEM CARTAZ TV INDOOR EXPOSITOR DE PRODUTO Compra na Loja Funil de Conversão Investimento total na campanha Custo Operacional Pessoas impactadas diretamente com a campanha Alcance Único Custo por cada ativação realizada durante a campanha Custo por Aquisição Volume compras realizadas na loja Ativações Realizadas Volume de pessoas que converteram Conversões Investimento total na campanha Custo Operacional Custo por cada oportunidade gerada Custo por Oportunidade KPIs Secundários KPIs Principais Canal que apresentou melhor taxa de conversão. Melhor Canal Entrega das peças por parte da agência Dia 0 Atualização da Vitrine na Loja. Dia 1 Linha de Tempo da Campanha Implementar a campanha nos canais digitais. Dia 1 Envio do primeiro e- mail marketing. Dia 5 Publicar post em nossas redes sociais Dia 10 Reunião de Checkpoint com o time Dia 15 Liberar anuncio de remarketing para quem acessou a loja online. Dia 17 Implementar segunda etapa da campanha com contador de tempo regressivo. Dia 20 Enviar segundo e- mail da campanha. Dia 24 Publicar em nossas Redes Sociais Dia 28 Dia 30 Reunião de Checkpoint com o time Dia 31 Remover campanha dos canais digitais e lojas físicas. Tecnologia: “Diluiu” barreiras como tempo espaço, ampliou nossos referenciais (técnicos e emocionais), demandas (materiais e afetivas) e a forma de (re) significar o mundo. CONTE HISTÓRIAS, BOAS HISTÓRIAS! SEM UM ENREDO CONVINCENTE E CHEIO DE “CONFLITOS” OS OUTROS ELEMENTOS DA NARRATIVA NÃO SIGNIFICAM MUITO. A IMPORTÂNCIA DE SUSTENTAR DIÁLOGOS AUTÊNTICOS... A MARCA PRECISA TER UM TOM DE VOZ SINGULAR AO INVÉS DE TENTAR SE “PARECER” COM TODO MUNDO. COMPREENDA A ESSÊNCIA DA MARCA E AS OPORTUNIDADES NO SEGMENTO PARA CONSTRUIR A SUA NARRATIVA. “SE VOCÊ NÃO PODE MEDIR, NÃO VAI CONSEGUIR GERENCIAR” (Peter Drucker) Medir Analisar Agir ROI (Return on Investment). O grande desafio é: como calcular qual o retorno efetivo no investimento em branding ou exposição, influência e engajamento nas redes sociais? Nesse cenário, o melhor caminho para medir resultados é pensar no retorno ou resultado do engajamento de seu público, o ROE. Para isso, é preciso criar indicadores qualitativos que acompanhem a jornada do público no ambiente digital.. ROI (Return on Investment). O grande desafio é: como calcular qual o retorno efetivo no investimento em branding ou exposição, influência e engajamento nas redes sociais? Nesse cenário, o melhor caminho para medir resultados é pensar no retorno ou resultado do engajamento de seu público, o ROE. Para isso, é preciso criar indicadores qualitativos que acompanhem a jornada do público no ambiente digital.. MÍDIA MÍDIA E VEICULAÇÃO PLANEJAMENTO Divide-se em três pilares, a saber: objetivo, estratégia e tática. 1º OBJETIVO DE MÍDIA Quantidade de pessoas que se quer atingir com a campanha- Cobertura, regiões geográficas, que determinada intensidade (frequência) de veiculação e durante determinado período (Continuidade). 2º ESTRATÉGIA DE MÍDIA É o caminho que se traça para atingir esse objetivo, utilizando os meios escolhidos ( justificados) e seguindo um cronograma de veiculação. Estabelecer a melhor relação entre investimento, quantidade e qualidade da comunicação. Meios que serão utilizados, métodos de utilização, fluxo da campanha, orçamento. 