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5 MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA E A SUA EFICÁCIA

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5 MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA E A SUA EFICÁCIA
Com a promulgação da lei 11.340/06, foram introduzidas ao ordenamento brasileiro as medidas protetivas de urgência que até então era uma novidade, mostrando-se que a violência contra mulher é de responsabilidade do Estado brasileiro e não apenas familiar. Precipuamente faz-se necessário um entendimento do que vem a ser essas medidas, são determinações do magistrado que almejam proteger a mulher que se encontra em situação de violência doméstica, familiar ou na relação de afeto que se encontram, sendo essas concedidas observando-se o caso concreto que ensejaram os seus pedidos, adequando-se assim a necessidade da solicitante. As medidas preventivas podem ser requeridas já no atendimento policial, na delegacia, e ordenadas pelo magistrado em até 48 horas, nos casos em que ficar evidenciado que a mulher corre risco de vida, deve a medida a ser adotada emitida em caráter de urgência. (IMP, 2019)
Desta forma, conforme preleciona o artigo 22 da Lei 11.340/06, poderá o juiz determinar: 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra amulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
I - Suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente;
II - Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III - Proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) Aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) Contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
c) Frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
IV - Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V - Prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
Deve-se esclarecer que as medidas dispostas no art. 22 referem-se a um rol meramente exemplificativo, mas principiológico (IMP,2019).
Insta salientar-se que com advento da Lei 13.641/2018 que alterou dispositivos da Lei n. 11.340/2006, no caso de alguma das medidas preventivas impostas pelo Juiz em razão de violência doméstica vierem a ser desrespeitada, o seu descumprimento é considerado crime, nos termos do artigo 24-A da Lei em comento. In verbis: (IMP. 2019)
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta Lei:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.    
	Destaca-se então que a Lei Maria da Penha estabelece em seu texto duas espécies de medidas protetivas, aquelas que buscam proibir que o agressor venha a praticar uma certa conduta, sendo essa espécie a das medidas previstas no já comentado artigo 22 da Lei 11.340/2006. Tem ainda as medidas que visam à ofendida e sua prole, conhecida como as medidas que buscam amparar a mulher que sofreu violência, sendo estas dispostas nos artigos 23 e 24 da lei estudada. (CARDOSO, Bruno)
	(Acho que dá para falar como se pedem elas e quem pode conceder, acho que tem uma lei de 2019 que inovou isso - https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI302259,11049-Policiais+podem+determinar+medidas+protetivas+a+vitimas+de+violencia – pode ainda complementar com uma breve referência a cada uma das medidas, do livro mesmo para ter a fonte mais fácil)
	Em dados disponibilizados pelo CNJ, já no ano de 2019 em que foram comparados os números dos anos de 2016 com os coletados até 2018, onde ficou-se evidenciado o aumento de 13% nos processos de violência doméstica, ocorrendo assim também o crescimento no número de medidas preventivas concedidas, chegando ao resultado de que em 36% foram impostas algum tipo de medida protetiva. (CNJ, 2019)
Instituto Maria da Penha. Afinal, o que é uma medida protetiva de urgência? Disponível em: <http://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/lei-maria-da-penha-na-integra-e-comentada.html>. Acesso em: 11 de Nov. 2019.
CARDOSO, Bruno. Violência contra a mulher: O que são as medidas preventivas de urgência? .Publicado em 02/2018. Disponível em: < https://jus.com.br/artigos/64030/violencia-contra-a-mulher-o-que-sao-as-medidas-protetivas-de-urgencia>. Acesso em: 11 de Nov. 2019.
CNJ. Cresce número de processos de feminicídio e de violência doméstica. Publicado em 08 de março de 2019. Disponível em: < http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/88539-cresce-numero-de-processos-de-feminicidio-e-de-violencia-domestica-em-2018>. Acesso em: 11 de Nov. 2019.

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