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DIREITO CIVIL P2 5) União Estável 1) Introdução: Art. 550, 1801 CC – Súmula 380, STF Concubinato (concubere – dormir com) - impuro (casado com relacionamento paralelo [amante]- não pode haver casamento) → partilhar leito (cama) - puro (uniões informais – é a união estável) a CRFB veio para acabar com essa nomenclatura de concubinato para a União Estável. → partilhar vida Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal. Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários: III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos; Súmula 380 = Comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum. Concubinato – esforço comum Companheiro – parcial de bens Na união estável, Não havendo pacto, aplica-se a comunhão parcial de bens UNIÃO ESTÁVEL: 1723 a 1727; art. 226, §3º CRFB; EN 524; Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. § 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. § 2o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável. Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos. Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil. Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. EN 524 - As demandas envolvendo união estável entre pessoas do mesmo sexo constituem matéria de Direito de Família. MP 664/14- previdência , necessário que tenha 2 anos de convivência para efeito de pensão) Serviços domésticos? Indenização – tese nº 14 2) Elementos Configuradores – tese nº 3: a) ausência de formalismo- (sem contrato), a convivência que define b) Affectio Maritalis; “Ânimus Familiae”- intenção de constituir família, convivência para vida, Ex: conta conjunta, frequenta as famílias, vai as festas juntos, existe um casamento religioso. c) Publicidade, notoriedade, estabilidade: todos sabem que são casal, “só falta o papel passado”… é estável. d) Continuidade: se separou e arrumou outro, rompeu-se a continuidade, mesmo que voltem depois… e) Ausência de impedimentos : 1723 §1º, 2º, 1521 3) Elementos acidentais: (não precisam estar presentes) a) Escritura Pública b) Prole – ajuda, caso tenha um filho e os outros elementos presentes c) Convivência “More uxório” - tese nº 2- coabitação, sobre o mesmo teto. Art. 1.724 d) Relação Monogâmica? - Tese nº 4 Dever de lealdade e respeito? É possível a produção de efeitos decorrentes de uniões plúrimas? → STJ diz que não (posição da Maria Helena) Correntes doutrinárias -Maria Helena Diniz- princípio da monogamia que se aplica, por causa dos impedimentos, não há que se falar em união estável. Lealdade e respeito é a mesma coisa que fidelidade, princípio da monogamia. -Berenice Dias- uma coisa é fidelidade, outra lealdade e respeito, se eu contei que tenho outra relação eu tive lealdade e respeito. Não se pode fechar os olhos para a realidade, tem que enfrentar, produzir efeito. IBDFAM – propõe a aplicação da analogia do casamento putativo (1561), propondo que seja aplicado o princípio da boa fé nessas relações. Não vai se constituir a união estável, mas haverá aplicação dos efeitos. -Maioria- (Flávio Tartuce) caixeiro viajante que tem companheiras em 3 cidades diferentes, e nenhuma sabia uma da outra. Flávio propõe: em face da boa fé objetiva, pois cada uma não sabia, há que se aplicar a eles a analogia do art. 1.561 (casamento Putativo) em face da companheira de boa fé. Incide a união estável putativa. Jurisprudência STJ: tese nº 4- não admite: não há poliamorismo, não há analogia do 1.561, não pode se estender. Jurisprudência STJ 5ª Turma- rateio: cabe o rateio de pensão. Não se estende para reconhecimento de união estável. Resp. 1.126.173/MG/2013- impenhorabilidade do bem de família da união estável paralela. 