3º TÁTICA DE MÍDIA São as formas de ação e os recursos através dos quais se implanta essa estratégia, ou seja, é o detalhamento de onde as peças serão veiculadas, do número de inserções, de pessoas atingidas e dos valores que serão investidos. Normalmente, os meios de comunicação, são classificados em cinco grandes grupos: MEIOS IMPRESSOS: aqueles que utilizam materiais gráficos impressos para transmitir a mensagem. Ex. jornais e revistas. MEIOS ELETRÔNICOS: aqueles que utilizam equipamentos eletrônicos para chegar ao usuário. Ex. TV, rádio e internet. MÍDIA EXTENSIVA, OU EXTERIOR: aqui destacamos os Outdoors, Busdoor, Indoors, Placas, Painéis, Cartazes e Mobiliário Urbano. Alguns autores classificam as estratégias Internet como MÍDIAS INTERATIVAS. Com a digitalização da TV e do Rádio, a interatividade tornar-se-á padrão, portanto esta classificação também cairá por terra. Portanto, vamos incluir, desde já, a Internet no âmbito da mídia eletrônica. NEW MEDIA: envolve principalmente as novidades tecnológicas, que ainda não se enquadraram em outras categorias. A Internet, por exemplo, foi, inicialmente, considerada como New Media assim como Realidade Aumentada, Realidade Virtual, entre outros. NO MEDIA: outras opções não consideradas mídia por não utilizarem veículos de comunicação propriamente dito. Atualmente, destacamos as ações de Ponto de Venda (PDV), Embora não sejam mídia, é curioso como o próprio nome traz em si o conceito que os inclui nesta categoria. As armas do profissional de mídia são os conhecimentos básicos das técnicas ( GRP, Frequência, Cobertura, Audiências, Índice de Penetração, CPM, ROI, Custo por Clique, Taxa de Rejeição, entre outros,que, com uma dose de talento, podem levar a combinações extremamente criativas entre os recursos e os meios disponíveis para a veiculação da mensagem. A natureza da mensagem influi na escolha dos meios e veículos. Resumindo: o plano de Mídia deve conter Objetivos de Mídia, Estratégias de Mídia, Justificativa dos Meios, Táticas de Mídia e programação Resumida com Investimento. VERBA PUBLICITÁRIA IMPLANTAÇÃO, EXECUÇÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO A DETERMINAÇÃO DA VERBA DEPENDE DE VÁRIOS FATORES COMO: Margem de lucro. Objetivos de comunicação. Tipo de produto. Categoria social/ econômica do consumidor. Tipo da empresa. Política e filosofia dos negócios. Posição no mercado. Esforço publicitário da concorrência e Estágio do produto (lançamento, concorrência, recordatório) etc. (SANT’ANNA, 2005, p. 132). A REMUNERAÇÃO DA AGÊNCIA A comissão da agência é baseada na Lei n.º 4680/1965, regulamentada pelo Decreto n.º 57.690/1966, que rege a profissão de publicitário e as relações entre anunciantes , agências e veículos de comunicação, incidindo sobre a produção e mídia. De acordo com a Lei, a agência receberá 20% sobre os serviços prestados em mídia, e 15% sobre os serviços prestados na área de produção. A REMUNERAÇÃO DA AGÊNCIA Ainda segundo a Lei, os 20% sobre a mídia são pagos à agência pelos veículos e não pelo cliente. Os honorários da agência já estão embutidos no preço do veículo de comunicação. Os custos internos (planejamento, criação, finalização etc.) devem ser calculados com base em parâmetros referenciais estabelecidos pelo Sindicato da base territorial onde a Agência estiver localizada e não será acrescido de honorários nem de quaisquer encargos. Existem outras formas de remuneração como Fee Mensal, MAS, QUEM PAGA QUEM??? A agência autoriza os veículos a iniciar a veiculação. O veículo emite uma nota fiscal em nome do cliente e a envia para a agência. A agência cobra o cliente. O cliente paga à agência. A agência paga o veículo, porém, retém nesse momento sua comissão. EXEMPLO O cliente Shell autoriza a agência a veicular a programação de mídia na TV Globo, em um total de R$ 10 milhões, pelo período de um mês. Ao término do mês, a TV Globo emitirá uma fatura em nome do anunciante Shell, no valor de