4) Efeitos: deveres – 1724 Regime de bens: 1725; EN 115: não preciso comprovar esforço. (comunhão parcial de bens, em regra, salvo se contrato prever coisa diversa) Tese nº 6, 7, 11 e 12 Alimentos: 1694 Sucessão: 1790 5) Direito real de habitação – tese nº 8, 9 e 10 6) Conversão da união estável em casamento?- Art. 1726 cc EN 526 (judicial - não retroage) - Art. 226, §3º CRFB Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. 7) Pacto de convivência -“Namoro qualificado” Contrato válido? Rolf Madaleno: inoponível a 3º- se o filho pediu, é inoponível. Francisco José Cahali- se presentes o elementos, não vale o contrato, vale a união estável. Zeno Veloso – Humberto Theodoro- o Estado não tem direito de interferir nas relações pessoais. Dissolução do Casamento: 1) Introdução: Se o casamento é comunhão plena de vida e um quer se separar, não há mais essa comunhão e portanto surge o direito potestativo de divórcio. 2) Modos dissolutivos: 2.1) Morte- real- tem o corpo Presumida- catástrofe (enchente, terremoto, soterramento, queda de avião) – não necessita declaração de ausência – (ler art. 7, CC). Ação de justificação de óbito Morte presumida com declaração de ausência: art. 1571, §1º cc (o ausente é o desaparecido) 22 a 39 cc Art. 6º cc Correntes: a) só posso declarar essa morte presumida quando abre a sucessão definitiva, art. 6ºcc (morte presumida, 13 anos e 180 dias). Pode se casar b) basta ter a declaração de ausência, na primeira fase. Basta ter o ausente. Um ano ou dois anos. Pois pode entrar com divórcio em face do ausente. Art. 1.571, § 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. 2.3) SISTEMA BINÁRIO OPICIONAL a) Separação: EN 514, 515, 516, 517 (dissolve a sociedade conjugal mas não o vínculo matrimonial) b) Divórcio – único que de fato dissolve o casamento (divórcio e a morte) Divórcio: lei 6.515/77- continua em vigor, fora as atinomias Lei 13.105/15 e Lei 11.441/07 1) Evolução: ocorria a dissolução do casamento a) Concílio de TRENTO: (1545 a 1553)- indissolubidade do casamento b) CC 1916- só permitia o desquite, não podia se casar novamente c) EC nº 9/77 e lei 6.515/77- propõem o divórcio no Brasil (Nelson Carneiro), cria o sistema dual. d) CRFB/88 – reduziu o prazo... do sistema dual, passou a ser 1 ano de separação judicial, divorcio direto após 2 anos separados de fato. Só podia se divorciar uma vez. e) Lei 7.841/89 – aboliu o limite... (pode se casar várias vezes) f) Lei 11.441/07- divórcio administrativo (no cartório) g) EC 66/10- origem: IBDFAM – Pec 413/05 (Biscaia) PEC DO AMOR - reapresentada 33/07... (reapresentadapor Sérgio Barradas Carneiro), aprovada em 2010. Art. 226 §6º CRFB – o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. Não tem prazo, não tem motivo. h) Lei 13.105/15: 693, 719 e SS- NCPC 2) Tipologia contemporânea do divórcio no Brasil. Divórcio - extrajudicial ou administrativo ou por escritura pública (lei 11.441/07 e Res. 35/07, Res 179/13, art. 733 NCPC) – somente consensual Judicial – consensual- 719 NCPC EN602 – litigioso - 693 NCPC 2.1) Características do divórcio cartorial: a) Todos interessados devem ser capazes – EN 571 b) Consensual (pode fazer sem a partilha, que será feita no judiciário) c) Independe de homologação- Art. 733, § 1º, NCPC d) Assistência... (do advogado ou defensor) art. 733 §2º NCPC e) Não intervenção MP f) Lavratura de escritura Pública- 733 §2º NCPC Competência? Cartório não tem competência. Competência é coisa do Judiciário. g) EN 516- partilha posterior. h) Res 179/13- partilha em cartório i) NCPC 733 – proíbe divórcio administrativo da mulher grávida (nascituro) 2.2) Características do divórcio Judicial: 2.2.1) Consensual art. 731 NCPC a) Petição subscrita por ambos cônjuges- imotivada - requisito? Único requisito e motivo é estar casado… b) Foro competente. Art. 53 NCPC – domicílio do guardião do incapaz - último domicílio do casal - domicílio de qualquer deles c) NCPC – não manteve a exigência de audiência de conciliação d) Independe de partilha de bens: 2.2.2) Litigioso Divórcio Litigioso: 693 a 699 NCPC O litígio não serve para nada! a) Réu será citado para a audiência de mediação e conciliação (cultura da Paz) Mandado – 695, § 1º e 696 NCPC – não vem a cópia da inicial, simplesmente cita pada a audiência. b) Réu Intimado para contestar - frustrada a mediação – (Inócua a contestação em relação ao divórcio) c) Culpa? EN. 602- art. 355, 356 NCPC (não precisa esperar, averba o divórcio) d) Foro: art. 53 NCPC – Réu Mediação: art. 165 §3º NCPC- técnica da “Constelação” Conciliação: art. 165 §2º NCPC A USUCAPIÃO FAMILIAR: lei 12.424/11 ou a usucapião por abandono do lar ou conjugal 1) Origem: lei 11.977/09 alterada pela lei 12424/11 incluiu o art. 9º art. 1240.A cc (prescrição aquisitiva) 2) Requisitos: casa ou apto que era dos dois a) Prazos de 2 Anos → EN.501 - posse direta / ininterrupta / sem oposição / exclusiva b) imóvel urbano- 250 m c) Propriedade comum d) Não ser proprietário de outro imóvel e) abandono do lar – (animus abandonandi) EN 500 f) Direito uma única vez FILIAÇÃO – art. 1596 – 1606 1) Introdução: desatrelamento, quem é o filho e quem é o genitor Nova tábua axiológica centrada no- garantismo constitucional - P. da solidariedade / P. da Dignidade Humana / - P. da igualdade 2) Critérios de filiação: legal, biológico e afetivo 2.1) legal: decorre da lei a) presunção legal, art. 1597, I, (ficou obsoleto por causa do DNA) - “Pater is est , quem justae nuptiae demonstran” (tendo a mãe a certidão de casamento pode registrar o filho mesmo que o pai não esteja com ela mais) Art. 1597, II (ficou obsoleto por causa do DNA) 1599, Impotência generande → infertilidade afasta 1600, 1602- não basta o adultério, ainda que confessado 1601, EN258 ou EN130? → EN 520 Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível. → mesmo o artigo dizendo isto, não pode (socioafetividade) → nesse caso, filho, representado pela mãe, é que pode buscar o reconhecimento. Art. 1.603. A filiação prova-se pela certidão do termo de nascimento registrada no Registro Civil. 1604, EN 520 Art. 1.604. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro. → através de uma ação de negatória b) Decorrente da técnica de reprodução assistida. EN105 b.1) Fecundação homóloga - gametas do próprio casal -in vivo- - 1597 III; EN106- dentro do corpo, introduzo os gametas -in vitro- 1597 IV- EN107- proveta- tubo, forma o embrião, posteriormente introduzido no útero Excedentários = fora do corpo, in vitro Supranumerários = não foram usados- por lei, são usados em pesquisa científica b.2) Fecundação heteróloga- 1597 V; EN258; EN570- -O marido ou esposa são estéreis, buscam o sêmen ou óvulo no banco -Não cabe negatória de paternidade, uma vez autorizado. NORMAS ÉTICAS DE UTILIZAÇÃO DA TRA – 2168/17 1 – Princípios Gerais = 1 a 8 2 – Pacientes de TRA – 1,2,3 3 – Doação de gametas ou embriões – 1 a 9 4 – Criopreservação de gametas e embriões – 1 a 5 5 – Diagnóstico genético – 1 a 3 6 – Gestação de substituição – 1 a 