R$ 10 milhões e a enviará a agência. Após conferir seus valores e a programação, a agência cobrará do cliente o mesmo valor. Ao receber do cliente, a agência deverá pagar à TV Globo, porém, o valor a ser pago será de R$ 8 milhões. Os R$ 2 milhões restantes (20% do custo total da veiculação) serão retidos, pois são a comissão da agência. COMISSÃO DA AGÊNCIA SOBRE MÍDIA Para que esse mecanismo seja possível é necessário o credenciamento da agência junto aos veículos. Se o cliente for diretamente aos veículos e inserir seu comercial, deverá pagar os mesmos R$ 10 milhões, pois ele não está credenciado como agenciador para ter direito a comissão. COMISSÃO DA AGÊNCIA SOBRE PRODUÇÃO Retomando a Lei nº 4680/65, todos os serviços de produção realizados pela agência deverão ser acrescidos de 15% e pagos pelo cliente. Entenda-se como produção os serviços realizados por terceiros, a pedido da agência: impressão, produção do comercial de TV, documentários, produção de spots, jingles, cópias de filmes, maquetes de estandes etc. Como o exemplo anterior: O cliente Shell autorizou a inserção dos comerciais na TV e pagou pela veiculação. Entretanto, foi preciso produzir um filme e seu custo foi de R$ 500 mil. O procedimento é semelhante. A agência autoriza a produtora a realizar o filme. A produtora emite uma nota fiscal em nome do cliente Shell no mesmo valor e a encaminha para a agência. Esta acrescenta ao valor do filme 15% relativos a seus honorários e encaminha ao cliente uma fatura no valor total de $ 575 mil ($ 500 mil + 15%). Embora lei, os percentuais de 20% sobre a veiculação e 15% sobre produção são considerados altos pelos anunciantes, que pressionam as agências a reduzi-los. A pressão exercida pelos empresários levou, em 1997, a Secretaria Social da Presidência da República a editar o Decreto n.º 2.262, que permitiu a negociação da comissão de 20%, tornando lícitas as transações entre anunciantes e agências. O resultado desse estudo foi a criação do CENP (Conselho Executivo de Normas-Padrão) em 1998. O CENP estabeleceu as normas-padrão da atividade publicitária, cujo objetivo é garantir o compromisso dos veículos a conceder a agência a comissão de 20% sobre os serviços de mídia. Apesar da lei e das Normas-Padrão, muitas agências apostam no seu poder criativo e em sua capacidade efetiva de gerar resultados e buscam caminhos alternativos para serem remuneradas. TIPOS DE REMUNERAÇÃO Fee mensal. Remuneração por resultados ( Success Fee) que compreende tanto um percentual quanto um valor fixo, se os objetivos forem atingidos. Fee mensal fixo acrescido de um percentual sobre os resultados. Alia os dois outros sistemas falados anteriormente. Além desses, a agência utiliza uma tabela Referencial de Custos Internos para cobrar a criação e finalização de material de comunicação. IMPLANTAÇÃO, EXECUÇÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO A implantação e a execução da campanha podem e devem dar certo, desde que respeitadas todas as etapas do planejamento. Essas etapas dizem respeito à criação, à mídia, à produção da campanha e ao envio do material para os veículos. A implantação do planejamento publicitário requer, por parte do anunciante e da agência, o desenvolvimento de controles, objetivando o acompanhamento da evolução das campanhas que Referências LUPETTI, L. Planejamento de Comunicação. São Paulo: Ed. Futura, 2000. LUPETTI, L. Administração em Publicidade: a verdadeira alma do negócio . São Paulo: Cengage Learning, 2009. CORREA, R. Planejamento de Propaganda. Ed. Global, São Paulo, 2004.
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