3 (conflito EN 129) 7 – Reprodução assistida pós-mortem Provimento 63/2017 CNJ – art. 5, 6, 8, 16 (§ 1 e 2), 17 (I, II, III, §1, 2 e 4) e 18. EN 608 2.2) Critério Biológico Exame de ácido desoxirribonucleico (DNA) - 1865- Monge Grecor Mendel (ervilha) - 1985- Alec Geffreys (mapa genético- DNA) 2.3) Critério socioafetivo. Prov. 63/17 – art. 11 Prov. 83/19 – art. 10 e 10 A (nome, trato e fama) MULTIPARENTALIDADE – art. 14 do prov. 63 Só de forma unilateral → §1 inclusão de um ascendente → §2 mais de um – via judicial Repercussão geral 622 do STF – a paternidade declarada ou não em registro, não impede o reconhecimento do vinculo de filiação concomitente, baseada na origem biológica, com todas as suas consequencias patrimoniais e extrapatrimoniais. Reconhecimento dos filhos: 1607 a 1617; lei 8560/92; lei 12010/09 (não decorreu do casamento, nem da união estável) 1) Modalidades: 1.1) Reconhecimento voluntário ou espontâneo- art. 1607. Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. Vai ao cartório, voluntariamente, sem forma prescrita. Não tem solenidade. Mesmo que não seja meu e eu sabia disso. - irrevogável, 1609, 1610, art. 10, § 1 prov 63 -indisponível, irretratável. - incondicional- art. 1613- Não admite termo - personalíssimo- posso dar procuração - pode ser- Unilateral- art. 1607 Bilateral- art. 1614, art. 11, § 4 prov 63- o filho maior tem que consentir Art. 1611/1612 1.2) Procedimento de averiguação oficiosa: lei 8560/92 A mãe vai ao cartório e registra o filho, pega a certidão que só tem o nome dela. O oficial de registro encaminha ao juiz de registro, ela é notificada e apresenta o suposto pai, que é notificado, ele reconhece, e sai a certidão. Não confundir com a investigatória. Não é processo judicial. Oficial de registro Juiz de registro público Ouve a mãe - oitiva Notificar o suposto pai para manifestar em 30 dias a- comparece- reconhece- lavra o termo e averba b- não comparece ou nega- MP investiga- legitimidade extraordinária e concorrente, para propor a investigatória. (99%) Obs.: art. 4, § 5 d0 – prov. 16 1.3) Reconhecimento judicial ou forçado: a) Reconhecimento póstumo: 1609 § único- via judicial, Reconhecer o filho morto. - se ele não deixou descendente Se o filho tiver descendente pode ser em cartório – voluntário. b) Ação investigatória de parentalidade: princípio da dignidade genética. -irrenunciável, incondional, imprescritível. -Natureza jurídica- declaratória -legitimidade- ativa- 1606*; 1609 § único, nascituro, alimentos gravídicos. O neto pode pedir se o pai faleceu sem pedir. → pode pedir o , nascituro (mãe), filho e o neto (stj) - passiva- 1615 *Relação Avoenga? STJ -Filho registrado, visando obter a real paternidade? O pai é outra pessoa (padastro), adoção à brasileira. Essencial a integração à lide como- litisconsortepassivo necessário e unitário (pai registral e pai biológico, os dois tem que ser ouvidos) -Adoção à brasileira? STJ- decorreu da boa fé. Se de ato criminoso (sequestro), não. Repercussão Geral 622 STF – multiparentalidade -Socioafetividade? Prov. 63 CNJ/2017 -Recusa em submeter-se ao DNA? Súmula 301 STJ, art. 231, 232 e art. 2 A da lei 8560/92 Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa. Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame. Poder Famliar: 1630 a 1638 1) Disposições gerais – 1630 a 1633 2) Exercicio do poder familiar- 1631, 1634 3) Suspensão- 1637 – abuso de poder, abandono e pena acima de 2 anos 4) Extinção – 1635 5) Perda- 1638 Proteção da pessoa dos filhos: art. 1583 a 1590cc; art. 699 NCPC, EN518,603, 604, 605, 606, 607 1) Formas de colocação na família substituta: a) adoção (ECA) b) tutela c) guarda EN334- 2) Modalidades de guarda: a) Unilateral ou exclusiva- quando um não tem condições. b) Nidação ou aninhamento- Cristiano Chaves. O ninho permanece intacto, a criança fica no lar e os pais se revezam nele. c) Alternada: cada um dos cônjuges exerce com exclusividade a guarda física e jurídica, alternando-se no poder parental. Período com um e período com outro, ping pong. É a predominância nos EUA. Criticada por dificultar os valores sólidos em uma direção. Mas pode ser a solução se por exemplo os pais trabalham embarcados ou moram em países diferentes por exemplo. * Pacto de San José da Costa Rica- prevê a guarda alternada, e o Brasil é signatário. d) Guarda compartilhada: lei 11698/08; art. 1583 e 1584, EN334 e EN335 -Princípios:- Melhor interesse da criança - Direito à convivência familiar - Igualdade entre os cônjuges -Conceito: representa o exercício conjunto dos atributos do poder familiar que permanece inalterado após a ruptura do casal. -Equívocos- não elimina a obrigação alimentar: EN607 Superados- o menor terá um único domicílio- mantendo as mesmas funções anteriores - Falta de fundamentação teórica (restrições) faz rejeitar cláusulas. - Confusão com a guarda alternada, EN603, 604, 605, 606 STJ- guarda compartilhada compulsória, prevalecendo o superior interesse da criança sobre a litigiosidade dos pais. TJ/SP- Jurisprudência, deu a guarda compartilhada para a mãe e o tio (irmão da mãe) Alimentos: Art 1694 a1710; lei 5.478/68; lei 13.144/15 revogou o art. 3º III lei 8009/90 1) Introdução – conceito: mecanismo de ordem material necessários para assegurar a integridade física, psíquica e intelectual. 2) Natureza Jurídica: direito patrimonial, de caráter pessoal. Cristiano Chaves diz que é um direito da personalidade, porque afeta diretamente a personalidade. 3) Fundamento: art. 229 CRFB Princípio- dignidade e solidariedade 5) Classificação: espécies a) Quanto à natureza jurídica - art. 1.694 (ler § 2) -naturais, vitais, necessários, subsistência -civis, côngruos = manutenção do status quo ante = necessidades sociais MALTES – moradia, alimentos, lazer, transporte, educação e saúde. - ALIMENTOS CÔNGRUOS b) Quanto à causa jurídica -Legítimos ou legais- EN341 Decorrem do Poder Familiar Decorrem do parentesco Decorrem da relação conjugal -convencionais (inter vivos ou mortis causa)- pactuamos livremente -ressarcitórios- decorre da pratica de ato ilícito – art. 186 c) Quanto a finalidade- momento procedimental -provisórios- são aqueles recebidos até a sentença definitiva. -definidos ou regulares- nenhum alimento em si é definitivo, pois podem ser alterados, mas não extintos. -transitórios- são sempre convencionados, o STJ não reconhece. Alimentos para ex cônjuge são transitórios. Porém se a pessoa é muito idosa, será definitivo. - tese nº 14 ed n 65 -compensatórios ou sociais- compensar o outro pelo tempo que o outro usufruiu da companhia dele. Não há quando tem partilha de bens. Ex: uma moça nova casou com um homem rico com separação de bens, e na hora da separação dá essa compensação para não cair vertiginosamente o padrão dela. -gravídicos- lei 11804/08. (o mais correto é alimentos ao nascituro) a pessoa grávida que se separa. De uma relação longa, estável, não de uma relação fugaz. Tem que provar. Toda a despesa relativa à gravidez, pré natal Se a mulher ganha ela também concorrerá para as despesas Basta os indícios de paternidade Convertidos em pensão alimentícia, não precisa propor outra ação de alimentos. -humanitários- art. 1.704, PU Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e não tiver parentes em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge será obrigado a assegurá-los, fixando o juiz o valor indispensável à sobrevivência. 6) Dever e obrigação alimentar: a) dever: -entre cônjuge ou companheiros -demais parentes (-filhos) b) Obrigação- decorre do poder familiar (só para filhos menores) prende se não pagar. 7) Características do direito alimentar: refere-se ao credor a) caráter personalíssimo- não se transfere, não herda – tese 7, ed 77 b) impenhorabilidade- natureza salarial, pode ser penhorada para verba idêntica. Não pode pegar o bem de família para alimentos. c) incompesável- se for adiantamento pode. Compensação é um presente. Tese 16 ed 65 – tese 13 ed 77 – d) imprescritibilidade: art. 206 §2ºcc- direito não prescreve. As prestações prescrevem em 2 anos. e) irrenunciabilidade. Art. 1707, 1704- decorrente do poder familiar – tese 19 ed 65 – Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora. Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial. f) irrepetíveis- relativizada pelo princípio do enriquecimento sem causa. Ex: recebeu depois de ter casado e o outro não sabia, continuou recebendo, pois outro casamento extingue o direito a receber. g) atualidade- art. 1710- súmula vinculante nº4? Possa ser corrigido, atualizado. – tese 17 ed 65 – súmula vinc 4 - stf 8) Características da Obrigação alimentar: a) periodicidade- trato sucessivo b) divisibilidade- art. 1.698 in fine, art. 12 lei 10.741/03, EN523 Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide. Em regra não cabe solidariedade, mas no caso do idoso cabe solidariedade. Art. 12 lei 10.741/03 c) condicionalidade- art. 1.694 §1º- Trinômio- -necessidade, possibilidade e razoabilidade d) reciprocidade- pai paga e depois pode pedir e) alternatividade- art. 1.701cc – tese 7 ed 65 Decorre in natura- corrigido automaticamente (ex: plano de saúde, escola) Decorre in pecúnia- Ex.: x de dinheiro + escola – é possivel f) transmissibilidade- art. 1.700, 1.792cc; EN343 – tese 7 ed 77 É obrigação de espólio, durante o inventário, continuar prestando alimentos ao herdeiro, a quem o falecido devia, mesmo vendido após a sua morte. Art. 1.700. A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art. 1.694. EN343 - Limitadopelo valor da herança STJ- parcelas vencidas e vincendas de uma obrigação já constituída. O que se transmite é a obrigação determinada por acordo ou sentença- não o dever 9) Alimentos decorrentes do poder familiar. Art. 1.566 IV; 1.630cc -não é recíproco- só direito -é indeclinável, irrenunciável. -necessidade presumida- não tem que provar necessidade de menor -extingue-se com a maioridade – automática? Não pode parar de pagar, tem que propor exoneratória. (ação de exoneração de pensão alimentícia) - Tese 8 ed 65 e súmula 358 stj Extingue a obrigação não o dever! 10) Alimentos decorrentes das relações de parentesco: tem que comprovar ! -é recíproco = pode pedir/receber ou pagar. -exige comprovação do binômio (necessidade/possibilidade) -rol numerus clausus: 1.696, 1.697, 1.698- ordem preferencial . Não tem limites na linha reta. Colateral até o segundo grau. I) Filhos Maiores de Idade II) Linha ascendente infinita, mas pela natureza chega-se até aos avós. III) Irmãos (germanos ou unilaterais) -relação Avoenga (avós)? EN599- exepcional, subsidiária, complementar. - Súmula 596, STJ e tese 15 ed 65. Deve se restringir a alimentos vitais. O ajuizamento prévio de ação em face dos pais é requisito para fixação de alimentos avoengos? A súmula 596, STJ deixou em aberto. Correntes: Cristiano Chaves = litisconsórcio passivo sucessivo (facultativo) – cumulação sucessiva de pedidos (2º só pode ser atendido se o 1º também for) – caráter complementar * Instrução probatória com ambos os réus → Princípio da Celeridade Processual Fredie Didier Jr = litisconsorte passivo eventual (2º pedido só é examinado se o 1º não for acolhido) -Prisão dos avós: Projeto de Lei n 151/12 = obrigação destituída do dever de sustento (pais) EN 599 – art. 1566, IV No caso de pai menor entro em face do pai e subdisiariamente contra os avós. Pai não tem condição: peço alimentos em relação ao pai, e complementar em relação aos avós. Esses avós podem chamar ao processo os avós maternos. No caso do pai ele pode chamar a mãe para pagar o filho. -Filhos maiores – tese 4 ed 65 -civis, côngruos -necessidade/possibilidade -curso superior (cursando, não só matriculado). Encerra quando faz 24 anos, analogia com o Imposto de Renda. Desídia → abuso de direito? Estudantes desidiosos (pode estudar a noite e trabalhar de dia, muda de curso sempre). Não há que alimentar a vagabundagem! -emancipação voluntária não exime da responsabilidade dos pais. A legal sim, basta anexar a certidão de casamento, por ex. 11) Alimentos decorrentes da relação conjugal ou companheiro. Definitivos ou regulares. - renunciável – tese 14 e 19 ed 65 -decorre da frustração do dever de mútuo assistência. Pode ser na Constancia do casamento - alimento humanístico: art. 1704, § único -cessa o direito. Art. 1708 – tese 13 ed 65 Procedimento indigno- 1ª corrente- temporalidade do ato indigno → no curso da obrigação (no entanto, resp 1269.166/SP confundiu culpa com ato indigno); 2ª corrente – Deve ser averiguado após a fixação de alimentos. - prisão civil → Salomão – 4º Turma → a lei não faz distinção entre a finalidade da pessoa que necessita de alimento. Nancy Andughi → Habeas Corpus nº 392521/sp/2017 – 3 últimas parcelas ------- meios ordinários débito 200.000 – débito gravoso 11) Fixação do quantum: - tese 10, 12, 17 ed 65 Devedor- Com vínculo empregatício- art. 529 e 912 NCPC. Percentual do salário, descontado e pago pela empresa. Sem vínculo empregatício- EN573. Teoria da aparência. Sinais exteriores de riqueza. -Alimentos fixados com base no SM. Não incide sobre férias, 13º. - tese 17 ed 65 -alimentos fixados com base no vencimento. Incide sobre todo ganho (13º, férias) – tese 10 ed 65, tese 11 ed 77 12) Medidas para efetivação da obrigação alimentar. a) pagamento efetuado por 3º - desconto em folha- art. 529 § 1, 2 e 3º NCPC, não ultrapassa 50%- ganhos líquidos – relativização do p. da impenhorabilidade salarial -outras fontes de renda- art. 529 §3º NCPC - art. 911, 912, ncpc -NCPC excluiu a ação autônomo de execução de alimentos- cumprimento de sentença ou acordo- art. 528 e SS NCPC; §1º NCPC b) Cumprimento de sentença ou decisão interlocutória – art. 528 e ss, ncpc c) Execução fundada em Títulos extrajudiciais. art. 911 e SS NCPC d) Protesto judicial. 528 §1º NCPC – tese 2 ed 65 = juiz manda protestar: - não pagar - não provar que pagou - não justificar e) Escussão patrimonial - execução por quantia certa – Lei 8009/90 art 3, III – revisada pela lei 13.144/15 f) EN572 – FGTS e PIS - tese 12 ed 77 g) Crime de abandono Material – art. 532, ncpc c/c 244, cp = conduta procastinatória do executado h) coerção pessoal = prisão civil Prisão civil. Art. 5º LXVIII CRFB; art. 528 §3º NCPC I) débitos alimentares fundado em: - tese 3 ed 77 -decisão interlocutória (acordo) -Sentença -Título extrajudicial II) Natureza judicial. -Expediente coercitivo. Art. 528 §3, 5, 6º NCPC -Não punitivo. III) Tempo: art. 528 §3º NCPC - 1 a 3 meses art. 19 Lei Alimentos- até 60 dias IV) Não ex-ofício V) débito que autoriza a prisão. 528 §7º NCPC. - tese 5, 6 e 9 ed 65 VI) reiteração? Pode pedir a prisão de novo, por outras parcelas. Não cabe medida para coagir o devedor para pagar o mesmo débito pelo qual cumpriu pena. Novos descumprimentos → novos aprisionamentos. TESES SOBRE UNIÃO ESTÁVEL 1) Os princípios legais que regem a sucessão e a partilha não se confundem: a sucessão é disciplinada pela lei em vigor na data do óbito; a partilha deve observar o regime de bens e o ordenamento jurídico vigente ao tempo da aquisição de cada bem a partilhar. 2) A coabitação não é elemento indispensável à caracterização da união estável. 3) A vara de família é a competente para apreciar e julgar pedido de reconhecimento e dissolução de união estável homoafetiva. 4) Não é possível o reconhecimento de uniões estáveis simultâneas. 5) A existência de casamento válido não obsta o reconhecimento da união estável, desde que haja separação de fato ou judicial entre os casados. 6) Na união estável de pessoa maior de setenta anos (artigo 1.641, II, do CC/02), impõe-se o regime da separação obrigatória, sendo possível a partilha de bens adquiridos na constância da relação, desde que comprovado o esforço comum. 7) São incomunicáveis os bens particulares adquiridos anteriormente à união estável ou ao casamento sob o regime de comunhão parcial, ainda que a transcrição no registro imobiliário ocorra na constância da relação. 8) O companheiro sobrevivente tem direito real de habitação sobre o imóvel no qual convivia com o falecido, ainda que silente o art. 1.831 do atual Código Civil. 9) O direito real de habitação poder ser invocado em demanda possessória pelo companheiro sobrevivente, ainda que não se tenha buscado em ação declaratória própria o reconhecimento de união estável. 10) Não subsiste o direito real de habitação se houver co- propriedade sobre o imóvel antes da abertura da sucessão ou se, àquele tempo, o falecido era mero usufrutuário do bem. 11) A valorização patrimonial dos imóveis ou das cotas sociais de sociedade limitada, adquiridos antes do início do período de convivência, não se comunica, pois não decorre do esforço comum dos companheiros, mas de mero fator econômico. 12) A incomunicabilidade do produto dos bens adquiridos anteriormente ao início da união estável (art. 5º, § 1º, da Lei n. 9.278/96) não afeta a comunicabilidade dos frutos, conforme previsão do art. 1.660,V, do Código Civil de 2002. 13) Comprovada a existência de união homoafetiva, é de se reconhecer o direito do companheiro sobrevivente à meação dos bens adquiridos a título oneroso ao longo do relacionamento. 14) Não há possibilidade de se pleitear indenização por serviços domésticos prestados com o fim do casamento ou da união estável, tampouco com o cessar do concubinato, sob pena de se cometer grave discriminação frente ao casamento, que tem primazia constitucional de tratamento. 15) Compete à Justiça Federal analisar, incidentalmente e como prejudicial de mérito, o reconhecimento da união estável nas hipóteses em que se pleiteia a concessão de benefício previdenciário. 16) A presunção legal de esforço comum quanto aos bens adquiridos onerosamente prevista no art. 5º da Lei 9.278/1996, não se aplica à partilha do patrimônio formado pelos conviventes antes da vigência da referida legislação.
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